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i
Sumário
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 Referencial Teórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.1 Parâmetros para sistemas de segunda ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.2 Realimentação de Estados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2.1 Alocação de polos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2.2 Inclusão da ação integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2.3 Projeto de observadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3 Análise Frequêncial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3.1 Referência e saı́da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3.2 Sinal de controle e saı́da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3 Projeto de controladores por realimentação de estados . . . . . . . . . . . . . 11
3.1 Análise Frequencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.2 Realização do controlador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4 Resultados e Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4.1 Caso 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4.1.1 Implementação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4.2 Caso 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4.2.1 Implementação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4.3 Caso 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4.3.1 Implementação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.4 Caso 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.4.1 Implementação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.5 Análise Frequencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.5.1 Sinal de referência e Saı́da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.5.2 Sinal de controle e saı́da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
6 Realização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
ii
1
1 Introdução
1.1 Objetivos
Sendo assim, o presente trabalho ocupa-se em descrever e detalhar a realização das
técnicas de projeto para controladores via realimentação de estados, implementando-os em 4
sistemas distintos.
Para tal, é necessário descrever o processo a ser controlado, especificar o desempenho
desejado, aplicar a técnica de projeto de controlador por realimentação de estados e verificar
os resultados obtidos. Ainda, é preciso analisar os efeitos de distúrbios na malha de controle.
2
2 Referencial Teórico
𝑘𝜔𝑛2
𝐺(𝑠) = , (2.1)
𝑠2 + 2𝜁𝜔𝑛 + 𝜔𝑛2
1. o tempo de atraso 𝑡𝑑 é o tempo requerido para que a resposta alcance metade do seu
valor final pela primeira vez.
y(t)
Tolerância aceitável
Mp
kA
0,05
td ou
0,02
0,5kA
0
t
tr
tp
ts
6T
5T
Faixa de tolerância de 2%
4T
Tempo de acomodação, ts
3T
2T
Faixa de tolerância de 5%
método de alocação de polos, no qual é alocado todos os polos de malha fechada nas posições
desejadas (OGATA, 2010).
Contudo, antes de realizar o projeto de um sistema de controle por retroação de
estados, é preciso testar a controlabilidade do processo. Uma vez que a controlabilidade é
uma condição necessária e suficiente para uma alocação arbitrária de polos (OGATA, 2010).
Considerando o modelo linearizado de um processo:
𝑥˙ = 𝐴𝑥 + 𝐵𝑢, 𝑦 = 𝐶𝑥 (2.5)
em que o vetor de estados é dado por 𝑥 ∈ R𝑛 , 𝐴 ∈ R𝑛×𝑛 é a matriz que contem a dinâmica,
𝑢 é o sinal de controle e 𝐵 ∈ R𝑛 é a matriz (vetor) de entrada.
O sistema (2.5) é dito controlável se existir uma lei de controle que leva um estado
inicial qualquer 𝑥(0) ∈ R𝑛 a um estado final qualquer 𝑥(𝑡𝑓 ) ∈ R𝑛 , para qualquer intervalo de
tempo finito 𝑡𝑓 . Numericamente, a controlabilidade é verificada ao avaliar o posto de
[︁ ]︁
𝒞 = 𝐵 𝐴𝐵 𝐴2 𝐵 . . . 𝐴𝑛−1 𝐵 (2.6)
𝑢 = 𝑟 − 𝐾𝑥 (2.8)
𝑥˙ = 𝐴𝑥 + 𝐵𝑢 = (𝐴 − 𝐵𝐾)𝑥 + 𝐵𝑟 (2.9)
Para o projeto da lei de controle por realimentação de estados usa-se o seguinte pro-
cedimento: é preciso encontrar uma base 𝑇 tal que que a malha fechada 𝐴 − 𝐵𝐾 nessa base
possa ser representada por uma matriz 𝐹 que contém os autovalores desejados para a malha
fechada. Assim, encontra-se 𝑇 tal que:
ou ainda
𝐴𝑇 − 𝐵𝐾𝑇 = 𝐹 𝑇 ⇒ 𝐴𝑇 − 𝑇 𝐹 = 𝐵 𝐾
̃︁ (2.11)
. .
