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ELÉTRICAS II
Motores Monofásicos de pólos fendidos
Este motor possui uma espira presa na sapata polar, chamada de espira de sombra, que ao ser
submetida ao campo magnético alternado produzido no estator, irá produzir um outro campo
magnético induzido, que irá se subtrair ou se somar ao campo do estator, a depender se o campo
estiver aumentando ou diminuindo.
Com este fenômeno irá ocorrer um movimento do campo do estator, induzindo assim um
conjugado que o colocará em movimento.
Características
Motor Universal
Este motor consiste em um motor série CC, modificado, para trabalhar em CA.
A modificação básica é que o enrolamento de campo do motor universal tem menos espiras que o
do motor série CC.
São motores de pequena potência, geralmente abaixo de 1 CV, e geralmente possuem
engrenagens para reduzir a sua velocidade quando estão a vazio.
Suas características são semelhantes às do motor série CC, porém, o seu rendimento é bem
menor.
Transformadores ou trafos
Definição.
É todo equipamento elétrico que transfere potência de um circuito para um outro, sem que haja
contato elétrico entre eles. A transferência de potência é feita por indução eletro-magnética.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
- Motores Assíncronos;
- Motores Síncronos (Rotor Gaiola, Rotor Bobinado e Monofásicos);
- Transformadores.
Campo Girante
Motores Síncronos.
São motores cujo rotor gira à mesma velocidade do campo girante do estator.
Princípio de funcionamento:
Como nos motores trifásicos, é produzido no estator um campo girante; então, se colocarmos no
interior deste motor um rotor bobinado alimentado com corrente contínua, devido à interação entre
os campos magnéticos, aparecerá um conjugado motor no rotor, fazendo com que este gire à
mesma velocidade do campo girante do estator.
Estes motores necessitam de dispositivos especiais para sua partida. São eles:
Um motor assíncrono de pequena potência (em geral, 5% da potência do motor síncrono) para
acionar o rotor e tirá-lo da inércia, levando-o a uma velocidade próxima da síncrona. Só então será
alimentado o estator, fazendo aparecer o campo girante.
Para invertermos o sentido de rotação de um motor trifásico se deve inverter duas fases, e apenas
duas fases, da alimentação do estator.
Isto ocorre porque, ao invertermos duas fases, nós invertemos o sentido do giro do campo girante
do estator.
Motores Assíncronos.
São motores cujo rotor gira a uma velocidade um pouco menor que a velocidade síncrona.
Princípio de funcionamento:
Os motores síncronos atuais usam o processo de partida auto-suficiente que é descrito da seguinte
forma:
O rotor destes motores possui um rotor tipo gaiola e um tipo bobinado de pólos salientes.
Este motor irá ter uma partida como se fosse um motor assíncrono, pois, na partida, o rotor
bobinado não estará alimentado com corrente contínua e seus anéis coletores estarão abertos.
Se nesta condição alimentarmos as bobinas do estator, o campo magnético girante induzirá, no
rotor gaiola, uma corrente e um campo magnético que tenderá a acompanhar o campo girante,
fazendo com que o rotor saia da inércia e chegue a uma velocidade próxima da síncrona.
A partir deste ponto, são alimentadas as bobinas do rotor CC, de tal forma que será produzido um
campo magnético no rotor, independente do campo do estator, fazendo então com que o rotor
alcance a velocidade síncrona, passando a funcionar como um motor síncrono.
Motores Monofásicos.
O campo em um motor monofásico, se houver apenas uma bobina, será um só – campo magnético
estacionário e pulsante -, ou seja, não há campo girante.
Porém, quando colocamos um rotor gaiola-de-esquilo no interior deste motor e o acionamos
manualmente, verifica-se que ele permanece girando e aumenta a sua velocidade até alcançar a
rotação nominal. A explicação para este fato é dada pela teoria de que o campo estacionário é
composto de dois campos girantes em sentidos opostos (um gira em sentido horário e outro em
sentido anti-horário). Assim sendo, o rotor, ao ser acionado, irá acompanhar o campo magnético
girante que está naquele sentido.
Com o capacitor de partida, estes motores possuem dois enrolamentos: um chamado principal,
composto de muitas espiras de fio fino, e outro chamado de enrolamento auxiliar ou de partida,
composto de poucas espiras de fio mais grosso.
Características.
Neste motor existem dois tipos de capacitores, um eletrolítico, que é usado na aprtida, e outro a
óleo, que é usado durante o funcionamento normal.
O enrolamento auxiliar deste motor, como ficará sendo alimentado mesmo em funcionamento,
deverá ter mais espiras de fio mais fino que o enrolamento auxiliar do motor com apenas um
capacitor.
Este motor irá partir com capacitor eletrolítico em série com o enrolamento auxiliar, e após alcançar
a velocidade próxima da nominal, o interruptor centrífugo irá inserir o capacitor a óleo no circuito,
fazendo com que se tenha sempre dois campos defasados neste motor.
Características.
Os enrolamentos principal e auxiliar são construídos de tal forma que as impedâncias entre eles
tenham uma defasagem entre os ângulos considerável. Esta defasagem provocará uma
defasagem das correntes e dos campos magnéticos produzidos por estes enrolamentos. Esta
defasagem entre os campos dará o torque necessário para a partida do motor.
