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A OBSERVÂNCIA DOS MÉTODOS AVALIATIVOS NA


EDUCAÇÃO BÁSICA

OBSERVANCE OF EVALUATION METHODS IN


BASIC EDUCATION

Jucicleide Kreitlon1
Maria Alejandra Iturrieta Leal2

Resumo: O indivíduo é singular em todas as áreas de sua vida e, com o ensino não seria diferente. Para
cada aluno é fundamental um estudo e escolha dos métodos avaliátivos que lhe serão aplicados, afim de
que se evite uma padronização que enfraqueça a capacidade de aprendizagem desse indivíduo. O
presente artigo tem como objetivo analisar os métodos escolares avaliativos utilizados no processo de
aprendizagem em algumas escolas de educação básica do ensino brasileiro. É notório que a aplicação
da forma correta e efetiva de tais métodos é primordial para o estabelecimento de um ensino forte e
dinâmico. Além disso, busca-se esclarecer que ao ignorar a individualidade cognitiva do aluno e
metodologias mais honestas ao que se propõe o ensino, estaremos diante de uma grande violação à
aprendizagem de qualidade, o que significa, aceitar a implementação e padronização de métodos
avaliativos fracos que prejudicam e acabam com a singularidade dos educandos, ao ignorar suas
dificuldades tornando-os todos homogêneos nesse cenário. De forma geral, a análise do presente artigo,
realizada por meio de pesquisas bibliográfias e de campo, objetiva demonstrar que o rigoroso sistema
de provas e testes estabelecido nas instituições de ensino, não é eficaz, muitas vezes, para demonstrar
que o conteúdo foi compreendido e absolvido pelo aluno, haja vista que não há uma preparação e
amplitude de processos avaliativos para solucionar essa problemática.

Palavras-chave: Educação básica, ensino, avaliação, aprendizagem.

Abstract: The individual is unique in all areas of his life, and teaching would be no different. For each
student, it is essential to study and choose the assessment methods that will be applied, in order to avoid
a standardization that weakens the learning capacity of this individual. This article aims to analyze the
evaluative school methods used in the learning process in some basic education schools in Brazilian
education. It is clear that the correct and effective application of such methods is essential for the
establishment of a strong and dynamic teaching. In addition, it seeks to clarify that by ignoring the
student's cognitive individuality and more honest methodologies to what teaching is proposed, we will
be facing a major violation of quality learning, which means, accepting the implementation and
standardization of weak evaluation methods. that harm and end the singularity of the students, by
ignoring their difficulties, making them all homogeneous in this scenario. In general, the analysis of this
article, carried out through bibliographic and field research, aims to demonstrate that the rigorous system
of tests and exams established in educational institutions is often not effective in demonstrating that the
content was understood. and acquitted by the student, given that there is no preparation and breadth of
evaluation processes to solve this problem.

Keywords: Basic education, teaching, assessment, learning.

1
Graduanda em Pedagogia à distância pela Estácio. E-mail: jucicleide@me.com
2

1. INTRODUÇÃO
A educação básica no Brasil é formada pela Educação Infantil, Ensino Fundamental I e
II e Ensino Médio, ou seja, abrange a maior parte da vida escolar dos alunos. Segundo dados
do Anuário Brasileiro da Educação Básica divulgado pelo INEP3, foram realizadas 46,7 milhões
de matrículas na educação básica em 2021, um número que representa futuros, crianças e jovens
que buscam aprender e crescer com base na educação que é garantida por lei. Razão pela qual
se materializa a intenção do presente tema deste artigo, observar os métodos avaliativos da
nossa educação básica, bem como as consequências das suas falhas que, infelizmente
caracterizam um retrocesso ao indivíduo e a educação.
Como apresentado, é evidente a necessidade de estabelecer uma base de avaliação
ampla nas escolas, capaz de aumentar o desenvolvimento dessas, e acima de tudo acolher as
individualidades dos alunos. Com isso, o profissional da educação é aconselhado a seguir três
tipos de avaliações existentes, quais sejam, a diagnóstica, a formativa e a somativa, que trará a
oportunidade de aperfeiçoar o Projeto Político Pedagógico (PPP) e encontrar novas formas de
estimular o aprendizado dos alunos, como por exemplo com a implementação de novas
tecnologias, material didático atualizado, novos métodos de avaliação e outras diversas
possibilidades4.

Nas práticas pedagógicas a avaliação é utilizada como um mecanismo de diagnóstico


da situação, enxergando o avanço e o crescimento e não a estagnação disciplinadora. Mas fica
o questionamento: a avaliação da aprendizagem na prática escolar tem sido um mecanismo de
conservação e reprodução da sociedade através do autoritarismo?

