UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS SOBRAL - CE

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA DE POTÊCIA

PROFESSOR: ANDRÉ DOS SANTOS LIMA

CONVERSORES CC-CC

ALUN
MATRÍCULA
O

JOÃO PEDRO DA SILVA RODRIGUES 385518

Sobral – CE
 2020

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 3

2. OBJETIVO............................................................................................................. 4

3. MATERIAL UTILIZADO .................................................................................... 4

4. SIMULAÇÃO ....................................................................................................... 5

5. CONCLUSÃO........................................................................................................ 12

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 13
 1. INTRODUÇÃO
Conversores CC-CC são sistemas formados por semicondutores de potência
operando como interruptores, e por elementos passivos, normalmente indutores e
capacitores que tem por função controlar o fluxo de potência de uma fonte de entrada
para uma fonte de saída (PETRY, 2001).

Esses conversores apresentam três topologias básicas, ilustradas abaixo.

Figura 1.

IL ID Io
IL
Ii L Io

Vi L V0
Vi D Ic V0 D Ic
S CARGA
S CARGA
ID C C

BUCK BOOST
ID
Ii

Vi D
S C
L CARGA
IL
Ic Io V0

BUCK-BOOST
Fonte: Roteiro

O conversor buck é um conversor abaixador de tensão. Quando a chave está

fechada, não há transferência energia. Por outro lado, ao ser fechada a chave, a corrente
flui pelo indutor e capacitor e o diodo fica cortado. Quando a chave é novamente aberta,
a energia acumulada no indutor é descarregada, forçando que uma corrente continue
atuando na carga. Se a corrente pelo indutor não vai a zero durante a condução do
diodo, diz-se que o circuito opera no modo contínuo. Caso contrário tem-se o modo
descontínuo.

O conversor boost, por sua vez, aumenta a tensão da entrada na saída. Quando T
é ligado, a tensão de entrada é aplicada ao indutor. O diodo fica reversamente
polarizado (pois Vo>E). Acumula-se energia no indutor, a qual será enviada ao
capacitor e à carga quando T desligar. A corrente de saída, Io, é sempre descontínua,
enquanto Ii (corrente de entrada) pode ser contínua ou descontínua. Tanto o diodo
quanto o transistor devem suportar uma tensão igual à tensão de saída, Vo. Também
neste caso tem-se a operação no modo contínuo ou no descontínuo, considerando a
corrente pelo indutor.
 No conversor Buck-Boost a tensão de saída tem polaridade oposta à da tensão de
entrada. Nesse caso tanto a corrente de entrada quanto a de saída são descontínuas.

2. OBJETIVOS DA PRÁTICA

- Analisar o funcionamento de conversores CC-CC nas suas três topologias

básica, nos modos contínuo e descontínuo, mediante simulação.

3. MATERIAL UTILIZADO

- Software PSIM.
 4. SIMULAÇÃO
Inicialmente foi simulado um circuito conversor CC/CC do tipo Buck (abaixador
de tensão) de corrente contínua. Foi pedido os parâmetros de frequência de operação e
ciclo de trabalho, dados, respectivamente por: T = t on + toff = 65u + 35u = 0,1 ms e D =
ton / T = 65u / 100u = 0,65.
Abaixo segue a imagem das formas de onda no comando da chave. A tensão
máxima sobre a chave é de 24V e a tensão RMS é de 14,2V.
Figura 2.

Fonte: Autor

Em seguida foram obtidas as formas de onda de tensão de entrada, tensão na

carga, corrente de entrada, corrente na carga. As formas de onda podem ser visualizadas
na figura 3, representados por ve, vo, ie e io, respectivamente.

Figura 3.
Fonte: Autor

Para a forma de onda da corrente na carga, foi colocado um amperímetro em

série com o resistor de saída no circuito simulado. Na figura a seguir, temos a forma de
onda para a corrente no capacitor.

Figura 4.

Fonte: Autor

Na sequência, foi pedido as formas de onda da corrente e da tensão no indutor.

Elas podem ser visualizadas na imagem a seguir.

Figura 5.
 Fonte: Autor

Na simulação também foram obtidos os valores do pico de tensão sobre chave e

a corrente eficaz na chave, dados por 19,2V e 1,38A, respectivamente.

Em seguida, foi obtida a tensão de pico reversa no diodo (38,6V) e o valor

médio da corrente no diodo (0,53A).

