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Embora Margaret Tatcher tenha sido uma mulher tão importante para a história da Inglaterra

quanto a Rainha Elizabeth II ainda o é, creio que esta não aceitaria tão bem o filme A Dama de
Ferro quanto a monarca aceitou o filme A Rainha.

A Dama de Ferro peca por empalidecer um mito da política inglesa que foi Tatcher, tratando a
aqui na maior parte de sua projeção como uma demente senil e diminui toda a sua carreira em
flashbacks fracos e sem cornologia, já que parece que eles foram sorteados ao acaso. Porém,
Meryl Streep exerce a sua interpretação mais inspirada em anos, equilibrada entre técnica e
emoção, Streep como boa atriz que é, caminha com segurança por todas as mudanças que sua
personagem sofre e sempre respondendo a todas as expectativas que ela exige. Longe da
imitação que fez em Julie e Julia, Streep se transforma em Tatcher com dedicação e aparente
facilidade, sendo o único motivo plausível para assistir a essa decepção cinematográfica.

A Dama pode até ser de ferro, mas com certeza o filme é de palha.

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