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30/11/2017

Capítulo 4

Protocolos de Comunicação para


Automação de Subestações

Comunicação
SERIAL

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Comunicação Serial
Conceitos iniciais
A comunicação entre dois dispositivos eletrônicos digitais pode ser feita de
forma serial ou paralela.
Transmissão paralela

Transmissão serial

Responsável pelo desenvolvimento e criação dos principais padrões de


comunicação serial, a EIA (Electronic Industries Alliance) desenvolveu os três
grandes protocolos de comunicação serial amplamente utilizados: RS-232,
RS-485 e RS-422.

Comunicação Serial
Conceitos iniciais
A transmissão serial pode ser feita de duas formas: assíncrona e síncrona.

Transmissão assíncrona - quando não é estabelecido, no receptor, nenhum


mecanismo de sincronização relativamente ao emissor e, portanto, as sequências de
bits emitidos têm de conter em si uma indicação de inicio e do fim de cada agrupamento

Transmissão Síncrona - quando, no dispositivo receptor, é usado um mecanismo de


sincronização relativamente ao fluxo de dados proveniente do emissor. Este mecanismo
de sincronização é um relógio (clock) interno no dispositivo de recepção e determina de
quantas em quantas unidades de tempo é que o fluxo de bits recebidos deve ser
segmentado, de modo a que casa segmento assuma o mesmo tamanho e formato com
que foi emitido.

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Comunicação Serial
Conceitos iniciais
O conceito de comunicação serial é simples. A porta serial envia e recebe
bytes de informação um bit de cada vez. Embora esta seja mais lenta que a
comunicação paralela, que permite a transmissão de um byte inteiro por vez,
ela é mais simples e pode ser utilizada em distâncias maiores.

Normalmente, a serial é usada para transmitir dados ASCII. A comunicação é


completada usando 3 linhas de transmissão: (5) Terra, (2) Transmissão -
TX, e (3) Recepção - RX. Visto que a serial é assíncrona, a porta está apta a
transmitir dados em uma linha enquanto recebe dados em outra.

Outras linhas estão disponíveis para handshaking, mas não são requeridas.
As características importantes da serial são taxa de transmissão (baud
rate), bits de dados (data bits), bits de parada (stop bits), e paridade.

Comunicação Serial
Conceitos iniciais
Taxa de Transmissão (Baud rate): uma medida de velocidade para
comunicação. Isto indica o número de bits transmitidos por Segundo. Por
exemplo, 300 baud são 300 bits por segundo. Taxas de transmissão
maiores implicam em distâncias menores entre os dispositivos. A máxima
taxa de transmissão suportada é 115200 bps.

Bits de Dados (Data bits): uma medida dos bits de dados atuais de uma
transmissão. Quando o computador envia um pacote de informação, a
quantidade de dados pode não ser um conjunto de 8 bits completo. Os
valores padrão para pacotes de dados são 7 ou 8 bits. Qual configuração
você deve escolher, depende de qual informação você está transferindo. Por
exemplo, o standard ASCII possui valores de 0 a 127 (7 bits). O extended
ASCII usa de 0 a 255 (8 bits).

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Comunicação Serial
Conceitos iniciais
Bits de parada (Stop bits): usado para sinalizar o fim da comunicação
para um único pacote. Os valores típicos são 1, 1.5, e 2 bits. Auxiliam no
processo de sincronização (clock) entre transmissor e receptor. Mais bits
de parada, melhora a sincronia entre os clocks diferentes, mas a transmissão
fica mais lenta.

Paridade: uma forma simples de verificação de erro que é utilizada na


comunicação serial, podendo ser: par, ímpar ou sem paridade. Para
paridade par e ímpar, a porta serial irá definir o bit de paridade (o ultimo bit
depois dos bits de dados) para um valor que garanta que a transmissão
tenha um numero par ou ímpar de bits de lógica alta. Por exemplo, se o
dado for 011, então para paridade par, o bit de paridade será 0 para
manter o número de bits de lógica alta par. Se a paridade fosse ímpar,
então o bit de paridade será 1, resultando em 3 bits de lógica alta. Isto
permite ao dispositivo determinar se um ruído está corrompendo o dado ou
se os clocks do transmissor e receptor estão fora de sincronia.

Comunicação Serial
Padrão RS-232 – (Norma ANSI/EIA-232)
É a conexão serial encontrada em diferentes dispositivos (PCs, CLPs, RTUs,
IEDs e outros). É limitada a conexões ponto-a-ponto entre as portas seriais
dos dispositivos. O hardware RS-232 pode ser utilizado para comunicação
serial até a distância de 15,24 m. O padrão define também pinagem de
conectores, níveis de sinais, impedância de carga, etc. A seguinte figura
detalha a pinagem de um conector DB-9 utilizado para comunicação RS-
232:
Data
TXD (pin 3) Serial Data Output
RXD (pin 2) Serial Data Input
Handshake
RTS (pin 7) Request to Send
CTS (pin 8) Clear to Send
DSR (pin 6) Data Set Ready
DCD (pin 1) Data Carrier Detect

DTR (pin 4) Data Terminal Ready


Ground
GND (pin 5) Ground
Other
RI (pin 9) Ring Indicator

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Comunicação Serial
Padrão RS-232 – (Norma ANSI/EIA-232)

Estrutura da
mensagem

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Comunicação Serial
Padrão RS-232 – (Norma ANSI/EIA-232)
Conectores da RS232C
• A maioria dos sinais do padrão não são utilizados.
• Aplicações industriais usam no máximo 9 ou 10 pinos

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Comunicação Serial
Padrão RS-422 – (Norma ANSI/EIA-422)
O RS-422 utiliza um sinal elétrico diferencial, em oposição aos sinais
desbalanceados referenciados ao terra com o RS-232. A transmissão
diferencial, a qual utilize duas linhas para cada sinal transmitido ou recebido,
resulta em maior imunidade a ruído e maiores distâncias comparada ao RS-
232. A maior imunidade a ruído e distância são grandes vantagens em
ambientes industriais.

