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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – CAMPUS SOBRAL

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA


DISCIPLINA: Circuitos II
PROFESSOR: Marcus Rogério de Castro

RELATÓRIO 05 DE CIRCUITOS II: SISTEMA


TRIFÁSICO
Aluno: João Pedro da Silva Rodrigues
Matrícula: 385518

Sobral – CE,
2020
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 3
2. OBJETIVO............................................................................................................. 4
3. MATERIAL UTILIZADO .................................................................................... 4
4. PROCEDIMENTOS.............................. ................................................................ 4
5. PÓS-LABORATÓRIO........................................................................................... 5
6. CONCLUSÃO........................................................................................................ 6
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 6
1. INTRODUÇÃO
Em circuitos CA, com tensão senoidal aplicada a um circuito com corrente
resultante senoidal, o ângulo de defasagem é a diferença entre o ângulo da tensão e da
corrente. A potência ou ativa, por sua vez, é o produto entre os valores eficazes da
tensão e da corrente pelo cosseno do ângulo de defasagem.
v(t)=V m cos (ωt +θv)
i(t)=I m cos (ωt +θi)
θ=θv−θi (1)
1
P=( )V m I m cosθ
2
P=V ef I ef cosθ (2)

Em CA, o produto da tensão pela corrente em valores eficazes, é chamada


Potência Aparente, pois é a potência “aparente” convertida em trabalho útil por uma
carga em CA. Além disso, em um circuito CA, o cosseno do ângulo de defasagem é o
Fator de Potência, que é igual á razão entre a Potência Ativa e Aparente.
A relação entre potência ativa e aparente é denominada de fator de potência de
deslocamento, FPD. Quando a carga é tipicamente indutiva, significa que o FPD está
atrasado, e quando a carga é tipicamente capacitiva, o FPD está adiantado
A potência em circuitos CA também pode ser representado em forma de número
complexo. A potência complexa S é produto do fasor de tensão pelo conjugado do fasor
de corrente. A parte real é a potência ativa P, em W, e a parte imaginária, a reativa Q,
em Var. Para uma carga tipicamente indutiva, a parte imaginária é positiva, enquanto
para uma carga tipicamente capacitiva é negativa. O módulo é o valor da potência
aparente em VA.
S=V I ¿ (3)
S=P ± jQ (4)

Independente da forma como as cargas estão interligadas, a potência complexa


entregue a várias cargas interligadas é igual à soma das potências complexas entregues a
cada uma das cargas.
Sabendo as expressões para as reatâncias, podemos encontrar as expressões para
a potência reativa Q.
XL = ωL
XC = 1/ωC (5)
V ef 2
Q L=
ωL
V ef 2 (6)
QC =
1/ωC
2. OBJETIVO
 Determinar a potência complexa de cargas tipicamente indutivas e
capacitivas;
 Determinar o fator de potência de cargas monofásicas.
3. MATERIAL UTILIZADO
 Computador;
 Software: MULTISIM.

4. PROCEDIMENTOS
Inicialmente, foi simulado o circuito da Figura 1 usando o software MULTISIM.
De acordo com a condição da carga, mostrada na Tabela 1, foi medida a corrente e
potência ativa. A partir desses valores foi determinada a potência aparente, o fator de
potência de deslocamento FPD, a potência reativa Q e a potência complexa S.

Figura 1

Fonte: Autor.

Os valores usados para o resistor e o indutor foram calculados de acordo com


número de resistores e indutores em paralelo, e de acordo com os valores em banco de
resistores e indutores (R=330 ohms, L=400mH e C=30uF).
Desse modo, no primeiro circuito, para 3 resistores, foi usado o valor de R=110
ohms. No circuito seguinte, para 2 indutores em paralelo, foi usado o valor de 200mH e
para 1C foi usado valor já estabelecido antes. A tensão de entrada usada foi de 80 Vrms,
com frequência de 60 Hz.
Os valores medidos e calculados podem ser vistos na tabela 1.
Tabela 1

Condição de Tensão (V) I (A) S (VA) P (W) Q (Var) Potência


Carga Complexa
3R 0,727 58,181 58,181 0 58,181
2L 1,047 83,76 0 83,76 j83,76
1C 80 0,917 73,36 0 73,36 -j73,36
3R//2L 1,275 102 58,182 83,79 58,182+j83,79
3R//1C 1,17 93,6 58,182 73,33 58,182+j73,33
3R//2L//1C 0,739 59,1 58,182 10,47 58,182+j10,47

Fonte: Autor.

Para a carga 3R, temos apenas potência ativa e FP=1. Para a carga 2L, temos
uma potência ativa na casa dos nW e, portanto, desprezível; logo, temos apenas potência
reativa, calculada usando os valores da corrente e FP medidos, sendo FP=0. Para a carga
1C, temos uma potência ativa na casa dos nW e, portanto, desprezível, e temos apenas
potência reativa, calculada usando os valores da corrente e FP medidos, sendo FP=0.
Note que, como esperado pela teoria, para as cargas com resistores e indutores
ou capacitores, a potência ativa é a mesma que da carga puramente resistiva, e a reativa
a mesma da carga puramente indutiva ou capacitiva. Para essas cargas, temos
FP=0,56036(indutiva) e FP=0,62156(capacitiva). Em ambos os casos, temos, como
esperado, uma potência aparente maior.
Para a carga 3R//2L//1C, no entanto, temos uma potência aparente próxima da
encontrada para a carga puramente resistiva. Isso acontece porque temos agora um fator
de potência adiantado e outro atrasado. Logo, a potência reativa é mais baixa do que
para as cargas puramente indutiva ou capacitiva. A potência reativa, nesse caso, é a
soma das potências reativas no indutor e no capacitor (83,79-73,33=10,46Var). Para
essa configuração, encontramos FP=0,98420.

5. PÓS-LABORATÓRIO
1) Calcule o fator de potência para cada configuração montada no
laboratório;
Os valores encontrados para FP utilizados foram dados pelo wattímetro do
simulador. Agora, utilizando os valores da tabela 1 e a fórmula FP=P/S, podemos
calcular o FP para cada configuração:
Condição de Carga (*) FP

3R 1
2L 0
1C 0
3R//2L 0,57
3R//1C 0,62
3R//2L//1C 0,98

2) Desenhe o diagrama fasorial de cada circuito montado no laboratório e o


seu respectivo triângulo de potência.

6. CONCLUSÃO
Com a prática, foi possível entender melhor o conceito de potência para cargas
monofásicas em circuitos CA. Vimos que, para cargas indutivas e capacitivas, existe
uma potência reativa e que a potência ativa depende apenas da carga resistiva. Além
disso, foi possível, com os resultados encontrados na simulação, determinar o Fator de
Potência do circuito.
Ademais, observamos que para determinar a potência reativa para a carga RLC,
podemos apenas somar os valores da potência complexa encontrados para as cargas R e
C. Logo, a simulação foi coerente com a teoria.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Manual de Prática.

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