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[12:44, 16/12/2020] Marcos Heck: egulação da ingestão de alimentos para ruminantes

Importância da determinação do consumo voluntário

• Formulaçãode dietas;

• Cálculo de área necessária para pastejo

• Planejamento de culturas para conservação de forragem;

• Controledo estoque de alimentos

Métodos de determinação

• Diretos: Pesagem do alimento fornecido e sobras; pesagem do animal antes e após a


refeição;

• Indiretos: Estimativa da excreção fecal (óxido crômico, marcadores) x digestibilidade,


diferença agronômica e comportamento ingestivo (pastejo).

Mecanismos de regulação

Três mecanismos básicos: físico, fisiológico e psicogênico. Estes mecanismos interagem entre
si, determinando o perfil ingestivo

Mecanismos físicos

Relacionados a capacidade de enchimento e distensão do rúm…

[12:44, 16/12/2020] Marcos Heck: Aula 2

Para ruminantes indices elevados de acidos graxos principalmente no rúmen causa uma
redução na gordura do leite por dois motivos: em pH baixo desvia a rota normal de
biohidrogenação, formando o ácido linoleico conjugado, depressor da gordura do leite.
Também reduz a fermentação da fibra.

Digestão dos carboidratos: nos ruminantes, os microrganismos usam o carboidrato como fonte
de energia para a fermentação, e na fermentação produzem ácidos orgânicos.

A acidificação do rúmen produzida pela fermentação é reduzida pela saliva, que contém
bicarbonato.

A digestão dos carboidratos nos ruminantes ocorre no rúmen, não há outra alternativa viável.

MONOGÁSTRICOS: carboidratos fibrosos (amido e açúcares)

Não fibrosos: Hemicelulose e celulose

Pectinas
A digestão dos CNF começa na boca pela ensalivação, onde a amilase salivar quebra o amido.
Inexistente em aves(só a moela vai quebrar) mas presente em porco.

Para monogástricos, a digestão acontece via enzimática, majoritariamente no intestino


delgado.

Carboidratos fibrosos: estimula o peristaltismo, substrato para as bactérias no intestino grosso.


Monogástricos com ceco funcional. Coelho faz a cecotrofia.

RUMINANTES: não possui amilase salivar.

pouca absorção de glicose.A glicose provém majoritariamente da gliconeogênese.

O principal precursor da glicose via gliconeogênese é o propionato.

A neutralização do pH do rúmen se dá pela regurgitação do alimento, que após ingerido, volta


pra boca, onde o bovino remastiga e incorpora o bicarbonato dentro da saliva.

Dietas com mais volumoso produzem mais acetato em relação a propionato e butirato.

Quanto maior o concentrado, a quantidade de gordura no leite diminui, enquanto que a


produção de leite vai aumentando.

Acidose ruminal: elevada concentração de amidos e açúcares nas dietas, produz mais lactato,
que acidifica o pH do rúmen. Ocorre absorção e vai parar no sangue, causando acidose
metabólica e morte.

Energia: energia bruta: potencial

energia digestível:

Concentrado energetico : < 18% PB e >20% FIBRA

proteicos: >18% PB e < 20% FIBRA

origem animal e vegetal

Volumosos secos: < 20% umidade - fenos, palhas

aquosos: > 20% umidade - silagem, forragens


CEREAIS: energéticos/protéicos

geralmente pobre em proteína, metionina…

Deficintes em vit A, por causa dos precursores, menos o milho que tem caroteno

SUBPRODUTOS:

MILHO: mais energético - amido 70-80% do milho

Milho não é tudo igual, tem variação de PB, energia… depende do milho

digestibilidade diferente

O milho amarelo é preferencial na nutrição.

branco e vermelho menos usados

Quanto maior a proporção de endosperma farináceo, mais dentado é o grão, e a


digestibilidade é maior, e menor a proporção de endosperma vítreo. Isso é bom para
monogástricos, que dependem da ação enzimática. Para os ruminantes não faz tanta
diferença.

O milho tem 80-90% NDT num milho bem dentado.

Def. em PB e aminoácidos essenciais.

O milho não deve ser fornecido inteiro, pois os microrganismos do rúmen não conseguem
fazer a quebra do pericarpo em ruminantes. E as enzimas dos monogástricos também não
conseguem

Farelo de glúten de milho: tem % PB maior, mas pobre de aminoácidos e não deve ser
fornecido para aves e suínos. Para ruminantes não é problema.

SORGO: Taninos prejudicam a palatabilidade.

As brotações jovens têm maior quantidade de glicosídeos cianogênicos presentes


(ácido cianídrico). Altura mínima de 60 cm.

Tem menos endosperma, e mais tegumento (casca)

Sorgo deve ser bem triturado ou moído: muito duro. 100% é digerido.

Suínos até 20% da substituição pelo milho

Aves até 50%.


TRIGO: apresenta maior teor de fósforo, até 0,4%. Tem mais PB que o milho, e 90% da energia
do milho.

Subproduto: triguilho, farelo de trigo FDN perto 18%, PB 14-16%. Bom para ruminantes, mas
para aves não, e suinos só porcas em gestação e inicio de lactação.

Precisa quebrar a fitase para liberar o P, monogástricos não conseguem quebrar, ruminantes
sim.

ARROZ: quirera: grãos quebrados, não inteiros… não é desejável casca, pois é muita fibra e
sílica. Partes pontiagudas, podem causar infecção boca e estômago, e a dig. baixa

Subst ao milho

pb mais baixo que o milho

grão sem caroteno, baixo em precursores da vitamina A

Energético= 80% do milho

Não é recomendado, pois tem muita sílica, baixa digestibilidade, pontiagudas

Farelo de arroz para vacas pode ser usado, mas ele tem % de óleo muito elevada, e pode dar
excesso gordura livre no rúmen, e baixa gordura no leite.

AVEIA: muito usada para cavalos, pois possui mais fibra. Bovinos geralmente não se usam.

P/ ruminantes a fibra não é tão importante., também deficiente em Vitamina A.

Casca de aveia bem volumoso: não é fibra efetiva

Aveia possui mucilagem: polissacarídeos que absorvem água no intestino, dificultando a


digestão.

Forma inteira, pra novilhas e cavalos, forma amassada.

MANDIOCA: Raízes pouca PB(3%), baixo NDT e mais carboidratos. Devem ser triturados e
deixados em contato com o ar, pois produzem ácido cianídrico, então os glicosídeos são
solubilizados.

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