Você está na página 1de 9

DIREITO ADMINISTRATIVO

● Conceito – conjunto harmônico de princípios que regem a atuação dos órgãos públicos, dos
agentes públicos e as atividades administrativas, tendente a realizar de forma concreta, direta
e imediata os fins realizados pelo Estado (trata-se de um conceito abstrato).

Fontes do Dir. Adm:


- Fontes formais: Emanam do estado, criadas por fontes formais.
- Fontes informais: Criadas fora do ambiente institucional, por exemplo os costumes.
- Fontes imediatas ou diretas: possuem força para gerar normas jurídicas (lei e costumes).
- Fontes mediatas ou indiretas: Influenciam na produção das normas (doutrina e
jurisprudência).
- Fontes escritas: lei em sentido amplo.
- Fontes não escritas: jurisprudência, costumes e princípios gerais de direito.

SISTEMAS DE CONTROLE.

Dado sistema de freios e contrapesos da adm pública, ela é controlada por si mesma e pelos
demais poderes constituídos. A cada dia o controle que se mostra mais eficaz é o controle
popular, através da lei de acesso a informação.

Regime jurídico administrativo:


Conceito: asseguram-se a adm pública certa prerrogativas para o bom atendimento ao
interesse público, submetendo-se também a sujeições ou restrições, para garantir a liberdade
das pessoas. Resulta da caracterização normativa de determinados interesses pertinentes a
sociedade (e não aos particulares em sua singularidade), fundamentalmente delineada por
dois princípios: supremacia do interesse público sobre o particular e indisponibilidade, pela
adm pública, dos interesses públicos.

Princípios Doutrinários e Constitucionais


● Princípios Doutrinários: os 2 mais basilares do Direito Administrativo

➢ Supremacia do interesse público sobre o privado

➢ Indisponibilidade do interesse público

OBS. Toda vez que o PM for atuar, ele deve atuar buscando o interesse público.
➢Interesse Público Primário – relaciona-se com a satisfação de necessidades coletivas
(justiça, segurança, saúde) por meio de atividades administrativas prestadas a coletividade
(serviços públicos, poder de polícia, intervenção econômica).

➢Interesse Público Secundário – é o interesse do próprio Estado, enquanto sujeito de direitos


e obrigações, implementando por meio de atividades administrativas instrumentais
necessárias para o atendimento do interesse público primário.

OBS. Sempre que houver um conflito de interesses, entre interesse do particular e interesse da
coletividade, esse último deve se sobressair.
Princípios Constitucionais previstos no Art. 37, Caput, C.F. (Famosa LIMPE)
Princípio da Legalidade – impõe ao administrador que atue somente com base em previsão
legal.
OBS. Diferente do particular que pode fazer tudo aquilo que a Lei não proíba o Adm. Público só
pode fazer aquilo que a Lei permite.
Princípio da Impessoalidade – destaca que a atuação do administrador deve ser de forma
impessoal, não buscando satisfazer interesses próprios, ou de conhecidos, sempre buscando o
interesse público.
Princípio da Moralidade – nos remete a uma atuação pautada com base na boa fé, na
honestidade e na ética.
Princípio da Publicidade – para que os atos administrativos produzam efeitos, eles devem ser
levados ao conhecimento dos particulares, devem ser publicados.
Princípio da Eficiência – devemos buscar os maiores resultados, com menor dispêndio de
gastos e de pessoal.

Sentidos da Administração Pública


O Subjetivo – é o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas.
O Objetivo – ao compreender as atividades Estatais para satisfazer o interesse público.

● Princípio da Autotutela (Segundo a Súmula 473 STF) – o ente estatal tem a garantia de
anular os atos praticados em suas atividades essenciais, quando ilegais, ou revogá-los, quando
inoportunos ou inconvenientes, sem que seja necessária a interferência do Poder Judiciário.

- Motivação: Indispensável ao controle dos aos administrativos, demonstra a sociedade as


razões pelas quais o poder público atuou de determinada forma, para que os cidadãos analise
acerca da legitimidade e adequação de seus motivos.