Depois foram obtidos os valores máximo e mínimo da corrente no indutor

(2,64A e 0,52A). Já os valores médio e eficaz da corrente no indutor foram 1.56A e
1.69A.

A ondulação de tensão na carga é aproximadamente 1. O rendimento do

conversor é de aproximadamente 73%.

Na terceira parte da prática, todo o procedimento anterior foi repetido para o

conversor boost (elevador de tensão).

Abaixo, na figura 6, as formas de onda da tensão sobre a chave, que tem o valor
eficaz de 32,9V.

Figura 6.
 Fonte: Autor

Em seguida foram obtidas as formas de onda de tensão de entrada, tensão na

carga, corrente de entrada, corrente na carga. As formas de onda podem ser visualizadas
na figura 7, representados por ve, vo, ie e io, respectivamente.

Figura 7.

Fonte: Autor

A seguir, na figura 8, as formas de onda de tensão e corrente no indutor.

Figura 8.
 Fonte: Autor

Na simulação também foram obtidos os valores do pico de tensão sobre chave e

a corrente eficaz na chave, dados por 32,9V e 15,6A, respectivamente.

Em seguida, foi obtida a tensão de pico reversa no diodo (40,7V) e o valor

médio da corrente no diodo (6,76A).

Depois foram obtidos os valores máximo e mínimo da corrente no indutor

(2,23A e 1,62A). Já os valores médio e eficaz da corrente no indutor foram 1.93A e
1.94A.

A ondulação de tensão na carga é aproximadamente 1. O rendimento do

conversor é de aproximadamente 99%.

Na quarta parte da prática, todo o procedimento anterior foi repetido para o

conversor buck-boost.

Abaixo, na figura 9, as formas de onda da tensão sobre a chave, que tem o valor
eficaz de 40,7V.

Figura 9.
 Em seguida foram obtidas as formas de onda de tensão de entrada, tensão na
carga, corrente de entrada, corrente na carga. As formas de onda podem ser visualizadas
na figura 10, representados por ve, vo, ie e io, respectivamente.

Figura 10.

Fonte: Autor

A seguir, na figura 11, as formas de onda de tensão e corrente no indutor.

Figura 11.

Fonte: Autor

Na simulação também foram obtidos os valores do pico de tensão sobre chave e

a corrente eficaz na chave, dados por 58,1V e 10,2A, respectivamente.

Em seguida, foi obtida a tensão de pico reversa no diodo (43,6V) e o valor

médio da corrente no diodo (4,37A).
 Depois foram obtidos os valores máximo e mínimo da corrente no indutor
(15,3A e 9,4A). Já os valores médio e eficaz da corrente no indutor foram 12,5A e
12,6A.

A ondulação de tensão na carga é aproximadamente -1. O rendimento do

conversor é de aproximadamente 79%.

Comparação entre valores teóricos e simulados.

Conversor Buck

Tabela 1.

ILmax (A) ILmin (V) VCmax (V) VCmin (V) VMos (V)
RMS

Teóricos 2,652 0,468 16,1 15,1 14,09

Simulado 2,64 0,52 16,1 15,1 14,2

s

Fonte: Autor

Conversor Boost

Tabela 2.

ILmax (A) ILmin (V) VCmax (V) VCmin (V) VMos (V)
RMS

Teóricos 22,1 16,1 75 75 32,9

Simulado 22,1 16,1 60,5 60,5 32,9

s

Fonte: Autor
 Conversor Buck-Boost

Tabela 2.

ILmax (A) ILmin (V) VCmax (V) VCmin (V) VMos (V)
RMS

Teóricos 15,3 9,4 -4 -4,9 40,7

Simulado 15,3 9,4 -4 -4,9 40,7

s

Os cálculos podem ser visualizados na imagem a seguir.

Figura 12.

Fonte: Autor
 5. CONCLUSÃO

Através deste trabalho foi possível analisar o funcionamento de conversores CC-

CC, nas topologias Buck, Boost e Buck-Boost. Simulando os circuitos no software
PSIM, foram obtidos os parâmetros de cada circuito assim como as formas de onda das
tensões e das correntes (de entrada e saída, no indutor e na chave).

Os resultados obtidos na simulação foram comparados com os resultados

calculados e esperados. Desse modo, pode ser concluído que esses resultados simulados
se aproximaram bastantes dos resultados esperados teoricamente.
 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] POMILIO. J. A. “Topologias Básicas de Conversores CC-CC”. Disponível

em: <http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor/pdffiles/it744/cap3.pdf> Acesso em: 18
de maio de 2020.