Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Coesao, Semantica Ate Generos Textuais
Coesao, Semantica Ate Generos Textuais
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são
responsáveis pela coesão do texto.
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são:
- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-
relação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, alguns
advérbios e locuções adverbiais.
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica
possui uma melhor qualidade de vida.
- Coesão por referência: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal resultado demonstra que ela se esforçou
bastante para alcançar o objetivo que tanto almejava.
- Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos
ou trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição
no corpo do texto.
1. Sujeito
O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. Por exemplo: Uma pessoa
ligou, mas não quis se identificar. (Sujeito: uma pessoa)
O sujeito pode ser: determinado ou indeterminado, simples ou composto e inexistente.
Os sujeitos podem ser determinados ou indeterminados, mediante a condição de poder ser ou
não ser identificados. Quando identificados, são sujeitos determinados (A Ana acabou de chegar. -
sujeito determinado: A Ana). Quando não identificado, são sujeitos indeterminados (Estão
chamando aí à porta.).
Quando o sujeito determinado pode ser facilmente identificado pela sua forma verbal, ocorre
sujeito determinado oculto (Agi conforme suas orientações. - sujeito determinado oculto: eu (eu
agi...).
Os sujeitos determinados podem ser simples ou compostos, conforme contenham um ou mais
núcleos - termos mais importantes do sujeito. Quando apresenta apenas um núcleo, são sujeitos
determinados simples (Os livros estão na prateleira. - sujeito determinado simples: os livros, cujo
núcleo é “livros”). Quando apresenta dois ou mais núcleos, são sujeitos determinados compostos (O
Caderno, três lápis e uma borracha estão na mochila. - sujeito determinado composto: O Caderno,
três lápis e uma borracha, cujos núcleos são “caderno, lápis, borracha”).
Os sujeitos podem ser inexistentes quando a oração é composta apenas pelo predicado (Está um
calor! - oração sem sujeito).
2. Predicado
O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração, todo o
resto faz parte do predicado. Por exemplo: Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (Sujeito:
uma pessoa. Predicado: ligou, mas não quis se identificar)
O predicado pode ser: verbal, nominal e verbo-nominal.
O predicado pode ser verbal quando o seu núcleo (parte principal do predicado) é um verbo que
expressa uma ação (O velhinho contou uma história. - predicado: contou uma história, cujo núcleo é
“contou”).
Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, tem sentido completo e não precisa de
complemento, ele é verbo intransitivo (A vítima morreu.- predicado: morreu, cujo núcleo é
“morreu” - predicado verbal: verbo intransitivo).
Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, precisa de complemento, porque não tem sentido
completo, ele é verbo transitivo (Vou preparar o jantar. - predicado: preparar o jantar, cujo núcleo é
“preparar” - predicado verbal: verbo transitivo).
O predicado pode ser nominal quando o seu núcleo (parte principal do predicado) é um nome e o
seu verbo é de ligação, ou seja, que expressa um estado (Esta matéria é extensa. - predicado: é
extensa, cujo núcleo é “extensa”).
O predicado pode ser verbo-nominal quando apresenta dois núcleos (parte principal do
predicado), um núcleo verbal e um núcleo nominal (As crianças chegaram felizes. - predicado:
chegaram felizes, cujo núcleo é “chegaram” e (“estavam”) felizes).
1. Complementos verbais
Com a função de completar o sentido dos verbos, os complementos verbais podem ser: objeto direto
e objeto indireto.
Os complementos verbais podem ser objeto direto, quando o complemento não é ligado ao verbo
através de preposição obrigatória (O poeta recitou poemas. - predicado verbal: recitou poemas, cujo
núcleo é “recitou” - complemento verbal objeto direto: poemas).
Os complementos verbais podem ser objeto indireto, quando o complemento é ligado ao verbo
através de preposição obrigatória (O doente precisa de cuidados. - predicado verbal: precisa de
cuidados, cujo núcleo é “precisa” - complemento verbal objeto indireto: de cuidados).
2. Complemento nominal
O complemento nominal é o termo utilizado para completar o sentido de um nome, que pode ser um
substantivo, um adjetivo ou um advérbio. Por exemplo: Os idosos têm necessidade de afeto.
(Complemento nominal: "de afeto", pois completa o sentido do substantivo “necessidade".)