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Comunicação Serial
Padrão RS-422 – (Norma ANSI/EIA-422)
Características:
• O padrão RS422 utiliza dois fios para cada sentido de
comunicação (mestre → escravo e escravo → mestre),
totalizando quatro fios.
• A distância de transmissão é de até 1.200 metros
• A taxa de transmissão pode chegar a 10Mbps caindo à
medida que a distância aumenta
• Permite comunicação multiponto com até 10 dispositivos,
sendo um transmissor e um receptor em cada dispositivo
• O protocolo RS422 é do tipo full-duplex.

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Comunicação Serial
Padrão RS-485 – (Norma ANSI/EIA-485)
É uma melhoria em relação ao RS-422, pois aumenta o número de
dispositivos de 10 para 32 e define as características elétricas necessárias
para garantir tensões de sinais de tensão adequados sob carga máxima.
Com esta capacidade multiponto reforçada, você pode criar redes de
dispositivos conectados a uma única porta serial RS-485. A imunidade a
ruído e a capacidade multiponto fazem da conexão serial RS-485 a escolha
em aplicações industriais que requerem muitos dispositivos distribuídos em
rede.

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Comunicação Serial
Padrão RS-485 – (Norma ANSI/EIA-485)
Características:
• O padrão RS485 utiliza um princípio chamado de transmissão
balanceada, no qual apenas dois fios são utilizados, que são
chamados de A e B. O nível lógico 1 é obtido quando, por
exemplo A for positivo e B negativo, consequentemente tem-
se nível lógico 0 quando B for positivo e A negativo.
• A distância de transmissão é de até 1.200 metros
• A taxa de transmissão pode chegar a 10Mbps caindo à
medida que a distância aumenta
• Permite comunicação multiponto com até 32 dispositivos,
sendo um transmissor e um receptor em cada dispositivo
• O protocolo RS485 é do tipo half-duplex.

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Comunicação Serial
Padrão RS-485 – (Norma ANSI/EIA-485)

• Montagem da rede

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Comunicação Serial
Comparativo entre os padrões

Caracterísitcas RS232 RS423 RS422 RS485


Referência Desbalanceada Desbalanceada Balanceada Balanceada

Quantidade de 2 2/10 10 32
dispositivos
Distância máxima 15m 1200m 1200m 1200m

Taxa transm. máxima 20 Kbps 100 Kbps 10 Mbps 10 Mbps

Tensão máxima comum + /- 25V + /- 6V + - 6 a -0,25V +12V a -7V

Nível transmissão 5V min 2V min 2V min 1,5V min


15V máx 2V máx 2V máx 2V máx
Sensibilidade entrada + - 3V + - 0,2V + - 0,2V + - 0,3V

Resistência entrada 3 a 7 KOhm >4 KOhm >4 KOhm >12 KOhm

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MODBUS

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MODBUS
Conceitos iniciais
• O Protocolo Modbus é uma estrutura de mensagens criada em 1979
para comunicação entre Controladores Lógico Programáveis (CLPs) da
MODICON (Schneider).

• Hoje é largamente utilizado para estabelecer comunicação: Mestre–


Escravo (Master-Slave) entre dispositivos inteligentes.

• É um padrão aberto.

• O MODBUS é independente do meio físico.

• Pode ser implementado usando RS232, RS422, or RS485 ou através de


uma variedade de mídias (ex. fibra, radio, celular, etc...).

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MODBUS
Conceitos iniciais: Tipos de Protocolos Modbus
MODBUS TCP/IP é usado para comunicação
entre sistemas de supervisão e controladores
lógicos programáveis. O protocolo Modbus é
encapsulado no protocolo TCP/IP e transmitido
através de redes padrão ethernet com controle de
acesso ao meio por CSMA/CD.

MODBUS PLUS é usado para comunicação


entre si de controladores lógicos programáveis,
módulos de E/S, chaves de partida eletrônica de
motores, interfaces homem máquina etc. O meio
físico é o RS-485 com taxas de transmissão de 1
Mbps, controle de acesso ao meio por HDLC
(High Levei Data Link Control).

MODBUS PADRÃO é usado para comunicação dos CLPs com os dispositivos de entrada e
saída de dados, instrumentos eletrônicos inteligentes (IEDs) como relés de proteção,
controladores de processo, atuadores de válvulas, transdutores de energia e etc. o meio físico é
o RS-232 ou RS-485 em conjunto com o protocolo mestre-escravo.

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MODBUS
Conceitos iniciais: Modbus e o Modelo OSI

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MODBUS
Conceitos iniciais: Modos de Transmissão Modbus
Existem 2 versões de protocolo MODBUS :
 Modo de transmissão ASCII
Cada byte (8 bit) da mensagem é enviado como 2
caracteres ASCII. O modo ASCII permite ocorrer intervalos
de tempo de até 1 segundo entre caracteres sem causar
erro.
 Modo de transmissão RTU
Cada byte (8 bit) da mensagem é enviado como 2
caracteres hexadecimais de 4 bits. A mensagem deve ser
transmitida de maneira contínua, já que pausas maiores
que 1,5 caractere provocam truncamento da mesma.