r(t) xa(t) 1 xa(t) v(t) u(t) x(t) x(t) y(t)
+
– s
ka +
+
B +
+ ∫ C
˙
𝑥(𝑡) = 𝐴𝑥(𝑡) + 𝐵𝑢(𝑡) + 𝐵𝑤 𝑊 (𝑡); 𝑦(𝑡) = 𝐶𝑥(𝑡) (2.12)
em que 𝐵𝑤 𝑊 (𝑡) representa uma pertubação no sistema. Para projetar um controlador por
realimentação de estados (𝐾) com ação integral sobre o erro (𝐾𝑎 ) para tal sistema, basta
projetar [𝐾 − 𝐾𝑎 ] para o par:
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
˜ = ⎣ 𝐴 0⎦ ; 𝐵 [︁ ]︁
𝐴 𝐵𝑐 = ⎣ ⎦ ; ˜= 𝐶 0
𝐶 (2.13)
−𝑐 0 0
˜ + 𝑇 𝐵𝑐 + 𝐶
Assim, [𝐾 − 𝐾𝑎 ] é calculado a partir da resolução da equação Sylvester 𝐴𝑇 ˜ = 0.
^˙ (𝑡) = 𝐴𝑥(𝑡)
𝑥 ˙ + 𝐵𝑢 (2.15)
^˙ (𝑡) = 𝐴𝑥(𝑡)
𝑥 ˙ + 𝐵𝑢 + 𝐿(𝑦(𝑡) − 𝐶 𝑥
^(𝑡)) (2.17)
𝐿 pode ser determinada da mesma forma que 𝐾 foi determinado nas seções anteriores.
É escolhida uma matriz 𝐹𝑜𝑏𝑠 contendo os autovalores desejados; seleciona-se um 𝐿 qualquer,
de modo que o par (𝐹𝑜𝑏𝑠 ), 𝐿 seja controlável; encontra-se a base 𝑇 em que este controle
ocorre (𝑇 é não singular) e assim, uma estimativa de 𝑥(𝑡) é obtida por:
10
20 log Mp
5
Magnitude (dB) 0
–3
–5
–10
–15
–20
log ωp log ω BW
Frequência logarítma (rad/s)
˜+𝐵
(𝐴 ˜ 𝐾)˜
˜ 𝑥(𝑡) + 𝐵˜𝑤 𝑊 (𝑡); ˜𝑥
𝑦(𝑡) = 𝐶 ˜(𝑡) (2.20)
Foram selecionados quatro processos para serem estudados e testados com as técni-
cas de projeto de controlares. Estes sistemas são representados em função transferência e
eles apresentam caracterı́sticas mistas, compreendendo uma gama abrangente das possibili-
dades para sistemas SISO invariante no tempo e sem atraso. As funções de transferência dos
processos são
5(𝑠 + 0,5)
𝐺1 (𝑠) = , (3.1a)
𝑠(𝑠 + 2)
5(𝑠2 + 6𝑠 + 13)(𝑠 + 0,5)
𝐺2 (𝑠) = , (3.1b)
(𝑠 − 2)(𝑠 − 1)(𝑠2 + 8𝑠 + 41)
5(𝑠 − 5)
𝐺3 (𝑠) = , (3.1c)
(𝑠 − 2)(𝑠 + 2)
5(𝑠 − 5)
𝐺4 (𝑠) = 2 . (3.1d)
𝑠 (𝑠 − 2)
Como se observa, existem processos com integrador único ou duplo; zeros de fase
mı́nima ou não mı́nima; polos estáveis e/ou instáveis.
Todos os sistemas devem ter erro nulo para sinais de referência constantes por partes.
Eles também devem atender aos critérios de desempenho da TAB. 1.