Ademais, frisa-se que este trabalho não busca julgar aqueles que aplicam os métodos
avaliativos aos discentes, mas indicar inclusive, outros problemas além do nosso objetivo
principal, problemas que dificultam o caminhar e a eficiência da educação básica brasileira.

É sabido que há um desrespeito histórico do poder público, há despreparo


administrativo, pois geralmente o professor não participa das tomadas de decisão, atuando como
um mero executor. Nas falas de Célio da Cunha, consultor da Organização das Nações Unidas
para a Educação, Ciência e Cultura, é o mesmo posicionamento:

3
INEP-Ministério da Educação. Censo escolar 2021. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-
atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-escolarf. Acesso em: 12 de maio de 2022.
4
Os desafios da educação básica e como superá-los. Disponível em: https://horario.com.br/blog/os-desafios-
da-educacao-basica-e-como-supera-los/. Acesso em: 12 de maio de 2022.
3

Tem-se, então, o seguinte dilema: a sociedade não tem uma educação pública
básica de qualidade porque esta não é prioridade do poder público. Por outro
lado, o poder público não a prioriza porque isso não constitui uma demanda da
sociedade e, portanto, não desperta o interesse político5.

Logo, essa histórica falta de prioridade com o ensino público básico e a sua ausência
nos planos diretores e propostas do Estado, até por não fazer parte das prioridades da própria
sociedade, refletem diretamente no cenário interno das instituições, que por sua vez,
desestimuladas com o cenário pobre educacional não se atentam a aplicação de eficientes
métodos avaliativos de ensino para estimular o desenvolvimento dos alunos6.

Pelo exposto, buscaremos inicialmente mostrar como as experiências culturais vividas


pelas pessoas, são capazes de agregar conhecimento e desenvolver a cognição e influenciam no
ensino dos alunos da educação básica.

Em segundo lugar, por meio de alguns relatos de professores a respeito dos métodos
avaliativos utilizados, entraremos no objetivo do artigo, qual seja observar os referidos métodos
avaliativos, a dificuldade da adaptação desses em face das condições biológicas de cada aluno
tratadas no tópico anterior. Ainda, serão apresentadas três formas de avaliação que servem
como instrumentos de auxílio à alunos e professores, são elas, a avaliação diagnóstica, avaliação
formativa, e a avaliação somativa.

Por último, serão apresentadas outras espécies de avaliações, que poderão agregar mais
valor no processo de ensino.

E por acreditar na extrema necessidade de dar voz ao educador para obter perspectivas
reais dos métodos avaliativos da educação básica, buscou-se neste artigo ouvir dois professores,
aqui caracterizados por X e Y, na qual foi usada a metodologia de coleta de dados, considerando
que a maior parte dos professores possuem propriedade e suas experiências de vários anos de
magistério são enriquecedoras para este trabalho.

Realizamos também uma pesquisa documental, utilizando como fonte bases de dados
nacionais, livros, periódicos, sites e revistas ligadas à educação e processo ensino-aprendizado.

5
SANTOS, Ana Luiza; JACOBS, Edgar. Ensino público de educação básica, por que tão falho? Disponível
em: https://www.jacobsconsultoria.com.br/post/ensino-p%C3%BAblico-de-educa%C3%A7%C3%A3o-
b%C3%A1sica-por-que-t%C3%A3o-falho. Acesso em: 10 de maio de 2022.

6
MARQUES, Elisa; PELICIONI, Maria; PEREIRA, Isabel. Educação Pública: falta de prioridade do poder
público ou desinteresse da sociedade? Revista brasileira de crescimento e desenvolvimento, São Paulo, v.17,
dez. 2007. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12822007000300003. Acesso em: 12 de maio de 2022.
4

Para pesquisa, coleta e seleção do conteúdo foram utilizados os seguintes termos chaves,
isoladamente ou em conjunto: processo ensino-aprendizagem, processo avaliativo, avaliação
diagnóstica, avaliação formativa, avaliação somativa, métodos avaliativos, com respaldo de
grandes nomes no assunto: Amélia Domingues Castro, Ana Maria Pessoa Carvalho, Carmem
Lidia Pires Martinez, Lizete Maria Orquiza de Carvalho e outros.

2. O DESENVOLVIMENTO HUMANO ATRAVÉS DE EXPERIÊNCIAS


CULTURAIS
O processo de aprendizagem é um fenômeno natural do ser humano que envolve uma
série de fatores, sejam eles cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. Com
isso, foi compreendido que nós não nascemos prontos, mas com equipamento biológico inicial
sobre o qual construimos um edifício cultural. O processo educacional, principalmente fora do
âmbito escolar é, pois, o resultado de culturas acumuladas7.

