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Índice
Introdução……………………………………………………………………………………….3
O Castelo de Leiria 4
O Castelo Através dos Séculos 5
Núcleos e espaços do complexo 8
A Reconstrução 10
Korrodi e a Idealização do Castelo 11
Um Século de Reconstrução 13
O Castelo na Atualidade……..………………………………………….…………….………17
Conclusão……………………...……………………………………………………………….18
Webgrafia……………..……………………………………………………………………….19
Bibliografia…………...………………………………………………………………………...20
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Introdução
O principal foco do trabalho não serão as diversas fases de restauro em si, mas sim a
intervenção e idealização do arquiteto suíço, Ernesto Korrodi, daquilo que seria este
imponente castelo e que viria a alterar para sempre a paisagem da cidade de Leiria.
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O Castelo de Leiria
O castelo, com edificação inicial no século XII, apresenta uma confluência diversificada
de estilos arquitetónicos, sendo notória a transição do estilo românico para o estilo
gótico. Esta aglomeração de estilos é explicada através das quatro fases de construção
do complexo, a primeira fase correspondente à edificação original, românica, durante o
reinado de D. Afonso Henriques; a segunda, que ocorreu durante o reinado de D. Dinis,
onde aparecem os primeiros vestígios do estilo gótico (dionisiano); a terceira fase, a que
é talvez a mais importante para a compreensão do edifício que podemos ver nos dias de
hoje, e à qual corresponde a edificação do paço, num estilo denominado por gótico
joanino; e por ultimo a quarta fase, a que vamos tratar neste trabalho, e à qual
correspondem as campanhas de restauro e de reconstrução, seguindo os desenhos de
Ernesto Korrodi, e que conferiram ao castelo, em grande parte, o seu aspeto atual.
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O Castelo Através Dos Séculos
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Em 1142 é definitivamente conquistado pelas forças portuguesas e D. Afonso confere à
vila a sua primeira carta de foral, que ordena a reestruturação e melhoria das defesas do
castelo, bem como a primeira edificação da Igreja da Pena. A cerca medieval é
levantada após novo foral, outorgado por Sancho I.
D. Dinis viria a sediar-se na vila de Leiria por diversas ocasiões ao longo do seu
reinado, sendo durante esta época que o castelo é convertido em residência real. Foi
também este rei que ordenou a reedificação da igreja da Pena e a construção da torre de
menagem, que seria concluída no reinado de Afonso IV. A residência construída pelo
rei, os desaparecidos Paços de S. Simão, situava-se no local onde foi posteriormente
construído o Paço Episcopal.
O palácio visível nos dias de hoje é construído no reinado D. João I, após este garantir a
independência do reino e afirmar a sua posição como rei legitimo de Portugal.
Contemporâneo à edificação do Mosteiro da Batalha este paço apresenta traços do
gótico joanino, tendo também sido encontradas neste paço várias marcas de canteiro
correspondentes a outras presentes no dito mosteiro. É também por ordem de D. João I
que é novamente reconstruída a igreja da Pena.
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O castelo viria a perder rapidamente a sua importância, abandonado pela realeza e sem
valor militar, por se localizar no centro litoral do país. A igreja da Pena continuou em
atividade até, pelo menos, 1605, e a torre de menagem terá servido de prisão régia até
ao século XVIII.
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A área do castelo é dividida em três núcleos diferentes. O primeiro núcleo (A)
corresponde aos espaços do paço joanino, torre de menagem e igreja da Pena, este é o
núcleo central e principal do castelo e estaria reservado às figuras de poder, reis,
alcaides, etc. O segundo núcleo (B) compreende no seu interior as cisternas e as
fundações de algumas habitações, e era destinado ao contingente militar. No terceiro
núcleo (C) localizava-se a vila medieval, e os Paços de São Simão, dos quais não restam
vestígios, na sua área ainda se conserva a igreja de São Pedro bem como os restos de
uns celeiros medievais (antigos celeiros da mitra), hoje reconvertidos em museu.
Núcleo A-
Paço Joanino: O paço joanino, em estilo gótico, é composto por duas torres laterais de 4
pisos, unidas entre si por um corpo central de 3 pisos, o corpo central ostenta uma logia
neogótica ou revivalista.
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Torre de Menagem: A torre de menagem insere-se no ponto mais alto do morro do
castelo, com uma altura de 17 metros, insere-se numa estrutura muralhada de forma
retangular protegida por uma barbacã.
Igreja da Pena: igreja gótica, de uma só nave com entrada lateral, possui uma abside
abobadada poligonal, antes da abside encontram-se ainda dois túmulos, bastante
vandalizados e vazios. No interior da igreja foi ainda colocado um arco manuelino,
proveniente de um outro tempo leiriense, infelizmente demolido.
Núcleo C-
Igreja de São Pedro: igreja de uma nave em estilo românico, apesar não ser a primeira
igreja edificada na cidade, esta é a igreja sobrevivente mais antiga. O portal de 5
arquivoltas, construído em calcário, revela elementos de inspiração coimbrense. Possui
uma capela-mor e dois absidíolos, cobertos por abóbadas.
Paço Episcopal: edifício nobre do século XVII de planta longitudinal, este edifício
alberga a sede distrital da Psp de Leiria.
A Reconstrução
O estado do castelo seria de tal forma lastimável que nos finais do século XIX começam
a surgir iniciativas que tinham como objetivo a sua preservação. O grande
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impulsionador destes esforços terá sido a Liga de Amigos do Castelo de Leiria. A
vontade deste grupo em valorizar e requalificar o monumento revelaram-se
fundamentais para a história do castelo.
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Figura 7 Imagem ilustrativa da proposta de Korrodi
Um Século de Reconstrução
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Após uma derrocada num dos panos de muralha, em 1921, iniciam-se intervenções de
maior destaque e Korrodi retorna ao projeto nomeado como diretor das obras pelo
DGEMN. Novos panos de muralha são levantados e começam também obras na torre de
menagem e casa do guarda. Em 1928 recupera-se a igreja da Pena e são novamente
levantados mais trechos de muralha bem como intervencionadas algumas das torres.
Korrodi viria a abandonar a obra em 1933, no entanto os seus trabalhos seriam seguidos
à risca na continuação dos trabalhos. A reconstrução da torre de menagem e das
muralhas termina apenas em 1937.
Entre 1934 e 1948 a direção das obras é atribuída ao arquiteto Baltazar da Silva Castro,
pela DGEMN. Será, ainda sobre a direção de Baltazar Castro, que entre 1955 e 1969 é
finalizada a reconstrução dos Paços de D. João I. Em 1969 é necessária uma nova
intervenção após serem causados danos por um terramoto.
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Figura 9 Castelo durante a reconstrução do Paço
O castelo virá a ser alvo de várias intervenções até ao final do século, que reparam e
finalizam certos trabalhos.
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Figura 10 Estratificação das intervenções na torre de menagem
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Figura 12 Estratificação das intervenções na torre de menagem
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O Castelo na Atualidade
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Conclusão
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Webgrafia
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3312
http://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=1446&muda_idioma=PT~
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Bibliografia
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