Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Desenvolvimento - o que é?
• Conjunto de aquisições, manutenções e mudanças que ocorrem ao longo do tempo,
de maneira ordenada e relativamente duradoura
Afeta:
• Estruturas físicas e neurológicas
• Processos de pensamento e emoções
• Formas de interação social e outros aspectos do funcionamento biopsicossocial
As fases do desenvolvimento
• Relacionadas à idade, relativamente ordenadas, predizíeis e mensuráveis
• Mudanças universais e normativas (independentes da cultura)
• Mudanças qualitativas, com ordem relativamente fixa de sucessão, contínuas e
graduais
• Eventos de vida e diferenças individuais que afetam o desenvolvimento
Ex: doenças graves, hospitalizações, etc..
Teorias do desenvolvimento
Variam quanto às concepções:
• Importância dos aspectos biológicos X ambientais
• Da participação ativa X passiva do individuo
• Existência de continuidade X descontinuidade entre as etapas de desenvolvimento
Conceitos importantes
• Fatores de Risco – eventos que colocam em risco a saúde e/ou desenvolvimento
• Mecanismos de Proteção – condições e recursos utilizados para eliminar ou diminuir o
fator de risco
Intervenções no ciclo de vida
• Visam atender a problemas específicos evidentes em cada período
ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
VARIAM ENTRE DIFERENTES AUTORES
Certas mudanças de etapas representam,do ponto de vista psicossocial,uma CRISE
Exemplos:
• Crise normal da adolescência; Crise da envelhecença
A DOENÇA - Representa sempre uma crise
Afeta diferentemente de acordo com a etapa do desenvolvimento
É melhor enfrentada quando há maior compreensão, maior nível de escolaridade e de
informações disponíveis
Redes de apoio social (mecanismo de proteção) são sempre importantes, da infância à
velhice
OS IDOSOS
• Segmento que mais cresce na população brasileira e no mundo, especialmente a partir
da década de 1960
• Entre 1991 e 2000: o número de habitantes com 60-69, 70-79 e 80+ anos de idade
cresceu duas a quatro vezes mais (28, 42 e 62%, respectivamente) do que o resto da
população brasileira (14%)
Estudos epidemiológicos:
Têm mostrado que:
• Doenças e limitações não são consequências inevitáveis do envelhecimento
• O uso de serviços preventivos, eliminação de fatores de risco e adoção de hábitos de
vida saudáveis são importantes determinantes do envelhecimento saudável
Doenças do envelhecimento
• Demências e certas doenças degenerativas
• Doença de Alzheimer
• Demências senis
• Demências devido a micro-infartos cerebrais
• Doença de Parkinson
• Esclerose Múltipla
• Outras demências e doenças musculoesqueléticas degenerativas e progressivas
Demência
• É uma prioridade de saúde pública” (OMS, 2012)
• As pessoas que cuidam de portadores de demência estão mais suscetíveis a
desenvolver problemas mentais, como ansiedade e depressão
• Muitos também sofrem com problemas financeiros: os cuidados com o doente geram
gastos excessivos e podem impedir a pessoa de trabalhar normalmente
• A OMS recomenda a existência de cuidadores treinados que possam ajudar os
familiares a lidar com o doente
• Também destaca: profissionais de saúde precisam dar mais atenção à demência e ao
que é necessário para ajudar o paciente e seus cuidadores a terem uma vida melhor
A epidemiologia descritiva:
• Examina como a incidência (casos novos) ou a prevalência (casos existentes) de uma
doença ou condição relacionada à saúde varia de acordo com determinadas
características, como sexo, idade, escolaridade e renda, entre outras
O ENVELHECIMENTO
• É uma condição pertencente ao homem e aos seres vivos
• É entendido como um fenômeno que se insere num processo de desenvolvimento, de
