Glena Barbara, Leandra Oliveira, Políticas Públicas Luiz Henrique, Nárryman Mariana, Samanta Paz Identificação do problema O ensino superior no Brasil, em seus primeiros anos de implementação, era destacado a falta de um processo seletivo unificado para ingresso nas instituições de ensino superior públicas. Antes do SISU, cada instituição tinha autonomia para definir seus próprios critérios de seleção, o que resultava em um sistema fragmentado e desigual. Os influenciadores deste baixíssimo número de acesso estavam interligados a diversas questões socioeconômicas, a preparação inadequada, barreiras geográficas, desigualdade racial e étnica, além da ausência de um sistema unificado de avaliação, contribuíram para a exclusão de milhares de estudantes de baixa renda e de regiões remotas do país. Além disso, o processo seletivo era muitas vezes baseado em exames próprios das instituições, o que demandava que os estudantes realizassem múltiplas provas e se submetessem a diferentes regras e critérios de avaliação. Formação da agenda
o ENEM e o SISU estão presentes em programas de governo relacionados à
educação, ambas são políticas públicas adotadas pelo Ministério da Educação (MEC) e faz parte das ações governamentais para democratizar o acesso ao ensino superior no Brasil ao exame Formação da agenda
• Agenda política: É uma preocupação de políticos e governantes, que
incluem o exame de avaliação e o sistema de avaliação em seus programas e promovem mudanças relacionadas a ele. • Agenda formal: São oficialmente regulamentados e incorporados às políticas educacionais do governo. • Agenda da mídia: Recebem cobertura midiática frequente, com notícias, reportagens e análises relacionadas ao exame e suas implicações educacionais, análises e opiniões sobre o sistema e seu impacto no acesso ao ensino superior. • Agenda dos atores de políticas públicas: Diversos atores, como especialistas em educação, gestores escolares, universidades e movimentos estudantis, estão interessados na política do ENEM e do SISU, de forma que atuam na discussão e implementação de ações relacionadas ao exame Formulação de alternativas
A política pública contribui para estimular a inserção de todos os indivíduos
à educação, de forma justa, igualitária e inclusiva. Para que isso fosse possível, foi realizada a criação do ENEM e do SISU como uma resposta inicial aos problemas de desigualdade no acesso à educação superior e a falta de avaliação do ensino nacional. Formulação de alternativas • Avaliação abrangente: O ENEM foi concebido como um exame nacional que avalia não apenas o conhecimento dos estudantes, mas também habilidades e competências fundamentais para o ensino superior e o mercado de trabalho. • Centralização e unificação: O SISU, por sua vez, unifica o processo de seleção em instituições públicas de ensino superior, permitindo que os estudantes concorram a vagas em diferentes instituições por meio de uma única plataforma • Critérios de inclusão: O SISU busca promover a inclusão de grupos historicamente sub-representações no ensino superior, como estudantes de baixa renda, cotistas, pessoas com deficiência e candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas • Transparência e acesso à informação: As políticas do ENEM e do SISU visam fornecer informações claras sobre o processo de seleção, critérios de avaliação e notas de corte, permitindo que os estudantes tomem decisões informadas sobre suas opções de ingresso na educação superior. Tomada de Decisões
O que tem justificado a maioria dos esforços educacionais e a
valorização de determinadas aprendizagens acima de outras tem sido a potencialidade que lhes é atribuída para alcançar certos objetivos propedêuticos, quer dizer, determinados por seu valor a longo prazo e quanto a uma capacitação profissional, subvalorando, desse modo, o valor formativo do processo que os meninos e meninas seguem ao longo da escolarização (ZABALA, 1998, p. 27) Implementação da política pública
Para a implementação das políticas públicas dos programas envolvidos com
a educação, como citados neste relatório e primordial a abordagem tem que ser a bottom-up (de baixo para cima) dá voz a todas as equipes/grupos/envolvidos nesse tipo de decisão.
A implementação do ENEM e com consequência o SISU envolve vários
órgãos governamentais, instituições de ensino, gestores educacionais, estudantes e sociedade civil. O objetivo é a equidade para todos que o exame seja realizado de forma eficiente, justa e transparente, contribuindo para a melhoria do ensino médio e o acesso ao ensino superior. Referências: CUNHA, Luiz Antônio. Ensino Superior e universidade no Brasil. In: LOPES, Eliane Marta Teixeira. 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. NASCIMENTO, D. Avaliação da Educação Básica: reflexão sobre o histórico dos resultados do Enem nas escolas estaduais de Viçosa/MG. Revista Educação Pública, v. 20, nº 45, 24 de novembro de 2020. PRASABER. Quem criou o ENEM? Conheça a história do Exame. PRASABER, 2022. Disponível em: https://www.pravaler.com.br/quem-criou-o-enem/ Acesso em: 18 de maio de 2022. ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. LEMES, Adriano. Enem 2022: quase 2 milhões de estudantes solicitaram isenção da taxa. Site Vestibular Brasil Escola, 2019. CASTRO, Giovanna. Enem 2022 teve 26,7% de abstenção; número de inscritos foi o 2º menor desde 2005. Site UOL, 2019. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/noticias/agencia- estado/2022/11/14/enem-2022-teve-267- de-abstencao-numero-de-inscritos-foi-o-2- menor-desde-2005.htm.