3. Agente da Passiva
O agente da passiva é o termo que indica quem executa a ação, na voz passiva, e vem sempre
seguido de preposição. Por exemplo: O bolo foi feito por mim. (Agente da passiva: por mim)
1. Adjunto adnominal
O adjunto adnominal é o termo utilizado para caracterizar um substantivo através de adjetivos,
artigos, numerais, pronomes ou locuções adjetivas. Por exemplo: O homem educado cedeu a sua
cadeira à senhora de idade. (Adjuntos adnominais: o, educado, a, sua, de idade)
2. Adjunto adverbial
O adjunto adverbial é o termo que é utilizado para modificar um verbo ou intensificar o sentido de
um verbo, de um advérbio ou de um adjetivo. Por exemplo: Canta lindamente. (Adjunto adverbial:
lindamente)
3. Aposto
O aposto é o termo que tem a função de explicar, ampliar outro termo. Por exemplo: Sábado, dia
sete, não haverá aula de música. (Aposto: dia sete)
4. Vocativo
O vocativo é o termo utilizado para atrair a atenção do interlocutor. Por exemplo: Senhora, não
esqueça o seu saquinho. (Vocativo: senhora)
Leia também: Função Sintática.
Polissemia
A polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra.
Com o decorrer do tempo, determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda se
relaciona com o original, por exemplo:
• A menina quebrou a perna no acidente.
• A perna da cadeira é marrom.
• Que letra ilegível!
• A letra dessa canção é muito bonita.
Conotação e Denotação
A conotação designa o sentido virtual, figurado e subjetivo da palavra, alargando o seu campo
semântico. Assim, depende do contexto.
Na maioria das vezes, a conotação é utilizada nos textos poéticos com o intuito de produzir
sensações no leitor.
A denotação designa o sentido real, literal e objetivo da palavra. Ela explora uma linguagem mais
informativa, em detrimento de uma linguagem mais poética (conotativa).
É muito utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de instruções, dentre outros.
Exemplos:
• Ele foi um cara de pau! (sentido conotativo)
• Não foi aquele cara que te pediu informação ontem? (sentido denotativo)
• Agiu como um porco. (sentido conotativo)
• No sítio do meu avô há um porco. (sentido denotativo)
Funções da Linguagem
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras
Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um
caráter pessoal.
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles são
marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.
Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do sentido
conotativo das palavras.
Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da
escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento
comunicativo é a mensagem.
Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a
função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas
(provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o
mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no canal
de comunicação.
Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento,
saudações, discursos ao telefone, etc.
Exemplos
• Vote em mim!
• Entre. Não vai se arrepender!
• É só até amanhã. Não perca!
Veja também: Função Conativa
Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que se
refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código utilizando o próprio código.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário cinematográfico que fala
sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos.
Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de
argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam
persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese
(desenvolvimento), nova tese (conclusão).
Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo
que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam,
na maioria dos casos, verbos no imperativo.
Exemplo
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a
função metalinguística.
Veja também: Função Metalinguística
Gêneros Textuais
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras
Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos apresentam
em relação à linguagem e ao conteúdo.
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores (emissor
e receptor) de determinado discurso.
São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, bilhete
ou lista de supermercado.
É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual pode conter mais
de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista de
ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo).
Texto Narrativo
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da
narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.
Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos:
• Romance
• Novela
• Crônica
• Contos de Fada
• Fábula
• Lendas
Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar,
acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou apresentam
imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor).
São exemplos de gêneros textuais descritivos:
• Diário
• Relatos (viagens, históricos, etc.)
• Biografia e autobiografia
• Notícia
• Currículo
• Lista de compras
• Cardápio
• Anúncios de classificados
“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta,
bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado,
com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de
perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à
mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis
miudinhos davam cintilações escarlates.” (O Primo Basílio, Eça de Queiroz)
Descrição Objetiva
"A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75),
cabelos pretos e curtos; nariz fino e rosto ligeiramente alongado."
Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de
argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam
persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese
(desenvolvimento), nova tese (conclusão).
Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo
que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam,
na maioria dos casos, verbos no imperativo.
Denotação
Também conhecido como sentido próprio ou denotativo das palavras.
Sentido literal da palavra ou expressão. Ela não precisa do contexto para que você a
compreenda, ou seja, tem o mesmo sentido do dicionário. Como ela normalmente é
usada.
Exemplos: Comprei uma flor na floricultura
A cobra picou a menina.
Conotação
Também conhecido como sentido figurado ou conotativo das palavras
Já é uma palavra que depende do contexto para entender o seu significado. Este
contexto pode mudar o sentido literal da palavra ou expressão. Quando a palavra é
usada de modo criativo ela aumenta as possibilidades de interpretações. É muito
usado em campanhas publicitárias.