crescimento, de aprendizagem, de amadurecimento e de aperfeiçoamento humanos
• Assim: o idoso precisa ter atitudes positivas na vida, dentre estas, a primeira: a de
aprender a viver consigo mesmo, a conhecer-se tal como é em todas as dimensões
• Tais atitudes: são necessárias porque não há uma existência humana plenamente feliz
e completamente protegida das intempéries e incertezas da vida
O modelo do desenvolvimento humano em Erikson (1972 e 1982)
• Desenvolvimento: uma sequencia de oito estágios ou idades
• Cada estágio: envolve a superação de um conflito
• A última etapa: corresponde ao culminar do progressivo amadurecimento da pessoa
humana
• A velhice: é última crise, denominada de integridade X desespero
• Nesta fase: se o indivíduo olha para trás e vê o quanto zelou pelas coisas e pessoas e
se adaptou aos triunfos e desapontamentos, ele se integra; se não, se desespera
O conceito de velhice
• É de difícil definição pois depende da maneira como o idoso se vê e é visto pelos
outros
• Não existe “a velhice” mas diferentes “velhices”
• Mas: a conotação sociocultural de velhice ainda é preconceituosa, identificando-a
como fase de decrepitude física, feiura e inutilidade
A velhice
• É mais ou menos sofrida e difícil dependendo de como se dá o confronto de valores e
representações sobre a velhice
• Philip Roth em seu livro “Homem comum”(2007), afirma: “A velhice não é uma
batalha; a velhice é um massacre”
A literatura, a prosa e a poesia nos aproximam dos fatos da velhice:
Simone de Beauvoir (1990, p. 35):
“É uma surpresa, um assombro, perceber-se velho. O espelho mostra o que os outros
percebem, mas a pessoa reluta em aceitar a mudança em si própria. Dessa forma, velho é
sempre o outro ...”
PSICANÁLISE E ENVELHECIMENTO
• Freud não elaborou nenhum trabalho especifico sobre o envelhecimento, mas tratou
de alguns temas que contribuíram para se pensar sobre ele
• Ao abordar o luto e a melancolia (1917/1974), Freud contribuiu para a compreensão
das perdas vivenciadas no envelhecimento
• Em seu trabalho “Sobre a Psicoterapia” 1905/1977), Freud diz que a idade do paciente
é importante para o processo de análise
• Ele não recomendava a analise para pessoas com mais de 50 anos (considerado velho,
na época de Freud), tendo em vista a pouca elasticidade mental do idoso
A PSICOTERAPIA DO IDOSO
• Requer um psicoterapeuta preparado, sem representações negativas quanto à velhice
e que conheça bem a psicologia do desenvolvimento
• O setting terapêutico deve ser flexível
• Os objetivos terapêuticos devem ser definidos
• As expectativas devem ser ajustadas
• Deve haver abertura para contatos com familiares
• O processo terapêutico deve reforçar a independência do individuo
• Os idosos são bastante receptivos a terapias breves e focalizadas na resolução de
problemas
Temáticas frequentes na psicoterapia com idosos:
• Conflitos relacionados a transformações na estrutura familiar
• Mudanças de papeis familiares e sociais
• Ansiedade frente ao envelhecimento e à morte
• Luto
• Falhas narcísicas
• Medo da dependência
• Inseguranças associadas ao declínio físico e cognitivo
Possibilidades psicoterapêuticas
Psicoterapias de Grupo:
São extremamente uteis, pois:
• Ajuda a mudar a crença de que nossos problemas são únicos e imutáveis
• Instalar a esperança
• Promover a interação social, a aprendizagem de novas habilidades relacionais,
fomentar a coesão e a aceitação
• Aumentar a autoestima por meio da empatia e altruísmo (um pode apoiar o outro, se
valorizando)
• Desenvolver a auto-aceitação incondicional
• Fornecer modelos adaptativos
• Aprender e treinar varias competências
• Desenvolver a independência com relação ao terapeuta
• Obter e partilhar informações