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O DESENVOLVIMENTO

PSICOMOTOR

Andreza Arcanjo, Maria Carolina, Maria


Danyana, Mariana Salvo, Nayla Paraíso e
Rafaella Bueno.
"O movimento humano é mais

INTRODUÇÃO
do que o simples
deslocamento do corpo no
espaço é um meio pelo qual a
criança atua sobre o meio
físico. Ao se movimentarem as
crianças expressam
sentimentos, emoções e
O corpo e a mente estão associados para que ocorra o aprendizado da pensamentos, elas aprendem
criança; agindo sobre o meio e se
movimentam pelo prazer do
A organização corporal é necessária para que o indivíduo possa ter
movimento em si mesmo,
consciência do meio exterior; ampliando as possibilidades
O desenvolvimento psicomotor favorece a evolução, de forma progressiva, do uso significativo de gestos
leva a criança a ter controle e domínio do seu próprio corpo; e posturas corporais."
É através do corpo que a criança ganha referência para interagir com o (MORGADO, p.6, 2007)
mundo;
Os movimentos corporais são de grande valor biológico, psicológico,
cultural, social e evolutivo;
É se movendo que a criança internaliza o mundo e desenvolve novas
habilidades, permitindo que ela atue no mundo de forma mais autônoma e
segura;
Dessa forma ela passa a confiar mais em si mesma e no mundo externo,
explorando suas relações;
Quando nos movemos nosso corpo manifesta muitos tipos de movimentos, desde os
mais involuntário e simples até os mais complexos e elaborados;
O que determina esses movimentos, são as contrações musculares que por sua vez
são controlados pelo sistema nervoso;
Toda criança que apresenta deficiência intelectual, apresentará também um atraso
no seu desenvolvimento motor;
Para que um ser humano tenha uma aprendizagem significativa, ele precisa também
ser estimulada, o que possibilita a expansão de suas habilidades, ex: para escrever
ela precisa conseguir segurar o lápis (coordenação fina), e para isso ele precisa estar
ciente de suas mãos e do que ele é capaz de fazer com elas.

A seguir iremos abordar o esquema corporal, com ênfase nos 3 anos de idade, achamos
interessante o corpo vívido e como este corpo se relaciona com o mundo e por isso
escolhemos essa faixa etária para aprofundar um pouco mais e não ficar só no básico.
Esquema Corporal
O esquema corporal pode ser definido como a consciência do corpo, como uma forma de comunicação
consigo mesmo e com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal consiste em uma boa
evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais e da afetividade.
Ocupa o lugar de ser um núcleo central na formação da personalidade da criança, refletindo o equilíbrio
entre as funções psicomotoras e sua maturidade.
O conhecimento adequado do corpo abrange a imagem corporal e o conceito corporal que é desenvolvido
com atividades que favoreçam o conhecimento do corpo como um todo, o conhecimento do corpo de
maneira segmentada, o controle dos movimentos e o expressar corporal.
Para simbolizar o próprio corpo e interiorizar sua imagem, é necessário um amadurecimento neurológico
frente a diferentes estímulos, relacionado a senso percepção (o que permite introjetar a noção de possuir
diferentes partes corporais.)
O esquema corporal é indispensável para a formação da personalidade da criança, e é através dele que a
criança pode ter uma visão global e exclusiva do próprio corpo. Desta forma, se estiver se sentindo bem
com o seu corpo, a criança é capaz de localizar objetos e pessoas e se relacionar de forma global com eles.

Fases do Esquema Corporal

(É a formação da personalidade da criança através do corpo, onde ela


toma consciência das possibilidades de se expressar por meio desse
corpo.)
1ª Fase (Corpo Vivido) – 2 meses a 3 anos