● Poderes da Administração (Poderes Deveres) CTN

Há autores que mencionam que a administração somente é dotada de poderes, que são
instrumentos para sua atuação, por que ela tem o dever de agir, dever de exercer a função
administrativa, sempre tendo com finalidade o interesse público.

● Uso e Abuso de Poder


Conduta comissiva: ato administrativo é praticado fora dos limites legalmente postos.
Conduta omissiva: o agente deixa de exercer uma atividade imposta a ele por lei.
- O abuso de poder se divide em dois significados:
➢Excesso de Poder – é um vício na competência, mesmo que com boas intenções buscando
interesse público o agente excede a competência prevista em Lei.
➢Desvio de Poder – é um vício na finalidade, pois mesmo dentro da sua competência legal, o
agente age buscando uma finalidade diversa do interesse público.
Os poderes são:
➢Poder Vinculado – A lei preestabelece a única conduta a ser tomada pelo agente público. A
autoridade publica não pode valorar acerca da conduta exigida, se forem preenchidos os
requisitos o ato administrativo deve ser realizado.
➢Poder Discricionário – é aquele que q adm. Publ. dispõe de uma razoável liberdade de
atuação, podendo valorar a oportunidade e conveniência na prática de determinado ato,
dentro dos limites legais.(Identificar no caso concreto a solução mais adequada, nos limites
da lei).
➢Poder Hierárquico:é a prerrogativa conferida ao superior hierárquico, organizar, distribuir e
escalonar as funções de seus órgãos. Determina relações de hierarquia e subordinação entre
seus órgãos e agentes. Dentro da estrutura hierarquizada surgem atribuições (poderes-
deveres): dever de fiscalizar, dever de obediência aos superiores, o controle sobre a atividade
dos órgãos inferiores quanto a legalidade dos seus atos, podendo anular os atos ilegais e
revogar os inoportunos, bem como podendo delegar e avocar competências.
Avocar – ele chama a competência do subordinado
Delegar – confere a outrem a competência dele.

➢Poder regulamentar, também chamado de poder normativo. Poder conferido a


administração pública para expedir normas gerais, ou seja, atos administrativos gerais e
abstratos, com efeito, erga omnes, é um mecanismo de edição de normas complementares a
lei, facilitando o entendimento do texto legal, por exemplo as resoluções do secretário de seg.
pública.
➢Poder de Disciplinar – consiste na prerrogativa conferida à adm. de punir seus próprios
servidores.
➢Poder de Polícia – aquela atividade do Estado que consiste em limitar o exercício de direitos
individuais, atividades e gozo de bens em benefícios da coletividade ou do próprio estado.
(mecanismo de frenagem para conter os abusos dos direitos individuais, incumbido ao poder
público a sua fiscalização).

- A razão do poder de polícia é o interesse social.


- Fundamento, predominância do interesse público sobre o particular.
- Objeto, é todo bem, direito ou atividade individual que possa afetar a coletividade ou por em
risco a segurança nacional.
- Finalidade, é a proteção do interesse público no sentido mais amplo (valores materiais,
patrimônio moral e espiritual do povo, consagrado na CF e ordem jurídica vigente.

