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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – UFMG

Faculdade de Educação – FAE

Disciplina: Análise da Prática e Estágio Curricular em Ciências Biológicas I

Prof. Francisco Ângelo Coutinho

Diário Reflexivo 1

O Clima Escolar

Aluna: Fernanda Nobre Amaral Villani

Turma: Y

Belo Horizonte, abril de 2014.


Como introduzi no trabalho de caracterização da Escola 1, a minha impressão
sobre o Centro Pedagógico da UFMG foi muito positiva e eu considero o colégio um
excelente lugar para trabalhar e estudar!

Os dirigentes e professores do CP possuem uma relação muito próxima com a


Faculdade de Educação e isso, a meu ver, traz uma série de benefícios para a escola.
Para começar, o corpo docente do CP é altamente qualificado, com muitos
professores Mestres e Doutores na área de Educação. Essa qualificação se reflete na
qualidade das aulas, que considero muito elevada. Apesar de trabalharem com um
público bastante heterogêneo, os professores do CP zelam pela qualidade do
ensino, o que é, em minha opinião, a característica principal para fazer da escola um
diferencial na vida dos alunos.

Essa proximidade com a Universidade imprimiu outros aspectos interessantes na


organização do colégio. Por exemplo, os núcleos de ensino funcionam como
departamentos e, no caso do núcleo de Ciências no qual estou inserida, existe uma
“professora referência”, como uma chefa de departamento. A professora Ana possui
mais tempo de serviço na escola e, assim, auxilia os colegas na organização, como
também no dia-dia em sala de aula. Senti que o grupo de professores de Ciências
tem um diálogo muito amigo, o que facilita muito as tomadas de decisões ou, até
mesmo, um pedido de ajuda, no caso de uma substituição. Não sei se por causa da
minha trajetória dentro da universidade, mas acredito que o trabalho em grupo
enriquece bastante os resultados alcançados. Gosto de trabalhar em equipe, por
isso, senti-me em casa no núcleo de Ciências do CP!

Não tive nenhum contato com os membros da diretoria do CP. Apesar disso,
parece que os professores estão satisfeitos com o trabalho desenvolvido pela
Diretora nos últimos anos. O colégio enfrentou uma crise logo depois que
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modificaram a forma de ingresso dos alunos: mudou de um sistema de seleção por
prova, com preferência para filhos de servidores da UFMG, para o sistema de
sorteio, aberto a toda comunidade de Belo Horizonte e da região metropolitana.

O primeiro impacto dessa mudança foi negativo. A taxa de evasão no Colégio


Técnico, dos alunos oriundos do CP, aumentou consideravelmente, por um período.
Com um bom trabalho em equipe, a diretoria do CP conseguiu reverter essa
situação e o rendimento dos alunos do CP no COLTEC melhorou bastante depois
disso. Foi um período de adaptação dos profissionais, que estavam acostumados a
trabalhar com um público muito selecionado. O sorteio trouxe um fator complicador
para a rotina da escola: trabalhar, no mesmo ritmo e com a mesma qualidade, com
alunos de capitais culturais muito diferentes. Acertar o passo exigiu um esforço a
mais dos professores e dirigentes, mas acho que eles estão no caminho certo!

Em relação ao meu supervisor de estágio no CP, o professor Santer, só tenho


elogios! Além de ter me recebido muito bem, ele construiu uma metodologia de
acompanhamento das aulas pelos estagiários. Toda aula que eu acompanho, tenho
que preencher uma Ficha de Observação e enviá-la para o Santer. Com isso, eu
tenho um direcionamento do que é importante observar durante as aulas e isso
melhora consideravelmente a minha percepção durante o estágio. Em
contrapartida, o Santer recebe um retorno das aulas que eu acompanhei e, muitas
vezes, tem a oportunidade de melhorar algum ponto. Estou gostando muito desse
fluxo de informação supervisor-estagiário. Senti um desejo maior de ser professora
depois que iniciei o estágio com o Santer!

Observei também que o Santer prepara as aulas com antecedência e mantém os


diários de classe sempre organizados e em dia. Corrige os trabalhos dos alunos com
cuidado e preocupa em tirar as dúvidas de um conteúdo, quando as percebe, antes

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de iniciar o próximo. As aulas do Santer são interessantes e divertidas. Os alunos
ficam felizes ao o verem entrar na sala e, em troca, ele ministra aulas interativas,
com muitas perguntas e, até mesmo, algumas brincadeiras relacionadas aos temas
das aulas. Mas ele sabe dosar bem as coisas: é um professor exigente, preza pelo
cumprimento das tarefas e pela organização dos cadernos, que é uma fonte
importante de estudo dos alunos. Ele consegue manter um bom equilíbrio entre a
hora de conversar, respondendo as perguntas, ou brincar e a hora de ficar quieto,
prestando atenção no que ele fala. Acredito que ele consegue esse clima em sala de
aula por tratar os alunos com respeito, sem gritar ou aplicar punições. Ele
simplesmente conversa com os alunos, escuta e mostra, de uma maneira simples,
que é melhor para eles prestarem atenção na aula ao invés de bagunçar.

Como já tive a oportunidade de vivenciar em outros locais, o diálogo é o


arcabouço central para a vida de um professor. Seja no entendimento com os
colegas de trabalho, seja com os alunos e pais de alunos, a resolução dos conflitos e
o alcance de uma aprendizagem significativa ficam muito mais possíveis através do
diálogo!

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