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A Sociologia de Exu
Abro este capítulo pedindo licença para Exu novamente para que
estas palavras cheguem tão longe quanto chegam os sete ventos
por nosso Aiye., pois quando a palavra é pronunciada deixa de
pertencer ao proferinte e passa a pertencer a Exu. Laroye Exu.
Ainda neste capítulo Weber afirma que por onde estiveram , sendo
classe dominante ou dominada foi uma tendência dos protestantes
o desenvolvimento de um “ racionalismo econômico que não se
observa entre outras seitas como os católicos por exemplo “ ao que
ele vincula esta estratificação social a fatores ligados a aspectos
inerentes a suas crenças religiosas e não somente razões
históricas.
O Espírito do Capitalismo.
De fato isso tudo ajuda a esclarecer que a principal razão pela qual
as Religiões Tradicionais são tão demonizadas e perseguidas pelas
seitas protestantes sobretudo neopentecostais reside neste choque
essencial entre valores civilizatórios, sobretudo como encaram o
Espirito do Capital, antes do que razões realmente de cunho
teológico, pois as interpretações de seitas cristãs divergem umas
das outras tanto mais ou menos estejam próximas a defesa deste
Espírito do Capital.
Como nos diz Balandier , esta luta de forças contrárias não acaba
com a criação de uma criação fundada a partir do Homem. Citando
as tradições africanas ele afirma : “ Estas tradições se nutrem de
graus diversos de riqueza e complexidade, de lendas de origem , de
mitos de criação que compõem os sistemas conceitual, simbólico e
imaginário a partir dos quais as sociedades se pensam e legitimam
sua ordem. Todos chegam a conclusão que esta evolução social
não é linear e que esta se refaz a todo instante “
Rei que depõe outro rei pega sua coroa e se torna rei.
Como diz seu Oriki :” Exu está no mercado e faz com que nada se
venda ou se compre sem que ele queira”
De toda forma o autor conclui que este virar do avesso pode servir
para fortalecer esta ordem e criar uma ordem nova mais perfeita e
mais estável , sendo que em determinado período passará por
transformações inexoráveis ao seu próprio destino , abrindo assim
um ciclo de desordem novamente para que uma nova ordem mais
estável ainda se estabeleça e desta forma estas sociedades
passarão sempre por estes ciclos ( ordem – desordem –
estabelecimento de nova ordem ) afim de se aperfeiçoarem
continuamente.
Ultimatum
(Álvaro de Campos, em 1917)
Fora tu,
reles
esnobe
plebeu
E fora tu, imperialista das sucatas
Charlatão da sinceridade
e tu, da juba socialista, e tu, qualquer outro
Ultimatum a todos eles
E a todos que sejam como eles
Todos!