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FISIOTERAPIA
ANATOMIA I
ROTEIRO TEÓRICO
Adaptado do livro: Anatomia Humana Básica
Alexander P. Spence
2ª Ed., São Paulo: Manole, 1991
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1 INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA
Conceitos
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Posição anatômica
Termos de Direção
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Ventral: relativo ao ventre ou abdome
Termos Regionais
Planos e eixos
Embora cada movimento articular específico possa ser classificado como sendo
em um dos três planos de movimentação, os nossos movimentos em geral não são
totalmente em um plano específico, mas ocorrem como uma combinação de
movimentos em mais de um plano.
Estes movimentos, em relação aos planos combinados, podem ser descritos como
ocorrendo em planos diagonais ou oblíquos de movimentação.
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Tipos de planos
Eixos
Movimentos
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2 SISTEMA ESQUELÉTICO
Funções do esqueleto
Suporte: o esqueleto atua como arcabouço do corpo, dando suporte aos tecidos
moles e promovendo pontos de fixação para a maioria dos músculos.
Proteção: O esqueleto protege de lesões muitos dos órgãos vitais internos. Através
de sua estrutura aloja e protege o cérebro, medula, órgãos torácicos, bexiga e
órgãos reprodutores.
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Classificação dos ossos
Ossos Longos: A maioria dos ossos dos membros superiores e inferiores tem um
eixo longo, isto quer dizer que eles são mais compridos do que largos. São
classificados como ossos longos o úmero, a ulna (cúbito), o rádio, o fêmur, a tíbia, a
fíbula (perônio) e as falanges.
Ossos Curtos: Ossos que não tem um eixo longo, tais como aqueles do carpo (na
mão) e do tarso (no pé).
Ossos Planos: Os ossos um pouco delgados que formam o teto da cavidade craniana
e o esterno são ossos planos (chatos ou laminares).
Divisões do esqueleto
Esqueleto axial
Cabeça
Coluna vertebral e sacro
Tórax (costelas e esterno)
Esqueleto apendicular
Cintura Escapular
Membros Superiores
Cintura Pélvica
Membros Inferiores
Crescimento ósseo
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Fatores que afetam o crescimento ósseo
- Pressão
- Hormônios (paratireóide – parato-hormônio/osteoclastos) (tireóide –
calcitonina/osteoblastos)
- Nutrição – Vitamina D – necessária para a absorção de cálcio da corrente
sangüínea.
Fraturas
Fratura com Afundamento: a região fratura é comprimida para dentro. Ex. fratura
do crânio;
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3 SISTEMA ARTICULAR
As articulações não devem ser vistas como uma superfície dura. Devem ser
consideradas coxins elásticos, com a cartilagem articular tendo características
em algum ponto entre as de um sólido e de um liquido.
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que secreta “líquido sinovial” ou “sinóvia” para dentro da cavidade articular.
Toda articulação sinovial contém pelo menos uma face articular macho e uma
fêmea. Há apenas uma posição na qual elas são totalmente congruentes. Nessa
posição, as duas faces se encaixam ponto por ponto, e a gravidade ou força
muscular torna os principais ligamentos (especialmente nas articulações em do-
bradiça) tão esticados que eles apertam as faces articulares unidas de tal modo
que os dois ossos funcionam como uma unidade.
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Esta unidade é conhecida como a posição de “bloqueio”. Em todas as outras
posições, as faces macho e fêmea não são totalmente congruentes. Os
ligamentos tendem a afrouxar e diz-se que a articulação está na posição
“frouxa”.
Até mesmo tendões não suportam a fricção constante sobre um osso sem uma
maior proteção. Freqüentemente, os tendões são circundados por um “saco
cilíndrico” que consiste em duas lâminas de tecido conectivo, cujo interior é
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firmemente fixado ao tendão e ao exterior fixado ao tecido circunvizinho.
As bolsas e bainhas dos tendões não são partes das articulações no sentido
técnico, mas podem ser consideradas estruturas associadas.