O comportamento motor global é caracterizado por repercussões emocionais


fortes e mal controladas. É a fase em que a criança toma consciência de seus
movimentos, e a medida em que vai tomando a noção de lugar, vai expandindo-a.
Aspectos importantes a serem observados nessa fase são: as atividades
espontâneas da criança (movimentos não pensados) como levantar a barriga,
rolar pelo berço e levar objetos a boca. Essas atividades espontâneas vão fazendo
a criança ir adquirindo experiências.
E a importância de experiência vivida, que corresponde a fase da inteligência
sensório-motora de Piaget, em que a criança ainda não possui consciência de si
mesma e se confunde no espaço em que vive.
A medida em que vai crescendo, suas experiências irão possibilitar uma
diferenciação do ambiente.
· É nesta fase que a criança começa a viver o Esquema
Corporal, que é a consciência das partes do seu corpo.
· A experiência emocional do corpo e do espaço possibilita
Corpo uma aquisição de numerosas práxias, que permitem a
criança sentir seu corpo como individual e como um objeto
vívido
total no mecanismo da relação.
aos 3 anos
· Umas das importâncias da experiência do corpo vivido é
porque nessa fase que possibilita a criança a diferenciar seu
próprio corpo do mundo externo e ocasiona a primeira auto-
percepção da imagem do corpo, e a criança se interessa pelo
mundo exterior, busca novas experiências para conhecer e
compreender o mesmo.

· Aos 3 anos o reconhecimento do seu corpo como objeto é


perdida. O jeito práxico do comportamento da criança já
está muito afinado e continua se aprimorando ao ritmo do
desenvolvimento da função do ajustamento motor.
2° Fase ( corpo percebido ou descoberto) de 3 a 6 anos

Esta  fase corresponde a organização do esquema corporal devido à


função de interiorização. A criança descobre seu eixo corporal e passa a
ver seu corpo como um ponto de referência para se situar e situar os
objetos no espaço e tempo.
 Durante o corpo vívido, a experiência emocional do corpo e do espaço
permite a criança sentir seu próprio corpo como um objeto total no
mecanismo de relação. O reconhecimento de um objeto pelo lado dos
sentidos vai sendo submetido a uma evolução rápida. É nesta fase que
se desenvolve:

a) A função de interiorização, que é uma forma de atenção perspectiva


centralizada sobre o próprio corpo, que permite a criança tomar consciência
de suas características corporais e verbalizá-las.
b) Interiorização e localização.
c) Interiorização e controle do desenvolvimento temporal do movimento.
3° Fase ( corpo representado) de 6 a 12 anos
  

Por volta de 5 a 6 anos se produzem a imagem sintética do corpo por meio das
experiências tônicas e dados visuais. No início, a criança poderá controlar
involuntariamente sua atitude, a partir de um esquema postural. Mas só após atingir a
idade de 10 a 12 anos que ela pode dispor de uma imagem mental no corpo em
movimento permitindo uma verdadeira representação mental de uma sucessão motora.
   Nesta fase observa se a estruturação do esquema corporal uma vez que a criança já
apresenta a noção do todo e das partes do corpo. Também já conhece as posições e
mantém um maior domínio do corpo.
A importância do brincar

- No desenvolvimento da criança, o brincar é fundamental para:

• Desenvolver os potenciais (motor, cognitivo, afetivo e social) e habilidades;


• Desenvolver autonomia e comunicação;
• Explorar sua criatividade;
• Adquirir novos conhecimentos;
• Compreender regras sociais;
• Aprender a lidar com seus sentimentos;
• Desenvolver a capacidade criar e reiventar;
• Construir sua identidade e subjetividade;
• Aprender a viver em sociedade;
• Exercitar a consciência corporal e a relação espaço temporal .
- Brincar é também, fonte de prazer, satisfação e felicidade.

Exemplos de brincadeiras para se fazer com crianças até de 3 anos:

• Brincadeiras de roda, como cantigas;


• Brincadeiras com bola;
• Brincadeiras na areia (contato do pé no chão);
• Brincadeiras de imitações (imitar sons e movimentos de animais);
• Utilização de brinquedos de fácil manipulação para montar e desmontar.

Referências:
MORGADO, Andressa de Souza. A importância do desenvolvimento psicomotor da
criança de 0 a 6 anos. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2007.
SANTOS, Gislene Silva. O Desenvolvimento Psicomotor Na Educação Infantil de 0 a
3 anos. Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes, 2010.

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