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GESTÃO DE NEGÓCIOS

Contabilidade Financeira

Aulas 4

Prof. Demian Silva Aguiar


7.3.6. ANÁLISE SETORIAL

Aborda os seguintes aspectos:

•Regulamentação e aspectos legais;

•Ciclo de vida do setor;

•Estrutura de oferta e exposição à concorrência estrangeira;

•Sensibilidade à evolução da economia: setores cíclicos,


acíclicos e contracíclicos;

•Exposição a oscilações de preços;

•Tendência a curto e médio prazo.


7.3.6. ANÁLISE SETORIAL

Fonte: Exame – Melhores e Maiores 2018


7.3.6. ANÁLISE SETORIAL

Fonte: Exame – Melhores e Maiores 2018


7.4. ATIVO OPERACIONAL, NOPAT, EVA E EBITDA

AO (Ativo
Operacional) e AOL COL (Capital
(Ativo Operacional Operacional Líquido)
Líquido)

NOPAT (Lucro EVA (Valor


Operacional Líquido Econômico
Após Impostos) Agregado)

EBITDA (Lucro
Antes dos Juros,
Impostos,
Depreciação e
Amortização)
7.4.1. Ativo Operacional (AO) e Ativo Operacional Líquido (AOL)

ATIVO OPERACIONAL LÍQUIDO


Ano 2
AOL
Valor
Disponibilidades -
Duplicatas a receber 7.430,00 AO = ACO + ANCO
(-) PECLD - 146,00
Duplicatas a receber líquidas 7.284,00
Estoques 12.048,00 O ACO representa o Capital de
Adiantamento a fornecedores - Giro
Tributos a recuperar -
Despesas antecipadas -
Outros valores a receber 1.021,00 O PCO representa o financiamento
Ativo Circulante Operacional (ACO) 20.353,00
Fornecedores 12.843,00
espontâneo
Salários e encargos sociais 627,00
Impostos e taxas 3.186,00
CGOL = ACO - PCO
Outros circulantes operacionais 3.028,00
Passivo Circulante Operacional (PCO) 19.684,00
Capital de Giro Operacional Líquido (CGOL) = ACO - PCO 669,00 AOL = CGCO + ANCO
Imobilizado 22.503,00
Intangível -
Ativo Não Circulante Operacional (ANCO) 22.503,00
Ativo Operacional Líquido (AOL) = CGOL + ANCO 23.172,00
7.4.2. Capital Operacional Líquido (COL)

CAPITAL OPERACIONAL LÍQUIDO


Ano 2 Ano 2
AO PCO
Valor Valor
Disponibilidades - Fornecedores 12.843,00
Duplicatas a receber 7.430,00 Salários e encargos sociais 627,00
(-) PECLD - 146,00 Impostos e taxas 3.186,00
Duplicatas a receber líquidas 7.284,00 Outros circulantes operacionais 3.028,00
Estoques 12.048,00 Passivo Circulante Operacional (PCO) 19.684,00
Adiantamento a fornecedores -
Tributos a recuperar -
Despesas antecipadas -
Outros valores a receber 1.021,00
Capital Operacional Líquido (COL) =
23.172,00
Ativo Circulante Operacional (ACO) 20.353,00 AO - PCO
Imobilizado 22.503,00
Intangível -
Ativo Não Circulante Operacional (ANCO) 22.503,00
Ativo Operacional (AO) = ACO + ANCO 42.856,00

COL = AO - PCO
7.4.2. Capital Operacional Líquido (COL)

CAPITAL OPERACIONAL LÍQUIDO


Ano 2
COL
Valor
Instituições financeiras 4.709,00
Dividendos e juros sobre o capital próprio 897,00
Passivo Circulante Não Operacional (PCNO) 5.606,00
(-) Aplicações financeiras - 2.903,00
(-) Ativo Circulante Não Operacional (ACNO) - 2.903,00
Passivo Não Circulante (PNC) 4.556,00
(-) ANC - Realizavel a LP -
(-) ANC - Investimentos - 1.145,00
Patrimônio Líquido (PL) 17.058,00
Capital Operacional Líquido (COL) = PCNO-
ACNO+PNC-Realizável a LP-Investimentos+PL 23.172,00

COL = PCNO – ACNO + PNC – Realizável a LP – Investimentos + PL


7.4.3. Lucro Líquido Operacional Após Impostos (NOPAT)

NOPAT é o EBIT menos os impostos sobre esse lucro:

LUCRO LÍQUIDO OPERACIONAL APÓS IMPOSTOS


Ano 2
NOPAT
Valor
Lucro Operacional (EBIT) 2.658,00
(-) Impostos sobre o lucro - 903,72
NOPAT 1.754,28
(*) Alíquota de impostos sobre o lucro de 34%

Representa o resultado operacional gerado pela empresa líquido dos


impostos sobre o lucro.

Pode ser compreendido como uma medida de remuneração do capital


operacional líquido.

