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Resolvi reassistir As virgens Suicidas para ver se a primeira mal impressão passava, mas agora

eu só tenho certeza da limitação do filme escrito e dirigido por Sofia Coppola. A sensação que
eu tive foi a mesma que eu tive assistindo Minhas mães e meu pai, de que o filme roda, roda e
não chega a lugar nenhum, acaba não contando história nenhuma.

O roteiro passa 90 minutos tentando mistificar suas protagonistas suicidas para o público, mas
acontece que aquelas garotas não passavam de meninas entediadas e comuns, e nem uma
aura de mistério a narrativa consegue criar.

Partindo da premissa que Sofia Coppola nos entrega o filme tem tudo para ser no mínimo
razoável, mas ele infelizmente quase nunca consegue alcançar nada (exceção da narração final
de Giovani Ribisi), deixando sempre um gosto de vazio na mente de quem assiste, é um filme
que não toca em nenhum assunto, tão concentrado em suas meninas e que provavelmente
não vai te acompanhar quando os créditos finais começarem a rodar.

Katheleen Turner, atriz tão competente, aqui tem papel razoável, em nenhum momento
conseguimos formar uma posição crítica acerca de seu personagem e de seu marido porque o
roteiro pouco se aprofunda neles ou em suas dores. Kirsten Dunst como uma nikita blasé em
nenhum momento convence.

Um filme irregular e esquecível.

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