Nos primeiros anos de vida, os traços da árvore genealógica de uma pessoa quando está
em contato com determinada cultura familiar, formam esperiências e habilidades que foram
internalizadas através do que foi vivenciado. Essas internalizações da cultura, são fundamentais
para o aproveitamento do desenvolvimento humano em diversos eixos como a memória
mediada, a atenção voluntária, o seu pensamento verbal, e a sua imaginação criadora.

O estimulo de todas as habilidades citadas precisa acontecer dentro dos lares, mas é
primordial que seja aplicado também em ambientes escolares, de maneira que o indivíduo não
tenha nenhuma área latente. Assim, o aprimoramento inteligível a partir da ativação das
habilidades acontecerá de maneira espontânea, o que refletirá nos bons resultados em sala de
aula.

A escola também promove uma variedade de relações interpessoais, cuja importância


para o processo de desenvolvimento está em auxiliar a formação das funções psicológicas
caracteristicamente humanas, ou seja, aquelas que fazem uso da mediação da linguagem. Essas

7
MARQUES, Hivi C. R.; BARROCO, Sonia M. Shima; SILVA, Tânia S. Alvarez. O ensino da língua Brasileira
de sinais na educação infantil para crianças ouvintes e surdas: considerações com base na psicologia
histórico-cultural. Revista brasileira de educação especial, São Paulo, v.19, dez. 2013. Disponível em:
http://old.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-65382013000400003&script=sci_a. Acesso em: 14 de maio de 2022.
5

interações que o indivíduo estabelece com as pessoas que o cercam, seja na escola ou em outro
ambiente, exercem, portanto, papel fundamental no desenvolvimento humano 8.

Eis a importância de um corpo docente preparado para acolher e entender a


individualidade de cada aluno, e adaptar os métodos avaliativos para que o conteúdo aplicado
durante as aulas seja compreendido da forma mais natural e próxima possível, traduzindo-se
em novas internalizações culturais. Afinal de contas, aprender não precisa ser um processo
doloroso, que coloca como obstáculo à frente a ansiedade, além de afirmações negativas na
mente do aluno, porque devemos reconhecer que a sua capacidade de aprender não deve ser
medida por métodos ultrapassados que desvalorizam sua bagagem cultural e potencial.

Nesse contexto, as autoras Amélia Domingues Castro e Ana Maria Pessoa Carvalho,
complementam:

A maioria dos alunos, principalmente do ensino fundamental, faz relação do


termo avaliação com um sentimento de temor, medo, nervosismo, ansiedade e
preocupação, o que resulta muitas vezes no chamado fracasso escolar. Isso se
deve ao fato de que no lugar de um ambiente agradável de estímulo ao trabalho
conjunto e cooperativo, os alunos o transformam em um ambiente de
competitividade e concorrência, devido a um abalo no seu emocional, o que
resulta em um comprometimento do cognitivo9.

O estudioso Lev Semionovitch Vygotsky10, criou a tese da formação social do


psiquismo, onde retira a primazia dos fatores biológicos ou ambientais, para explicar a
aprendizagem e o desenvolvimento humano, o que abre espaço para se reconhecer a
importância das mediações educacionais não só para apreensão do acervo cultural, mas também
para impactar o desenvolvimento humano.

Para explicar melhor, Vygotsky entende que o desenvolvimento humano compreende


dois níveis: o nível real de desenvolvimento se refere às aquisições já conquistadas pelo sujeito,
que lhe permite, por exemplo, solucionar sozinho o que anteriormente não conseguia. A zona
de desenvolvimento proximal, por sua vez, diz respeito às apropriações ainda em curso de

8
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 4ª edição. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora Ltda,
1991.
9
CASTRO, Amélia Domingues; CARVALHO, Ana Maria Pessoa. Ensinar a Ensinar: Didática para a Escola
Fundamental e Média. São Paulo: Editora Thomson, 2006.
10
ZANELLA, André Vieira. Zona de desenvolvimento proximal: análise teórica de um conceito em algumas
situações variadas. Temas da psicologia, São Paulo, v.2, ago. 1994. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1994000200011. Acesso em: 10 de
maio de 2022.
6

conhecimentos de diferentes níveis de complexidade, que demandam o auxílio de outro


indivíduo mais experiente ou de recursos mediadores condizentes, como livros e manuais11.

Por esse entendimento, defender apenas o desenvolvimento real significa reduzir a


qualidade do ensino, neste interím, precisa-se ter como foco a intervenção junto à zona de
desenvolvimento proximal, construindo bases para novas aprendizagens, de modo contínuo e
ilimitado. O uso dos métodos avaliativos vai muito além, visto que, quando se avalia está se
considerando não só as atividades, e sim o discente como um todo, em seus aspectos cognitivos,
psicológicos e sociais.

