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ATUALIZAÇÕES

LEGISLATIVAS
Atualizado até 30 de Novembro de 2020
Atualizações Legislativas
Março de 2020

Direito Empresarial 3
Direito Previdenciário 6
Direito do Trabalho 7
Direito Tributário 18
Atualização Legislativa | Março de 2020

DIREITO EMPRESARIAL § 3º Ressalvada a hipótese de previsão di-


versa no estatuto social, caberá ao conselho
de administração deliberar, ad referendum,
Medida provisória nº 931, de 30 de março assuntos urgentes de competência da assem-
de 2020 bleia geral.

Altera a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de § 4º Aplicam-se as disposições deste artigo


2002 - Código Civil, a Lei nº 5.764, de 16 de de- às empresas públicas, às sociedades de econo-
zembro de 1971, e a Lei nº 6.404, de 15 de de- mia mista e às subsidiárias das referidas empre-
zembro de 1976, e dá outras providências. sas e sociedades.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da Art. 2º Até que a assembleia geral ordinária a


atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- que se refere o art. 1º seja realizada, o conselho
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com de administração, se houver, ou a diretoria pode-
força de lei: rá, independentemente de reforma do estatuto
social, declarar dividendos, nos termos do dis-
Art. 1º A sociedade anônima cujo exercí- posto no art. 204 da Lei nº 6.404, de 1976.
cio social se encerre entre 31 de dezembro de
2019 e 31 de março de 2020 poderá, excepcio- Art. 3º Excepcionalmente durante o exercício
nalmente, realizar a assembleia geral ordinária a de 2020, a Comissão de Valores Mobiliários po-
que se refere o art. 132 da Lei nº 6.404, de 15 derá prorrogar os prazos estabelecidos na Lei nº
de dezembro de 1976, no prazo de sete meses, 6.404, de 1976, para companhias abertas.
contado do término do seu exercício social.
Parágrafo único. Competirá à Comissão de
§ 1º Disposições contratuais que exijam a re- Valores Mobiliários definir a data de apresenta-
alização da assembleia geral ordinária em prazo ção das demonstrações financeiras das compa-
inferior ao estabelecido no caput serão conside- nhias abertas.
radas sem efeito no exercício de 2020.
Art. 4º A sociedade limitada cujo exercício
§ 2º Os prazos de gestão ou de atuação dos social se encerre entre 31 de dezembro de
administradores, dos membros do conselho fis- 2019 e 31 de março de 2020 poderá, excep-
cal e de comitês estatutários ficam prorrogados cionalmente, realizar a assembleia de sócios a
até a realização da assembleia geral ordinária que se refere o art. 1.078 da Lei nº 10.406, de
nos termos do disposto no caput ou até que 10 de janeiro de 2002 - Código Civil no pra-
ocorra a reunião do conselho de administração, zo de sete meses, contado do término do seu
conforme o caso. exercício social.

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Direito Empresarial

§ 1º Disposições contratuais que exijam a re- II - a exigência de arquivamento prévio de


alização da assembleia de sócios em prazo infe- ato para a realização de emissões de valores
rior ao estabelecido no caput serão considera- mobiliários e para outros negócios jurídicos fica
das sem efeito no exercício de 2020. suspensa a partir de 1º de março de 2020 e o
arquivamento deverá ser feito na junta comer-
§ 2º Os mandatos dos administradores e dos cial respectiva no prazo de trinta dias, contado
membros do conselho fiscal previstos para se da data em que a junta comercial restabelecer a
encerrarem antes da realização da assembleia prestação regular dos seus serviços.
de sócios nos termos previstos no caput ficam
prorrogados até a sua realização. Art. 7º A Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil,
passa a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 5º A sociedade cooperativa e a entidade de
representação do cooperativismo poderão, excep- “Art. 1.080-A. O sócio poderá participar e vo-
cionalmente, realizar a assembleia geral ordinária a tar a distância em reunião ou assembleia, nos
que se refere o art. 44 da Lei nº 5.764, de 16 de de- termos do disposto na regulamentação do De-
zembro de 1971, ou o art. 17 da Lei Complementar partamento Nacional de Registro Empresarial e
nº 130, de 17 de abril de 2009, no prazo de sete Integração da Secretaria Especial de Desburo-
meses, contado do término do seu exercício social. cratização, Gestão e Governo Digital do Ministé-
rio da Economia.” (NR)
Parágrafo único. Os mandatos dos membros
dos órgãos de administração e fiscalização e dos Art. 8º A Lei nº 5.764, de 1971, passa a vigorar
outros órgãos estatutários previstos para se en- com as seguintes alterações:
cerrarem antes da realização da assembleia ge-
ral ordinária nos termos previstos no caput ficam “Art. 43-A. O associado poderá participar e votar
prorrogados até a sua realização. a distância em reunião ou assembleia, nos termos
do disposto na regulamentação do Departamento
Art. 6º Enquanto durarem as medidas restriti- Nacional de Registro Empresarial e Integração da
vas ao funcionamento normal das juntas comer- Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão
ciais decorrentes exclusivamente da pandemia e Governo Digital do Ministério da Economia.” (NR)
da covid-19:
Art. 9º A Lei nº 6.404, de 1976, passa a vigorar
I - para os atos sujeitos a arquivamento as- com as seguintes alterações:
sinados a partir de 16 de fevereiro de 2020, o
prazo de que trata o art. 36 da Lei nº 8.934, de “Art. 121. ........................................................
18 de dezembro de 1994, será contado da data
em que a junta comercial respectiva restabelecer § 1º Nas companhias abertas, o acionista po-
a prestação regular dos seus serviços; e derá participar e votar a distância em assembleia

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Atualização Legislativa | Março de 2020

geral, nos termos do disposto na regulamenta- JAIR MESSIAS BOLSONARO


ção da Comissão de Valores Mobiliários. Paulo Guedes

§ 2º Nas companhias fechadas, o acionis- Este texto não substitui o publicado no DOU
ta poderá participar e votar a distância em as- de 30.3.2020 - Edição extra
sembleia geral, nos termos do disposto na re-
gulamentação do Departamento Nacional de *
Registro Empresarial e Integração da Secretaria
Especial de Desburocratização, Gestão e Gover-
no Digital do Ministério da Economia.” (NR)

“Art. 124. ........................................................

§ 2º A assembleia geral deverá ser realizada,


preferencialmente, no edifício onde a companhia
tiver sede ou, por motivo de força maior, em ou-
tro lugar, desde que seja no mesmo Município da
sede e indicado com clareza nos anúncios.

§ 2º-A Regulamentação da Comissão de Va-


lores Mobiliários poderá excepcionar a regra dis-
posta no § 2º para as sociedades anônimas de
capital aberto e, inclusive, autorizar a realização
de assembleia digital.

...............................................................” (NR)

Art. 10. Fica revogado o parágrafo único do


art. 121 da Lei nº 6.404, de 1976.

Art. 11. Esta Medida Provisória entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 30 de março de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

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Direito Previdenciário

DIREITO PREVIDENCIÁRIO ...............................................................” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de


Lei nº 13.981, de 23 de março de 2020 sua publicação.

Altera a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 Senado Federal, em 23 de março de 2020


(Lei Orgânica da Assistência Social), para elevar
o limite de renda familiar per capita para fins de Senador ANTONIO ANASTASIA
concessão do benefício de prestação continuada. Primeiro Vice-Presidente do Senado Federal

Faço saber que o Congresso Nacional rejei- Este texto não substitui o publicado no DOU
tou o veto total aposto ao Projeto de Lei do Se- de 24.3.2020
nado nº 55, de 1996 (PL nº 3.055, de 1997, na
Câmara dos Deputados), e eu, Antonio Anasta- *
sia, Primeiro Vice-Presidente do Senado Fede-
ral, nos termos do § 7º do art. 66 da Constituição
Federal, promulgo a seguinte:

Art. 1º A sociedade anônima cujo exercí-


cio social se encerre entre 31 de dezembro de
2019 e 31 de março de 2020 poderá, excepcio-
nalmente, realizar a assembleia geral ordinária a
que se refere o art. 132 da Lei nº 6.404, de 15
de dezembro de 1976, no prazo de sete meses,
contado do término do seu exercício social.

Art. 1º O § 3º do art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de


dezembro de 1993 (Lei Orgânica da Assistência
Social), passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 20............................................................

§ 3º Considera-se incapaz de prover a manu-


tenção da pessoa com deficiência ou idosa a fa-
mília cuja renda mensal per capita seja inferior a
1/2 (meio) salário-mínimo.

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Atualização Legislativa | Março de 2020

DIREITO DO TRABALHO Parágrafo único. O disposto nesta Medida


Provisória se aplica durante o estado de cala-
midade pública reconhecido pelo Decreto Le-
Medida provisória nº 927, de 22 de março gislativo nº 6, de 2020, e, para fins trabalhistas,
de 2020 constitui hipótese de força maior, nos termos do
disposto no art. 501 da Consolidação das Leis
Dispõe sobre as medidas trabalhistas para en- do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
frentamento do estado de calamidade pública re- de 1º de maio de 1943.
conhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de
março de 2020, e da emergência de saúde pú- Art. 2º Durante o estado de calamidade pública
blica de importância internacional decorrente do a que se refere o art. 1º, o empregado e o empre-
coronavírus (covid-19), e dá outras providências. gador poderão celebrar acordo individual escrito,
a fim de garantir a permanência do vínculo empre-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da gatício, que terá preponderância sobre os demais
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- instrumentos normativos, legais e negociais, res-
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com peitados os limites estabelecidos na Constituição.
força de lei:
Art. 3º Para enfrentamento dos efeitos econô-
CAPÍTULO I micos decorrentes do estado de calamidade pú-
Das alternativas trabalhistas para enfrentamen- blica e para preservação do emprego e da ren-
to do estado de calamidade pública e da emer- da, poderão ser adotadas pelos empregadores,
gência de saúde pública de importância inter- dentre outras, as seguintes medidas:
nacional decorrente do coronavírus (COVID-19)
I - o teletrabalho;
Art. 1º Esta Medida Provisória dispõe sobre
as medidas trabalhistas que poderão ser ado- II - a antecipação de férias individuais;
tadas pelos empregadores para preservação
do emprego e da renda e para enfrentamento III - a concessão de férias coletivas;
do estado de calamidade pública reconhecido
pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março IV - o aproveitamento e a antecipação de
de 2020, e da emergência de saúde pública de feriados;
importância internacional decorrente do corona-
vírus (covid-19), decretada pelo Ministro de Es- V - o banco de horas;
tado da Saúde, em 3 de fevereiro de 2020, nos
termos do disposto na Lei nº 13.979, de 6 de VI - a suspensão de exigências administrati-
fevereiro de 2020. vas em segurança e saúde no trabalho;

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Direito do Trabalho

VII - o direcionamento do trabalhador para fornecimento dos equipamentos tecnológicos


qualificação; e e da infraestrutura necessária e adequada à
prestação do teletrabalho, trabalho remoto ou
VIII - o diferimento do recolhimento do Fundo trabalho a distância e ao reembolso de despe-
de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS. sas arcadas pelo empregado serão previstas
em contrato escrito, firmado previamente ou no
CAPÍTULO II prazo de trinta dias, contado da data da mudan-
Do teletrabalho ça do regime de trabalho.

Art. 4º Durante o estado de calamidade pú- § 4º Na hipótese de o empregado não pos-


blica a que se refere o art. 1º, o empregador po- suir os equipamentos tecnológicos e a infraes-
derá, a seu critério, alterar o regime de trabalho trutura necessária e adequada à prestação do
presencial para o teletrabalho, o trabalho remoto teletrabalho, do trabalho remoto ou do trabalho
ou outro tipo de trabalho a distância e determinar a distância:
o retorno ao regime de trabalho presencial, inde-
pendentemente da existência de acordos indivi- I - o empregador poderá fornecer os equi-
duais ou coletivos, dispensado o registro prévio pamentos em regime de comodato e pagar por
da alteração no contrato individual de trabalho. serviços de infraestrutura, que não caracteriza-
rão verba de natureza salarial; ou
§ 1º Para fins do disposto nesta Medida Provi-
sória, considera-se teletrabalho, trabalho remoto II - na impossibilidade do oferecimento do
ou trabalho a distância a prestação de serviços regime de comodato de que trata o inciso I,
preponderante ou totalmente fora das depen- o período da jornada normal de trabalho será
dências do empregador, com a utilização de tec- computado como tempo de trabalho à disposi-
nologias da informação e comunicação que, por ção do empregador.
sua natureza, não configurem trabalho externo,
aplicável o disposto no inciso III do caput do art. § 5º O tempo de uso de aplicativos e progra-
62 da Consolidação das Leis do Trabalho, apro- mas de comunicação fora da jornada de traba-
vada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943. lho normal do empregado não constitui tempo
à disposição, regime de prontidão ou de sobre-
§ 2º A alteração de que trata o caput será no- aviso, exceto se houver previsão em acordo in-
tificada ao empregado com antecedência de, no dividual ou coletivo.
mínimo, quarenta e oito horas, por escrito ou por
meio eletrônico. Art. 5º Fica permitida a adoção do regime de
teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a dis-
§ 3º As disposições relativas à responsabili- tância para estagiários e aprendizes, nos termos
dade pela aquisição, pela manutenção ou pelo do disposto neste Capítulo.

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Atualização Legislativa | Março de 2020

CAPÍTULO III preferencialmente com antecedência de quaren-


Da antecipação de férias individuais ta e oito horas.

Art. 6º Durante o estado de calamidade pú- Art. 8º Para as férias concedidas durante o
blica a que se refere o art. 1º, o empregador in- estado de calamidade pública a que se refere o
formará ao empregado sobre a antecipação de art. 1º, o empregador poderá optar por efetuar
suas férias com antecedência de, no mínimo, o pagamento do adicional de um terço de férias
quarenta e oito horas, por escrito ou por meio após sua concessão, até a data em que é devida
eletrônico, com a indicação do período a ser go- a gratificação natalina prevista no art. 1º da Lei nº
zado pelo empregado. 4.749, de 12 de agosto de 1965.

§ 1º As férias: Parágrafo único. O eventual requerimento por


parte do empregado de conversão de um terço
I - não poderão ser gozadas em períodos infe- de férias em abono pecuniário estará sujeito à
riores a cinco dias corridos; e concordância do empregador, aplicável o prazo
a que se refere o caput.
II - poderão ser concedidas por ato do em-
pregador, ainda que o período aquisitivo a elas Art. 9º O pagamento da remuneração das fé-
relativo não tenha transcorrido. rias concedidas em razão do estado de calamida-
de pública a que se refere o art. 1º poderá ser efe-
§ 2º Adicionalmente, empregado e empregador tuado até o quinto dia útil do mês subsequente ao
poderão negociar a antecipação de períodos futu- início do gozo das férias, não aplicável o disposto
ros de férias, mediante acordo individual escrito. no art. 145 da Consolidação das Leis do Trabalho,
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.
§ 3º Os trabalhadores que pertençam ao gru-
po de risco do coronavírus (covid-19) serão prio- Art. 10. Na hipótese de dispensa do empre-
rizados para o gozo de férias, individuais ou co- gado, o empregador pagará, juntamente com o
letivas, nos termos do disposto neste Capítulo e pagamento dos haveres rescisórios, os valores
no Capítulo IV. ainda não adimplidos relativos às férias.

Art. 7º Durante o estado de calamidade públi- CAPÍTULO IV


ca a que se refere o art. 1º, o empregador poderá Da concessão de férias coletivas
suspender as férias ou licenças não remunera-
das dos profissionais da área de saúde ou da- Art. 11. Durante o estado de calamidade pú-
queles que desempenhem funções essenciais, blica a que se refere o art. 1º, o empregador
mediante comunicação formal da decisão ao poderá, a seu critério, conceder férias coleti-
trabalhador, por escrito ou por meio eletrônico, vas e deverá notificar o conjunto de emprega-

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Direito do Trabalho

dos afetados com antecedência de, no mínimo, CAPÍTULO VI


quarenta e oito horas, não aplicáveis o limite Do banco de horas
máximo de períodos anuais e o limite mínimo
de dias corridos previstos na Consolidação das Art. 14. Durante o estado de calamidade pú-
Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº blica a que se refere o art. 1º, ficam autorizadas
5.452, de 1943. a interrupção das atividades pelo empregador e
a constituição de regime especial de compensa-
Art. 12. Ficam dispensadas a comunicação ção de jornada, por meio de banco de horas, em
prévia ao órgão local do Ministério da Economia favor do empregador ou do empregado, estabe-
e a comunicação aos sindicatos representativos lecido por meio de acordo coletivo ou individual
da categoria profissional, de que trata o art. 139 formal, para a compensação no prazo de até de-
da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada zoito meses, contado da data de encerramento
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943. do estado de calamidade pública.

CAPÍTULO V § 1º A compensação de tempo para recu-


Do aproveitamento e da antecipação de feriados peração do período interrompido poderá ser
feita mediante prorrogação de jornada em até
Art. 13. Durante o estado de calamidade duas horas, que não poderá exceder dez ho-
pública, os empregadores poderão antecipar ras diárias.
o gozo de feriados não religiosos federais, es-
taduais, distritais e municipais e deverão no- § 2º A compensação do saldo de horas po-
tificar, por escrito ou por meio eletrônico, o derá ser determinada pelo empregador indepen-
conjunto de empregados beneficiados com dentemente de convenção coletiva ou acordo
antecedência de, no mínimo, quarenta e oito individual ou coletivo.
horas, mediante indicação expressa dos feria-
dos aproveitados. CAPÍTULO VII
Da suspensão de exigências administrativas
§ 1º Os feriados a que se refere o caput po- em segurança e saúde no trabalho
derão ser utilizados para compensação do saldo
em banco de horas. Art. 15. Durante o estado de calamidade pú-
blica a que se refere o art. 1º, fica suspensa a
§ 2º O aproveitamento de feriados religiosos obrigatoriedade de realização dos exames mé-
dependerá de concordância do empregado, me- dicos ocupacionais, clínicos e complementares,
diante manifestação em acordo individual escrito. exceto dos exames demissionais.

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Atualização Legislativa | Março de 2020

§ 1º Os exames a que se refere caput serão Art. 17. As comissões internas de preven-
realizados no prazo de sessenta dias, contado ção de acidentes poderão ser mantidas até o
da data de encerramento do estado de calami- encerramento do estado de calamidade públi-
dade pública. ca e os processos eleitorais em curso poderão
ser suspensos.
§ 2º Na hipótese de o médico coordenador de
programa de controle médico e saúde ocupacio- CAPÍTULO VIII
nal considerar que a prorrogação representa risco Do direcionamento do trabalhador
para a saúde do empregado, o médico indicará para qualificação
ao empregador a necessidade de sua realização.
Art. 18. Durante o estado de calamidade pú-
§ 3º O exame demissional poderá ser dispen- blica a que se refere o art. 1º, o contrato de tra-
sado caso o exame médico ocupacional mais re- balho poderá ser suspenso, pelo prazo de até
cente tenha sido realizado há menos de cento e quatro meses, para participação do empregado
oitenta dias. em curso ou programa de qualificação profissio-
nal não presencial oferecido pelo empregador,
Art. 16. Durante o estado de calamidade pú- diretamente ou por meio de entidades responsá-
blica a que se refere o art. 1º, fica suspensa a veis pela qualificação, com duração equivalente
obrigatoriedade de realização de treinamentos à suspensão contratual. (Revogado pela Medida
periódicos e eventuais dos atuais empregados, Provisória nº 928, de 2020)
previstos em normas regulamentadoras de se-
gurança e saúde no trabalho. § 1º A suspensão de que trata o caput: (Re-
vogado pela Medida Provisória nº 928, de 2020)
§ 1º Os treinamentos de que trata o caput se-
rão realizados no prazo de noventa dias, contado I - não dependerá de acordo ou convenção
da data de encerramento do estado de calami- coletiva; (Revogado pela Medida Provisória nº
dade pública. 928, de 2020)

§ 2º Durante o estado de calamidade pública II - poderá ser acordada individualmente com


a que se refere o art. 1º, os treinamentos de que o empregado ou o grupo de empregados; e (Re-
trata o caput poderão ser realizados na modali- vogado pela Medida Provisória nº 928, de 2020)
dade de ensino a distância e caberá ao empre-
gador observar os conteúdos práticos, de modo III - será registrada em carteira de trabalho fí-
a garantir que as atividades sejam executadas sica ou eletrônica. (Revogado pela Medida Pro-
com segurança. visória nº 928, de 2020)

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Direito do Trabalho

§ 2º O empregador poderá conceder ao em- § 5º Não haverá concessão de bolsa-qualifi-


pregado ajuda compensatória mensal, sem na- cação no âmbito da suspensão de contrato de
tureza salarial, durante o período de suspensão trabalho para qualificação do trabalhador de que
contratual nos termos do disposto no caput, trata este artigo e o art. 476-A da Consolidação
com valor definido livremente entre empregado das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei
e empregador, via negociação individual. (Revo- nº 5.452, de 1943. (Revogado pela Medida Pro-
gado pela Medida Provisória nº 928, de 2020) visória nº 928, de 2020)

§ 3º Durante o período de suspensão contra- CAPÍTULO IX


tual para participação em curso ou programa de Do diferimento do recolhimento do fundo de
qualificação profissional, o empregado fará jus garantia do tempo de serviço
aos benefícios voluntariamente concedidos pelo
empregador, que não integrarão o contrato de Art. 19. Fica suspensa a exigibilidade do re-
trabalho. (Revogado pela Medida Provisória nº colhimento do FGTS pelos empregadores, refe-
928, de 2020) rente às competências de março, abril e maio de
2020, com vencimento em abril, maio e junho de
§ 4º Nas hipóteses de, durante a suspensão 2020, respectivamente.
do contrato, o curso ou programa de qualificação
profissional não ser ministrado ou o empregado Parágrafo único. Os empregadores poderão
permanecer trabalhando para o empregador, a fazer uso da prerrogativa prevista no caput inde-
suspensão ficará descaracterizada e sujeitará o pendentemente:
empregador: (Revogado pela Medida Provisória
nº 928, de 2020) I - do número de empregados;

I - ao pagamento imediato dos salários e dos II - do regime de tributação;


encargos sociais referentes ao período; (Revo-
gado pela Medida Provisória nº 928, de 2020) III - da natureza jurídica;

II - às penalidades cabíveis previstas na legis- IV - do ramo de atividade econômica; e


lação em vigor; e (Revogado pela Medida Provi-
sória nº 928, de 2020) V - da adesão prévia.

III - às sanções previstas em acordo ou con- Art. 20. O recolhimento das competências de
venção coletiva. (Revogado pela Medida Provi- março, abril e maio de 2020 poderá ser realizado
sória nº 928, de 2020) de forma parcelada, sem a incidência da atuali-

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Atualização Legislativa | Março de 2020

zação, da multa e dos encargos previstos no art. nº 8.036, de 1990, caso seja efetuado dentro do
22 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. prazo legal estabelecido para sua realização; e

§ 1º O pagamento das obrigações referentes II - ao depósito dos valores previstos no art.


às competências mencionadas no caput será 18 da Lei nº 8.036, de 1990.
quitado em até seis parcelas mensais, com ven-
cimento no sétimo dia de cada mês, a partir de Parágrafo único. Na hipótese prevista no
julho de 2020, observado o disposto no caput do caput, as eventuais parcelas vincendas terão
art. 15 da Lei nº 8.036, de 1990. sua data de vencimento antecipada para o prazo
aplicável ao recolhimento previsto no art. 18 da
§ 2º Para usufruir da prerrogativa prevista no Lei nº 8.036, de 1990.
caput, o empregador fica obrigado a declarar as
informações, até 20 de junho de 2020, nos termos Art. 22. As parcelas de que trata o art. 20,
do disposto no inciso IV do caput do art. 32 da Lei caso inadimplidas, estarão sujeitas à multa e aos
nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e no Decreto nº encargos devidos nos termos do disposto no art.
3.048, de 6 de maio de 1999, observado que: 22 da Lei nº 8.036, de 1990.

I - as informações prestadas constituirão de- Art. 23. Fica suspensa a contagem do prazo
claração e reconhecimento dos créditos delas prescricional dos débitos relativos a contribui-
decorrentes, caracterizarão confissão de débito ções do FGTS pelo prazo de cento e vinte dias,
e constituirão instrumento hábil e suficiente para contado da data de entrada em vigor desta Me-
a cobrança do crédito de FGTS; e dida Provisória.

II - os valores não declarados, nos termos do Art. 24. O inadimplemento das parcelas pre-
disposto neste parágrafo, serão considerados vistas no § 1º do art. 20 ensejará o bloqueio do
em atraso, e obrigarão o pagamento integral da certificado de regularidade do FGTS.
multa e dos encargos devidos nos termos do
disposto no art. 22 da Lei nº 8.036, de 1990. Art. 25. Os prazos dos certificados de regula-
ridade emitidos anteriormente à data de entrada
Art. 21. Na hipótese de rescisão do contrato em vigor desta Medida Provisória serão prorro-
de trabalho, a suspensão prevista no art. 19 fica- gados por noventa dias.
rá resolvida e o empregador ficará obrigado:
Parágrafo único. Os parcelamentos de débito
I - ao recolhimento dos valores correspon- do FGTS em curso que tenham parcelas a ven-
dentes, sem incidência da multa e dos encargos cer nos meses de março, abril e maio não impe-
devidos nos termos do disposto no art. 22 da Lei dirão a emissão de certificado de regularidade.

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Direito do Trabalho

CAPÍTULO X autos de infração trabalhistas e notificações de


Outras disposições em matéria trabalhista débito de FGTS ficam suspensos.

Art. 26. Durante o de estado de calamidade Art. 29. Os casos de contaminação pelo co-
pública a que se refere o art. 1º, é permitido aos ronavírus (covid-19) não serão considerados
estabelecimentos de saúde, mediante acordo ocupacionais, exceto mediante comprovação do
individual escrito, mesmo para as atividades in- nexo causal.
salubres e para a jornada de doze horas de tra-
balho por trinta e seis horas de descanso: Art. 30. Os acordos e as convenções coleti-
vos vencidos ou vincendos, no prazo de cento
I - prorrogar a jornada de trabalho, nos ter- e oitenta dias, contado da data de entrada em
mos do disposto no art. 61 da Consolidação das vigor desta Medida Provisória, poderão ser pror-
Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº rogados, a critério do empregador, pelo prazo de
5.452, de 1943; e noventa dias, após o termo final deste prazo.

II - adotar escalas de horas suplementares en- Art. 31. Durante o período de cento e oitenta
tre a décima terceira e a vigésima quarta hora dias, contado da data de entrada em vigor des-
do intervalo interjornada, sem que haja penalida- ta Medida Provisória, os Auditores Fiscais do
de administrativa, garantido o repouso semanal Trabalho do Ministério da Economia atuarão de
remunerado nos termos do disposto no art. 67 maneira orientadora, exceto quanto às seguin-
da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada tes irregularidades:
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.
I - falta de registro de empregado, a partir de
Art. 27. As horas suplementares computadas denúncias;
em decorrência da adoção das medidas previs-
tas nos incisos I e II do caput do art. 26 poderão II - situações de grave e iminente risco, so-
ser compensadas, no prazo de dezoito meses, mente para as irregularidades imediatamente re-
contado da data de encerramento do estado de lacionadas à configuração da situação;
calamidade pública, por meio de banco de horas
ou remuneradas como hora extra. III - ocorrência de acidente de trabalho fatal apu-
rado por meio de procedimento fiscal de análise de
Art. 28. Durante o período de cento e oitenta acidente, somente para as irregularidades imedia-
dias, contado da data de entrada em vigor desta tamente relacionadas às causas do acidente; e
Medida Provisória, os prazos processuais para
apresentação de defesa e recurso no âmbito de IV - trabalho em condições análogas às de es-
processos administrativos originados a partir de cravo ou trabalho infantil.

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Atualização Legislativa | Março de 2020

Art. 32. O disposto nesta Medida Provisória no mês de abril e será paga juntamente com os
aplica-se: benefícios dessa competência; e

I - às relações de trabalho regidas: II - a segunda parcela corresponderá à dife-


rença entre o valor total do abono anual e o valor
a) pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, e da parcela antecipada e será paga juntamente
com os benefício da competência maio.
b) pela Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973; e
Art. 35. Na hipótese de cessação programada
II - no que couber, às relações regidas pela Lei do benefício prevista antes de 31 de dezembro
Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015, de 2020, será pago o valor proporcional do abo-
tais como jornada, banco de horas e férias. no anual ao beneficiário.

Art. 33. Não se aplicam aos trabalhadores em Parágrafo único. Sempre que ocorrer a cessação
regime de teletrabalho, nos termos do dispos- do benefício antes da data programada, para os be-
to nesta Medida Provisória, as regulamentações nefícios temporários, ou antes de 31 de dezembro
sobre trabalho em teleatendimento e telemarke- de 2020, para os benefícios permanentes, deverá
ting, dispostas na Seção II do Capítulo I do Título ser providenciado o encontro de contas entre o va-
III da Consolidação das Leis do Trabalho, apro- lor pago ao beneficiário e o efetivamente devido.
vada pelo Decreto-Lei nº 5.452.
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XI Disposições finais
Da antecipação do pagamento do abono anual
em 2020 Art. 36. Consideram-se convalidadas as medi-
das trabalhistas adotadas por empregadores que
Art. 34. No ano de 2020, o pagamento do abo- não contrariem o disposto nesta Medida Provisó-
no anual de que trata o art. 40 da Lei nº 8.213, de ria, tomadas no período dos trinta dias anteriores à
24 de julho de 1991, ao beneficiário da previdên- data de entrada em vigor desta Medida Provisória.
cia social que, durante este ano, tenha recebido
auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentado- Art. 37. A Lei nº 8.212, de 1991, passa a vigo-
ria, pensão por morte ou auxílio-reclusão será rar com as seguintes alterações:
efetuado em duas parcelas, excepcionalmente,
da seguinte forma: “Art. 47. ..........................................................

I - a primeira parcela corresponderá a cin- § 5º O prazo de validade da certidão expe-


quenta por cento do valor do benefício devido dida conjuntamente pela Secretaria Especial

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Direito do Trabalho

da Receita Federal do Brasil e pela Procura- Este texto não substitui o publicado no DOU
doria-Geral da Fazenda Nacional do Ministério de 22.3.2020 - Edição extra- L
da Economia, referente aos tributos federais e
à dívida ativa da União por elas administrados, Medida provisória nº 928, de 23 de março
será de até cento e oitenta dias, contado data de 2020
de emissão da certidão, prorrogável, excepcio-
nalmente, em caso de calamidade pública, pelo Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020,
prazo determinado em ato conjunto dos referi- que dispõe sobre as medidas para enfrentamento
dos órgãos. da emergência de saúde pública de importância in-
ternacional decorrente do coronavírus responsável
...............................................................” (NR) pelo surto de 2019, e revoga o art. 18 da Medida
Provisória nº 927, de 22 de março de 2020.
Art. 38. A Lei nº 13.979, de 2020, passa a vi-
gorar com as seguintes alterações: O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti-
“Art. 3º ............................................................ tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com
força de lei:
§ 6º Ato conjunto dos Ministros de Estado da
Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da In- Art. 1º A Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de
fraestrutura disporá sobre a medida prevista no 2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:
inciso VI do caput.
“Art. 6º-B Serão atendidos prioritariamente os
§ 6º-A O ato conjunto a que se refere o § 6º pedidos de acesso à informação, de que trata a
poderá estabelecer delegação de competência Lei nº 12.527, de 2011, relacionados com medi-
para a resolução dos casos nele omissos. das de enfrentamento da emergência de saúde
pública de que trata esta Lei.
...............................................................” (NR)
§ 1º Ficarão suspensos os prazos de resposta
Art. 39. Esta Medida Provisória entra em vigor a pedidos de acesso à informação nos órgãos
na data de sua publicação. ou nas entidades da administração pública cujos
servidores estejam sujeitos a regime de quaren-
Brasília, 22 de março de 2020; 199º da Inde- tena, teletrabalho ou equivalentes e que, neces-
pendência e 132º da República. sariamente, dependam de:

JAIR MESSIAS BOLSONARO I - acesso presencial de agentes públicos en-


Paulo Guedes carregados da resposta; ou

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Atualização Legislativa | Março de 2020

II - agente público ou setor prioritariamente 1990, na Lei nº 9.873, de 1999, na Lei nº 12.846,
envolvido com as medidas de enfrentamento da de 2013, e nas demais normas aplicáveis a em-
situação de emergência de que trata esta Lei. pregados públicos.” (NR)

§ 2º Os pedidos de acesso à informação pen- Art. 2º Fica revogado o art. 18 da Medida Pro-
dentes de resposta com fundamento no dispos- visória nº 927, de 22 de março de 2020.
to no § 1º deverão ser reiterados no prazo de dez
dias, contado da data em que for encerrado o Art. 3º Esta Medida Provisória entra em vigor
prazo de reconhecimento de calamidade pública na data de sua publicação.
a que se refere o Decreto Legislativo nº 6, de 20
de março de 2020. Brasília, 23 de março de 2020; 199º da Inde-
pendência e 132º da República.
§ 3º Não serão conhecidos os recursos inter-
postos contra negativa de resposta a pedido de JAIR MESSIAS BOLSONARO
informação negados com fundamento no dis- Wagner de Campos Rosário
posto no § 1º. Jorge Antonio de Oliveira Francisco

§ 4º Durante a vigência desta Lei, o meio le- Este texto não substitui o publicado no DOU
gítimo de apresentação de pedido de acesso de 23.3.2020 - Edição extra-C
a informações de que trata o art. 10 da Lei nº
12.527, de 2011, será exclusivamente o sistema
disponível na internet.

§ 5º Fica suspenso o atendimento presencial


a requerentes relativos aos pedidos de acesso
à informação de que trata a Lei nº 12.527, de
2011.” (NR)

“Art. 6º-C Não correrão os prazos processu-


ais em desfavor dos acusados e entes privados
processados em processos administrativos en-
quanto perdurar o estado de calamidade de que
trata o Decreto Legislativo nº 6, de 2020.

Parágrafo único. Fica suspenso o transcurso


dos prazos prescricionais para aplicação de san-
ções administrativas previstas na Lei nº 8.112, de

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Direito do Tributário

DIREITO DO TRIBUTÁRIO tras matérias, sobre os arranjos de pagamento e


sobre as instituições de pagamento integrantes
do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
Medida provisória nº 930, de 30 de março
de 2020 CAPÍTULO I
Das operações de cobertura de risco (hedge)
Dispõe sobre o tratamento tributário inciden- de investimento no exterior
te sobre a variação cambial do valor de investi-
mentos realizados por instituições financeiras e Art. 2º A partir do exercício financeiro do ano
demais instituições autorizadas a funcionar pelo de 2021, a variação cambial da parcela com co-
Banco Central do Brasil em sociedade controlada bertura de risco (hedge) do valor do investimen-
domiciliada no exterior e sobre a proteção legal to realizado pelas instituições financeiras e pelas
oferecida aos integrantes do Banco Central do demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Brasil no exercício de suas atribuições e altera a Banco Central do Brasil em sociedade controla-
Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, que dis- da domiciliada no exterior deverá ser computada
põe, dentre outras matérias, sobre os arranjos de na determinação do lucro real e na base de cál-
pagamento e sobre as instituições de pagamento culo da Contribuição Social sobre o Lucro Líqui-
integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro. do da pessoa jurídica controladora domiciliada
no País, na proporção de:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- I - cinquenta por cento, no exercício financei-
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com ro do ano de 2021; e
força de lei:
II - cem por cento, a partir do exercício finan-
Art. 1º Esta Medida Provisória dispõe sobre ceiro do ano de 2022.
o tratamento tributário incidente sobre a varia-
ção cambial do valor de investimentos realizados § 1º O disposto nos art. 3º ao art. 9º da Lei
por instituições financeiras e demais instituições nº 12.838, de 9 de julho de 2013,será aplicado
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do até 31 de dezembro de 2022ao saldo de crédi-
Brasil em sociedade controlada estabelecida no tos oriundos de prejuízo fiscal e base negativa de
exterior e sobre a proteção legal oferecida aos in- contribuição social decorrentes das operações
tegrantes da Diretoria Colegiada e aos membros de cobertura de risco cambial (hedge) do inves-
das carreiras do Banco Central do Brasil no exer- timento em sociedade controlada domiciliada no
cício de suas atribuições e altera a Lei nº 12.865, exterior, originados a partir de 1º de janeiro de
de 9 de outubro de 2013, que dispõe, dentre ou- 2018 até 31 de dezembro de 2020.

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Atualização Legislativa | Março de 2020

§ 2º A Secretaria Especial da Receita Federal liquidação das transações de pagamento neces-


do Brasil do Ministério da Economia disciplinará sárias ao recebimento pelo usuário final recebe-
o disposto neste artigo. dor ou o direito ao recebimento desses recursos
para o cumprimento dessa mesma finalidade:
§ 3º O crédito presumido de que trata o § 1º
somente será apurado pelas instituições finan- I - não se comunicam com os demais bens e
ceiras cuja liquidação extrajudicial ou falência direitos do participante do arranjo de pagamen-
tenha sido decretada após a data de publicação to e só respondem pelo cumprimento de obriga-
desta Medida Provisória. ções de liquidação das transações de pagamen-
to no âmbito do arranjo de pagamento ao qual
CAPÍTULO II se vinculem;
Da proteção dos servidores do Banco Central
do Brasil II - não podem ser objeto de arresto, de se-
questro, de busca e apreensão ou de qualquer
Art. 3º Ressalvadas as hipóteses de dolo ou de outro ato de constrição judicial em função de
fraude, os integrantes da Diretoria Colegiada e os débitos de responsabilidade de qualquer parti-
servidores do Banco Central do Brasil não serão cipante do arranjo de pagamento, exceto para
passíveis de responsabilização por atos pratica- cumprimento das obrigações de liquidação en-
dos no exercício de suas atribuições, exceto pelos tre os participantes do arranjo de pagamento até
respectivos órgãos correcionais ou disciplinares. o recebimento pelo usuário final recebedor, con-
forme as regras do arranjo de pagamento;
Parágrafo único. O disposto no caput será
aplicável enquanto perdurarem os efeitos das III - não podem ser objeto de cessão de direi-
ações, linhas de assistência e programas adota- tos creditórios ou de dados em garantia, exceto
dos pelo Banco Central do Brasil em resposta à se o produto da cessão dos créditos ou a cons-
crise decorrente da pandemia da covid-19 e não tituição da garantia forem destinados, respecti-
afasta a responsabilidade criminal. vamente, para cumprir ou para assegurar o cum-
primento das obrigações de liquidação entre os
CAPÍTULO III participantes do arranjo de pagamento referen-
Das alterações na Lei nº 12.865, de 9 de outu- tes às transações de pagamento até o recebi-
bro de 2013 mento pelo usuário final recebedor, conforme as
regras do arranjo de pagamento; e
Art. 4º A Lei nº 12.865, de 2013, passa a vigo-
rar com as seguintes alterações: IV - não se sujeitam à arrecadação nos re-
gimes especiais das instituições autorizadas a
“Art. 12-A. Os recursos recebidos pelos parti- funcionar pelo Banco Central do Brasil, à recu-
cipantes do arranjo de pagamento destinados à peração judicial e extrajudicial, à falência, à liqui-

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19
Direito do Tributário

dação judicial ou a qualquer outro regime de re- “Art. 12-B. O disposto nos art. 12 e art. 12-A
cuperação ou dissolução a que seja submetido o aplica-se aos participantes e aos instituidores
participante do arranjo de pagamento pelo qual de arranjos de pagamento, ainda que esses ar-
transitem os referidos recursos. ranjos não sejam alcançados pelas disposições
desta Lei, nos termos do disposto no § 4º do
§ 1º Os recursos destinados ao pagamento ao art. 6º.” (NR)
usuário final recebedor, a qualquer tempo rece-
bidos por participante do arranjo de pagamento “Art. 12-C. Os bens e os direitos alocados pe-
submetido aos regimes de que trata o inciso IV los instituidores e pelos participantes de arranjos
do caput, devem ser repassados aos participan- de pagamento integrantes do Sistema de Paga-
tes subsequentes da cadeia de liquidação dos mentos Brasileiro para garantir a liquidação das
fluxos financeiros referentes às transações de transações de pagamento, na forma e na exten-
pagamento até alcançarem a instituição desig- são definidas no regulamento do arranjo aprova-
nada pelo usuário final recebedor para recebi- do pelo Banco Central do Brasil:
mento desses recursos, conforme as regras do
arranjo de pagamento correspondente. I - constituem patrimônio separado, que não
podem ser objeto de arresto, de sequestro, de
§ 2º Sub-roga-se no direito de recebimento busca e apreensão ou de qualquer outro ato de
dos recursos destinados ao pagamento do usuá- constrição judicial, exceto para o cumprimento
rio final recebedor participante que entregar pre- das obrigações assumidas no âmbito do arranjo; e
viamente recursos próprios, com ou sem ônus,
ao usuário final recebedor. II - não se sujeitam à arrecadação nos regi-
mes especiais das instituições autorizadas a
§ 3º Não se aplica o disposto no caput aos funcionar pelo Banco Central do Brasil, à recu-
recursos disponibilizados por participante do ar- peração judicial e extrajudicial, à falência, à liqui-
ranjo de pagamento ao usuário final recebedor, dação judicial ou a qualquer outro regime de re-
ainda que permaneçam depositados na institui- cuperação ou dissolução a que seja submetido o
ção de escolha do usuário final recebedor. participante do arranjo de pagamento pelo qual
transitem os referidos recursos.
§ 4º As regras do arranjo de pagamento po-
derão prever o redirecionamento dos fluxos fi- § 1º Após o cumprimento das obrigações ga-
nanceiros referentes às transações de pagamen- rantidas pelos instituidores e pelos participantes
to do participante submetido a um dos regimes de arranjos de pagamento integrantes do Sis-
de que trata o inciso IV do caput para outro par- tema de Pagamentos Brasileiro, os bens e os
ticipante ou agente, na forma prevista no regula- direitos remanescentes serão revertidos ao par-
mento do arranjo aprovado pelo Banco Central ticipante, de forma que não mais se aplicará o
do Brasil.” (NR) disposto nos incisos I e II do caput.

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Atualização Legislativa | Março de 2020

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos


arranjos de pagamento fechados, conforme pa-
râmetros estabelecidos pelo Banco Central do
Brasil.” (NR)

CAPÍTULO IV
Disposições finais

Art. 5º A Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010,


passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 41. ..........................................................

Parágrafo único. Fica o CMN autorizado a dis-


por sobre a emissão de Letra Financeira com pra-
zo de vencimento inferior ao previsto no inciso III
do caput, para fins de acesso da instituição emi-
tente a operações de redesconto e empréstimo
realizadas com o Banco Central do Brasil.” (NR)

Art. 6º Esta Medida Provisória entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 30 de março de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Roberto de Oliveira Campos Neto

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 30.3.2020 - Edição extra

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Atualizações Legislativas
Abril de 2020

Direito Administrativo 25
Direito do Consumidor 27
Direito do Trabalho 29
Direito Penal 57
Direito Previdenciário 58
Direito Processual Civil 65
Direito Tributário 66
Direitos Difusos e Coletivos 79
Atualização Legislativa | Abril de 2020

DIREITO ADMINISTRATIVO vulgação da intenção de registro de preço, entre


dois e quatro dias úteis, para que outros órgãos
e entidades manifestem interesse em participar
Medida Provisória nº 951, de 15 de Abril do sistema de registro de preços nos termos do
de 2020 disposto no § 4º e no § 5º.” (NR)

Estabelece normas sobre compras públicas, “Art. 4º-G …………………………………….......


sanções em matéria de licitação e certificação
digital e dá outras providências. § 4º As licitações de que trata o caput re-
alizadas por meio de sistema de registro de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da preços serão consideradas compras nacionais,
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- nos termos do disposto no regulamento federal,
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com observado o prazo estabelecido no § 6º do art.
força de lei: 4º.” (NR)

Alterações na Lei nº 13.979, de 6 de feverei- “Art. 6º-D Fica suspenso o transcurso dos
ro de 2020 prazos prescricionais para aplicação de sanções
administrativas previstas na Lei nº 8.666, de
Art. 1º A Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 1993, na Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e
2020, passa a vigorar com as seguintes alterações: na Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011.” (NR)

“Art. 4º …………………………………............... Emissão não presencial de certificados digitais

§ 4º Na hipótese de dispensa de licitação de Art. 2º Às Autoridades de Registro - AR da In-


que trata o caput, quando se tratar de compra ou fraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-
contratação por mais de um órgão ou entidade, -Brasil, entidades operacionalmente vinculadas
o sistema de registro de preços, de que trata o a determinada Autoridade Certificadora - AC,
inciso II do caput do art. 15 da Lei nº 8.666, de compete identificar e cadastrar usuários, enca-
21 de junho de 1993, poderá ser utilizado. minhar solicitações de certificados às AC e man-
ter registros de suas operações.
§ 5º Na hipótese de inexistência de regulamen-
to específico, o ente federativo poderá aplicar o Parágrafo único. A identificação será feita
regulamento federal sobre registro de preços. presencialmente, mediante comparecimento
pessoal do usuário, ou por outra forma que ga-
§ 6º O órgão ou entidade gerenciador da com- ranta nível de segurança equivalente, observada
pra estabelecerá prazo, contado da data de di- as normas técnicas da ICP-Brasil.

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25
Direito Administrativo

Revogação

Art. 3º Ficam revogados:

I - o art. 7º da Medida Provisória nº 2.200-2,


de 24 de agosto de 2001; e

II - o Capítulo II da Medida Provisória nº 930,


de 30 de março de 2020.

Vigência

Art. 4º Esta Medida Provisória entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 15 de abril de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Roberto de Oliveira Campos Neto
Walter Souza Braga Netto

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 15.4.2020 - Edição extra e retificado no DOU
de 15.4.2020 - Edição extra

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26
Atualização Legislativa | Abril de 2020

DIREITO DO CONSUMIDOR II - a disponibilização de crédito para uso ou


abatimento na compra de outros serviços, re-
servas e eventos, disponíveis nas respectivas
Medida Provisória nº 948, de 8 de Abril empresas; ou
de 2020
III - outro acordo a ser formalizado com o
Dispõe sobre o cancelamento de serviços, de consumidor.
reservas e de eventos dos setores de turismo e
cultura em razão do estado de calamidade públi- § 1º As operações de que trata o caput ocor-
ca reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de rerão sem custo adicional, taxa ou multa ao con-
20 de março de 2020, e da emergência de saúde sumidor, desde que a solicitação seja efetuada
pública de importância internacional decorrente no prazo de noventa dias, contado da data de
do coronavírus (covid-19). entrada em vigor desta Medida Provisória.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da § 2º O crédito a que se refere o inciso II do


atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- caput poderá ser utilizado pelo consumidor no
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com prazo de doze meses, contado da data de encer-
força de lei: ramento do estado de calamidade pública reco-
nhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 2020.
Art. 1º Esta Medida Provisória dispõe sobre
o cancelamento de serviços, de reservas e de § 3º Na hipótese do inciso I do caput, se-
eventos dos setores de turismo e cultura, em ra- rão respeitados:
zão do estado de calamidade pública reconheci-
do pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março I - a sazonalidade e os valores dos serviços
de 2020, e da emergência de saúde pública de originalmente contratados; e
importância internacional decorrente do corona-
vírus (covid-19). II - o prazo de doze meses, contado da data de
encerramento do estado de calamidade pública re-
Art. 2º Na hipótese de cancelamento de servi- conhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 2020.
ços, de reservas e de eventos, incluídos shows e
espetáculos, o prestador de serviços ou a socie- § 4º Na hipótese de impossibilidade de ajuste,
dade empresária não serão obrigados a reem- nos termos dos incisos I a III do caput, o presta-
bolsar os valores pagos pelo consumidor, desde dor de serviços ou a sociedade empresária deve-
que assegurem: rá restituir o valor recebido ao consumidor, atu-
alizado monetariamente pelo Índice Nacional de
I - a remarcação dos serviços, das reservas e Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E,
dos eventos cancelados; no prazo de doze meses, contado da data de en-

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27
Direito do Consumidor

cerramento do estado de calamidade pública re- de caso fortuito ou força maior e não ensejam
conhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 2020. danos morais, aplicação de multa ou outras pe-
nalidades, nos termos do disposto no art. 56 da
Art. 3º O disposto no art. 2º se aplica a: Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.

I - prestadores de serviços turísticos e socie- Art. 6º Esta Medida Provisória entra em vigor
dades empresárias a que se refere o art. 21 da na data de sua publicação.
Lei nº 11.771, de 17 de setembro de 2008; e
Brasília, 8 de abril de 2020; 199º da Indepen-
II - cinemas, teatros e plataformas digitais de dência e 132º da República.
vendas de ingressos pela internet.
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Art. 4º Os artistas já contratados, até a data Sérgio Moro
de edição desta Medida Provisória, que forem Marcelo Henrique Teixeira Dias
impactados por cancelamentos de eventos, in-
cluídos shows, rodeios, espetáculos musicais e Este texto não substitui o publicado no DOU
de artes cênicas e os profissionais contratados de 8.4.2020 - Edição extra
para a realização destes eventos não terão obri-
gação de reembolsar imediatamente os valores
dos serviços ou cachês, desde que o evento seja
remarcado, no prazo de doze meses, contado da
data de encerramento do estado de calamidade
pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº
6, de 2020.

Parágrafo único. Na hipótese de os artistas e


os demais profissionais contratados para a re-
alização dos eventos de que trata o caput não
prestarem os serviços contratados no prazo pre-
visto, o valor recebido será restituído, atualizado
monetariamente pelo IPCA-E, no prazo de doze
meses, contado da data de encerramento do
estado de calamidade pública reconhecido pelo
Decreto Legislativo nº 6, de 2020.

Art. 5º As relações de consumo regidas por


esta Medida Provisória caracterizam hipóteses

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28
Atualização Legislativa | Abril de 2020

DIREITO DO TRABALHO Capítulo II


Do Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e da Renda
Medida Provisória nº 936, de 1 de abril
de 2020 Seção I

Institui o Programa Emergencial de Manu- Da instituição, dos objetivos e das medidas


tenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre do Programa Emergencial de Manutenção do
medidas trabalhistas complementares para en- Emprego e da Renda
frentamento do estado de calamidade pública
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de Art. 2º Fica instituído o Programa Emergencial
20 de março de 2020, e da emergência de saú- de Manutenção do Emprego e da Renda, com apli-
de pública de importância internacional decor- cação durante o estado de calamidade pública a
rente do coronavírus (covid-19), de que trata a que se refere o art. 1º e com os seguintes objetivos:
Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, e dá
outras providências. I - preservar o emprego e a renda;

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da II - garantir a continuidade das atividades la-


atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- borais e empresariais; e
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com
força de lei: III - reduzir o impacto social decorrente das
consequências do estado de calamidade pública
Capítulo I e de emergência de saúde pública.
Disposições Preliminares
Art. 3º São medidas do Programa Emergen-
Art. 1º Esta Medida Provisória institui o Pro- cial de Manutenção do Emprego e da Renda:
grama Emergencial de Manutenção do Empre-
go e da Renda e dispõe sobre medidas traba- I - o pagamento de Benefício Emergencial de
lhistas complementares para enfrentamento Preservação do Emprego e da Renda;
do estado de calamidade pública reconhecido
pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março II - a redução proporcional de jornada de tra-
de 2020, e da emergência de saúde pública de balho e de salários; e
importância internacional decorrente do coro-
navírus (covid-19) de que trata a Lei nº 13.979, III - a suspensão temporária do contrato de
de 6 de fevereiro de 2020. trabalho.