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MODBUS
Conceitos iniciais: Modos de Transmissão Modbus
Existem 2 versões de protocolo MODBUS :
 Modo de transmissão ASCII
Cada byte (8 bit) da mensagem é enviado como 2
caracteres ASCII. O modo ASCII permite ocorrer intervalos
de tempo de até 1 segundo entre caracteres sem causar
erro.
 Modo de transmissão RTU
Cada byte (8 bit) da mensagem é enviado como 2
caracteres hexadecimais de 4 bits. A mensagem deve ser
transmitida de maneira contínua, já que pausas maiores
que 1,5 caractere provocam truncamento da mesma.

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MODBUS
Conceitos iniciais: Estrutura do Quadro Modbus
A estrutura do quadro Modbus é a mesma para perguntas (master to slave
messages) e respostas (slave to master messages).

Modbus RTU
silence Address Function Data Checksum silence

Silence >= 3,5 characters

Modbus ASCII
: Address Function Data Checksum CR LF

3A Hex 0D Hex 0A Hex

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MODBUS
Conceitos iniciais: Estrutura do Quadro Modbus

Address Function Data Checksum

CAMPO ADDRESS
• O range válido para o campo endereço é de 0 ... 247 decimal.
• Cada escravo pode assumir um endereço no range de 1 ... 247.
• O valor 0 é reservado para mensagens broadcast (sem resposta).
Pergunta :
O mestre endereça o escravo colocando o número do escravo no campo
endereço da mensagem.
Resposta:
Quando o escravo responde, ele coloca seu próprio endereço no campo
endereço da resposta para o mestre saber quem está respondendo.

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MODBUS
Conceitos iniciais: Estrutura do Quadro Modbus

Address Function Data Checksum

CAMPO FUNCTION
Códigos válidos no range de 1 ... 255 decimal.

Pergunta :
O campo function code diz ao escravo que tipo de ação ele deve fazer.

Resposta :
Para uma resposta normal, o escravo simplesmente repete o function code.

Para uma resposta excepcional, o escravo retorna um código equivalente ao


original com seu bit mais significativo setado em 1.

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MODBUS
Conceitos iniciais: Estrutura do Quadro Modbus

Address Function Data Checksum


CAMPO DATA
Códigos válidos no range de 0 ... 255 decimal.

Pergunta :
O campo data contém informações adicionais que o escravo usa para tomar
a ação definida pelo function code. Isto inclui items como endereço do
registro quantidade de itens a manipular, etc...

Resposta :
Se não ocorrer erro, o campo data contém os dados solicitados.
Se ocorrer erro, o campo contém o código de exceção que a aplicação do
master poderá usar para determinar a próxima ação a ser tomada.

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MODBUS
Conceitos iniciais: Estrutura do Quadro Modbus

Address Function Data Checksum

CAMPO CHECKSUM
O range de códigos válidos é de 0 ... 255 decimal.

Modbus RTU usa o CRC : Cyclycal Reduncy Check (2 bytes)


Modbus ASCII usa o LRC : Longitudinal Redundancy Check (1 byte)

Pergunta :
O checksum é calculado no mestre e enviado ao escravo.

Resposta :
O checksum é re-calculado pelo escravo e comparado com o valor enviado
pelo mestre.
Se ocorrer diferenças, o escravo não constrói o frame de resposta ao
mestre.

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MODBUS
Conceitos iniciais: Transações entre os dispositivos
1. Durante a comunicação em uma rede Modbus, o protocolo determina
como o dispositivo conhecerá seu endereço, como reconhecerá uma
mensagem endereçada para ele, como determinar o tipo de ação a ser
tomada e como extrair o dado ou outra informação qualquer contida na
mensagem. Se uma resposta é necessária, como o dispositivo construirá
uma mensagem e a enviará.

2. O mestre pode endereçar mensagens para um escravo individual ou


enviar mensagens para todos (broadcast). Os escravos retornam uma
mensagem somente para as consultas endereçadas especificamente para
ele. As mensagens broadcast não geram respostas.

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MODBUS
Conceitos iniciais: Transações entre os dispositivos

1. Na mensagem de consulta, o código de função informa ao dispositivo escravo


com o respectivo endereço, qual a ação a ser executada. Os bytes de dados contêm
informações para o escravo, por exemplo, qual o registrador inicial e a quantidade de
registros a serem lidos. O campo de verificação de erro permite ao escravo validar os
dados recebidos.

2. Na mensagem de resposta, o código de função é repetido de volta para o


mestre. Os bytes de dados contêm os dados coletados pelo escravo ou o seu
estado. Se um erro ocorre, o código de função é modificado para indicar que a
resposta é uma resposta de erro e os byte de dados contém um código que
descreverá o erro. A verificação de erro permite o mestre validar os dados recebidos.

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MODBUS
Conceitos iniciais: Camada Física MODBUS – RS485

RS485 é o protocolo de camada física mais comum usado pelo


MODBUS.
O padrão RS485 permite variações nas seguintes características:
 Polarização
 Terminação de linha
 Distribuição de potencial de referência
 Número de escravos
 Comprimento do barramento

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MODBUS
Conceitos iniciais: Camada Física MODBUS RTU – RS485

MODBUS RS485 - REDE 2 FIOS Master

T
R

5V

650 ohms

Balanced pair
120 ohms 650 ohms 120 ohms
1 nF Common 1 nF

PG
R R
T T

Slave 1 Slave n Max. length:


Main segment: 1,000 meters at 19,200 bits/s
Drops: 40 meters in total

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MODBUS
Conceitos iniciais: Camada Física MODBUS RTU – RS485