Atributos do Poder de Polícia


➢Discricionariedade, é a liberdade do agente público em agir dentro dos limites legais.
➢Coercibilidade, é a imperatividade do ato de polícia ao destinatário, admitindo até o
emprego da força pública para o seu cumprimento, quando resistido.
➢Auto-executoriedade – é a faculdade do agente público em decidir e agir diretamente
através de decisão própria. Onde poderá executar seu ato sem a necessidade de recorrer ao
Poder Judiciário. Com esse efeito a administração pública impõe diretamente sanções de
polícia administrativa necessárias a contenção de atividades anti-sociais.
- Limite da ação: a extensão abrange desde a proteção a moral e aos bons costumes, até a
prevenção da saúde pública, o controle de publicações, a segurança das construções e dos
transportes, da encontramos no estados modernos a polícia sanitária, polícia das águas, polícia
florestal, policia ambiental, polícia de transito. Onde houver interesse relevante da
coletividade ou do próprio estado, haverá correlatamente, igual poder de polícia para
proteção desses interesses, é regra sem exceção. O limite é demarcado pelo interesse social e
os direitos fundamentais assegurados pela CF. Através das restrições impostas às atividades
dos indivíduos que afetem a coletividade, cada cidadão cede parcelas mínimas de seus direitos
a comunidade e o estado lhe retribui em ordem, higiene, sossego, moralidade, e outros
benefícios públicos.
Regras para polícia administrativa revestir de legalidade e preservar o direito
individual:
- Necessidade: atuar diante de ameaças reais ou prováveis de perturbações ao
interesse público.
- Proporcionalidade: é a ação policial que visa equilíbrio entre o cerceamento do
direito individual e o prejuízo a ser evitado.
- Eficácia: a medida deve ser adequada para impedir o dano ao interesse público
● Ato Administrativo – é toda declaração do Estado ou de que lhe represente que produza
efeitos jurídicos imediatos com observância da lei sob regime jurídico de Direito Público e
sujeito a controle do Poder Judiciário, de tal forma que o ato praticado pelo PM no exercício
da função é um ato administrativo, dotado dos ATRIBUTOS de:
➢Presunção de Veracidade e Legitimidade:
Veracidade: Presumem-se verdadeiros os atos praticados pela adm pública, fé pública.
Legitimidade: presume-se em conformidade com a lei (decorre do princípio da
legalidade).
Obs.: é um atributo relativo, admite prova em contrário.
➢Auto-executoriedade:
É o poder de constranger diretamente o particular ao cumprimento de uma obrigação
ou a executá-la diretamente, de maneira forçada, sem a intervenção do poder judiciário.
Não está presente em todos os atos administrativos, depende sempre de previsão
legal ou de uma situação de emergência, na qual a realização seja necessária para garantia do
interesse público.
➢Tipicidade:
A exigência de que todo ato administrativo esteja previsto em lei, é uma limitação para
a prática de atos não previamente estipulados em lei.

➢ Imperatividade (coercibilidade):
Gera imposição de obrigações ao particular em decorrência da ordem da adm pública,
independentemente da vontade do particular, a menos que seja declarada ilegalidade no ato
praticado.

- Características do ato administrativo:


-Declaração do estado ou de quem lhe represente;
-Consiste no exercício de prerrogativas públicas;
-Destinado a cumprir os ditames legais;
-Pode ser revisto pelo poder judiciário.

Elementos ou Requisitos dos Atos Administrativos (método minemônico - o CofifoMoob)


➢Competência – Poder legal conferido ao agente para a prática de determinada atribuição.

De exercício obrigatório, irrenunciável, intransferível, imodificável e imprescritível.


➢Finalidade – é o objeto a ser alcançado pelo ato administrativo, é o que se busca proteger
com o ato (finalidade geral: sempre satisfação interesse público – finalidade específica: é
definida em lei, estabelece qual a finalidade de cada ato especificamente).
➢Forma - é o método de exteriorização do ato administrativo, determinada por lei,
geralmente escrito.
(Via de regra o ato admin. é escrito, porém existem atos que são verbais e sonoros).

➢Motivo – é a causa imediata do ato adm, razões de fato e de direito que fundamentam a
prática o ato (diferente de motivação, que é apenas a exposição dos motivos do ato).
Vícios – motivo inexistente / ilegítimo.

➢Objeto – conteúdo material do ato adm. (é o efeito jurídico imediato) produzido pelo ato,
efeito causado. (objeto e conteúdo são expressões sinônimas).
Deve ser lícito, possível e determinado ou determinável.

➢Competência / Finalidade / Forma - elementos sempre vinculados


➢Motivo e Objeto – elementos que podem ser discricionários, cerne do mérito
administrativo.
➢ Um ato com vício na competência ou na forma a depender do caso pode ser convalidado /
corrigido.
➢ Um ato com vício de finalidade/motivo/objeto, – será sempre um ato nulo.

EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:


 Pelo cumprimento de seus efeitos: exemplo férias, ao findar-se.
 Contraposição: é a extinção de um ato em decorrência de outro, ex: exoneração
extingue a nomeação.
 Caducidade: é o decaimento, uma norma recente que extingue um direito anterior, ex:
perder a licença para construir em decorrência do novo plano diretor.
 Cassação: é a extinção de ato administrativo em virtude do descumprimento pelo
particular de condições pré-estabelecidas, ex: cassar a licença do hotel e virou prostíbulo.
Essas são as mais relevantes:
Revogação: efeito ex nunc, não retroage, se processa com base no exercício da
discricionariedade, é um ato válido masé extinto em decorrência da sua inconveniência e
inoportunidade.
Anulação: tem efeito retroativo, retroage e retiram os efeitos causados, o ato
administrativo pode apresentar vícios, ou seja, desconformidade coma lei, também chamado
de invalidação

● Improbidade Administrativa - é um ato ilegal ou contrário dos princípios básicos da Adm.


Pública, cometidos por agentes públicos no exercício da função pública ou em decorrência
desta, impregnado de desonestidade e deslealdade.

 Não é necessária a demonstração de ilegalidade do ato, basta demonstrar à lesão a


moralidade administrativa.
 O ato de improbidade administrativa pode ou não corresponder a um ilícito penal.
 Artigo 37, § 4 da CF: Os atos de improbidade adm importarão a suspensão dos direitos
políticos, perda da função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na
forma e na gradação prevista em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
 Obs.: nem toda improbidade adm constitui crime, mas caso se enquadre também em
crime, a improbidade será apurada concomitantemente com o processo penal
 Também constitui improbidade administrativa: qualquer ação ou omissão para
conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário a lei ou que não faça
jus.

 GRAVIDADE: VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS →PREJUIZO AO ERÁRIO→ENRIQUECIMENTO


ILÍCITO.
 VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS: dolo, ação ou omissão, exemplificativo
 PREJUIZO AO ERÁRIO: doloso ou culposo, ação ou omissão, ressarcimento do dano
exemplificativo.
 ENRIQUECIMENTO ILÍCITO: dolo, exemplificativo.

 SANÇÕES:
 RESSARCIMENTO DO DANO
 MULTA
 PERDA DA FUNÇÃO PUBLICA
 SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
 PROIBIÇÃO DE CONTRATAR COM O PODER PÚBLICO
 PERDA DO QUE FOI OBTIDO ILICITAMENTE

EM REGRA: 05 ANOS PRESCREVE.

FUNC. PÚBLICO: Até aquele que exerce, transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contrato ou qualquer outro vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função na Adm. Públ., direta, indireta ou fundacional, com ou sem remuneração será
considerado agente público para a lei de Improbidade Adm.
CONDUTA: qualquer conduta ilegal, desonesta, abusiva, incorreta (IDAI)
● Que Gera – enriquecimento ilícito com prejuízo ao erário ou infringência aos Princípios Adm.
terá como consequência a punição do agente público com aplicação das penalidades previstas
na lei de Improbidade sem prejuízo das sanções penais cabíveis e de sanções administrativas
também.

● 3 Espécies de Atos de Improbidade Administrativa

➢ Que geram enriquecimento ilícito;

➢ Que gerem lesão ao patrimônio público (prejuízo ao erário);

➢ E atos que atentem contra os princípios da Adm. Pública.

● Penalidades

➢ Ressarcimento do dano

➢ Multa

➢ Perda da Função Pública

➢ Perda do que foi obtido ilicitamente

➢ Suspenção dos direitos políticos

➢ Proibição de contratar com o Poder Público

OBS. O particular que concorre para a prática do ato da Improbidade Adm., também pode ser
sancionado.
● A própria Lei diz que aquele que induzir ou concorrer para a prática do ato de improbidade,
ou dele se beneficiar de forma direta ou indireta, pessoa física ou jurídica, estará sujeito as
sanções da Lei de Improbidade Administrativa.

