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Belém está pronta para se tornar a capital mundial da bioeconomia.

O Fórum Mundial de
Bioeconomia (FMB) sairá pela primeira vez de sua sede na cidade de Ruka, na Finlândia, para vir à
capital paraense entre os próximos dias 18 a 20 de outubro. Porta de entrada para a Amazônia,
ecossistema único e fundamental para o meio ambiente do planeta, Belém será o palco de um
debate que vai reunir palestrantes e especialistas de vários países em torno do desenvolvimento
sustentável, no evento que é a referência mundial no tema.
O Fórum Mundial de Bioeconomia se tornou itinerante para adequar seus debates às características
típicas de cada região do planeta, a fim de propor modelos de produção sustentável adequados a
cada realidade local. O evento terá quatro eixos temáticos, "A Bioeconomia: Pessoas, Políticas do
Planeta", "Líderes globais e o mundo financeiro", "Bioprodutos ao nosso redor" e "Olhando para o
futuro".
O FMB é um laboratório de ideias, que promove a economia sustentável como tentativa de atenuar
os efeitos das alterações climáticas no planeta. Para isso, promove debates em prol de inovações de
conceitos e de tecnologias para substituir indústrias, produtos e serviços não renováveis por
atividades sustentáveis. Em setembro do ano passado, o Fórum foi realizado de forma virtual e
debateu as mudanças climáticas e os desafios contínuos criados pela pandemia de Covid-19.
Este ano, o evento conta com o Estado do Pará como co-organizador. O fórum terá apoio da
Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá),
associações brasileiras de agricultura e silvicultura (plantações de árvores).
A bioeconomia busca o desenvolvimento econômico de forma sustentável e, no Brasil, é aplicada
em atividades econômicas que usam recursos biológicos renováveis e contribuem para o
desenvolvimento de bionegócios. No Pará, extração sustentável dos produtos agroflorestais tem
mostrado potencial lucrativo maior do que atividades que eliminam a floresta. Produtos como o açaí
e o cacau se destacam no Estado e possuem grande potencial produtivo em um modelo de plantio
sustentável. A cultura do cacau é considerada de alta importância ambiental, por ser eficiente na
proteção dos solos contra agentes de degradação. O município de Medicilândia é o principal
produtor de cacau no Estado, com 34,69% da produção paraense. Já o açaí é destaque no Estado,
responsável por cerca de 94% da produção nacional do fruto. Na geração de energia, a biomassa de
cana-de-açúcar é utilizada na produção de biocombustíveis. Responsável por 0,14% da produção
nacional, o Pará tem, no entanto, grande potencial para crescimento no setor. Ulianópolis é principal
produtor no Estado, com 98% do cultivo.
Com 15% de toda a biodiversidade mundial, a Amazônia tem enorme potencial para desenvolver
atividades que aliam recursos naturais com tecnologia e responder às novas demandas de
conservação ambiental. Outra vantagem da região é a capacidade para a produção de biomassa a
baixo custo, grande quantidade de mão de obra e grande quantidade de área cultivável.

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