MODBUS RS485 - REDE 4 FIOS Master

T
R 5V

650 ohms

Slave pair
650 ohms

120 ohms 5V 120 ohms


1 nF 1 nF

Master pair
120 ohms
1 nF
Common 120 ohms
1 nF

R R
PG
T T

Slave 1 Slave n

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MODBUS
Conceitos iniciais: Camada Física MODBUS RTU – RS485

ARQUITETURAS
SISTEMA DE AUTOMAÇÃO DAS SUBESTAÇÕES

SEPAM

MODBUS RTU RS485


ETHERNET MODBUS TCP/IP

PREMIUM

IHM TOUCH

MODBUS RTU RS485

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MODBUS
Conceitos iniciais: Camada Física MODBUS RTU – RS485
ARQUITETURA GERAL DO SISTEMA
SISTEMA DE
REDE ETHERNET SUPERVISÃO E
CONTROLE

PREMIUM PREMIUM
ANEL OPTICO ETHERNET
SUBESTAÇÃO MODBUS TCP/IP VENTILAÇÃO
PRINCIPAL AR CONDICIONADO
EXAUSTÃO

PREMIUM PREMIUM
SUBESTAÇÃO AR COMPRIMIDO
AUXILIAR DISTR. VAPOR
VÁCUO

PREMIUM PREMIUM
COGERAÇÃO DISTR. GASES
DE ENERGIA ALARME INCÊNDIO

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IEC-60870

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IEC-60870
Conceitos iniciais
• IEC 60870-5 se refere a uma coleção de padrões produzidos pela
Comissão Eletrotécnica Internacional, ou IEC, para prover um padrão
aberto para a transmissão de controle telemétrico e informação SCADA.

• O padrão provê uma detalhada descrição funcional de telecontrole de


equipamentos e sistemas para processos controlados geograficamente
distantes, em outras palavras, para sistemas SCADA.

• Quando o padrão IEC 60870-5 foi inicialmente completado em 1995


com a publicação do arquivo IEC 870-5-101, este cobria somente a
transmissão sobre relativas bandas de largura baixa em circuitos de
comunicação bit-serial.

• Com o grande crescimento do uso de tecnologias de comunicação pela


grande rede mundial, agora o IEC 60870-5 também disponibilizaria o
uso do protocolo TCP/IP para comunicações.

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IEC-60870
Conceitos iniciais
• IEC 60870 se refere a um padrão produzido em partes de 1988 a 2000 pela
Comissão Eletrotécnica Internacional, ou IEC.

• O padrão IEC 60870 é estruturado hierarquicamente, compreendendo seis


partes mais um número de padrões associados. Cada parte é então dividida em
um número de seções, cada uma publicada separadamente progressivamente.
• Os mais utilizados são o IEC
60870-5-101, IEC 60870-5-
103 e IEC 60870-5-104. São
parte da norma IEC 60870 que
define sistemas utilizados para
SCADAs em sistemas de
engenharia elétrica e SAS.
• Na parte 5 desta norma é
definido o perfil de
comunicação para a troca de
mensagens de controle remoto
entre dois sistemas

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IEC-60870
Conceitos iniciais
• O protocolo IEC 101 é utilizado para comunicação a distâncias longas.
Sua aplicação típica é entre uma subestação e um centro de controle.

• As subestações de Furnas, por exemplo, se comunicam aos centros


regionais de controle do ONS (COR) através deste protocolo.

• A técnica de comunicação utilizada é a serial binária, nas quais


velocidades de transmissão de até 64 kbit/s são possíveis. Neste caso
não há limitação em termos de distância entre os dispositivos.

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IEC-60870
Conceitos iniciais
• O protocolo IEC 103 é destinado à comunicação entre uma estação
mestre e dispositivos de proteção. Nele, tanto fibra óptica ou um canal
RS-485 podem ser utilizados com taxas de transmissão de 9600 ou
19200 bps. Há, neste caso, distância máxima de 1000m com fibra óptica.
A comunicação funciona no esquema mestre-escravo, com a estação
mestre (módulo de vão, IHM) perguntando continuamente aos
dispositivos escravos (relés de proteção) se há alguma informação a ser
enviada.
• Como o padrão define algumas das mensagens, a funcionalidade das
mesmas é limitada. Por outro lado, a norma também permite o uso de
mensagens privadas especificadas pelo fabricante, possibilitando mais
funcionalidades em detrimento da interoperabilidade entre equipamentos
de fabricantes diferentes.
• Este é, portanto, o grande inconveniente deste padrão que possibilita o
uso extensivo de mensagens privadas, subdividindo este padrão em
diversos padrões proprietários.
• Por este motivo, o uso do protocolo IEC 103 não é mais comum em SAS.

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IEC-60870
Conceitos iniciais
• O protocolo IEC 104 é uma extensão do protocolo IEC 101 visando um
completo acesso à rede.
• Em algumas subestações de Furnas onde o SAS foi automatizado a
partir do projeto SINOCON, a comunicação entre as diferentes UACs e o
SAGE (Sistema supervisório SCADA, atuando como IHM local) é
realizada através do protocolo IEC 104.
• Este protocolo é considerado um protocolo de rede.
• Os protocolos de rede foram introduzidos nos SAS de forma a não limitar
a comunicação entre os diversos dispositivos à distância, uma vez que
uma configuração de rede de automação pode se estender a uma área
muito grande. Os protocolos de rede mais comuns estão em
conformidade com o modelo OSI (Open Systems Interconnection),

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IEC-60870
Conceitos iniciais – Estrutura do Quadro
• A estruturação de um telegrama IEC60870-101 é mais elaborada.
Existem caracteres de início e fim de mensagem, comprimento e o Octeto
(byte) de Controle.