Quando este motor atingir uma determinada velocidade, o interruptor centrífugo irá tirar o
enrolamento auxiliar e este motor funcionará como um motor monofásico normal.
Características.
U1 / U2 = I1 / I2 = α (Relação de transformação)
Princípio de funcionamento.
I1 / I2 = N2 / N1
Ae = I1 . N1 = I2 . N2
Um transformador possui dois enrolamentos: um chamado primário, o qual será ligado à fonte de
alimentação, e outro chamado secundário que será ligado à carga.
Quando aplicamos uma tensão no primário de um trafo aparecerá uma corrente, que ao atravessar
as espiras do enrolamento, produzirá um campo magnético no núcleo.
Este fluxo, ao passar por dentro do enrolamento secundário, induzirá neste, uma f.e.m., e se
estiver alimentando uma carga, aparecerá também uma corrente no secundário.
Como a potência que entra no transformador tem que ser igual à que sai, então, os ampère-espiras
do primário têm que ser iguais aos do secundário.
• Enrolamento de Baixa tensão: é o enrolamento que tem baixa tensão (a menor tensão) nos
seus terminais.
• Acoplamento fraco ou frouxo: acoplamento cujo meio, por ser mau condutor, dispersa o
campo magnético.
Chama-se de acoplamento fraco quando o núcleo dos enrolamentos e o meio entre eles é
constituído de material não-ferro-magnético (ex.: ar, mica, plástico).
Neste caso, a transferência de energia de um circuito para o outro é muito pequena, ou seja, há
grande perda de energia devido à dispersão magnética.
Acoplamento forte:
É quando o núcleo e o meio que envolve os enrolamentos é constituído de material ferro-
magnético.
Neste caso, a transferência de energia de um circuito a outro é praticamente total, ou seja, existe
apenas uma pequena perda ou dispersão magnética (de 2% a 3%).
Nos trafos com acoplamento forte se pode desprezar as perdas e considerar que:
S1 = S2, onde:
Transformadores Trifásicos
Os tranformadores trifásicos são compostos por três enrolamentos primários e três secundários,
envolvidos em um único núcleo, ligados em estrela ou triângulo (delta), independentemente.
Um transformador trifásico:
Um banco de trafos monofásicos deve ser tal que cada um deles deve ter:
Tipos de ligação
Primário
Secundário
Chamam-se tap’s às derivações no enrolamento primário capazes de reduzir a influências
das oscilações de tensão, a fim de se manter constante a tensão no secundário.
Componentes do trafo
Buchas -> têm a função de receber a tensão e transferi-la para os enrolamentos, como também
têm a função de isolar as “partes vivas”. São feitas de porcelana,e, por isso, são muito frágeis.
Qualquer pancada pode fazê-la trincar, e, conseqüentemente, inutiliza-a.
Óleo isolante -> é derivado do petróleo, tem como função a isolação de partes vivas e o
resfriamento dos enrolamentos.
Radiadores -> têm a função de fazer a troca de calor entre o óleo e o ambiente.
Relê de gás -> têm a função de analisar a quantidade de gás (em geral, gases inflamáveis)
dissolvida no óleo.
Sílica – gel -> retira a umidade do transformador. Ela impede a entrada de mais umidade e auxilia
na “respiração” do trafo.
Chaminé de alívio -> alivia a pressão do gás dentro do trafo, no caso de uma combustão.
São transformadores especiais ligados em série com a carga, que tem como característica básica
a corrente no secundário padronizada em 5 A.
Logo, sua relação de transformação será α = I1 / 5, ou sej,a para uma determinada corrente no
primário I1, tem-se uma corrente no secundário de 5 A.
Os primários destes transformadores têm pouquíssimas espiras (1 ou 2 espiras), sendo que,
habitualmente, o próprio condutor ou barramento serve como primário.
Obs.: É expressamente proibido abrir o secundário de um TC enquanto ele estiver com carga.
Eles são utilizados para alimentar instrumentos ou relês que necessitem de informações de
corrente.
Para TC’s:
Reatância Capacitiva
Xc = 1 / ω . C ( Ω )
Z² = √R² + Xl²
Z = Vef / Ief = Vmáx / Imáx
Esta é a impedância.
A impedância é a oposição à passagem de corrente, quando num circuito resistivo –
indutivo.
Quando temos um circuito RL em série, a divisão da tensão aplicada pela corrente do
circuito dará uma grandeza com a dimensão da resistência, a qual chamamos de
impedância.
QUESTIONÁRIO
A) ENROLAMENTO PRIMÁRIO;
B) ENROLAMENTO SECUNDÁRIO;
E) TRANSFORMADOR ABAIXADOR;
F) TRANSFORMADOR ELEVADOR.
A) A RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO;
B) A POTÊNCIA DO TRANSFORMADOR;
D) A CORRENTE NO PRIMÁRIO.
22. UM MOTOR, DE SEIS PÓLOS, 1120 RPM, É ALIMENTADO POR UMA REDE DE 60 Hz.
CALCULE O ESCORREGAMENTO DESTE MOTOR.