3. OS MÉTODOS AVALIATIVOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA


Ensinar não deve ser entendido de outro modo senão o da criação de condições para o
desenvolvimento intelectual. O caminho a ser seguido pelo educador é o de fornecer estímulos
que alimentem as estruturas mentais existentes e apresentar situações problemas que
provoquem o progresso mental.

Hoje está suficientemente comprovado que o desafio é o processo didático para o


desenvolvimento intelectual, portanto, ensinar é desafiar, adequada e gradualmente os
discentes, sem precisar coloca-los sob a pressão das avaliações padrões, que forçam uma
memorização passageira descaracterizando os seus intelectos.

Nas décadas de 1970 e 1980, por exemplo, os professores cobravam que os estudantes
decorassem o conteúdo que era passado em sala de aula, inclusive com a memorização
passageira de alguns detalhes que, embora não fossem tão importantes para o aprendizado, em
tese, demonstravam que o aluno tinha prestado atenção à aula e memorizado o conteúdo
ensinado12.

Mas será que a técnica conhecida como “decoreba” realmente funciona? A resposta dos
especialistas é unânime e categórica: Não. A maioria deles afirma que não se deve decorar a
matéria do conteúdo estudado, pois o aluno deve aprender e, se necessário, memorizar, o que é
bem diferente de decorar. Ao memorizar, o estudante está armazenando as informações através
de seu aprendizado, ou seja, ele sabe e entende exatamente o que está sendo gravado em sua

11
ZANELLA, André Vieira. Op. Cit.
12
GARCIA, Gabriela. Descubra os melhores métodos de avaliação para seus alunos. Disponível em:
https://www.provafacilnaweb.com.br/blog/metodos-de-avaliacao/. Acesso em: 13 de maio de 2022.
7

memória. Bem diferente do processo de decoreba, em que discente apenas grava na cabeça o
que precisa, sem ao menos entender ou saber do que se trata o que está sendo decorado 13.

Em outras palavras, os anos passaram-se e a avaliação não tem sido aproveitada como
elemento que ajude no processo ensino/aprendizagem, servido tão somente para quantificar o
conhecimento, deixando de amoldar-se e estimular as potencialidades individuais.

Luckesi, ajuda a compreender melhor esse tema:

O ato de avaliar tem sido utilizado como forma de classificação e não como
meio de diagnóstico, sendo que isto é péssimo para a prática pedagógica. A
avaliação deveria ser um momento de “fôlego”, uma pausa para pensar a
prática e retornar a ela, como um meio de julgar a prática. Sendo utilizada como
uma função diagnóstica, seria um momento dialético do processo para avançar
no desenvolvimento da ação, do crescimento para a autonomia e competência.
Como função classificatória, constitui-se num instrumento estático e freador
do processo de crescimento, subtraindo do processo de avaliação aquilo que
lhe é constitutivo, isto é, a tomada de decisão quanto à ação, quando ela está
avaliando uma ação14.

Desta forma, o conservadorismo invade as salas de aula por meio das avaliações, com
fundamentos pautados apenas em bases disciplinarias. Os elementos relevantes que precisam
ser considerados para o conhecimento e crítica de valor, perdem-se em meio as exigências
vazias e a medíocre nota, o que não apregoa a competência do educando, não permitindo a sua
reorientação.

Segundo Hoffmann:

Quando a finalidade é seletiva, o instrumento de avaliação é constatativo,


prova irrevogável. Mas as tarefas, na escola, deveriam ter o caráter
problematizador e dialógico, momentos de trocas de ideias entre educadores e
educandos na busca de um conhecimento gradativamente aprofundado15.

Ao abordarmos sobre os métodos avaliativos de ensino, precisamos mostrar ao


educador, que diante do seu incomodo nesse cenário, ele deve ter em pensamento a necessidade
de apresentar novas sugestões que visem o melhoramento do ensino, pois a avaliação é item de
um processo e não um fim em si e carece ser utilizada como um utensílio para a melhoria da
cognição dos educandos.

13
CAETANO, Érica. A decoreba realmente funciona? Disponível em:
https://vestibular.mundoeducacao.uol.com.br/dicas/a-decoreba-realmente-funciona.htm. Acesso 13 de maio de
2022.
14
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escola. 14 ed. São Paulo: Editora Cortez, 2002.
15
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação e educação infantil: um olhar sensível e reflexivo sobre
a criança. Porto Alegre: Editora Mediação, 2012.
8

Em entrevista com X e Y, aqui identificados por dois professores de uma escola


particular de ensino regular, Y respondeu:

Não julgamos como certo ou errado o sistema de aplicação de testes ou provas,


e sim, o processo de ensino/aprendizagem que interfere diretamente no
resultado que será apresentado a partir das respostas reproduzidas por seus
alunos.