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IEC-60870
Conceitos iniciais – Estrutura do Quadro
• O processo de aquisição dos dados é através de varreduras efetuadas
pelo mestre nos escravos, e estas ocorrem em períodos típicos de 1
segundo.
• No início existe uma varredura de integridade, e posteriormente só são
enviadas as informações que mudaram (medição que excedeu a banda
morta ou disjuntor/seccionadora que abriu/fechou ).
• Existe o octeto de controle, onde estão as definições de mensagens que
vão da estação primária (mestre), perguntas, para a estação secundária
(escrava), as respostas. Neste estão definidos os bits de Controle de
Fluxo e Demanda de Acesso.
• As informações propriamente ditas, medições analógicas e digitais, são
formatadas na Camada de Aplicação. Estão contidas nas estruturas
conhecidas como ASDUs – Aplication Server Data Units. A formatação
deste dados segue as necessidades do processo elétrico. Uma das
características fundamentais, a “Estampa de Tempo”, para
acompanhamento da “Seqüência de Eventos”, está definida nesta
camada, junto com outras informações do “Objeto de Dados”.

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IEC-60870
Conceitos iniciais – Estrutura do Quadro

Application Service Data Unit

• As mensagens tem um
tamanho típico de 250
bytes, deliberadamente
pequena, por se tratar
de uma aplicação de
tempo real.

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IEC-60870
Conceitos iniciais – Estrutura do Quadro

• Importante ressaltar que os detalhes da configuração do Protocolo, estão


num documento conhecido como “Interoperabilidade”. Se dois IEDs que
utilizam o mesmo Protocolo, mas possuem interoperabilidades diferentes,
podem gerar muitos erros de comunicação ou até mesmo não
completarem a conexão. Isto causa muitos transtornos no
comissionamentos. Fique alerta.

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DNP3.0

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DNP3.0
Conceitos iniciais
• Foi desenvolvido pela GE HARRIS, na década de 1990.
• Em 1996 a especificação foi liberada para uso público, se tornado um
protocolo aberto.
• Como já indicado no nome, Protocolo de Rede Distribuída, nele foi
incluído o endereço de origem da mensagem ( além do endereço de
destino, que já estavam presentes no MODBUS e IEC60870-101 ),
permitindo a primeira concepção de Rede como conhecemos hoje,
consagrada no TCP/IP.

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DNP3.0
Conceitos iniciais e Características

• Padrão para sistemas SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition)


• Define a comunicação entre Estações Mestre, UTRs e lEDs
• Em 1993, foi criado o DNP3 User Group, com aplicações em
concessionárias de óleo e gás, água, saneamento e segurança
• Predominante no mercado americano
• Endereçamento para mais de 65 mil dispositivos com até 65 mil pontos
• Pedir e responder múltiplos tipos de dados em uma mesma mensagem
• Quebrar mensagens em pacotes múltiplos para garantir uma excelente
detecção de erro (Report by Exception)
• Incluir apenas dados modificados numa resposta
• Dar prioridades a itens de dados
• Responder sem ser solicitado
• Sincronização automática dos relógios dos dispositivos Eventos com
etiqueta de tempo (Unsolicited Messages)

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DNP3.0
Conceitos iniciais e Características
• Prioridade:
• Classe 1 “Changed Data”- Prioridade Alta
• Classe 2 “Changed Data” - Prioridade Média
• Classe 3 “Changed Data” - Prioridade Baixa
• Classe 0 “Static Data” - Todos os dados

• Transferências de dados:
• Varredura não periódicas - Classe 0
• Varredura periódicas - Classe 2 e 3.
• Informes não solicitados - Classe 1

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DNP3.0
Documentos de Referência
• As especificações DNP3 são organizadas em quatro partes principais,
constituindo:
• “Basic 4 Document”:
• Descrição da camada de dados do protocolo,
• Funções de transporte,
• Descrição da camada de aplicação do protocolo,
• Biblioteca de objetos de dados.

• Existem também:
• Um complemento de especificações, “Definição de subajustes
DNP3”, foi redigido pelo Grupo de usuários DNP3;
• Um conjunto de Boletins Técnicos também está disponível.
• A documentação sobre Procedimentos de Certificação. protocolo
DNP3.
• A documentação completa do protocolo DNP3 pode ser obtido no site
do Grupo de usuários DNP3 (http://www.dnp.org/).

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DNP3.0
DNP3 e modelo OSI

• O DNP3 foi projetado em perfil EPA (Enhanced Performance


Architeture) que é uma variação simplificada do modelo OSI (Open
system Interconnection). O EPA possui somente 3 camadas:
• física,
• enlace,
• aplicação.
• No entanto, para permitir a
transmissão de mensagens
grandes (2 kbytes ou mais),
funções de segmentação e de
remontagem de dados foram
acrescentadas. O conjunto
destas funções constitui uma
pseudo-camada Transporte.

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DNP3.0
Modos de transmissão
• A camada de enlace DNP3 administra a comunicação em modo
“equilibrado”, o que significa que tanto o dispositivo mestre quanto o
dispositivo escravo podem inicializar a transmissão de mensagens.
• A emissão de Respostas não solicitadas pode ser inibida pela
configuração do escravo e por um comando especial enviado pelo
mestre.
• Para resolver os conflitos de
acesso no meio de
comunicação entre o mestre e
os escravos, que podem
ocorrer nas emissões
espontâneas, o protocolo DNP3
integra um mecanismo de
administração das colisões.