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Direito do Trabalho

Parágrafo único. O disposto no caput não ção da jornada de trabalho e de salário ou da


se aplica, no âmbito da União, dos Estados, do suspensão temporária do contrato de trabalho,
Distrito Federal e dos Municípios, aos órgãos observadas as seguintes disposições:
da administração pública direta e indireta, às
empresas públicas e sociedades de economia I - o empregador informará ao Ministério da
mista, inclusive às suas subsidiárias, e aos or- Economia a redução da jornada de trabalho e de
ganismos internacionais. salário ou a suspensão temporária do contrato
de trabalho, no prazo de dez dias, contado da
Art. 4º Compete ao Ministério da Economia data da celebração do acordo; (Vide pela Medida
coordenar, executar, monitorar e avaliar o Pro- Provisória nº 959, de 2020)
grama Emergencial de Manutenção do Emprego
e da Renda e editar normas complementares ne- II - a primeira parcela será paga no prazo de
cessárias à sua execução. trinta dias, contado da data da celebração do
acordo, desde que a celebração do acordo seja
Seção II informada no prazo a que se refere o inciso I; e
Do Benefício Emergencial de Preservação
do Emprego e da Renda III - o Benefício Emergencial será pago exclu-
sivamente enquanto durar a redução proporcio-
Art. 5º Fica criado o Benefício Emergencial de nal da jornada de trabalho e de salário ou a sus-
Preservação do Emprego e da Renda, a ser pago pensão temporária do contrato de trabalho.
nas seguintes hipóteses: (Vide pela Medida Pro-
visória nº 959, de 2020) § 3º Caso o empregador não preste a informa-
ção dentro do prazo previsto no inciso I do § 2º:
I - redução proporcional de jornada de traba-
lho e de salário; e I - ficará responsável pelo pagamento da re-
muneração no valor anterior à redução da jor-
II - suspensão temporária do contrato de nada de trabalho e de salário ou da suspensão
trabalho. temporária do contrato de trabalho do emprega-
do, inclusive dos respectivos encargos sociais,
§ 1º O Benefício Emergencial de Preservação até a que informação seja prestada;
do Emprego e da Renda será custeado com re-
cursos da União. II - a data de início do Benefício Emergencial
de Preservação do Emprego e da Renda será fi-
§ 2º O Benefício Emergencial de Preservação xada na data em que a informação tenha sido
do Emprego e da Renda será de prestação men- efetivamente prestada e o benefício será devido
sal e devido a partir da data do início da redu- pelo restante do período pactuado; e

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

III - a primeira parcela, observado o disposto semprego a que o empregado teria direito, nos
no inciso II, será paga no prazo de trinta dias, termos do art. 5º da Lei nº 7.998, de 1990, obser-
contado da data em que a informação tenha sido vadas as seguintes disposições:
efetivamente prestada.
I - na hipótese de redução de jornada de
§ 4º Ato do Ministério da Economia disciplina- trabalho e de salário, será calculado aplican-
rá a forma de: do-se sobre a base de cálculo o percentual da
redução; e
I - transmissão das informações e comunica-
ções pelo empregador; e II - na hipótese de suspensão temporária do
contrato de trabalho, terá valor mensal:
II - concessão e pagamento do Benefício Emer-
gencial de Preservação do Emprego e da Renda. a) equivalente a cem por cento do valor do
seguro-desemprego a que o empregado teria di-
§ 5º O recebimento do Benefício Emergencial reito, na hipótese prevista no caput do art. 8º; ou
de Preservação do Emprego e da Renda não
impede a concessão e não altera o valor do se- b) equivalente a setenta por cento do segu-
guro-desemprego a que o empregado vier a ter ro-desemprego a que o empregado teria direito,
direito, desde que cumpridos os requisitos pre- na hipótese prevista no § 5º do art. 8º.
vistos na Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990,
no momento de eventual dispensa. § 1º O Benefício Emergencial de Preservação
do Emprego e da Renda será pago ao emprega-
§ 6º O Benefício Emergencial de Preservação do independentemente do:
do Emprego e da Renda será operacionalizado e
pago pelo Ministério da Economia. I - cumprimento de qualquer período aquisitivo;

§ 7º Serão inscritos em dívida ativa da União II - tempo de vínculo empregatício; e


os créditos constituídos em decorrência de Be-
nefício Emergencial de Preservação do Empre- III - número de salários recebidos.
go e da Renda pago indevidamente ou além do
devido, hipótese em que se aplica o disposto na § 2º O Benefício Emergencial de Preservação
Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para a do Emprego e da Renda não será devido ao em-
execução judicial. pregado que esteja:

Art. 6º O valor do Benefício Emergencial de I - ocupando cargo ou emprego público, car-


Preservação do Emprego e da Renda terá como go em comissão de livre nomeação e exonera-
base de cálculo o valor mensal do seguro-de- ção ou titular de mandato eletivo; ou

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Direito do Trabalho

II - em gozo: Art. 7º Durante o estado de calamidade pública


a que se refere o art. 1º, o empregador poderá
a) de benefício de prestação continuada do acordar a redução proporcional da jornada de tra-
Regime Geral de Previdência Social ou dos Re- balho e de salário de seus empregados, por até
gimes Próprios de Previdência Social, ressalva- noventa dias, observados os seguintes requisitos:
do o disposto no parágrafo único do art. 124 da
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991; I - preservação do valor do salário-hora de
trabalho;
b) do seguro-desemprego, em qualquer de
suas modalidades; e II - pactuação por acordo individual escrito
entre empregador e empregado, que será enca-
c) da bolsa de qualificação profissional de que minhado ao empregado com antecedência de,
trata o art. 2º-A da Lei n° 7.998, de 1990. no mínimo, dois dias corridos; e

§ 3º O empregado com mais de um vínculo III - redução da jornada de trabalho e de salá-


formal de emprego poderá receber cumulativa- rio, exclusivamente, nos seguintes percentuais:
mente um Benefício Emergencial de Preserva-
ção do Emprego e da Renda para cada vínculo a) vinte e cinco por cento;
com redução proporcional de jornada de traba-
lho e de salário ou com suspensão temporária do b) cinquenta por cento; ou
contrato de trabalho, observado o valor previsto
no caput do art. 18 e a condição prevista no § 3º c) setenta por cento.
do art. 18, se houver vínculo na modalidade de
contrato intermitente, nos termos do disposto no Parágrafo único. A jornada de trabalho e o sa-
§ 3º do art. 443 da Consolidação das Leis do Tra- lário pago anteriormente serão restabelecidos no
balho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º prazo de dois dias corridos, contado:
de maio de 1943.
I - da cessação do estado de calamidade
§ 4º Nos casos em que o cálculo do benefí- pública;
cio emergencial resultar em valores decimais, o
valor a ser pago deverá ser arredondado para a II - da data estabelecida no acordo individual
unidade inteira imediatamente superior. como termo de encerramento do período e re-
dução pactuado; ou
Seção III
Da redução proporcional de jornada de III - da data de comunicação do emprega-
trabalho e de salário dor que informe ao empregado sobre a sua

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

decisão de antecipar o fim do período de re- II - da data estabelecida no acordo individual


dução pactuado. como termo de encerramento do período e sus-
pensão pactuado; ou
Seção IV
Da suspensão temporária do contrato III - da data de comunicação do empregador
de trabalho que informe ao empregado sobre a sua decisão de
antecipar o fim do período de suspensão pactuado.
Art. 8º Durante o estado de calamidade públi-
ca a que se refere o art. 1º, o empregador poderá § 4º Se durante o período de suspensão tem-
acordar a suspensão temporária do contrato de porária do contrato de trabalho o empregado
trabalho de seus empregados, pelo prazo máxi- mantiver as atividades de trabalho, ainda que
mo de sessenta dias, que poderá ser fracionado parcialmente, por meio de teletrabalho, trabalho
em até dois períodos de trinta dias. remoto ou trabalho à distância, ficará descarac-
terizada a suspensão temporária do contrato de
§ 1º A suspensão temporária do contrato de trabalho, e o empregador estará sujeito:
trabalho será pactuada por acordo individual es-
crito entre empregador e empregado, que será I - ao pagamento imediato da remuneração e
encaminhado ao empregado com antecedência dos encargos sociais referentes a todo o período;
de, no mínimo, dois dias corridos.
II - às penalidades previstas na legislação em
§ 2º Durante o período de suspensão tempo- vigor; e
rária do contrato, o empregado:
III - às sanções previstas em convenção ou
I - fará jus a todos os benefícios concedidos em acordo coletivo.
pelo empregador aos seus empregados; e
§ 5º A empresa que tiver auferido, no ano-
II - ficará autorizado a recolher para o Regime -calendário de 2019, receita bruta superior a R$
Geral de Previdência Social na qualidade de se- 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil
gurado facultativo. reais), somente poderá suspender o contrato de
trabalho de seus empregados mediante o paga-
§ 3º O contrato de trabalho será restabelecido mento de ajuda compensatória mensal no valor
no prazo de dois dias corridos, contado: de trinta por cento do valor do salário do empre-
gado, durante o período da suspensão temporá-
I - da cessação do estado de calamidade ria de trabalho pactuado, observado o disposto
pública; no caput e no art. 9º.

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Direito do Trabalho

Seção V VI - poderá ser excluída do lucro líquido para


Das disposições comuns às medidas do fins de determinação do imposto sobre a renda
Programa Emergencial de Manutenção da pessoa jurídica e da Contribuição Social so-
do Emprego e da Renda bre o Lucro Líquido das pessoas jurídicas tribu-
tadas pelo lucro real.
Art. 9º O Benefício Emergencial de Preser-
vação do Emprego e da Renda poderá ser acu- § 2º Na hipótese de redução proporcional de
mulado com o pagamento, pelo empregador, de jornada e de salário, a ajuda compensatória pre-
ajuda compensatória mensal, em decorrência da vista no caput não integrará o salário devido pelo
redução de jornada de trabalho e de salário ou empregador e observará o disposto no § 1º.
da suspensão temporária de contrato de traba-
lho de que trata esta Medida Provisória. Art. 10. Fica reconhecida a garantia provisória
no emprego ao empregado que receber o Bene-
§ 1º A ajuda compensatória mensal de que fício Emergencial de Preservação do Emprego e
trata o caput: da Renda, de que trata o art. 5º, em decorrência
da redução da jornada de trabalho e de salário
I - deverá ter o valor definido no acordo indivi- ou da suspensão temporária do contrato de tra-
dual pactuado ou em negociação coletiva; balho de que trata esta Medida Provisória, nos
seguintes termos:
II - terá natureza indenizatória;
I - durante o período acordado de redução da
III - não integrará a base de cálculo do impos- jornada de trabalho e de salário ou de suspensão
to sobre a renda retido na fonte ou da declara- temporária do contrato de trabalho; e
ção de ajuste anual do imposto sobre a renda da
pessoa física do empregado; II - após o restabelecimento da jornada de tra-
balho e de salário ou do encerramento da sus-
IV - não integrará a base de cálculo da contri- pensão temporária do contrato de trabalho, por
buição previdenciária e dos demais tributos inci- período equivalente ao acordado para a redução
dentes sobre a folha de salários; ou a suspensão.

V - não integrará a base de cálculo do valor § 1º A dispensa sem justa causa que ocorrer
devido ao Fundo de Garantia do Tempo de Ser- durante o período de garantia provisória no empre-
viço - FGTS, instituído pela Lei nº 8.036, de 11 go previsto no caput sujeitará o empregador ao pa-
de maio de 1990, e pela Lei Complementar nº gamento, além das parcelas rescisórias previstas
150, de 1º de junho de 2015; e na legislação em vigor, de indenização no valor de:

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

I - cinquenta por cento do salário a que o em- § 2º Na hipótese de que trata o § 1º, o Bene-
pregado teria direito no período de garantia pro- fício Emergencial de Preservação do Emprego e
visória no emprego, na hipótese de redução de da Renda de que trata os art. 5º e art. 6º será
jornada de trabalho e de salário igual ou superior devido nos seguintes termos:
a vinte e cinco por cento e inferior a cinquenta
por cento; I - sem percepção do Benefício Emergencial
para a redução de jornada e de salário inferior a
II - setenta e cinco por cento do salário a que vinte e cinco por cento;
o empregado teria direito no período de garantia
provisória no emprego, na hipótese de redução II - de vinte e cinco por cento sobre a base
de jornada de trabalho e de salário igual ou su- de cálculo prevista no art. 6º para a redução de
perior a cinquenta por cento e inferior a setenta jornada e de salário igual ou superior a vinte e
por cento; ou cinco por cento e inferior a cinquenta por cento;

III - cem por cento do salário a que o empre- III - de cinquenta por cento sobre a base de
gado teria direito no período de garantia provi- cálculo prevista no art. 6º para a redução de jor-
sória no emprego, nas hipóteses de redução de nada e de salário igual ou superior a cinquenta
jornada de trabalho e de salário em percentual por cento e inferior a setenta por cento; e
superior a setenta por cento ou de suspensão
temporária do contrato de trabalho. IV - de setenta por cento sobre a base de cál-
culo prevista no art. 6º para a redução de jornada
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica e de salário superior a setenta por cento.
às hipóteses de dispensa a pedido ou por justa
causa do empregado. § 3º As convenções ou os acordos coletivos
de trabalho celebrados anteriormente poderão
Art. 11. As medidas de redução de jornada de ser renegociados para adequação de seus ter-
trabalho e de salário ou de suspensão temporá- mos, no prazo de dez dias corridos, contado da
ria de contrato de trabalho de que trata esta Me- data de publicação desta Medida Provisória.
dida Provisória poderão ser celebradas por meio
de negociação coletiva, observado o disposto § 4º Os acordos individuais de redução de jor-
no art. 7º, no art. 8º e no § 1º deste artigo. nada de trabalho e de salário ou de suspensão
temporária do contrato de trabalho, pactuados
§ 1º A convenção ou o acordo coletivo de tra- nos termos desta Medida Provisória, deverão ser
balho poderão estabelecer percentuais de redu- comunicados pelos empregadores ao respectivo
ção de jornada de trabalho e de salário diversos sindicato laboral, no prazo de até dez dias corri-
dos previstos no inciso III do caput do art. 7º. dos, contado da data de sua celebração.

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Direito do Trabalho

Art. 12. As medidas de que trata o art. 3º se- Parágrafo único. O processo de fiscalização,
rão implementadas por meio de acordo individu- de notificação, de autuação e de imposição de
al ou de negociação coletiva aos empregados: multas decorrente desta Medida Provisória ob-
servarão o disposto no Título VII da Consolida-
I - com salário igual ou inferior a R$ 3.135,00 ção das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decre-
(três mil cento e trinta e cinco reais); ou to-Lei nº 5.452, de 1943, não aplicado o critério
da dupla visita e o disposto no art. 31 da Medida
II - portadores de diploma de nível superior e Provisória nº 927, de 22 de março de 2020.
que percebam salário mensal igual ou superior
a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Art. 15. O disposto nesta Medida Provisória
Regime Geral de Previdência Social. se aplica aos contratos de trabalho de aprendi-
zagem e de jornada parcial.
Parágrafo único. Para os empregados não en-
quadrados no caput, as medidas previstas no art. Art. 16. O tempo máximo de redução propor-
3º somente poderão ser estabelecidas por con- cional de jornada e de salário e de suspensão
venção ou acordo coletivo, ressalvada a redução temporária do contrato de trabalho, ainda que su-
de jornada de trabalho e de salário de vinte e cessivos, não poderá ser superior a noventa dias,
cinco por cento, prevista na alínea “a” do inciso respeitado o prazo máximo de que trata o art. 8º.
III do caput do art. 7º, que poderá ser pactuada
por acordo individual. Capítulo III
Disposições Finais
Art. 13. A redução proporcional de jornada de
trabalho e de salário ou a suspensão temporária Art. 17. Durante o estado de calamidade pú-
do contrato de trabalho, quando adotadas, de- blica de que trata o art. 1º:
verão resguardar o exercício e o funcionamento
dos serviços públicos e das atividades essen- I - o curso ou o programa de qualificação pro-
ciais de que tratam a Lei nº 7.783, de 28 de junho fissional de que trata o art. 476-A da Consolida-
de 1989, e a Lei nº 13.979, de 2020. ção das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decre-
to-Lei nº 5.452, de 1943, poderá ser oferecido
Art. 14. As irregularidades constatadas pela pelo empregador exclusivamente na modalidade
Auditoria Fiscal do Trabalho quanto aos acordos não presencial, e terá duração não inferior a um
de redução de jornada de trabalho e de salário mês e nem superior a três meses;
ou de suspensão temporária do contrato de tra-
balho previstos nesta Medida Provisória sujeitam II - poderão ser utilizados meios eletrônicos
os infratores à multa prevista no art. 25 da Lei nº para atendimento dos requisitos formais previs-
7.998, de 1990. tos no Título VI da Consolidação das Leis do Tra-

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

balho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de § 5º O benefício emergencial mensal de que


1943, inclusive para convocação, deliberação, trata o caput não poderá ser acumulado com o
decisão, formalização e publicidade de conven- pagamento de outro auxílio emergencial.
ção ou de acordo coletivo de trabalho; e
Art. 19. O disposto no Capítulo VII da Medida
III - os prazos previstos no Título VI da Consolida- Provisória nº 927, de 2020, não autoriza o des-
ção das Leis do Trabalho aprovada pelo Decreto-Lei cumprimento das normas regulamentadoras de
nº 5.452, de 1943, ficam reduzidos pela metade. segurança e saúde no trabalho pelo empregador,
e aplicando-se as ressalvas ali previstas apenas
Art. 18. O empregado com contrato de traba- nas hipóteses excepcionadas.
lho intermitente formalizado até a data de publi-
cação desta Medida Provisória, nos termos do Art. 20. Esta Medida Provisória entra em vigor
disposto no § 3º do art. 443 da Consolidação das na data de sua publicação.
Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1943, fará jus ao benefício emergencial Brasília, 1º de abril de 2020; 199º da Indepen-
mensal no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), dência e 132º da República.
pelo período de três meses. (Vide pela Medida
Provisória nº 959, de 2020) JAIR MESSIAS BOLSONARO
Paulo Guedes
§ 1º O benefício emergencial mensal será de-
vido a partir da data de publicação desta Medida Este texto não substitui o publicado no DOU
Provisória e será pago em até trinta dias. de 1.4.2020 - Edição extra - D

§ 2º Aplica-se ao benefício previsto no caput


o disposto nos § 1º, § 6º e § 7º do art. 5º e nos §
1º e § 2º do art. 6º

§ 3º A existência de mais de um contrato de


trabalho nos termos do disposto no § 3º do art.
443 da Consolidação das Leis do Trabalho, apro-
vada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, não ge-
rará direito à concessão de mais de um benefício
emergencial mensal.

§ 4º Ato do Ministério da Economia discipli-


nará a concessão e o pagamento do benefício
emergencial de que trata este artigo.

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Direito do Trabalho

Medida Provisória nº 944, de 3 de Abril I - abrangerão a totalidade da folha de pa-


de 2020 gamento do contratante, pelo período de dois
meses, limitadas ao valor equivalente a até duas
Institui o Programa Emergencial de Suporte a vezes o salário-mínimo por empregado; e
Empregos.
II - serão destinadas exclusivamente ao pro-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da cessamento das folhas de pagamento de que
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- trata o inciso I.
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com
força de lei: § 2º Para terem acesso às linhas de crédito do
Programa Emergencial de Suporte a Empregos,
Capítulo I as pessoas a que se refere o art. 1º deverão ter a
Disposições Preliminares sua folha de pagamento processada por institui-
ção financeira participante.
Art. 1º Fica instituído o Programa Emergencial
de Suporte a Empregos, destinado à realização § 3º Poderão participar do Programa Emer-
de operações de crédito com empresários, so- gencial de Suporte a Empregos todas as institui-
ciedades empresárias e sociedades cooperati- ções financeiras sujeitas à supervisão do Banco
vas, excetuadas as sociedades de crédito, com Central do Brasil.
a finalidade de pagamento de folha salarial de
seus empregados. § 4º As pessoas a que se refere o art. 1º que
contratarem as linhas de crédito no âmbito do Pro-
Capítulo II grama Emergencial de Suporte a Empregos assu-
Do Programa Emergencial de mirão contratualmente as seguintes obrigações:
Suporte a Empregos
I - fornecer informações verídicas;
Art. 2º O Programa Emergencial de Suporte a
Empregos é destinado às pessoas a que se refe- II - não utilizar os recursos para finalidades
re o art. 1º com receita bruta anual superior a R$ distintas do pagamento de seus empregados; e
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual
ou inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de III - não rescindir, sem justa causa, o contra-
reais), calculada com base no exercício de 2019. to de trabalho de seus empregados no período
compreendido entre a data da contratação da
§ 1º As linhas de crédito concedidas no âmbito linha de crédito e o sexagésimo dia após o re-
do Programa Emergencial de Suporte a Empregos: cebimento da última parcela da linha de crédito.

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

§ 5º O não atendimento a qualquer das obri- II - prazo de trinta e seis meses para o paga-
gações de que trata o § 4º implica o vencimento mento; e
antecipado da dívida.
III - carência de seis meses para início do pa-
Art. 3º As instituições financeiras participan- gamento, com capitalização de juros durante
tes do Programa Emergencial de Suporte a Em- esse período.
pregos deverão assegurar que os recursos sejam
utilizados exclusivamente para o processamento Art. 6º Para fins de concessão de crédito no
das folhas de pagamento dos contratantes. âmbito do Programa Emergencial de Suporte a
Empregos, as instituições financeiras participantes
Art. 4º Nas operações de crédito contratadas observarão políticas próprias de crédito e poderão
no âmbito do Programa Emergencial de Suporte considerar eventuais restrições em sistemas de
a Empregos: proteção ao crédito na data da contratação e regis-
tros de inadimplência no sistema de informações
I - quinze por cento do valor de cada financia- de crédito mantido pelo Banco Central do Brasil
mento será custeado com recursos próprios das nos seis meses anteriores à contratação, sem pre-
instituições financeiras participantes; e juízo do disposto na legislação vigente.

II - oitenta e cinco por cento do valor de cada § 1º Para fins de contratação das operações de
financiamento será custeado com recursos da crédito no âmbito do Programa Emergencial de
União alocados ao Programa. Suporte a Empregos, as instituições financeiras
privadas e públicas estaduais participantes ficam
Parágrafo único. O risco de inadimplemento das dispensadas de observar as seguintes disposições:
operações de crédito e as eventuais perdas finan-
ceiras decorrentes serão suportados na mesma I - § 1º do art. 362 da Consolidação das Leis
proporção da participação estabelecida no caput. do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
de 1º de maio de 1943;
Art. 5º As instituições financeiras participan-
tes poderão formalizar operações de crédito no II - inciso IV do § 1º do art. 7º da Lei nº 4.737,
âmbito do Programa Emergencial de Suporte a de 15 de julho de 1965;
Empregos até 30 de junho de 2020, observados
os seguintes requisitos: III - alíneas “b” e “c” do caput do art. 27 da Lei
nº 8.036, de 11 de maio de 1990;
I - taxa de juros de três inteiros e setenta e
cinco centésimos por cento ao ano sobre o va- IV - alínea “a” do inciso I do caput do art. 47
lor concedido; da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;

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Direito do Trabalho

V - art. 10 da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994; § 2º As instituições financeiras participantes


arcarão com todas as despesas necessárias para
VI - art. 1º da Lei nº 9.012, de 30 de março a recuperação dos créditos inadimplidos.
de 1995;
§ 3º As instituições financeiras participantes,
VII - art. 20 da Lei nº 9.393, de 19 de dezem- em conformidade com as suas políticas de crédi-
bro de 1996; e to, deverão empregar os seus melhores esforços
e adotar os procedimentos necessários à recupe-
VIII - art. 6º da Lei nº 10.522, de 19 de julho ração dos créditos no âmbito do Programa Emer-
de 2002. gencial de Suporte a Empregos e não poderão
interromper ou negligenciar o acompanhamento.
§ 2º Aplica-se às instituições financeiras pú-
blicas federais a dispensa prevista no § 1º, ob- § 4º As instituições financeiras participantes
servado o disposto na Lei nº 13.898, de 11 de serão responsáveis pela veracidade das infor-
novembro de 2019. mações fornecidas e pela exatidão dos valores
a serem reembolsados à União, por intermédio
§ 3º O disposto nos § 1º e § 2º não afasta do BNDES.
a aplicação do disposto no § 3º do art. 195 da
Constituição. § 5º A repartição dos recursos recuperados
observará a proporção de participação estabe-
Art. 7º Na hipótese de inadimplemento do lecida no art. 4º.
contratante, as instituições financeiras partici-
pantes farão a cobrança da dívida em nome pró- § 6º As instituições financeiras participantes
prio, em conformidade com as suas políticas de deverão leiloar, após o período de amortização
crédito, e recolherão os valores recuperados ao da última parcela passível de vencimento no âm-
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômi- bito do Programa Emergencial de Suporte a Em-
co e Social - BNDES, que os restituirá à União, pregos, observados os limites, as condições e os
observados os mesmos critérios de atualização prazos estabelecidos no ato de que trata o § 8º,
previstos no § 1º do art. 8º. todos os créditos eventualmente remanescentes
a título de recuperação e recolher o saldo final à
§ 1º Na cobrança do crédito inadimplido, las- União por intermédio do BNDES.
treado em recursos públicos, não se admitirá,
por parte das instituições financeiras participan- § 7º Após a realização do último leilão de que
tes, a adoção de procedimento para recupera- trata o § 6º pelas instituições financeiras partici-
ção de crédito menos rigoroso do que aqueles pantes, a parcela do crédito lastreado em recur-
usualmente empregados em suas próprias ope- sos públicos eventualmente não alienada será
rações de crédito. considerada extinta de pleno direito.

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

§ 8º Ato do Conselho Monetário Nacional es- Art. 9º O BNDES atuará como agente finan-
tabelecerá mecanismos de controle e aferição ceiro da União no Programa Emergencial de Su-
de resultados quanto ao cumprimento do dis- porte a Empregos.
posto no § 4º ao § 7º e os limites, as condições e
os prazos para a realização de leilão dos créditos § 1º A atuação do BNDES será a título gratuito.
de que tratam o § 6º e o § 7º.
§ 2º Caberá ao BNDES, na condição de agen-
Capítulo III te financeiro da União:
Da Transferência de Recursos da Secretaria
do Tesouro Nacional da Secretaria Especial I - realizar os repasses dos recursos da União
de Fazenda do Ministério da Economia e da às instituições financeiras que protocolarem no
atuação do Banco Nacional de Desenvolvi- BNDES operações de crédito a serem contrata-
mento Econômico e Social - BNDES como das no âmbito do Programa Emergencial de Su-
agente financeiro da união porte a Empregos;

Art. 8º Ficam transferidos, da União para o II - receber os reembolsos de recursos das


BNDES, R$ 34.000.000.000,00 (trinta e quatro instituições financeiras participantes decorren-
bilhões de reais), destinados à execução do Pro- tes dos repasses ;
grama Emergencial de Suporte a Empregos.
III - repassar à União, no prazo de trinta dias,
§ 1º Os recursos transferidos ao BNDES são contado da data do recebimento, os reembolsos
de titularidade da União e serão remunerados, de recursos recebidos; e
pro rata die:
IV - prestar as informações solicitadas pela
I - pela taxa média referencial do Sistema Espe- Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria
cial de Liquidação e de Custódia - Selic, enquanto Especial de Fazenda do Ministério da Economia
mantidos nas disponibilidades do BNDES; e e pelo Banco Central do Brasil.

II - pela taxa de juros de três inteiros e setenta e § 3º Ato do BNDES regulamentará os aspec-
cinco centésimos por cento ao ano, enquanto aplica- tos operacionais referentes ao protocolo das
dos nas operações de crédito contratadas no âmbito operações de crédito.
do Programa Emergencial de Suporte a Empregos.
§ 4º Os eventuais recursos aportados no BN-
§ 2º O aporte de que trata o caput não trans- DES pela União e não repassados às instituições
ferirá a propriedade dos recursos ao BNDES, financeiras participantes para o Programa Emer-
que permanecerão de titularidade da União, de gencial de Suporte a Empregos até o término
acordo com instrumento firmado entre as partes. do prazo para formalização dos contratos serão

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41
Direito do Trabalho

devolvidos à União no prazo de trinta dias, ob- te a Empregos, com vistas ao seu encaminha-
servado o disposto no inciso I do § 1º do art. 8º. mento ao liquidante, ao interventor ou ao juízo
responsável ou, ainda, à cobrança judicial dos
Art. 10. Na hipótese de a operação de cré- valores envolvidos.
dito protocolada no BNDES estar enquadrada
nos requisitos formais do Programa Emergencial Art. 13. As receitas provenientes do retorno
de Suporte a Empregos, não haverá cláusula del dos empréstimos à União, nos termos do dispos-
credere nem remuneração às instituições finan- to nesta Medida Provisória, serão integralmente
ceiras participantes o risco de crédito da parcela utilizadas para pagamento da dívida pública de
das operações de crédito lastreadas em recur- responsabilidade do Tesouro Nacional.
sos públicos ficará a cargo da União.
Capítulo IV
Art. 11. O BNDES não se responsabilizará Da Regulação e da Supervisão das Operações
pela solvabilidade das instituições financeiras de Crédito Realizadas no Âmbito do Progra-
participantes nem pela sua atuação na realização ma Emergencial de Suporte a Empregos
das operações de crédito, especialmente quanto
ao cumprimento da finalidade dessas operações Art. 14. Compete ao Banco Central do Bra-
e ao cumprimento dos requisitos exigidos para a sil fiscalizar o cumprimento, pelas instituições
sua realização e das condições de recuperação financeiras participantes, das condições estabe-
dos créditos lastreados em recursos públicos. lecidas para as operações de crédito realizadas
no âmbito do Programa Emergencial de Suporte
Art. 12. Nas hipóteses de falência, liquidação a Empregos.
extrajudicial ou intervenção em instituição finan-
ceira participante do Programa Emergencial de Art. 15. O Conselho Monetário Nacional e o
Suporte a Empregos, a União ficará sub-rogada Banco Central do Brasil, no âmbito de suas com-
automaticamente, de pleno direito, na proporção petências, poderão disciplinar os aspectos neces-
estabelecida no inciso II do caput do art. 4º, nos sários para operacionalizar e fiscalizar as institui-
créditos e garantias constituídos em favor da ins- ções financeiras participantes quanto ao disposto
tituição financeira, decorrentes das respectivas nesta Medida Provisória, observado o disposto na
operações de crédito lastreadas em recursos Lei nº 13.506, de 13 de novembro de 2017.
públicos realizadas no âmbito do Programa.
Capítulo V
Parágrafo único. Caberá ao BNDES informar Disposição Final
à União os dados relativos às operações de cré-
dito lastreadas em recursos públicos realizadas Art. 16. Esta Medida Provisória entra em vigor
no âmbito do Programa Emergencial de Supor- na da data de sua publicação.

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

Brasília, 3 de abril de 2020; 199º da Indepen-


dência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Roberto de Oliveira Campos Neto

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 3.4.2020 - Edição extra B e republicado no
D.O.U. de 04.04.2020 - Edição extra

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Direito do Trabalho

Medida Provisória nº 945, de 4 de Abril c) dificuldade respiratória;


de 2020
II - quando o trabalhador for diagnosticado
Dispõe sobre medidas temporárias em res- com a covid-19 ou submetido a medidas de iso-
posta à pandemia decorrente da covid-19 no lamento domiciliar por coabitação com pessoa
âmbito do setor portuário e sobre a cessão de diagnosticada com a covid-19;
pátios sob administração militar.
III - quando a trabalhadora estiver gestante
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da ou lactante;
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti-
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com IV - quando o trabalhador tiver idade igual ou
força de lei: superior a sessenta anos; ou

Art. 1º Esta Medida Provisória dispõe sobre: V - quando o trabalhador tiver sido diagnos-
ticado com:
I - medidas especiais em resposta à pande-
mia decorrente da covid-19 com o objetivo de a) imunodeficiência;
garantir a preservação das atividades portuárias,
consideradas essenciais; e b) doença respiratória; ou

II - a cessão de uso especial de pátios sob c) doença preexistente crônica ou grave,


administração militar. como doença cardiovascular, respiratória ou
metabólica.
Art. 2º Para fins do disposto nesta Medida
Provisória, o Órgão Gestor de Mão de Obra não § 1º O Órgão Gestor de Mão de Obra deverá
poderá escalar trabalhador portuário avulso nas encaminhar à autoridade portuária semanalmen-
seguintes hipóteses: te lista atualizada de trabalhadores portuários
avulsos que estejam impedidos de ser escala-
I - quando o trabalhador apresentar os se- dos, acompanhada de documentação que com-
guintes sintomas, acompanhados ou não de fe- prove o enquadramento dos trabalhadores em
bre, ou outros estabelecidos em ato do Poder alguma das hipóteses previstas no caput.
Executivo federal, compatíveis com a covid-19:
§ 2º A comprovação dos sintomas de que tra-
a) tosse seca; ta o inciso I do caput poderá ser realizada por
meio de atestado médico ou outra forma estabe-
b) dor de garganta; ou lecida em ato do Poder Executivo federal.

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

§ 3º Os trabalhadores que se enquadrem em § 4º Na hipótese de o aumento de custos com


alguma das hipóteses previstas no caput pode- o trabalho portuário avulso decorrente da indeni-
rão enviar a documentação comprobatória de zação de que trata este artigo ter impacto sobre
sua situação ao Órgão Gestor de Mão de Obra os contratos de arrendamentos já firmados, es-
por meio eletrônico. tes deverão ser alterados de maneira a promover
o reequilíbrio econômico-financeiro.
§ 4º Nas hipóteses previstas nos incisos I, II e
III do caput, os trabalhadores ficarão obrigados a § 5º A administração do porto concederá
informar imediatamente ao Órgão Gestor de Mão desconto tarifário aos operadores portuários
de Obra qualquer alteração em sua situação. pré-qualificados que não sejam arrendatários
de instalação portuária em valor equivalente ao
Art. 3º Enquanto persistir o impedimento de acréscimo de custo decorrente do pagamento
escalação com fundamento em qualquer das da indenização de que trata este artigo.
hipóteses previstas no art. 2º, o trabalhador
portuário avulso terá direito ao recebimento de § 6º O benefício a ser pago aos trabalhadores
indenização compensatória mensal no valor cor- portuários avulsos de que trata o caput:
respondente a cinquenta por cento sobre a mé-
dia mensal recebida por ele por intermédio do I - terá natureza indenizatória;
Órgão Gestor de Mão de Obra entre 1º de outu-
bro de 2019 e 31 de março de 2020. II - não integrará a base de cálculo do impos-
to sobre a renda retido na fonte ou da declara-
§ 1º O pagamento da indenização será cus- ção de ajuste anual do imposto sobre a renda da
teado pelo operador portuário ou por qual- pessoa física do empregado;
quer tomador de serviço que requisitar traba-
lhador portuário avulso ao Órgão Gestor de III - não integrará a base de cálculo da contri-
Mão de Obra. buição previdenciária e dos demais tributos inci-
dentes sobre a folha de salários;
§ 2º O valor pago por cada operador portuário
ou tomador de serviço, para fins de repasse aos IV - não integrará a base de cálculo do valor
beneficiários da indenização, será proporcional devido ao Fundo de Garantia do Tempo de Ser-
à quantidade de serviço demandado ao Órgão viço - FGTS, instituído pela Lei nº 8.036, de 11
Gestor de Mão de Obra. de maio de 1990, e pela Lei Complementar nº
150, de 1º de junho de 2015; e
§ 3º O Órgão Gestor de Mão de Obra deverá
calcular, arrecadar e repassar aos beneficiários o V - poderá ser excluída do lucro líquido para
valor de suas indenizações. fins de determinação do imposto sobre a renda

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Direito do Trabalho

da pessoa jurídica e da Contribuição Social so- § 2º A contratação de trabalhadores portuá-


bre o Lucro Líquido das pessoas jurídicas tribu- rios com vínculo empregatício com fundamento
tadas pelo lucro real. no disposto no caput não poderá exceder o pra-
zo de doze meses.
§ 7º Não terá direito à indenização de que tra-
ta este artigo, ainda que estejam impedidos de Art. 5º A Lei nº 9.719, de 1998, passa a vigorar
concorrer à escala, os trabalhadores portuários com as seguintes alterações:
avulsos que:
“Art. 5º ............................................................
I - estiverem em gozo de qualquer benefício
do Regime Geral de Previdência Social ou de re- § 1º O Órgão Gestor de Mão de Obra fará a esca-
gime próprio de previdência social, observado o lação de trabalhadores portuários avulsos por meio
disposto no parágrafo único do art. 124 da Lei nº eletrônico, de modo que o trabalhador possa habili-
8.213, de 24 de julho de 1991; ou tar-se sem comparecer ao posto de escalação.

II - perceberem o benefício assistencial de § 2º O meio eletrônico adotado para a escala-


que trata o art. 10-A da Lei nº 9.719, de 27 de ção de trabalhadores portuários avulsos deverá
novembro de 1998. ser inviolável e tecnicamente seguro.

Art. 4º Na hipótese de indisponibilidade de § 3º Fica vedada a escalação presencial de


trabalhadores portuários avulsos para atendi- trabalhadores portuários.” (NR)
mento às requisições, os operadores portuários
que não forem atendidos poderão contratar li- Art. 6º A Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989,
vremente trabalhadores com vínculo emprega- passa a vigorar com as seguintes alterações:
tício por tempo determinado para a realização
de serviços de capatazia, bloco, estiva, confe- “Art. 10. ..........................................................
rência de carga, conserto de carga e vigilância
de embarcações. XV - atividades portuárias.” (NR)

§ 1º Para fins do disposto neste artigo, consi- Art. 7º A Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013,
dera-se indisponibilidade de trabalhadores por- passa a vigorar com as seguintes alterações:
tuários qualquer causa que resulte no não aten-
dimento imediato às requisições apresentadas “Art. 40. ..........................................................
pelos operadores portuários ao Órgão Gestor de
Mao de Obra, tais como greves, movimentos de § 5º Desde que possuam a qualificação ne-
paralisação e operação-padrão. cessária, os trabalhadores portuários avulsos re-

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

gistrados e cadastrados poderão desempenhar Parágrafo único. O estabelecido no caput


quaisquer das atividades de que trata o § 1º, ve- poderá ser prorrogado por ato do Poder Exe-
dada a exigência de novo registro ou cadastro cutivo federal.
específico, independentemente de acordo ou
convenção coletiva.” (NR) Art. 10. Fica autorizada a cessão de uso especial
de pátios sob administração militar, a título gratui-
Art. 8º A Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de to, às pessoas jurídicas prestadoras de serviço de
1986, passa a vigorar com as seguintes alterações: transporte aéreo público, nacionais, a título precá-
rio, durante o período do estado de calamidade
“Art. 95. O Poder Executivo deverá instituir e re- pública decorrente da pandemia da covid-19.
gular comissão que tenha os seguintes objetivos:
§ 1º A cessão comportará apenas o uso de
I - assessorar os órgãos governamentais, re- células de espaço físico, a serem determinadas
lativamente à política e critérios de segurança; e pelo Comando da Aeronáutica.

II - promover a coordenação entre: § 2º A cessão será formalizada por meio de ter-


mo, que conterá as condições estabelecidas e a
a) os serviços de controle de passageiros; finalidade de sua realização e será subscrito pela
cessionária, hipótese que implicará sua anuência.
b) a administração aeroportuária;
§ 3º Na hipótese de aplicação do imóvel, par-
c) o policiamento; cial ou integral, diversa da prevista nesta Medi-
da Provisória e no termo de que trata o § 2º, a
d) as empresas de transporte aéreo; e cessão se tornará nula, independentemente de
ato especial.
e) as empresas de serviços auxiliares.
§ 4º A cessão não acarretará ônus para a
Parágrafo único. Compete, ainda, à comissão União e as atividades necessárias à movimenta-
de que trata o caput propor diretrizes destinadas ção de pátio, à manutenção e à utilização das
a prevenir e a enfrentar ameaças e atos contra aeronaves correrão às contas da cessionária.
a aviação civil e as instalações correlatas.” (NR)
§ 5º A cessionária ficará sujeita às condições
Art. 9º As disposições constantes dos art. 2º, existentes e às condições estabelecidas pelo
art. 3º e art. 4º produzirão efeitos pelo prazo de Comando da Aeronáutica para acesso às áreas
cento e vinte dias, contado da data de publica- cedidas, com vistas à segurança das instala-
ção desta Medida Provisória. ções militares.

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Direito do Trabalho

§ 6º A União não se responsabilizará por da-


nos eventuais causados a aeronaves ou a tercei-
ros em decorrência da cessão de uso especial
prevista no caput.

§ 7º A cessionária será obrigada a zelar pela


conservação do imóvel e será responsável pelos
danos ou prejuízos tenha causado.

Art. 11. Ficam revogados o § 1º e o § 2º do


art. 95 da Lei nº 7.565, de 1986.

Art. 12. Esta Medida Provisória entra em vigor


na data da sua publicação.

Brasília, 4 de abril de 2020; 199º da Indepen-


dência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Fernando Azevedo e Silva
Tarcisio Gomes de Freitas

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 4.4.2020 - Edição extra

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

Medida Provisória nº 946, de 7 de Abril ticipantes do Fundo PIS-Pasep necessárias ao


de 2020 recebimento e à individualização dos valores
transferidos, devidamente marcadas com identi-
Extingue o Fundo PIS-Pasep, instituído pela Lei ficador de origem PIS ou Pasep, e definirá os pa-
Complementar nº 26, de 11 de setembro de 1975, drões e os demais procedimentos operacionais
transfere o seu patrimônio para o Fundo de Garan- para a transferência das informações cadastrais
tia do Tempo de Serviço, e dá outras providências. e financeiras.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da § 2º Os agentes financeiros do Fundo PIS-Pa-


atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- sep adotarão as providências necessárias para
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com a elaboração das demonstrações contábeis de
força de lei: fechamento e da prestação de contas do Fun-
do a serem submetidas ao Conselho Diretor do
Art. 1º Esta Medida Provisória dispõe sobre Fundo PIS-Pasep, que ficará extinto após o en-
a extinção do Fundo PIS-Pasep, instituído pela vio da prestação de contas consolidada de en-
Lei Complementar nº 26, de 11 de setembro de cerramento aos órgãos de controle.
1975, e a transferência de seu patrimônio para o
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, Art. 3º As contas vinculadas individuais dos
regido pela Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. participantes do Fundo PIS-Pasep, mantidas pelo
FGTS após a transferência de que trata o art. 2º:
Parágrafo único. Fica preservado o patrimô-
nio acumulado nas contas individuais dos par- I - passam a ser remuneradas pelos mesmos
ticipantes do Fundo PIS-Pasep, de que trata o critérios aplicáveis às contas vinculadas do FGTS;
art. 239 da Constituição, nos termos do disposto
nesta Medida Provisória. II - poderão ser livremente movimentadas, a
qualquer tempo, na forma prevista nos § 1º, § 4º,
Capítulo I § 4º-A, § 5º e § 8º do art. 4º da Lei Complementar
Da Transferência Patrimonial do Fundo Pis- nº 26, de 1975, e nos § 25 e § 26 do art. 20 da Lei
-Pasep para o Fundo de Garantia do Tempo nº 8.036, de 1990, hipótese em que não serão
de Serviço aplicadas as demais disposições do art. 20 e dos
art. 20-A ao art. 20-D da Lei nº 8.036, de 1990.
Art. 2º Fica extinto, em 31 de maio de 2020, o
Fundo PIS-Pasep, cujos ativos e passivos ficam Parágrafo único. As solicitações de saque
transferidos, na mesma data, ao FGTS. de contas vinculadas do FGTS realizadas pelo
trabalhador ou por seus dependentes ou be-
§ 1º O agente operador do FGTS cadastra- neficiários, deferidas pelo agente operador do
rá as contas vinculadas de titularidade dos par- FGTS nos termos do disposto na Lei nº 8.036,

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Direito do Trabalho

de 1990, serão consideradas aptas a permitir o DES contratadas com benefício de subvenção
saque também das contas vinculadas individuais econômica, sob a modalidade de equalização de
de origem PIS ou Pasep mantidas em nome do taxas de juros, lastreadas em recursos do Fun-
mesmo trabalhador. do PIS-Pasep, permanecerão com as mesmas
condições de equalização originárias, mantidas
Art. 4º Os agentes financeiros do Fundo PIS- as demais condições dos créditos contratados
-Pasep, diretamente ou por meio de suas subsi- junto a terceiros.
diárias, com o objetivo de ampliar a liquidez do
FGTS, ficam autorizados a: § 2º O exercício financeiro do Fundo PIS-Pa-
sep iniciado em 1º de julho de 2019 fica encerra-
I - adquirir, até 31 de maio de 2020, pelo valor do em 31 de maio de 2020.
contábil do balancete de 30 de abril de 2020, os
ativos do Fundo PIS-Pasep que estiverem sob a Art. 5º Os recursos remanescentes nas contas
sua gestão, inclusive de fundos de investimento, de que trata o caput do art. 3º serão tidos por
líquidos de quaisquer provisões e passivos dire- abandonados a partir de 1º de junho de 2025,
tamente relacionados aos ativos adquiridos; e nos termos do disposto no inciso III do caput do
art. 1.275 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
II - substituir, conforme o caso, os recursos do 2002 - Código Civil.
Fundo PIS-Pasep aplicados em operações de:
§ 1º Os recursos dos depósitos abandona-
a) empréstimo por recursos de outras fontes dos, nos termos do disposto no caput, passarão
disponíveis que sejam remuneradas pelos mes- à propriedade da União.
mos critérios estabelecidos na Resolução nº
2.655, de 5 de outubro de 1999, do Conselho § 2º O Ministério da Economia definirá os pra-
Monetário Nacional, assegurada aos recursos zos e os procedimentos a serem adotados pelo
realocados remuneração equivalente àquela que agente operador do FGTS para o cumprimento
seria devida à fonte original; ou do disposto no § 1º.

b) financiamento por recursos de outras fon- Capítulo II


tes disponíveis que sejam remuneradas pelos Da autorização Temporária para saques de sal-
mesmos critérios estabelecidos na Lei nº 13.483, dos no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
de 21 de setembro de 2017, assegurada aos
recursos realocados remuneração equivalente Art. 6º Fica disponível, para fins do dispos-
àquela que seria devida à fonte original. to no inciso XVI do caput do art. 20 da Lei nº
8.036, de 1990, aos titulares de conta vinculada
§ 1º As operações a cargo do Banco Nacional do FGTS, a partir de 15 de junho de 2020 e até
de Desenvolvimento Econômico e Social – BN- 31 de dezembro de 2020, em razão do enfren-

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

tamento do estado de calamidade pública re- § 4º O trabalhador poderá, na hipótese do


conhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 crédito automático de que trata o § 3º, até 30
de março de 2020, e da emergência de saúde de agosto de 2020, solicitar o desfazimento do
pública de importância internacional decorrente crédito, conforme procedimento a ser definido
da pandemia de coronavírus (covid-19), de que pelo agente operador do FGTS.
trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020,
o saque de recursos até o limite de R$ 1.045,00 § 5º A transferência para outra instituição fi-
(mil e quarenta e cinco reais) por trabalhador. nanceira prevista no § 3º não poderá acarretar
cobrança de tarifa pela instituição financeira.
§ 1º Na hipótese de o titular possuir mais de
uma conta vinculada, o saque de que trata o Capítulo III
caput será feito na seguinte ordem: Disposições Finais

I - contas vinculadas relativas a contratos de Art. 7º Os créditos decorrentes do disposto


trabalho extintos, com início pela conta que tiver no § 5º do art. 13 da Lei nº 8.036, de 1990, para o
o menor saldo; e exercício de 2020, não poderão ser acumulados
àqueles decorrentes de rentabilidade auferida
II - demais contas vinculadas, com início pela pelas contas do Fundo PIS-Pasep por ocasião
conta que tiver o menor saldo. do encerramento antecipado do exercício do
fundo de que trata o § 2º do art. 4º desta Medi-
§ 2º Não estarão disponíveis para o saque da Provisória, de modo a proporcionar às contas
de que trata o caput os valores bloqueados de oriundas do Fundo PIS-Pasep rentabilidade total
acordo com o disposto no inciso I do § 4º do art. superior à rentabilidade total auferida pelas con-
20-D da Lei nº 8.036, de 1990. tas vinculadas do FGTS.

§ 3º Os saques de que trata o caput serão efe- Art. 8º O Ministério da Economia poderá edi-
tuados conforme cronograma de atendimento, tar normas complementares para dispor sobre
critérios e forma estabelecidos pela Caixa Eco- as medidas e os prazos para a efetivação das
nômica Federal, permitido o crédito automático transferências, das aquisições, da elaboração
para conta de depósitos de poupança de titulari- das demonstrações financeiras e dos demais
dade do trabalhador previamente aberta na nes- procedimentos necessários ao cumprimento do
sa instituição financeira, desde que o trabalhador disposto nesta Medida Provisória.
não se manifeste negativamente, ou o crédito
em conta bancária de qualquer instituição finan- Art. 9º A Lei Complementar nº 26, de 1975,
ceira, indicada pelo trabalhador, desde que seja passa a vigorar com as seguintes alterações:
de sua titularidade. Vigência

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Direito do Trabalho

“Art. 4º-A O agente operador do FGTS fica au- JAIR MESSIAS BOLSONARO
torizado a disponibilizar o saldo da conta vincu- Paulo Guedes
lada individual de origem PIS ou Pasep por meio
de crédito automático em conta de depósito, Este texto não substitui o publicado no DOU
conta-poupança ou outro arranjo de pagamento de 7.4.2020 - Edição extra
de titularidade do titular da conta vinculada, des-
de que não haja prévia manifestação em contrá-
rio, observado o disposto no § 1º do art. 4º.

...............................................................” (NR)

Art. 10. Ficam revogados: Vigência

I - a Lei Complementar nº 19, de 25 de junho


de 1974; e

II - os seguintes dispositivos da Lei Comple-


mentar nº 26, de 1975:

a) o art. 3º;

b) o § 6º do art. 4º; e

c) os § 2º e § 3º do art. 4º-A.

Art. 11. Esta Medida Provisória entra em vigor:

I - em 31 de maio de 2020, quanto aos art. 9º


e art. 10; e

II - na data de sua publicação, quanto aos de-


mais dispositivos.

Brasília, 7 de abril de 2020; 199º da Indepen-


dência e 132º da República.

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52
Atualização Legislativa | Abril de 2020

Medida Provisória nº 955, de 20 de Abril


de 2020

Revoga a Medida Provisória nº 905, de 11 de no-


vembro de 2019, que institui o Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo e altera a legislação trabalhista.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da


atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti-
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com
força de lei:

Art. 1º Fica revogada a Medida Provisória nº


905, de 11 de novembro de 2019.

Art. 2º Esta Medida Provisória entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 20 de abril de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira
Jorge Antonio de Oliveira Francisco

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 20.4.2020 - Edição extra

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53
Direito do Trabalho

Decreto nº 10.329, de 28 de Abril de 2020 DECRETA:

Altera o Decreto nº 10.282, de 20 de março Art. 1º O Decreto nº 10.282, de 20 de março de


de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979, de 2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:
6 de fevereiro de 2020, para definir os serviços
públicos e as atividades essenciais. “Art. 3º ............................................................