Utilizando as mesmas palavras dos exemplos anteriores ficará mais claro;
Exemplos: A Raquel é uma flor de menina.
O contexto alterou o sentido literal da palavra flor. Nesta expressão significa que
Raquel é meiga e bela.
Minha sogra é uma cobra
O contexto também alterou o sentido literal da palavra cobra. Nesta expressão
significa que a sogra é antipática e insuportável.
Antônimo e Sinônimo
Antônimo
Antônimos (Antonímia): palavras que possuem significados diferentes, ou seja,
significados opostos.
Exemplos: feliz e infeliz, simpático e antipático, simétrico e assimétrico, progressão e
regressão
Sinônimos
Sinônimos (Sinonímia): palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Exemplos: carro e automóvel, comprido e longo, inteiro e completo, desenvolver e
crescer.
Homônimos e Parônimos
Homônimos (homonímia)
Homônimos são palavras com escrita ou pronúncia iguais, mas significado diferente.
Exs.: caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar) e rio (curso de água) e rio
(verbo rir);
Tipos de homônimos: homônimos perfeitos, homógrafos e homófonos
Homônimos perfeitos
Tem a mesma grafia e som, mas com significados diferentes
Ex.: cedo (com antecedência) e cedo (verbo ceder)
Homônimos homógrafos
Tem a mesma grafia e som diferente e com significados diferentes.
Parônimos (paronímia)
Parônimos são palavras com escrita e pronúncia parecida, mas com significado
diferente.
Exs.: Deferi (conceder) e diferir (ser diferente) e discriminar (especificar) e
descriminar (inocentar)
Ambiguidade
A ambiguidade também é conhecida como anfibologia e ela ocorre quando o texto
não está claro dando uma duplicidade de sentido em palavras ou expressões do texto.
Alguns textos até utilizam deste recurso como o poético ou literário. Outros como
textos como técnicos ou informativos evitam este recurso.
A ambiguidade é considerado um vício de linguagem que são desvios das normas
gramaticais que atrapalham a comunicação do pensamento e normalmente ocorre por
descuido ou desconhecimento da norma culta por parte da pessoa que quer passar a
mensagem.
Para se passar uma mensagem é necessária que ela seja clara e coerente, ou seja, ela
não pode dar margem a mais de uma interpretação.
Exemplos de ambiguidade como vício de linguagem:
A menina disse à colega que sua mãe havia chegado.
Quem chegou foi a mãe dela ou a mãe da colega
O pai pediu ao filho que arrumasse o seu quarto
Qual quarto é para arrumar, o do filho ou do pai
Polissemia e Monossemia
Polissemia
Polissemia: Prefixo poli= muitos e sufixo semia= sentidos, ou seja, muitos sentidos
É uma palavra ou expressão que tem muitos significados (vários sentidos).
Geralmente é da mesma classe gramatical, mesmo campo semântico ou são
relacionados entre si.
Ex.: Letra
João de Barro que escreveu a letra da música Carinhoso.
A letra inicial de Maria é “M”.
A letra de seu filho é muito bonita.
Apesar de terem significados diferentes elas pertencem ao mesmo conceito, são
relacionados à escrita.
Outros exemplos de polissemia: Dama, boca, vela e etc…
Monossemia
A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas um significado.
Exemplos de palavras monossêmicas:
Estetoscópio (instrumento médico);
Porcelana (produto cerâmico)
Heptágono (polígono com sete lados).
Hiperonímia e hiponímia
Hiperonímia
A hiperonímia é representada por aquelas palavras que dão ideia de um todo, ou seja,
de significado mais abrangente.
O hiperônimo é uma palavra superior pois permitem a formação de subclasses
relacionadas a ele.
Constitui as características gerais de uma classe.
Exemplos: Cor, esportes, animais e veículos.
Classe: Cor (hiperônimo)
Subclasse: Rosa, amarelo, verde, vermelho
Hiponímia
A hiponímia é representada por aquelas palavras que dão a ideia de uma parte de um
todo, tendo um sentido mais restrito, por isso, é considerada uma palavra inferior pois
ela se originou de outra.
O hipônimo seria as palavras da subclasse do hiperônimo.
Exemplos: Rosa, vólei, cavalo e carro
Classe: esportes (hiperônimo)
Subclasse: Natação, futebol e tênis (hipônimos)