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UCA 2.0

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UCA 2.0
Introdução
• O protocolo UCA (Utility Communication Architecture) teve suas origens em
1990, como um o conjunto de requisitos de comunicação que existem em
empresas de utilidades (concessionárias - água, energia, elétrica e outros).
• Conjunto de padrões para dispositivos de monitoração e controle para
interoperar com aplicações típicas de concessionárias, em um ambiente de
múltiplos fornecedores.
• Desde 1993, o protocolo UCA passou a ser usado também no contexto de
subestações.
• É um sistema que define quais dados relevantes de cada dispositivo (válvulas,
transformadores, religadores) devem ser automaticamente transferidos aos
sistemas SCADA da concessionária.
• Em 1999 foi publicado como um padrão IEEE.

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UCA 2.0
Introdução
A figura abaixo mostra a estrutura do protoloco UCA

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IEC 61850

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IEC 61850
Introdução
• Criado, a partir do UCA 2.0

• Conjunto de funções que podem interoperar em forma distribuída,


em diferentes dispositivos físicos (IEDs), conectados em rede

• Define mecanismos para a elaboração da automação de um sistema


elétrico:
• Um único padrão para toda a subestação, considerando a modelagem
dos diferentes tipos de dados requeridos em uma subestação;
• Definição dos serviços básicos requisitados na transferência de dados
garantindo assim que o mapeamento total do protocolo de
comunicação seja à prova do tempo;
• Garantir alta interoperabilidade entre lEDs de diferentes fabricantes;
• Método ou formato comum para armazenamento completo de dados;
• Definição de testes completos para a conformidade dos equipamentos
com a norma.

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- OBJETIVOS DA IEC 61850

 Principal Objetivo:

“Garantir a interoperabilidade entre os IED’s que


compõem uma subestação”

 Entende-se por Interoperabilidade a capacidade de


diferentes IED’s, de diferentes fabricantes, poderem
trocar informações entre si, compreendendo a semântica
e a sintaxe das informações, para poderem trabalhar em
conjunto.

 Para isso a norma padroniza:


 UMA MODELO DE DADOS,
 UMA TERMINOLOGIA E
 UMA FORMA DE COMUNICAÇÃO/SERVIÇOS

57

58

- ESTRUTURA DA NORMA
• A norma na versão 1 foi composta por 14
partes em 10 capítulos:
Parte 1: Introdução e visão geral

Parte 2: Glossário: Resumo da terminologia


Parte 3: Requerimentos Gerais:
Parte 4: Sistemas e gerência de projetos
Parte 5 : Requisitos de comunicação para funções e modelos de
equipamentos
Parte 6: Descrição de uma linguagem para comunicação em subestações
elétricas relacionados à IED’s

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ESTRUTURA DA NORMA

Parte 7- Comunicação dentro das subestações

Parte 7-1: Estrutura de comunicação básica para subestações e


equipamentos alimentadores- Princípios e modelos
Parte7-2: Estrutura de comunicação básica para subestações e
equipamentos alimentadores- Interface Abstrata para o serviço de
comunicação - (ACSI)
Parte7-3: Estrutura de comunicação básica para subestações e
equipamentos alimentadores – Classes de dados comuns
Parte7-4: Estrutura de comunicação básica para subestações e
equipamentos alimentadores –Classe de nós lógicos e classe de dados
compatíveis

59

60

- ESTRUTURA DA NORMA

Parte 8-1: Mapeamento de serviços específicos (SCSM) – Mapeando para


MMS (ISO/IEC 9506-1 e ISO/IEC 9506-2) e para ISO/IEC 8802-3

Parte 9-2: Mapeamento de serviços específicos (SCSM) – Valores


amostrados em ISO/IEC 8802-3

Parte 10: Ensaios de Conformidade

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30
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INCLUSÕES DA
SEGUNDA EDIÇÃO
Parte 7-410: Usinas hidrogeradoras – Comunicação para monitoramento e
controle

Parte 7-420: Sistemas de Comunicação para sistemas de energia


distribuídas (DER) -Nós lógicos

Parte 7-430: Sistemas de Comunicação para alimentadores de distribuição


e equipamentos de rede.

62

Parte 7-5:estrutura básica de Comunicação - Uso dos modelos de


informação para aplicações de automação de subestações.

Parte 7-500: Uso de nós lógicos para modelar as funções de sistemas de


automação de subestações.

Parte 7-510: Uso de nós lógicos para modelar as funções de sistemas de usinas
hidro geradoras

Parte 7-520: Uso de nós lógicos para modelar as funções de sistemas de


energia distribuída (DER)

Parte 7-10:Acesso pela Web e acesso estruturado aos modelos de


informação da IEC 61850

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Parte 80-1: Guia para troca de informação baseados na modelagem da
CDC com a norma IEC 60870-5-101 ou IEC 60870-5-104

Parte 90-1: Usando o IEC 61850 para comunicações entre subestações.

Parte 90-2: Usando o IEC 61850 para comunicações entre subestações


e centros de controle .

Parte 90-3: Usando o IEC 61850 para condições de Monitoramento

Parte 90-4 : Guia para engenharia da Rede.

Parte 90-5: Usando o IEC 61850 para transmitir informações de Sincro-


fasores de acordo com a Norma IEEE C37.118

64
CONCEITO DE FUNÇÕES-NÓS LOGICOS E EQUIPAMENTOS FÍSICOS
• Nós Lógicos: Elemento funcional simples ex: sobrecorrente
(PTOC), Disjuntor (XCBR),Transformadores de corrente TCTR
etc.
• Funções: Sobrecorrente, distância, sobretensão, direcional,
etc. tem o elemento funcional de proteção mais
XCBR(disjuntor) etc..
• Funções distribuídas: Divisão de uma função em entidades
menores alocadas em IED’s diferentes.
• Comunicação entre nós lógicos: É feita desde que os
diferentes IED’s de diferentes fabricantes apresentem a mesma
estrutura de dados , definido pela norma (interoperabilidade).
• A comunicação é feita pelo envio de mensagens denominadas
PICOM’s (Piece of Communication) e ocorre por meio de
interfaces lógicas de comunicação.
• A velocidade das mensagens depende de sua aplicação e é
feita por meio de interfaces lógicas.