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso § 1º .................................................................


da atribuição que lhe confere o art. 84, caput,
inciso IV, da Constituição e tendo em vista o V - trânsito e transporte interestadual e inter-
disposto no art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de nacional de passageiros;
fevereiro de 2020,
........................................................................
Considerando que o Plenário do Supremo
Tribunal Federal, na Ação Direta de Constitucio- X - geração, transmissão e distribuição de
nalidade nº 6341, por maioria, referendou Medi- energia elétrica, incluídos:
da Cautelar, que deu interpretação conforme a
Constituição ao § 9º do art. 3º da Lei nº 13.979, a) o fornecimento de suprimentos para o fun-
de 2020, a fim de explicitar que o Presidente cionamento e a manutenção das centrais gera-
da República poderá dispor, preservada a atri- doras e dos sistemas de transmissão e distribui-
buição de cada esfera de governo, nos termos ção de energia; e
do disposto no inciso I do caput do art. 198 da
Constituição, sobre serviços públicos e ativida- b) as respectivas obras de engenharia;
des essenciais;
........................................................................
Considerando a Medida Cautelar deferida
pelo Supremo Tribunal Federal na Arguição de XII - produção, distribuição, comercialização e
Descumprimento de Preceito Fundamental nº entrega, realizadas presencialmente ou por meio
672; e do comércio eletrônico, de produtos de saúde,
higiene, limpeza, alimentos, bebidas e materiais
Considerando que o rol de atividades essen- de construção;
ciais, acrescido por este Decreto, foi objeto de
discussão e avaliação multidisciplinar por cole- ........................................................................
giado composto por representantes das áreas da
vigilância sanitária, da saúde, do abastecimento XIV - guarda, uso e controle de substâncias,
de produtos alimentícios e de logística, materiais e equipamentos com elementos tóxi-

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54
Atualização Legislativa | Abril de 2020

cos, inflamáveis, radioativos ou de alto risco, de- XLII - serviços de radiodifusão sonora e de
finidos pelo ordenamento jurídico brasileiro, em sons e imagens;
atendimento aos requisitos de segurança sanitá-
ria, metrologia, controle ambiental e prevenção XLIII - atividades de desenvolvimento de pro-
contra incêndios; dutos e serviços, incluídas aquelas realizadas
por meio de start-ups, para os fins de que trata o
........................................................................ art. 3º da Lei nº 13.979, de 2020;

XXII - serviços de transporte, armazenamen- XLIV - atividades de comércio de bens e ser-


to, entrega e logística de cargas em geral; viços, incluídas aquelas de alimentação, repouso,
limpeza, higiene, comercialização, manutenção e
........................................................................ assistência técnica automotivas, de conveniência
e congêneres, destinadas a assegurar o transpor-
XXIV - fiscalização tributária e aduaneira te e as atividades logísticas de todos os tipos de
federal; carga e de pessoas em rodovias e estradas;

........................................................................ XLV - atividades de processamento do benefí-


cio do seguro-desemprego e de outros benefícios
XXVII - produção de petróleo e produção, relacionados, por meio de atendimento presen-
distribuição e comercialização de combustíveis, cial ou eletrônico, obedecidas as determinações
biocombustíveis, gás liquefeito de petróleo e de- do Ministério da Saúde e dos órgãos responsá-
mais derivados de petróleo; veis pela segurança e pela saúde do trabalho;

........................................................................ XLVI - atividade de locação de veículos;

XXXVIII - atividades de representação judicial XLVII - atividades de produção, distribuição,


e extrajudicial, assessoria e consultoria jurídicas comercialização, manutenção, reposição, as-
exercidas pela advocacia pública da União, rela- sistência técnica, monitoramento e inspeção
cionadas à prestação regular e tempestiva dos de equipamentos de infraestrutura, instalações,
respectivos serviços públicos; máquinas e equipamentos em geral, incluídos
elevadores, escadas rolantes e equipamentos de
........................................................................ refrigeração e climatização;

XLI - serviços de comercialização, reparo e XLVIII - atividades de produção, exportação,


manutenção de partes e peças novas e usadas e importação e transporte de insumos e produtos
de pneumáticos novos e remoldados; químicos, petroquímicos e plásticos em geral;

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55
Direito do Trabalho

XLIX - atividades cujo processo produtivo não I - a competência exclusiva da União para
possa ser interrompido sob pena de dano irrepa- fixar as medidas previstas na Lei nº 13.979, de
rável das instalações e dos equipamentos, tais 2020, referentes ao uso dos seus bens e à pres-
como o processo siderúrgico e as cadeias de tação dos serviços públicos essenciais por ela
produção do alumínio, da cerâmica e do vidro; outorgados; e

L - atividades de lavra, beneficiamento, pro- II - que a adoção de qualquer limitação à


dução, comercialização, escoamento e supri- prestação de serviços públicos ou à realização
mento de bens minerais; de outras atividades essenciais diretamente re-
guladas, concedidas ou autorizadas pela União
LI - atividades de atendimento ao público em somente poderão ser adotadas com observância
agências bancárias, cooperativas de crédito ou ao disposto no § 6º deste artigo.” (NR)
estabelecimentos congêneres, referentes aos
programas governamentais ou privados desti- Art. 2º Ficam revogados os seguintes disposi-
nados a mitigar as consequências econômicas tivos do Decreto nº 10.282, de 2020:
da emergência de saúde pública de que trata a
Lei nº 13.979, de 2020, sem prejuízo do disposto I - os incisos VIII, IX, XI do § 1º e o § 8º do art. 3º; e
nos incisos XX e XL;
II - o art. 5º.
LII - produção, transporte e distribuição de
gás natural; e Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de
sua publicação.
LIII - indústrias químicas e petroquímicas de
matérias-primas ou produtos de saúde, higiene, Brasília, 28 de abril de 2020; 199º da Inde-
alimentos e bebidas. pendência e 132º da República.

........................................................................ JAIR MESSIAS BOLSONARO


Walter Souza Braga Netto
§ 9º O disposto neste artigo não afasta a com-
petência ou a tomada de providências normati- Este texto não substitui o publicado no DOU
vas e administrativas pelos Estados, pelo Distrito de 29.4.2020 e retificado em 4.5.2020
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
competências e de seus respectivos territó-
rios, para os fins do disposto no art. 3º da Lei nº
13.979, de 2020, observadas:

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56
Atualização Legislativa | Abril de 2020

DIREITO PENAL Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.

Lei nº 13.984, de 3 de Abril de 2020 Brasília, 3 de abril de 2020; 199o da Indepen-


dência e 132o da República.
Altera o art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agos-
to de 2006 (Lei Maria da Penha), para estabe- JAIR MESSIAS BOLSONARO
lecer como medidas protetivas de urgência fre- Sérgio Moro
quência do agressor a centro de educação e de Damares Regina Alves
reabilitação e acompanhamento psicossocial.
Este texto não substitui o publicado no DOU
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber de 3.4.2020 - Edição extra-B
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei:

Art. 1º Esta Lei altera o art. 22 da Lei nº 11.340,


de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha),
para obrigar o agressor a frequentar centro de
educação e de reabilitação e a ter acompanha-
mento psicossocial.

Art. 2º O art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de


agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), passa a
vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. ..........................................................

VI – comparecimento do agressor a progra-


mas de recuperação e reeducação; e

VII – acompanhamento psicossocial do agres-


sor, por meio de atendimento individual e/ou em
grupo de apoio.

...............................................................” (NR)

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57
Direito Previdenciário

DIREITO PREVIDENCIÁRIO § 14. O benefício de prestação continuada


ou o benefício previdenciário no valor de até 1
(um) salário-mínimo concedido a idoso acima de
Lei nº 13.982, de 2 de Abril de 2020 65 (sessenta e cinco) anos de idade ou pessoa
com deficiência não será computado, para fins
Altera a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de de concessão do benefício de prestação conti-
1993, para dispor sobre parâmetros adicionais nuada a outro idoso ou pessoa com deficiência
de caracterização da situação de vulnerabilidade da mesma família, no cálculo da renda a que se
social para fins de elegibilidade ao benefício de refere o § 3º deste artigo.
prestação continuada (BPC), e estabelece me-
didas excepcionais de proteção social a serem § 15. O benefício de prestação continuada
adotadas durante o período de enfrentamento será devido a mais de um membro da mesma fa-
da emergência de saúde pública de importância mília enquanto atendidos os requisitos exigidos
internacional decorrente do coronavírus (Co- nesta Lei.” (NR)
vid-19) responsável pelo surto de 2019, a que se
refere a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. “Art. 20-A. Em razão do estado de calamida-
de pública reconhecido pelo Decreto Legislativo
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- de saúde pública de importância internacional
no a seguinte Lei: decorrente do coronavírus (Covid-19), o critério
de aferição da renda familiar mensal per capita
Art. 1º A Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de previsto no inciso I do § 3º do art. 20 poderá ser
1993, passa a vigorar com as seguintes alterações: ampliado para até 1/2 (meio) salário-mínimo.

“Art. 20. .......................................................... § 1º A ampliação de que trata o caput ocorre-


rá na forma de escalas graduais, definidas em re-
§ 3º Considera-se incapaz de prover a manu- gulamento, de acordo com os seguintes fatores,
tenção da pessoa com deficiência ou idosa a fa- combinados entre si ou isoladamente:
mília cuja renda mensal per capita seja:
I - o grau da deficiência;
I - igual ou inferior a 1/4 (um quarto) do salá-
rio-mínimo, até 31 de dezembro de 2020; II - a dependência de terceiros para o desem-
penho de atividades básicas da vida diária;
II - (VETADO).
III - as circunstâncias pessoais e ambientais e os
........................................................................ fatores socioeconômicos e familiares que podem

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58
Atualização Legislativa | Abril de 2020

reduzir a funcionalidade e a plena participação social moradia e habitabilidade, o saneamento básico e


da pessoa com deficiência candidata ou do idoso; o entorno familiar e domiciliar;

IV - o comprometimento do orçamento do III - a existência e a disponibilidade de trans-


núcleo familiar de que trata o § 3º do art. 20 ex- porte público e de serviços públicos de saúde e
clusivamente com gastos com tratamentos de de assistência social no local de residência do
saúde, médicos, fraldas, alimentos especiais e candidato ao benefício;
medicamentos do idoso ou da pessoa com de-
ficiência não disponibilizados gratuitamente pelo IV - a dependência do candidato ao benefício
Sistema Único de Saúde (SUS), ou com serviços em relação ao uso de tecnologias assistivas; e
não prestados pelo Serviço Único de Assistên-
cia Social (Suas), desde que comprovadamente V - o número de pessoas que convivem com
necessários à preservação da saúde e da vida. o candidato ao benefício e a coabitação com ou-
tro idoso ou pessoa com deficiência dependente
§ 2º O grau da deficiência e o nível de perda de terceiros para o desempenho de atividades
de autonomia, representado pela dependência básicas da vida diária.
de terceiros para o desempenho de atividades
básicas da vida diária, de que tratam, respectiva- § 4º O valor referente ao comprometimento
mente, os incisos I e II do § 1º deste artigo, serão do orçamento do núcleo familiar com gastos
aferidos, para a pessoa com deficiência, por meio com tratamentos de saúde, médicos, fraldas, ali-
de índices e instrumentos de avaliação funcional a mentos especiais e medicamentos do idoso ou
serem desenvolvidos e adaptados para a realida- da pessoa com deficiência, de que trata o inciso
de brasileira, observados os termos dos §§ 1º e 2º IV do § 1º deste artigo, será definido pelo Insti-
do art. 2º da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. tuto Nacional do Seguro Social, a partir de valo-
res médios dos gastos realizados pelas famílias
§ 3º As circunstâncias pessoais e ambientais e exclusivamente com essas finalidades, conforme
os fatores socioeconômicos de que trata o inciso critérios definidos em regulamento, facultada ao
III do § 1º deste artigo levarão em consideração, interessado a possibilidade de comprovação,
observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 2º da nos termos do referido regulamento, de que os
Lei nº 13.146, de 2015, entre outros aspectos: gastos efetivos ultrapassam os valores médios.”

I - o grau de instrução e o nível educacional e Art. 2º Durante o período de 3 (três) meses, a


cultural do candidato ao benefício; contar da publicação desta Lei, será concedido
auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 (seis-
II - a acessibilidade e a adequação do local de centos reais) mensais ao trabalhador que cum-
residência à limitação funcional, as condições de pra cumulativamente os seguintes requisitos:

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59
Direito Previdenciário

I - seja maior de 18 (dezoito) anos de idade; § 1º O recebimento do auxílio emergencial está


limitado a 2 (dois) membros da mesma família.
II - não tenha emprego formal ativo;
§ 2º O auxílio emergencial substituirá o bene-
III - não seja titular de benefício previdenciá- fício do Bolsa Família nas situações em que for
rio ou assistencial ou beneficiário do seguro-de- mais vantajoso, de ofício.
semprego ou de programa de transferência de
renda federal, ressalvado, nos termos dos §§ 1º § 3º A mulher provedora de família monopa-
e 2º, o Bolsa Família; rental receberá 2 (duas) cotas do auxílio.

IV - cuja renda familiar mensal per capita § 4º As condições de renda familiar mensal per
seja de até 1/2 (meio) salário-mínimo ou a ren- capita e total de que trata o caput serão verifica-
da familiar mensal total seja de até 3 (três) sa- das por meio do CadÚnico, para os trabalhadores
lários mínimos; inscritos, e por meio de autodeclaração, para os
não inscritos, por meio de plataforma digital.
V - que, no ano de 2018, não tenha recebido
rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 § 5º São considerados empregados formais,
(vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove para efeitos deste artigo, os empregados com
reais e setenta centavos); e contrato de trabalho formalizado nos termos da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e todos
VI - que exerça atividade na condição de: os agentes públicos, independentemente da re-
lação jurídica, inclusive os ocupantes de cargo
a) microempreendedor individual (MEI); ou função temporários ou de cargo em comissão
de livre nomeação e exoneração e os titulares de
b) contribuinte individual do Regime Geral de mandato eletivo.
Previdência Social que contribua na forma do
caput ou do inciso I do § 2º do art. 21 da Lei nº § 6º A renda familiar é a soma dos rendimentos
8.212, de 24 de julho de 1991; ou brutos auferidos por todos os membros da uni-
dade nuclear composta por um ou mais indivídu-
c) trabalhador informal, seja empregado, au- os, eventualmente ampliada por outros indivíduos
tônomo ou desempregado, de qualquer natu- que contribuam para o rendimento ou que tenham
reza, inclusive o intermitente inativo, inscrito no suas despesas atendidas por aquela unidade fa-
Cadastro Único para Programas Sociais do Go- miliar, todos moradores em um mesmo domicílio.
verno Federal (CadÚnico) até 20 de março de
2020, ou que, nos termos de autodeclaração, § 7º Não serão incluídos no cálculo da renda
cumpra o requisito do inciso IV. familiar mensal, para efeitos deste artigo, os ren-

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60
Atualização Legislativa | Abril de 2020

dimentos percebidos de programas de transfe- quisitos para concessão do auxílio emergen-


rência de renda federal previstos na Lei nº 10.836, cial, constantes das bases de dados de que
de 9 de janeiro de 2004, e em seu regulamento. sejam detentores.

§ 8º A renda familiar per capita é a razão en- § 12. O Poder Executivo regulamentará o au-
tre a renda familiar mensal e o total de indivídu- xílio emergencial de que trata este artigo.
os na família.
Art. 3º Fica o INSS autorizado a antecipar o
§ 9º O auxílio emergencial será operacionali- valor mencionado no art. 2º desta Lei para os re-
zado e pago, em 3 (três) prestações mensais, por querentes do benefício de prestação continuada
instituições financeiras públicas federais, que fi- para as pessoas de que trata o art. 20 da Lei nº
cam autorizadas a realizar o seu pagamento por 8.742, de 7 de dezembro de 1993, durante o pe-
meio de conta do tipo poupança social digital, ríodo de 3 (três) meses, a contar da publicação
de abertura automática em nome dos beneficiá- desta Lei, ou até a aplicação pelo INSS do ins-
rios, a qual possuirá as seguintes características: trumento de avaliação da pessoa com deficiên-
cia, o que ocorrer primeiro.
I - dispensa da apresentação de documentos;
Parágrafo único. Reconhecido o direito da
II - isenção de cobrança de tarifas de manu- pessoa com deficiência ou idoso ao benefício
tenção, observada a regulamentação específica de prestação continuada, seu valor será devido a
estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional; partir da data do requerimento, deduzindo-se os
pagamentos efetuados na forma do caput.
III - ao menos 1 (uma) transferência eletrônica
de valores ao mês, sem custos, para conta ban- Art. 4º Fica o INSS autorizado a antecipar
cária mantida em qualquer instituição financeira 1 (um) salário-mínimo mensal para os reque-
habilitada a operar pelo Banco Central do Brasil; rentes do benefício de auxílio-doença de que
trata o art. 59 da Lei nº 8.213, de 24 de julho
IV - (VETADO); e de 1991, durante o período de 3 (três) meses,
a contar da publicação desta Lei, ou até a rea-
V - não passível de emissão de cartão fí- lização de perícia pela Perícia Médica Federal,
sico, cheques ou ordens de pagamento para o que ocorrer primeiro.
sua movimentação.
Parágrafo único. A antecipação de que trata o
§ 10. (VETADO). caput estará condicionada:

§ 11. Os órgãos federais disponibilizarão as I - ao cumprimento da carência exigida para a


informações necessárias à verificação dos re- concessão do benefício de auxílio-doença;

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61
Direito Previdenciário

II - à apresentação de atestado médico, cujos


requisitos e forma de análise serão estabeleci-
dos em ato conjunto da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Econo-
mia e do INSS.

Art. 5º A empresa poderá deduzir do repasse


das contribuições à previdência social, observa-
do o limite máximo do salário de contribuição ao
RGPS, o valor devido, nos termos do § 3º do art.
60 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, ao se-
gurado empregado cuja incapacidade temporária
para o trabalho seja comprovadamente decorrente
de sua contaminação pelo coronavírus (Covid-19).

Art. 6º O período de 3 (três) meses de que


trata o caput dos arts. 2º, 3º, 4º e 5º poderá ser
prorrogado por ato do Poder Executivo durante
o período de enfrentamento da emergência de
saúde pública de importância internacional da
Covid-19, definida pela Lei nº 13.979, de 6 de
fevereiro de 2020.

Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.

Brasília, 2 de abril de 2020; 199o da Indepen-


dência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Onix Lorenzoni

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 2.4.2020 - Edição extra A

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62
Atualização Legislativa | Abril de 2020

Lei nº 13.985, de 7 de Abril de 2020 § 5º A pensão especial não gerará direito a


abono ou a pensão por morte.
Institui pensão especial destinada a crianças
com Síndrome Congênita do Zika Vírus, nascidas Art. 2º O requerimento da pensão especial de
entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de que trata esta Lei será realizado no Instituto Na-
2019, beneficiárias do Benefício de Prestação cional do Seguro Social (INSS).
Continuada (BPC).
Parágrafo único. Será realizado exame peri-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber cial por perito médico federal para constatar a
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- relação entre a síndrome congênita adquirida e a
no a seguinte Lei: contaminação pelo vírus da zika.

Art. 1º Fica instituída a pensão especial desti- Art. 3º As despesas decorrentes do disposto
nada a crianças com Síndrome Congênita do Zika nesta Lei correrão à conta da programação orça-
Vírus, nascidas entre 1º de janeiro de 2015 e 31 mentária Indenizações e Pensões Especiais de
de dezembro de 2019, beneficiárias do Benefício Responsabilidade da União.
de Prestação Continuada (BPC) de que trata o art.
20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Art. 4º O INSS e a Empresa de Tecnologia e
Informações da Previdência (Dataprev) adotarão
§ 1º A pensão especial será mensal, vitalícia e as medidas necessárias para a operacionaliza-
intransferível e terá o valor de um salário mínimo. ção da pensão especial de que trata esta Lei no
prazo de 60 (sessenta) dias, contado da data de
§ 2º A pensão especial não poderá ser acu- publicação desta Lei.
mulada com indenizações pagas pela União em
razão de decisão judicial sobre os mesmos fatos Art. 5º No caso de mães de crianças nascidas até
ou com o BPC de que trata o art. 20 da Lei nº 31 de dezembro de 2019 acometidas por sequelas
8.742, de 7 de dezembro de 1993. neurológicas decorrentes da Síndrome Congênita
do Zika Vírus, será observado o seguinte:
§ 3º O reconhecimento da pensão especial
ficará condicionado à desistência de ação judi- I - a licença-maternidade de que trata o art.
cial que tenha por objeto pedido idêntico sobre 392 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
o qual versa o processo administrativo. aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, será de 180 (cento e oitenta) dias;
§ 4º A pensão especial será devida a partir
do dia posterior à cessação do BPC ou dos be- II - o salário-maternidade de que trata o art.
nefícios referidos no § 2º deste artigo, que não 71 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, será
poderão ser acumulados com a pensão. devido por 180 (cento e oitenta) dias.

Texto original disponível para consulta no site:www.planalto.gov.br.

63
Direito Previdenciário

Art. 6º Fica revogado o art. 18 da Lei nº 13.301,


de 27 de junho de 2016.

Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.

Brasília, 7 de abril de 2020; 199o da Indepen-


dência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Onyx Lorenzon

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 7.4.2020 - Edição extra

Texto original disponível para consulta no site:www.planalto.gov.br.

64
Atualização Legislativa | Abril de 2020

DIREITO PROCESSUAL CIVIL “Art. 23. Se o demandado não comparecer


ou recusar-se a participar da tentativa de con-
ciliação não presencial, o Juiz togado proferirá
Lei nº 13.994, de 24 de Abril de 2020 sentença.” (NR)

Altera a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de
1995, para possibilitar a conciliação não presen- sua publicação.
cial no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis.
Brasília, 24 de abril de 2020; 199o da Indepen-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA dência e 132o da República.

Faço saber que o Congresso Nacional decre- JAIR MESSIAS BOLSONARO


ta e eu sanciono a seguinte Lei: Luiz Pontel de Souza

Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 9.099, de 26 Este texto não substitui o publicado no DOU
de setembro de 1995, para possibilitar a con- de 27.4.2020
ciliação não presencial no âmbito dos Juizados
Especiais Cíveis.

Art. 2º Os arts. 22 e 23 da Lei nº 9.099, de 26


de setembro de 1995, passam a vigorar com as
seguintes alterações:

“Art. 22. ..........................................................

§ 1º Obtida a conciliação, esta será reduzida a


escrito e homologada pelo Juiz togado mediante
sentença com eficácia de título executivo.

§ 2º É cabível a conciliação não presencial


conduzida pelo Juizado mediante o emprego dos
recursos tecnológicos disponíveis de transmis-
são de sons e imagens em tempo real, devendo o
resultado da tentativa de conciliação ser reduzido
a escrito com os anexos pertinentes.” (NR)

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Direito Tributário

DIREITO TRIBUTÁRIO § 3º A observância do princípio da transpa-


rência será efetivada, entre outras ações, pela
divulgação em meio eletrônico de todos os
Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020 termos de transação celebrados, com informa-
ções que viabilizem o atendimento do princípio
Dispõe sobre a transação nas hipóteses que da isonomia, resguardadas as legalmente pro-
especifica; e altera as Leis nos 13.464, de 10 de tegidas por sigilo.
julho de 2017, e 10.522, de 19 de julho de 2002.
§ 4º Aplica-se o disposto nesta Lei:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
I - aos créditos tributários não judicializados sob
Faço saber que o Congresso Nacional decre- a administração da Secretaria Especial da Receita
ta e eu sanciono a seguinte Lei: Federal do Brasil do Ministério da Economia;

Capítulo I II - à dívida ativa e aos tributos da União, cujas


Disposições gerais inscrição, cobrança e representação incumbam
à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, nos
Art. 1º Esta Lei estabelece os requisitos e as termos do art. 12 da Lei Complementar nº 73, de
condições para que a União, as suas autarquias 10 de fevereiro de 1993; e
e fundações, e os devedores ou as partes adver-
sas realizem transação resolutiva de litígio relati- III - no que couber, à dívida ativa das au-
vo à cobrança de créditos da Fazenda Pública, tarquias e das fundações públicas federais,
de natureza tributária ou não tributária. cujas inscrição, cobrança e representação in-
cumbam à Procuradoria-Geral Federal, e aos
§ 1º A União, em juízo de oportunidade e con- créditos cuja cobrança seja competência da
veniência, poderá celebrar transação em quais- Procuradoria-Geral da União, nos termos de
quer das modalidades de que trata esta Lei, ato do Advogado-Geral da União e sem preju-
sempre que, motivadamente, entender que a ízo do disposto na Lei nº 9.469, de 10 de julho
medida atende ao interesse público. de 1997.

§ 2º Para fins de aplicação e regulamentação § 5º A transação de créditos de natureza tri-


desta Lei, serão observados, entre outros, os butária será realizada nos termos do art. 171 da
princípios da isonomia, da capacidade contribu- Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código
tiva, da transparência, da moralidade, da razoá- Tributário Nacional).
vel duração dos processos e da eficiência e, res-
guardadas as informações protegidas por sigilo, Art. 2º Para fins desta Lei, são modalidades
o princípio da publicidade. de transação as realizadas:

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

I - por proposta individual ou por adesão, na IV - desistir das impugnações ou dos recur-
cobrança de créditos inscritos na dívida ativa da sos administrativos que tenham por objeto os
União, de suas autarquias e fundações públicas, créditos incluídos na transação e renunciar a
ou na cobrança de créditos que seja competên- quaisquer alegações de direito sobre as quais se
cia da Procuradoria-Geral da União; fundem as referidas impugnações ou recursos; e

II - por adesão, nos demais casos de conten- V - renunciar a quaisquer alegações de direi-
cioso judicial ou administrativo tributário; e to, atuais ou futuras, sobre as quais se fundem
ações judiciais, inclusive as coletivas, ou recur-
III - por adesão, no contencioso tributário de sos que tenham por objeto os créditos incluídos
pequeno valor. na transação, por meio de requerimento de ex-
tinção do respectivo processo com resolução de
Parágrafo único. A transação por adesão im- mérito, nos termos da alínea c do inciso III do
plica aceitação pelo devedor de todas as condi- caput do art. 487 da Lei nº 13.105, de 16 de mar-
ções fixadas no edital que a propõe. ço de 2015 (Código de Processo Civil).

Art. 3º A proposta de transação deverá expor § 1º A proposta de transação deferida impor-


os meios para a extinção dos créditos nela con- ta em aceitação plena e irretratável de todas as
templados e estará condicionada, no mínimo, à condições estabelecidas nesta Lei e em sua re-
assunção pelo devedor dos compromissos de: gulamentação, de modo a constituir confissão
irrevogável e irretratável dos créditos abrangidos
I - não utilizar a transação de forma abusiva, pela transação, nos termos dos arts. 389 a 395
com a finalidade de limitar, de falsear ou de pre- da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Códi-
judicar, de qualquer forma, a livre concorrência go de Processo Civil).
ou a livre iniciativa econômica;
§ 2º Quando a transação envolver moratória
II - não utilizar pessoa natural ou jurídica in- ou parcelamento, aplica-se, para todos os fins, o
terposta para ocultar ou dissimular a origem ou disposto nos incisos I e VI do caput do art. 151
a destinação de bens, de direitos e de valores, da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966.
os seus reais interesses ou a identidade dos be-
neficiários de seus atos, em prejuízo da Fazenda § 3º Os créditos abrangidos pela transação
Pública federal; somente serão extintos quando integralmente
cumpridas as condições previstas no respecti-
III - não alienar nem onerar bens ou direitos vo termo.
sem a devida comunicação ao órgão da Fazenda
Pública competente, quando exigido em lei; Art. 4º Implica a rescisão da transação:

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Direito Tributário

I - o descumprimento das condições, das § 3º A rescisão da transação implicará o afas-


cláusulas ou dos compromissos assumidos; tamento dos benefícios concedidos e a cobran-
ça integral das dívidas, deduzidos os valores já
II - a constatação, pelo credor, de ato tendente pagos, sem prejuízo de outras consequências
ao esvaziamento patrimonial do devedor como for- previstas no edital.
ma de fraudar o cumprimento da transação, ainda
que realizado anteriormente à sua celebração; § 4º Aos contribuintes com transação res-
cindida é vedada, pelo prazo de 2 (dois) anos,
III - a decretação de falência ou de extinção, contado da data de rescisão, a formalização
pela liquidação, da pessoa jurídica transigente; de nova transação, ainda que relativa a débi-
tos distintos.
IV - a comprovação de prevaricação, de con-
cussão ou de corrupção passiva na sua formação; Art. 5º É vedada a transação que:

V - a ocorrência de dolo, de fraude, de simu- I - reduza multas de natureza penal;


lação ou de erro essencial quanto à pessoa ou
quanto ao objeto do conflito; II - conceda descontos a créditos relativos ao:

VI - a ocorrência de alguma das hipóteses a) Regime Especial Unificado de Arrecada-


rescisórias adicionalmente previstas no respec- ção de Tributos e Contribuições devidos pelas
tivo termo de transação; ou Microempresas e Empresas de Pequeno Por-
te (Simples Nacional), enquanto não editada lei
VII - a inobservância de quaisquer disposi- complementar autorizativa;
ções desta Lei ou do edital.
b) Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
§ 1º O devedor será notificado sobre a inci- (FGTS), enquanto não autorizado pelo seu Con-
dência de alguma das hipóteses de rescisão da selho Curador;
transação e poderá impugnar o ato, na forma da
Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, no prazo III - envolva devedor contumaz, conforme de-
de 30 (trinta) dias. finido em lei específica.

§ 2º Quando sanável, é admitida a regulariza- § 1º É vedada a acumulação das reduções


ção do vício que ensejaria a rescisão durante o oferecidas pelo edital com quaisquer outras as-
prazo concedido para a impugnação, preservada seguradas na legislação em relação aos créditos
a transação em todos os seus termos. abrangidos pela proposta de transação.

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

§ 2º Nas propostas de transação que envol- do Advogado-Geral da União, a transação, sob


vam redução do valor do crédito, os encargos pena de nulidade, dependerá de prévia e expres-
legais acrescidos aos débitos inscritos em dívida sa autorização ministerial, admitida a delegação.
ativa da União de que trata o art. 1º do Decreto-
-Lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, serão Art. 9º Os atos que dispuserem sobre a tran-
obrigatoriamente reduzidos em percentual não sação poderão, quando for o caso, condicionar
inferior ao aplicado às multas e aos juros de mora sua concessão à observância das normas orça-
relativos aos créditos a serem transacionados. mentárias e financeiras.

§ 3º A rejeição da autorização referida na alí- Capítulo II


nea b do inciso II do caput deste artigo exigi- Da transação na cobrança de créditos da união
rá manifestação expressa e fundamentada do e de suas autarquias e fundações públicas
Conselho Curador do FGTS, sem a qual será re-
putada a anuência tácita após decorrido prazo Art. 10. A transação na cobrança da dívida
superior a 20 (vinte) dias úteis da comunicação, ativa da União, das autarquias e das funda-
pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, ções públicas federais poderá ser proposta,
da abertura do edital para adesão ou da propos- respectivamente, pela Procuradoria-Geral da
ta de transação individual. Fazenda Nacional e pela Procuradoria-Geral
Federal, de forma individual ou por adesão,
Art. 6º Para fins do disposto nesta Lei, conside- ou por iniciativa do devedor, ou pela Procura-
ra-se microempresa ou empresa de pequeno por- doria-Geral da União, em relação aos créditos
te a pessoa jurídica cuja receita bruta esteja nos sob sua responsabilidade.
limites fixados nos incisos I e II do caput do art. 3º
da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro Art. 11. A transação poderá contemplar os se-
de 2006, não aplicados os demais critérios para guintes benefícios:
opção pelo regime especial por ela estabelecido.
I - a concessão de descontos nas multas, nos
Art. 7º A proposta de transação e a sua eventu- juros de mora e nos encargos legais relativos a
al adesão por parte do sujeito passivo ou devedor créditos a serem transacionados que sejam clas-
não autorizam a restituição ou a compensação de sificados como irrecuperáveis ou de difícil recu-
importâncias pagas, compensadas ou incluídas peração, conforme critérios estabelecidos pela
em parcelamentos pelos quais tenham optado autoridade fazendária, nos termos do inciso V do
antes da celebração do respectivo termo. caput do art. 14 desta Lei;

Art. 8º Na hipótese de a proposta de tran- II - o oferecimento de prazos e formas de pa-


sação envolver valores superiores aos fixados gamento especiais, incluídos o diferimento e a
em ato do Ministro de Estado da Economia ou moratória; e

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Direito Tributário

III - o oferecimento, a substituição ou a aliena- I - Santas Casas de Misericórdia, sociedades


ção de garantias e de constrições. cooperativas e demais organizações da socieda-
de civil de que trata a Lei nº 13.019, de 31 de
§ 1º É permitida a utilização de mais de uma julho de 2014; e
das alternativas previstas nos incisos I, II e III do
caput deste artigo para o equacionamento dos II - instituições de ensino.
créditos inscritos em dívida ativa da União.
§ 5º Incluem-se como créditos irrecuperáveis
§ 2º É vedada a transação que: ou de difícil recuperação, para os fins do dispos-
to no inciso I do caput deste artigo, aqueles devi-
I - reduza o montante principal do crédito, as- dos por empresas em processo de recuperação
sim compreendido seu valor originário, excluídos judicial, liquidação judicial, liquidação extrajudi-
os acréscimos de que trata o inciso I do caput cial ou falência.
deste artigo;
§ 6º Na transação, poderão ser aceitas quais-
II - implique redução superior a 50% (cin- quer modalidades de garantia previstas em lei,
quenta por cento) do valor total dos créditos a inclusive garantias reais ou fidejussórias, cessão
serem transacionados; fiduciária de direitos creditórios, alienação fidu-
ciária de bens móveis, imóveis ou de direitos,
III - conceda prazo de quitação dos créditos bem como créditos líquidos e certos do contri-
superior a 84 (oitenta e quatro) meses; buinte em desfavor da União, reconhecidos em
decisão transitada em julgado.
IV - envolva créditos não inscritos em dívida
ativa da União, exceto aqueles sob responsabili- Art. 12. A proposta de transação não suspen-
dade da Procuradoria-Geral da União. de a exigibilidade dos créditos por ela abrangi-
dos nem o andamento das respectivas execu-
§ 3º Na hipótese de transação que envolva ções fiscais.
pessoa natural, microempresa ou empresa de
pequeno porte, a redução máxima de que trata § 1º O disposto no caput deste artigo não
o inciso II do § 2º deste artigo será de até 70% afasta a possibilidade de suspensão do proces-
(setenta por cento), ampliando-se o prazo máxi- so por convenção das partes, conforme o dis-
mo de quitação para até 145 (cento e quarenta e posto no inciso II do caput do art. 313 da Lei
cinco) meses, respeitado o disposto no § 11 do nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de
art. 195 da Constituição Federal. Processo Civil).

§ 4º O disposto no § 3º deste artigo aplica-se § 2º O termo de transação preverá, quando


também às: cabível, a anuência das partes para fins da sus-

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

pensão convencional do processo de que trata o IV - o formato e os requisitos da proposta


inciso II do caput do art. 313 da Lei nº 13.105, de de transação e os documentos que deverão ser
16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), apresentados;
até a extinção dos créditos nos termos do § 3º
do art. 3º desta Lei ou eventual rescisão. V - os critérios para aferição do grau de re-
cuperabilidade das dívidas, os parâmetros para
§ 3º A proposta de transação aceita não im- aceitação da transação individual e a concessão
plica novação dos créditos por ela abrangidos. de descontos, entre eles o insucesso dos meios
ordinários e convencionais de cobrança e a vin-
Art. 13. Compete ao Procurador-Geral da Fa- culação dos benefícios a critérios preferencial-
zenda Nacional, diretamente ou por autoridade mente objetivos que incluam ainda a idade da
por ele delegada, assinar o termo de transação dívida inscrita, a capacidade contributiva do de-
realizado de forma individual. vedor e os custos da cobrança judicial.

§ 1º A delegação de que trata o caput deste ar- Art. 15. Ato do Advogado-Geral da União dis-
tigo poderá ser subdelegada, prever valores de al- ciplinará a transação no caso dos créditos pre-
çada e exigir a aprovação de múltiplas autoridades. vistos no inciso III do § 4º do art. 1º desta Lei.

§ 2º A transação por adesão será realizada ex- Capítulo III


clusivamente por meio eletrônico. Da transação por adesão no contencioso
tributário de relevante e disseminada contro-
Art. 14. Ato do Procurador-Geral da Fazenda vérsia jurídica
Nacional disciplinará:
Art. 16. O Ministro de Estado da Economia
I - os procedimentos necessários à aplicação poderá propor aos sujeitos passivos transação
do disposto neste Capítulo, inclusive quanto à resolutiva de litígios aduaneiros ou tributários
rescisão da transação, em conformidade com a decorrentes de relevante e disseminada contro-
Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999; vérsia jurídica, com base em manifestação da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e da
II - a possibilidade de condicionar a transação Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
ao pagamento de entrada, à apresentação de ga- do Ministério da Economia.
rantia e à manutenção das garantias já existentes;
§ 1º A proposta de transação e a eventual
III - as situações em que a transação somen- adesão por parte do sujeito passivo não pode-
te poderá ser celebrada por adesão, autorizado rão ser invocadas como fundamento jurídico ou
o não conhecimento de eventuais propostas de prognose de sucesso da tese sustentada por
transação individual; qualquer das partes e serão compreendidas ex-

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Direito Tributário

clusivamente como medida vantajosa diante das II - poderá limitar os créditos contemplados
concessões recíprocas. pela transação, considerados:

§ 2º A proposta de transação deverá, prefe- a) a etapa em que se encontre o respectivo


rencialmente, versar sobre controvérsia restrita a processo tributário, administrativo ou judicial; ou
segmento econômico ou produtivo, a grupo ou
universo de contribuintes ou a responsáveis de- b) os períodos de competência a que se refiram;
limitados, vedada, em qualquer hipótese, a alte-
ração de regime jurídico tributário. III - estabelecerá a necessidade de conforma-
ção do contribuinte ou do responsável ao enten-
§ 3º Considera-se controvérsia jurídica re- dimento da administração tributária acerca de
levante e disseminada a que trate de questões fatos geradores futuros ou não consumados.
tributárias que ultrapassem os interesses subje-
tivos da causa. § 2º As reduções e concessões de que trata a
alínea a do inciso I do § 1º deste artigo são limi-
Art. 17. A proposta de transação por adesão tadas ao desconto de 50% (cinquenta por cento)
será divulgada na imprensa oficial e nos sítios do crédito, com prazo máximo de quitação de 84
dos respectivos órgãos na internet, mediante (oitenta e quatro) meses.
edital que especifique, de maneira objetiva, as
hipóteses fáticas e jurídicas nas quais a Fazen- § 3º A celebração da transação, nos termos
da Nacional propõe a transação no contencioso definidos no edital de que trata o caput deste
tributário, aberta à adesão de todos os sujeitos artigo, compete:
passivos que se enquadrem nessas hipóteses e
que satisfaçam às condições previstas nesta Lei I - à Secretaria Especial da Receita Federal do
e no edital. Brasil do Ministério da Economia, no âmbito do
contencioso administrativo; e
§ 1º O edital a que se refere o caput deste
artigo: II - à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacio-
nal, nas demais hipóteses legais.
I - definirá:
Art. 18. A transação somente será celebrada se
a) as exigências a serem cumpridas, as redu- constatada a existência, na data de publicação do
ções ou concessões oferecidas, os prazos e as edital, de inscrição em dívida ativa, de ação judicial,
formas de pagamento admitidas; de embargos à execução fiscal ou de reclamação
ou recurso administrativo pendente de julgamento
b) o prazo para adesão à transação; definitivo, relativamente à tese objeto da transação.

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

Parágrafo único. A transação será rescindida transação existentes na data do pedido, ainda
quando contrariar decisão judicial definitiva pro- que não definitivamente julgados.
latada antes da celebração da transação.
§ 4º A apresentação da solicitação de adesão
Art. 19. Atendidas as condições estabeleci- suspende a tramitação dos processos adminis-
das no edital, o sujeito passivo da obrigação tri- trativos referentes aos créditos tributários envol-
butária poderá solicitar sua adesão à transação, vidos enquanto perdurar sua apreciação.
observado o procedimento estabelecido em ato
do Ministro de Estado da Economia. § 5º A apresentação da solicitação de adesão
não suspende a exigibilidade dos créditos tributá-
§ 1º O sujeito passivo que aderir à transação rios definitivamente constituídos aos quais se refira.
deverá:
Art. 20. São vedadas:
I - requerer a homologação judicial do acordo,
para fins do disposto nos incisos II e III do caput I - a celebração de nova transação relativa ao
do art. 515 da Lei nº 13.105, de 16 de março de mesmo crédito tributário;
2015 (Código de Processo Civil);
II - a oferta de transação por adesão nas
II - sujeitar-se, em relação aos fatos geradores hipóteses:
futuros ou não consumados, ao entendimento
dado pela administração tributária à questão em a) previstas no art. 19 da Lei nº 10.522, de 19
litígio, ressalvada a cessação de eficácia pros- de julho de 2002, quando o ato ou a jurisprudên-
pectiva da transação decorrente do advento de cia for em sentido integralmente desfavorável à
precedente persuasivo nos termos dos incisos I, Fazenda Nacional; e
II, III e IV do caput do art. 927 da Lei nº 13.105,
de 16 de março de 2015 (Código de Processo b) de precedentes persuasivos, nos moldes
Civil), ou nas demais hipóteses previstas no art. dos incisos I, II, III e IV do caput do art. 927 da
19 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código
de Processo Civil), quando integralmente favorá-
§ 2º Será indeferida a adesão que não importar vel à Fazenda Nacional;
extinção do litígio administrativo ou judicial, res-
salvadas as hipóteses em que ficar demonstrada III - a proposta de transação com efeito prospec-
a inequívoca cindibilidade do objeto, nos termos tivo que resulte, direta ou indiretamente, em regime
do ato a que se refere o caput deste artigo. especial, diferenciado ou individual de tributação.

§ 3º A solicitação de adesão deverá abranger Parágrafo único. O disposto no inciso II do


todos os litígios relacionados à tese objeto da caput deste artigo não obsta a oferta de tran-

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Direito Tributário

sação relativa a controvérsia no âmbito da liqui- II - a adoção de métodos alternativos de so-


dação da sentença ou não abrangida na juris- lução de litígio, inclusive transação, envolvendo
prudência ou ato referidos no art. 19 da Lei nº processos de pequeno valor.
10.522, de 19 de julho de 2002.
Parágrafo único. No contencioso administrati-
Art. 21. Ato do Ministro de Estado da Econo- vo de pequeno valor, observados o contraditório,
mia regulamentará o disposto neste Capítulo. a ampla defesa e a vinculação aos entendimentos
do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais,
Art. 22. Compete ao Secretário Especial da o julgamento será realizado em última instância
Receita Federal do Brasil, no que couber, dis- por órgão colegiado da Delegacia da Receita
ciplinar o disposto nesta Lei no que se refere à Federal do Brasil de Julgamento da Secretaria
transação de créditos tributários não judicializa- Especial da Receita Federal do Brasil, aplicado o
dos no contencioso administrativo tributário. disposto no Decreto nº 70.235, de 6 de março de
1972, apenas subsidiariamente. (Vigência)
§ 1º Compete ao Secretário Especial da Recei-
ta Federal do Brasil, diretamente ou por autorida- Art. 24. A transação relativa a crédito tributá-
de por ele delegada, assinar o termo de transação. rio de pequeno valor será realizada na pendência
de impugnação, de recurso ou de reclamação
§ 2º A delegação de que trata o § 1º deste artigo administrativa ou no processo de cobrança da
poderá ser subdelegada, prever valores de alçada dívida ativa da União.
e exigir a aprovação de múltiplas autoridades.
Parágrafo único. Considera-se contencioso
§ 3º A transação por adesão será realizada ex- tributário de pequeno valor aquele cujo crédito
clusivamente por meio eletrônico. tributário em discussão não supere o limite pre-
visto no inciso I do caput do art. 23 desta Lei e
Capítulo IV que tenha como sujeito passivo pessoa natural,
Da transação por adesão no contencioso tri- microempresa ou empresa de pequeno porte.
butário de pequeno valor
Art. 25. A transação de que trata este Capítulo
Art. 23. Observados os princípios da raciona- poderá contemplar os seguintes benefícios:
lidade, da economicidade e da eficiência, ato do
Ministro de Estado da Economia regulamentará: I - concessão de descontos, observado o li-
mite máximo de 50% (cinquenta por cento) do
I - o contencioso administrativo fiscal de pe- valor total do crédito;
queno valor, assim considerado aquele cujo lan-
çamento fiscal ou controvérsia não supere 60 II - oferecimento de prazos e formas de paga-
(sessenta) salários mínimos; (Vigência) mento especiais, incluídos o diferimento e a mo-

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Atualização Legislativa | Abril de 2020

ratória, obedecido o prazo máximo de quitação “Art. 19-E. Em caso de empate no julgamen-
de 60 (sessenta) meses; e to do processo administrativo de determinação
e exigência do crédito tributário, não se aplica o
III - oferecimento, substituição ou alienação voto de qualidade a que se refere o § 9º do art.
de garantias e de constrições. 25 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972,
resolvendo-se favoravelmente ao contribuinte.”
§ 1º É permitida a cumulação dos benefícios
previstos nos incisos I, II e III do caput deste artigo. Capítulo VI
Disposições finais
§ 2º A celebração da transação competirá:
Art. 29. Os agentes públicos que participarem
I - à Secretaria Especial da Receita Federal do do processo de composição do conflito, judicial
Brasil, no âmbito do contencioso administrativo ou extrajudicialmente, com o objetivo de cele-
de pequeno valor; e bração de transação nos termos desta Lei so-
mente poderão ser responsabilizados, inclusive
II - à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, perante os órgãos públicos de controle interno e
nas demais hipóteses previstas neste Capítulo. externo, quando agirem com dolo ou fraude para
obter vantagem indevida para si ou para outrem.
Art. 26. A proposta de transação poderá ser
condicionada ao compromisso do contribuinte Art. 30. Esta Lei entra em vigor:
ou do responsável de requerer a homologação
judicial do acordo, para fins do disposto nos I - em 120 (cento e vinte) dias contados da
incisos II e III do caput do art. 515 da Lei nº data da sua publicação, em relação ao inciso I do
13.105, de 16 de março de 2015 (Código de caput e ao parágrafo único do art. 23; e
Processo Civil).
II - na data de sua publicação, em relação aos
Art. 27. Caberá ao Procurador-Geral da Fazen- demais dispositivos.
da Nacional e ao Secretário Especial da Receita
Federal do Brasil, em seu âmbito de atuação, dis- Brasília, 14 de abril de 2020; 199o da Inde-
ciplinar a aplicação do disposto neste Capítulo. pendência e 132o da República.

Capítulo V JAIR MESSIAS BOLSONARO


Das alterações legislativas Paulo Guedes
André Luiz de Almeida Mendonça
Art. 28. A Lei nº 10.522, de 19 de julho de
2002, passa a vigorar acrescida do seguinte Este texto não substitui o publicado no DOU
art. 19-E: de 14.4.2020 - Edição extra

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Direito Tributário

Medida Provisória nº 952, de 15 de abril III - Contribuição para o Fomento da Radiodi-


de 2020 fusão Pública, de que trata o § 2º do art. 32 da
Lei nº 11.652, de 7 de abril de 2008.
Dispõe sobre a prorrogação do prazo para
pagamento de tributos incidentes sobre a pres- Parágrafo único. Na hipótese prevista no in-
tação de serviços de telecomunicações. ciso II do caput, a prorrogação do prazo de que
trata esta Medida Provisória somente será con-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da cedida se presentes todos os elementos men-
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- cionados no referido dispositivo.
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com
força de lei: Art. 2º O pagamento dos tributos a que se re-
fere o art. 1º será efetuado da seguinte forma, a
Art. 1º Fica prorrogado, no exercício de 2020, critério do contribuinte:
o prazo para pagamento dos seguintes tributos
incidentes sobre a prestação de serviços de tele- I - em parcela única, com vencimento em 31
comunicações, cuja data de vencimento original de agosto de 2020; ou
era prevista para 31 de março de 2020:
II - em até cinco parcelas mensais e sucessi-
I - Taxa de Fiscalização de Funcionamento, de vas, com vencimento no último dia útil de cada
que trata o art. 8º da Lei nº 5.070, de 7 de julho mês, hipótese em que a primeira parcela vencerá
de 1966; em 31 de agosto de 2020.

II - Contribuição para o Desenvolvimento da Parágrafo único. As parcelas serão corrigidas


Indústria Cinematográfica Nacional, de que trata apenas pela taxa referencial do Sistema Especial
a Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setem- de Liquidação e de Custódia (Selic), sem inci-
bro de 2001, referente: dência de multa ou juros adicionais.

a) ao fato gerador previsto no inciso II do Art. 3º Esta Medida Provisória entra em vigor
caput do art. 32; na data de sua publicação.

b) aos sujeitos passivos a que se refere o inci- Brasília, 15 de abril de 2020; 199º da Inde-
so IV do caput do art. 35; e pendência e 132º da República.

c) ao prazo previsto no inciso VII do caput do JAIR MESSIAS BOLSONARO


art. 36; e Marcos César Pontes

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76
Atualização Legislativa | Abril de 2020

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 15.4.2020 - Edição extra

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77
Direito Tributário

Lei nº 13.993, de 23 de abril de 2020 que por razão fundamentada e sem prejuízo de
atendimento da população brasileira.
Dispõe sobre a proibição de exportações de
produtos médicos, hospitalares e de higiene es- Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de
senciais ao combate à epidemia de coronavírus sua publicação.
no Brasil.
Brasília, 23 de abril de 2020; 199o da Indepen-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber dência e 132o da República.
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei: JAIR MESSIAS BOLSONARO
Sérgio Moro
Art. 1º Fica proibida a exportação de produtos Nelson Luiz Sperle Teich
médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao
combate à epidemia de coronavírus no Brasil, Este texto não substitui o publicado no DOU
enquanto perdurar a Emergência em Saúde Pú- de 24.4.2020
blica de Importância Nacional (Espin) em decor-
rência da infecção humana pelo novo coronaví-
rus (SARS-CoV-2).

§ 1º Sem prejuízo da inclusão de outros pro-


dutos por ato do Poder Executivo, ficam proibi-
das as exportações, nos termos do caput deste
artigo, dos seguintes produtos:

I - equipamentos de proteção individual de


uso na área de saúde, tais como luva látex, luva
nitrílica, avental impermeável, óculos de prote-
ção, gorro, máscara cirúrgica, protetor facial;

II - ventilador pulmonar mecânico e circuitos;

III – camas hospitalares;

IV - monitores multiparâmetro.

§ 2º Ato do Poder Executivo poderá excluir


a proibição de exportação de produtos, desde

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78
Atualização Legislativa | Abril de 2020

DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS § 2º Ato do Poder Executivo poderá excluir


a proibição de exportação de produtos, desde
que por razão fundamentada e sem prejuízo de
Lei nº 13.993, de 23 de abril de 2020 atendimento da população brasileira.

Dispõe sobre a proibição de exportações de Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de
produtos médicos, hospitalares e de higiene es- sua publicação.
senciais ao combate à epidemia de coronavírus
no Brasil. Brasília, 23 de abril de 2020; 199o da Indepen-
dência e 132o da República.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- JAIR MESSIAS BOLSONARO
no a seguinte Lei: Sérgio Moro
Nelson Luiz Sperle Teich
Art. 1º Fica proibida a exportação de produtos
médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao Este texto não substitui o publicado no DOU
combate à epidemia de coronavírus no Brasil, de 24.4.2020
enquanto perdurar a Emergência em Saúde Pú-
blica de Importância Nacional (Espin) em decor-
rência da infecção humana pelo novo coronaví-
rus (SARS-CoV-2).

§ 1º Sem prejuízo da inclusão de outros pro-


dutos por ato do Poder Executivo, ficam proibi-
das as exportações, nos termos do caput deste
artigo, dos seguintes produtos:

I - equipamentos de proteção individual de


uso na área de saúde, tais como luva látex, luva
nitrílica, avental impermeável, óculos de prote-
ção, gorro, máscara cirúrgica, protetor facial;

II - ventilador pulmonar mecânico e circuitos;

III – camas hospitalares;

IV - monitores multiparâmetro.

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79
Atualizações Legislativas
Maio de 2020

Direito Administrativo 83
Direito Constitucional 96
Direito do Trabalho 108
Direito Internacional 109
Direito Urbanístico 121
Direitos Difusos e Coletivos 124
Direitos Humanos 129
Atualização Legislativa | Maio de 2020

DIREITO ADMINISTRATIVO ras de serviço público, desde que a doação se


destine à atividade fim por elas prestada;

Decreto nº 10.340, de 6 de maio de 2020 III - dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios e de suas autarquias e fundações públicas;
Altera o Decreto nº 9.373, de 11 de maio de
2018, que dispõe sobre a alienação, a cessão, a IV - de organizações da sociedade civil, incluí-
transferência, a destinação e a disposição final das as organizações sociais a que se refere a Lei nº
ambientalmente adequadas de bens móveis no 9.637, de 15 de maio de 1998, e as organizações
âmbito da administração pública federal direta, da sociedade civil de interesse público a que se
autárquica e fundacional. refere a Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999; ou

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das V - de associações e de cooperativas que


atribuições que lhe confere o art. 84, caput, inci- atendam aos requisitos previstos no Decreto nº
sos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo 5.940, de 25 de outubro de 2006.” (NR)
em vista o disposto na Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993, “Art. 11. ..........................................................

DECRETA: II - à Secretaria Especial da Receita Federal


do Brasil do Ministério da Economia, quanto a
Art. 1º O Decreto nº 9.373, de 11 de maio de bens apreendidos; e
2018, passa a vigorar com as seguintes alterações:
...............................................................” (NR)
“Art. 8º Na hipótese de se tratar de bem mó-
vel inservível, a doação prevista na alínea “a” do “Art. 13-A. A Agência Nacional de Águas
inciso II do caput do art. 17 da Lei nº 8.666, de - ANA, poderá doar, dispensada a licitação, à
21 de junho de 1993, permitida exclusivamente Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais -
para fins e uso de interesse social, após avalia- CPRM, ou a outra empresa pública federal pres-
ção de sua oportunidade e conveniência socioe- tadora de serviço público, bens móveis utilizados
conômica, relativamente à escolha de outra for- no acompanhamento, na operação e na manu-
ma de alienação, poderá ser feita em favor: tenção de estações hidrometeorológicas, desde
que comprovados os fins e o uso de interesse
I - da União, de suas autarquias e de suas fun- social na prestação de serviço público, inclusive
dações públicas; o uso na Rede Hidrometeorológica Nacional, e,
após avaliação de sua oportunidade e conveni-
II - das empresas públicas federais ou das so- ência socioeconômica, relativamente à escolha
ciedades de economia mista federais prestado- de outra forma de alienação.” (NR)

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83
Direito Administrativo

“Art. 14. Os equipamentos, as peças e os


componentes de tecnologia da informação e co-
municação classificados como ociosos, recupe-
ráveis ou antieconômicos poderão ser doados:

I - a organizações da sociedade civil de in-


teresse público e a organizações da sociedade
civil que participem do programa de inclusão di-
gital do Governo federal; ou

II - a organizações da sociedade civil que


comprovarem dedicação à promoção gratuita da
educação e da inclusão digital.” (NR)

“Art. 17. O Ministério da Economia poderá:

...............................................................” (NR)

Art. 2º Ficam revogados os seguintes disposi-


tivos do Decreto nº 9.373, de 2018:

I - o parágrafo único do art. 8º; e

II - o parágrafo único do art. 14.

Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 6 de maio de 2020; 199º da Indepen-


dência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 7.5.2020

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84
Atualização Legislativa | Maio de 2020

Medida Provisória nº 961, de 6 de maio II - o pagamento antecipado nas licitações e


de 2020 nos contratos pela Administração, desde que:

Autoriza pagamentos antecipados nas licita- a) represente condição indispensável para ob-
ções e nos contratos, adequa os limites de dis- ter o bem ou assegurar a prestação do serviço; ou
pensa de licitação e amplia o uso do Regime
Diferenciado de Contratações Públicas - RDC b) propicie significativa economia de recur-
durante o estado de calamidade pública reco- sos; e
nhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de
março de 2020. III - a aplicação do Regime Diferenciado de
Contratações Públicas - RDC, de que trata a Lei
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, para licita-
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- ções e contratações de quaisquer obras, servi-
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com ços, compras, alienações e locações.
força de lei:
§ 1º Na hipótese de que trata o inciso II do
Art. 1º Ficam autorizados à administração públi- caput, a Administração deverá:
ca de todos os entes federativos, de todos os Po-
deres e órgãos constitucionalmente autônomos: I - prever a antecipação de pagamento em
edital ou em instrumento formal de adjudicação
I - a dispensa de licitação de que tratam os direta; e
incisos I e II do caput do art. 24 da Lei nº 8.666,
de 21 de junho de 1993, até o limite de: II - exigir a devolução integral do valor anteci-
pado na hipótese de inexecução do objeto.
a) para obras e serviços de engenharia até R$
100.000,00 (cem mil reais), desde que não se re- § 2º Sem prejuízo do disposto no § 1º, a Admi-
firam a parcelas de uma mesma obra ou serviço, nistração poderá prever cautelas aptas a reduzir
ou, ainda, para obras e serviços da mesma natu- o risco de inadimplemento contratual, tais como:
reza e no mesmo local que possam ser realiza-
das conjunta e concomitantemente; e I - a comprovação da execução de parte ou
de etapa inicial do objeto pelo contratado, para a
b) para outros serviços e compras no valor de antecipação do valor remanescente;
até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e para alie-
nações, desde que não se refiram a parcelas de II - a prestação de garantia nas modalidades
um mesmo serviço, compra ou alienação de maior de que trata o art. 56 da Lei nº 8.666, de 1993, de
vulto que possa ser realizada de uma só vez; até trinta por cento do valor do objeto;

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85
Direito Administrativo

III - a emissão de título de crédito pelo con-


tratado;

IV - o acompanhamento da mercadoria, em
qualquer momento do transporte, por represen-
tante da Administração; e

V - a exigência de certificação do produto ou


do fornecedor.

§ 3º É vedado o pagamento antecipado pela


Administração na hipótese de prestação de ser-
viços com regime de dedicação exclusiva de
mão de obra.

Art. 2º O disposto nesta Medida Provisória


aplica-se aos atos realizados durante o estado
de calamidade reconhecido pelo Decreto Legis-
lativo nº 6, de 20 de março de 2020.

Parágrafo único. O disposto nesta Medida Pro-


visória aplica-se aos contratos firmados no perío-
do de que trata o caput independentemente do
seu prazo ou do prazo de suas prorrogações.

Art. 3º Esta Medida Provisória entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 6 de maio de 2020; 199º da Indepen-


dência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 7.5.2020

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86
Atualização Legislativa | Maio de 2020

Medida Provisória nº 966, de 13 de maio Art. 2º Para fins do disposto nesta Medida
de 2020 Provisória, considera-se erro grosseiro o erro
manifesto, evidente e inescusável praticado com
Dispõe sobre a responsabilização de agentes culpa grave, caracterizado por ação ou omissão
públicos por ação e omissão em atos relaciona- com elevado grau de negligência, imprudência
dos com a pandemia da covid-19. ou imperícia.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da Art. 3º Na aferição da ocorrência do erro gros-


atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, seiro serão considerados:
adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
I - os obstáculos e as dificuldades reais do
Art. 1º Os agentes públicos somente poderão agente público;
ser responsabilizados nas esferas civil e admi-
nistrativa se agirem ou se omitirem com dolo ou II - a complexidade da matéria e das atribui-
erro grosseiro pela prática de atos relacionados, ções exercidas pelo agente público;
direta ou indiretamente, com as medidas de:
III - a circunstância de incompletude de infor-
I - enfrentamento da emergência de saúde mações na situação de urgência ou emergência;
pública decorrente da pandemia da covid-19; e
IV - as circunstâncias práticas que houverem
II - combate aos efeitos econômicos e sociais imposto, limitado ou condicionado a ação ou a
decorrentes da pandemia da covid-19. omissão do agente público; e

§ 1º A responsabilização pela opinião técnica V - o contexto de incerteza acerca das me-


não se estenderá de forma automática ao deci- didas mais adequadas para enfrentamento da
sor que a houver adotado como fundamento de pandemia da covid-19 e das suas consequên-
decidir e somente se configurará: cias, inclusive as econômicas.

I - se estiverem presentes elementos suficien- Art. 4º Esta Medida Provisória entra em vigor
tes para o decisor aferir o dolo ou o erro grossei- na data de sua publicação.
ro da opinião técnica; ou
Brasília, 13 de maio 2020; 199º da Indepen-
II - se houver conluio entre os agentes. dência e 132º da República.

§ 2º O mero nexo de causalidade entre a con- JAIR MESSIAS BOLSONARO


duta e o resultado danoso não implica responsa- Paulo Guedes
bilização do agente público. José Marcelo Castro de Carvalho

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87
Direito Administrativo

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 14.5.2020 e retificado no DOU de 15.5.2020

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88
Atualização Legislativa | Maio de 2020

Decreto nº 10.382, de 28 de maio de 2020 I - identificar as necessidades e as oportuni-


dades de inovação e transformação institucional;
Institui o Programa de Gestão Estratégica
e Transformação do Estado, no âmbito da ad- II - definir prioridades de digitalização, de sim-
ministração pública federal direta, autárquica plificação e de integração de processos;
e fundacional, altera o Decreto nº 9.739, de 28
de março de 2019, que estabelece medidas de III - propor novos modelos institucionais com
eficiência organizacional para o aprimoramento foco na entrega de resultados para os cidadãos;
da administração pública federal direta, autár-
quica e fundacional, estabelece normas sobre IV - estimular ganhos de eficiência;
concursos públicos e dispõe sobre o Sistema de
Organização e Inovação Institucional do Gover- V - otimizar a implementação de políticas pú-
no Federal, e remaneja, em caráter temporário, blicas que visem à oferta de melhores serviços
Funções Comissionadas do Poder Executivo - à sociedade;
FCPE para o Ministério da Economia.
VI - promover a atuação integrada e sistêmica
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da entre os órgãos e entidades; e
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso
VI, alínea “a”, da Constituição, VII - incentivar a cultura de inovação.

DECRETA: Art. 3º Na fase inicial do TransformaGov, os


órgãos e as entidades elaborarão Plano de Ges-
Art. 1º Fica instituído o Programa de Gestão tão Estratégica e Transformação Institucional -
Estratégica e Transformação do Estado - Trans- PGT, em articulação com o Secretaria Especial
formaGov, no âmbito da administração pública Desburocratização, Gestão e Governo Digital do
federal direta, autárquica e fundacional. Ministério da Economia e com a Secretaria Es-
pecial de Modernização do Estado da Secreta-
Parágrafo único. O disposto neste Decreto se ria-Geral da Presidência da República.
aplica às instituições federais de ensino que ade-
rirem expressamente ao TransformaGov. § 1º O PGT conterá as medidas de transforma-
ção institucional a serem implementadas com os
Art. 2º O TransformaGov tem por finalidade prazos, os responsáveis e os resultados esperados.
a implementação de medidas de transformação
institucional, de modernização das estruturas re- § 2º Entre as medidas a que se refere o § 1º,
gimentais e de aprimoramento da gestão estra- observadas as atribuições e as especificidades
tégica nos órgãos e entidades para o alcance de do órgão ou entidade, o PGT conterá disposi-
melhores resultados e tem os seguintes objetivos: ções para reduzir os níveis hierárquicos de dire-

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89
Direito Administrativo

ção de cargos em comissão do Grupo-Direção IV - submeter a minuta de PGT ao órgão ou


e Assessoramento Superiores - DAS ou de Fun- entidade;
ções Comissionadas do Poder Executivo - FCPE,
por linha de comando do órgão ou entidade e de V - orientar o órgão ou entidade na imple-
suas unidades descentralizadas, e para ampliar a mentação das medidas contidas no PGT, du-
quantidade de servidores públicos subordinados rante sua execução;
aos ocupantes de cargos em comissão do Gru-
po-DAS ou FCPE de direção. VI - validar o PGT após a aprovação pela au-
toridade de que trata o § 2º do art. 3º;
§ 3º O PGT será submetido à aprovação do
dirigente máximo do órgão ou entidade. VII - monitorar a implementação do Transfor-
maGov, por meio da execução do PGT nos ór-
§ 4º O PGT poderá ser revisto pelo órgão ou gãos e entidades; e
entidade, em acordo com a Secretaria de Ges-
tão da Secretaria Especial de Desburocratiza- VIII - avaliar os resultados do TransformaGov.
ção, Gestão e Governo Digital do Ministério da
Economia e com a Secretaria Especial de Mo- Parágrafo único. A coordenação de que trata
dernização do Estado da Secretaria-Geral da o caput será exercida em articulação com a Se-
Presidência da República, para a inclusão, a al- cretaria Especial de Modernização do Estado da
teração ou a exclusão de medidas de transfor- Secretaria-Geral da Presidência da República.
mação institucional ou para a repactuação dos
prazos e responsabilidades nele previstos. Art. 5º A implantação do TransformaGov em cada
órgão ou entidade seguirá as seguintes etapas:
Art. 4º O TransformaGov será coordenado
pela Secretaria de Gestão da Secretaria Especial I - diagnóstico;
de Desburocratização, Gestão e Governo Digital
do Ministério da Economia, à qual compete: II - ideação;

I - realizar o diagnóstico das necessidades de III - elaboração;


transformação institucional no órgão ou entidade;
IV - implementação; e
II - estabelecer as prioridades de digitalização,
de simplificação e de integração de processos; V - acompanhamento.

III - identificar as oportunidades de moderni- Art. 6º As unidades de gestão estratégica e


zação e de transformação institucional em con- modernização institucional, ou equivalentes,
junto com o órgão ou entidade; dos órgãos e entidades, com a orientação da

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90
Atualização Legislativa | Maio de 2020

Secretaria de Gestão da Secretaria Especial de pante de cargo em comissão do Grupo-Direção


Desburocratização, Gestão e Governo Digital do e Assessoramento Superiores - DAS ou por Fun-
Ministério da Economia, levantarão dados, in- ção Comissionada do Poder Executivo - FCPE
formações e evidências do respectivo órgão ou da categoria 101 de nível igual ou superior a 5,
entidade necessários à identificação de oportu- ou equivalente, deverão estar vinculadas a, no
nidades e transformação institucional. mínimo, um objetivo estratégico previsto no pla-
nejamento estratégico institucional em vigor.
Art. 7º Os órgãos e as entidades deverão:
Art. 10. Os órgãos e as entidades publicarão
I - manter modelo de governança e gestão es- os resultados relacionados aos objetivos estraté-
tratégica que preveja o monitoramento, a avalia- gicos de forma acessível aos cidadãos e justifi-
ção e a preservação dos resultados alcançados carão as razões do não cumprimento dos objeti-
com as medidas de transformação institucional vos, quando for o caso.
contidas no PGT;
Parágrafo único. Os órgãos e as entidades
II - acompanhar os resultados previstos no indicarão expressamente os resultados previs-
PGT; e tos em seus objetivos estratégicos ao formalizar
contratos de gestão ou outros instrumentos de
III - estabelecer medida de transparência ati- contratualização de resultados e desempenho.
va sobre os resultados alcançados com a imple-
mentação do TransformaGov. Art. 11. Na revisão dos seus processos de tra-
balho, os órgãos e entidades seguirão as seguin-
Parágrafo único. A execução do PGT será tes premissas:
acompanhada pelo comitê interno de governan-
ça do órgão ou entidade, ou colegiado com as I - desburocratização, simplificação e conso-
competências correspondentes, conforme as di- lidação normativa;
retrizes previstas no Decreto nº 9.203, de 22 de
novembro de 2017. II - digitalização de serviços e processos;

Art. 8º Os órgãos e as entidades promoverão III - integração entre sistemas e bases de dados;
o alinhamento entre os seus instrumentos de
planejamento, com vistas ao fortalecimento da IV - centralização de atividades de apoio;
coordenação e da coerência entre os seus mo-
delos de governança. V - aumento da eficiência; e

Art. 9º No âmbito de cada órgão e entidade, VI - otimização dos recursos humanos e


as unidades organizacionais chefiadas por ocu- dos materiais.

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91
Direito Administrativo

Parágrafo único. As atividades previstas no § 3º Os órgãos setoriais e seccionais do


caput serão executadas em conformidade com SIORG promoverão o desenvolvimento e im-
a priorização estabelecida no PGT. plantação das soluções de inovação de que trata
o inciso IX do § 1º.” (NR)
Art. 12. Durante o período estabelecido para
o PGT, os órgãos e as entidades avaliarão os “Art. 17. ..........................................................
modelos institucionais para a consecução de
suas atividades e suas estruturas organizacio- I - de DAS ou de FCPE de nível igual ou infe-
nais, em conformidade com as premissas a que rior a 4; e
se refere o art. 11, de forma que não implique
aumento de despesa. ........................................................................

Art. 13. O Decreto nº 9.739, de 28 de março de § 2º .................................................................


2019, passa a vigorar com as seguintes alterações:
III - poderá alterar as denominações dos car-
“Art. 2º ............................................................ gos em comissão e das funções de confiança
definidas em ato normativo superior; e
§ 1º .................................................................
...............................................................” (NR)
VI - orientação para o planejamento estraté-
gico institucional do órgão ou entidade, alinhado Art. 14. Ficam remanejados, em caráter tem-
às prioridades governamentais; porário, até 23 de dezembro de 2020, da Se-
cretaria de Gestão da Secretaria Especial de
VII - alinhamento das medidas propostas Desburocratização, Gestão e Governo Digital
com as competências da organização e os re- do Ministério da Economia para o Ministério da
sultados pretendidos; Economia, cinco FCPE 103.4.

VIII - compartilhamento, simplificação e digi- § 1º As funções de confiança de que trata o


talização de serviços e de processos e adesão a caput destinam-se ao apoio da Secretaria de
serviços e sistemas de informação disponibiliza- Gestão da Secretaria Especial de Desburocrati-
dos pelos órgãos centrais dos sistemas estrutu- zação, Gestão e Governo Digital do Ministério da
radores; e Economia aos órgãos e entidades no desenvol-
vimento e execução do PGT.
IX - desenvolvimento e implantação de solu-
ções de inovação. § 2º As funções de confiança de que trata o
caput não integrarão a Estrutura Regimental do
........................................................................ Ministério da Economia e seu caráter de transito-

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92
Atualização Legislativa | Maio de 2020

riedade e a data de dispensa constarão dos atos


de designação por meio de remissão ao caput.

§ 3º Encerrado o prazo estabelecido no


caput, as funções de confiança serão restituídas
à Secretaria de Gestão da Secretaria Especial de
Desburocratização, Gestão e Governo Digital do
Ministério da Economia e os seus ocupantes fi-
carão automaticamente dispensados.

Art. 15. A Secretaria Especial de Desburocra-


tização, Gestão e Governo Digital do Ministério
da Economia e a Secretaria Especial de Moder-
nização do Estado da Secretaria-Geral da Presi-
dência da República poderão editar atos conjun-
tos complementares necessários à aplicação do
disposto neste Decreto.

Art. 16. Ficam revogadas as alíneas “a” e “b”


do inciso I do caput do art. 17 do Decreto nº
9.739, de 2019.

Art. 17. Este Decreto entra em vigor em 9 de


junho de 2020.

Brasília, 28 de maio de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 29.5.2020.

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93
Direito Administrativo

Lei nº 14.006, de 28 de maio de 2020 2. European Medicines Agency (EMA);

Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 3. Pharmaceuticals and Medical Devices


2020, para estabelecer o prazo de 72 (setenta e Agency (PMDA);
duas) horas para que a Agência Nacional de Vigi-
lância Sanitária (Anvisa) autorize a importação e 4. National Medical Products Administration
distribuição de quaisquer materiais, medicamen- (NMPA);
tos, equipamentos e insumos da área de saúde
registrados por autoridade sanitária estrangeira b) (revogada).
e autorizados à distribuição comercial em seus
respectivos países; e dá outras providências. ........................................................................

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber § 5º .................................................................


que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei: II – (revogado).

Art. 1º O art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de ........................................................................


fevereiro de 2020, passa a vigorar com a se-
guinte redação: § 7º .................................................................

“Art. 3º ............................................................ I – pelo Ministério da Saúde, exceto a cons-


tante do inciso VIII do caput deste artigo;
VIII – autorização excepcional e temporária
para a importação e distribuição de quaisquer II – pelos gestores locais de saúde, desde que
materiais, medicamentos, equipamentos e insu- autorizados pelo Ministério da Saúde, nas hipóte-
mos da área de saúde sujeitos à vigilância sa- ses dos incisos I, II, V e VI do caput deste artigo;
nitária sem registro na Anvisa considerados es-
senciais para auxiliar no combate à pandemia do ........................................................................
coronavírus, desde que:
IV – pela Anvisa, na hipótese do inciso VIII do
a) registrados por pelo menos 1 (uma) das caput deste artigo.
seguintes autoridades sanitárias estrangeiras
e autorizados à distribuição comercial em seus § 7º-A. (VETADO).
respectivos países:
§ 7º-B. O médico que prescrever ou minis-
1. Food and Drug Administration (FDA); trar medicamento cuja importação ou distribui-

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94
Atualização Legislativa | Maio de 2020

ção tenha sido autorizada na forma do inciso


VIII do caput deste artigo deverá informar ao
paciente ou ao seu representante legal que o
produto ainda não tem registro na Anvisa e foi
liberado por ter sido registrado por autoridade
sanitária estrangeira.

...............................................................” (NR)

Art. 2º Revogam-se:

I – a alínea “b” do inciso VIII do caput do art.


3º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020;

II – o inciso II do § 5º do art. 3º da Lei nº


13.979, de 6 de fevereiro de 2020.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 28 de maio de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Ernesto Henrique Fraga Araújo
Eduardo Pazzuello
José Levi Mello do Amaral Júnior

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 29.5.2020.

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Direito Constitucional

DIREITO CONSTITUCIONAL § 1º do art. 169 da Constituição Federal na con-


tratação de que trata o inciso IX do caput do art.
37 da Constituição Federal, limitada a dispensa
Emenda Constitucional nº 106, de 7 de às situações de que trata o referido inciso, sem
maio de 2020 prejuízo da tutela dos órgãos de controle.

Institui regime extraordinário fiscal, financeiro Parágrafo único. Nas hipóteses de distribui-
e de contratações para enfrentamento de calami- ção de equipamentos e insumos de saúde im-
dade pública nacional decorrente de pandemia. prescindíveis ao enfrentamento da calamidade,
a União adotará critérios objetivos, devidamente
As Mesas da Câmara dos Deputados e do publicados, para a respectiva destinação a Esta-
Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 dos e a Municípios.
da Constituição Federal, promulgam a seguinte
Emenda ao texto constitucional: Art. 3º Desde que não impliquem despesa
permanente, as proposições legislativas e os
Art. 1º Durante a vigência de estado de ca- atos do Poder Executivo com propósito exclusi-
lamidade pública nacional reconhecido pelo vo de enfrentar a calamidade e suas consequên-
Congresso Nacional em razão de emergência de cias sociais e econômicas, com vigência e efei-
saúde pública de importância internacional de- tos restritos à sua duração, ficam dispensados
corrente de pandemia, a União adotará regime da observância das limitações legais quanto à
extraordinário fiscal, financeiro e de contrata- criação, à expansão ou ao aperfeiçoamento de
ções para atender às necessidades dele decor- ação governamental que acarrete aumento de
rentes, somente naquilo em que a urgência for despesa e à concessão ou à ampliação de incen-
incompatível com o regime regular, nos termos tivo ou benefício de natureza tributária da qual
definidos nesta Emenda Constitucional. decorra renúncia de receita.

Art. 2º Com o propósito exclusivo de enfren- Parágrafo único. Durante a vigência da calami-
tamento do contexto da calamidade e de seus dade pública nacional de que trata o art. 1º desta
efeitos sociais e econômicos, no seu período de Emenda Constitucional, não se aplica o disposto
duração, o Poder Executivo federal, no âmbito no § 3º do art. 195 da Constituição Federal.
de suas competências, poderá adotar processos
simplificados de contratação de pessoal, em ca- Art. 4º Será dispensada, durante a integralida-
ráter temporário e emergencial, e de obras, servi- de do exercício financeiro em que vigore a calami-
ços e compras que assegurem, quando possível, dade pública nacional de que trata o art. 1º desta
competição e igualdade de condições a todos Emenda Constitucional, a observância do inciso
os concorrentes, dispensada a observância do III do caput do art. 167 da Constituição Federal.

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Atualização Legislativa | Maio de 2020

Parágrafo único. O Ministério da Economia Art. 7º O Banco Central do Brasil, limitado ao


publicará, a cada 30 (trinta) dias, relatório com enfrentamento da calamidade pública nacional de
os valores e o custo das operações de crédito que trata o art. 1º desta Emenda Constitucional, e
realizadas no período de vigência do estado de com vigência e efeitos restritos ao período de sua
calamidade pública nacional de que trata o art. duração, fica autorizado a comprar e a vender:
1º desta Emenda Constitucional.
I - títulos de emissão do Tesouro Nacional, nos
Art. 5º As autorizações de despesas relacio- mercados secundários local e internacional; e
nadas ao enfrentamento da calamidade públi-
ca nacional de que trata o art. 1º desta Emenda II - os ativos, em mercados secundários nacio-
Constitucional e de seus efeitos sociais e econô- nais no âmbito de mercados financeiros, de ca-
micos deverão: pitais e de pagamentos, desde que, no momento
da compra, tenham classificação em categoria
I - constar de programações orçamentárias de risco de crédito no mercado local equivalente
específicas ou contar com marcadores que as a BB- ou superior, conferida por pelo menos 1
identifiquem; e (uma) das 3 (três) maiores agências internacionais
de classificação de risco, e preço de referência
II - ser separadamente avaliadas na prestação publicado por entidade do mercado financeiro
de contas do Presidente da República e eviden- acreditada pelo Banco Central do Brasil.
ciadas, até 30 (trinta) dias após o encerramento
de cada bimestre, no relatório a que se refere o § § 1º Respeitadas as condições previstas no
3º do art. 165 da Constituição Federal. inciso II docaputdeste artigo, será dada prefe-
rência à aquisição de títulos emitidos por micro-
Parágrafo único. Decreto do Presidente da Re- empresas e por pequenas e médias empresas.
pública, editado até 15 (quinze) dias após a entra-
da em vigor desta Emenda Constitucional, disporá § 2º O Banco Central do Brasil fará publicar
sobre a forma de identificação das autorizações diariamente as operações realizadas, de forma
de que trata ocaputdeste artigo, incluídas as an- individualizada, com todas as respectivas infor-
teriores à vigência desta Emenda Constitucional. mações, inclusive as condições financeiras e
econômicas das operações, como taxas de juros
Art. 6º Durante a vigência da calamidade pú- pactuadas, valores envolvidos e prazos.
blica nacional de que trata o art. 1º desta Emen-
da Constitucional, os recursos decorrentes de § 3º O Presidente do Banco Central do Brasil
operações de crédito realizadas para o refinan- prestará contas ao Congresso Nacional, a cada
ciamento da dívida mobiliária poderão ser utili- 30 (trinta) dias, do conjunto das operações pre-
zados também para o pagamento de seus juros vistas neste artigo, sem prejuízo do previsto no §
e encargos. 2º deste artigo.

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Direito Constitucional

§ 4º A alienação de ativos adquiridos pelo Art. 10. Ficam convalidados os atos de ges-
Banco Central do Brasil, na forma deste artigo, tão praticados a partir de 20 de março de 2020,
poderá dar-se em data posterior à vigência do desde que compatíveis com o teor desta Emen-
estado de calamidade pública nacional de que da Constitucional.
trata o art. 1º desta Emenda Constitucional, se
assim justificar o interesse público. Art. 11. Esta Emenda Constitucional entra em
vigor na data de sua publicação e ficará automa-
Art. 8º Durante a vigência desta Emenda ticamente revogada na data do encerramento do
Constitucional, o Banco Central do Brasil editará estado de calamidade pública reconhecido pelo
regulamentação sobre exigências de contrapar- Congresso Nacional.
tidas ao comprar ativos de instituições financei-
ras em conformidade com a previsão do inciso II Brasília, em 7 de maio de 2020
do caput do art. 7º desta Emenda Constitucional,
Mesa da Câmara dos Mesa do Senado Federal
em especial a vedação de:
Deputados
Deputado Senador
I - pagar juros sobre o capital próprio e divi-
RODRIGO MAIA DAVI ALCOLUMBRE
dendos acima do mínimo obrigatório estabeleci-
Presidente Presidente
do em lei ou no estatuto social vigente na data de Deputado Senador
entrada em vigor desta Emenda Constitucional; MARCOS PEREIRA ANTONIO ANASTASIA
1º Vice-Presidente 1º Vice-Presidente
II - aumentar a remuneração, fixa ou variável, Deputado Senador
de diretores e membros do conselho de adminis- LUCIANO BIVAR LASIER MARTINS
tração, no caso das sociedades anônimas, e dos 2º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente
administradores, no caso de sociedades limitadas. Deputada Senador
SORAYA SANTOS SÉRGIO PETECÃO
Parágrafo único. A remuneração variável re- 1ª Secretária 1º Secretário

ferida no inciso II do caput deste artigo inclui Deputado Senador

bônus, participação nos lucros e quaisquer par- MÁRIO HERINGER EDUARDO GOMES
2º Secretário 2º Secretário
celas de remuneração diferidas e outros incenti-
Deputado Senador
vos remuneratórios associados ao desempenho.
FÁBIO FARIA FLÁVIO BOLSONARO
3º Secretário 3º Secretário
Art. 9º Em caso de irregularidade ou de des-
Deputado Senador
cumprimento dos limites desta Emenda Constitu-
ANDRÉ FUFUCA LUIS CARLOS HEINZE
cional, o Congresso Nacional poderá sustar, por
4º Secretário 4º Secretário
decreto legislativo, qualquer decisão de órgão ou
entidade do Poder Executivo relacionada às me- Este texto não substitui o publicado no DOU
didas autorizadas por esta Emenda Constitucional. 8.5.2020

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Atualização Legislativa | Maio de 2020

Lei Complementar nº 173, de 27 de maio instituições multilaterais de crédito nos termos


de 2020 previstos no art. 4º desta Lei Complementar; e

Estabelece o Programa Federativo de En- III - entrega de recursos da União, na forma


frentamento ao Coronavírus SARS-CoV-2 (Co- de auxílio financeiro, aos Estados, ao Distrito
vid-19), altera a Lei Complementar nº 101, de 4 Federal e aos Municípios, no exercício de 2020,
de maio de 2000, e dá outras providências. e em ações de enfrentamento ao Coronavírus
SARS-CoV-2 (Covid-19).
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- § 2º As medidas previstas no inciso I do § 1º
no a seguinte Lei Complementar: são de emprego imediato, ficando a União auto-
rizada a aplicá-las aos respectivos contratos de
Art. 1º Fica instituído, nos termos do art. 65 da refinanciamento, ainda que previamente à cele-
Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, bração de termos aditivos ou outros instrumen-
exclusivamente para o exercício financeiro de tos semelhantes.
2020, o Programa Federativo de Enfrentamento
ao Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19). Art. 2º De 1º de março a 31 de dezembro de
2020, a União ficará impedida de executar as ga-
§ 1º O Programa de que trata o caput é com- rantias das dívidas decorrentes dos contratos de
posto pelas seguintes iniciativas: refinanciamento de dívidas celebrados com os
Estados e com o Distrito Federal com base na
I - suspensão dos pagamentos das dívidas Lei nº 9.496, de 11 de setembro de 1997, e dos
contratadas entre: contratos de abertura de crédito firmados com
os Estados ao amparo da Medida Provisória nº
a) de um lado, a União, e, de outro, os Esta- 2.192-70, de 24 de agosto de 2001, as garantias
dos e o Distrito Federal, com amparo na Lei nº das dívidas decorrentes dos contratos de refi-
9.496, de 11 de setembro de 1997, e na Medida nanciamento celebrados com os Municípios com
Provisória nº 2.192-70, de 24 de agosto de 2001; base na Medida Provisória nº 2.185-35, de 24 de
agosto de 2001, e o parcelamento dos débitos
b) de um lado, a União, e, de outro, os Muni- previdenciários de que trata a Lei nº 13.485, de 2
cípios, com base na Medida Provisória nº 2.185- de outubro de 2017.
35, de 24 de agosto de 2001, e na Lei nº 13.485,
de 2 de outubro de 2017; § 1º Caso, no período, o Estado, o Distrito
Federal ou o Município suspenda o pagamento
II - reestruturação de operações de crédito das dívidas de que trata o caput, os valores
interno e externo junto ao sistema financeiro e não pagos:

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Direito Constitucional

I - serão apartados e incorporados aos res- § 6º Os valores anteriores a 1º de março de


pectivos saldos devedores em 1º de janeiro de 2020 não pagos em razão de liminar em ação ju-
2022, devidamente atualizados pelos encargos dicial poderão, desde que o respectivo ente re-
financeiros contratuais de adimplência, para pa- nuncie ao direito sobre o qual se funda a ação, re-
gamento pelo prazo remanescente de amortiza- ceber o mesmo tratamento previsto no inciso I do
ção dos contratos; e § 1º deste artigo, devidamente atualizados pelos
encargos financeiros contratuais de adimplência.
II - deverão ser aplicados preferencialmente
em ações de enfrentamento da calamidade pú- Art. 3º Durante o estado de calamidade públi-
blica decorrente da pandemia da Covid-19. ca decretado para o enfrentamento da Covid-19,
além da aplicação do disposto no art. 65 da Lei
§ 2º Enquanto perdurar a suspensão de paga- Complementar nº 101, de 2000, ficam afastadas
mento referida no § 1º deste artigo, fica afastado e dispensadas as disposições da referida Lei
o registro do nome do Estado, do Distrito Fede- Complementar e de outras leis complementares,
ral e do Município em cadastros restritivos em leis, decretos, portarias e outros atos normativos
decorrência, exclusivamente, dessa suspensão. que tratem:

§ 3º Os efeitos financeiros do disposto no I - das condições e vedações previstas no art.


caput retroagem a 1º de março de 2020. 14, no inciso II do caput do art. 16 e no art. 17 da
Lei Complementar nº 101, de 2000;
§ 4º Os valores eventualmente pagos entre
1º de março de 2020 e o término do período a II - dos demais limites e das condições para
que se refere o caput deste artigo serão aparta- a realização e o recebimento de transferências
dos do saldo devedor e devidamente atualizados voluntárias.
pelos encargos financeiros contratuais de adim-
plência, com destinação exclusiva para o paga- § 1º O disposto neste artigo:
mento das parcelas vincendas a partir de 1º de
janeiro de 2021. I - aplicar-se-á exclusivamente aos atos de
gestão orçamentária e financeira necessários ao
§ 5º Os Estados, o Distrito Federal e os Mu- atendimento deste Programa ou de convênios
nicípios deverão demonstrar e dar publicidade à vigentes durante o estado de calamidades; e
aplicação dos recursos de que trata o inciso II
do § 1º deste artigo, evidenciando a correlação II - não exime seus destinatários, ainda que
entre as ações desenvolvidas e os recursos não após o término do período de calamidade pú-
pagos à União, sem prejuízo da supervisão dos blica decorrente da pandemia da Covid-19, da
órgãos de controle competentes. observância das obrigações de transparência,

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Atualização Legislativa | Maio de 2020

controle e fiscalização referentes ao referido pe- § 4º Serão mantidas as condições financei-


ríodo, cujo atendimento será objeto de futura ve- ras em vigor na data de celebração dos termos
rificação pelos órgãos de fiscalização e controle aditivos, podendo o prazo final da operação, a
respectivos, na forma por eles estabelecida. critério do Estado, do Distrito Federal ou do Mu-
nicípio, ser ampliado por período não superior ao
§ 2º Para a assinatura dos aditivos autoriza- da suspensão dos pagamentos.
dos nesta Lei Complementar, ficam dispensados
os requisitos legais exigidos para a contratação § 5º A verificação do cumprimento dos limites
com a União e a verificação dos requisitos exigi- e das condições relativos à realização de termos
dos pela Lei Complementar nº 101, de 2000. aditivos de que trata o caput que não tiverem sido
afastados pelo § 2º deste artigo será realizada di-
Art. 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Mu- retamente pelas instituições financeiras credoras.
nicípios poderão realizar aditamento contratual
que suspenda os pagamentos devidos no exer- § 6º (VETADO).
cício financeiro de 2020, incluindo principal e
quaisquer outros encargos, de operações de cré- Art. 5º A União entregará, na forma de auxí-
dito interno e externo celebradas com o sistema lio financeiro, aos Estados, ao Distrito Federal e
financeiro e instituições multilaterais de crédito. aos Municípios, em 4 (quatro) parcelas mensais
e iguais, no exercício de 2020, o valor de R$
§ 1º Para aplicação do disposto neste artigo, 60.000.000.000,00 (sessenta bilhões de reais)
os aditamentos contratuais deverão ser firmados para aplicação, pelos Poderes Executivos lo-
no exercício financeiro de 2020. cais, em ações de enfrentamento à Covid-19 e
para mitigação de seus efeitos financeiros, da
§ 2º Estão dispensados, para a realização dos seguinte forma:
aditamentos contratuais de que trata este artigo,
os requisitos legais para contratação de opera- I - R$ 10.000.000.000,00 (dez bilhões de reais)
ção de crédito e para concessão de garantia, in- para ações de saúde e assistência social, sendo:
clusive aqueles exigidos nos arts. 32 e 40 da Lei
Complementar nº 101, de 2000, bem como para a) R$ 7.000.000.000,00 (sete bilhões de reais)
a contratação com a União. aos Estados e ao Distrito Federal; e

§ 3º No caso de as operações de que trata b) R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais)


este artigo serem garantidas pela União, a ga- aos Municípios;
rantia será mantida, não sendo necessária alte-
ração dos contratos de garantia e de contraga- II - R$ 50.000.000.000,00 (cinquenta bilhões
rantia vigentes. de reais), da seguinte forma:

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101
Direito Constitucional

a) R$ 30.000.000.000,00 (trinta bilhões de re- § 4º Os valores previstos no inciso II, alínea


ais aos Estados e ao Distrito Federal; “b”, do caput serão distribuídos na proporção
estabelecida no Anexo I, com a exclusão do
b) R$ 20.000.000.000,00 (vinte bilhões de re- Distrito Federal, e transferidos, em cada Esta-
ais aos Municípios; do, diretamente aos respectivos Municípios, de
acordo com sua população apurada a partir dos
§ 1º Os recursos previstos no inciso I, alínea dados populacionais mais recentes publicados
“a”, inclusive para o pagamento dos profissionais pelo IBGE em cumprimento ao disposto no art.
que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) e no 102 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992.
Sistema Único de Assistência Social (Suas), serão
distribuídos conforme os seguintes critérios: § 5º O Distrito Federal não participará do
rateio dos recursos previstos na alínea “b” do
I - 40% (quarenta por cento) conforme a taxa inciso I e na alínea “b” do inciso II do caput, e
de incidência divulgada pelo Ministério da Saúde receberá, na forma de auxílio financeiro, em 4
na data de publicação desta Lei Complementar, (quatro) parcelas mensais e iguais, no exercício
para o primeiro mês, e no quinto dia útil de cada de 2020, valor equivalente ao efetivamente rece-
um dos 3 (três) meses subsequentes; bido, no exercício de 2019, como sua cota-parte
do Fundo de Participação dos Municípios, para
II - 60% (sessenta por cento) de acordo com aplicação, pelo Poder Executivo local, em ações
a população apurada a partir dos dados popu- de enfrentamento à Covid-19 e para mitigação
lacionais mais recentes publicados pela Funda- de seus efeitos financeiros.
ção Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) em cumprimento ao disposto no art. 102 § 6º O cálculo das parcelas que caberão a
da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992. cada um dos entes federativos será realizado
pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN),
§ 2º Os recursos previstos no inciso I, alínea sendo que os valores deverão ser creditados
“b”, inclusive para o pagamento dos profissionais pelo Banco do Brasil S.A. na conta bancária
que atuam no SUS e no Suas, serão distribuídos em que são depositados os repasses regula-
de acordo com a população apurada a partir dos res do Fundo de Participação dos Estados e
dados populacionais mais recentes publicados do Distrito Federal e do Fundo de Participação
pelo IBGE em cumprimento ao disposto no art. dos Municípios.
102 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992.
§ 7º Será excluído da transferência de que
§ 3º Os valores previstos no inciso II, alínea tratam os incisos I e II do caput o Estado, Dis-
“a”, do caput serão distribuídos para os Esta- trito Federal ou Município que tenha ajuizado
dos e o Distrito Federal na forma do Anexo I ação contra a União após 20 de março de 2020
desta Lei Complementar. tendo como causa de pedir, direta ou indireta-

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102
Atualização Legislativa | Maio de 2020

mente, a pandemia da Covid-19, exceto se re- c) ter custo inferior ao custo da dívida atual,
nunciar ao direito sobre o qual se funda em até considerando todas as comissões (compromisso
10 (dez) dias, contados da data da publicação e estruturação, entre outras) e penalidades para
desta Lei Complementar. realizar o pagamento antecipado;

§ 8º Sem prejuízo do disposto no art. 48 da d) ter estrutura de pagamentos padronizada,


Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro com amortizações igualmente distribuídas ao
de 2006, em todas as aquisições de produtos e longo do tempo e sem período de carência;
serviços com os recursos de que trata o inciso
II do caput, Estados e Municípios darão prefe- e) ser indexada ao CDI;
rência às microempresas e às empresas de pe-
queno porte, seja por contratação direta ou por f) ter custo inferior ao custo máximo aceitável,
exigência dos contratantes para subcontratação. publicado pela STN, para as operações de crédito
securitizáveis com prazo médio (duration) de até
Art. 6º No exercício financeiro de 2020, os 10 (dez) anos, considerando todas as comissões
contratos de dívida dos Estados, do Distrito (compromisso e estruturação, entre outras) e pe-
Federal e dos Municípios garantidos pela STN, nalidades para realizar o pagamento antecipado;
com data de contratação anterior a 1º de mar-
ço de 2020, que se submeterem ao processo de g) ter custo máximo equivalente ao custo de
reestruturação de dívida poderão ser objeto de captação do Tesouro Nacional para as opera-
securitização, conforme regulamentação da pró- ções de crédito securitizáveis com prazo médio
pria STN, se atendidos os seguintes requisitos: (duration) superior a 10 (dez) anos, considerando
todas as comissões (compromisso e estrutura-
I - enquadramento como operação de rees- ção, entre outras) e penalidades para realizar o
truturação de dívida, conforme legislação vigen- pagamento antecipado.
te e orientações e procedimentos da STN;
Art. 7º A Lei Complementar nº 101, de 4 de
II - securitização no mercado doméstico de maio de 2000, passa a vigorar com as seguin-
créditos denominados e referenciados em reais; tes alterações:

III - obediência, pela nova dívida, aos seguin- “Art. 21. É nulo de pleno direito:
tes requisitos:
I - o ato que provoque aumento da despesa
a) ter prazo máximo de até 30 (trinta) anos, não com pessoal e não atenda:
superior a 3 (três) vezes o prazo da dívida original;
a) às exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei
b) ter fluxo inferior ao da dívida original; Complementar e o disposto no inciso XIII do

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103
Direito Constitucional

caput do art. 37 e no § 1º do art. 169 da Consti- § 1º As restrições de que tratam os incisos II,
tuição Federal; III e IV:

b) ao limite legal de comprometimento aplica- I - devem ser aplicadas inclusive durante o


do às despesas com pessoal inativo; período de recondução ou reeleição para o car-
go de titular do Poder ou órgão autônomo; e
II - o ato de que resulte aumento da despesa
com pessoal nos 180 (cento e oitenta) dias ante- II - aplicam-se somente aos titulares ocupantes
riores ao final do mandato do titular de Poder ou de cargo eletivo dos Poderes referidos no art. 20.
órgão referido no art. 20;
§ 2º Para fins do disposto neste artigo, serão
III - o ato de que resulte aumento da despesa considerados atos de nomeação ou de provi-
com pessoal que preveja parcelas a serem imple- mento de cargo público aqueles referidos no §
mentadas em períodos posteriores ao final do man- 1º do art. 169 da Constituição Federal ou aque-
dato do titular de Poder ou órgão referido no art. 20; les que, de qualquer modo, acarretem a criação
ou o aumento de despesa obrigatória.” (NR)
IV - a aprovação, a edição ou a sanção, por
Chefe do Poder Executivo, por Presidente e de- “Art. 65. ..........................................................
mais membros da Mesa ou órgão decisório equi-
valente do Poder Legislativo, por Presidente de § 1º Na ocorrência de calamidade públi-
Tribunal do Poder Judiciário e pelo Chefe do Mi- ca reconhecida pelo Congresso Nacional, nos
nistério Público, da União e dos Estados, de nor- termos de decreto legislativo, em parte ou na
ma legal contendo plano de alteração, reajuste e integralidade do território nacional e enquanto
reestruturação de carreiras do setor público, ou a perdurar a situação, além do previsto nos inciso
edição de ato, por esses agentes, para nomeação I e II do caput:
de aprovados em concurso público, quando:
I - serão dispensados os limites, condições e
a) resultar em aumento da despesa com pes- demais restrições aplicáveis à União, aos Esta-
soal nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores ao dos, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem
final do mandato do titular do Poder Executivo; ou como sua verificação, para:

b) resultar em aumento da despesa com pes- a) contratação e aditamento de operações


soal que preveja parcelas a serem implementa- de crédito;
das em períodos posteriores ao final do mandato
do titular do Poder Executivo. b) concessão de garantias;

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104
Atualização Legislativa | Maio de 2020

c) contratação entre entes da Federação; e § 3º No caso de aditamento de operações de


crédito garantidas pela União com amparo no dis-
d) recebimento de transferências voluntárias; posto no § 1º deste artigo, a garantia será manti-
da, não sendo necessária a alteração dos contra-
II - serão dispensados os limites e afastadas tos de garantia e de contragarantia vigentes.” (NR)
as vedações e sanções previstas e decorrentes
dos arts. 35, 37 e 42, bem como será dispen- Art. 8º Na hipótese de que trata o art. 65 da
sado o cumprimento do disposto no parágrafo Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000,
único do art. 8º desta Lei Complementar, desde a União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
que os recursos arrecadados sejam destinados nicípios afetados pela calamidade pública decor-
ao combate à calamidade pública; rente da pandemia da Covid-19 ficam proibidos,
até 31 de dezembro de 2021, de:
III - serão afastadas as condições e as veda-
ções previstas nos arts. 14, 16 e 17 desta Lei I - conceder, a qualquer título, vantagem, aumen-
Complementar, desde que o incentivo ou benefí- to, reajuste ou adequação de remuneração a mem-
cio e a criação ou o aumento da despesa sejam bros de Poder ou de órgão, servidores e emprega-
destinados ao combate à calamidade pública. dos públicos e militares, exceto quando derivado de
sentença judicial transitada em julgado ou de deter-
§ 2º O disposto no § 1º deste artigo, observa- minação legal anterior à calamidade pública;
dos os termos estabelecidos no decreto legislativo
que reconhecer o estado de calamidade pública: II - criar cargo, emprego ou função que impli-
que aumento de despesa;
I - aplicar-se-á exclusivamente:
III - alterar estrutura de carreira que implique
a) às unidades da Federação atingidas e lo- aumento de despesa;
calizadas no território em que for reconhecido o
estado de calamidade pública pelo Congresso IV - admitir ou contratar pessoal, a qualquer
Nacional e enquanto perdurar o referido estado título, ressalvadas as reposições de cargos de
de calamidade; chefia, de direção e de assessoramento que não
acarretem aumento de despesa, as reposições
b) aos atos de gestão orçamentária e financei- decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou
ra necessários ao atendimento de despesas rela- vitalícios, as contratações temporárias de que
cionadas ao cumprimento do decreto legislativo; trata o inciso IX do caput do art. 37 da Constitui-
ção Federal, as contratações de temporários para
II - não afasta as disposições relativas a trans- prestação de serviço militar e as contratações de
parência, controle e fiscalização. alunos de órgãos de formação de militares;

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105
Direito Constitucional

V - realizar concurso público, exceto para as § 2º O disposto no inciso VII do caput não se
reposições de vacâncias previstas no inciso IV; aplica em caso de prévia compensação median-
te aumento de receita ou redução de despesa,
VI - criar ou majorar auxílios, vantagens, bônus, observado que:
abonos, verbas de representação ou benefícios
de qualquer natureza, inclusive os de cunho in- I - em se tratando de despesa obrigatória de
denizatório, em favor de membros de Poder, do caráter continuado, assim compreendida aque-
Ministério Público ou da Defensoria Pública e de la que fixe para o ente a obrigação legal de sua
servidores e empregados públicos e militares, ou execução por período superior a 2 (dois) exercí-
ainda de seus dependentes, exceto quando de- cios, as medidas de compensação deverão ser
rivado de sentença judicial transitada em julgado permanentes; e
ou de determinação legal anterior à calamidade;
II - não implementada a prévia compensação,
VII - criar despesa obrigatória de caráter con- a lei ou o ato será ineficaz enquanto não regu-
tinuado, ressalvado o disposto nos §§ 1º e 2º; larizado o vício, sem prejuízo de eventual ação
direta de inconstitucionalidade.
VIII - adotar medida que implique reajuste de
despesa obrigatória acima da variação da infla- § 3º A lei de diretrizes orçamentárias e a lei or-
ção medida pelo Índice Nacional de Preços ao çamentária anual poderão conter dispositivos e au-
Consumidor Amplo (IPCA), observada a preser- torizações que versem sobre as vedações previs-
vação do poder aquisitivo referida no inciso IV tas neste artigo, desde que seus efeitos somente
do caput do art. 7º da Constituição Federal; sejam implementados após o fim do prazo fixado,
sendo vedada qualquer cláusula de retroatividade.
IX - contar esse tempo como de período aqui-
sitivo necessário exclusivamente para a conces- § 4º O disposto neste artigo não se aplica ao
são de anuênios, triênios, quinquênios, licen- direito de opção assegurado na Lei nº 13.681, de
ças-prêmio e demais mecanismos equivalentes 18 de junho de 2018, bem como aos respectivos
que aumentem a despesa com pessoal em de- atos de transposição e de enquadramento.
corrência da aquisição de determinado tempo
de serviço, sem qualquer prejuízo para o tempo § 5º O disposto no inciso VI do caput deste
de efetivo exercício, aposentadoria, e quaisquer artigo não se aplica aos profissionais de saúde
outros fins. e de assistência social, desde que relacionado
a medidas de combate à calamidade pública re-
§ 1º O disposto nos incisos II, IV, VII e VIII do ferida no caput cuja vigência e efeitos não ultra-
caput deste artigo não se aplica a medidas de com- passem a sua duração.
bate à calamidade pública referida no caput cuja
vigência e efeitos não ultrapassem a sua duração. § 6º (VETADO).

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106
Atualização Legislativa | Maio de 2020

Art. 9º Ficam suspensos, na forma do regula- JAIR MESSIAS BOLSONARO


mento, os pagamentos dos refinanciamentos de Fernando Azevedo e Silva
dívidas dos Municípios com a Previdência Social Paulo Guedes
com vencimento entre 1º de março e 31 de de- Jorge Antonio de Oliveira Francisco
zembro de 2020. José Levi Mello do Amaral Júnior

§ 1º (VETADO). Este texto não substitui o publicado no DOU


de 28.5.2020
§ 2º A suspensão de que trata este artigo se
estende ao recolhimento das contribuições pre-
videnciárias patronais dos Municípios devidas
aos respectivos regimes próprios, desde que au-
torizada por lei municipal específica.

Art. 10. Ficam suspensos os prazos de valida-


de dos concursos públicos já homologados na
data da publicação do Decreto Legislativo nº 6,
de 20 de março de 2020, em todo o território
nacional, até o término da vigência do estado de
calamidade pública estabelecido pela União.

§ 1º (VETADO).

§ 2º Os prazos suspensos voltam a correr a par-


tir do término do período de calamidade pública.

§ 3º A suspensão dos prazos deverá ser publica-


da pelos organizadores dos concursos nos veícu-
los oficiais previstos no edital do concurso público.

Art. 11. Esta Lei Complementar entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 27 de maio de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

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107
Direito do Trabalho

DIREITO DO TRABALHO

Medida Provisória nº 964, de 8 de maio


de 2020

Altera a Lei nº 13.475, de 28 de agosto de 2017,


que dispõe sobre o exercício da profissão de tripu-
lante de aeronave, denominado aeronauta.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da


atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti-
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com
força de lei:

Art. 1º A Lei nº 13.475, de 28 de agosto de 2017,


passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 20. ………………………..........................

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica quan-


do o operador da aeronave for órgão ou entidade
da administração pública, no exercício de missões
institucionais ou de poder de polícia.” (NR)

Art. 2º Esta Medida Provisória entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 8 de maio de 2020; 199º da Indepen-


dência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Ricardo de Aquino Salles

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 11.5.2020

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108
Atualização Legislativa | Maio de 2020

DIREITO DO INTERNACIONAL do Acordo e ajustes complementares que acar-


retem encargos ou compromissos gravosos ao
patrimônio nacional, nos termos do inciso I do
Decreto nº 10.364, de 21 de maio de 2020 caput do art. 49 da Constituição.

Promulga o Acordo de Cooperação Estratégica Parágrafo único. O disposto no caput não se


entre a República Federativa do Brasil e o Serviço aplica às alterações promovidas nos Anexos I e
Europeu de Polícia, firmado em Haia, em 11 de II ao Acordo.
abril de 2017.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da sua publicação.
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso
IV, da Constituição, e Brasília, 21 de maio de 2020; 199º da Inde-
pendência e 132º da República.
Considerando que o Acordo de Cooperação
Estratégica entre a República Federativa do Bra- JAIR MESSIAS BOLSONARO
sil e o Serviço Europeu de Polícia foi firmado em Ernesto Henrique Fraga Araújo
Haia, em 11 de abril de 2017;
Este texto não substitui o publicado no DOU
Considerando que o Congresso Nacional de 22.5.2020
aprovou o Acordo por meio do Decreto Legislati-
vo nº 62, de 31 de outubro de 2019; e

Considerando que o Acordo entrou em vigor


para a República Federativa do Brasil, no plano
jurídico externo, em 20 de dezembro de 2019,
nos termos de seu Artigo 21;

DECRETA:

Art. 1º Fica promulgado o Acordo de Coope-


ração Estratégica entre a República Federativa do
Brasil e o Serviço Europeu de Polícia, firmado em
Haia, em 11 de abril de 2017, anexo a este Decreto.