Nas palavras de Y:
Percebemos que o uso dos métodos avaliativos vai muito além de se escolher
uma determinada metodologia, visto que, quando se avalia está se
considerando não só as atividades, e sim o discente como um todo, em seus
aspectos cognitivos, sociais e psicológicos

Os professores são os principais mediadores na elaboração do conceito de avaliação na


mente dos alunos, incluindo também a sociedade como um todo. Porém, se não houver
elaboração desse conceito, será formada uma ideia errônea do termo avaliação por parte desses
alunos.

Segundo Castro e Carvalho 16, os docentes devem adotar uma postura positiva em
relação aos resultados da avaliação, atribuindo aos alunos ou ao ensino os respectivos
resultados, sejam eles negativos ou positivos, e isso dependerá integralmente de suas
concepções pedagógicas.

Acredito, assim como a escritora Maria Tereza Esteban 17, que o professor deve preparar
instrumentos coerentes com os objetivos propostos em seu planejamento curricular, podendo
utilizar instrumentos e recursos similares aos das provas, porém de modos variados.

Libâneo18 ressalta que a avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do


trabalho docente, e essa atividade deve acompanhar todo o processo de ensino e aprendizagem
e não se restringe apenas a provas e atribuições de notas.

A avaliação é uma prática escolar que visa classificar qualitativamente os alunos através
da aplicação de provas, recompensando os alunos “bons” e punindo os “maus”, porém o

16
CASTRO, Amélia Domingues; CARVALHO, Ana Maria Pessoa. Op. Cit.
17
ESTEBAN, Maria Tereza. O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliação e fracasso escolar. Rio de
Janeiro: Editora DP&A: 4a ed., 2006.
18
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 15ª. Ed. São Paulo: Cortez, 1999.
9

entendimento de uma avaliação correta consiste em considerar a relação mútua entre aspectos
qualitativos e quantitativos. Nessa perspectiva, Libâneo assinala que:

A avaliação escolar é parte fundamental do processo de ensino e aprendizagem,


sendo considerados os conhecimentos, habilidades e atitudes, assimilação e
aplicação por meio de métodos adequados. Devem manifestar-se em resultados
obtidos nos exercícios, provas, conversação, didática, trabalho independente19.

Assim, o processo de avaliar deve ser objetivo na medida em que é capaz de comprovar
os conhecimentos absorvidos pelos alunos de acordo com os escopos e os conteúdos
trabalhados. O processo deve ocorrer nos mais diferentes momentos do dia a dia na sala de aula
e não apenas em um período específico, como na famosa semana de provas, pois a principal
função desse método é determinar o quanto e em qual nível de qualidade as metas tem sido
atingidas.

Diante do exposto, percebe-se que a avaliação é um método, um instrumento sucessivo,


em que o docente utiliza para controlar a qualidade e aperfeiçoar o processo de ensino e
aprendizagem, também mostrar os erros e ajudar a superá-los.

As estratégias utilizadas durante o processo avaliativo referem-se ao nível em que os


alunos se encontram ou ao que eles aprenderam e por tanto apresenta três funções: diagnóstica,
porque identifica os conhecimentos e habilidades dos alunos; formativa, pois realiza-se durante
todo tempo, verificando assim se o aluno aprendeu; e a somativa por avaliar o aluno a fim de
promovê-lo a outra série. Essas formas de avaliar supracitadas trataremos no capítulo a seguir,
para mostrar como elas garantem a eficácia do processo de ensino e aprendizagem.

3.1 A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA


Este tipo de avaliação geralmente é realizado quando o aluno chega à escola, mas vale
ressaltar que a avaliação diagnóstica pode ser refeita em qualquer momento pelo professor ou
pela escola, ao serem detectados problemas graves de aprendizagem, motivação ou adaptação
com o ambiente.

Nesta avaliação busca-se conhecer ideias e conhecimentos prévios do aluno, o que


incluiu seus gostos, seus hábitos e suas preferências, é o princípio base da avaliação diagnóstica.

19
LIBÂNEO, José Carlos. Op. Cit.
10

Dessa forma, assegura-se que o aluno esteja na turma correta e que o curso se encontre no nível
adequado a ele20.