Caso 𝑡𝑠 𝑡𝑟 𝑂𝑆% 𝑡𝑝
1 1s < possı́vel 10% —
2 1s qualquer 0% —
3 1s < possı́vel —
4 < 0,8 s sem restrições < 15% < 1 s
Para cada um desses processos, será adotado a seguinte abordagem para projeto do
controlador:
4. Caso 𝑛 > 2, definir os demais autovalores como sendo 10 vezes menores que os polos
dominantes calculados. Para que não seja alterada a dinâmica desejada do sistema;
5. Propor uma matriz 𝐹 que contenha os autovalores desejados para a malha fechada
numa base 𝑇 (os autovalores devem ser diferentes dos de 𝐴);
˜ −1 ;
9. Calcular o ganho 𝐾 = 𝐾𝑇
4 Resultados e Discussão
4.1 Caso 1
Com a função ss() do MATLAB, obteve-se a representação de (3.1a) em espaço de
estados:
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
−2 0⎦ 2
𝐴=⎣ , 𝐵=⎣ ⎦
1 0 0
[︁ ]︁ [︁ ]︁
𝐶 = 2,5 1,25 , 𝐷= 0 (4.1)
𝑝1 = 4 + 5,4575𝑗
𝑝2 = 4 − 5,4575𝑗 (4.4)
𝑝3 = −0,5 (4.5)
˜ na base 𝑇 é
O ganho proposto 𝐾
[︁ ]︁
˜ = 1 1 1
𝐾 (4.7)
[︁ ]︁𝑇
˜ 𝐾𝐹
de tal modo que a matriz 𝐾 ˜ ˜ 2 tem posto completo. Portanto, resolvendo a
𝐾𝐹
equação de Sylvester
˜ =0
𝐴𝑇 − 𝑇 𝐹 − 𝐵 𝐾 (4.8)
para 𝑇 , obtém-se
⎡ ⎤
⎢
−0,2047 0,4415 −1,3333⎥
𝑇 = ⎢ 0,0705 −0,0142 2,6667 ⎥ . (4.9)
⎢ ⎥
⎣ ⎦
−0,1665 0,0444 0
Assim, os ganhos 𝐾 e 𝑘𝑎 são determinados como
[︁ ]︁ [︁ ]︁
˜ −1 = 3,2500 2,0000 −9,1569 .
𝐾 −𝑘𝑎 = 𝐾𝑇 (4.10)
Para montar o estimador de estados, foi proposta
⎡ ⎤
−40,0 0 ⎦
𝐹𝑜𝑏𝑠 = ⎣ (4.11)
0 −41,0
com autovalores 10 ou mais vezes maiores que os autovalores do sistema, para que a dinâmica
do observador não influencie na dinâmica do processo.
⎡ ⎤
1
Ainda, foi proposto 𝐿 = ⎣ ⎦, para que (𝐹 , 𝐿) seja controlável. Então, encontrou-se
1
⎡ ⎤
0,0650 0,0313⎦
𝑇𝑜𝑏𝑠 =⎣ . (4.12)
0,0633 0,0305
4.1.1 Implementação
Implementando o controlador e observador calculado no sistema (3.1a), com uma
entrada degrau de amplitude igual a 1 e pertubação nula, obtém-se a resposta temporal
apresentada na FIG. 7
Com a resposta 𝑦(𝑡) apresentada na FIG. 7, vê-se que o tempo de acomodação alcan-
çado foi 0,9 s e 𝑂𝑆 de 10% assim como projetado.
4.2 Caso 2
Foi aplicada uma pré-compensação 𝐺𝑝 (𝑠) no processo a fim de reduzir a ordem e a
complexidade do modelo. A pré-compensação aplicada foi
13 𝑠2 + 8𝑠 + 41
𝐺𝑝 (𝑠) = . (4.13)
41 𝑠2 + 6𝑠 + 13
Capı́tulo 4. Resultados e Discussão 16
Dessa forma, é possı́vel alocar os polos do sistema (3.1b) e observar seus estados.
A topologia de controle utilizada está apresentada na FIG. 5. Neste caso, com o
acréscimo do integrador, a malha fechada terá 3 polos.
Para as especificações de 𝑂𝑆 = 0,01% e 𝑡𝑠 = 1 gera-se 𝜁 = 0,9455 e 𝜔𝑛 = 4,2263. Com
os quais encontra-se os polos dominantes:
𝑝1 = 4 + 1,3644𝑗
𝑝2 = 4 − 1,3644𝑗 (4.17)
Capı́tulo 4. Resultados e Discussão 17
𝑝3 = −0,5 (4.18)
para 𝑇 sendo ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢
3 −2 0⎥ 2
⎢ ⎥
˜
𝐴=⎢
⎢
1 0 0⎥
⎥
, ˜
𝐵 = ⎢0⎥.