Art. 2º São sujeitos à aprovação do Congres-


so Nacional atos que possam resultar na revisão

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109
Direito Internacional

Acordo de cooperação estratégica entre a República Federativa do Brasil, para apoiar os


República Federativa do Brasil e Países Membros da União Europeia e a Repúbli-
o serviço europeu de polícia ca Federativa do Brasil na prevenção e combate
ao crime organizado, terrorismo e outras formas
A República Federativa do Brasil de crime internacional nas áreas criminais refe-
renciadas no Artigo 3º, em especial por meio do
e intercâmbio de informações operacionais, estra-
tégicas e técnicas entre a Europol e República
O Serviço Europeu de Polícia Federativa do Brasil. Este Acordo não abrange o
intercâmbio de dados pessoais.
(a seguir denominado “Partes Contratantes”),
Artigo 2º
Cientes dos problemas urgentes que surgem Definições
do crime organizado, especialmente terrorismo,
e outras formas de crimes graves; Para a finalidade do presente Acordo:

Considerando o mandato conferido pelo Go- a) “Conselho Deliberativo da Europol” signi-


verno da República Federativa do Brasil ao Dire- fica o Conselho Deliberativo de 06 de Abril de
tor Geral da Polícia Federal do Brasil para con- 2009 estabelecendo o Serviço Europeu de Polí-
cordar com o presente Acordo entre a República cia (Europol), OJ L 121, 15.5.2009;
Federativa do Brasil e a Europol;
b) “dados pessoais” significa qualquer infor-
Considerando que o Conselho da União Euro- mação relativa a uma pessoa física identificada
peia concedeu em 06 de maio de 2014 autorização ou identificável: uma pessoa identificável é al-
à Europol para concordar com o presente Acordo guém que pode ser identificado, direta ou indi-
entre a República Federativa do Brasil e a Europol; retamente, particularmente por referência a um
número de identificação ou por um ou mais fato-
Em respeito as obrigações da Europol perante à res referentes a sua identidade física, fisiológica,
Carta de Direitos Fundamentais da União Europeia; mental, econômica, cultural ou social;

Acordam o seguinte: Capítulo I


Escopo
Artigo 1º Artigo 3º
Finalidade Áreas Criminais

A finalidade do presente Acordo é estabele- 1. A cooperação, conforme estabelecido no


cer relações de cooperação entre a Europol e a presente Acordo refere-se somente as áreas crimi-

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110
Atualização Legislativa | Maio de 2020

nais no âmbito do mandato da Europol, conforme matéria de intercâmbio de informações previs-


enumeradas no Anexo 1, incluindo crimes conexos. tas por qualquer Tratado de Assistência Jurídica
Mútua, qualquer outro acordo de cooperação ou
2. Crimes conexos são as infrações penais convênio, ou relacionamento entre agências de
cometidas para obter os meios de perpetrar os segurança pública para a troca de informações
atos criminosos referidos no parágrafo 1º, as in- entre a República Federativa do Brasil e qualquer
frações penais cometidas para facilitar ou reali- Estado-Membro da União Europeia.
zar tais atos, bem como as infrações cometidas
para assegurar a impunidade de tais atos. Capítulo II
Modo de Cooperação
3. Quando o mandato da Europol, conforme Artigo 6º
enumerado no Anexo 1, for alterado de alguma Ponto de Contato Nacional
forma, a Europol pode, a partir da data em que a
alteração entrar em vigor, sugerir a aplicabilidade 1. A República Federativa do Brasil designará um
do presente acordo em relação ao novo man- ponto de contato nacional para atuar como o ponto
dato para a República Federativa do Brasil, por central de contato entre a Europol e outras autorida-
escrito, em conformidade com o Artigo 20. des competentes da República Federativa do Brasil.

Artigo 4º 2. A troca de informações entre a Europol e a


Áreas de cooperação República Federativa do Brasil, conforme especifi-
cado no presente Acordo, realizar-se-á entre a Eu-
A cooperação pode, além da troca de informa- ropol e o ponto de contato nacional. Esta disposi-
ções, em conformidade com as funções da Euro- ção não impede, no entanto, o intercâmbio direto
pol descritas no Conselho Deliberativo da Europol, de informações entre a Europol e as autoridades
incluir o intercâmbio de conhecimentos especiali- competentes, tal como definido no Artigo 7º, se
zados, relatórios gerais de situação, resultados de considerado adequado por ambas as Partes.
análise estratégica, informação sobre procedimen-
tos de investigação criminal, informações sobre 3. A República Federativa do Brasil deverá
métodos de prevenção de crimes, participação em garantir a possibilidade de o ponto de contato
atividades de formação, bem como assessoria e nacional permitir a troca de informações em um
apoio em investigações criminais concretas. regime de 24 horas. O ponto de contato nacional
deverá garantir que a informação seja trocada
Artigo 5º sem demora com as autoridades competentes
Relação com outros instrumentos internacionais referidas no Artigo 7º.

Este Acordo não deverá prejudicar ou de outro 4. O ponto de contato nacional para a Repúbli-
modo afetar ou impactar as disposições legais em ca Federativa do Brasil é designado no Anexo 2.

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111
Direito Internacional

Artigo 7º 2. Quando apropriado, as consultas deverão


Autoridades competentes ser organizadas no nível exigido entre os repre-
sentantes das autoridades competentes da Re-
1. As autoridades competentes são todos pública Federativa do Brasil e da Europol, res-
os organismos públicos existentes na Repú- ponsáveis pelas áreas de criminalidade a que se
blica Federativa do Brasil responsáveis, sob a aplica o presente Acordo, a fim de acordar sobre
lei nacional, pela prevenção e combate à cri- qual a forma mais eficaz de organizar suas ativi-
minalidade. Elas estão listadas no Anexo 2 do dades específicas.
presente Acordo.
Artigo 9º
2. A transmissão de informação pela Euro- Oficial de Ligação Policial
pol à República Federativa do Brasil e a trans-
missão dentro da República Federativa do 1. As Partes acordam em aprimorar a coo-
Brasil serão restritas às autoridades compe- peração na forma do presente Acordo através
tentes mencionadas. da indicação de Oficial (is) de Ligação Policial
da República Federativa do Brasil. A Europol
Artigo 8º poderá igualmente, querendo, indicar Oficial (is)
Consultas e Cooperação Estreita de Ligação para atuar na República Federativa
do Brasil.
1. As Partes concordam que, para promover
e melhorar a cooperação, assim como acompa- 2. As atividades, direitos e obrigações dos
nhar o desenvolvimento das disposições do pre- Oficiais de Ligação serão estabelecidas em um
sente Acordo, é necessário o intercâmbio regu- Memorando de Entendimento.
lar, conforme o caso. Especificamente:
3. A autoridade indicante deverá garantir que
a. Reuniões de alto nível entre a Europol e as os seus respectivos Oficiais de ligação tenham,
autoridades competentes da República Federa- de maneira rápida e onde tecnicamente possí-
tiva do Brasil deverão realizar-se regularmente vel, acesso direto aos bancos de dados nacio-
para discutir questões relacionadas ao presente nais necessários para desempenhar suas res-
Acordo e à cooperação de maneira geral. pectivas atividades.

b. Um representante do ponto de contato 4. A Europol buscará assistir, na medida do


nacional e da Europol deverão consultar-se re- possível, a República Federativa do Brasil na
gularmente sobre questões políticas e assuntos conclusão de um Acordo com Reino dos Países
de interesse comum com a finalidade de reali- Baixos sobre os privilégios e imunidades a se-
zar os seus objetivos e coordenar suas respec- rem gozados pelos Oficiais de Ligação indicados
tivas atividades. pela República Federativa do Brasil. No território

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112
Atualização Legislativa | Maio de 2020

da República Federativa do Brasil, o Oficial de Artigo 11


Ligação da Europol gozará dos mesmos privi- Uso da informação
légios e imunidades acordados pela República
Federativa do Brasil aos membros, que tenham 1. A informação, se transmitida com uma fi-
posição equivalente, das equipes das missões nalidade, somente poderá ser utilizada com o
diplomáticas estabelecidas na República Fede- fim para a qual foi transmitida e qualquer restri-
rativa do Brasil. ção à sua utilização, eliminação ou destruição,
incluindo eventuais restrições de acesso, em
Capítulo III termos gerais ou específicos, deverá ser respei-
Intercâmbio de Informação tado pelas Partes.
Artigo 10
Disposições Gerais 2. O uso da informação para uma finalidade
diferente da finalidade para a qual a informa-
1. O intercâmbio de informações entre as par- ção foi transmitida deverá ser autorizado pela
tes somente poderá ter lugar para a finalidade e Parte transmissora.
em conformidade com as outras disposições do
presente Acordo. Artigo 12
Transmissão subsequente das
2. As Partes somente fornecerão informações informações recebidas
entre si que tenham sido coletadas, armazena-
das e transmitidas de acordo com seus respec- 1. A transmissão subsequente das informa-
tivos ordenamentos jurídicos e que não tenham ções recebidas pela República Federativa do
sido manifestamente obtidas em violação aos Brasil deverá ser limitada às autoridades com-
direitos humanos. Neste contexto, a Europol petentes da República Federativa do Brasil re-
será, em especial, vinculada ao artigo 20 (4) do feridas no Artigo 7º e será realizada nas mesmas
“Conselho Deliberativo adotando as regras de condições aplicadas à transmissão inicial. Qual-
execução que regulam as relações da Europol quer outra transmissão subsequente, incluindo
com os seus parceiros, incluindo o intercâmbio a outros Estados e organizações internacionais,
de dados pessoais e informações classificadas”. deverá ser consentida pela Europol.

3. Solicitações de pessoas físicas para aces- 2. A transmissão subsequente das informações


so público às informações transmitidas com recebidas pela Europol deverá ser limitada às auto-
base no presente Acordo serão submetidas à ridades dos Estados-Membros da União Europeia
Parte transmissora, para apreciação, dentro do responsáveis pela prevenção e combate a crimi-
prazo legalmente exigido. Tais informações não nalidade, e será realizada nas mesmas condições
deverão ser reveladas sem o prévio consenti- aplicadas à transmissão inicial. Qualquer outra
mento da Parte transmissora. transmissão subsequente, incluindo a outros Es-

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113
Direito Internacional

tados ou organizações internacionais deverá ser 3. Informação não conhecida pessoalmente


consentida pela República Federativa do Brasil. pela fonte, mas corroborada por outra informa-
ção já registrada;
Artigo 13
Avaliação da fonte e da informação 4. Informação que não é conhecida pessoal-
mente pela fonte e não pode ser corroborada.
1. Quando as informações forem fornecidas
pelas Partes com base no presente Acordo, a fon- 3. Se uma das Partes - com base em infor-
te da informação deverá ser indicada, na medida mações que já possui - chega à conclusão de
do possível, com base nos seguintes critérios: que a avaliação das informações fornecidas pela
outra Parte precisa de correção, deverá informar
a. Quando não haja dúvidas quanto à autenti- a outra parte e tentar chegar a um acordo quan-
cidade, credibilidade e competência da fonte ou to à alteração da avaliação. Nenhuma das Partes
quando a informação é fornecida por uma fonte deverá alterar a avaliação das informações rece-
que, no passado, provou ser confiável em todas bidas sem esse acordo.
as instâncias;
4. Se uma Parte receber informações sem
b. Fonte cuja informação recebida provou, na uma avaliação, deverá tentar, na medida do pos-
maioria dos casos, ser confiável; sível e em acordo com a Parte transmissora, ava-
liar a confiabilidade da fonte ou da informação
c. Fonte cuja informação recebida provou, na com base em informações que já possui.
maioria dos casos, ser não confiável;
5. As Partes podem acordar em termos ge-
X. A confiabilidade da fonte não pode ser rais sobre a avaliação de determinados tipos
avaliada. de informação e fontes específicas, os quais
deverão ser estabelecidos em um Memorando
2. Quando as informações forem fornecidas pe- de Entendimento entre a República Federati-
las partes com base no presente Acordo, a confia- va do Brasil e a Europol. Caso as informações
bilidade da informação deverá ser indicada, na me- tenham sido fornecidas com base em tais ter-
dida do possível, com base nos seguintes critérios: mos, isso deverá ser consignado juntamente
com a informação.
1. Informação cuja exatidão não está em dúvida;
6. Se nenhuma avaliação confiável puder ser
2. Informação conhecida pessoalmente pela feita, ou se não há acordo sobre termos gerais, a
fonte, mas não conhecida pessoalmente pelo informação deverá ser avaliada conforme o pará-
oficial que a transmite; grafo 1º (X) e parágrafo 2º (4) acima.

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Atualização Legislativa | Maio de 2020

Capítulo IV 6. assegurar que todas as pessoas que no


Confidencialidade da informação exercício de suas funções oficiais requerem
Artigo 14 acesso ou cujos deveres ou funções lhe permi-
Princípios de segurança e confidencialidade tam o acesso a informações sejam sujeitas a um
controle básico de segurança, em conformidade
Cada Parte deverá: com o respectivo ordenamento jurídico da Parte.

1. proteger e salvaguardar as informações 7. ser responsável pela escolha da marca de


objeto do presente Acordo e do Memorando de proteção adequada das informações fornecidas
Entendimento mencionado no Artigo 15, com à outra Parte.
exceção das informações expressamente assi-
naladas ou claramente identificáveis como infor- 8. assegurar que as informações sujeitas ao
mações públicas, por meio de diversas medidas, presente Acordo mantenham as marcas de pro-
incluindo a obrigação de discrição e confidencia- teção que lhe são dadas pela Parte de origem.
lidade, limitando o acesso ao pessoal autorizado
e medidas técnicas e procedimentais gerais. 9. não utilizar ou permitir o uso das informa-
ções objeto do presente acordo exceto para os
2. garantir que haja uma organização, estrutu- fins e dentro das limitações estabelecidas pela,
ra e medidas de segurança em vigor. ou em nome da, Parte transmissora, sem seu
consentimento por escrito;
3. as Partes mutuamente aceitam e aplicam os
princípios básicos e padrões mínimos implemen- 10. não divulgar ou permitir a divulgação de
tados em seus respectivos sistemas de seguran- informações sujeitas ao presente acordo a ter-
ça e procedimentos para assegurar que ao menos ceiros, sem o prévio consentimento por escrito
um nível equivalente de proteção seja assegurado da Parte transmissora.
as informações sujeitas ao presente Acordo.
Artigo 15
4. garantir que as instalações onde as infor- Memorando de Entendimento sobre
mações sujeitas ao presente Acordo são man- Confidencialidade e Garantia de Informação
tidas tenham um nível adequado de segurança
física, em conformidade com o respectivo orde- A proteção das informações trocadas entre as
namento jurídico da Parte. Partes, será regulada em um Memorando de En-
tendimento sobre Confidencialidade e Garantia
5. garantir que o acesso à informação e sua pos- da Informação acordado entre as Partes imple-
se sejam restritos às pessoas que por força dos seus mentando os princípios descritos neste Capítulo.
deveres ou obrigações precisam estar em contato Tal Memorando deverá incluir, nomeadamente,
com tal informação ou precisam lidar com ela. disposições sobre a organização, formação e trei-

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115
Direito Internacional

namento de segurança das Partes, os padrões Artigo 17


de controle de segurança, tabela de equivalên- Solução de Litígios
cia, a manipulação das informações classificadas
e valoração de garantia da informação. A Troca 1. Todos os litígios que surjam em razão da
de informações classificadas está condicionada à interpretação ou aplicação do presente Acordo
conclusão do Memorando de Entendimento so- serão resolvidos por meio de consultas e nego-
bre confidencialidade e Garantia da Informação. ciações entre os representantes das Partes.

Capítulo V 2. Em caso de falha grave de qualquer das


Litígios e Responsabilidade partes em cumprir as disposições do presente
Artigo 16 Acordo, ou caso uma Parte seja da opinião de
Responsabilidade que tal falha possa ocorrer em um futuro pró-
ximo, qualquer das Partes poderá suspender a
1. As Partes deverão ser responsáveis, em con- aplicação do presente Acordo temporariamente,
formidade com seus respectivos ordenamentos enquanto se aguarda a aplicação do parágrafo
jurídicos, por quaisquer danos causados a uma 1º. As obrigações inerentes às partes ao abrigo
pessoa decorrentes de erros de direito ou de fato do Acordo, no entanto, permanecerão em vigor.
em informações trocadas. A fim de evitar a sua
responsabilização no âmbito dos seus respectivos Capítulo VI
ordenamentos jurídicos em relação a uma pessoa Disposições Finais
lesada, nenhuma das partes poderá alegar que a Artigo 18
outra havia transmitido informações imprecisas. Linha de comunicação segura

2. Se tais erros de direito ou de fato ocorreram 1. O estabelecimento, implementação e ope-


como resultado de informações erroneamen- ração de uma linha de comunicação segura para
te comunicadas ou de falhas da outra Parte em fins de intercâmbio de informações entre a Eu-
cumprir as suas obrigações, ela deverá ser obri- ropol e a República Federativa do Brasil será
gada a reembolsar, a pedido, quaisquer montan- regulada em um Memorando de Entendimento
tes pagos a título de indenização ao abrigo do acordado entre as Partes.
paragráfo 1º acima, a menos que a informação
tenha sido usada pela outra Parte em violação ao 2. Sem prejuízo do disposto no Artigo 16,
presente Acordo. uma Parte será responsável por danos cau-
sados à outra parte como resultado de ações
3. As Partes não exigirão entre si o pagamen- incorretas relacionadas ao estabelecimento,
to de danos punitivos ou não compensatórios implementação ou operação da linha de comu-
nos termos dos parágrafos 1 e 2 acima. nicação segura.

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116
Atualização Legislativa | Maio de 2020

3. Qualquer litígio entre as Partes relativo Artigo 21


à interpretação ou aplicação das disposições Eficácia e validade
relativas ao estabelecimento, implementação
e operação de uma linha de comunicação se- Este Acordo entrará em vigor trinta (30) dias
gura serão resolvidos em conformidade com o após o recebimento, por via diplomática, pela
Artigo 17. Europol da notificação por escrito pela qual a
República Federativa do Brasil informa que fo-
Artigo 19 ram cumpridos seus procedimentos internos ne-
Custos cessários para a entrada em vigor do Acordo.

As Partes arcarão com suas próprias des- Artigo 22


pesas decorrentes da execução do presente Denúncia do Acordo
Acordo, salvo disposição em contrário no pre-
sente Acordo. 1. Este acordo pode ser denunciado por es-
crito por uma das Partes com aviso prévio de
Artigo 20 três (3) meses.
Alterações e Aditamentos
2. Em caso de denúncia, as Partes devem
1. O presente Acordo poderá ser alterado chegar a um acordo sobre a continuação da utili-
por escrito, a qualquer momento, por consen- zação e armazenamento das informações que já
timento mútuo das Partes. Qualquer alteração tiverem sido comunicadas entre elas. Se não for
deverá receber a aprovação do Conselho da alcançado um acordo, qualquer uma das duas
União Europeia. partes tem o direito de requerer que as informa-
ções que comunicou sejam destruídas ou devol-
2. Os anexos do presente Acordo, bem como vidas à Parte transmissora.
as disposições do art. 3º poderão ser alterados
através de uma Troca de Notas entre as Partes. 3. Sem prejuízo do disposto no parágrafo 1º,
os efeitos jurídicos do presente Acordo perma-
3. Sem prejuízo do disposto no parágrafo 1º, necerão em vigor.
as alterações dos Anexos do presente Acordo
poderão ser acordadas sem a aprovação do Realizado em Haia, em 11 de abril de 2017,
Conselho da União Europeia e o Congresso Na- em duas cópias no idioma português e inglês,
cional Brasileiro. cada texto igualmente autêntico.

4. As Partes procederão a consultas no que Pela República Federativa do Brasil


diz respeito à alteração do presente Acordo, ou
seus anexos, a pedido de qualquer uma delas. Leandro Daiello Coimbra

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117
Direito Internacional

Diretor-Geral da Polícia Federal do Brasil - Racismo e xenofobia,


Pela EUROPOL
Rob Wainwright - Roubo,
Diretor-Geral da EUROPOL
- Tráfico ilícito de bens culturais, incluindo an-
Anexo I tiguidades e obras de arte,
Áreas criminais
- Estelionato e fraude,
A competência da Europol abrange o crime
organizado, o terrorismo e outras formas graves - Chantagem e extorsão,
de criminalidade, listadas abaixo, que afetem
dois ou mais Estados-Membros, de modo a exi- - Contrafação e pirataria de produtos,
gir uma abordagem comum pelos Estados-Mem-
bros devido à dimensão, significado e as conse- - Falsificação de documentos administrativos
quências dos crimes. e respectivo tráfico,

As outras formas de crimes graves menciona- - Falsificação de moeda e de meios de pa-


das serão: gamento,

- Tráfico ilegal de drogas, - Crimes cibernéticos,

- Lavagem de dinheiro, - Corrupção,

- Crimes ligados a material nuclear e radioativo, - Tráfico ilícito de armas, munições e explo-
sivos,
- Redes de imigração clandestina,
- Tráfico ilícito de espécies de animais
- Tráfico de seres humanos, ameaçadas,

- Tráfico de veículos roubados, - Tráfico ilícito de espécies e variedades ve-


getais ameaçadas,
- Homicídio, lesões corporais graves,
- Crimes contra o meio ambiente,
- Tráfico ilícito de órgãos e tecidos humanos,
- Tráfico ilícito de substâncias hormonais e de
- Rapto, sequestro e tomada de reféns, outros estimulantes de crescimento.

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118
Atualização Legislativa | Maio de 2020

No que diz respeito às formas de criminali- cluir, no mínimo, a exploração da prostituição de


dade acima enumeradas, para efeitos do pre- outrem ou outras formas de exploração sexual,
sente Acordo: a produção, venda ou distribuição de material de
pornografia infantil, trabalho ou serviços força-
(a) “Crimes ligados a material nuclear e ra- dos, escravidão ou práticas análogas à escravi-
dioativo”, referem-se as infracções penais enu- dão, servidão ou a remoção de órgãos;
meradas no artigo 7 (1) da Convenção sobre a
Proteção Física de Materiais Nucleares, assina- (d) “Tráfico de veículos”, significa o roubo ou
da em Viena e em Nova York em 3 de março de desvio de automóveis, caminhões, semirrebo-
1980, e relativa a materiais nuclear e/ou radioa- ques, cargas de caminhões ou semirreboques,
tivos, definidos no artigo 197 do Tratado que ins- ônibus, motocicletas, caravans e veículos agríco-
titui a Comunidade Europeia de Energia Atômica las, veículos de serviço, peças de reposição para
e pelo Conselho Diretivo 96/29/Euratom de 13 esses veículos, e a receptação desses objetos;
de Maio de 1996 que estabelece normas bási-
cas de proteção à saúde dos trabalhadores e do (e) “Atividades de lavagem de dinheiro”’, refe-
público em geral contra os perigos resultante de rem-se as infracções penais enumeradas no artigo
radiações ionizantes1; 6 (1) a (3) da Convenção do Conselho da Europa
relativa ao Branqueamento, Detecção, Apreensão
(b) “Rede de imigração clandestina”, refere-se e Perda dos Produtos do Crime, assinada em Es-
às atividades destinadas a facilitar deliberada- trasburgo em 08 de novembro de 1990;
mente, com fins lucrativos, a entrada, estadia ou
o emprego no território dos Estados-Membros, (f) “tráfico ilegal de drogas”, referem-se as
contrária às regras e condições aplicáveis nos infracções penais enumeradas no artigo 3 (1)
Estados-Membros; da Convenção das Nações Unidas de 20 de
dezembro de 1988 contra o Tráfico Ilícito de
(c) “tráfico de seres humanos” significa o re- Estupefacientes e Substâncias Psicotrópicas
crutamento, transporte, transferência, alojamen- e nas disposições que alteram ou substituem
to ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à aquela Convenção.
ameaça ou ao uso da força ou a outras formas
de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao As formas de criminalidade referidas no artigo
abuso de poder ou de uma posição de vulnera- 3º e no presente anexo serão apreciadas pelas
bilidade ou à entrega ou aceitação de pagamen- autoridades competentes, em conformidade com
tos ou benefícios para obter o consentimento de a lei dos Estados.
uma pessoa a ser controlada por outra pessoa,
para fins de exploração. A exploração deverá in- Anexo II
Autoridades competentes e
1 – OJ L 159, 29.6.1996, p. 1. ponto de contato nacional

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119
Direito Internacional

O ponto de contato nacional para a República


Federativa do Brasil, que atuará como o ponto
central de contato entre a Europol e outras au-
toridades competentes da República Federativa
do Brasil é abaixo designado como o Serviço de
Cooperação Policial Internacional da Polícia Fe-
deral do Brasil (Polícia Federal).

A autoridade competente na República Fe-


derativa do Brasil responsável, nos termos da
legislação nacional, pela prevenção e combate
as infracções penais referidas no artigo 3 (1) do
presente Acordo é a Polícia Federal do Brasil.

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120
Atualização Legislativa | Maio de 2020

DIREITO URBANÍSTICO VII - 3 (três) FG-2.

Art. 2º Ficam extintos e transformados nos


Lei nº 14.003, de 26 de maio de 2020 cargos de que trata o art. 1º desta Lei os seguin-
tes cargos em comissão do Grupo-Direção e
Cria funções de confiança destinadas à Polí- Assessoramento Superiores - DAS alocados na
cia Federal e extingue cargos em comissão. Polícia Federal na Estrutura Regimental do Mi-
nistério da Justiça e Segurança Pública:
Faço saber que o Presidente da República ado-
tou a Medida Provisória nº 918, de 2020, que o Con- I - 1 (um) DAS-6;
gresso Nacional aprovou, e eu, Davi Alcolumbre,
Presidente da Mesa do Congresso Nacional, para II - 8 (oito) DAS-5;
os efeitos do disposto no art. 62 da Constituição Fe-
deral, com a redação dada pela Emenda Constitu- III - 17 (dezessete) DAS-4;
cional nº 32, combinado com o art. 12 da Resolução
nº 1, de 2002-CN, promulgo a seguinte Lei: IV - 40 (quarenta) DAS-3;

Art. 1º Ficam criadas, no âmbito do Poder V - 56 (cinquenta e seis) DAS-2; e


Executivo federal, por transformação dos car-
gos em comissão de que trata o art. 2º desta VI - 159 (cento e cinquenta e nove) DAS-1.
Lei, sem aumento de despesas, as seguintes
Funções Comissionadas do Poder Executivo Art. 3º Ficam criadas, no âmbito do Poder
(FCPE) e Funções Gratificadas (FG), destinadas Executivo federal, as seguintes FCPE e FG, des-
à Polícia Federal: tinadas à Polícia Federal:

I - 1 (uma) FCPE-5; I - 1 (uma) FCPE-6;

II - 10 (dez) FCPE-4; II - 7 (sete) FCPE-5;

III - 13 (treze) FCPE-3; III - 35 (trinta e cinco) FCPE-4;

IV - 145 (cento e quarenta e cinco) FCPE-2; IV - 2 (duas) FCPE-1;

V - 169 (cento e sessenta e nove) FCPE-1; V - 6 (seis) FG-1;

VI - 3 (três) FG-1; e VI - 221 (duzentas e vinte e uma) FG-2; e

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121
Direito Urbanístico

VII - 244 (duzentas e quarenta e quatro) FG-3.

Art. 4º Esta Lei produzirá efeitos na data de


entrada em vigor do decreto de alteração da Es-
trutura Regimental do Ministério da Justiça e Se-
gurança Pública.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Congresso Nacional, em 26 de maio de 2020.


199o da Independência e 132o da República

Senador Davi Alcolumbre


Presidente da Mesa do Congresso Nacional

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 26.5.2020 - Edição extra

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122
Atualização Legislativa | Maio de 2020

Medida Provisória nº 971, de 26 de maio “Art. 29-A. .......................................................


de 2020
I - Presidência e Vice-Presidência da Repú-
Aumenta a remuneração da Polícia Militar, do blica, para o exercício de cargo em comissão
Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Civil do ou função de confiança ou para a ocupação de
Distrito Federal e da Polícia Militar e do Corpo de Gratificação de Representação da Presidência
Bombeiros Militar dos Extintos Territórios Fede- da República;
rais e altera as regras de cessão da Polícia Mi-
litar, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia ...............................................................” (NR)
Civil do Distrito Federal.
Art. 3º O Anexo I à Lei nº 11.134, de 2005,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da passa a vigorar na forma do Anexo I a esta Me-
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- dida Provisória.
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com
força de lei: Art. 4º Os Anexos I e II à Lei nº 11.361, de
19 de outubro de 2006, passam a vigorar res-
Art. 1º A Lei nº 9.264, de 7 de fevereiro de 1996, pectivamente na forma dos Anexos II e III a esta
passa a vigorar com as seguintes alterações: Medida Provisória.

“Art. 12-B. ....................................................... Art. 5º O Anexo XIII à Lei nº 13.328, de 29 de


julho de 2016, passa a vigorar na forma do Ane-
I - Presidência e Vice-Presidência da Repú- xo IV a esta Medida Provisória.
blica, para o exercício de cargo em comissão
ou função de confiança ou para a ocupação de Art. 6º Esta Medida Provisória entra em vigor
Gratificação de Representação da Presidência na data de sua publicação com produção de efei-
da República; tos financeiros a partir de 1º de janeiro de 2020.

........................................................................ Brasília, 26 de maio de 2020; 199º da inde-


pendência e 132º da República.
VI-A - Estados, para o exercício de cargo de
Secretário de Estado ou cargo equivalente ao JAIR MESSIAS BOLSONARO
segundo na hierarquia da Secretaria de Estado; André Luiz de Almeida Mendonça

...............................................................” (NR) Este texto não substitui o publicado no DOU


de 26.5.2020 - Edição extra
Art. 2º A Lei nº 11.134, de 15 de julho de 2005,
passa a vigorar com as seguintes alterações:

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123
Direitos Difusos e Coletivos

DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS § 1º-A. O Plano de Mobilidade Urbana deve


ser integrado e compatível com os respectivos
planos diretores e, quando couber, com os pla-
Lei nº 14.000, de 19 de maio de 2020 nos de desenvolvimento urbano integrado e com
os planos metropolitanos de transporte e mobi-
Altera a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, lidade urbana.
que institui as diretrizes da Política Nacional de Mo-
bilidade Urbana, para dispor sobre a elaboração ........................................................................
do Plano de Mobilidade Urbana pelos Municípios.
§ 3º (Revogado).
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- § 4º O Plano de Mobilidade Urbana deve ser
no a seguinte Lei: elaborado e aprovado nos seguintes prazos:

Art. 1º O art. 24 da Lei nº 12.587, de 3 de janeiro I - até 12 de abril de 2022, para Municípios
de 2012, passa a vigorar com a seguinte redação: com mais de 250.000 (duzentos e cinquenta
mil) habitantes;
“Art. 24. ..........................................................
II - até 12 de abril de 2023, para Municípios com
§ 1º Ficam obrigados a elaborar e a aprovar até 250.000 (duzentos e cinquenta mil) habitantes.
Plano de Mobilidade Urbana os Municípios:
........................................................................
I - com mais de 20.000 (vinte mil) habitantes;
§ 7º A aprovação do Plano de Mobilidade Ur-
II - integrantes de regiões metropolitanas, re- bana pelos Municípios, nos termos do § 4º deste
giões integradas de desenvolvimento econômi- artigo, será informada à Secretaria Nacional de
co e aglomerações urbanas com população total Mobilidade e Serviços Urbanos do Ministério do
superior a 1.000.000 (um milhão) de habitantes; Desenvolvimento Regional.

III - integrantes de áreas de interesse turístico, § 8º Encerrado o prazo estabelecido no §


incluídas cidades litorâneas que têm sua dinâ- 4º deste artigo, os Municípios que não tenham
mica de mobilidade normalmente alterada nos aprovado o Plano de Mobilidade Urbana ape-
finais de semana, feriados e períodos de férias, nas poderão solicitar e receber recursos federais
em função do aporte de turistas, conforme crité- destinados à mobilidade urbana caso sejam utili-
rios a serem estabelecidos pelo Poder Executivo. zados para a elaboração do próprio plano.

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124
Atualização Legislativa | Maio de 2020

§ 9º O órgão responsável pela Política Na-


cional de Mobilidade Urbana deverá publicar a
relação dos Municípios que deverão cumprir o
disposto no § 1º deste artigo.” (NR)

Art. 2º Revoga-se o § 3º do art. 24 da Lei nº


12.587, de 3 de janeiro de 2012.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 19 de maio de 2020; 199o da Inde-


pendência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Rogério Marinho
Marcelo Henrique Teixeira Dias

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 20.5.2020

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125
Direitos Difusos e Coletivos

Lei nº 14.006, de 28 de maio de 2020 2. European Medicines Agency (EMA);

Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 3. Pharmaceuticals and Medical Devices


2020, para estabelecer o prazo de 72 (setenta e Agency (PMDA);
duas) horas para que a Agência Nacional de Vigi-
lância Sanitária (Anvisa) autorize a importação e 4. National Medical Products Administration
distribuição de quaisquer materiais, medicamen- (NMPA);
tos, equipamentos e insumos da área de saúde
registrados por autoridade sanitária estrangeira b) (revogada).
e autorizados à distribuição comercial em seus
respectivos países; e dá outras providências. ........................................................................

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber § 5º .................................................................


que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei: II – (revogado).

Art. 1º O art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de ........................................................................


fevereiro de 2020, passa a vigorar com a se-
guinte redação: § 7º .................................................................

“Art. 3º ............................................................ I – pelo Ministério da Saúde, exceto a cons-


tante do inciso VIII do caput deste artigo;
VIII – autorização excepcional e temporária
para a importação e distribuição de quaisquer II – pelos gestores locais de saúde, desde que
materiais, medicamentos, equipamentos e insu- autorizados pelo Ministério da Saúde, nas hipóte-
mos da área de saúde sujeitos à vigilância sa- ses dos incisos I, II, V e VI do caput deste artigo;
nitária sem registro na Anvisa considerados es-
senciais para auxiliar no combate à pandemia do ........................................................................
coronavírus, desde que:
IV – pela Anvisa, na hipótese do inciso VIII do
a) registrados por pelo menos 1 (uma) das caput deste artigo.
seguintes autoridades sanitárias estrangeiras
e autorizados à distribuição comercial em seus § 7º-A. (VETADO).
respectivos países:
§ 7º-A. A autorização de que trata o inciso
1. Food and Drug Administration (FDA); VIII do caput deste artigo deverá ser concedi-

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126
Atualização Legislativa | Maio de 2020

da pela Anvisa em até 72 (setenta e duas) horas Este texto não substitui o publicado no DOU
após a submissão do pedido à Agência, dispen- de 29.5.2020.
sada a autorização de qualquer outro órgão da
administração pública direta ou indireta para os
produtos que especifica, sendo concedida auto-
maticamente caso esgotado o prazo sem mani-
festação. Promulgação partes vetadas

§ 7º-B. O médico que prescrever ou ministrar


medicamento cuja importação ou distribuição te-
nha sido autorizada na forma do inciso VIII do caput
deste artigo deverá informar ao paciente ou ao seu
representante legal que o produto ainda não tem
registro na Anvisa e foi liberado por ter sido regis-
trado por autoridade sanitária estrangeira.

...............................................................” (NR)

Art. 2º Revogam-se:

I – a alínea “b” do inciso VIII do caput do art.


3º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020;

II – o inciso II do § 5º do art. 3º da Lei nº


13.979, de 6 de fevereiro de 2020.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 28 de maio de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Ernesto Henrique Fraga Araújo
Eduardo Pazzuello
José Levi Mello do Amaral Júnior

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127
Direitos Difusos e Coletivos

Lei nº 14.006, de 28 de maio de 2020 JAIR MESSIAS BOLSONARO

Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de Este texto não substitui o publicado no DOU
2020, para estabelecer o prazo de 72 (setenta e de 27.8.2020 - Edição extra
duas) horas para que a Agência Nacional de Vigi-
lância Sanitária (Anvisa) autorize a importação e *
distribuição de quaisquer materiais, medicamen-
tos, equipamentos e insumos da área de saúde
registrados por autoridade sanitária estrangeira
e autorizados à distribuição comercial em seus
respectivos países; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço sa-


ber que o Congresso Nacional decreta e eu pro-
mulgo, nos termos do parágrafo 5º do art. 66 da
Constituição Federal, as seguintes partes veta-
das da Lei nº 14.006, de 28 de maio de 2020:

“Art. 1º O art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de


fevereiro de 2020, passa a vigorar com a se-
guinte redação:

‘Art. 3º .............................................................

§ 7º-A. A autorização de que trata o inciso VIII


do caput deste artigo deverá ser concedida pela
Anvisa em até 72 (setenta e duas) horas após a
submissão do pedido à Agência, dispensada a
autorização de qualquer outro órgão da adminis-
tração pública direta ou indireta para os produtos
que especifica, sendo concedida automatica-
mente caso esgotado o prazo sem manifestação.

............................................................... (NR)”

Brasília, 27 de agosto de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

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128
Atualização Legislativa | Maio de 2020

DIREITOS HUMANOS mente e de ofício, o benefício do Programa Bol-


sa Família, ainda que haja um único beneficiário
no grupo familiar.
Lei nº 13.998, de 14 de maio de 2020
§ 2º-A. (VETADO).
Promove mudanças no auxílio emergencial
instituído pela Lei nº 13.982, de 2 de abril de § 2º-B. O beneficiário do auxílio emergen-
2020; e dá outras providências. cial que receba, no ano-calendário de 2020,
outros rendimentos tributáveis em valor supe-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber rior ao valor da primeira faixa da tabela pro-
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- gressiva anual do Imposto de Renda Pessoa
no a seguinte Lei: Física fica obrigado a apresentar a Declaração
de Ajuste Anual relativa ao exercício de 2021
Art. 1º (VETADO). e deverá acrescentar ao imposto devido o va-
lor do referido auxílio recebido por ele ou por
Art. 2º O art. 2º da Lei nº 13.982, de 2 de abril de seus dependentes.
2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:
§ 3º (VETADO).
“Art. 2º ............................................................
........................................................................
I - seja maior de 18 (dezoito) anos de idade,
salvo no caso de mães adolescentes; § 5º-A. (VETADO).

........................................................................ ........................................................................

V - (VETADO); § 9º-A. (VETADO).

........................................................................ ........................................................................

§ 1º (VETADO). § 13. Fica vedado às instituições financeiras


efetuar descontos ou compensações que impli-
§ 1º-A. (VETADO). quem a redução do valor do auxílio emergencial,
a pretexto de recompor saldos negativos ou de
§ 1º-B. (VETADO). saldar dívidas preexistentes do beneficiário, sen-
do válido o mesmo critério para qualquer tipo de
§ 2º Nas situações em que for mais vantajo- conta bancária em que houver opção de transfe-
so, o auxílio emergencial substituirá, temporaria- rência pelo beneficiário.” (NR)

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129
Direitos Humanos

Art. 3º Fica permitida a suspensão das par- Onyx Lorenzoni


celas de empréstimos contratados referentes ao Damares Regina Alves
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), para
os contratos adimplentes antes da vigência do Este texto não substitui o publicado no DOU
estado de calamidade pública reconhecido pelo de 15.5.2020
Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.

§ 1º A suspensão de que trata o caput deste


artigo é aplicável tanto aos contratos de tomado-
res do financiamento que concluíram seus cur-
sos quanto aos dos que não o fizeram.

§ 2º A suspensão de que trata o caput deste


artigo alcançará:

I - 2 (duas) parcelas, para os contratos em


fase de utilização ou carência;

II - 4 (quatro) parcelas, para os contratos em


fase de amortização.

§ 3º É facultado ao Poder Executivo prorrogar


os prazos de que tratam os incisos I e II do § 2º
deste artigo.

Art. 4º (VETADO).

Art. 5º (VETADO).

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 14 de maio de 2020; 199o da Inde-


pendência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

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130
Atualizações Legislativas
Junho de 2020

Direito Administrativo 133


Direito Civil 188
Direito do Consumidor 191
Direito do Trabalho 192
Direito Previdenciário 193
Direitos Difusos e Coletivos 289
Direitos Humanos 293
Estatuto das Pessoas com Deficiência 294
Atualização Legislativa | Junho de 2020

DIREITO ADMINISTRATIVO d) Empresa Brasil de Comunicação - EBC;

...............................................................” (NR)
Decreto nº 10.395, de 10 de junho de 2020
Art. 2º Ficam revogados os seguintes disposi-
Altera o Anexo ao Decreto nº 9.660, de 1º tivos do caput do artigo único do Anexo ao De-
de janeiro de 2019, que dispõe sobre a vincu- creto nº 9.660, de 2019:
lação das entidades da administração pública
federal indireta. I - o inciso II;

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da II - as alíneas “e”, “f” e “g” do inciso V; e


atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso
VI, alínea “a”, da Constituição, III - a alínea “a” do inciso XV.

DECRETA: Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de


sua publicação.
Art. 1º O Anexo ao Decreto nº 9.660, de 1º de
janeiro de 2019, passa a vigorar com as seguin- Brasília, 10 de junho de 2020; 199º da Inde-
tes alterações: pendência e 132º da República

“Artigo único. .................................................. JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
V - ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Marcos César Pontes
Inovações: Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira

........................................................................ Este texto não substitui o publicado no DOU


de 10.6.2020.- Edição extra
V-A - ao Ministério das Comunicações:
*
a) Agência Nacional de Telecomunicações -
Anatel;

b) Empresa Brasileira de Correios e Telégra-


fos - ECT;

c) Telecomunicações Brasileiras S.A. - Tele-


brás; e

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133
Direito Administrativo

Decreto nº 9.660, de 1º de janeiro de 2019 II - à Secretaria de Governo da Presidência


da República: Empresa Brasil de Comunicação
Dispõe sobre a vinculação das entidades da - EBC, por meio da Secretaria Especial de Co-
administração pública federal indireta. municação Social; (Revogado pelo Decreto nº
10.395, de 2020)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso III - ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
VI, alínea “a”, da Constituição, Abastecimento:

DECRETA: a) Instituto Nacional de Colonização e Refor-


ma Agrária - INCRA;
Art. 1º A vinculação das entidades da admi-
nistração pública federal indireta fica estabeleci- b) Centrais de Abastecimento de Minas Ge-
da na forma do Anexo. rais S.A. - Ceasa/MG;

Art. 2º Fica revogado o Decreto nº 8.872, de c) Companhia de Armazéns e Silos do Estado


10 de outubro de 2016 . de Minas Gerais S.A. - Casemg;

Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de d) Companhia de Entrepostos e Armazéns


sua publicação. Gerais de São Paulo - Ceagesp; (Revogada pelo
Decreto nº 10.041, de 2019)
Brasília, 1º de janeiro de 2019; 198º da Inde-
pendência e 131º da República. e) Companhia Nacional de Abastecimento -
Conab; e
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Onyx Lorenzoni f) Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu-
ária - Embrapa;
Este texto não substitui o publicado no DOU
de 1º.1.2019 - Edição especial IV - ao Ministério da Cidadania: (Revogado
pelo Decreto nº 10.108, de 2019)
Anexo
a) Autoridade de Governança do Legado
Artigo único. A vinculação das entidades da ad- Olímpico - Aglo; (Revogada pelo Decreto nº
ministração pública federal indireta é a seguinte: 10.041, de 2019)

I - à Casa Civil da Presidência da República: Ins- b) Agência Nacional do Cinema - ANCINE;


tituto Nacional de Tecnologia da Informação - ITI; (Revogado pelo Decreto nº 10.108, de 2019)

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134
Atualização Legislativa | Junho de 2020

c) Instituto do Patrimônio Histórico e Artísti- e) Agência Nacional de Telecomunicações


co Nacional - Iphan; (Revogado pelo Decreto nº - Anatel; (Revogado pelo Decreto nº 10.395,
10.108, de 2019) de 2020)

d) Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM; f) Empresa Brasileira de Correios e Telégra-


(Revogado pelo Decreto nº 10.108, de 2019) fos - ECT; (Revogado pelo Decreto nº 10.395,
de 2020)
e) Fundação Biblioteca Nacional - FBN; (Re-
vogado pelo Decreto nº 10.108, de 2019) g) Telecomunicações Brasileiras S.A. - Telebrás;
e (Revogado pelo Decreto nº 10.395, de 2020)
f) Fundação Casa de Rui Barbosa - FCRB;
(Revogado pelo Decreto nº 10.108, de 2019) h) Comissão Nacional de Energia Nuclear -
CNEN;
g) Fundação Cultural Palmares - FCP; e (Re-
vogado pelo Decreto nº 10.108, de 2019) V-A - ao Ministério das Comunicações: (Inclu-
ído pelo Decreto nº 10.395, de 2020)
h) Fundação Nacional de Artes - FUNARTE;
(Revogado pelo Decreto nº 10.108, de 2019) a) Agência Nacional de Telecomunicações -
Anatel; (Incluído pelo Decreto nº 10.395, de 2020)
V - ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Ino-
vações e Comunicações: b) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
- ECT; (Incluído pelo Decreto nº 10.395, de 2020)
V - ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ino-
vações: (Redação dada pelo Decreto nº 10.395, c) Telecomunicações Brasileiras S.A. - Tele-
de 2020) brás; e (Incluído pelo Decreto nº 10.395, de 2020)

a) Agência Espacial Brasileira - AEB; d) Empresa Brasil de Comunicação - EBC;


(Incluído pelo Decreto nº 10.395, de 2020)
b) Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico - CNPq; VI - ao Ministério da Defesa:

c) Financiadora de Estudos e Projetos - Finep; a) por meio do Comando da Marinha:

d) Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica 1. Caixa de Construções de Casas para o


Avançada S.A. - Ceitec; Pessoal da Marinha - CCCPM;

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135
Direito Administrativo

2. Empresa Gerencial de Projetos Navais - g) Caixa Econômica Federal - CEF;


Emgepron; e
h) Casa da Moeda do Brasil - CMB;
3. Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.
A. - Amazul; i) Comissão de Valores Mobiliários - CVM;

b) por meio do Comando do Exército: j) Empresa Gestora de Ativos - Emgea;

1. Fundação Habitacional do Exército - FHE; k) Empresa de Tecnologia e Informações da


Previdência - Dataprev;
2. Fundação Osório; e
l) Fundação Escola Nacional de Administra-
3. Indústria de Material Bélico do Brasil - Imbel; e ção Pública - Enap;

c) por meio do Comando da Aeronáutica: m) Fundação Instituto de Pesquisa Econômi-


ca Aplicada - Ipea;
1. Caixa de Financiamento Imobiliário da Ae-
ronáutica - CFIAe; e n) Fundação Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística - IBGE;
2. NAV Brasil Serviços de Navegação Aérea
S.A. - NAV Brasil; o ) Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Se-
gurança e Medicina do Trabalho - Fundacentro;
VII - ao Ministério da Economia:
p) Fundação de Previdência Complementar
a) Agência Brasileira Gestora de Fundos Ga- do Servidor Público Federal do Poder Executivo
rantidores e Garantias S.A. - ABGF; - Funpresp-Exe;

b) Banco Central do Brasil; q) Instituto Nacional do Seguro Social - INSS;

c) Banco da Amazônia S.A. - Basa; r) Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade


e Tecnologia - Inmetro;
d) Banco do Brasil S.A.;
s) Instituto Nacional da Propriedade Indus-
e) Banco do Nordeste do Brasil S.A. - BNB; trial - INPI;

f) Banco Nacional de Desenvolvimento Eco- t) Serviço Federal de Processamento de Da-


nômico e Social - BNDES; dos - Serpro;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

u) Superintendência de Seguros Privados - e) Fundação Joaquim Nabuco;


Susep;
f) Fundações Universidades:
v) Superintendência Nacional de Previdência
Complementar - Previc; e 1. do Amazonas; e

v) Superintendência Nacional de Previdência 2. de Brasília;


Complementar - Previc; (Redação dada pelo De-
creto nº 10.041, de 2019) g) Fundações Universidades Federais:

w) Superintendência da Zona Franca de Ma- 1. do ABC;


naus - Suframa;
2. do Acre;
w) Superintendência da Zona Franca de Ma-
naus - Suframa; e (Redação dada pelo Decreto 3. do Amapá;
nº 10.041, de 2019)
4. da Grande Dourados;
x) Companhia de Entrepostos e Armazéns
Gerais de São Paulo - Ceagesp; (Incluída pelo 5. do Maranhão;
Decreto nº 10.041, de 2019)
6. de Mato Grosso;
VIII - ao Ministério da Educação:
7. de Mato Grosso do Sul;
a) Centros Federais de Educação Tecno-
lógica: 8. de Ouro Preto;

1. Celso Suckow da Fonseca - Cefet-RJ; e 9. de Pelotas;

2. de Minas Gerais; 10. do Piauí;

b) Colégio Pedro II; 11. do Rio Grande;

c) Fundação Coordenação de Aperfeiçoa- 12. de Rondônia;


mento de Pessoal de Nível Superior - Capes;
13. de Roraima;
d) Fundação Universidade Federal de Ciên-
cias da Saúde de Porto Alegre; 14. de São Carlos;

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137
Direito Administrativo

15. de São João del-Rei; 6. Baiano;

16. de Sergipe; 
17. do Tocantins; 7. de Brasília;

18. do Vale do São Francisco; 8. do Ceará;

19. de Viçosa; 9. do Espírito Santo;

20. do Pampa; 10. de Goiás;

21. do Estado do Rio de Janeiro; e 11. Goiano;

22. de Uberlândia; 12. do Maranhão;

h) Fundo Nacional de Desenvolvimento da 13. de Minas Gerais;


Educação - FNDE;
14. do Norte de Minas Gerais;
i) Hospital de Clínicas de Porto Alegre - HCPA;
15. do Sudeste de Minas Gerais;
j) Empresa Brasileira de Serviços Hospitala-
res - EBSERH; 16. do Sul de Minas Gerais;

k) Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 17. do Triângulo Mineiro;


Educacionais Anísio Teixeira - INEP;
18. de Mato Grosso;
l) Institutos Federais:
19. de Mato Grosso do Sul;
1. do Acre;
20. do Pará;
2. de Alagoas;
21. da Paraíba;
3. do Amapá;
22. de Pernambuco;
4. do Amazonas;
23. do Sertão Pernambucano;
5. da Bahia;
24. do Piauí;

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138
Atualização Legislativa | Junho de 2020

25. do Paraná; 5. do Ceará;

26. do Rio de Janeiro; 6. do Espírito Santo;

27. Fluminense; 7. Fluminense;

28. do Rio Grande do Norte; 8. de Goiás;

29. do Rio Grande do Sul; 9. de Itajubá;

30. Farroupilha; 10. de Juiz de Fora;

31. Sul-rio-grandense; 11. de Lavras;

32. de Rondônia; 12. de Minas Gerais;

33. de Roraima; 13. de Pernambuco;

34. de Santa Catarina; 14. de Santa Catarina;

35. Catarinense; 15. de Santa Maria;

36. de São Paulo; 16. de São Paulo;

37. de Sergipe; e 17. do Pará;

38. de Tocantins; 18. da Paraíba;

m) Universidades Federais: 19. do Paraná;

1. de Alagoas; 20. do Recôncavo da Bahia;

2. de Alfenas; 21. do Rio Grande do Norte;

3. da Bahia; 22. do Rio Grande do Sul;

4. de Campina Grande; 23. do Rio de Janeiro;

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139
Direito Administrativo

24. Rural da Amazônia; 10.041, de 2019)

25. Rural de Pernambuco; 41. de Rondonópolis;

26. Rural do Rio de Janeiro; 41. de Rondonópolis; e (Redação dada pelo


Decreto nº 10.041, de 2019)
27. Rural do Semiárido;
42. do Norte do Tocantins; (Incluído pelo De-
28. do Triângulo Mineiro; creto nº 10.041, de 2019)

29. dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; n) Universidade Tecnológica Federal do Paraná; e

30. da Fronteira Sul; o) Universidade da Integração Internacional


da Lusofonia Afro-Brasileira;
31. da Integração Latino-Americana;
IX - ao Ministério da Infraestrutura:
32. do Oeste do Pará;
a) Agência Nacional de Transportes Aquaviá-
33. do Cariri; rios - ANTAQ;

34. do Sul e Sudeste do Pará; b) Agência Nacional de Transportes Terres-


tres - ANTT;
35. do Oeste da Bahia;
c) Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC;
36. do Sul da Bahia;
d) Departamento Nacional de Infraestrutura
37. do Agreste de Pernambuco; de Transportes - DNIT;

38. do Delta do Parnaíba; e) VALEC - Engenharia, Construções e Fer-


rovias S.A.;
39. de Catalão;
f) Companhia Docas do Maranhão - Codomar;
40. de Jataí; e
g) Companhia Docas do Ceará - CDC;
40. de Jataí; (Redação dada pelo Decreto nº

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140
Atualização Legislativa | Junho de 2020

h) Companhia Docas do Espírito Santo - Codesa; f) Superintendência do Desenvolvimento da


Amazônia - SUDAM;
i) Companhia das Docas do Estado da Bahia
- Codeba; g) Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste - SUDENE; e
j) Companhia Docas do Estado de São Paulo -
Codesp; h) Superintendência do Desenvolvimento do
Centro-Oeste - SUDECO;
k) Companhia Docas do Pará - CDP;
XI - ao Ministério da Justiça e Segurança Pú-
l) Companhia Docas do Rio Grande do Norte - blica: Conselho Administrativo de Defesa Econô-
Codern; mica - Cade;

m) Companhia Docas do Rio de Janeiro - XI - ao Ministério da Justiça e Segurança Pú-


CDRJ; blica: (Redação dada pelo Decreto nº 10.041,
de 2019)
n) Empresa Brasileira de Infraestrutura Aero-
portuária - Infraero; e a) Conselho Administrativo de Defesa Econô-
mica – Cade; e (Incluída pelo Decreto nº 10.041,
o) Empresa de Planejamento e Logística - EPL; de 2019)

X - ao Ministério do Desenvolvimento Regional: b) Fundação Nacional do Índio - Funai; (Inclu-


ída pelo Decreto nº 10.041, de 2019)
a) Agência Nacional de Águas - ANA;
XII - ao Ministério do Meio Ambiente:
b) Companhia de Desenvolvimento dos Vales
do São Francisco e do Parnaíba - Codevasf; a ) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
c) Companhia Brasileira de Trens Urbanos -
CBTU; b) Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade - Instituto Chico Mendes; e
d) Departamento Nacional de Obras Contra
as Secas - Dnocs; c) Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do
Rio de Janeiro - JBRJ;
e ) Empresa de Trens Urbanos de Porto Ale-
gre S.A. - Trensurb; XIII - ao Ministério de Minas e Energia:

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Direito Administrativo

a) Agência Nacional de Energia Elétrica - XV - ao Ministério do Turismo: (Redação dada


ANEEL; pelo Decreto nº 10.108, de 2019)

b) Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural a) Instituto Brasileiro de Turismo - Embratur;


e Biocombustíveis - ANP; (Incluída pelo Decreto nº 10.108, de 2019) (Re-
vogado pelo Decreto nº 10.395, de 2020)
c) Agência Nacional de Mineração - ANM;
b) Agência Nacional do Cinema - ANCINE;
d) Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobrás; (Incluída pelo Decreto nº 10.108, de 2019)

e) Companhia de Pesquisa de Recursos Mi- c) Instituto do Patrimônio Histórico e Artísti-


nerais - CPRM; co Nacional - Iphan; (Incluída pelo Decreto nº
10.108, de 2019)
f) Empresa de Pesquisa Energética - EPE;
d) Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM; (In-
g) Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras; cluída pelo Decreto nº 10.108, de 2019)

h) Empresa Brasileira de Administração de e) Fundação Biblioteca Nacional - FBN; (In-


Petróleo e Gás Natural S.A. - Pré-Sal Petróleo cluída pelo Decreto nº 10.108, de 2019)
S.A. - PPSA;
f) Fundação Casa de Rui Barbosa - FCRB;
i) Indústrias Nucleares do Brasil - INB; e (Incluída pelo Decreto nº 10.108, de 2019)

j) Nuclebrás Equipamentos Pesados - Nuclep; g) Fundação Cultural Palmares - FCP; e (In-


cluída pelo Decreto nº 10.108, de 2019)
XIV - ao Ministério da Mulher, da Família e
dos Direitos Humanos: Fundação Nacional h) Fundação Nacional de Artes - FUNARTE;
do Índio - Funai; (Vide ADI 6062-MC-REF/DF, (Incluída pelo Decreto nº 10.108, de 2019)
de 2019) (Vide ADI 6174-MC-REF, de 2019)
(Vide ADI 6172-MC-REF, de 2019) (Vide ADI XVI - ao Ministério das Relações Exteriores:
6173-MC-REF, de 2019) (Revogado pelo Decre- Fundação Alexandre de Gusmão; e
to nº 10.041, de 2019)
XVII - ao Ministério da Saúde:
XV - ao Ministério do Turismo: Instituto Brasi-
leiro de Turismo - Embratur; a) Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

b) Agência Nacional de Vigilância Sanitária -


ANVISA;

c) Empresa Brasileira de Hemoderivados e


Biotecnologia - HEMOBRÁS;

d) Fundação Nacional de Saúde - FUNASA;

e) Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ; e

f) Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A.