Para essa modalidade de avaliação podem ser utilizados vários instrumentos, como
questionários, contendo questões abertas e fechadas, entrevistas, pautas de observação e outros
instrumentos escolhidos pelo professor e pela escola. Quando esta avaliação faz referência a
um grupo de discentes ela é conhecida como prognose; quando analisa individualmente, dá-se
o nome de diagnose21.

Segundo Haydt22, a partir de uma avaliação diagnóstica o docente constata se os seus


alunos estão ou não preparados, se possuem domínio para adquirir novos conhecimentos.
Portanto, a avaliação diagnóstica permite que o professor conheça seu aluno por um mecanismo
de triagem. Ele firma ainda que esse tipo de avaliação é utilizado com finalidade de descobrir
e caracterizar determinados problemas na aprendizagem e identificar as possíveis causas, com
intuito de sanar tais problemas e dificuldades detectadas nos alunos egressos.

Logo, temos que a adaptação do aluno é fator essencial para o processo de ensino/
aprendizagem, fazendo com que os seus conhecimentos se sustentem sobre bases sólidas, o que
o ajudará na obtenção do êxito neste processo.

3.2 A AVALIAÇÃO FORMATIVA

A avaliação formativa é um recurso de observação da trajetória de cada aluno. Muitos


professores certamente já fazem a essa avaliação, ainda que intuitivamente. Contudo, para que
o seu resultado seja atingido, isto é, o aperfeiçoamento do ensino e da aprendizagem, a
avaliação formativa deve ser aplicada de forma contínua e sistematizada, e principalmente
desvinculada da característica “punitiva” das avaliações tradicionais. Essa avaliação pode ser
aplicada por exemplo ao rever cadernos, o dever de casa, perguntas, e até mesmo
ocasionalmente, na realização de provas.

Assim, através do feedback que a avaliação formativa proporciona, o aluno conhece


seus erros e acertos e encontra estímulo para um estudo sistemático. Os erros tornam-se objeto

20
MASETTO, M. Didática: A aula Como Centro. São Paulo: Editora FTD S. A, 1997.
21
BALLESTER, M.; BATOLLO, J. M.; CALATAYUD, M. A. Avaliação como apoio à aprendizagem. Porto
Alegre: Editora Artmed, 2003.
22
HAYDT, R. C. Avaliação do processo Ensino-Aprendizagem. São Paulo: EditoraÁtica: 6a ed., 2007.
11

de estudo para o professor, por meio dos quais se diagnostica as principais dificuldades e
facilidades dos alunos, permitindo assim a elaboração de novas estratégias de ensino 23.

Carvalho e Martinez24 vão além, e declaram que a avaliação formativa deve levar alunos
e professores a uma constante autoavaliação para o ajuste de estratégias de ensino-
aprendizagem na busca por alcançar metas, ou seja, as mudanças começam pelas dificuldades
internas de cada um.

Ressalta-se que não se registra nota no processo de avaliação formativa, mas sim se
orienta os trabalhos realizados pelos alunos, sendo avaliado o conjunto de trabalhos e não a
soma das partes. Ainda deve-se observar o emprego correto de conceitos, a qualidade das
argumentações, dentre outras características que indiquem as competências e individualidades
dos alunos25.

Romanowski e Wachowicz, complementam:

A aprendizagem depende da relação estabelecida entre o problema a ser


resolvido e as possíveis respostas em que a cognição, a afetividade, as
experiências e a cultura são colocadas em ação pelos alunos. Planificar, agir,
avaliar, realizar os ajustes para obter o resultado desejado e encontrar
estratégias que possibilitem aprender são ações que constituem num desafio e
num compromisso do professor e dos alunos.

Sendo assim, conclui-se que o objetivo da avaliação formativa, é assegurar que os alunos
atinjam resultados esperados e que os docentes consigam identificar corretamente os tipos e
causas dos erros que surgirem na sala de aula 26.

3.3 A AVALIAÇÃO SOMATIVA

A avaliação somativa faz parte de uma realidade bastante comum dentro das escolas
brasileiras, principalmente como princípio relacionado às avaliações externas. Geralmente, é
utilizada no final de um processo educacional com objetivo de avaliar o resultado
da aprendizagem. Ela apresenta uma característica informativa e verificadora, situando o aluno,