⎢ ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
−0,7927 −0,3963 0 0
obtém obtém-se
⎡ ⎤
⎢
−0,2047 0,4415 −1,3333⎥
𝑇 = ⎢ 0,0705 −0,0142 2,6667 ⎥ . (4.22)
⎢ ⎥
⎣ ⎦
−0,1665 0,0444 0
4.2.1 Implementação
Implementando o controlador e observador calculado para o sistema (3.1b), com uma
entrada degrau de amplitude igual a 1 e pertubação nula, obtém-se a resposta temporal
apresentada na FIG. 8
4.3 Caso 3
A representação de (3.1c) em espaço de estados é
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
0 2⎦ 4
𝐴=⎣ , 𝐵=⎣ ⎦
2 0 0
[︁ ]︁ [︁ ]︁
𝐶 = 1,25 −3,125 , 𝐷= 0 (4.26)
Capı́tulo 4. Resultados e Discussão 19
cujas matrizes de controlabilidade de observabilidade têm posto completo e são dadas por
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
4 0⎦ 1,25 −3,125⎦
𝒞=⎣ , 𝒪=⎣ . (4.27)
0 8 −6,25 2,5
Dessa forma, é possı́vel alocar os polos do sistema (3.1c) e observar seus estados. A
malha fechada terá 3 polos, dado que a topologia escolhida é a apresentada na FIG. 5 que
contém uma ação integral.
Foi requerido que o sistema tenha o menor tempo de subida possı́vel. Sendo assim,
deve-se diminuir o fator de amortecimento. Em contrapartida, uma redução muito significa-
tiva irá aumentar o overshoot para valor fora do razoável. Sendo assim, optou-se por adotar
𝜁 = 0,34 que produz um overshoot de 32%.
Portanto, os polos dominantes devem ser
𝑝1 = 4 + 11,0638𝑗
𝑝2 = 4 − 11,0638𝑗 (4.28)
O terceiro polo, foi escolhido de modo a não interferir na dinâmica dominante, sendo uma
década abaixo da parte real de 𝑝1 e 𝑝2 ,
𝑝3 = −40. (4.29)
˜ na base 𝑇 é
O ganho proposto 𝐾
[︁ ]︁
˜ = 1 1 1
𝐾 (4.31)
[︁ ]︁𝑇
˜ 𝐾𝐹
de tal modo que a matriz 𝐾 ˜ ˜ 2
𝐾𝐹 tem posto completo.
Portanto, resolvendo a equação de Sylvester
˜ − 𝑇𝐹 − 𝐵
𝐴𝑇 ˜𝐾˜ =0 (4.32)
para 𝑇 sendo ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢
0 2 0⎥ 4
⎢ ⎥
˜=⎢ 2
𝐴
⎢
0 0⎥
⎥
, ˜=
𝐵 ⎢0⎥.
⎢ ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
−1,25 3,125 0 0
Capı́tulo 4. Resultados e Discussão 20
obtém obtém-se
⎡ ⎤
⎢
−0.2073 0,4221 0,1003 ⎥
𝑇 = ⎢ 0,0795 0,0087 −0,0050⎥ . (4.33)
⎢ ⎥
⎣ ⎦
−0,0547 −0,0261 0,0035
com autovalores 10 ou mais vezes maiores que os autovalores do sistema, para que a dinâmica
do observador não influencie na dinâmica do processo.
⎡ ⎤
1
Ainda, foi proposto 𝐿 = ⎣ ⎦, para que (𝐹 , 𝐿) seja controlável. Então, encontrou-se
1
⎡ ⎤
0,0352 −0,0799⎦
𝑇𝑜𝑏𝑠 =⎣ . (4.36)
0,0343 −0,0779
4.3.1 Implementação
Implementando o controlador e observador calculado para o sistema (3.1c), com uma
entrada degrau de amplitude igual a 1 e pertubação nula, obtém-se a resposta temporal
apresentada na FIG. 9
Os critérios de desempenho da resposta são mostrados na TAB. 3. Nela se percebe que
o tempo de acomodação foi bem próximo do projetado, mas o overshoot ficou quase o dobro
do valor de projeto. Contudo, as especificação requerida para um tempo de subida menor foi
atendida.