ROIC = NOPAT / COL  ROIC = 1.754,28 / 23.172,00 = 0,0757 ou 7,57%


7.4.3. Valor Econômico Agregado (EVA)

EVA é o NOPAT menos custo médio do capital empregado:

VALOR ECONÔMICO ADICIONADO


Ano 2
EVA
Valor
Lucro Operacional (EBIT) 2.658,00
(-) Impostos sobre o lucro - 903,72
NOPAT 1.754,28
(-) Custo do Capital - 3.042,93
EVA - 1.288,65
Custo do Capital = COL (Capital Operacional Líquido) x WACC (Custo
Médio Ponderado de Capital)

Representa a geração de valor econômico depois de atendida as


expectativas mínimas das fontes de recursos.
7.4.3. Valor Econômico Agregado (EVA)

O custo médio ponderado de capital (CMPC ou WACC) é obtido pela média


ponderada dos custos das diversas fontes de recursos utilizados para
financiar a operação da empresa.

Custo Médio do Capital $ Custo % Part.%


Capital de Terceiros 6.114,00 12,0% 26,4%
Capital Próprio 17.058,00 15,0% 73,6%
Total de COL 23.172,00
IR 34%
WACC 13,1%

WACC = [0,12 x (1-0,34) x 0,264] + [0,15 x 0,736]


7.4.4. Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização
(EBITDA)
Pode ser compreendido como uma medida de performance operacional.

EBITDA = EBIT + Depreciações e Amortizações

LUCRO ANTES DOS JUROS, IMPOSTOS, DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO


Ano 2
EBITDA
Valor
Lucro Operacional (EBIT) 2.658,00
Depreciações 2.250,00
EBITDA 4.908,00

Limitações:
• Sob a perspectiva do risco, não considera o endividamento da empresa.
• Quanto ao fator retorno ou lucro, não considera o desgaste dos bens na
utilizados na sua geração.
7.4.4. Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização
(EBITDA)
8. MODELO DINÂMICO

Referências para o conteúdo da Unidade:

 Administração do capital de giro – Assaf Neto.

 Gestão financeira das empresas: um modelo dinâmico – Brasil.

 Análise econômico financeira de empresas – Costa, Limeira, Gonçalves e Carvalho.

 O modelo Fleuriet: a dinâmica financeira das empresas brasileiras: um modelo de


análise, orçamento e planejamento financeiro – Fleuriet, Kehdy e Blanc.

 Administração estratégica do capital de giro - Vieira


8. MODELO DINÂMICO

Vejamos um exemplo.
CIA. ALFA
ATIVO 10.400 PASSIVO 10.400
Ativo Circulante 4.450 Passivo Circulante 4.250
Caixas/Bancos 100 Inst. Financeiras 700
Aplic. Financeiras 1.660 Dividendos a Pagar 100
Clientes 1.140 Fornecedores 3.100
Estoques 1.200 Salários/Encargos 350
Outras Contas 350 Impostos -
Outras Contas -

Real. Longo Prazo 450 Exig. Longo Prazo 150 Descrição Alfa Beta
Permanente 5.500 Patrimônio Líquido 6.000 CCL 200 2.140
Liquidez Corrente 1,05 1,65
CIA. BETA Liquidez Seca 0,76 1,15
ATIVO 10.160 PASSIVO 10.160 Liquidez Imediata 0,41 0,41
Ativo Circulante 5.440 Passivo Circulante 3.300
Caixas/Bancos 140 Inst. Financeiras 1.950
Aplic. Financeiras 1.200 Dividendos a Pagar 200
Clientes 2.450 Fornecedores 700
Estoques 1.650 Salários/Encargos 450
Outras Contas - Impostos -
Outras Contas -

Real. Longo Prazo 550 Exig. Longo Prazo 480


Permanente 4.170 Patrimônio Líquido 6.380
Fonte: VIEIRA, 2008, p.67.
8. MODELO DINÂMICO

• A classificação tradicional se demonstra inadequada para uma


análise de liquidez, principalmente à luz da empresa no
desenvolvimento normal das suas operações;
• No grupo do passivo e do ativo circulantes, se encontram contas que
possuem natureza completamente distinta em relação às demais,
que se renovam constantemente à medida que se desenvolvem as
operações da empresa e são muito importantes para a construção
do seu balanço patrimonial gerencial;
• Ao analisar os indicadores, percebe-se que de acordo com os
resultados a empresa Beta está em melhor condição que a empresa
Alfa.
8. MODELO DINÂMICO

• Mas, ao analisar o montante das contas que compõem o circulante


de ambas as empresas, percebemos que na empresa Alfa o
financiamento do capital de giro ocorre principalmente através dos
fornecedores (Financiamento expotâneo).
• Já a empresa Beta, tem como fonte pricipal de recursos para
financiar o seu capital de giro as instituições financeiras.
• Percebemos que a estratégia adotada pela Alfa é mais equilibrada
que a adotada pela Beta
• E que a situação apresentada por Beta é mais arriscada que a
apresentada por Alfa.
8. MODELO DINÂMICO
As contas operacionais tem características cíclicas, portanto, devem ser
separadas em grupos de contas diferentes. Veja um exemplo que ilustra o
comportamento do contas a receber de uma empresa, comparando-o com
uma “caixa d’água”. Considera-se uma venda diária de $1.000, com prazo
de 30 dias para pagamento pelos clientes e inadimplência zero.