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143
Direito Administrativo

Lei nº 14.011, de 10 de junho de 2020 Federal e os Municípios em cujos territórios se


localizem e, observados os procedimentos licita-
Aprimora os procedimentos de gestão e alie- tórios previstos em lei, celebrar contratos com a
nação dos imóveis da União; altera as Leis nos iniciativa privada.” (NR)
6.015, de 31 de dezembro de 1973, 9.636, de
15 de maio de 1998, 13.240, de 30 de dezem- “Art. 4º Os Estados, o Distrito Federal, os
bro de 2015, 13.259, de 16 de março de 2016, Municípios e a iniciativa privada, a critério da
e 10.204, de 22 de fevereiro de 2001, e o De- Secretaria de Coordenação e Governança do
creto-Lei nº 2.398, de 21 de dezembro de 1987; Patrimônio da União, observadas as instruções
revoga dispositivos das Leis nos 9.702, de 17 de que regulamentam a matéria, poderão firmar,
novembro de 1998, 11.481, de 31 de maio de mediante convênios ou contratos com essa Se-
2007, e 13.874, de 20 de setembro de 2019; e cretaria, compromisso para executar ações de
dá outras providências. demarcação, de cadastramento, de avaliação,
de venda e de fiscalização de áreas do patrimô-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber nio da União, assim como para o planejamento,
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- a execução e a aprovação dos parcelamentos
no a seguinte Lei: urbanos e rurais.

Art. 1º (VETADO). ........................................................................

Art. 2º (VETADO). § 2º Como retribuição pelas obrigações as-


sumidas na elaboração dos projetos de parce-
Art. 3º A Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998, lamentos urbanos e rurais, os Estados, o Distrito
passa a vigorar com as seguintes alterações: Federal, os Municípios e a iniciativa privada farão
jus a parte das receitas provenientes da aliena-
“Art. 1º É o Poder Executivo autorizado, por ção dos imóveis da União, no respectivo projeto
intermédio da Secretaria de Coordenação e Go- de parcelamento, até a satisfação integral dos
vernança do Patrimônio da União da Secretaria custos por eles assumidos, observado que:
Especial de Desestatização, Desinvestimento e
Mercados do Ministério da Economia, a execu- I - (revogado);
tar ações de identificação, de demarcação, de
cadastramento, de registro e de fiscalização dos II - (revogado);
bens imóveis da União e a regularizar as ocupa-
ções desses imóveis, inclusive de assentamen- III - os contratos e convênios firmados em con-
tos informais de baixa renda, e poderá, para tan- formidade com o disposto no caput deste artigo
to, firmar convênios com os Estados, o Distrito deverão ser registrados nas matrículas dos imóveis;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

IV - o interessado que optar pela aquisição da § 1º (Revogado).


área por ele ocupada poderá desmembrar parte
de seu imóvel para fins de pagamento dos cus- § 2º (Revogado).
tos da regularização, respeitado o limite mínimo
de parcelamento definido no plano diretor do § 3º (Revogado).
Município em que se encontre;
§ 4º Os Municípios e o Distrito Federal forne-
V - a partir da assinatura dos contratos ou cerão à Secretaria de Coordenação e Governan-
convênios, as taxas de ocupação poderão ser ça do Patrimônio da União, até 30 de junho de
revertidas para amortizar os custos da regulari- cada ano, o valor venal dos terrenos localizados
zação no momento da alienação, desde que o sob sua jurisdição, para subsidiar a atualização
ocupante esteja adimplente e seja comprovada da base de dados da referida Secretaria.
a sua participação no financiamento dos custos
para regularização do parcelamento; ........................................................................

VI - o domínio útil ou pleno dos lotes resultan- § 7º Ato do Secretário de Coordenação e Go-
tes de projetos urbanísticos poderá ser vendido vernança do Patrimônio da União disporá sobre
para o ressarcimento dos projetos de parcela- as condições para o encaminhamento dos da-
mento referidos no caput deste parágrafo; dos de que trata o § 4º deste artigo.

VII - os custos para a elaboração das peças § 8º O lançamento de débitos relacionados


técnicas necessárias à regularização de imóvel ao foro, à taxa de ocupação e a outras receitas
da União, para fins de alienação, poderão ser extraordinárias:
abatidos do valor do pagamento do imóvel no
momento da sua aquisição. I - utilizará como parâmetro o valor do do-
mínio pleno do terreno estabelecido de acordo
...............................................................” (NR) com o disposto no caput deste artigo; e

“Art. 11-B. O valor do domínio pleno do terre- II - observará o percentual de atualização


no da União será obtido com base na planta de de, no máximo, 5 (cinco) vezes a variação acu-
valores da Secretaria de Coordenação e Gover- mulada do Índice Nacional de Preços ao Con-
nança do Patrimônio da União. sumidor Amplo (IPCA) do exercício anterior,
aplicado sobre os valores cobrados no ano
I - (revogado); anterior, ressalvada a correção de inconsis-
tências cadastrais ou a existência de avaliação
II - (revogado). válida do imóvel.

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145
Direito Administrativo

§ 9º A Secretaria de Coordenação e Gover- de precisão compatíveis com os riscos aceitos,


nança do Patrimônio da União atualizará a planta nos termos estabelecidos em ato do Secretário
de valores anualmente e estabelecerá os valo- de Coordenação e Governança do Patrimônio da
res mínimos para fins de cobrança dos débitos a União, desde que esses métodos:
que se refere o § 8º deste artigo.
I - sejam previamente aprovados pela Secre-
§ 10. (VETADO).” (NR) taria de Coordenação e Governança do Patrimô-
nio da União;
“Art. 11-C. As avaliações para fins de aliena-
ção onerosa dos domínios pleno, útil ou direto de II - sejam baseados em critérios, premissas e
imóveis da União, permitida a contratação da Cai- procedimentos objetivos, documentados, passí-
xa Econômica Federal ou de empresas públicas, veis de verificação pelos órgãos de controle e
órgãos ou entidades da administração pública di- disponíveis em sistema eletrônico de dados; e
reta ou indireta da União, do Distrito Federal, dos
Estados ou dos Municípios cuja atividade-fim seja III - propiciem a geração de relatório individu-
o desenvolvimento urbano ou imobiliário, com alizado da precificação do imóvel.
dispensa de licitação, ou de empresa privada, por
meio de licitação, serão realizadas: § 6º As avaliações poderão ser realizadas sem
que haja visita presencial, por meio de modelos
I - pela Secretaria de Coordenação e Gover- de precificação, automatizados ou não, nos ter-
nança do Patrimônio da União; ou mos dos §§ 4º e 5º deste artigo.

II - pelo órgão ou entidade pública gestora § 7º Os laudos de avaliação dos imóveis elabora-
responsável pelo imóvel. dos por empresas especializadas serão homologa-
dos pela Secretaria de Coordenação e Governança
........................................................................ do Patrimônio da União ou pelo órgão ou entidade
pública gestora do imóvel, por meio de modelos
§ 4º Nas hipóteses de venda de terrenos de até preestabelecidos e sistema automatizado.
250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados)
em área urbana, ou de imóveis rurais de até o li- § 8º É dispensada a homologação de que tra-
mite do módulo fiscal, definido pelo Instituto Na- ta o § 7º deste artigo dos laudos de avaliação
cional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), realizados por banco público federal ou por em-
será admitida a avaliação por planta de valores. presas públicas.

§ 5º A avaliação de que trata o § 4º deste ar- § 9º O órgão ou a entidade pública gestora


tigo será baseada em métodos estatísticos las- poderá estabelecer que o laudo de avaliação
treados em pesquisa mercadológica e em níveis preveja os valores para a venda do imóvel de

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

acordo com prazo inferior à média de absorção § 2º Os laudos de avaliação dos imóveis ela-
do mercado. borados pelos avaliadores serão homologados
pela Secretaria de Coordenação e Governança
§ 10. A Secretaria de Coordenação e Gover- do Patrimônio da União ou pelo órgão ou entida-
nança do Patrimônio da União poderá utilizar o de pública gestora do imóvel, por meio de mo-
valor estimado nos laudos de avaliação para fins delos preestabelecidos e sistema automatizado.
de venda do imóvel em prazo menor do que a
média de absorção do mercado. § 3º O profissional ou empresa que atender
aos critérios estabelecidos no ato a que se re-
§ 11. É vedada a avaliação por empresas es- fere o caput deste artigo será automaticamente
pecializadas cujos sócios sejam servidores da considerado habilitado, sem necessidade de de-
Secretaria de Coordenação e Governança do claração da Secretaria de Coordenação e Gover-
Patrimônio da União ou da Secretaria Especial nança do Patrimônio da União.”
de Desestatização, Desinvestimento e Mercados
do Ministério da Economia, ou seus parentes, “Art. 16-I. Os imóveis submetidos ao regi-
em linha reta ou colateral, por consanguinidade me enfitêutico com valor de remição do domí-
ou afinidade, até o terceiro grau, inclusive. nio direto do terreno até o limite estabelecido
em ato do Ministro de Estado da Economia
§ 12. Ato do Secretário de Coordenação e terão, mediante procedimento simplificado, a
Governança do Patrimônio da União disporá so- remição do foro autorizada, e o domínio pleno
bre critérios técnicos para a elaboração e a ho- será consolidado em nome dos atuais foreiros
mologação dos laudos de avaliação.” (NR) que estejam regularmente cadastrados na Se-
cretaria de Coordenação e Governança do Pa-
“Art. 11-D. Ato do Secretário de Coordenação trimônio da União e que estejam em dia com
e Governança do Patrimônio da União estabele- suas obrigações.
cerá critérios técnicos e impessoais para habili-
tação de profissionais com vistas à execução de § 1º O valor para remição do foro dos imóveis
medidas necessárias ao processo de alienação enquadrados no caput deste artigo será definido
dos bens imóveis da União. de acordo com a planta de valores da Secretaria
de Coordenação e Governança do Patrimônio da
§ 1º A remuneração do profissional habili- União, observado, no que couber, o disposto no
tado pela Secretaria de Coordenação e Go- art. 11-C desta Lei.
vernança do Patrimônio da União será devida
somente na hipótese de êxito do processo de § 2º Os imóveis sujeitos à alienação nos ter-
alienação correspondente. mos deste artigo serão remidos mediante venda

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Direito Administrativo

direta ao atual foreiro, dispensada a edição de interesse da União, admitida a contrapartida em


portaria específica. imóveis da União que não sejam objeto da cessão.

§ 3º Os imóveis com valor do domínio dire- § 11. A cessão com contrapartida será cele-
to do terreno superior ao estabelecido em ato brada sob condição resolutiva até que a obriga-
do Ministro de Estado da Economia poderão ser ção seja integralmente cumprida pelo cessionário.
alienados nos termos do art. 16-A desta Lei.
§ 12. Na hipótese de descumprimento pelo
§ 4º A hipótese de que trata este artigo está cessionário da contrapartida, nas condições e nos
condicionada à edição de ato do Secretário de prazos estabelecidos, o instrumento jurídico da
Coordenação e Governança do Patrimônio da cessão resolver-se-á sem direito à indenização pe-
União que discipline os procedimentos e o cro- las acessões e benfeitorias nem a qualquer outra
nograma dos imóveis abrangidos.” indenização ao cessionário, e a posse do imóvel
será imediatamente revertida para a União.” (NR)
“Art. 18. ..........................................................
“Art. 23-A. Qualquer interessado poderá
§ 6º ................................................................. apresentar proposta de aquisição de imóveis da
União que não estejam inscritos em regime enfi-
III - espaços físicos em corpos d’água de do- têutico ou em ocupação, mediante requerimento
mínio da União para fins de aquicultura, no âm- específico à Secretaria de Coordenação e Go-
bito da regularização aquícola desenvolvida por vernança do Patrimônio da União.
órgãos ou entidades da administração pública.
§ 1º O requerimento de que trata o caput des-
§ 6º-A. Os espaços físicos a que refere o in- te artigo não gera para a administração pública
ciso III do § 6º deste artigo serão cedidos ao re- federal obrigação de alienar o imóvel nem direito
querente que tiver projeto aprovado perante a subjetivo à aquisição.
Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e de- § 2º A Secretaria de Coordenação e Gover-
mais órgãos da administração pública. nança do Patrimônio da União manifestar-se-á
sobre o requerimento de que trata o caput deste
........................................................................ artigo e avaliará a conveniência e a oportunidade
de alienar o imóvel.
§ 10. A cessão de que trata este artigo pode-
rá estabelecer como contrapartida a obrigação de § 3º Na hipótese de manifestação favorável
construir, reformar ou prestar serviços de engenha- da Secretaria de Coordenação e Governança
ria em imóveis da União ou em bens móveis de do Patrimônio da União, se o imóvel não possuir

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

avaliação dentro do prazo de validade, o interes- VII - o preço mínimo de venda será fixado
sado providenciará, a expensas dele, avaliação com base no valor de mercado do imóvel, esta-
elaborada por avaliador habilitado ou empresa belecido na forma dos arts. 11-C, 11-D e 23-A
especializada, nos termos dos §§ 1º, 7º e 8º do desta Lei; e
art. 11-C desta Lei.
........................................................................
§ 4º Compete à Secretaria de Coordenação e
Governança do Patrimônio da União homologar § 1º (Revogado).
os laudos de avaliação e iniciar o processo de
alienação do imóvel, observado o disposto no ........................................................................
art. 24 desta Lei.
§ 6º O interessado que tiver custeado a avalia-
§ 5º A homologação de avaliação pela Secreta- ção poderá adquirir o imóvel, em condições de
ria de Coordenação e Governança do Patrimônio igualdade com o vencedor da licitação, na hipó-
da União não constituirá nenhum direito ao interes- tese de não serem exercidos os direitos previs-
sado, e a Secretaria poderá desistir da alienação. tos nos §§ 3º e 3º-A deste artigo.

§ 6º As propostas apresentadas que não § 7º O vencedor da licitação ressarcirá os gas-


cumprirem os requisitos mínimos ou que forem tos com a avaliação diretamente àquele que a ti-
descartadas de plano pela Secretaria de Coor- ver custeado, na hipótese de o vencedor ser outra
denação e Governança do Patrimônio da União pessoa, observados os limites de remuneração da
serão desconsideradas. avaliação estabelecidos pelo Secretário de Coor-
denação e Governança do Patrimônio da União.
§ 7º As propostas apresentadas nos termos
deste artigo serão disponibilizadas pela Secreta- § 8º Os procedimentos licitatórios de que trata
ria de Coordenação e Governança do Patrimônio este artigo poderão ser realizados integralmente
da União em sua página na internet, exceto as por meio de recursos de tecnologia da informação,
propostas de que trata o § 6º deste artigo. com a utilização de sistemas próprios ou disponibi-
lizados por terceiros, mediante acordo ou contrato.
§ 8º Ato do Secretário de Coordenação e Go-
vernança do Patrimônio da União disporá sobre § 9º Os procedimentos específicos a serem
o conteúdo e a forma do requerimento de que adotados na execução do disposto no § 8º des-
trata o caput deste artigo.” te artigo serão estabelecidos em ato específico
do Secretário de Coordenação e Governança do
“Art. 24. .......................................................... Patrimônio da União.” (NR)

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Direito Administrativo

“Art. 24-A. ....................................................... lizar a alienação de imóveis da União por lote, se


essa modalidade implicar, conforme demonstra-
Parágrafo único. (Revogado). do em parecer técnico:

§ 1º Na hipótese de concorrência ou leilão I - maior valorização dos bens;


público deserto ou fracassado, a Secretaria de
Coordenação e Governança do Patrimônio da II - maior liquidez para os imóveis cuja aliena-
União poderá realizar segunda concorrência ou ção isolada seja difícil ou não recomendada; ou
leilão público com desconto de 25% (vinte e cin-
co por cento) sobre o valor de avaliação vigente. III - outras situações decorrentes das práticas
normais do mercado ou em que se observem
§ 2º Na hipótese de concorrência ou leilão pú- condições mais vantajosas para a administração
blico deserto ou fracassado por 2 (duas) vezes pública, devidamente fundamentadas.
consecutivas, os imóveis serão disponibilizados
automaticamente para venda direta, aplicado o Parágrafo único. A alienação por lote a que
desconto de 25% (vinte e cinco por cento) sobre se refere o caput deste artigo somente poderá
o valor de avaliação. ser adotada após o encerramento da vigência
do estado de emergência em saúde pública a
§ 3º A compra de imóveis da União disponibi- que se refere a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro
lizados para venda direta poderá ser intermedia- de 2020.”
da por corretores de imóveis.
“Art. 24-C. A Secretaria de Coordenação e
§ 4º Na hipótese de que trata o § 3º deste Governança do Patrimônio da União poderá
artigo, caberá ao comprador o pagamento dos contratar empresas privadas, por meio de lici-
valores de corretagem. tação, ou bancos públicos federais, bem como
empresas públicas, órgãos ou entidades da ad-
§ 5º Na hipótese de realização de leilão ele- ministração pública direta ou indireta da União,
trônico, nos termos do § 8º do art. 24 desta Lei, do Distrito Federal, dos Estados ou dos Municí-
a Secretaria de Coordenação e Governança do pios cuja atividade-fim seja o desenvolvimento
Patrimônio da União poderá realizar sessões urbano ou imobiliário, com dispensa de licita-
públicas com prazos definidos e aplicar des- ção, e celebrar convênios ou acordos de coo-
contos sucessivos, até o limite de 25% (vinte peração com os demais entes da Federação e
e cinco por cento) sobre o valor de avaliação seus órgãos para:
vigente.” (NR)
I - elaboração de propostas de alienação para
“Art. 24-B. A Secretaria de Coordenação e bens individuais ou lotes de ativos imobiliários
Governança do Patrimônio da União poderá rea- da União;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

II - execução de ações de cadastramento, de “Art. 24-D. A Secretaria de Coordenação e


regularização, de avaliação e de alienação dos Governança do Patrimônio da União poderá
bens imóveis; e contratar o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), com dispensa de
III - execução das atividades de alienação dos licitação, para a realização de estudos e a execu-
ativos indicados, incluídas a realização do proce- ção de plano de desestatização de ativos imobi-
dimento licitatório e a representação da União na liários da União.
assinatura dos instrumentos jurídicos indicados.
§ 1º A desestatização referida no caput deste
§ 1º Fica dispensada a homologação da ava- artigo poderá ocorrer por meio de:
liação realizada, nos termos deste artigo, por
bancos públicos federais ou empresas públicas, I - remição de foro, alienação mediante venda
órgãos ou entidades da administração pública ou permuta, cessão ou concessão de direito real
direta ou indireta da União, do Distrito Fede- de uso;
ral, dos Estados ou dos Municípios que tenham
como atividade-fim o desenvolvimento urbano II - constituição de fundos de investimento
ou imobiliário, bem como nas hipóteses de con- imobiliário e contratação de seus gestores e ad-
vênios ou acordos de cooperação firmados com ministradores, conforme legislação vigente; ou
órgãos ou entidades da administração pública
federal, estadual, distrital ou municipal. III - qualquer outro meio admitido em lei.

§ 2º A remuneração fixa, a remuneração va- § 2º Os atos de que trata o inciso I do § 1º


riável ou a combinação das duas modalidades, deste artigo dependem de ratificação pela Se-
em percentual da operação concluída, poderá cretaria de Coordenação e Governança do Patri-
ser admitida, além do ressarcimento dos gastos mônio da União.
efetuados com terceiros necessários à execução
dos processos de alienação previstos neste arti- § 3º A execução do plano de desestatização
go, conforme estabelecido em ato do Secretário poderá incluir as ações previstas nos incisos I, II
de Coordenação e Governança do Patrimônio da e III do caput do art. 24-C desta Lei.
União e no ato de contratação.
§ 4º A remuneração fixa, a remuneração va-
§ 3º Outras condições para a execução das riável ou a combinação das duas modalidades,
ações previstas neste artigo serão estabelecidas no percentual de até 3% (três por cento) sobre
em ato do Secretário de Coordenação e Gover- a receita pública decorrente de cada plano de
nança do Patrimônio da União.” desestatização, poderá ser admitida, além do

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151
Direito Administrativo

ressarcimento dos gastos efetuados com ter- § 5º Os templos religiosos poderão, nos ter-
ceiros necessários à execução dos planos de mos do caput deste artigo, ser alienados aos seus
desestatização previstos neste artigo, conforme ocupantes com desconto de 25% (vinte e cinco
estabelecido em regulamento e no instrumento por cento), nos termos do art. 11 desta Lei.” (NR)
de contratação.”
“Art. 20. ..........................................................
“Art. 32-A. A Secretaria de Coordenação e
Governança do Patrimônio da União será res- § 4º Os fundos referidos no caput deste artigo
ponsável pelo acompanhamento e monitora- poderão ter por objeto a realização de progra-
mento dos dados patrimoniais recebidos dos ór- mas de regularização fundiária, rural ou urbana,
gãos e das entidades da administração pública de que tratam as Leis nos 9.636, de 15 de maio
federal e pelo apoio à realização das operações de 1998, e 13.465, de 11 de julho de 2017, com
de alienação de bens imóveis. o encargo de que as áreas inseridas nas poligo-
nais dos programas sejam regularizadas e aliena-
§ 1º É obrigação dos órgãos e das entidades das aos seus ocupantes, sempre que possível, e,
da administração pública manter inventário atua- além das matérias referidas no § 2º deste artigo,
lizado dos bens imóveis sob sua gestão, públicos devem estar previstas em seus regulamentos as
ou privados, e disponibilizá-lo à Secretaria de Co- seguintes disposições:
ordenação e Governança do Patrimônio da União.
I - previsão de ressarcimento aos fundos dos
§ 2º A Secretaria de Coordenação e Gover- encargos de aprovação de projetos de parcela-
nança do Patrimônio da União será responsável mento e registro dos imóveis situados na poligonal;
pela compilação dos dados patrimoniais recebi-
dos dos órgãos, das autarquias e das fundações II - obrigação de alienar, ou conceder gratuita-
públicas e pelo apoio à realização das operações mente, os imóveis regularizados aos seus ocupantes;
de alienação de bens regidas por esta Lei.
III - permissão para amortizar os custos da re-
§ 3º As demais condições para a execução gularização por meio de imóveis disponíveis, não
das ações previstas neste artigo serão estabe- ocupados ou alienados, situados na poligonal do
lecidas em ato do Secretário de Coordenação e projeto de regularização;
Governança do Patrimônio da União.”
IV - previsão de que os imóveis regularizados e
Art. 4º A Lei nº 13.240, de 30 de dezembro de não ocupados disponíveis dentro da poligonal de-
2015, passa a vigorar com as seguintes alterações: verão, preferencialmente, ser alienados, poden-
do, no entanto, ser retidos no fundo até a integra-
“Art. 4º ............................................................ lização do custo do programa de regularização;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

V - previsão de que poderão ser livremente Mercados do Ministério da Economia, observa-


alienados os imóveis desocupados e fora da po- do o disposto na legislação relativa ao patrimô-
ligonal da regularização fundiária. nio imobiliário da União.

§ 5º Em caso de imóveis em que recaia in- § 1º (Revogado).


teresse público ou de imóveis de uso especial,
bem como no caso de necessidade de realiza- § 2º (Revogado).
ção de obras de infraestrutura, os fundos de re-
gularização de que trata o § 6º deste artigo po- § 3º Para fins do disposto neste artigo, o Insti-
derão utilizar as receitas de alienação de outros tuto Nacional do Seguro Social (INSS) publicará
imóveis situados na poligonal para ressarcimen- a listagem dos imóveis operacionais e não ope-
to dos custos efetivamente incorridos. racionais que constituem o patrimônio imobiliá-
rio do Fundo do Regime Geral de Previdência
§ 6º Ficam os fundos com o objeto descrito Social e transferirá a gestão dos imóveis não
no § 4º deste artigo sujeitos ao regime de que operacionais para a Secretaria de Coordenação
trata a Lei nº 8.668, de 25 de junho de 1993 e Governança do Patrimônio da União.

§ 7º As quotas dos fundos com o objeto des- § 4º Sempre que possível, a Secretaria de
crito no § 4º deste artigo constituem valores mo- Coordenação e Governança do Patrimônio da
biliários sujeitos ao regime da Lei nº 6.385, de 7 União providenciará a conversão do patrimônio
de dezembro de 1976. imobiliário de que trata o caput deste artigo em
recursos financeiros, por meio dos mecanismos
§ 8º A integralização de bens e direitos imo- de alienação e de utilização onerosa.
biliários da União nos fundos de que trata este
artigo poderá ser feita com base em laudo de § 5º Os recursos financeiros resultantes da
avaliação homologado pela Secretaria de Coor- alienação ou da utilização onerosa dos imóveis de
denação e Governança do Patrimônio da União que trata o § 4º deste artigo serão destinados ao
e aprovado pela assembleia de cotistas, exceto Fundo do Regime Geral de Previdência Social.
quando se tratar da primeira oferta pública de
distribuição de quotas do fundo.” (NR) § 6º A Secretaria de Coordenação e Gover-
nança do Patrimônio da União, em conjunto com
“Art. 22. Os imóveis não operacionais que o INSS, nos termos de regulamento, identificará
constituem o patrimônio imobiliário do Fundo os imóveis que não tenham aproveitamento eco-
do Regime Geral de Previdência Social serão nômico ou não apresentem potencial imediato
geridos pela Secretaria de Coordenação e Go- de alienação ou de utilização onerosa e que po-
vernança do Patrimônio da União da Secretaria derão ser objeto de outras formas de destinação,
Especial de Desestatização, Desinvestimento e inclusive no âmbito de programas habitacionais

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Direito Administrativo

e de regularização fundiária destinados à popu- § 11. Aplica-se o disposto no caput deste arti-
lação de baixa renda. go aos imóveis funcionais ocupados ou não que
constituam o patrimônio imobiliário do Fundo do
§ 7º Na hipótese de a Secretaria de Coorde- Regime Geral de Previdência Social.
nação e Governança do Patrimônio da União
dar destinação não econômica aos imóveis de § 12. As medidas necessárias para a opera-
que trata este artigo, nos termos do § 6º, a cionalização do disposto neste artigo serão ob-
União recomporá o Fundo do Regime Geral jeto de ato conjunto da Secretaria de Coordena-
de Previdência Social por meio de permuta ção e Governança do Patrimônio da União, da
de imóveis com valor equivalente, conforme Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
avaliação de valor de mercado realizada nos Ministério da Economia e do INSS.” (NR)
12 (doze) meses anteriores, prorrogáveis por
igual período. “Art. 22-A. Os imóveis operacionais destina-
dos à prestação de serviços aos segurados e
§ 8º A destinação não econômica de imóveis beneficiários do Regime Geral de Previdência
para atendimento de interesse dos Estados, do Social, ainda que parcialmente, permanecem
Distrito Federal ou dos Municípios poderá ocor- afetados às suas finalidades.
rer somente após a permuta de que trata o § 7º
deste artigo, cabendo ao ente federativo interes- § 1º A Secretaria de Coordenação e Governança
sado a recomposição patrimonial à União, exceto do Patrimônio da União reverterá imóveis não ope-
quando a recomposição for dispensada por lei. racionais do Fundo do Regime Geral de Previdên-
cia Social para utilização pelos órgãos responsáveis
§ 9º Quando se tratar dos imóveis não ope- pelos serviços de que trata o caput deste artigo.
racionais sob a gestão da Secretaria de Coor-
denação e Governança do Patrimônio da União, § 2º Na hipótese de os imóveis de que trata o
a União representará o Fundo do Regime Geral caput deste artigo perderem seu caráter opera-
de Previdência Social nos direitos, nos créditos, cional, os imóveis serão preferencialmente afeta-
nos deveres e nas obrigações e exercerá as atri- dos ou cedidos ao serviço de assistência social
buições e competências estabelecidas na Lei nº da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
9.702, de 17 de novembro de 1998. dos Municípios, nos termos de regulamento.

§ 10. Caberá ao Fundo do Regime Geral de § 3º A utilização dos imóveis para os fins de
Previdência Social arcar com as despesas decor- que trata este artigo não será onerosa.”
rentes da conservação, da avaliação e da admi-
nistração dos imóveis que constituam o seu pa- “Art. 22-B. Ficam revertidos aos respectivos
trimônio imobiliário, nos termos de regulamento. Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios os

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

imóveis doados ao Fundo do Regime Geral de § 2º O contribuinte que se encontrar na situ-


Previdência Social cujas obras não tenham sido ação de que trata o caput deste artigo cujo cré-
iniciadas até 1º de dezembro de 2019.” dito que se pretenda extinguir não esteja inscri-
to em dívida ativa poderá solicitar sua inscrição
Art. 5º A Lei nº 13.259, de 16 de março de 2016, imediata à Secretaria Especial da Receita Fede-
passa a vigorar com as seguintes alterações: ral do Brasil do Ministério da Economia, desde
que renuncie expressamente ao direito sobre o
“Art. 4º ............................................................ qual se fundamente eventual discussão judicial
ou administrativa, observado, no que couber, o
§ 4º Os registros contábeis decorrentes da disposto no § 2º do art. 4º desta Lei.
dação em pagamento de que trata o caput deste
artigo observarão as normas gerais de consoli- § 3º Na hipótese de desastre tecnológico,
dação das contas públicas de que trata o § 2º consumada a dação em pagamento para a extin-
do art. 50 da Lei Complementar nº 101, de 4 de ção dos débitos tributários, a União sub-rogar-
maio de 2000.” (NR) -se-á nos direitos inerentes à indenização devida
pelo causador do dano e, na hipótese de ina-
“Art. 4º-A. Sem prejuízo dos requisitos e das dimplemento, promoverá a inscrição em dívida
condições estabelecidos no art. 4º desta Lei, na ativa dos valores apurados em procedimento ad-
hipótese de estado de calamidade pública reco- ministrativo próprio, observado o disposto na Lei
nhecido em ato do Poder Executivo federal, o nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
crédito inscrito em dívida ativa da União poderá
ser extinto mediante dação em pagamento de § 4º Não serão aceitos imóveis de difícil aliena-
bens imóveis que possuam valor histórico, cul- ção, inservíveis ou que não atendam aos critérios
tural, artístico, turístico ou paisagístico, desde de necessidade, de utilidade e de conveniência, a
que estejam localizados nas áreas descritas nas serem aferidos pela administração pública federal,
informações de desastre natural ou tecnológico condicionada a aceitação pela Procuradoria-Geral
e as atividades empresariais do devedor legítimo da Fazenda Nacional e pelo Iphan ao interesse pú-
proprietário do bem imóvel decorram das áreas blico e à observância das normas e dos procedi-
afetadas pelo desastre. mentos específicos para a avaliação do bem.

§ 1º Para fins da avaliação de que trata o inciso § 5º Efetivada a dação em pagamento, os


I do caput do art. 4º desta Lei, caberão ao Instituto bens imóveis recebidos serão administrados
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pelo Iphan, diretamente ou por meio de tercei-
a autenticação prévia e a definição do valor his- ros, mediante procedimento licitatório.
tórico, cultural, artístico, turístico ou paisagístico,
observado, no que couber, o disposto no art. 28 § 6º Ato do Ministro de Estado da Econo-
do Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937. mia disporá sobre a necessidade e a forma de

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Direito Administrativo

comprovação da disponibilidade orçamentária e II - ter prazo de duração de até 20 (vinte) anos,


financeira para a aceitação da dação em paga- quando incluir investimentos iniciais relacionados
mento de que trata este artigo. à realização de obras e o fornecimento de bens.

§ 7º O disposto neste artigo não se aplica às § 3º (VETADO).


hipóteses de declaração de estado de calamida-
de pública financeira.” § 4º Na hipótese de que trata o § 2º deste arti-
go, as obras e os bens disponibilizados serão de
Art. 6º O detentor de terreno insular alcançado propriedade do contratante.
pela exclusão referida no inciso IV do caput do art.
20 da Constituição Federal, finalizada a demarca- § 5º Ato do Poder Executivo poderá regula-
ção do terreno de marinha, deverá requerer a atu- mentar o disposto neste artigo.
alização cadastral à Secretaria de Coordenação e
Governança do Patrimônio da União, com apre- Art. 8º (VETADO).
sentação da documentação comprobatória exigida
por essa Secretaria, que promoverá a separação Art. 9º Revogam-se:
do terreno de marinha e acrescido do alodial.
I - os §§ 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º do art. 1º do De-
Art. 7º A administração pública poderá cele- creto-Lei nº 2.398, de 21 de dezembro de 1987;
brar contrato de gestão para ocupação de imó-
veis públicos, nos termos da Lei nº 8.666, de 21 II - os seguintes dispositivos da Lei nº 9.636,
de junho de 1993. de 15 de maio de 1998:

§ 1º O contrato de gestão para ocupação de a) incisos I e II do § 2º do art. 4º;


imóveis públicos consiste na prestação, em um
único contrato, de serviços de gerenciamento e b) incisos I e II do caput e §§ 1º, 2º e 3º do
manutenção de imóvel, incluído o fornecimento art. 11-B;
dos equipamentos, materiais e outros serviços
necessários ao uso do imóvel pela administração c) § 1º do art. 24; e
pública, por escopo ou continuados.
d) parágrafo único do art. 24-A;
§ 2º O contrato de gestão para ocupação de
imóveis públicos poderá: III - os §§ 1º e 2º do caput do art. 22 da Lei nº
13.240, de 30 de dezembro de 2015;
I - incluir a realização de obras para adequa-
ção do imóvel, inclusive a elaboração dos proje- IV - os arts. 6º, 10 e 11 da Lei nº 9.702, de 17
tos básico e executivo; e de novembro de 1998;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

V - os arts. 14, 20 e 21 da Lei nº 11.481, de 31


de maio de 2007; e

VI - o § 4º do art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de


setembro de 2019.

Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 10 de junho de 2020; 199o da Inde-


pendência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Damares Regina Alves
Walter Souza Braga Netto

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 12.6.2020.

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Direito Administrativo

Lei nº 14.015, de 15 de junho de 2020 VII – comunicação prévia da suspensão da


prestação de serviço.
Altera as Leis nos 13.460, de 26 de junho de
2017, e 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, para Parágrafo único. É vedada a suspensão da
dispor sobre a interrupção e a religação ou o res- prestação de serviço em virtude de inadimple-
tabelecimento de serviços públicos. mento por parte do usuário que se inicie na sex-
ta-feira, no sábado ou no domingo, bem como
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber em feriado ou no dia anterior a feriado.” (NR)
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei: Art. 3º O art. 6º da Lei nº 8.987, de 13 de fe-
vereiro de 1995, passa a vigorar acrescido do
Art. 1º Esta Lei aplica-se aos serviços públi- seguinte § 4º:
cos prestados pelas administrações diretas e
indiretas da União, dos Estados, do Distrito Fe- “Art. 6º ............................................................
deral e dos Municípios, bem como aos serviços
públicos concedidos ou permitidos por esses § 4º A interrupção do serviço na hipótese pre-
entes da Federação. vista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá
iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo,
Art. 2º A Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017, nem em feriado ou no dia anterior a feriado.” (NR)
passa a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de
“Art. 5º ............................................................ sua publicação.

XVI – comunicação prévia ao consumidor de Brasília, 15 de junho de 2020; 199o da Inde-


que o serviço será desligado em virtude de ina- pendência e 132o da República.
dimplemento, bem como do dia a partir do qual
será realizado o desligamento, necessariamente JAIR MESSIAS BOLSONARO
durante horário comercial. André Luiz de Almeida Mendonça
Paulo Guedes
Parágrafo único. A taxa de religação de servi- Bento Albuquerque
ços não será devida se houver descumprimento Marcos César Pontes
da exigência de notificação prévia ao consumi- Damares Regina Alves
dor prevista no inciso XVI do caput deste artigo, José Levi Mello do Amaral Júnior
o que ensejará a aplicação de multa à concessio-
nária, conforme regulamentação.” (NR) Este texto não substitui o publicado no DOU
de 16.6.2020.
“Art. 6º ...........................................................

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

Medida Provisória nº 983, de 16 de junho I - aos processos judiciais;


de 2020
II - à comunicação:
Dispõe sobre as assinaturas eletrônicas em
comunicações com entes públicos e em ques- a) entre pessoas naturais ou entre pessoas ju-
tões de saúde e sobre as licenças de softwares rídicas de direito privado;
desenvolvidos por entes públicos.
b) na qual seja permitido o anonimato; e
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- c) na qual seja dispensada a identificação
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com do particular;
força de lei:
III - aos sistemas de ouvidoria de entes públicos;
Capítulo I
Da assinatura eletrônica em comunicações IV - aos programas de assistência a vítimas e
com entes públicos a testemunhas ameaçadas; e
Objeto e âmbito de aplicação
V - às hipóteses outras nas quais deva se dar
Art. 1º Este Capítulo estabelece regras e pro- garantia de preservação de sigilo da identidade
cedimentos sobre assinatura eletrônica no âmbito: do particular na atuação perante o ente público.

I - da comunicação interna dos órgãos e en- Classificação das assinaturas eletrônicas


tidades da administração direta, autárquica e
fundacional dos Poderes e órgãos constitucio- Art. 2º As assinaturas eletrônicas são classifi-
nalmente autônomos dos entes federativos; cadas em:

II - da comunicação entre pessoas naturais ou I - assinatura eletrônica simples - aquela que:


pessoas jurídicas de direito privado e os entes
públicos de que trata o inciso I; e a) permite identificar o seu signatário; e

III - da comunicação entre os entes públicos b) anexa ou associa dados a outros dados em
de que trata o inciso I. formato eletrônico do signatário;

Parágrafo único. O disposto neste Capítulo II - assinatura eletrônica avançada - aquela


não se aplica: que:

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159
Direito Administrativo

a) está associada ao signatário de maneira a) nas hipóteses de que trata o inciso I;


unívoca;
b) nas interações com ente público que envol-
b) utiliza dados para a criação de assinatura vam informações classificadas ou protegidas por
eletrônica cujo signatário pode, com elevado ní- grau de sigilo; e
vel de confiança, operar sob o seu controle ex-
clusivo; e c) no registro de atos perante juntas comerciais; e

c) está relacionada aos dados a ela associa- III - a assinatura eletrônica qualificada será
dos de tal modo que qualquer modificação pos- admitida em qualquer comunicação eletrônica
terior é detectável; e com ente público.

III - assinatura eletrônica qualificada - aquela § 2º É obrigatório o uso de assinatura eletrô-


que utiliza certificado digital, nos termos do dis- nica qualificada:
posto na Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de
agosto de 2001. I - nos atos de transferência e de registro de
bens imóveis, ressalvado o disposto na alínea
Aceitação de assinaturas eletrônicas pelos “c” do inciso II do § 1º;
entes públicos
II - nos atos normativos assinados por chefes
Art. 3º Ato do titular do Poder ou do órgão de Poder, por Ministros de Estado ou por titula-
constitucionalmente autônomo de cada ente res de Poder ou de órgão constitucionalmente
federativo estabelecerá o nível mínimo exigido autônomo de ente federativo; e
para a assinatura eletrônica em documentos e
transações em interação com o ente público. III - nas demais hipóteses previstas em lei.

§ 1º O ato de que trata o caput observará § 3º O ente público informará em seu sítio
o seguinte: eletrônico os requisitos e os mecanismos esta-
belecidos internamente para reconhecimento de
I - a assinatura eletrônica simples poderá ser assinatura eletrônica avançada.
admitida nas interações com ente público que
não envolvam informações protegidas por grau § 4º Ato do Poder Executivo federal disporá
de sigilo; sobre o nível mínimo de assinatura eletrônica a
ser observado na hipótese de ausência no ente
II - a assinatura eletrônica avançada poderá federativo, no Poder ou no órgão constitucional-
ser admitida: mente autônomo de norma específica.

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160
Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 5º Os entes federativos, os demais Pode- Parágrafo único. A atuação do ITI abrangerá:


res e os órgãos constitucionalmente autônomos
encaminharão ao Ministério da Economia cópia I - a realização de pesquisas;
das normas editadas sobre o nível mínimo exigi-
do de assinatura eletrônica. II - a execução de atividades operacionais;

§ 6º Presumem-se juridicamente válidas as III - a prestação de serviços no âmbito dos entes


assinaturas eletrônicas efetuadas nos termos do públicos de que trata o caput, ressalvadas as com-
disposto nos atos de que tratam o caput e o § 4º. petências específicas de outros órgãos e entidades;

Atos realizados durante a pandemia IV - o fornecimento de assinaturas eletrônicas


avançadas a pessoas naturais e a pessoas jurídi-
Art. 4º O ato de que trata o caput do art. 3º po- cas para uso nos sistemas de entes públicos de
derá prever nível de assinatura eletrônica incompa- que trata o caput; e
tível com o previsto no § 1º do art. 3º para os atos
realizados durante o período da emergência de V - a edição de normas em seu âmbito de
saúde pública de importância internacional decor- atuação.
rente da pandemia da covid-19, de que trata a Lei
nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, com vistas a Capítulo III
reduzir contatos presenciais ou para a realização de Da assinatura eletrônica em questão
atos que ficariam impossibilitados por outro modo. de saúde pública
Documentos subscritos por profissionais
Capitulo II de saúde
Da atuação do instituto nacional de tecnologia
da informação - ITI Art. 6º Os documentos subscritos por profis-
Atuação do ITI junto a entes públicos sionais de saúde e relacionados a sua área de
atuação são válidos para todos os fins quando
Art. 5º Sem prejuízos das demais compe- assinados com:
tências previstas em lei, o Instituto Nacional de
Tecnologia da Informação - ITI poderá atuar em I - assinatura eletrônica avançada; ou
atividades dos órgãos e entidades da administra-
ção direta, autárquica e fundacional dos Poderes II - assinatura eletrônica qualificada.
e órgãos constitucionalmente autônomos dos
entes federativos relacionadas à criptografia, às Parágrafo único. Ato do Ministro de Estado da
assinaturas e identificações eletrônicas e às tec- Saúde ou da Diretoria Colegiada da Agência Na-
nologias correlatas, inclusive àquelas relativas às cional de Vigilância Sanitária - Anvisa, no âmbito
assinaturas eletrônicas simples e avançadas. de suas competências, especificará as hipóteses

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161
Direito Administrativo

e os critérios para a validação dos documentos Capítulo IV


de que trata o caput. Dos sistemas de informação e de
comunicação dos entes públicos
Receitas médicas Licenciamento dos sistemas de informação
e de comunicação
Art. 7º A Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de
1973, passa vigorar com as seguintes alterações: Art. 8º Os sistemas de informação e de comu-
nicação desenvolvidos ou cujo desenvolvimento
“Art. 35. .......................................................... seja contratado por órgãos e entidades da admi-
nistração direta, autárquica e fundacional dos Po-
I - que seja escrita no vernáculo, redigida sem deres e órgãos constitucionalmente autônomos
abreviações e de forma legível, e que observe a no- dos entes federativos são regidos por licença de
menclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais; código-aberto, permitida a sua utilização, cópia,
alteração e distribuição sem restrições por todos
II - que contenha o nome e o endereço resi- os órgãos e entidades abrangidos por este artigo.
dencial do paciente e, expressamente, o modo
de usar a medicação; e § 1º O disposto no caput aplica-se, inclusive,
aos sistemas de informação e de comunicação
III - que contenha a data e a assinatura do em operação na data de entrada em vigor desta
profissional de saúde, o endereço do seu con- Medida Provisória.
sultório ou da sua residência e o seu número de
inscrição no conselho profissional. § 2º Não estão sujeitos ao disposto neste artigo:

§ 1º O receituário de medicamentos terá va- I - os sistemas de informação e de comu-


lidade em todo o território nacional, indepen- nicação cujo código fonte possua restrição de
dentemente do ente federativo em que tenha acesso à informação, nos termos do disposto no
sido emitido, inclusive o de medicamentos su- Capítulo IV da Lei nº 12.527, de 18 de novembro
jeitos ao controle sanitário especial, nos ter- de 2011;
mos da regulação.
II - os dados armazenados pelos sistemas de
§ 2º As receitas em meio eletrônico somente informação e de comunicação;
serão válidas se contiverem a assinatura eletrô-
nica do profissional e se atenderem aos requi- III - os componentes de propriedade de ter-
sitos de ato da Diretoria Colegiada da Agência ceiros; e
Nacional de Vigilância Sanitária ou do Ministro
de Estado da Saúde, conforme as respectivas IV - os contratos de desenvolvimento de sis-
competências.” (NR) temas de informação e de comunicação que te-

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162
Atualização Legislativa | Junho de 2020

nham sido firmados com terceiros antes da data Vigência


de entrada em vigor desta Medida Provisória e
que contenham cláusula de propriedade intelec- Art. 12. Esta Medida Provisória entra em vigor
tual divergente do disposto no caput. na data de sua publicação.

Capítulo V Brasília, 16 de junho de 2020; 199º da Inde-


Disposições finais e transitórias pendência e 132º da República.
Não obrigatoriedade de uso de
sistema eletrônico JAIR MESSIAS BOLSONARO
Paulo Guedes
Art. 9º O disposto nesta Medida Provisória não Eduardo Pazuello
estabelece obrigação aos órgãos e entidades da Walter Souza Braga Netto
administração direta, autárquica e fundacional
dos Poderes e órgãos constitucionalmente autô- Este texto não substitui o publicado no DOU
nomos dos entes federativos de disponibilizarem de 17.6.2020.
mecanismos de comunicação eletrônica em to-
das as hipóteses de interação com pessoas na- *
turais ou jurídicas.

Adaptação de sistemas em uso


pelo ente público

Art. 10. Os sistemas em uso na data de entra-


da em vigor desta Medida Provisória que utilizem
assinaturas eletrônicas que não atendam o dis-
posto no § 1º do art. 3º serão adaptados até 1º
de dezembro de 2020.

Revogações

Art. 11. Ficam revogados os seguintes dispo-


sitivos do art. 35 da Lei nº 5.991, de 1973:

I - as alíneas “a”, “b” e “c” do caput; e

II - o parágrafo único.

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163
Direito Administrativo

Decreto nº 10.403, de 19 de junho de 2020 XI - a instituição de outros cadastros base de


referência do setor público de uso obrigatório
Altera o Decreto nº 10.046, de 9 de outubro de pelos órgãos e entidades de que trata o art. 1º;
2019, que dispõe sobre a governança no compar-
tilhamento de dados no âmbito da administração XII - seu regimento interno; e
pública federal e institui o Cadastro Base do Cida-
dão e o Comitê Central de Governança de Dados. XIII - o prazo para a publicação da categoriza-
ção do nível de compartilhamento de que trata o
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das § 3º do art. 4º.
atribuições que lhe confere o art. 84, caput, in-
cisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e ten- ...............................................................” (NR)
do em vista o disposto no art. 5º, caput, inciso
XXXIII, no art. 37, § 3º, inciso II, e no art. 216, § Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de
2º, da Constituição, na Lei nº 12.527, de 18 de sua publicação.
novembro de 2011, no art. 11 da Lei nº 13.444,
de 11 de maio de 2017, e no Capítulo IV da Lei Brasília, 19 de junho de 2020; 199º da Inde-
nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, pendência e 132º da República.

DECRETA: JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Art. 1º O Decreto nº 10.046, de 9 de outubro de
2019, passa a vigorar com as seguintes alterações: Este texto não substitui o publicado no DOU
de 19.6.2020 - Edição extra
“Art. 4º ...........................................................
*
§ 3º A categorização do nível de compartilha-
mento como restrito ou específico observará as
regras de compartilhamento de que trata o art.
31 e será publicada pelo respectivo gestor de
dados, em prazo a ser definido pelo Comitê Cen-
tral de Governança de Dados, que considerará,
para a tomada de decisão, o disposto no Decre-
to Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.

...............................................................” (NR)

“Art. 21. ..........................................................