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CONCEITUAÇÃO DAS FUNÇÕES E DOS NÓS LÓGICOS


TODOS OS EQUIPAMENTOS DEVEM
ESTAR CONECTADOS NA REDE.
CADA FUNÇÃO SERÁ UM NÓ
LÓGICO

Prot
linha

66

O CONCEITO BÁSICO DOS BARRAMENTOS E A


ESTRUTURA DOS IED´S

BARRAMENTO DA
ESTAÇÃO
COMO
ESTRUTURAR OS
??? IED´S PARA
ATENDER A
NORMA ?????:

BARRAMENTO DE
PROCESSOS

Disjuntor preparado para


Merger unit
conectar na rede.

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CONCEITO DE NÓS LOGICOS –
FUNÇÕES E EQUIPAMENTOS FÍSICOS

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CONCEITOS DE TERMINOLOGIA DO IEC 61850
Barra 1
IED 3
Ambos trafos PD3 –
com capacidade COMUNICAÇÃ
de 100% da carga O COM O
CENTRO DE
IED 1 OPERAÇÃO
PD1

IED 2
PD2
Bay do
Bay do trafo 2
trafo 1
Barra 2
S1,D,S2

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CONCEITO DE PHYSICAL DEVICE 69

E NÓS LÓGICOS
IED1-Physical Device 1

intertravamento próprio
do bay 1 entre
seccionadoras e disjuntores

IED2- IED3-Physical
Physical Device 3
Device 2
Deve receber dados dos dois
bays e organizar as
intertravamento proprio do informações as serem passadas
bay 2 entre seccionadoras e ao centro de operação
disjuntores

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Conceito das Ligações Físicas e


Lógicas
PC13

LC36
LC35
PC12 LC41 LC 56

PC23

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FUNÇÃO F1-LÓGICA DE
FECHAMENTO DA SECCIONADORA E DISJUNTOR NA BARRA DE
INTERCONEXÃO PARA NÃO PARAR O PROCESSO

IED
Bay 1

IED
Bay 2
IED 3

72

FUNÇÃO F2- O IED 3 , PEGA INFORMAÇÃO DOS BAYS 1 E 2, ANALISA E


ENVIA PARA CENTRO DE OPERAÇÃO .

IED
Bay 1

IED
Bay 2 IED
Bay 3

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DEFINIÇÕES
• F1 e F2 –Consiste em funções definidas.

• PD1 , PD2 e PD3- Equipamentos físicos ( caixa do IED);


• Dentro de PD1 temos os nós lógicos: LN0,LN1,LN2 e LN3

• PC- Conexão física : entre PD1 e PD2 é PC12-Troca de informações entre IED´s
• Conexão física entre PD2 e PD3 é PC23-Troca de informações entre IED´s
• Conexão física entre PD1 e PD3 é PC13Troca de informações entre IED´s

• LC_-Conexão Lógica : entre LN1 e LN2 é LC12


• entre LN1 e LN4 é LC14
• entre LN3 e LN5 é LC35
• entre LN5 e LN6 é LC56
• entre LN3 e LN6 é LC36

73

74

NOMENCLATURA DOS NÓS LÓGICOS EM GRUPOS-


Pela Primeira Edição

TABELA TEVE MAIS ALGUNS NÓS INCLUIDOS PELA REVISÃO DA NORMA


IEC 61850-7-4:2010 substituiu 61850-7-4:2003
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IEC 61850
Estrutura em níveis
As funções de um Sistema de Automação de uma Subestação (SAS), tais
como controle, supervisão, proteção e monitoramento, e suas interfaces
lógicas (interfaces entre blocos de função) são mostrados conforme a
figura abaixo e o significado destas interfaces é mostrado a seguir.

Sistema Supervisório, sala de


(Sala de Controle)
operação, IHMs (interfaces
homem-máquina).

Unidades de controle, proteção


e monitoramento por vão.

Dispositivos remotos de E/S,


sensores e atuadores
inteligentes.

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IEC 61850
Estrutura em níveis

Significado das Interfaces Lógicas.

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IEC 61850
Estrutura em níveis

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IEC 61850
Estrutura e tipos de mensagens

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IEC 61850
Estrutura e tipos de mensagens

Comunicação de Tempo Crítico

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IEC 61850
Serviços de mensagens
A norma IEC 61850 pode ser mapeada em diversos protocolos de acordo com a
aplicação:
• MMS (Manufacturing Message Specification) - Para comunicação vertical, utiliza-
se o protocolo MMS. É usado o modelo Cliente-Servidor para oferecer um conjunto de
serviços para leitura, escrita, definição e criação de objetos de dados, e manipulação dos
objetos.
• GOOSE (Generic Oriented Object Substation Events) - Para troca de dados
binários e analógicos horizontalmente utiliza-se o protocolo GOOSE, sendo este o
principal utilizado entre os IEDs da subestação e é o serviço de mensagens prioritário
definido na norma. Substituição do Cabeamento Rígido nas Lógicas
• GSSE (Generic Substation State Events) - Para troca de status binários, há o
protocolo GSSE que é uma extensão do mecanismo de transferência de dados definido
pela UCA 2.0. Por ser mais simples que o protocolo GOOSE, a transferência de dados se
dá de forma mais rápida. Porém, como sua funcionalidade é limitada, este protocolo
tende a cair em desuso.
• SMV (Sampled Measured Values) - Por fim, para troca de valores medidos
amostrados entre os níveis de processo e de vão da subestação é utilizado o protocolo
SMV. Substituição do Sinal Analógico dos Secundários

