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Reunião de Avaliação Comitê Nacional CLVD - 11/01 - 19h (Online)

PRESENTES: Floripa, SP, Poa, RJ, AL

As perguntas orientadoras da avaliação são:


1 - Temos alcançado o objetivo da campanha com nossas ações?
2 - Como vemos o andamento da campanha em nosso local e nacionalmente?
3 - A campanha deve ser encerrada em breve? Se sim, quando e como? Se não, como reestabelecer
seus rumos?

1 - Temos alcançado o objetivo da campanha com nossas ações?

RJ: A campanha teve um saldo bastante positivo. Conseguimos agrupar coletivos que não tínhamos
tanto contato. Isso permitiu inserção em locais que não tínhamos. Tivemos desafios, mas diante da
conjuntura difícil, a campanha teve papel fundamental na mobilização das lutas.

SP: Tenho acordo com RJ. O objetivo da campanha enquanto formação de uma rede, articulaçao
com outros coletivos, foi atingido. Pelo nosso comitê estadual fizemos reuniões, mas não
conseguimos coordenar ações por questões geográficas. Mas cada coletivo em seu território de
atuação, conseguiu atingir as oautas da campanha, ressaltando a questao do abastecimento popular e
distribuição de máscaras e álcool gel. Temos aqui a questão indígena, com três coletivos
indigenistas fazendo trabalho de base junto a aldeias. Demos continuidade a nossas ações de apoio
mútuo, fizemos lives, diversas atividades. Então, atingiu-se os objetivos de articulação em rede e
abastecimento popular.

Floripa: Campanha avançou no sentido de trazer para o debate público a quesão do custo de vida,
das condições materiais do povo, etc. Conseguimos fazer com que a ideia de luta por vida digna
pautasse as ações de grande parte dos grupos que construíram a campanha. um outro objetivo
atingido, foi a articulação com grupos, territórios e comunidades onde estamos pensando formas de
inserção, atuação, etc. Ao mesmo tempo, no sentido das reivindicações que propusemos, não
atingimos nada. Nossa força estava muito baixa para avançar na conquista de nossas pautas. Não
chegamos ao ponto de pautar as ações e o debate nacional em torno das questões que pautamos.

AL: Entendemos que de fato conseguimos alcançar boa parte dos objetivos que tínhamos com a
campanha, no sentido de articular nossos eixos com os debates mais cotidianose em AL. Mesmo
com a pandemia, conseguimos propor várias atividades de solidariedade, articulação com outros
grupos, fizemos os lavatórios no território onde atuamos enquanto RP comunitária. Fizemos
colagem de lambes, agitação, aproximação com outros grupos e setores, até mesmo com
organizações que estão começando. Fizemos atividade de solidariedade com o povo Tingui-Botó,
também junto a uma comunidade periférica, e além disso, fizemos lives que tiveram uma boa
adesão, para além de nosso círculo mais próximo. No geral, avaliamos como muito positivo o saldo
da campanha.
Poa: grande parte do que avaliamos já foi dito. Avaliamos como positivo o saldo da campanha,
principalmente pela articulação entre coletivos a nível local e nacional, também inserção em novos
territórios. Motivação do combate aos efeitos da pandemia (custo de vida, desabastecimento, etc),
melhor impacto foi no setor do abastecimento popular e apoio mútuo. Agitação e reivindicação das
nossas pautas foi mais fraco, não geramos muita força política nas ruas acerca dessas pautas, em
partes pelas dificuldades da pandemia. Indicamos para o futuro desenvolver melhor esses métodos
de ação de rua.

2 - Como vemos o andamento da campanha em nosso local e nacionalmente?

RJ: Com a campanha ,conseguimos expandir o alcance de nosso coletivo. Conseguimos propagar
nossa identidade, nossas consignas, de maneira bem significativa. Conseguimos mobilizar bastante
em torno da consigna nacional. Conseguimos mostrar nosso poder de alcance. Um caso
emblemático: em diversas mobilizações, estava sendo colocada a questão da vida digna em pauta.
Não podemos ter certeza que seja um reflexo da campanha, mas acreditamos que a consigna foi
bem positiva, mobilizou bastante. Localmente, a avaliação é parecida. Temos vários pontos
positivos. Mas também avaliamos que há certos desafios, como a frequência de reuniões.

SP: Houve uma querda bastante forte. Desde set/out tivemos dificuldades de reunir os coletivos, que
estavam tendo baixas em seus quadros, durante a pandemia, muitos militantes tiveram que
abandonar por ora as tarefas e compromissos. Houve uma parada nas ações e reuniões. Desde
novembro não nos reunimos. Enquanto coletivos indígenas, no entanto, as ações não pararam, e
continuamos usando a identidade visual e as consignas da campanha. Adotamos algumas ações de
agitação em torno de pautas ligadas aos direitos dos povos originários. Enquanto comitê estadual,
tentamos articulação com outros coletivos, mas acabou não acontecendo, e não conseguimos
avançar na última pauta que havíamos nos proposto a trabalhar.

Floripa: Tivemos um processo parecido com SP. Na metade do ano, no início da campanha,
estávamos com muita participação. A partir de outubro começamos a discutir a possibilidade de
encerramento da campanha. Foi um desenvolvimento bastante desigual da campanha nas diferentes
partes do país. Em Joinville, por exemplo, há um contraste bem grande com Floripa em termos de
coordenação de ações. Por que a campanha vingou mais em alguns lugares e em outros menos?
Faltou apresentação, método de trabalho, pra nivelar nacionalmente a campanha? Tivemos uma
nacionalização, mas acabou sendo uma nacionalização desigual.