23
BALLESTER, M.; BATOLLO, J. M.; CALATAYUD, M. A. Op. Cit.
24
CARVALHO, L. M. O.; MARTINEZ, C. L. P. Avaliação Formativa: A Auto-Avaliação do Aluno e a Auto
formação de professores. Ciência & Educação, v. 11, n. 1, p. 133-144, 2005.
25
ROMANOWSKI, J. P; WACHOWICZ, L. A. Avaliação formativa no ensino superior: que resistências
manifestam os professores e os alunos? Joinvile: Univale, 6a ed. 2006. Cap. 5, p.121-139.
26
CARVALHO, L. M. O.; MARTINEZ, C. L. P. Op. Cit.
12

a turma, a escola e a rede com um parecer sobre as competências e habilidades desenvolvidas ao


final de determinada etapa de ensino.
O diferencial da avaliação somativa, por ocorrer no final do processo, é que ela gera
informações sobre a qualidade do processo instrucional, o quanto os objetivos de aprendizagens
foram alcançados. Por isso, muitos preferem chamar essa avaliação de resultados finais de
aprendizagem.
Para Ballester27, uma avaliação somativa possui uma função social de assegurar que as
características dos estudantes respondam a determinadas exigências feitas pelo sistema. Porém,
tem ainda uma função formativa de descobrir se os alunos conseguiram atingir comportamentos
que haviam sido previstos pelos professores e como consequência, possuírem pré-requisitos
básicos e necessários para aprendizagens posteriores ou até mesmo aspectos que deveriam ser
modificados.
De acordo com Haydt 28, esse tipo de avaliação tem por princípio classificar os resultados
de aprendizagem alcançados pelos alunos de acordo com os níveis de aproveitamento
estabelecidos, adotando assim uma função classificatória.

4. AS AVALIAÇÕES DO FUTURO

Por todo exposto, a avaliação deve ser vista como uma ferramenta de extensão na prática
docente, ou seja, verdadeiro recurso aliado dentro da sala de aula que irá melhorar de forma
constante o processo de ensino-aprendizagem.
Nesse sentido, os métodos avaliativos devem ser aplicados para análises acerca da
qualidade do modelo pedagógico, e precisam pautar ações e intervenções pedagógicas para a
superação das dificuldades identificadas. Seus resultados não devem ter um fim em si mesmo,
pois o ato de avaliar não se resume unicamente a nota que deve ser empregada ao aluno,
qualificando e desqualificando.
Como já tratado neste artigo, cada aluno é um ser singular, com particularidades e níveis
de aprendizados diferentes e fechar-se em um único instrumento de avaliação, a prova, que não
é suficiente para avaliar todo o processo da aprendizagem, o transforma em um indivíduo
padronizado.
Nessa linha, Hoffmann salienta que:
Percebo, em contato com os professores que o fenômeno avaliação é, hoje, um
fenômeno indefinido. Professores e alunos que usam o termo atribuem-lhe
diferentes significados, relacionados principalmente, aos elementos

27
BALLESTER, M.; BATOLLO, J. M.; CALATAYUD, M. A. Op. Cit.
28
HAYDT, R. C. Op. Cit
13

constituintes da pratica avaliativa tradicional: prova, nota, conceito, boletim,


recuperação, reprovação. Estabelecem uma relação direta entre tais
procedimentos e avaliação, com uma grande dificuldade em compreender tal.
Dar nota é avaliar, fazer prova é avaliar, o registro das notas, denomina-se
avaliação. Ao mesmo tempo, vários significados são atribuídos ao termo:
análise de desempenho, julgamento de resultados, medida de capacidade,
apreciação do “todo” do aluno. Quando questiono diretamente o significado da
palavra avaliação recebo, por vezes, tantas definições quantos são os
professores presentes os encontros29.

Assim, fica claro que a avaliação deveria ser um método que auxilia a contemplar todos
os aspectos cognitivos dos alunos, sem encarar o erro como uma punição, mas sabendo que faz
parte do processo que constrói o conhecimento.
E são diversas as formas de avaliação na educação básica que poderiam ser aplicadas
em nosso ensino, muito além das conhecidas provas, no entanto, essa modificação exige um
cuidado maior para garantir as prerrogativas preconizadas pela Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). O ideal, como já mencionado, é focar nos feedbacks dos alunos, nos
resultados obtidos dos testes já aplicados, a fim de ajudar os estudantes a alcançarem um nível
maior de aprendizado. Como bônus, a instituição de ensino chega ao topo, sendo referência em
qualidade educacional.
Por isso que precisamos falar de aprendizagem adaptativa, que pode ser efetivada por
meio da coleta de dados e softwares de gestão de provas, onde teremos o acesso aos resultados
coletivos e individuais dos alunos. Tais resultados sinalizam o caminho a seguir na hora de
traçar planos de aprendizado. É assim que se torna possível efetivar a aprendizagem adaptativa.
Também foi assim que a Georgia State University por exemplo, melhorou seus
resultados. Com a ajuda das tecnologias, foi possível melhorar os resultados dos estudantes e
reduzir a ausência em 22%. De quebra, houve mais potencial dos educandos de entrarem na
universidade30.
Não há mais tempo para ficar preso a métodos do passado que não agregam
conhecimento, é urgente a necessidade de docentes e discentes iniciarem o seu contato com as
ditas “avaliações do futuro”. No Brasil, a Universidade Tiradentes (UNIT), o Instituto Israelita