● Polícia Administrativa

➢ Regida pelo Direito Administrativo;

➢ Pode atuar de forma Preventiva ou Repressiva;

➢ Incide sobre o exercício de Direitos, Bens e Atividades;

➢ Exercida preponderantemente (dominada) por pessoas ou órgãos específicos.


● Polícia Judiciária

- atividade exercida após o cometimento do ilícito penal, para comprovar materialidade e


esclarecer autoria, faz as investigações ao ilícito.

- a competência de polícia judiciaria, n excluirá a competência de autoridade administrativas, a


quem por lei seja cometida a mesma função. (casos: receita federal, MP)

➢ Exercidas por instituições do Poder Executivo que visa a repreensão de ilícitos penais;

➢ Regida pelo Direito Processual Penal;

➢ Sempre repressiva

➢ Incide sobre pessoas;

➢ Exercida preponderantemente pela Polícia Civil (crimes de competência estadual) se federal


pela P.F.

● Ciclo de Polícia Administrativa (exercido pela PM)


- a autoridade policial-militar que prende um infrator em flagrante delito, o faz em obediência
ao CPP e a CF.
-Nesse contexto as ações de polícia são predominantemente preventivas.
-Conforme previsão constitucional, ela realiza preservação da ordem pública e polícia
ostensiva.
-Ordem pública=prevenção de delitos (atividade da pol adm)
-Divide em 2 partes:
➢Preventiva – preservando a manutenção da ordem pública (normalidade)

➢Repreensão Imediata – anormalidade quando há quebra da ordem, age para restaurar a


ordem.
EX: manifestação irregular age para restaurar a ordem (não criminal, está dentro do ciclo de
polícia adm, é regido pelos princípios adm)
Porém, se durante essa quebra de ordem ocorrer um delito, a PM deve agir para prender esse
infrator, porém estará entrando num ciclo de Polícia Judiciária.

- CICLO DE POLÍCIA JUDUCIÁRIA.


- as ações nessa fase são repressivas.
- O início desse ciclo confunde-se com o cometimento do ilícito penal
- divide-se em duas partes esse ciclo, o momento da eclosão e sua duração (estado de
flagrância) e o momento após o encerramento, que se estende até o término da investigação
criminal.

Dividido em 3 fases:

1ª Fase – Repressão imediata: o exato momento da eclosão do delito até o término do estado
de flagrância (lembrar os 4 tipos de flagrante).

2º Fase – Repressão Mediata – investigação feita pela polícia judiciaria, inicia-se como APFD ou
IP (tem caráter inquisitivo, administrativo e informativo, subsidia a propositura de ação penal
do MP)