Como se vê na FIG. 9 e na TAB. 3, houve a presença de undershoot, sinalizando que
a malha fechada foi composta por um zero de fase não mı́nima. A planta já continha um zero
neste perfil e portanto, a diferença entre o sobressinal obtido e o projetado é decorrente disto.
Sendo assim, o controlador projetado cumpre os requisitos solicitados, mas em termos
de projeto, não alocou o zero de fase não mı́nima no semiplano esquerdo e por isso, houveram
aspectos na resposta ao degrau do sistema que fogem do que se planejou para o controle.
Capı́tulo 4. Resultados e Discussão 21
4.4 Caso 4
A representação de (3.1d) em espaço de estados é
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢
2 0 0⎥ ⎢ ⎥
4
𝐴 = ⎢1 0 0⎥ , 𝐵= ⎢0⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
0 1 0 0
[︁ ]︁ [︁ ]︁
𝐶 = 0 1,25 −6,25 , 𝐷= 0 (4.37)
cujas matrizes de controlabilidade de observabilidade têm posto completo e são dadas por
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢
4 8 16⎥ ⎢
0 1,25 −6,25⎥
𝒞 = ⎢0 4 8 ⎥ , 𝒪 = ⎢ 1,25 −6,25 0 ⎥ . (4.38)
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
0 0 4 −3,75 0 0
Dessa forma, é possı́vel alocar os polos do sistema (3.1c) e observar seus estados. A
malha fechada terá 4 polos, dado que a topologia escolhida é a apresentada na FIG. 5 que
contém uma ação integral.
Capı́tulo 4. Resultados e Discussão 22
Foi requerido que o sistema atingisse o estado estacionário em 0,8 s sem que o saı́da
apresentasse um overshoot maior que 15%. Portanto, foi adotado para o projeto
𝑝1 = 6,6667 + 8,2922𝑗
𝑝2 = 6,6667 − 8,2922𝑗 (4.40)
O polos restantes foram escolhidos de modo a não interferir na dinâmica dominante, sendo
uma década abaixo da parte real de 𝑝1 e 𝑝2 ,
˜ na base 𝑇 é
O ganho proposto 𝐾
[︁ ]︁
˜ = 1 1 1 1
𝐾 (4.43)
[︁ ]︁𝑇
˜ 𝐾𝐹
de tal modo que a matriz 𝐾 ˜ ˜ 2
𝐾𝐹 tem posto completo.
Portanto, resolvendo a equação de Sylvester
˜ − 𝑇𝐹 − 𝐵
𝐴𝑇 ˜𝐾˜ =0 (4.44)
para 𝑇 sendo ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢
2 0 0 0⎥ 4
⎢ ⎥
⎢1 0 0 0⎥ ⎢0⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
˜=⎢
𝐴 ⎥, ˜=
𝐵 ⎢ ⎥.
⎢0 1 0 0⎥ ⎢0⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
0 −1,25 6,25 0 0
obtém obtém-se
⎡ ⎤
⎢
0,0104 0,4715 0,0583 0.0574⎥
⎢ 0,0339 −0,0285 −0,0009 0 ⎥
⎢ ⎥
𝑇 =⎢
⎢ ⎥. (4.45)
⎢−0,0041 −0,0008 0 0
⎥
⎥
⎣ ⎦
0,0062 0,0032 0 0
Capı́tulo 4. Resultados e Discussão 23
4.4.1 Implementação
Implementando o controlador e observador calculado para o sistema (3.1d), com uma
entrada degrau de amplitude igual a 1 e pertubação nula, obtém-se a resposta temporal
apresentada na FIG. 10
Novamente, este resultado é devido à presença do zero de fase não mı́nima do sistema que se
manteve em malha fechada.
Sendo assim, o controlador projetado não cumpre os requisitos solicitados e deve-se
refazer o projeto com uma especificação de tempo de acomodação menor, para que ao final
o sistema atinja o regime permanente antes de 0,8 s.