29
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma prática em construção da Pré-escola à
Universidade. 17ª ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 1999.
30
Quem já adota as avaliações do futuro? Disponível em: https://www.provafacilnaweb.com.br/blog/quem-ja-
adota-as-avaliacoes-do-futuro/. Acesso em 14 de maio de 2022.
14

de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e a ESPM, começaram o processo de implementação dessa


novidade.
Dentre as que mais se destacam, estão as provas no Chromebook, novo tipo de notebook,
mais portátil, leve e que trabalha com armazenamento de arquivos em nuvens. Segurança é uma
das principais características da tecnologia do Chromebook, pois também não permite que o
estudante navegue em outros sites, para que desta forma, ele fique atento às questõeS31.
Outra metodologia aplicada é a Assurance of Learning. Nela são efetivados cinco
estágios: definição dos resultados de aprendizagem, que refletem os critérios nacionais,
individuais e profissionais das instituições; mapeamento curricular, onde identifica
oportunidades para desenvolver as competências de acordo com a progressão dos estudantes;
coleta de evidências, em conformidade com órgãos internos e externos, a fim de garantir o
melhor desempenho possível; fechamento do ciclo, na qual estimula os alunos por meio de
discussões reflexivas e críticas; e benchmarking externo, que compara os resultados com outras
instituições de ensino que oferecem cursos ou têm níveis semelhantes32.
Com a aplicação da Assurance of Learning, a ideia é mensurar as habilidades, as
competências e o conhecimento dos alunos sobre a disciplina. Aqui as avaliações também são
elaboradas por um software de gestão de provas, de acordo com os parâmetros definidos pela
instituição.

Outra proposta muito interessante, é a aprendizagem baseada em equipes, também


conhecida pelo termo em inglês Team Based Learning, que é uma metodologia de ensino onde
em grupo, os estudantes exercitam suas habilidades de comunicação, argumentação, alcançam
pensamento crítico, proatividade, autonomia e inúmeros outros benefícios.

A universidade corporativa do Albert Einstein já faz o uso dessa metodologia, uma das
prerrogativas para implementar a avaliação do futuro. Dentro dessa proposta, os alunos são
divididos em equipes com seis a oito pessoas e são simulados diferentes cenários 33.

5. CONCLUSÃO

31
Provas no Chromebook. Disponível em: https://portal.unit.br/blog/noticias/provas-no-chromebook/. Acesso
em: 15 de maio de 2022.
32
Quem já adota as avaliações do futuro? Op. Cit.
33
Quem já adota as avaliações do futuro? Op. Cit.
15

Diante desse estudo sobre métodos avaliativos, percebe-se que as avaliações atuais são
limitadas a coletarem informações sobre o que o aluno conseguiu revolver nas provas e testes.
Não há revisão dos conteúdos não assimilados, portanto, não há se quer um apoio ou
interferência nos resultados desses tipos de avaliações.

O momento de avaliar deveria ser um período que contemplasse todas as singularidades


dos discentes, pois, na sala de encontram-se alunos que durante o processo de ensino e
aprendizagem adquirem os conhecimentos de modos diferentes.

Vimos nessa pesquisa ainda que é preciso ter em mente que não há o certo ou errado,
mas elementos que melhor se adaptam a cada situação didática. Aplicar provas é apenas um
desses elementos para avaliação, mas não precisa ser usado como método de reprovação, os
especialistas, aliás, dizem que o ideal é mesclar a aplicação de provas com outros métodos,
como a Assurance of Learning, Team Based Learning, e as provas no Chromebook, adaptando-
os não apenas aos objetivos do educador, mas também às necessidades de cada turma.

Os fundamentos teóricos deste trabalho foram de suma importância para realizar um


estado do conhecimento, e compreender melhor, principalmente através de autores
referenciados, que o conhecimento precisa ser construído gradativamente com métodos
avaliativos mediadores que priorizem os diversos tipos de comportamento do aluno.

Vale ressaltar que neste artigo, foi possível ver que não há fórmulas para aplicar
avaliações nas escolas, mas há novas possibilidades que podem de fato contribui para o
processo de produção do saber docente. Finalizando, a intenção não foi acabar a discussão
acerca do tema proposto, mas, suscitar a importância da avaliação para a prática pedagógica
nos diferentes olhares e crenças do profissional de educação.

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