Tipos de articulações
Algumas articulações são bastante limitadas, enquanto outras tem uma variedade
de amplitudes de movimento. O tipo e a amplitude de movimentos são
semelhantes em todos os humanos; contudo a liberdade, amplitude e vigor dos
movimentos são limitados por ligamentos e músculos.
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Articulações Fibrosas (Sinartroses): articulações nas quais os ossos são mantidos
juntos firmemente por tecido conjuntivo fibroso. São articulações imóveis. Podem
atenuar a força (absorção de choques).
a) Articulações Não-Axiais
Planar – Artrodial: são formadas principalmente por superfícies achatadas e
encurvadas. Ex.: processos articulares das vértebras e a maioria dos ossos
carpais e tarsais.
b) Articulações Uniaxiais
Gínglimo – Dobradiça: nesse tipo de articulação as superfícies tem uma tal
forma que permitem apenas movimentos de flexão e extensão. Ex.:
Articulação do cotovelo, joelho e interfalangeanas dos pés e das mãos.
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Trocóide – Pivô: o único movimento permitido nesta articulação é a rotação
ao redor de um eixo longitudinal do osso. Ex.: rotação da primeira vértebra
cervical (atlas) sobre a Segunda (áxis) e as articulações entre as articulações
proximal e distal entre o rádio e a ulna.
c) Articulações Biaxiais
Elipsóide – Condilar: possuem uma superfície articular levemente côncava e
outra ligeiramente convexa, permitindo movimentos em dois planos
perpendiculares entre si. Movimentos: flexão, extensão, abdução, adução e
circundução. Ex.: articulações metacarpofalangeanas e metatarsofalangeanas,
articulações entre o rádio e o carpo.
d) Articulações Triaxiais
Esferóide – cotilóide: são formadas por uma cabeça esférica de um osso
contrapondo-se a uma cavidade em forma de taça do outro. Tais articulações
permitem movimento ao redor de três eixos. Além da flexão, extensão,
abdução, adução e circundução, as articulações esferóides permitem rotação
medial e lateral. Ex.: articulação do ombro e quadril.
Ligamentos
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Condições de importância clínica
Bursite: Quando uma ou mais das bolsas sinoviais que rodeiam uma articulação
tornam-se inflamadas. Esta perturbação pode resultar de lesão, peso excessivo ou
infecção. As bolsas se enchem excessivamente de líquido sinovial, causando
desconforto e limitando o movimento da articulação afetada.
Tendinite: É uma inflamação das bainhas dos tendões que rodeiam uma articulação.
A condição é geralmente caracterizada por uma sensibilidade local no ponto da
inflamação e por uma dor severa quando se movimenta a articulação afetada. Pode
resultar de trauma ou uso excessivo.
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4 SISTEMA MUSCULAR
Tipos de músculos
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Músculos esqueléticos – nomeação
Há cerca de 600 músculos no corpo humano e vários critérios são usados para dar
nome aos mesmos; cada um deles descreve uma característica particular do músculo
nomeado, tal como a forma, a ação e localização.
Ação: vários músculos incluem referências à ações; pelo uso de termos flexor,
extensor, adutor ou pronador. Ex.: o flexor radial do corpo flexiona a mão e o
extensor longo dos dedos estende os dedos do pé.
Localização: é possível localizar certos músculos pelos seus nomes. Ex.: os músculos
intercostais estão localizados entre as costelas e os músculos tibiais anteriores
estão localizados ao longo da margem anterior da tíbia.
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ESTRUTURA MACROSCÓPICA DO MÚSCULO
Grupos de Músculos
Cada músculo individual geralmente tem uma porção centralizada na qual o músculo é
mais espesso, denominada ventre muscular.
Cada músculo pode conter milhares de fibras musculares que são cuidadosamente
organizadas em compartimentos dentro do próprio músculo.
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Os feixes de fibras musculares são chamados fascículos, e cada fascículo pode
conter até 200 fibras musculares.
O fascículo é coberto por uma bainha conectiva densa chamada perimísio, que
protege as fibras musculares e cria caminhos para os nervos e vasos sangüíneos.
Cada fascículo contém fibras musculares cilíndricas longas, as células dos músculos
esqueléticos. As fibras também correm paralelamente e são cobertas com uma
membrana, o endomísio.