Persecução criminal: caminho que o estado percorre para satisfazer a pretensão punitiva que
nasce no exato instante da perpetração da infração penal
Fase investigatória - apuração da pratica de infrações penais com intuito de fornecer
elementos ao titular da ação penal para ajuízá-la.
Uma vez concluída as investigações, nós teremos o término da fase do ciclo de Persecução
Criminal (fase investigatória).
Esse inquérito será remetido ao Judiciário, que enviará ao Ministério Público, onde fará uma
migração para a fase Processual.
Fase Processual – quando o Ministério Público oferece a sua denúncia em juízo, e o Juiz aceita
essa denúncia.
Onde há acusação por parte do Promotor e o recebimento dessa acusação por parte do Juiz,
que vai citar a parte para se defender (a parte contrária)
E há a formação da acusação ⇨ defesa ⇨ e o Juiz, a relação processual.
Fase com direito contraditório (ampla defesa)
E o Juiz irá decidir se a pessoa acusada cometeu ou não o crime.
Irá condenar ou absolver, tudo isso na fase processual.
Se o Juiz condenar o autor do crime, teremos o encerramento da segunda fase do Ciclo de
Persecução Criminal (fase processual), aí se inicia a 3ª Fase:
3ª Fase - Pena - Execução Penal – onde o Estado vai exercer o direito de punir (Juspuniendi) e
essa fase ocorrerá perante o Juiz da Vara de Execuções Penais.
Polícia Administrativa Dividida em 2 ramos
Polícia Administrativa Geral – aquela que cuida da segurança, salubridade e moralidade
pública.
Polícia Administrativa Especial – aquela que cuida de setores específicos de interesses
coletivos, como construção, indústria de alimentos, comércio de medicamentos, uso das
águas, exploração das florestas e minas, para quais há restrições próprias e Regime Jurídico
Peculiar.
A competência Constitucional das Polícias Militares está prevista no: Art.144, § 5º da CF de
1988.
Competência Infraconstitucional (Decreto nº 88.777 de 30 de setembro de 1983)
➢ Aprova o regulamento para as Policias Militares e Corpos de Bombeiros (R-200)
Estabelecendo Princípios e Normas:
➢Ordem Pública – são as relações sociais de todos os níveis de interesse público,
estabelecendo um clima harmônico, ou condição que conduza o bem comum.
➢Policiamento Ostensivo – Ação exclusiva da polícia militar, cujo os agentes sejam
identificados de relance, quer pela farda, equipamento ou vtr, objetivando a manutenção da
ordem pública.

Policiamento Ostensivo ⬄ Polícia Ostensiva


Ordem de Polícia – determinações diretas, positivas ou negativas, sobre atividades dos
particulares.
Consentimento de Polícia – anuência, vinculada ou discricionária, do Estado com a atividade
submetida ao processo vedativo relativo, sempre que satisfeitos os condicionamentos
exigidos.
Fiscalização de Polícia – cumprimento de ordem ou a regularidade da atividade, já consentida
por licença ou autorização. Podendo ser ex-offício ou provocada. Ex: fiscalização de trânsito,
pol ostensivo, inspeção e laudos técnicos de segurança em locais de eventos.
Sanção de Polícia – é a atuação administrativa de repreensão da infração. No caso de infração
à ordem pública, é a ação para restabelecê-la.
Segundo Álvaro Lazzarini – Polícia Ostensiva é a execução de atos, pelas Polícias Militares, que
envolvem a prática de todas as fases do Poder de Polícia.
Evolução constitucional:

Não mais só Manutenção da Ordem Pública e sim agora Preservação da Ordem Pública, que
engloba além da manutenção, a preservação e a restauração. A preservação da ordem
pública engloba a competência específica dos demais órgãos policiais no caso de falência
operacional deles.

A polícia de preservação da ordem publica abrange as funções de polícia administrativa,


preventiva e a parte da polícia judiciária denominada de repressão imediata, pois é nela que
ocorre a restauração da ordem pública.

Teoria do órgão publico: condutas praticadas por agentes públicos, no exercício das suas
atribuições, devem ser imputadas ao estado. Isso sustenta também o princípio da
impessoalidade. Nesse sentido o estado responde pelos agentes públicos quanto aos prejuízos
patrimoniais e pessoais.

Teoria da responsabilidade objetiva: Quem presta serviço público assume o risco (risco
administrativo) dos prejuízos que eventualmente causar independente da existência de dolo
ou culpa.

- para teoria objetiva, a indenização será feita após a comprovação da vítima de três
requisitos: ATO, DANO e NEXO CAUSAL

Obs. Se o dano causado pelo agente público é direto, por culpa ou dolo, a instituição que
serve, deverá repara-lo, se é indireto, por dolo ou culpa, deverá ser reembolsado.

O servidor responderá de maneira especial pelos danos que causar em razão do abuso de
autoridade.

REPARAÇÃO DE DANOS, ESTENDE-SE AOS SUCESSORES ATÉ O VALOR DA HERANÇA.

ATO QUE RESULTE PREJUIZO AO ERÁRIO OU A TERCEIROS.

ATO OMISSIVO

ATO COMISSIVO

ATO DOLOSO

ATO CULPOSO

Você também pode gostar