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

Decreto nº 10.046, de 9 de outubro de 2019 fidedignidade dos dados custodiados pela admi-
nistração pública federal; e
Dispõe sobre a governança no compartilha-
mento de dados no âmbito da administração pú- V - aumentar a qualidade e a eficiência das ope-
blica federal e institui o Cadastro Base do Cida- rações internas da administração pública federal.
dão e o Comitê Central de Governança de Dados.
§ 1º O disposto neste Decreto não se aplica
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das ao compartilhamento de dados com os conse-
atribuições que lhe confere o art. 84, caput, in- lhos de fiscalização de profissões regulamenta-
cisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e ten- das e com o setor privado.
do em vista o disposto no art. 5º, caput, inciso
XXXIII, no art. 37, § 3º, inciso II, e no art. 216, § § 2º Ficam excluídos do disposto no caput os
2º, da Constituição, na Lei nº 12.527, de 18 de dados protegidos por sigilo fiscal sob gestão da
novembro de 2011, no art. 11 da Lei nº 13.444, Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
de 11 de maio de 2017, e no Capítulo IV da Lei do Ministério da Economia.
nº 13.709, de 14 de agosto de 2018,
Art. 2º Para fins deste Decreto, considera-se:
DECRETA:
I - atributos biográficos - dados de pessoa
Capítulo I natural relativos aos fatos da sua vida, tais como
Disposições gerais nome civil ou social, data de nascimento, filiação,
naturalidade, nacionalidade, sexo, estado civil,
Art. 1º Este Decreto estabelece as normas e grupo familiar, endereço e vínculos empregatícios;
as diretrizes para o compartilhamento de dados
entre os órgãos e as entidades da administração II - atributos biométricos - características
pública federal direta, autárquica e fundacional e biológicas e comportamentais mensuráveis da
os demais Poderes da União, com a finalidade de: pessoa natural que podem ser coletadas para
reconhecimento automatizado, tais como a pal-
I - simplificar a oferta de serviços públicos;
II ma da mão, as digitais dos dedos, a retina ou
- orientar e otimizar a formulação, a implementa- a íris dos olhos, o formato da face, a voz e a
ção, a avaliação e o monitoramento de políticas maneira de andar;
públicas;
III - dados cadastrais - informações identifica-
III - possibilitar a análise das condições de aces- doras perante os cadastros de órgãos públicos,
so e manutenção de benefícios sociais e fiscais; tais como:

IV - promover a melhoria da qualidade e da a) os atributos biográficos;

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165
Direito Administrativo

b) o número de inscrição no Cadastro de Pes- tegra os atributos biográficos ou biométricos das


soas Físicas - CPF; bases temáticas;

c) o número de inscrição no Cadastro Nacio- VII - base temática - base de dados de de-
nal de Pessoas Jurídicas - CNPJ; terminada política pública que contenha dados
biográficos ou biométricos que possam compor
d) o Número de Identificação Social - NIS; a base integradora;

e) o número de inscrição no Programa de In- VIII - compartilhamento de dados - disponibi-


tegração Social - PIS; lização de dados pelo seu gestor para determi-
nado recebedor de dados;
f) o número de inscrição no Programa de For-
mação do Patrimônio do Servidor Público - Pasep; IX – confidencialidade - propriedade que im-
pede que a informação fique disponível ou possa
g) o número do Título de Eleitor; ser revelada à pessoa natural, sistema, órgão ou
entidade não autorizado e não credenciado;
h) a razão social, o nome fantasia e a data de
constituição da pessoa jurídica, o tipo societário, a X - custo de compartilhamento de dados - va-
composição societária atual e histórica e a Classifica- lor dispendido para viabilizar a criação e a sus-
ção Nacional de Atividades Econômicas - CNAE; e tentação dos recursos tecnológicos utilizados no
compartilhamento de dados;
i) outros dados públicos relativos à pessoa ju-
rídica ou à empresa individual; XI - custodiante de dados - órgão ou entidade
que, total ou parcialmente, zela pelo armazena-
IV - atributos genéticos - características here- mento, pela operação, pela administração e pela
ditárias da pessoa natural, obtidas pela análise de preservação de dados, coletados pela adminis-
ácidos nucleicos ou por outras análises científicas; tração pública federal, que não lhe pertencem,
mas que estão sob sua custódia;
V - autenticidade - propriedade de que a in-
formação foi produzida, expedida, modificada ou XII - disponibilidade - propriedade de que a
destruída por uma determinada pessoa natural, ou informação esteja acessível e utilizável sob de-
por um determinado sistema, órgão ou entidade; manda por uma pessoa natural ou determinado
sistema, órgão ou entidade;
VI - base integradora - base de dados que in-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

XIII - gestor de dados - órgão ou entidade res- dos, lago de dados compartilhado e plataformas
ponsável pela governança de determinado con- de interoperabilidade;
junto de dados;
XXI - plataforma de interoperabilidade - con-
XIV - gestor de plataforma de interoperabilidade junto de ambientes e ferramentas tecnológicas,
- órgão ou entidade responsável pela governança com acesso controlado, para o compartilhamen-
de determinada plataforma de interoperabilidade; to de dados da administração pública federal en-
tre órgãos e entidades especificados no art. 1º;
XV - governança de dados - exercício de auto-
ridade e controle que permite o gerenciamento de XXII - recebedor de dados - órgão ou entida-
dados sob as perspectivas do compartilhamento, de que utiliza dados após ser concedida permis-
da arquitetura, da segurança, da qualidade, da são de acesso pelo gestor dos dados;
operação e de outros aspectos tecnológicos;
XXIII - requisitos de segurança da informação
XVI - informação - dados, processados ou e comunicações - ações que objetivam viabili-
não, que podem ser utilizados para produção zar e assegurar a disponibilidade, a integridade,
e transmissão de conhecimento, contidos em a confidencialidade e a autenticidade das infor-
qualquer meio, suporte ou formato; mações; e

XVII - integridade - propriedade de que a in- XXIII - requisitos de segurança da informação


formação não foi modificada ou destruída de e comunicação - ações que objetivam viabilizar e
maneira não autorizada ou acidental; assegurar a disponibilidade, a integridade, a con-
fidencialidade e a autenticidade das informações;
XVIII - interoperabilidade - capacidade de diver- (Redação dada pelo Decreto nº 10.332, de 2020)
sos sistemas e organizações trabalharem em con-
junto, de modo a garantir que pessoas, organiza- XXIV - solicitante de dados - órgão ou entida-
ções e sistemas computacionais troquem dados; de que solicita ao gestor de dados a permissão
de acesso aos dados.
XIX - item de informação - atributo referente a
determinada informação que pode ser acessado XXIV - solicitante de dados - órgão ou entida-
em conjunto ou de forma isolada; de que solicita ao gestor de dados a permissão
de acesso aos dados; e (Redação dada pelo De-
XX - mecanismo de compartilhamento de da- creto nº 10.332, de 2020)
dos - recurso tecnológico que permite a integra-
ção e a comunicação entre aplicações e serviços XXV - cadastro base - informação de referên-
do recebedor de dados e dos órgãos gestores cia, íntegra e precisa, centralizada ou descen-
de dados, tais como serviços web, cópia de da- tralizada, oriunda de uma ou mais fontes, sobre

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167
Direito Administrativo

elementos fundamentais para a prestação de ser- da pessoa natural, a proteção dos dados e as nor-
viços e para a gestão de políticas públicas, tais mas e os procedimentos previstos na legislação; e
como pessoas, empresas, veículos, licenças e
locais. (Incluído pelo Decreto nº 10.332, de 2020) VI - a coleta, o tratamento e o compartilha-
mento de dados por cada órgão serão realiza-
Art. 3º O compartilhamento de dados pelos dos nos termos do disposto no art. 23 da Lei nº
órgãos e entidades de que trata o art. 1º obser- 13.709, de 2018.
vará as seguintes diretrizes:
Capítulo II
I - a informação do Estado será compartilha- Dos níveis de compartilhamento de dados
da da forma mais ampla possível, observadas as
restrições legais, os requisitos de segurança da Art. 4º O compartilhamento de dados entre
informação e comunicações e o disposto na Lei os órgãos e as entidades de que trata o art. 1º
nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 - Lei Geral é categorizado em três níveis, de acordo com
de Proteção de Dados Pessoais; sua confidencialidade:

II - o compartilhamento de dados sujeitos a I - compartilhamento amplo, quando se tra-


sigilo implica a assunção, pelo recebedor de da- tar de dados públicos que não estão sujeitos a
dos, dos deveres de sigilo e auditabilidade im- nenhuma restrição de acesso, cuja divulgação
postos ao custodiante dos dados; deve ser pública e garantida a qualquer interes-
sado, na forma da legislação;
III - os mecanismos de compartilhamento, in-
teroperabilidade e auditabilidade devem ser de- II - compartilhamento restrito, quando se tra-
senvolvidos de forma a atender às necessidades tar de dados protegidos por sigilo, nos termos
de negócio dos órgãos e entidades de que trata da legislação, com concessão de acesso a todos
o art. 1º, para facilitar a execução de políticas pú- os órgãos e entidades de que trata o art. 1º para
blicas orientadas por dados; a execução de políticas públicas, cujo mecanis-
mo de compartilhamento e regras sejam simpli-
IV - os órgãos e entidades de que trata o art. 1º ficados e estabelecidos pelo Comitê Central de
colaborarão para a redução dos custos de acesso Governança de Dados; e
a dados no âmbito da administração pública, in-
clusive, mediante o reaproveitamento de recursos III - compartilhamento específico, quando se
de infraestrutura por múltiplos órgãos e entidades; tratar de dados protegidos por sigilo, nos termos
da legislação, com concessão de acesso a órgãos
V - nas hipóteses em que se configure trata- e entidades específicos, nas hipóteses e para os
mento de dados pessoais, serão observados o di- fins previstos em lei, cujo compartilhamento e re-
reito à preservação da intimidade e da privacidade gras sejam definidos pelo gestor de dados.

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 1º A categorização do nível de compartilha- da data de publicação deste Decreto ou sempre


mento será feita pelo gestor de dados, com base que identificadas alterações nas diretrizes que
na legislação. ensejaram a sua categorização.

§ 2º A categorização do nível de compartilha- § 7º Os órgãos e entidades de que trata o art.


mento será detalhada de forma a tornar clara a 1º priorizarão a categoria de compartilhamento
situação de cada item de informação. de dados de maior abertura, em compatibilidade
com as diretrizes de acesso a informação previs-
§ 3º A categorização do nível de compartilha- tas na legislação.
mento como restrito ou específico será publicada
pelo respectivo gestor de dados no prazo de no- Capítulo III
venta dias, contado da data de publicação das re- Das regras gerais de
gras de compartilhamento de que trata o art. 31. compartilhamento de dados
Seção I
§ 3º A categorização do nível de compartilha- Das disposições gerais para o
mento como restrito ou específico observará as compartilhamento de dados
regras de compartilhamento de que trata o art.
31 e será publicada pelo respectivo gestor de Art. 5º Fica dispensada a celebração de convê-
dados, em prazo a ser definido pelo Comitê Cen- nio, acordo de cooperação técnica ou instrumen-
tral de Governança de Dados, que considerará, tos congêneres para a efetivação do compartilha-
para a tomada de decisão, o disposto no Decre- mento de dados entre os órgãos e as entidades
to Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020. (Re- de que trata o art. 1º, observadas as diretrizes do
dação dada pelo Decreto nº 10.403, de 2020) art. 3º e o disposto na Lei nº 13.709, de 2018.

§ 4º A categorização do nível de compar- Art. 6º Na hipótese de o mecanismo de com-


tilhamento como restrito e específico especi- partilhamento de dados fornecido pelo custo-
ficará o conjunto de bases de dados por ele diante de dados ser inadequado ao solicitante
administrado com restrições de acesso e as de dados, independentemente da categorização
respectivas motivações. do nível de compartilhamento, o recebedor de
dados arcará com os eventuais custos de opera-
§ 5º A categorização do nível de compartilha- cionalização, quando houver, exceto disposição
mento, na hipótese de ainda não ter sido feita, será contrária prevista em lei, regulamento ou acordo
realizada pelo gestor de dados quando responder entre as entidades ou os órgãos envolvidos, sem
a solicitação de permissão de acesso ao dado. prejuízo do disposto no art. 4º.

§ 6º A categorização do nível de compartilha- Parágrafo único. O disposto no caput se limi-


mento será revista a cada cinco anos, contados tará aos custos de operacionalização do compar-

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Direito Administrativo

tilhamento dos dados e não acarretará ganhos Art. 10. Os gestores de dados divulgarão os
ou benefícios de ordem financeira ou econômica mecanismos de compartilhamento de seus dados
para o órgão gestor de dados. e os cadastros base sob sua responsabilidade.
(Redação dada pelo Decreto nº 10.332, de 2020)
Art. 7º As plataformas de interoperabilidade
contemplarão os requisitos de sigilo, confiden- Parágrafo único. O Comitê Central de Gover-
cialidade, gestão, auditabilidade e segurança da nança de Dados definirá os procedimentos para
informação necessários ao compartilhamento de o atendimento ao disposto no caput.
dados, conforme regras estabelecidas pelo Co-
mitê Central de Governança de Dados. Art. 10-A. Os órgãos e as entidades poderão
criar novas bases de dados somente quando fo-
Parágrafo único. As ferramentas de gestão da rem esgotadas as possibilidades de utilização
plataforma de interoperabilidade incluirão meios dos cadastros base existentes. (Incluído pelo
para que o gestor de dados tenha conhecimento Decreto nº 10.332, de 2020)
sobre o controle de acesso e o consumo dos dados.
Seção II
Art. 8º Os custodiantes de dados disponibi- Do compartilhamento amplo de dados
lizarão aos órgãos e às entidades de que trata
o art. 1º os dados de compartilhamento amplo Art. 11. O compartilhamento amplo de dados
e restrito hospedados em suas infraestruturas dispensa autorização prévia pelo gestor de da-
tecnológicas, por meio das plataformas de in- dos e será realizado pelos canais existentes para
teroperabilidade, condicionado à existência de dados abertos e para transparência ativa, na for-
solicitação de interoperabilidade e à ciência ao ma da legislação.
gestor dos dados.
§ 1º Na hipótese de o dado de compartilha-
Parágrafo único. O compartilhamento de da- mento amplo de que trata o caput não estar
dos de que trata o caput só ocorrerá após a ca- disponível em formato aberto, o solicitante de
tegorização do dado pelo seu gestor. dados poderá requerer sua abertura junto ao
gestor de dados.
Art. 9º Atendidos os critérios necessários ao
compartilhamento, o acesso aos dados ocor- § 2º Na hipótese prevista no § 1º, o gestor de
rerá no prazo de trinta dias, contado da data dados poderá condicionar a abertura ao paga-
da solicitação. mento, pelo solicitante de dados, de custos adi-
cionais, quando estes forem desproporcionais e
Art. 10. Os gestores de dados divulgarão os não previstos pelo órgão gestor de dados nos
compartilhamentos de seus dados. termos da legislação.

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 3º A Controladoria-Geral da União e o Co- definido pelo Comitê Central de Governança


mitê Interministerial de Governança, de que trata de Dados poderão ser categorizados como de
o Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017, compartilhamento específico.
poderão recomendar, quando econômica e ope-
racionalmente viável, a abertura dos dados de § 3º Na hipótese de que trata o § 2º, o gestor
compartilhamento amplo em transparência ativa. de dados comunicará ao Comitê Central de Go-
vernança de Dados a categorização atribuída e
§ 4º Os solicitantes e recebedores de dados suas justificativas.
adotarão medidas para manter a integridade e a
autenticidade das informações recebidas. § 4º Os dados recebidos por compartilhamen-
to restrito poderão ser retransmitidos ou com-
§ 5º Os dados de compartilhamento amplo partilhados com outros órgãos ou entidades que
serão catalogados no Portal Brasileiro de Dados comprovem a necessidade de acesso, exceto se
Abertos em formato aberto. proibido expressamente na autorização concedi-
da pelo gestor de dados ou se houver posterior
Seção III revogação da permissão desse, mediante funda-
Do compartilhamento restrito de dados mentação, nas duas hipóteses.

Art. 12. O compartilhamento restrito de dados Art. 13. O órgão interessado poderá solicitar
pelos gestores de dados ocorrerá com base nas o acesso aos dados compartilhados no nível res-
regras estabelecidas pelo Comitê Central de Go- trito diretamente ao gestor de plataforma de in-
vernança de Dados. teroperabilidade, quando estiverem disponíveis
em plataformas de interoperabilidade.
§ 1º Os solicitantes e recebedores de dados,
para ter acesso a dados por compartilhamento Seção IV
restrito, se responsabilizarão por implementar Do compartilhamento específico de dados
e seguir as regras de sigilo e de segurança da
informação estabelecidas pelo Comitê Central Art. 14. O compartilhamento específico de
de Governança de Dados e, adicionalmente, dados está condicionado:
na hipótese de dados disponíveis em uma das
plataformas de interoperabilidade, pelo res- I - à concessão de permissão de acesso pelo
pectivo gestor. gestor de dados; e

§ 2º Os dados de compartilhamento restrito II - ao atendimento dos requisitos definidos


que possuam, no âmbito do gestor de dados, pelo gestor de dados como condição para o
nível de segurança da informação superior ao compartilhamento.

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171
Direito Administrativo

§ 1º Os requisitos exigidos pelo gestor de da- estabelecidas pelo gestor de dados de compar-
dos de que trata o inciso II do caput serão com- tilhamento específico, conforme o disposto no
patíveis com aqueles adotados internamente inciso III do caput do art. 4º.
pelo próprio gestor de dados no tratamento da
mesma informação. Capítulo IV
Do cadastro base do cidadão
§ 2º Os dados recebidos por compartilha-
mento específico não serão retransmitidos ou Art. 16. Fica instituído o Cadastro Base do Ci-
compartilhados com outros órgãos ou entida- dadão com a finalidade de:
des, exceto quando previsto expressamente na
autorização concedida pelo gestor de dados ou I - aprimorar a gestão de políticas públicas;
se houver posterior permissão desse.
II - aumentar a confiabilidade dos cadastros
Art. 15. O órgão interessado em acessar dados de cidadãos existentes na administração públi-
sujeitos a compartilhamento específico enviará a ca, por meio de mecanismos de manutenção da
solicitação de permissão de compartilhamento para integridade das bases de dados para torná-las
o gestor de dados, observadas as normas, as con- qualificadas e consistentes;
dições e os requisitos de acesso por ele definidos,
nos termos do inciso III do caput do art. 4º, e deverá III - viabilizar a criação de meio unificado de
fundamentar o pedido e especificar os dados solici- identificação do cidadão para a prestação de
tados no maior nível de detalhamento possível. serviços públicos;

§ 1º A Secretaria de Governo Digital da Se- IV - disponibilizar uma interface unificada de


cretaria Especial de Desburocratização, Gestão atualização cadastral, suportada por soluções
e Governo Digital do Ministério da Economia tecnológicas interoperáveis das entidades e ór-
prestará apoio consultivo aos solicitantes de da- gãos públicos participantes do cadastro;
dos para a formulação da solicitação de permis-
são de compartilhamento. V - facilitar o compartilhamento de dados ca-
dastrais do cidadão entre os órgãos da adminis-
§ 2º O gestor de dados se manifestará quan- tração pública; e
to à solicitação de que trata o caput no prazo
de trinta dias, contado da data do recebimento VI - realizar o cruzamento de informações das
da solicitação. bases de dados cadastrais oficiais a partir do nú-
mero de inscrição do cidadão no CPF.
§ 3º O recebedor de dados por compartilha-
mento específico é responsável por implementar Art. 17. O Cadastro Base do Cidadão será
e seguir as regras de segurança da informação composto pela base integradora e pelos com-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

ponentes de interoperabilidade necessários ao IX - naturalidade;


intercâmbio de dados dessa base com as bases
temáticas, e servirá como base de referência de X - indicador de óbito;
informações sobre cidadãos para os órgãos e
entidades do Poder Executivo federal. XI - data de óbito, quando cabível; e

Parágrafo único. A interoperabilidade de que XII - data da inscrição ou da última alteração


trata o caput observará a legislação e as reco- no CPF.
mendações técnicas estabelecidas pelo Sistema
de Administração dos Recursos de Tecnologia § 2º A base integradora será acrescida de
da Informação - Sisp do Poder Executivo federal, outros dados, provenientes de bases temáticas,
e, ainda, as recomendações do Comitê Central por meio do número de inscrição do CPF, atri-
de Governança de Dados. buto chave para a consolidação inequívoca dos
atributos biográficos, biométricos e cadastrais.
Art. 18. A base integradora será, inicialmen-
te, disponibilizada com os dados biográficos que § 3º O Comitê Central de Governança de Da-
constam da base temática do CPF. dos estabelecerá solução temporária caso ocor-
ra a impossibilidade momentânea de consolida-
§ 1º Os atributos biográficos e cadastrais que ção de dados das bases temáticas por meio do
inicialmente comporão a base integradora serão, número de inscrição do CPF.
no mínimo, os seguintes:
§ 4º As bases temáticas serão atualizadas e
I - número de inscrição no CPF; mantidas com relacionamento unívoco em rela-
ção à base integradora.
II - situação cadastral no CPF;
§ 5º As bases temáticas serão atualizadas,
III - nome completo; inclusive quanto aos atributos provenientes de
outras bases com as quais aquela se integra ou
IV - nome social; venha a se integrar, e enviadas periodicamente à
base integradora.
V - data de nascimento;
§ 6º Excetuam-se do disposto no § 2º os atri-
VI - sexo; butos genéticos.

VII - filiação; Art. 19. Compete à Secretaria de Governo Digital


da Secretaria Especial de Desburocratização, Ges-
VIII - nacionalidade; tão e Governo Digital do Ministério da Economia:

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Direito Administrativo

I - adotar as medidas necessárias para viabili- I - as orientações e as diretrizes para a


zar a implantação, a operação e o monitoramen- categorização de compartilhamento amplo,
to do Cadastro Base do Cidadão; restrito e específico, e a forma e o meio de
publicação dessa categorização, observada a
II - propor ao Comitê Central de Governança legislação pertinente, referente à proteção de
de Dados a política de governança de dados do dados pessoais;
Cadastro Base do Cidadão;
II - as regras e os parâmetros para o compar-
III - orientar os órgãos responsáveis por bases tilhamento restrito, incluídos os padrões relativos
temáticas no processo de atualização dos dados à preservação do sigilo e da segurança;
do Cadastro Base do Cidadão; e
III - a compatibilidade entre as políticas de
IV - arcar com os custos de implantação do Ca- segurança da informação e as comunicações
dastro Base do Cidadão, incluídos os custos de efetuadas pelos órgãos e entidades de que trata
criação e atualização da base integradora e exclu- o art. 1º, no âmbito das atividades relativas ao
ídos os custos inerentes aos processos exclusivos compartilhamento de dados;
de manutenção e atualização das bases temáticas.
IV - a forma de avaliação da integridade, da
Art. 20. É responsabilidade das entidades e qualidade e da consistência de bases de dados
órgãos públicos os custos de adaptação de suas derivadas da integração de diferentes bases com
bases temáticas para viabilizar a interoperabili- o Cadastro Base do Cidadão;
dade com a base integradora.
V - as controvérsias sobre a validade das in-
Parágrafo único. A Secretaria de Governo Di- formações cadastrais e as regras de prevalência
gital da Secretaria Especial de Desburocratiza- entre eventuais registros administrativos confli-
ção, Gestão e Governo Digital do Ministério da tantes, quando ocorrer o cruzamento de infor-
Economia, em casos específicos, poderá arcar, a mações entre bases de dados do Cadastro Base
seu critério, total ou parcialmente, com os custos do Cidadão;
de execução das atividades previstas no caput.
VI - as orientações e as diretrizes para a inte-
Capítulo V gração dos órgãos e das entidades de que trata
Do comitê central de governança de dados o art. 1º com o Cadastro Base do Cidadão;
Seção I
Das competências VII - a inclusão, na base integradora do Ca-
dastro Base do Cidadão, de novos dados pro-
Art. 21. Fica instituído o Comitê Central de Gover- venientes das bases temáticas, considerada a
nança de Dados, a quem compete deliberar sobre: eficiência técnica e a economicidade;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

VIII - a escolha e aprovação das bases temáti- § 2º O Comitê Central de Governança de Da-
cas que serão integradas ao Cadastro Base do Ci- dos poderá consultar o Comitê Interministerial de
dadão e a definição do cronograma de integração, Governança em casos considerados estratégicos.
em comum acordo com os gestores de dados;
§ 3º Os subcomitês técnicos de que trata o
IX - as propostas relativas à estratégia para via- inciso X do caput:
bilizar, econômica e financeiramente, o Cadastro
Base do Cidadão no âmbito do setor público; I - serão instituídos e compostos na forma de
ato do Comitê;
X - a instituição de subcomitês técnicos per-
manentes ou temporários, para assessorá-lo em II - não poderão ter mais de sete membros;
suas atividades;
III - na hipótese de serem temporários, terão
XI - a instituição de outros cadastros base de duração não superior a um ano; e
referência do setor público de uso obrigatório
pelos órgãos e entidades de que trata o art. 1º; e IV - estão limitados a quatro operando si-
multaneamente.
XI - a instituição de outros cadastros base de
referência do setor público de uso obrigatório § 4º A Secretaria de Governo Digital da Se-
pelos órgãos e entidades de que trata o art. 1º; cretaria Especial de Desburocratização, Gestão
(Redação dada pelo Decreto nº 10.403, de 2020) e Governo Digital do Ministério da Economia po-
derá consultar o Comitê Central de Governança
XII - seu regimento interno. de Dados sobre questões relativas a políticas e
diretrizes de governança de dados para a admi-
XII - seu regimento interno; e (Redação dada nistração pública direta, autárquica e fundacional.
pelo Decreto nº 10.403, de 2020)
Seção II
XIII - o prazo para a publicação da categorização Da composição
do nível de compartilhamento de que trata o § 3º do
art. 4º. (Incluído pelo Decreto nº 10.403, de 2020) Art. 22. O Comitê Central de Governança de
Dados é composto por representantes dos se-
§ 1º Para fins do disposto no caput, o Comitê guintes órgãos e entidade:
Central de Governança de Dados observará as
deliberações da Comissão Mista de Reavaliação I - dois do Ministério da Economia, dentre os
de Informações, de que trata a Lei nº 12.527, de quais um da Secretaria Especial de Desburocratiza-
18 de novembro de 2011, a respeito do acesso ção, Gestão e Governo Digital, que o presidirá, e um
público a dados e informações. da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil;

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Direito Administrativo

II - um da Casa Civil da Presidência da República; § 3º Qualquer membro do Comitê Central de


Governança de Dados poderá convidar especia-
III - um da Secretaria de Transparência e Preven- listas para participar de suas reuniões, sem direi-
ção da Corrupção da Controladoria-Geral da União; to a voto.

IV - um da Secretaria Especial de Moderniza- § 4º Os membros do Comitê Central de Go-


ção do Estado da Secretaria-Geral da Presidên- vernança de Dados que se encontrarem no
cia da República; Distrito Federal se reunirão presencialmente
e os membros que se encontrem em outros
V - um da Advocacia-Geral da União; e entes federativos participarão da reunião por
meio de videoconferência.
VI - um do Instituto Nacional do Seguro Social.
Art. 24. A Secretaria-Executiva do Comitê
§ 1º Cada membro do Comitê terá um suplente, será exercida pela Secretaria de Governo Digi-
que o substituirá em suas ausências e impedimentos. tal da Secretaria Especial de Desburocratização,
Gestão e Governo Digital do Ministério da Eco-
§ 2º Os membros do Comitê e respectivos nomia, a quem compete:
suplentes serão indicados pelos titulares dos ór-
gãos ou da entidade que representam e designa- I - organizar as reuniões do Comitê e sua res-
dos pelo Ministro de Estado da Economia. pectiva pauta; e

Art. 23. O Comitê Central de Governança de II - monitorar e reportar ao Comitê a imple-


Dados se reunirá, em caráter ordinário, a cada mentação de suas resoluções.
dois meses, e, em caráter extraordinário, sempre
que convocado por seu Presidente ou por solici- Art. 25. A participação no Comitê e nos sub-
tação de um de seus membros. comitês técnicos será considerada prestação de
serviço público relevante, não remunerada.
§ 1º O quórum de reunião do Comitê é de dois
terços de seus membros e o quórum de aprova- Capítulo VII
ção é por consenso. Disposições finais e transitórias

§ 2º O Comitê Central de Governança de Art. 26. As controvérsias no compartilhamen-


Dados deliberará por meio de resoluções, que to de dados entre órgãos e entidades públicas
serão publicadas pela Secretaria Especial de federais solicitantes de dados e o gestor de da-
Desburocratização, Gestão e Governo Digital do dos serão decididas pelo Comitê Central de Go-
Ministério da Economia. vernança de Dados.

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 1º As resoluções do Comitê Central de Go- sessorar os órgãos e entidades de que trata o


vernança de Dados a respeito de controvérsias art. 1º e fixar-lhes, por meio de parecer jurídico,
observarão as normas que protegem os dados a interpretação a ser seguida.
objeto da controvérsia.
Art. 28. A Secretaria Especial da Receita Fe-
§ 2º Para fins do disposto no caput, o Comitê deral do Brasil do Ministério da Economia dispo-
Central de Governança de Dados poderá consul- nibilizará aos órgãos interessados os seguintes
tar o Comitê Interministerial de Governança. dados não protegidos por sigilo fiscal:

§ 3º O Comitê Central de Governança de Da- I - informações constantes da declaração de


dos atuará de forma a buscar a composição de operações imobiliárias relativas à existência de bem
interesses entre as partes envolvidas na solução imóvel, localização do ato registral, números de ins-
das controvérsias que lhe forem encaminhadas e crição e respectivas situações cadastrais no CPF e
se manifestará por meio de resolução. no CNPJ das partes envolvidas na operação;

§ 4º A revisão da categorização dos níveis de II - informações constantes da declaração do


compartilhamentos de dados pelo Comitê Central Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural re-
de Governança de Dados será de ofício, com a anu- lativas à existência de bem imóvel;
ência do Comitê Interministerial de Governança, ou
mediante provocação do solicitante de dados. III - informações referentes a registros de
natureza pública ou de conhecimento público
§ 5º A Secretaria de Governo Digital da Se- constantes de nota fiscal;
cretaria Especial de Desburocratização, Gestão
e Governo Digital do Ministério da Economia, na IV - informações sobre parcelamento e mo-
qualidade de Secretaria-Executiva do Comitê ratória de natureza global dos débitos por ela
Central de Governança de Dados, poderá res- administrados;
ponder diretamente ao solicitante de dados, se
houver resolução anterior sobre o mesmo pleito. V - informações sobre débitos de pessoas ju-
rídicas de direito público; e
Art. 27. A Advocacia-Geral da União, na hi-
pótese de controvérsia a respeito da abrangên- VI - demais informações de natureza pública
cia, do enquadramento ou do instituto jurídico constantes das bases de dados sob sua gestão.
aplicável a temas inerentes à governança e ao
compartilhamento de dados, inclusive sobre os Art. 29. A Procuradoria-Geral da Fazenda Na-
níveis de compartilhamento, quando aplicáveis cional disponibilizará aos órgãos interessados os
limitações em razão de sigilo legal, poderá as- seguintes dados não protegidos por sigilo fiscal:

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Direito Administrativo

I - dados constantes do termo de inscrição na lhamento e segurança, no prazo de noventa dias,


dívida ativa da União e do Fundo de Garantia do contado da data de publicação deste Decreto.
Tempo de Serviço - FGTS;
§ 1º categorização de compartilhamento res-
II - informações sobre parcelamento e mora- trito poderá ser usada somente após a edição do
tória de natureza global dos débitos inscritos em ato de que trata o caput.
Dívida Ativa da União;
§ 2º Os compartilhamentos de dados públi-
III - informações sobre débitos inscritos em cos serão categorizados como amplos e aqueles
dívida ativa da União, incluídos os de pessoas protegidos por norma serão categorizados como
jurídicas de direito público e aqueles em fase de específicos até que seja editado o ato de que
execução fiscal; e trata o caput.

IV - demais informações de natureza pública Art. 32. Os acordos, os convênios e demais


constantes das bases de dados sob a sua gestão. instrumentos de compartilhamento de dados es-
tabelecidos voluntariamente entre os órgãos e
Art. 30. A Secretaria de Governo Digital da as entidades de que trata o art. 1º permanecem
Secretaria Especial de Desburocratização, Ges- vigentes, pelos prazos neles estabelecidos.
tão e Governo Digital do Ministério da Econo-
mia poderá expedir normas complementares Art. 33. Os primeiros membros do Comitê
para execução deste Decreto, observadas as Central de Governança de Dados serão indica-
competências do Comitê Central de Governan- dos no prazo de quinze dias, contado da data de
ça de Dados e as normas referentes ao acesso publicação deste Decreto.
à informação.
Parágrafo único. A primeira reunião ordiná-
§ 1º Os órgãos e entidades de que trata o art. ria do Comitê Central de Governança de Dados
1º publicarão catálogo dos dados sob sua ges- ocorrerá no prazo de trinta dias, contado da data
tão e informarão os compartilhamentos vigentes. de publicação deste Decreto

§ 2º A Secretaria de Governo Digital da Se- Art. 34. Fica revogado o Decreto nº 8.789, de
cretaria Especial de Desburocratização, Gestão 29 de junho de 2016.
e Governo Digital do Ministério da Economia de-
finirá os procedimentos para a criação do catá- Art. 35. Este Decreto entra em vigor na data
logo de que trata o § 1º. de sua publicação.

Art. 31. Ato do Comitê Central de Governança Brasília, 9 de outubro de 2019; 198º da Inde-
de Dados estabelecerá as regras de comparti- pendência e 131º da República.

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 10.10.2019

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Direito Administrativo

Decreto nº 10.411 de 30 de junho de 2020 § 3º O disposto neste Decreto não se aplica às


propostas de edição de decreto ou aos atos norma-
Regulamenta a análise de impacto regulató- tivos a serem submetidos ao Congresso Nacional.
rio, de que tratam o art. 5º da Lei nº 13.874, de
20 de setembro de 2019, e o art. 6º da Lei nº Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto,
13.848, de 25 de junho de 2019. considera-se:

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da I - análise de impacto regulatório - AIR - pro-


atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso cedimento, a partir da definição de problema re-
IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto gulatório, de avaliação prévia à edição dos atos
no art. 5º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro normativos de que trata este Decreto, que conte-
de 2019, e no art. 6º da Lei nº 13.848, de 25 de rá informações e dados sobre os seus prováveis
junho de 2019, efeitos, para verificar a razoabilidade do impacto
e subsidiar a tomada de decisão;
DECRETA:
II - ato normativo de baixo impacto - aquele que:
Art. 1º Este Decreto regulamenta a análise de
impacto regulatório, de que tratam o art. 5º da a) não provoque aumento expressivo de cus-
Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, e o tos para os agentes econômicos ou para os usuá-
art. 6º da Lei nº 13.848, de 25 de junho de 2019, rios dos serviços prestados;
e dispõe sobre o seu conteúdo, os quesitos mí-
nimos a serem objeto de exame, as hipóteses b) não provoque aumento expressivo de des-
em que será obrigatória e as hipóteses em que pesa orçamentária ou financeira; e
poderá ser dispensada.
c) não repercuta de forma substancial nas po-
§ 1º O disposto neste Decreto se aplica aos líticas públicas de saúde, de segurança, ambien-
órgãos e às entidades da administração pú- tais, econômicas ou sociais;
blica federal direta, autárquica e fundacional,
quando da proposição de atos normativos de III - avaliação de resultado regulatório - ARR
interesse geral de agentes econômicos ou de - verificação dos efeitos decorrentes da edição
usuários dos serviços prestados, no âmbito de de ato normativo, considerados o alcance dos
suas competências. objetivos originalmente pretendidos e os demais
impactos observados sobre o mercado e a so-
§ 2º O disposto neste Decreto aplica-se às ciedade, em decorrência de sua implementação;
propostas de atos normativos formuladas por
colegiados por meio do órgão ou da entidade IV - custos regulatórios - estimativa dos cus-
encarregado de lhe prestar apoio administrativo. tos, diretos e indiretos, identificados com o em-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

prego da metodologia específica escolhida para § 2º O disposto no caput não se aplica aos
o caso concreto, que possam vir a ser incorridos atos normativos:
pelos agentes econômicos, pelos usuários dos
serviços prestados e, se for o caso, por outros I - de natureza administrativa, cujos efeitos sejam
órgãos ou entidades públicos, para estar em restritos ao âmbito interno do órgão ou da entidade;
conformidade com as novas exigências e obriga-
ções a serem estabelecidas pelo órgão ou pela II - de efeitos concretos, destinados a disci-
entidade competente, além dos custos que de- plinar situação específica, cujos destinatários se-
vam ser incorridos pelo órgão ou pela entidade jam individualizados;
competente para monitorar e fiscalizar o cum-
primento dessas novas exigências e obrigações III - que disponham sobre execução orça-
por parte dos agentes econômicos e dos usuá- mentária e financeira;
rios dos serviços prestados;
IV - que disponham estritamente sobre políti-
V - relatório de AIR - ato de encerramento da ca cambial e monetária;
AIR, que conterá os elementos que subsidiaram a
escolha da alternativa mais adequada ao enfrenta- V - que disponham sobre segurança nacional; e
mento do problema regulatório identificado e, se for
o caso, a minuta do ato normativo a ser editado; e VI - que visem a consolidar outras normas so-
bre matérias específicas, sem alteração de mérito.
VI - atualização do estoque regulatório - exame
periódico dos atos normativos de responsabilida- Art. 4º A AIR poderá ser dispensada, desde
de do órgão ou da entidade competente, com vis- que haja decisão fundamentada do órgão ou da
tas a averiguar a pertinência de sua manutenção entidade competente, nas hipóteses de:
ou a necessidade de sua alteração ou revogação.
I - urgência;
Art. 3º A edição, a alteração ou a revogação
de atos normativos de interesse geral de agentes II - ato normativo destinado a disciplinar di-
econômicos ou de usuários dos serviços pres- reitos ou obrigações definidos em norma hierar-
tados, por órgãos e entidades da administração quicamente superior que não permita, técnica ou
pública federal direta, autárquica e fundacional juridicamente, diferentes alternativas regulatórias;
será precedida de AIR.
III - ato normativo considerado de baixo impacto;
§ 1º No âmbito da administração tributária e
aduaneira da União, o disposto neste Decreto IV - ato normativo que vise à atualização ou
aplica-se somente aos atos normativos que ins- à revogação de normas consideradas obsoletas,
tituam ou modifiquem obrigação acessória. sem alteração de mérito;

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Direito Administrativo

V - ato normativo que vise a preservar liqui- § 3º Ressalvadas informações com restrição
dez, solvência ou higidez: de acesso, nos termos do disposto na Lei nº
12.527, de 18 de novembro de 2011, a nota téc-
a) dos mercados de seguro, de resseguro, de nica ou o documento equivalente de que tratam
capitalização e de previdência complementar; o § 1º e o § 2º serão disponibilizados no sítio
eletrônico do órgão ou da entidade competente,
b) dos mercados financeiros, de capitais e de conforme definido nas normas próprias.
câmbio; ou
Art. 5º A AIR será iniciada após a avalia-
c) dos sistemas de pagamentos; ção pelo órgão ou pela entidade competente
quanto à obrigatoriedade ou à conveniência e
VI - ato normativo que vise a manter a conver- à oportunidade para a resolução do problema
gência a padrões internacionais; regulatório identificado.

VII - ato normativo que reduza exigências, Art. 6º A AIR será concluída por meio de rela-
obrigações, restrições, requerimentos ou espe- tório que contenha:
cificações com o objetivo de diminuir os custos
regulatórios; e I - sumário executivo objetivo e conciso, que
deverá empregar linguagem simples e acessível
VIII - ato normativo que revise normas desa- ao público em geral;
tualizadas para adequá-las ao desenvolvimento
tecnológico consolidado internacionalmente, II - identificação do problema regulatório que
nos termos do disposto no Decreto nº 10.229, se pretende solucionar, com a apresentação de
de 5 de fevereiro de 2020. suas causas e sua extensão;

§ 1º Nas hipóteses de dispensa de AIR, será III - identificação dos agentes econômicos, dos
elaborada nota técnica ou documento equiva- usuários dos serviços prestados e dos demais
lente que fundamente a proposta de edição ou afetados pelo problema regulatório identificado;
de alteração do ato normativo.
IV - identificação da fundamentação legal que
§ 2º Na hipótese de dispensa de AIR em ra- ampara a ação do órgão ou da entidade quanto
zão de urgência, a nota técnica ou o documento ao problema regulatório identificado;
equivalente de que trata o § 1º deverá, obriga-
toriamente, identificar o problema regulatório V - definição dos objetivos a serem alcançados;
que se pretende solucionar e os objetivos que se
pretende alcançar, de modo a subsidiar a elabo- VI - descrição das alternativas possíveis ao
ração da ARR, observado o disposto no art. 12. enfrentamento do problema regulatório identifi-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

cado, consideradas as opções de não ação, de Parágrafo único. O conteúdo do relatório de


soluções normativas e de, sempre que possível, AIR deverá, sempre que possível, ser detalha-
soluções não normativas; do e complementado com elementos adicionais
específicos do caso concreto, de acordo com o
VII - exposição dos possíveis impactos das seu grau de complexidade, abrangência e reper-
alternativas identificadas, inclusive quanto aos cussão da matéria em análise.
seus custos regulatórios;
Art. 7º Na elaboração da AIR, será adotada
VIII - considerações referentes às informa- uma das seguintes metodologias específicas
ções e às manifestações recebidas para a AIR para aferição da razoabilidade do impacto eco-
em eventuais processos de participação social nômico, de que trata o art. 5º da Lei nº 13.874,
ou de outros processos de recebimento de sub- de 2019:
sídios de interessados na matéria em análise;
I - análise multicritério;
IX - mapeamento da experiência internacional
quanto às medidas adotadas para a resolução II - análise de custo-benefício;
do problema regulatório identificado;
III - análise de custo-efetividade;
X - identificação e definição dos efeitos e ris-
cos decorrentes da edição, da alteração ou da IV - análise de custo;
revogação do ato normativo;
V - análise de risco; ou
XI - comparação das alternativas consideradas
para a resolução do problema regulatório identi- VI - análise risco-risco.
ficado, acompanhada de análise fundamentada
que contenha a metodologia específica escolhida § 1º A escolha da metodologia específica de
para o caso concreto e a alternativa ou a combi- que trata o caput deverá ser justificada e apresen-
nação de alternativas sugerida, considerada mais tar o comparativo entre as alternativas sugeridas.
adequada à resolução do problema regulatório e
ao alcance dos objetivos pretendidos; e § 2º O órgão ou a entidade competente po-
derá escolher outra metodologia além daquelas
XII - descrição da estratégia para implemen- mencionadas no caput, desde que justifique tra-
tação da alternativa sugerida, acompanhada das tar-se da metodologia mais adequada para a re-
formas de monitoramento e de avaliação a se- solução do caso concreto.
rem adotadas e, quando couber, avaliação quan-
to à necessidade de alteração ou de revogação Art. 8º O relatório de AIR poderá ser objeto de
de normas vigentes. participação social específica realizada antes da

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Direito Administrativo

decisão sobre a melhor alternativa para enfrentar jeto de ARR no prazo de três anos, contado da
o problema regulatório identificado e antes da data de sua entrada em vigor.
elaboração de eventual minuta de ato normativo
a ser editado. Art. 13. Os órgãos e as entidades implemen-
tarão estratégias para integrar a ARR à atividade
Art. 9º Na hipótese de o órgão ou a entida- de elaboração normativa com vistas a, de forma
de competente optar, após a conclusão da AIR, isolada ou em conjunto, proceder à verificação
pela edição, alteração ou revogação de ato nor- dos efeitos obtidos pelos atos normativos de in-
mativo para enfrentamento do problema regula- teresse geral de agentes econômicos ou de usu-
tório identificado, o texto preliminar da proposta ários dos serviços prestados.
de ato normativo poderá ser objeto de consulta
pública ou de consulta aos segmentos sociais § 1º A ARR poderá ter caráter temático e ser
diretamente afetados pela norma. realizada apenas quanto a partes específicas de
um ou mais atos normativos.
Parágrafo único. A realização de consulta pú-
blica será obrigatória na hipótese do art. 9º da § 2º Os órgãos e as entidades da administra-
Lei nº 13.848, de 2019. ção pública federal direta, autárquica e fundacio-
nal, com competência para edição de atos nor-
Art. 10. O órgão ou a entidade competente mativos sujeitos à elaboração de AIR nos termos
poderá utilizar os meios e os canais que conside- de que trata este Decreto, instituirão agenda de
rar adequados para realizar os procedimentos de ARR e nela incluirão, no mínimo, um ato norma-
participação social e de consulta pública de que tivo de interesse geral de agentes econômicos
tratam os art. 8º e 9º. ou de usuários dos serviços prestados de seu
estoque regulatório.
Parágrafo único. Os procedimentos de que
trata o caput garantirão prazo para manifestação § 3º A escolha dos atos normativos que inte-
pública proporcional à complexidade do tema. grarão a agenda de ARR a que se refere o § 2º
observará, preferencialmente, um ou mais dos
Art. 11. A disponibilização do texto preliminar seguintes critérios:
da proposta de ato normativo objeto de consulta
pública ou de consulta aos segmentos sociais di- I - ampla repercussão na economia ou no País;
retamente afetados não obriga a sua publicação
ou condiciona o órgão ou a entidade a adotar os II - existência de problemas decorrentes da
posicionamentos predominantes. aplicação do referido ato normativo;

Art. 12. Os atos normativos cuja AIR tenha III - impacto significativo em organizações ou
sido dispensada em razão de urgência serão ob- grupos específicos;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

IV - tratamento de matéria relevante para a § 1º O relatório de AIR tem o objetivo de sub-


agenda estratégica do órgão; ou sidiar a tomada de decisão pela autoridade com-
petente do órgão ou da entidade que o elabore.
V - vigência há, no mínimo, cinco anos.
§ 2º O relatório de AIR não vincula a tomada
§ 4º Os órgãos e as entidades divulgarão, de decisão de que trata o § 1º e é facultado à
no primeiro ano de cada mandato presidencial, autoridade competente do órgão ou da entida-
em seu sítio eletrônico, a agenda de ARR, que de decidir:
deverá ser concluída até o último ano daquele
mandato e conter a relação de atos normativos I - pela adoção da alternativa ou da combina-
submetidos à ARR, a justificativa para sua esco- ção de alternativas sugerida no relatório da AIR;
lha e o seu cronograma para elaboração da ARR.
II - pela necessidade de complementação da
§ 5º Concluído o procedimento de que trata AIR; ou
este artigo, as ARRs elaboradas serão divulgadas
no sítio eletrônico do órgão ou da entidade, res- III - pela adoção de alternativa contrária àquela
salvadas as informações com restrição de acesso sugerida no relatório, inclusive quanto às opções
nos termos do disposto na Lei nº 12.527, de 2011. de não ação ou de soluções não normativas.

Art. 14. Na hipótese de o órgão ou a entidade § 3º As decisões contrárias às alternativas su-


competente optar pela edição ou pela alteração de geridas no relatório de AIR deverão ser funda-
ato normativo como a alternativa mais adequada mentadas pela autoridade competente do órgão
disponível ao enfrentamento do problema regula- ou da entidade.
tório identificado, será registrado no relatório de
AIR ou, na hipótese de que trata o § 1º do art. 4º, § 4º Concluído o procedimento de que trata
na nota técnica ou no documento equivalente, o este artigo ou, se for o caso, publicado o ato nor-
prazo máximo para a sua verificação quanto à ne- mativo de caráter geral, o relatório de AIR será
cessidade de atualização do estoque regulatório. publicado no sítio eletrônico do órgão ou da en-
tidade competente, ressalvadas as informações
Art. 15. A autoridade competente do órgão ou com restrição de acesso nos termos da Lei nº
da entidade responsável pela elaboração do re- 12.527, de 2011.
latório de AIR deverá se manifestar quanto à sua
adequação formal e aos objetivos pretendidos, Art. 16. Para fins do disposto no § 2º do art.
de modo a demonstrar se a adoção das alterna- 6º da Lei nº 13.848, de 2019, entende-se como
tivas sugeridas, considerados os seus impactos operacionalização de AIR a definição das unida-
estimados, é a mais adequada ao enfrentamento des organizacionais envolvidas em sua elabora-
do problema regulatório identificado. ção e do âmbito de suas competências.

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185
Direito Administrativo

Art. 17. Os órgãos e entidades implementarão Planejamento, Energia e Loteria da Secretaria


estratégias específicas de coleta e de tratamento Especial de Fazenda do Ministério da Economia
de dados, de forma a possibilitar a elaboração quando se tratar do setor de energia.
de análise quantitativa e, quando for o caso, de
análise de custo-benefício. Art. 21. A inobservância ao disposto neste
Decreto não constitui escusa válida para o des-
Art. 18. Os órgãos e as entidades manterão os cumprimento da norma editada e nem acarreta a
seus relatórios de AIR disponíveis para consulta invalidade da norma editada.
em seu sítio eletrônico e garantirão acesso fácil a
sua localização e identificação de seu conteúdo Art. 22. A obrigatoriedade de elaboração de
ao público em geral, ressalvados aqueles com AIR não se aplica às propostas de ato normativo
restrição de acesso nos termos do disposto na que, na data de produção de efeitos deste Decre-
Lei nº 12.527, de 2011. to, já tenham sido submetidas à consulta pública
ou a outro mecanismo de participação social.
Art. 19. O órgão ou a entidade disponibilizará
em sítio eletrônico a análise das informações e as Art. 23. Os órgãos e as entidades divulgarão
manifestações recebidas no processo de consul- em seu sítio eletrônico, até 14 de outubro de
ta pública após a decisão final sobre a matéria. 2022, agenda de ARR a ser concluída até 31 de
dezembro de 2022, acompanhada da relação de
Parágrafo único. O órgão ou entidade não atos normativos a serem submetidos à ARR, da
está obrigado a comentar ou considerar individu- justificativa para a sua escolha e do cronograma
almente as informações e manifestações recebi- para a elaboração das avaliações.
das e poderá agrupá-las por conexão ou eliminar
as repetitivas e as de conteúdo não conexo ou Art. 24. Este Decreto entra em vigor na data
irrelevante para a matéria em análise. de sua publicação e produz efeitos em:

Art. 20. A competência de que trata o § 7º do I - 15 de abril de 2021, para:


art. 9º da Lei nº 13.848, de 2019, será exercida
pela Secretaria de Advocacia da Concorrência e a) o Ministério da Economia;
Competitividade da Secretaria Especial de Pro-
dutividade, Emprego e Competitividade do Mi- b) as agências reguladoras de que trata a Lei
nistério da Economia. nº 13.848, de 2019; e

Parágrafo único. O disposto no caput não se c) o Instituto Nacional de Metrologia, Qualida-


aplica à competência da Secretaria de Avaliação, de e Tecnologia - Inmetro; e

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186
Atualização Legislativa | Junho de 2020

II - 14 de outubro de 2021, para os demais


órgãos e entidades da administração pública fe-
deral direta, autárquica e fundacional.

Brasília, 30 de junho de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 1º.7.2020.

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187
Direito Civil

DIREITO CIVIL caso, a partir da entrada em vigor desta Lei


até 30 de outubro de 2020.

Lei nº 14.010, de 10 de junho de 2020 § 1º Este artigo não se aplica enquanto perdu-
rarem as hipóteses específicas de impedimento,
Dispõe sobre o Regime Jurídico Emergencial suspensão e interrupção dos prazos prescricio-
e Transitório das relações jurídicas de Direito Pri- nais previstas no ordenamento jurídico nacional.
vado (RJET) no período da pandemia do corona-
vírus (Covid-19). § 2º Este artigo aplica-se à decadência, con-
forme ressalva prevista no art. 207 da Lei nº
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei: Capítulo III
Das pessoas jurídicas de direito privado
Capítulo I
Disposições gerais Art. 4º (VETADO).

Art. 1º Esta Lei institui normas de caráter tran- Art. 5º A assembleia geral, inclusive para os
sitório e emergencial para a regulação de rela- fins do art. 59 do Código Civil, até 30 de outubro
ções jurídicas de Direito Privado em virtude da de 2020, poderá ser realizada por meios eletrô-
pandemia do coronavírus (Covid-19). nicos, independentemente de previsão nos atos
constitutivos da pessoa jurídica.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, con-
sidera-se 20 de março de 2020, data da publi- Parágrafo único. A manifestação dos partici-
cação do Decreto Legislativo nº 6, como termo pantes poderá ocorrer por qualquer meio eletrô-
inicial dos eventos derivados da pandemia do nico indicado pelo administrador, que assegure
coronavírus (Covid-19). a identificação do participante e a segurança do
voto, e produzirá todos os efeitos legais de uma
Art. 2º A suspensão da aplicação das normas assinatura presencial.
referidas nesta Lei não implica sua revogação
ou alteração. Capítulo IV

Capítulo II (VETADO)
Da prescrição e decadência
Art. 6º (VETADO).
Art. 3º Os prazos prescricionais conside-
ram-se impedidos ou suspensos, conforme o Art. 7º (VETADO).