O endomísio é uma bainha muito fina que leva os capilares e nervos que nutrem e
inervam cada fibra muscular.
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Músculos peniformes: as fibras correm diagonalmente em relação a um tendão que
atravessa o músculo. A forma geral do músculo peniforme é de pena, já que os
fascículos são curtos e correm em ângulo.
Como as fibras musculares são mais curtas, as fibras peniformes criam movimentos
mais lentos, tendo a vantagem, no entanto, de produzir mais força.
Fixação Muscular
Tendão X Aponeurose X Osso
Existem três maneiras para o músculo fixar-se no osso: diretamente no osso, por um
tendão ou por uma aponeurose.
O músculo pode fixar-se diretamente no periósteo do osso por uma fusão entre o
epimísio e a superfície do osso, como a fixação do trapézio.
O músculo pode fixar-se por um tendão que se funde com a fáscia muscular, como
ocorre com os isquiotibiais, bíceps braquial e flexor radial do carpo.
Pode fixar-se por uma bainha de tecido fibroso conhecida como aponeurose,
encontrada nos músculos abdominais e na fixação do glúteo máximo e latíssimo do
dorso.
Características do Tendão
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Embora as fibras sejam inelásticas, o tendão pode responder de modo elástico pelo
recuo e elasticidade do tecido conectivo.
Origem X Inserção
O músculo tipicamente liga-se ao osso pelas duas pontas. A ligação mais próxima do
meio do corpo, ou mais proximal, é denominada origem.
Os músculos tracionam igualmente nas duas pontas de modo que os dois locais de
ligação recebem forças iguais.
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Elasticidade: é capacidade da fibra muscular para retornar ao seu comprimento de
repouso depois que a força de alongamento é removida.
Funções do Músculo
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A estabilização é muito importante na cintura escapular que precisa ser suportada
de modo que os movimentos do braço possam ocorrer de forma homogênea e
eficiente.
Alavancas
Uma alavanca é uma haste rígida que gira sobre um ponto fixo denominado eixo ou
ponto de apoio (ou ainda fulcro). A parte da alavanca que se encontra entre o ponto
de apoio e o peso ou resistência é chamada de braço de alavanca; a parte entre o
ponto de apoio e a força aplicada, denomina-se braço de força.
Sua função habitual é a de obter uma vantagem mecânica por meio da qual uma
pequena força aplicada sobre uma grande distância, numa das extremidades,
produza uma força maior operando sobre uma distância menor no outro extremo, ou
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então, aumentar consideravelmente num extremo a velocidade de movimento
aplicada no outro.
Na maioria dos casos o braço de força no corpo humano é mais curto do que o braço
de resistência, resultando assim numa desvantagem mecânica. A lei da conservação
de energia implica que o que se perde em força se ganha em distância (e vice-versa).
Dessa forma, ao se aumentar a distância, ganha em velocidade.
Tipos de Alavancas
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Em uma alavanca de primeira classe, a força aplicada e a resistência podem estar a
uma distância igual do eixo ou uma pode estar mais longe do que a outra.
Neste caso, sacrifica-se a velocidade para ganhar força, como ocorre por exemplo
no carinho de mão, no quebra-nozes e na chave de roda.
No corpo humano quase não se encontram alavancas desse gênero, não existindo
assim, exemplos completamente análogos, embora a abertura da boca contra uma
resistência constitua um exemplo.
Um remo de barco e uma pá podem ser utilizados como alavancas de terceira classe.
A maioria dos sistemas de alavanca osso-músculo no corpo humano são de terceira
classe.
Esta classe de alavanca é a mais comum no corpo, pois permite que o músculo se
prende próximo à articulação e produza distância e velocidade de movimento, com
encurtamento muscular mínimo, embora em detrimento de força.
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Este sistema de alavanca permite a produção de movimentos rápidos e amplos,
embora com sacrifício de força. Um exemplo típico é encontrado no bíceps,
flexionado o antebraço contra uma resistência.
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BIBLIOGRAFIA PARA CONSULTA APROFUNDADA
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