VENDAS RECEBIMENTOS
$ 1.000 $ 30.000 $ 1.000
C Nível no 30º dia
$ 20.000
B Nível no 20º dia
$ 10.000
A Nível no 10º dia

O comportamento "caixa d'água" do contas a receber de clientes.

Fonte: VIEIRA, 2008, p.70.

O Modelo Fleuriet propõe uma reclassificação do Balanço Patrimonial para


torná-lo mais funcional e com um enfoque mais dinâmico. As contas são
classificadas de acordo com o seu ciclo.
8.1. A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CONTAS
Os Ciclos no Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO

CONTAS ERRÁTICAS
CONTAS ERRÁTICAS Circulante Circulante

Numerário em Caixa Duplicatas Descontadas


Bancos com Movimento Empréstimos Bancários a Curto Prazo etc

PASSIVO CIRCULANTE
ATIVO CIRCULANTE

Títulos e Valores Mobiliários etc

CONTAS CÍCLICAS
CONTAS CÍCLICAS

Duplicatas a Receber Fornecedores de Matérias-primas etc


Estoque de Produtos Acabados
Estoques de Produção em Andamento
Estoques de Matérias-primas etc

Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo

PASSIVO NÃO CIRCULANTE


ATIVO NÃO CIRCULANTE

CONTAS NÃO CÍCLICAS


CONTAS NÃO CÍCLICAS

Empréstimos a Terceiros Empréstimos Bancários a Longo Prazo


Títulos a Receber etc Financiamentos etc

Permanente Patrimônio Líquido

Investimentos Capital Social


Imobilizado Reservas
Diferido

Fonte: FLEURIET, KEHDYe BLANC, 2003, p. 8.


8.1. A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CONTAS

Ativo Ativo Ativo


Errático Cíclico Circulante

Passivo Passivo Passivo


Errático Cíclico Circulante

• As contas cíclicas são aquelas relacionadas ao giro do negócio e que se


alteram de acordo com o ritmo das atividades operacionais da empresa.
• As contas erráticas ou financeiras são aquelas com caráter fortemente
financeiro e originárias dos financiamentos e investimentos de curto
prazo. Essas contas não estão ligadas ao processo produtivo e estão
ligadas às operações de tesouraria.
8.1. A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CONTAS

Ativo Realizável a Ativo


Permanente Longo Prazo Permanente

Patrimônio Exigível a Passivo


Líquido Longo prazo Permanente

• As contas do ativo e passivo não cíclicas também são conhecidas como


estratégicas ou permanentes e significam as fontes e aplicações de
recursos no longo prazo. Não possuem comportamento vínculados às
operações da empresa. Apresentam comportamento fortemente
influenciado pelas decisões estratégicas da empresa.
8.1. A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CONTAS

NCG = ATIVO CÍCLICO – PASSIVO CÍCLICO

NECESSIDADE DE
PASSIVO CÍCLICO
CAPITAL DE GIRO
ATIVO CÍCLICO

Necessidade de Capital de Giro


Fonte: FLEURIET, KEHDYe BLANC, 2003, p. 9.
8.1. A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CONTAS

CDG = PASSIVO PERMANENTE – ATIVO PERMANENTE

CAPITAL
DE GIRO

PASSIVO
ATIVO PERMANENTE
PERMANENTE

Capital de Giro
Fonte: FLEURIET, KEHDYe BLANC, 2003, p. 12.
8.1. A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CONTAS

O CDG coincide com o CCL, conforme fórmula figura abaixo:

PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE
CIRCULANTE
CAPITAL
DE GIRO
CLÁSSICO

Capital de Giro Clássico


Fonte: FLEURIET, KEHDYe BLANC, 2003, p. 12.
8.1. A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CONTAS

T = ATIVO ERRÁTICO – PASSIVO ERRÁTICO

ou T = CDG – NCG

ATIVO PASSIVO
ERRÁTICO ERRÁTICO
SALDO DE
TESORARIA

CAPITAL DE
GIRO
PASSIVO
PERMANENTE
ATIVO
PERMANENTE

Saldo de Tesouraria
8.1. A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CONTAS

Síntese das variáveis-chaves

NCG, CDG e T podem se posicionar como fonte ou aplicação de acordo


com os valores apresentados (+ ou -).

Variáveis-Chaves do Modelo Dinâmico Positiva Negativa


Necessidade de Capital de Giro (NCG) Aplicação Fonte
Capital de Giro (CDG) Fonte Aplicação
Saldo de Tesouraria (T) Aplicação Fonte
8.1. A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CONTAS

Para financiar a necessidade de capital de giro (NCG) decorrentes das


operações, a empresa utiliza os recursos de longo prazo do capital de giro
(CDG) que caso sejam insuficientes, são complementados por recursos de
curto prazo originários do saldo de tesouraria (T)

Aplicações Fontes
T
NCG
Fontes de Curto Prazo
Aplicação Operacional de
CDG
Recursos
Fontes de Longo Prazo

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