AL: Avaliamos a campanha nacionalmente, como bastante positiva, por criar um espaço de
articulação nacioanl e criação de um material em conjunto, com uma estética própria. Já nos
inserimos em um debate mais amplo, e também fortalecemos o contato nesta instância aqui, e com
outros grupos. Conseguimos ter uma visibilidade mais ampla, chegando em diferentes bases sociais.
Pensamos que cada coletivo tem suas características, sua própria formação social, e tem suas
dificuldades e vantagens. A nivel local, boa parte das atividades consistiram em torno da campanha.
Atividades que por conta da pandemia ficaram suspensas; a militância, com suas atividades
suspensas, concentrou forças em torno da campanha mesmo. Tendo em vista as condições que
tínhamos, achamos que ajudou bastante que ajudou bastante os militantes a manter sua atuação, não
ficarem parados. Provavelmente neste ano, aqui em AL as coisas vão voltar ao "normal",
provavelmente as atividades universitárias vão voltar, etc. Mantendo-se a campanha, as atividades
vão se voltar para o cotidiano.

Poa: Consenso de que campanha foi perdendo força ao longo do ano, muito por conta do retorno de
atividades frente à pandemia, exemplo das professoras. Saldo positivo da articulação com novos
grupos que assinam a campanha, mas foi articulação que perdeu força e adesão.

3 - A campanha deve ser encerrada em breve? Se sim, quando e como? Se não, como
reestabelecer seus rumos?

RJ: Não tiramos uma posição sobre esta questão.

SP: Tínhamos acordo, até a última reunião, de que a campanha deveria ser mantida, mesmo que em
formato diferente. Manter a produção de materiais, a rede articulada entre os coletivos, etc. Falando
mais pela Cuapi, achamos que a campanha não deveria ser encerrada, mas reformulada, no sentido
de manter as ações de apoio mútuo. Aqui em SP, apesar da reabertura do comércio, a situação
financeira da população está bem grave. Então pretendemos continuar a focar nas ações de apoio
mútuo para este ano. Em 2020, nos vimos com sobrecarga de tarefas para o meio virtual, pois
também estávamos com muita demanda em torno das ações de solidariedade. Então, uma ideia para
esse ano, é que deveríamos manter o foco mais em ações de solidariedade, e menos em produção de
conteúdo digital. Então, propomos manter pelo menos o contato, a rede ativa, e manter as ações de
apoio mútuo.

Floripa: A conjuntura para 2021 se mantém praticamente inalterada. Ao mesmo tempo, como
estamos perdendo força, tivemos uma reunião no final de dezembro que teve um caráter de
encerramento do comitê local. Ações de apoio mútuo: a ideia é descentralizar a organização. Não
teremos mais reuniões específicas do comitê local, mas fizemos um chamado para as organizações
que estavam no comitê para manter um grupo de comunicação, um pouco mais frouxo, mas
mantendo o vínculo a partir das relações que se criaram. Nacionalmente, pensamos um processo
similar: não ter mais tanto o compromisso em torno da campanha, mas manter os vínculos e os
canais de comunicação. Uma proposta: fazer uma última reunião de fechamento, mais de troca de
experiências e relatos, com a câmera aberta, um encontro mais pessoal pra fortalecer os vínculos
para um momento futuro. Tínhamos uma tarefa: um vídeo-relato de como foi o ano da campanha,
tentando mostrar as ações que aconteceram (está em produção). Seria interessante fazer algo nesse
sentido nacionalmente também.

AL: Avaliamos que a campanha não deveria ser encerrada. Tendo em vista o caráter de articulação
nacional, avaliamos que foi uma das experiências de articulação nacional mais positivas que
tivemos enquanto RP AL, e achamos que não se deveria deixar se perder isto. Geralmente aqui em
AL, a atuação é nas bases onde estamos inseridos, e nesse sentido a campanha teve mais sucesso do
que achávamos. Mas de fato entendemos que talvez seja necessário rearticular a campanha para este
ano. Menos eixos, mais concentração em torno de certas pautas. Achamos que essa articulação a
nível nacional é fundamental para enfrentar o que está por vir. Talvez uma periodicidade diferente,
com espaço maior entre as reuniões nacionais. Nossa posição vai no sentido de continuar a
campanha, e estimular a autonomia das atividades e organização a nível local.
Poa: Fizemos balanço em dezembro, naquele momento tiramos proposta de suspensão até uma nova
reunião em fevereiro para reavaliar continuidade. Ideia de manter a campanha, mas com alguma
reformulação a partir dos erros e acertos, além da nova conjuntura. Repensar: Manter o mesmo
nome? Tocar as mesmas pautas? Avaliamos que em 2020 as pautas ficaram difusas, poderia ter
focado melhor em apenas algumas.

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Encaminhamentos:

1. Suspensão das atividades da campanha até março;

2. Convocação de uma reunião ampla em março, aberta à militância de todos os coletivos e grupos
novos, desde que convidados por algum grupo já assinante, PARA PENSAR A POSSÍVEL
CONTINUIDADE EM 2021 da CLVD. Indicada para 06/03 às 19h;

3. Elaborar um texto (Ramiro) e uma arte de convite (Amanda) até 10/02;

4. Delegações devem divulgar em seus estados para todos os grupos que assinaram, mesmo que
tenham se afastado, e possíveis coletivos novos.

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