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IEC 61850
Serviços de mensagens: GOOSE
Principais características:
• Publisher/Subscriber (Publicador/Assinante);
• Múltiplos consumidores: endereços MAC multicast requeridos;
• Não é roteável, já que entre duas LAN distintas pode haver dois endereços coincidentes;
• Mensagens de alta velocidade (FastEthernet), tendo como tempo de transmissão um
período menor ou igual a 4 milissegundos, definido pela norma.
• Como o protocolo GOOSE não opera na camada de transportes do modelo OSI (opera na
camada de enlace), não há confirmação de recebimento das mensagens. Para contornar
este problema, os IEDs enviam repetidamente a mensagem GOOSE com tempos T1, T2
e T3 configurados pelo usuário no IED. Os instantes de tempo são definidos como:
• T0 - retransmissão da mensagem com o estado do ponto inalterado;
• (T0) - retransmissão da mensagem quando de repente ocorre a mudança no estado do ponto;
• T1 - transmissão da mensagem com o estado alterado em períodos curtos;
• T2 e T3 – incremento no período de transmissão com
tempo maior que T1, até que se atinja a estabilidade
e a mensagem passa a ser retransmitida perio-
dicamente com período de transmissão igual a T0;

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IEC 61850
Serviços de mensagens: SVM
Principais características:
• Publisher/Subscriber (Publicador/Assinante);
• Envio apenas nos modos multicast ou broadcast, e trabalha com Priority Tag e VLAN;
• A nível da camada física é preferível o uso de fibra. Em algumas aplicações pode ser
usado par trançado.
• Diferente das mensagens Goose, pois nas mensagens SV não existe repetição de envio;
• Não é roteável, já que entre duas LAN distintas pode haver dois endereços coincidentes;
• O endereço MAC dos dispositivos que utilizarão o SVM devem estar compreendidos entre a
faixa: 01-0C-CD-04-00-00 e 01-0C-CD-04-01-FF.

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS

• A norma 61850 define o ACSI - Abstract Comunications Service Interface, que é


composto por um conjunto de objetos e serviços e como o IED´s devem ser
comportar em relação a esses serviços.
• Esses serviços devem operar sobre um protocolo, fácil de implementar e que
opere nos ambientes industriais. A norma escolheu o protocolo MMS.

• Porque foi escolhido O MMS do ISO 9506?

• Resposta: É o único protocolo de domínio público que provou ser capaz de


suportar a nomenclatura complexa do IEC 61850. Outros protocolos poderiam
tornar o trabalho de mapeamento muito difícil.

• A norma IEC 61850 dedicou o capitulo 8 para explorar o MMS.

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
O protocolo MMS foi criado para trocas de dados em redes industriais na década de
1980, sendo padronizado posteriormente pela ISSO 9506, tendo as seguintes
características:
• Cliente-Servidor;

• Consumidor específico: requer endereço MAC unicast;


• Utiliza o IP, sendo providas então as camadas de transporte e de rede do modelo OSI;
• É roteável para consumidores dentro de uma LAN ou WAN
• Sua estruturação de serviços e dados é muito semelhante a estrutura proposta pela IEC
61850;

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
A figura abaixo ilustra de forma conceitual o mapeamento das mensagens definido
pela norma.

SCMS
Specific
Communication
Service
Mapping

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
A norma IEC não define a nível de camada de aplicação nenhum protocolo próprio.
Os serviços ACSI são mapeados para o protocolo MMS.

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
A figura mostra de forma conceitual os mapeamento entre modelos de informação
e serviços do IEC para o MMS.

ASN
Abstract
Syntax
Notation

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
A figura mostra a abordagem do mapeamento dos modelos de dados do IEC para o
MMS.

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
A figura mostra a descrição dos campos do Logical Node do tipo XCBR – Disjuntor
(Circuit Breaker)

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
A figura mostra os atributos de dados da Classe SPS – Single Point Status.

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
A figura mostra a abordagem do mapeamento dos modelos de dados do IEC para o
MMS.

• As restrições funcionais devem estar depois do Logical Node de acordo


com a hierarquia do objeto (Este item é opcional [ST], no exemplo)
• MMS permite somente números, letras, “$”, e “_” nos nomes dos objetos.

• NO MMS O PONTO ” .” É REPRESENTADO POR “ $”

• Nome do Objeto MMS resultante: XCBR1$ST$Loc$stVal

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
A figura mostra em maiores detalhes como que uma variável presente no modelos
de dados do IEC é mapeada para uma variável do MMS.

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
A figura mostra a descrição dos campos do Logical Node do tipo MMXU –
Unidade de Medição
.

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
Descrição da Classe de dados – Medição WYE.

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
Descrição da Classe de Dados CMV – Complex Measured Value.

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
Descrição das Classes de Dados Vector e AnalogueValue

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
Nome do objeto Tensão Fase-Neutro para a Fase A

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IEC 61850
Serviços de mensagens: MMS
A tabela mostra a relação de mapeamento entre objetos do IEC 61850 e MMS.

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Comparação entre diversos protocolos e
normas utilizados em SAS.

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Comparação entre diversos protocolos e
normas utilizados em SAS.

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101

Evolução da Comunicação em SAS.

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