˜𝑥 + 𝐵𝑢(𝑡)
˜˙ = 𝐴˜
𝑥 ˜ (4.49)
˜𝑥
𝑦=𝐶 ˜ (4.50)
sendo
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
˜ = ⎣𝐴 − 𝐵𝐾 𝐵𝑘𝑎 ⎦, ˜ = ⎣0⎦, 𝑥
[︁ ]︁
𝐴 𝐵 ˜= 𝐶 0,
𝐶 ˜=⎣ ⎦
𝑥
−𝐶 0 0 𝑥𝑎
Logo, o diagrama de bode para o sistema (3.1a) é como mostra a FIG. 11. A resposta é
tı́pica de um sistema de segunda ordem. O ganho em baixas frequências é de 0 dB, como
se esperava de um sistema com integrador. A faixa de passagem está perto de 10 rad/s e
frequências acima deste valor não irão impactar significativamente na saı́da.
A frequência de ressonância é de 7 rad/s, na qual o sistema apresenta o maior ganho
no módulo. Excitar o processo nessa frequência, faz com que a saı́da responda com mais
intensidade. Contudo, a fase do sistema ficará defasada em torno de 90°.
Capı́tulo 4. Resultados e Discussão 25
Bode Diagram
0
Magnitude (dB)
-10
-20
-30
-40
-45
Phase (deg)
-90
-135
-180
10 -1 10 0 10 1 10 2
Frequency (rad/s)
Figura 11 – Bode de 𝑌 (𝑠)/𝑅(𝑠) de 𝐺1 (𝑠)
˜𝑥 + 𝐵𝑢(𝑡)
˜˙ = 𝐴˜
𝑥 ˜ (4.51)
˜𝑥
𝑦=𝐶 ˜ (4.52)
sendo
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
˜ = ⎣ 𝐴 0⎦, ˜ = ⎣𝐵 ⎦, 𝑥
[︁ ]︁
𝐴 𝐵 ˜= 𝐶 0,
𝐶 ˜=⎣ ⎦
𝑥
−𝐶 0 0 𝑥𝑎
Logo, o diagrama de bode para o sistema (3.1a) é como mostra a FIG. 12. Como se observa,
o sistema parte de uma fase −90° e com ganho em baixas frequências dado por uma reta com
inclinação de −20 dB/dec, sinalizando a presença do integrador.
O ganho em baixas frequências é infinito, mas conforme a frequência aumenta, vai se
havendo erro de regime permanente, visto que o ganho vai caindo.
Capı́tulo 4. Resultados e Discussão 26
Bode Diagram
40
20
Magnitude (dB)
-20
-40
-50
-60
Phase (deg)
-70
-80
-90
10 -2 10 -1 10 0 10 1 10 2
Frequency (rad/s)
Figura 12 – Bode de 𝑌 (𝑠)/𝑈 (𝑠) de 𝐺1 (𝑠)
27
5 Conclusão
6 Realização
Para a realização, foi escolhido o controlador projetado pelo método polinomial para
o sistema de tanques acoplados (trabalho final). Neste caso, o controlador 𝐶 foi
um ganho proporcional.
Portanto, a realização analógica é feita como mostra a FIG. 13. Nela, os resistores 𝑅1
e 𝑅2 devem ser configurados tais que
𝑅2
= 5,4628 (6.2)
𝑅1
No entanto, por razões econômicas, escolhe-se valores comerciais de resistores. Uma configu-
ração possı́vel é
𝑅1 = 1 kΩ, 𝑅2 = 5,6 kΩ. (6.3)
Já os resistores do bloco somador devem ser todos iguais. Logo, são escolhidos
𝑅𝑎 = 𝑅𝑏 = 𝑅𝑐 = 10 kΩ (6.4)
somador
r(t)
Ra Rc
planta
Rb qin
+ u(t) y(t)
70 cm 70 cm
h2
h1
− qout
62 cm 62 cm
R2
R1
−
+
Ganho K
Figura 13 – Realização do controlador projetado para o sistemas de tanques acoplados
29
Referências
DORF, R.; BISHOP, R. Modern Control Systems. [S.l.]: Pearson Prentice Hall, 2011. 1082 p.
Citado 2 vezes nas páginas 1 e 3.
NISE, N. S. Control Systems Engineering. 7. ed. [S.l.: s.n.], 2015. Citado na página 9.