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188
Atualização Legislativa | Junho de 2020

Capítulo V vista no caput, os mandatos de síndico vencidos


Das relações de consumo a partir de 20 de março de 2020 ficam prorroga-
dos até 30 de outubro de 2020.
Art. 8º Até 30 de outubro de 2020, fica sus-
pensa a aplicação do art. 49 do Código de De- Art. 13. É obrigatória, sob pena de destitui-
fesa do Consumidor na hipótese de entrega do- ção do síndico, a prestação de contas regular de
miciliar (delivery) de produtos perecíveis ou de seus atos de administração.
consumo imediato e de medicamentos.
Capítulo IX
Capítulo VI Do regime concorrencial
Das locações de imóveis urbanos
Art. 14. Ficam sem eficácia os incisos XV e
Art. 9º (VETADO). XVII do § 3º do art. 36 e o inciso IV do art. 90 da
Lei nº 12.529, de 30 de novembro de 2011, em
Capítulo VII relação a todos os atos praticados e com vigên-
Da usucapião cia de 20 de março de 2020 até 30 de outubro de
2020 ou enquanto durar o estado de calamidade
Art. 10. Suspendem-se os prazos de aquisição pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº
para a propriedade imobiliária ou mobiliária, nas 6, de 20 de março de 2020.
diversas espécies de usucapião, a partir da entra-
da em vigor desta Lei até 30 de outubro de 2020. § 1º Na apreciação, pelo órgão competente,
das demais infrações previstas no art. 36 da Lei
Capítulo VIII nº 12.529, de 30 de novembro de 2011, caso
Dos condomínios edilícios praticadas a partir de 20 de março de 2020, e
enquanto durar o estado de calamidade públi-
Art. 11. (VETADO). ca reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de
20 de março de 2020, deverão ser consideradas
Art. 12. A assembleia condominial, inclusive as circunstâncias extraordinárias decorrentes da
para os fins dos arts. 1.349 e 1.350 do Código Civil, pandemia do coronavírus (Covid-19).
e a respectiva votação poderão ocorrer, em caráter
emergencial, até 30 de outubro de 2020, por meios § 2º A suspensão da aplicação do inciso IV do
virtuais, caso em que a manifestação de vontade art. 90 da Lei nº 12.529, de 30 de novembro de
de cada condômino será equiparada, para todos 2011, referida no caput, não afasta a possibilida-
os efeitos jurídicos, à sua assinatura presencial. de de análise posterior do ato de concentração
ou de apuração de infração à ordem econômica,
Parágrafo único. Não sendo possível a reali- na forma do art. 36 da Lei nº 12.529, de 2011,
zação de assembleia condominial na forma pre- dos acordos que não forem necessários ao com-

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189
Direito Civil

bate ou à mitigação das consequências decor- Art. 20. O caput do art. 65 da Lei nº 13.709, de
rentes da pandemia do coronavírus (Covid-19). 14 de agosto de 2018, passa a vigorar acrescido
do seguinte inciso I-A:
Capítulo X
Do direito de família e sucessões “Art. 65. ..........................................................

Art. 15. Até 30 de outubro de 2020, a prisão ci- I-A – dia 1º de agosto de 2021, quanto aos
vil por dívida alimentícia, prevista no art. 528, § 3º e arts. 52, 53 e 54;
seguintes da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015
(Código de Processo Civil), deverá ser cumprida ex- ...............................................................” (NR)
clusivamente sob a modalidade domiciliar, sem pre-
juízo da exigibilidade das respectivas obrigações. Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 16. O prazo do art. 611 do Código de Pro-
cesso Civil para sucessões abertas a partir de 1º Brasília, 10 de junho de 2020; 199o da Inde-
de fevereiro de 2020 terá seu termo inicial dilata- pendência e 132o da República.
do para 30 de outubro de 2020.
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Parágrafo único. O prazo de 12 (doze) meses André Luiz de Almeida Mendonça
do art. 611 do Código de Processo Civil, para Paulo Guedes
que seja ultimado o processo de inventário e de Tarcisio Gomes de Freitas
partilha, caso iniciado antes de 1º de fevereiro Walter Souza Braga Netto
de 2020, ficará suspenso a partir da entrada em José Levi Mello do Amaral Júnior
vigor desta Lei até 30 de outubro de 2020.
Este texto não substitui o publicado no DOU
Capítulo XI de 12.6.2020.

(VETADO) *

Art. 17. (VETADO).

Art. 18. (VETADO).

Capítulo XII
Disposições finais

Art. 19. (VETADO).

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190
Atualização Legislativa | Junho de 2020

DIREITO DO CONSUMIDOR Este texto não substitui o publicado no DOU


de 4.6.2020.

Lei nº 14.009, de 3 de junho de 2020 *

Altera o art. 125 da Lei nº 13.146, de 6 de


julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Defici-
ência), para dispor sobre a acessibilidade para
pessoas com deficiência nas salas de cinema.

Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚ-


BLICA adotou a Medida Provisória nº 917, de
2019, que o Congresso Nacional aprovou, e eu,
Davi Alcolumbre, Presidente da Mesa do Con-
gresso Nacional, para os efeitos do disposto no
art. 62 da Constituição Federal, com a redação
dada pela Emenda Constitucional nº 32, combi-
nado com o art. 12 da Resolução nº 1, de 2002-
CN, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º A Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015,


passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 125. ........................................................

II - § 6º do art. 44, 60 (sessenta) meses;

...............................................................” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Congresso Nacional, em 3 de junho de 2020;


199º da Independência e 132º da República.

Senador DAVI ALCOLUMBRE


Presidente da Mesa do Congresso Nacional

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191
Direito do Trabalho

DIREITO DO TRABALHO civil, exceto se houver disposição em contrário


constante de convenção coletiva de trabalho.

Medida Provisória nº 984, de 18 de junho ........................................................................


de 2020
§ 4º Na hipótese de eventos desportivos sem
Altera a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, definição do mando de jogo, a captação, a fixação,
que institui normas gerais sobre desporto, e a Lei a emissão, a transmissão, a retransmissão ou a re-
nº 10.671, de 15 de maio de 2003, que dispõe produção de imagens, por qualquer meio ou pro-
sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor, e dá ou- cesso, dependerá da anuência de ambas as en-
tras providências, em razão da emergência de tidades de prática desportiva participantes.” (NR)
saúde pública de importância internacional de-
corrente da pandemia da covid-19, de que trata Art. 2º Até 31 de dezembro de 2020, o perí-
a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. odo de vigência mínima do contrato de trabalho
do atleta profissional, de que trata o caput do art.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da 30 da Lei nº 9.615, de 1998, será de trinta dias.
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti-
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com Art. 3º Ficam revogados os § 5º e §6º do art.
força de lei: 27-A da Lei nº 9.615, de 1998.

Art. 1º A Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, Art. 4º Esta Medida Provisória entra em vigor
passa a vigorar com as seguintes alterações: na data de sua publicação.

“Art. 42. Pertence à entidade de prática Brasília, 18 de junho de 2020; 199º da Inde-
desportiva mandante o direito de arena so- pendência e 132º da República.
bre o espetáculo desportivo, consistente na
prerrogativa exclusiva de negociar, autorizar JAIR MESSIAS BOLSONARO
ou proibir a captação, a fixação, a emissão, a Onyx Lorenzoni
transmissão, a retransmissão ou a reprodução
de imagens, por qualquer meio ou processo, Este texto não substitui o publicado no DOU
do espetáculo desportivo. de 18.6.2020 - Edição extra

§ 1º Serão distribuídos, em partes iguais, aos


atletas profissionais participantes do espetáculo
de que trata o caput, cinco por cento da receita
proveniente da exploração de direitos desporti-
vos audiovisuais, como pagamento de natureza

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192
Atualização Legislativa | Junho de 2020

DIREITO PREVIDENCIÁRIO b) aquele que, contratado por empresa de


trabalho temporário, na forma prevista em legis-
lação específica, por prazo não superior a cento
Decreto nº 10.410 de 30 de junho de 2020 e oitenta dias, consecutivos ou não, prorrogável
por até noventa dias, presta serviço para atender
Altera o Regulamento da Previdência Social, a necessidade transitória de substituição de pes-
aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio soal regular e permanente ou a acréscimo extra-
de 1999. ordinário de serviço de outras empresas;

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das ........................................................................


atribuições que lhe confere o art. 84, caput, inci-
sos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo p) aquele em exercício de mandato eletivo fe-
em vista o disposto na legislação da previdência deral, estadual, distrital ou municipal, desde que
social, em especial na Lei nº 8.212, de 24 de julho não seja vinculado a regime próprio de previdên-
de 1991, e na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, cia social;

DECRETA: ........................................................................

Art. 1º O Regulamento da Previdência So- s) aquele contratado como trabalhador inter-


cial, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de mitente para a prestação de serviços, com su-
maio de 1999, passa a vigorar com as seguin- bordinação, de forma não contínua, com alter-
tes alterações: nância de períodos de prestação de serviços e
de inatividade, em conformidade com o disposto
“Art. 5º ............................................................ no § 3º do art. 443 da Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
I - cobertura de eventos de incapacidade de 1º de maio de 1943;
temporária ou permanente para trabalho e ida-
de avançada; II - como empregado doméstico - aquele que
presta serviço de forma contínua, subordinada,
...............................................................” (NR) onerosa e pessoal a pessoa ou família, no âmbito
residencial desta, em atividade sem fins lucrati-
“Art. 9º ............................................................ vos, por mais de dois dias por semana;

I - .................................................................... V - ...................................................................

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193
Direito Previdenciário

e) desde que receba remuneração decorrente intermediação obrigatória do órgão gestor de


de trabalho na empresa: mão de obra, nos termos do disposto na Lei nº
12.815, de 5 de junho de 2013, ou do sindicato
1. o empresário individual e o titular de em- da categoria, assim considerados:
presa individual de responsabilidade limitada,
urbana ou rural; 1. o trabalhador que exerça atividade portu-
ária de capatazia, estiva, conferência e conserto
2. o diretor não empregado e o membro de de carga e vigilância de embarcação e bloco;
conselho de administração de sociedade anônima;
2. o trabalhador de estiva de mercadorias de
3. o sócio de sociedade em nome coletivo; e qualquer natureza, inclusive carvão e minério;

4. o sócio solidário, o sócio gerente, o sócio 3. o trabalhador em alvarenga (embarcação


cotista e o administrador, quanto a este último, para carga e descarga de navios);
quando não for empregado em sociedade limita-
da, urbana ou rural; 4. o amarrador de embarcação;

........................................................................ 5. o ensacador de café, cacau, sal e similares;

q) o médico participante do Projeto Mais Mé- 6. o trabalhador na indústria de extração de sal;


dicos para o Brasil, instituído pela Lei nº 12.871,
de 22 de outubro de 2013, exceto na hipótese de 7. o carregador de bagagem em porto;
cobertura securitária específica estabelecida por
organismo internacional ou filiação a regime de 8. o prático de barra em porto;
seguridade social em seu país de origem, com o
qual a República Federativa do Brasil mantenha 9. o guindasteiro; e
acordo de seguridade social;
10. o classificador, o movimentador e o empa-
r) o médico em curso de formação no âmbito cotador de mercadorias em portos; e
do Programa Médicos pelo Brasil, instituído pela
Lei nº 13.958, de 18 de dezembro de 2019; b) exerça atividade de movimentação de mer-
cadorias em geral, nos termos do disposto na
VI - como trabalhador avulso - aquele que: Lei nº 12.023, de 27 de agosto de 2009, em áre-
as urbanas ou rurais, sem vínculo empregatício,
a) sindicalizado ou não, preste serviço de na- com intermediação obrigatória do sindicato da
tureza urbana ou rural a diversas empresas, ou categoria, por meio de acordo ou convenção co-
equiparados, sem vínculo empregatício, com letiva de trabalho, nas atividades de:

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194
Atualização Legislativa | Junho de 2020

1. cargas e descargas de mercadorias a gra- I-A - benefício concedido ao segurado quali-


nel e ensacados, costura, pesagem, embalagem, ficado como segurado especial, independente-
enlonamento, ensaque, arrasto, posicionamen- mente do valor;
to, acomodação, reordenamento, reparação de
carga, amostragem, arrumação, remoção, clas- ........................................................................
sificação, empilhamento, transporte com empi-
lhadeiras, paletização, ova e desova de vagões, III - exercício de atividade remunerada em pe-
carga e descarga em feiras livres e abastecimen- ríodo não superior a cento e vinte dias, corridos
to de lenha em secadores e caldeiras; ou intercalados, no ano civil, observado o dis-
posto no § 22;
2. operação de equipamentos de carga e des-
carga; e ........................................................................

3. pré-limpeza e limpeza em locais necessá- § 13. Aquele que exerce concomitantemente


rios às operações ou à sua continuidade; mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS
é obrigatoriamente filiado no referido Regime em
........................................................................ relação a cada uma dessas atividades, observado
o disposto no inciso III do caput do art. 214.
§ 7º .................................................................
........................................................................
I - capatazia - a atividade de movimentação
de mercadorias nas instalações dentro do porto, § 15. ...............................................................
compreendidos o recebimento, a conferência, o
transporte interno, a abertura de volumes para a I - aquele que trabalha como condutor autôno-
conferência aduaneira, a manipulação, a arruma- mo de veículo rodoviário, inclusive como taxista
ção e a entrega e o carregamento e a descarga ou motorista de transporte remunerado privado
de embarcações, quando efetuados por apare- individual de passageiros, ou como operador de
lhamento portuário; trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira
e assemelhados, sem vínculo empregatício;
........................................................................
........................................................................
§ 8º .................................................................
VI - aquele que presta serviço de natureza não
I - benefício de pensão por morte, auxílio-aci- contínua, por conta própria, a pessoa ou família,
dente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere no âmbito residencial desta, em atividade sem
o do menor benefício da previdência social; fins lucrativos, até dois dias por semana;

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195
Direito Previdenciário

........................................................................ como titular de empresa individual de responsa-


bilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola,
XVI - o interventor, o liquidante, o administra- agroindustrial ou agroturístico, considerada mi-
dor especial e o diretor fiscal de instituição fi- croempresa nos termos do disposto na Lei Com-
nanceira, empresa ou entidade referida no § 6º plementar nº 123, de 2006, desde que, mantido
do art. 201; o exercício da sua atividade rural na forma pre-
vista no inciso VII do caput e no § 5º, a pessoa
XVII - o transportador autônomo de cargas e jurídica seja composta apenas por segurados
o transportador autônomo de cargas auxiliar, nos especiais e sediada no mesmo Município ou em
termos do disposto na Lei nº 11.442, de 5 de Município limítrofe àquele em que ao menos um
janeiro de 2007; deles desenvolva as suas atividades.

XVIII - o repentista de que trata a Lei nº 12.198, ........................................................................


de 14 de janeiro de 2010, desde que não se en-
quadre na condição de empregado, prevista no § 21. O grupo familiar poderá utilizar-se de
inciso I do caput, em relação à referida atividade; e empregado contratado por prazo determinado,
inclusive daquele referido na alínea “r” do inciso
XIX - o artesão de que trata a Lei nº 13.180, I do caput, ou de trabalhador de que trata a alí-
de 22 de outubro de 2015, desde que não se en- nea “j” do inciso V do caput, à razão de, no má-
quadre em outras categorias de segurado obri- ximo, cento e vinte pessoas por dia no mesmo
gatório do RGPS em relação à referida atividade. ano civil, em períodos corridos ou intercalados,
ou, ainda, por tempo equivalente em horas de
........................................................................ trabalho, à razão de oito horas por dia e quarenta
e quatro horas por semana, hipóteses em que
§ 18. ................................................................ períodos de afastamento em decorrência de per-
cepção de auxílio por incapacidade temporária
VI - a associação a cooperativa agropecuária não serão computados.
ou de crédito rural;
§ 22. O disposto nos incisos III e V do § 8º
VII - a incidência do Imposto sobre Produtos e no inciso VIII do § 18 não dispensará o reco-
Industrializados - IPI sobre o produto das ativi- lhimento da contribuição devida em relação ao
dades desenvolvidas nos termos do disposto no exercício das atividades de que tratam os refe-
inciso VIII; e ridos incisos.

VIII - a participação do segurado especial em § 23. ................................................................


sociedade empresária ou em sociedade simples
ou a sua atuação como empresário individual ou I - ....................................................................

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196
Atualização Legislativa | Junho de 2020

b) se enquadrar em qualquer outra catego- pregado, excluído o doméstico, observado o


ria de segurado obrigatório do Regulamento da disposto no art. 19-B.” (NR)
Previdência Social, exceto nas hipóteses previs-
tas nos incisos III, V, VII e VIII do § 8º e no inciso “Art. 11. ..........................................................
VIII do § 18, sem prejuízo do disposto no art. 13;
§ 1º .................................................................
c) se tornar segurado obrigatório de outro re-
gime previdenciário; ou I - aquele que se dedique exclusivamente ao
trabalho doméstico no âmbito de sua residência;
d) na hipótese de descumprimento do dis-
posto no inciso VIII do § 18: ........................................................................

1. participar de sociedade empresária ou de VII - o estagiário que preste serviços a empresa


sociedade simples; ou nos termos do disposto na Lei nº 11.788, de 2008;

2. atuar como empresário individual ou como ........................................................................


titular de empresa individual de responsabilidade
limitada; ou X - o brasileiro residente ou domiciliado no
exterior;
........................................................................
........................................................................
§ 26. É considerado microempreendedor indi-
vidual - MEI o empresário individual a que se re- XII - o atleta beneficiário da Bolsa-Atleta não
fere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 2002 - Código filiado a regime próprio de previdência social ou
Civil, ou o empreendedor que exerça as ativida- não enquadrado em uma das hipóteses previs-
des de industrialização, comercialização e presta- tas no art. 9º.
ção de serviços no âmbito rural, que tenha auferi-
do receita bruta no ano-calendário imediatamente ........................................................................
anterior até o limite estabelecido no art. 18-A da
Lei Complementar nº 123, de 2006, que tenha op- § 5º O segurado poderá contribuir facultati-
tado pelo Simples Nacional e não esteja impedido vamente durante os períodos de afastamento ou
de optar pela sistemática de recolhimento a que de inatividade, desde que não receba remunera-
se refere a alínea “p” do inciso V do caput. ção nesses períodos e não exerça outra ativida-
de que o vincule ao RGPS ou a regime próprio
§ 27. O vínculo empregatício mantido entre de previdência social.” (NR)
cônjuges ou companheiros não impede o reco-
nhecimento da qualidade de segurado do em- “Art. 12. ..........................................................

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Direito Previdenciário

Parágrafo único. ............................................. menor de vinte e um anos de idade ou inválido ou


que tenha deficiência intelectual, mental ou grave;
III - o operador portuário e o órgão gestor de
mão de obra de que trata a Lei nº 12.815, de ........................................................................
2013; e
III - o irmão não emancipado, de qualquer
...............................................................” (NR) condição, menor de vinte e um anos de idade
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual,
“Art. 13. .......................................................... mental ou grave.

I - sem limite de prazo, o segurado que esti- ........................................................................


ver em gozo de benefício, exceto na hipótese de
auxílio-acidente; § 3º Equiparam-se a filho, na condição de de-
pendente de que trata o inciso I do caput, exclu-
II - até doze meses após a cessação das con- sivamente o enteado e o menor tutelado, desde
tribuições, observado o disposto nos § 7º e § 8º que comprovada a dependência econômica na
e no art. 19-E; forma estabelecida no § 3º do art. 22.

........................................................................ ........................................................................

§ 7º Para o contribuinte individual, o período § 6º Considera-se união estável aquela confi-


de manutenção da qualidade de segurado inicia- gurada na convivência pública, contínua e dura-
-se no primeiro dia do mês subsequente ao da doura entre pessoas, estabelecida com intenção
última contribuição com valor igual ou superior de constituição de família, observado o disposto
ao salário-mínimo. no § 1º do art. 1.723 da Lei nº 10.406, de 2002
- Código Civil, desde que comprovado o vínculo
§ 8º O segurado que receber remuneração in- na forma estabelecida no § 3º do art. 22.
ferior ao limite mínimo mensal do salário de con-
tribuição somente manterá a qualidade de segu- § 6º-A As provas de união estável e de depen-
rado se efetuar os ajustes de complementação, dência econômica exigem início de prova ma-
utilização e agrupamento a que se referem o § 1º terial contemporânea dos fatos, produzido em
do art. 19-E e o § 27-A do art. 216.” (NR) período não superior aos vinte e quatro meses
anteriores à data do óbito ou do recolhimento à
“Art. 16. .......................................................... prisão do segurado, não admitida a prova exclu-
sivamente testemunhal, exceto na ocorrência de
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro motivo de força maior ou caso fortuito, observa-
e o filho não emancipado, de qualquer condição, do o disposto no § 2º do art. 143.

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

........................................................................ c) constituição de estabelecimento civil ou co-


mercial ou pela existência de relação de emprego,
§ 8º Para fins do disposto na alínea “c” do desde que, em função deles, o menor com dezes-
inciso V do caput do art. 114, em observância ao seis anos completos tenha economia própria; ou
requisito previsto no § 6º-A, deverá ser apresen-
tado, ainda, início de prova material que com- d) concessão de emancipação, pelos pais, ou
prove união estável pelo período mínimo de dois por um deles na falta do outro, por meio de ins-
anos antes do óbito do segurado. trumento público, independentemente de homolo-
gação judicial, ou por sentença judicial, ouvido o
§ 9º Será excluído definitivamente da condi- tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e
ção de dependente aquele que tiver sido con-
denado criminalmente por sentença transitada IV - ..................................................................
em julgado, como autor, coautor ou partícipe de
homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, a) pela cessação da invalidez ou da deficiên-
cometido contra a pessoa do segurado, ressal- cia intelectual, mental ou grave; ou
vados os absolutamente incapazes e os inimpu-
táveis.” (NR) ........................................................................

“Art. 17. .......................................................... § 1º O filho, o irmão, o enteado e o menor


tutelado, desde que comprovada a dependência
I - para o cônjuge, pelo divórcio ou pela se- econômica dos três últimos, se inválidos ou se
paração judicial ou de fato, enquanto não lhe for tiverem deficiência intelectual, mental ou grave,
assegurada a prestação de alimentos, pela anu- não perderão a qualidade de dependentes des-
lação do casamento, pelo óbito ou por sentença de que a invalidez ou a deficiência intelectual,
judicial transitada em julgado; mental ou grave tenha ocorrido antes de uma
das hipóteses previstas no inciso III do caput.
........................................................................
§ 2º Para fins do disposto no § 1º, a data de
III - ao completar vinte e um anos de idade, início da invalidez ou da deficiência intelectual,
para o filho, o irmão, o enteado ou o menor tu- mental ou grave será estabelecida pela Perícia
telado, ou nas seguintes hipóteses, se ocorridas Médica Federal.” (NR)
anteriormente a essa idade:
“Art. 18. Considera-se inscrição de segurado
a) casamento; para os efeitos da previdência social o ato pelo
qual o segurado é cadastrado no RGPS, por
b) início do exercício de emprego público meio da comprovação dos dados pessoais, da
efetivo; seguinte forma:

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Direito Previdenciário

I - empregado - pelo empregador, por meio da V - segurado especial - preferencialmente,


formalização do contrato de trabalho e, a partir da pelo titular do grupo familiar que se enquadre
obrigatoriedade do uso do Sistema de Escritura- em uma das condições previstas no inciso VII do
ção Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias caput do art. 9º, hipótese em que o INSS po-
e Trabalhistas - eSocial, instituído pelo Decreto nº derá solicitar a apresentação de documento que
8.373, de 11 de dezembro de 2014, ou do sistema comprove o exercício da atividade declarada,
que venha a substituí-lo, por meio do registro con- observado o disposto no art. 19-D; e
tratual eletrônico realizado nesse Sistema;
VI - segurado facultativo - por ato próprio, por
II - trabalhador avulso - pelo cadastramento meio do cadastramento de informações pesso-
e pelo registro no órgão gestor de mão de obra, ais que permitam a sua identificação, desde que
no caso de trabalhador portuário, ou no sindicato, não exerça atividade que o enquadre na catego-
no caso de trabalhador não portuário, e a partir da ria de segurado obrigatório.
obrigatoriedade do uso do eSocial, ou do sistema
que venha a substituí-lo, por meio do cadastramen- ........................................................................
to e do registro eletrônico realizado nesse Sistema;
§ 5º-A Na hipótese prevista no § 5º, caso não
III - empregado doméstico - pelo emprega- seja comprovada a condição de segurado espe-
dor, por meio do registro contratual eletrônico cial, poderá ser atribuído Número de Inscrição
realizado no eSocial; do Trabalhador - NIT especificamente para fins
de requerimento do benefício previdenciário.
IV - contribuinte individual:
§ 5º-B Não será admitida a inscrição post
a) por ato próprio, por meio do cadastramento mortem de segurado contribuinte individual e
de informações para identificação e reconheci- nem de segurado facultativo.
mento da atividade, hipótese em que o Instituto
Nacional do Seguro Social - INSS poderá solici- § 6º A comprovação dos dados pessoais e
tar a apresentação de documento que comprove de outros elementos necessários e úteis à ca-
o exercício da atividade declarada; racterização do segurado poderá ser exigida
pelo INSS, a qualquer tempo, para fins de atu-
b) pela cooperativa de trabalho ou pela pes- alização cadastral, inclusive para a concessão
soa jurídica a quem preste serviço, no caso de de benefício.
cooperados ou contratados, respectivamente,
se ainda não inscritos no RGPS; e § 7º A inscrição do segurado especial será fei-
ta de forma a vinculá-lo ao seu grupo familiar e
c) pelo MEI, por meio do sítio eletrônico do conterá, além das informações pessoais:
Portal do Empreendedor;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

I - a identificação da propriedade em que é me critérios definidos pelo INSS, independente-


desenvolvida a atividade e a informação de a que mente de requerimento de benefício, exceto na
título ela é ocupada; hipótese prevista no art. 142, observado o dis-
posto nos art. 19-B e art. 19-C.
II - a informação sobre a residência ou não do
segurado na propriedade em que é desenvolvida § 2º Informações inseridas extemporanea-
a atividade, e, em caso negativo, sobre o Municí- mente no CNIS, independentemente de serem
pio onde reside; e inéditas ou retificadoras de dados anteriormente
informados, somente serão aceitas se corrobo-
III - quando for o caso, a identificação e a ins- radas por documentos que comprovem a sua
crição da pessoa responsável pelo grupo familiar. regularidade, na forma prevista no art. 19-B.

........................................................................ § 3º .................................................................

§ 9º A identificação do trabalhador no Cadas- I - relativos à data de início de vínculo empre-


tro Nacional de Informações Sociais - CNIS po- gatício, após o último dia do quinto mês subse-
derá ser feita: quente ao mês da data da admissão do segurado;

I - pelo NIT, único, pessoal e intransferível, II - relativos à remuneração de trabalhador


independentemente de alterações de categoria avulso ou contribuinte individual que preste ser-
profissional; ou viços a empresa ou equiparado, após o último
dia do quinto mês subsequente ao mês da data
II - pelo Cadastro de Pessoas Físicas - CPF. da prestação de serviço pelo segurado; ou

§ 10. Ao segurado cadastrado no Programa III - relativos à contribuição, sempre que o re-
de Integração Social - PIS, no Programa de For- colhimento tiver sido feito sem observância ao
mação do Patrimônio do Servidor Público - Pa- disposto em lei.
sep ou no Número de Identificação Social - NIS
não caberá novo cadastramento.” (NR) § 4º A extemporaneidade de que trata o § 3º
poderá ser desconsiderada depois de decorrido
“Art. 19. .......................................................... o prazo de um ano, contado da data de inserção
das informações relativas a vínculos e remune-
§ 1º O segurado poderá solicitar, a qualquer rações, conforme critérios definidos pelo INSS.
tempo, a inclusão, a exclusão, a ratificação ou
a retificação de suas informações constantes § 5º Ato do Secretário Especial de Previdência e
do CNIS, com a apresentação de documentos Trabalho do Ministério da Economia poderá reduzir
comprobatórios dos dados divergentes, confor- ou ampliar os prazos previstos nos § 3º e § 4º.

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Direito Previdenciário

§ 6º O INSS poderá definir critérios para a I - empregado e empregado doméstico - os


apuração das informações constantes da Guia registros eletrônicos gerados pelo eSocial equi-
de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tem- valerão às anotações relativas ao contrato de tra-
po de Serviço e Informações à Previdência So- balho, definidas pela Consolidação das Leis do
cial - GFIP, ou do instrumento que venha a subs- Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
tituí-la, que ainda não tiver sido processada e de 1943, que serão incorporados ao CNIS e à
para o recebimento de informações relativas a Carteira de Trabalho Digital;
situações cuja regularidade dependa do cumpri-
mento de critério estabelecido em lei. II - trabalhador avulso - os registros eletrôni-
cos gerados pelo eSocial substituirão as informa-
........................................................................ ções relativas ao registro e às remunerações do
trabalhador avulso portuário previstas no inciso II
§ 8º Para o exercício de suas competências, o do caput do art. 32 e no § 2º do art. 33 da Lei nº
INSS terá acesso às informações do segurado rela- 12.815, de 2013, e aquelas relativas ao trabalhador
tivas aos períodos em que tenha sido registrada de- avulso não portuário previstas no art. 4º da Lei nº
ficiência leve, moderada ou grave, identificada em 12.023, de 2009, que serão incorporados ao CNIS;
decorrência de avaliação biopsicossocial realizada
por equipe multiprofissional e interdisciplinar, para III - contribuinte individual que preste serviços
fins de reconhecimento e manutenção de direitos. conforme o disposto no § 20 do art. 216 - os re-
gistros eletrônicos gerados pelo eSocial substi-
§ 9º Constarão do CNIS as informações dos tuirão as informações prestadas sobre os valores
segurados e beneficiários dos regimes próprios da remuneração na forma prevista no § 21 do
de previdência social para fins de verificação das art. 216, que serão incorporados ao CNIS; e
situações previstas neste Regulamento que im-
pactem no reconhecimento de direitos e na con- IV - contribuinte individual que preste servi-
cessão e no pagamento de benefícios pelo RGPS. ços a empresa ou equiparado a partir de abril
de 2003, conforme o disposto no art. 4º da Lei
§ 10. O empregado com contrato de trabalho nº 10.666, de 8 de maio de 2003 - os registros
intermitente terá identificação específica em ins- eletrônicos gerados pelo eSocial substituirão as
trumento de prestação de informações à previ- informações prestadas sobre os valores da re-
dência social, de forma a permitir a identificação muneração e do desconto feito a título de con-
dos períodos de prestação serviços e dos perío- tribuição previdenciária, conforme previsto no
dos de inatividade. inciso XII do caput do art. 216, que serão incor-
porados ao CNIS.
§ 11. A partir da obrigatoriedade do uso do
eSocial, ou do sistema que venha a substituí-lo, § 12. Os recolhimentos efetuados na época
será observado, para o segurado: apropriada constantes do CNIS serão reconhe-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

cidos automaticamente, observados a contri- VI - caderneta de matrícula;


buição mínima mensal e o disposto no art. 19-
E, dispensada a comprovação do exercício da VII - caderneta de contribuição dos extintos
atividade.” (NR) institutos de aposentadoria e pensões;

“Art. 19-B. Na hipótese de não constarem do VIII - caderneta de inscrição pessoal visada:
CNIS as informações sobre atividade, vínculo,
remunerações ou contribuições, ou de haver a) pela Capitania dos Portos;
dúvida sobre a regularidade das informações
existentes, o período somente será confirmado b) pela Superintendência do Desenvolvimento
por meio da apresentação de documentos con- da Pesca; ou
temporâneos dos fatos a serem comprovados,
com menção às datas de início e de término e, c) pelo Departamento Nacional de Obras
quando se tratar de trabalhador avulso, à dura- Contra as Secas;
ção do trabalho e à condição em que tiver sido
prestada a atividade. IX - declaração da Secretaria Especial da Re-
ceita Federal do Brasil do Ministério da Economia;
§ 1º Além dos dados constantes do CNIS a
que se refere o art. 19, observada a forma de X - certidão de inscrição em órgão de fiscali-
filiação do trabalhador ao RGPS, os seguintes zação profissional, acompanhada de documento
documentos serão considerados para fins de que prove o exercício da atividade;
comprovação do tempo de contribuição de que
trata o caput, desde que contemporâneos aos XI - contrato social, acompanhado de seu dis-
fatos a serem comprovados: trato, e, quando for o caso, ata de assembleia
geral e registro de empresário;
I - carteira profissional ou Carteira de Trabalho
e Previdência Social; XII - certificado de sindicato ou órgão gestor de
mão de obra que agrupe trabalhadores avulsos;
II - contrato individual de trabalho;
XIII - extrato de recolhimento do FGTS; e
III - contrato de trabalho por pequeno prazo,
na forma prevista no § 3º do art. 14-A da Lei nº XIV - recibos de pagamento.
5.889, de 1973;
§ 2º Os documentos necessários à atualiza-
IV - carteira de férias; ção do CNIS e à análise de requerimentos de
benefícios e serviços poderão ser apresentados
V - carteira sanitária; em cópias simples, em meio físico ou eletrôni-

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Direito Previdenciário

co, dispensada a sua autenticação, exceto nas § 6º Somente serão exigidos certidões ou do-
hipóteses em que haja previsão legal expressa e cumentos expedidos por órgãos públicos quan-
de dúvida fundada quanto à autenticidade ou à do não for possível a sua obtenção diretamente
integridade do documento, ressalvada a possibi- do órgão ou da entidade responsável pela base
lidade de o INSS exigir, a qualquer tempo, os do- de dados oficial.
cumentos originais para fins do disposto no art.
179, situação em que o responsável pela apre- § 7º Serão realizados exclusivamente pela Se-
sentação das cópias ficará sujeito às sanções cretaria Especial da Receita Federal do Brasil do
administrativas, civis e penais aplicáveis. Ministério da Economia os acertos de:

§ 3º Caso os documentos apresentados não I - inclusão de recolhimento, alterações de va-


sejam suficientes para a comprovação de ativi- lor autenticado ou data de pagamento da Guia
dade, vínculo ou remunerações, estes poderão da Previdência Social ou do documento que ve-
ser corroborados por pesquisa, na forma previs- nha a substituí-la;
ta no § 5º, ou justificação administrativa, confor-
me o caso. II - transferência de contribuição com identi-
ficador de pessoa jurídica ou equiparada para o
§ 4º Na falta de documento contemporâneo, CNIS; e
podem ser aceitos declaração do empregador ou
de seu preposto, atestado de empresa ainda exis- III - inclusão da contribuição liquidada por
tente ou certificado ou certidão de entidade oficial meio de parcelamento.” (NR)
dos quais constem os dados previstos no caput,
desde que extraídos de registros existentes, que “Art. 19-C. Considera-se tempo de contribui-
serão confirmados pelo INSS na forma prevista ção o tempo correspondente aos períodos para
no § 5º, exceto se fornecidas por órgão público. os quais tenha havido contribuição obrigatória
ou facultativa ao RGPS, dentre outros, o período:
§ 5º A empresa disponibilizará a servidor de-
signado por dirigente do INSS as informações I - de contribuição efetuada por segurado que
e os registros de que dispuser, relativamente a tenha deixado de exercer atividade remunerada
segurado a seu serviço e previamente identifi- que o enquadrasse como segurado obrigatório
cado, para fins de instrução ou revisão de pro- da previdência social;
cesso de reconhecimento de direitos e outorga
de benefícios do RGPS e para inclusão, exclu- II - em que a segurada tenha recebido salário-
são, ratificação ou retificação das informações -maternidade;
constantes do CNIS, conforme critérios defini-
dos pelo INSS, independentemente de requeri- III - de licença remunerada, desde que tenha
mento de benefício. havido desconto de contribuições;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

IV - em que o segurado tenha sido colocado em da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, exceto
disponibilidade remunerada pela empresa, desde para efeito de carência.
que tenha havido desconto de contribuições;
§ 2º As competências em que o salário de
V - de atividade patronal ou autônoma, exer- contribuição mensal tenha sido igual ou superior
cida anteriormente à vigência da Lei nº 3.807, de ao limite mínimo serão computadas integralmen-
26 de agosto de 1960, desde que tenha sido in- te como tempo de contribuição, independente-
denizado conforme o disposto no art. 122; mente da quantidade de dias trabalhados.

VI - de atividade na condição de empregador § 3º Na hipótese de o débito ser objeto de


rural, desde que tenha havido contribuição na parcelamento, o período correspondente ao par-
forma prevista na Lei nº 6.260, de 6 de novem- celamento somente será computado para fins de
bro de 1975, e indenização do período anterior, concessão de benefício no RGPS e de emissão
conforme o disposto no art. 122; de certidão de tempo de contribuição para fins
de contagem recíproca após a comprovação da
VII - de exercício de mandato eletivo federal, quitação dos valores devidos.” (NR)
estadual, distrital ou municipal, desde que tenha
havido contribuição na época apropriada e este “Art. 19-D. O Ministério da Economia mante-
não tenha sido contado para fins de aposenta- rá sistema de cadastro dos segurados especiais
doria por outro regime de previdência social; no CNIS, observado o disposto nos § 7º e § 8º
do art. 18, e poderá firmar acordo de coopera-
VIII - de licença, afastamento ou inatividade ção com o Ministério da Agricultura, Pecuária e
sem remuneração do segurado empregado, in- Abastecimento e com outros órgãos da adminis-
clusive o doméstico e o intermitente, desde que tração pública federal, estadual, distrital e muni-
tenha havido contribuição na forma prevista no § cipal para a manutenção e a gestão do sistema
5º do art. 11; e de cadastro.

IX - em que o segurado contribuinte individual § 1º O sistema de que trata o caput preverá a


e o segurado facultativo tenham contribuído na manutenção e a atualização anual do cadastro e
forma prevista no art. 199-A, observado o dis- conterá as informações necessárias à caracteri-
posto em seu § 2º. zação da condição de segurado especial.

§ 1º Será computado o tempo intercalado de § 2º A manutenção e a atualização de que tra-


recebimento de benefício por incapacidade, na ta o § 1º ocorrerão por meio da apresentação,
forma do disposto no inciso II do caput do art. 55 pelo segurado especial, de declaração anual ou

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Direito Previdenciário

de documento equivalente, conforme definido § 9º A partir de 1º de janeiro de 2023, a com-


em ato do Secretário Especial de Previdência e provação da condição e do exercício da ativida-
Trabalho do Ministério da Economia. de rural do segurado especial ocorrerá, exclusi-
vamente, por meio das informações constantes
§ 3º A aplicação do disposto neste artigo não do cadastro a que se refere o caput, observado
poderá acarretar ônus para o segurado, sem o disposto no § 18.
prejuízo do disposto no § 4º.
§ 10. Para o período anterior a 1º de janeiro de
§ 4º O INSS, no ato de habilitação ou de con- 2023, o segurado especial comprovará o exercí-
cessão de benefício, verificará a condição de se- cio da atividade rural por meio de autodeclara-
gurado especial e, se for o caso, o pagamento ção ratificada por entidades públicas credencia-
da contribuição previdenciária, nos termos do das, nos termos do disposto no art. 13 da Lei nº
disposto na Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, 12.188, de 11 de janeiro de 2010, e por outros
de modo a considerar, dentre outras informa- órgãos públicos, observado o seguinte:
ções, aquelas constantes do CNIS.
I - a autodeclaração será feita por meio do
§ 5º A atualização anual de que trata o § 1º preenchimento de formulários que serão dispo-
será feita pelo segurado especial até 30 de junho nibilizados pelo INSS;
do ano subsequente.
II - a ratificação da autodeclaração será reali-
§ 6º É vedada a atualização anual de que trata zada por meio de informações obtidas das bases
o § 1º decorrido o prazo de cinco anos, contado de dados da Secretaria de Agricultura Familiar
da data a que se refere o § 5º. e Cooperativismo do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e de outras bases de
§ 7º Decorrido o prazo de cinco anos de que dados a que o INSS tiver acesso; e
trata o § 6º, o segurado especial somente poderá
computar o período de trabalho rural se efetua- III - as informações obtidas por meio de con-
dos na época apropriada a comercialização da sultas às bases de dados governamentais que fo-
produção e o recolhimento da contribuição pre- rem consideradas insuficientes para o reconhe-
vista no art. 25 da Lei nº 8.212, de 1991. cimento do exercício da atividade rural alegada
poderão ser complementadas por prova docu-
§ 8º O INSS utilizará as informações constan- mental contemporânea ao período informado.
tes do cadastro de que trata o caput para fins
de comprovação da condição e do exercício da § 11. Complementarmente à autodeclaração
atividade rural do segurado especial e do seu de que trata o § 10 e ao cadastro de que trata o
grupo familiar. caput, a comprovação do exercício de atividade

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

do segurado especial será feita por meio dos se- § 12. Sempre que o tipo de outorga informa-
guintes documentos, dentre outros: do na autodeclaração de que trata § 10 for de
parceiro, meeiro, arrendatário, comodatário ou
I - contrato de arrendamento, de parceria ou de outra modalidade de outorgado, o documen-
de comodato rural; to deverá identificar e qualificar o outorgante.

II - Declaração de Aptidão ao Programa Na- § 13. A condição de segurado especial dos


cional de Fortalecimento da Agricultura Familiar índios será comprovada por meio de certidão
de que trata o inciso II do caput do art. 2º da Lei fornecida pela Fundação Nacional do Índio -
nº 12.188, de 2010, ou pelo documento que ve- Funai que:
nha a substituí-la;
I - conterá a identificação da entidade e de
III - bloco de notas do produtor rural; seu emitente, com a indicação do mandato, se
for o caso;
IV - documentos fiscais de entrada de mer-
cadorias de que trata o § 7º do art. 30 da Lei II - será fornecida em duas vias, em papel
nº 8.212, de 1991, emitidos pela empresa adqui- timbrado, com numeração sequencial controla-
rente da produção, com indicação do nome do da e ininterrupta;
segurado como vendedor;
III - conterá a identificação, a qualificação
V - documentos fiscais relativos a entrega de pessoal do beneficiário e a categoria de produtor
produção rural a cooperativa agrícola, entrepos- a que pertença;
to de pescado ou outros, com indicação do se-
gurado como vendedor ou consignante; IV - consignará os documentos e as informa-
ções que tenham servido de base para a sua
VI - comprovantes de recolhimento de contri- emissão e, se for o caso, a origem dos dados
buição à previdência social decorrentes da co- extraídos de registros existentes na própria en-
mercialização de produção rural; tidade declarante ou em outro órgão, entidade
ou empresa, desde que idôneos e acessíveis à
VII - cópia da declaração de imposto sobre a previdência social;
renda, com indicação de renda proveniente da
comercialização de produção rural; ou V - não conterá informação referente a perí-
odo anterior ao início da atividade da entidade
VIII - licença de ocupação ou permissão ou- declarante, exceto se baseada em documento
torgada pelo Instituto Nacional de Colonização e que constitua prova material do exercício dessa
Reforma Agrária - Incra. atividade; e

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207
Direito Previdenciário

VI - consignará os dados relativos ao período derá exigir a apresentação dos documentos re-
e à forma de exercício da atividade rural nos ter- feridos no § 11.
mos estabelecidos pelo INSS.
§ 17. As informações obtidas e acolhidas pelo
§ 14. A homologação a que se refere o § 13 INSS diretamente de bancos de dados dispo-
se restringirá às informações relativas à atividade nibilizados por órgãos do Poder Público serão
rural e deverá atender aos seguintes critérios: utilizadas para validar ou invalidar informação
para o cadastramento do segurado especial e,
I - conterá a identificação do órgão e do emi- quando for o caso, para deixar de reconhecer o
tente da declaração; segurado nessa condição.

II - conterá a identificação, a qualificação pes- § 18. O prazo a que se refere o § 9º será pror-
soal do beneficiário e a categoria de produtor a rogado até que cinquenta por cento dos segu-
que pertença; rados especiais, apurados conforme quantitativo
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
III - consignará os documentos e as informa- Contínua, estejam inseridos no sistema de cadas-
ções que tenham servido de base para a sua tro dos segurados especiais de que trata o caput.
emissão e, se for o caso, a origem dos dados
extraídos de registros existentes na própria en- § 19. O fim da prorrogação a que se refere o
tidade declarante ou em outro órgão, entidade § 18 será definido em ato do Secretário Especial
ou empresa, desde que idôneos e acessíveis à de Previdência e Trabalho do Ministério da Eco-
previdência social; e nomia.” (NR)

IV - consignará dados relativos ao período e à “Art. 19-E. A partir de 13 de novembro de


forma de exercício da atividade rural nos termos 2019, para fins de aquisição e manutenção da
estabelecidos pelo INSS. qualidade de segurado, de carência, de tempo
de contribuição e de cálculo do salário de bene-
§ 15. Até 1º de janeiro de 2025, o cadastro de fício exigidos para o reconhecimento do direito
que trata o caput poderá ser efetuado, atualiza- aos benefícios do RGPS e para fins de contagem
do e corrigido sem prejuízo do prazo de que trata recíproca, somente serão consideradas as com-
o § 9º e das regras permanentes estabelecidas petências cujo salário de contribuição seja igual
nos § 5º e § 6º. ou superior ao limite mínimo mensal do salário
de contribuição.
§ 16. Na hipótese de haver divergência de in-
formações entre o cadastro de que trata o caput § 1º Para fins do disposto no caput, ao segu-
e as demais bases de dados, para fins de reco- rado que, no somatório de remunerações aufe-
nhecimento do direito ao benefício, o INSS po- ridas no período de um mês, receber remunera-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

ção inferior ao limite mínimo mensal do salário § 5º A efetivação do ajuste previsto no inciso
de contribuição será assegurado: III do § 1º não impede o recolhimento da con-
tribuição referente à competência que tenha o
I - complementar a contribuição das compe- salário de contribuição transferido, em todo ou
tências, de forma a alcançar o limite mínimo do em parte, para agrupamento com outra compe-
salário de contribuição exigido; tência a fim de atingir o limite mínimo mensal do
salário de contribuição.
II - utilizar o excedente do salário de contribui-
ção superior ao limite mínimo de uma competên- § 6º Para complementação ou recolhimento da
cia para completar o salário de contribuição de competência que tenha o salário de contribuição
outra competência até atingir o limite mínimo; ou transferido, em todo ou em parte, na forma pre-
vista no § 5º, será observado o disposto no § 3º.
III - agrupar os salários de contribuição infe-
riores ao limite mínimo de diferentes competên- § 7º Na hipótese de falecimento do segurado,
cias para aproveitamento em uma ou mais com- os ajustes previstos no § 1º poderão ser solicita-
petências até que estas atinjam o limite mínimo. dos por seus dependentes para fins de reconhe-
cimento de direito para benefício a eles devidos
§ 2º Os ajustes de complementação, utiliza- até o dia quinze do mês de janeiro subsequente
ção e agrupamento previstos no § 1º poderão ao do ano civil correspondente, observado o dis-
ser efetivados, a qualquer tempo, por iniciativa posto no § 4º.” (NR)
do segurado, hipótese em que se tornarão irre-
versíveis e irrenunciáveis após processados. “Art. 19-F. A obrigação do INSS de promover
a instrução de requerimentos e a comprovação
§ 3º A complementação de que trata o inciso I de requisitos legais para o reconhecimento de
do § 1º poderá ser recolhida até o dia quinze do direitos não afasta a obrigação de o interessado
mês subsequente ao da prestação do serviço e, ou o seu representante juntar ao requerimento
a partir dessa data, com os acréscimos previstos toda a documentação útil à comprovação do di-
no art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991. reito, principalmente em relação aos fatos que
não constem da base de dados da previdência
§ 4º Os ajustes de que tratam os incisos II e social.” (NR)
III do § 1º serão efetuados na forma indicada ou
autorizada pelo segurado, desde que utilizadas “Art. 20. ..........................................................
as competências do mesmo ano civil definido no
art. 181-E, em conformidade com o disposto nos § 2º A filiação do trabalhador rural contrata-
§ 27-A ao § 27-D do art. 216. do por produtor rural pessoa física por prazo de

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Direito Previdenciário

até dois meses no período de um ano, para o § 14. Caso o dependente só possua um dos
exercício de atividades de natureza temporária, documentos a que se refere o § 3º produzido
decorre automaticamente de sua inclusão em em período não superior a vinte e quatro meses
declaração prevista em ato do Secretário Espe- anteriores à data do óbito ou do recolhimento
cial da Receita Federal do Brasil do Ministério da à prisão, a comprovação de vínculo ou de de-
Economia por meio de identificação específica. pendência econômica para esse período poderá
ser suprida por justificação administrativa, pro-
§ 3º O exercício de atividade prestada de forma cessada na forma prevista nos art. 142 ao art.
gratuita e o serviço voluntário, nos termos do dis- 151.” (NR)
posto na Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998,
não geram filiação obrigatória ao RGPS.” (NR) “Art. 25. ..........................................................

“Art. 22. .......................................................... I - ....................................................................

§ 3º Para comprovação do vínculo e da de- a) aposentadoria por incapacidade permanente;


pendência econômica, conforme o caso, deve-
rão ser apresentados, no mínimo, dois docu- b) aposentadoria programada;
mentos, observado o disposto nos § 6º-A e § 8º
do art. 16, e poderão ser aceitos, dentre outros: c) aposentadoria por idade do trabalhador rural;

........................................................................ ........................................................................

§ 9º No caso de dependente inválido ou com e) auxílio por incapacidade temporária;


deficiência intelectual, mental ou grave, para
fins de inscrição e concessão de benefício, a ...............................................................” (NR)
invalidez será comprovada por meio de exa-
me médico-pericial a cargo da Perícia Médica “Art. 26. Período de carência é o tempo cor-
Federal e a deficiência, por meio de avaliação respondente ao número mínimo de contribui-
biopsicossocial realizada por equipe multipro- ções mensais indispensáveis para que o bene-
fissional e interdisciplinar. ficiário faça jus ao benefício, consideradas as
competências cujo salário de contribuição seja
§ 10. O dependente menor de vinte e um anos igual ou superior ao seu limite mínimo mensal.
de idade apresentará declaração para atestar a
não ocorrência das hipóteses previstas no inciso § 1º Para o segurado especial, considera-se
III do caput do art. 17. período de carência, para fins de concessão dos
benefícios de que trata o inciso I do § 2º do art.
........................................................................ 39, o tempo mínimo de efetivo exercício de ati-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

vidade rural, ainda que de forma descontínua, nefícios de auxílio por incapacidade temporária,
igual à quantidade de meses necessária à con- de aposentadoria por incapacidade permanente,
cessão do benefício requerido. de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, as
contribuições anteriores à perda somente serão
........................................................................ computadas para fins de carência depois que
o segurado contar, a partir da nova filiação ao
§ 4º-A Para fins de carência, no caso de se- RGPS, com metade do número de contribuições
gurado empregado doméstico, considera-se exigidas para o cumprimento do período de ca-
presumido o recolhimento das contribuições rência definido no art. 29.
dele descontadas pelo empregador doméstico,
a partir da competência junho de 2015, na forma ...............................................................” (NR)
prevista no art. 211.
“Art. 28. ..........................................................
§ 4º-B Para o segurado empregado domés-
tico filiado ao RGPS nessa condição até 31 de I - para o segurado empregado, inclusive o
maio de 2015, o período de carência será con- doméstico, e o trabalhador avulso, a partir da
tado a partir da data do efetivo recolhimento da data de sua filiação ao RGPS; e
primeira contribuição sem atraso.
II - para o segurado contribuinte individual,
§ 4º-C Para o período de filiação comprovado observado o disposto no § 4º do art. 26, e o se-
como empregado doméstico sem a comprova- gurado facultativo, inclusive o segurado especial
ção do recolhimento ou sem a comprovação da que contribua na forma prevista no § 2º do art.
primeira contribuição sem atraso, será reconhe- 200, a partir da data do efetivo recolhimento da
cido o direito ao benefício na forma prevista no primeira contribuição sem atraso, e não serão
§ 2º do art. 36, independentemente da categoria consideradas, para esse fim, as contribuições
do segurado na data do requerimento. recolhidas com atraso referentes a competên-
cias anteriores, observado, quanto ao segurado
........................................................................ facultativo, o disposto nos § 3º e § 4º do art. 11.

§ 6º Para fins de carência, as contribuições ........................................................................


anteriores à data de publicação da Emenda
à Constituição nº 103, de 12 de novembro de § 4º Para os segurados a que se refere o in-
2019, serão consideradas em conformidade ciso II do caput, na hipótese de perda da quali-
com a legislação vigente à época.” (NR) dade de segurado, somente serão consideradas,
para fins de carência, as contribuições efetivadas
“Art. 27-A. Na hipótese de perda da qualida- após novo recolhimento sem atraso, observado
de de segurado, para fins da concessão dos be- o disposto no art. 19-E.” (NR)

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Direito Previdenciário

“Art. 29. .......................................................... outro fator que lhe confira especificidade e gra-
vidade que mereçam tratamento particularizado;
I - doze contribuições mensais, nos casos de
auxílio por incapacidade temporária e aposenta- ........................................................................
doria por incapacidade permanente; e
§ 1º Entende-se como acidente de qualquer
II - cento e oitenta contribuições mensais, nos natureza ou causa aquele de origem traumática e
casos de aposentadoria programada, por idade por exposição a agentes exógenos, físicos, quí-
do trabalhador rural e especial; micos ou biológicos, que acarrete lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte ou
........................................................................ a perda ou a redução permanente ou temporária
da capacidade laborativa.
IV - vinte e quatro contribuições mensais, no
caso de auxílio-reclusão. § 2º Até que seja elaborada a lista de doenças
ou afecções a que se refere o inciso III do caput,
...............................................................” (NR) independerá de carência a concessão de auxílio
por incapacidade temporária e de aposentadoria
“Art. 30. .......................................................... por incapacidade permanente ao segurado que,
após filiar-se ao RGPS, seja acometido por algu-
I - pensão por morte, salário-família e auxí- ma das seguintes doenças:
lio-acidente de qualquer natureza, observado,
quanto à pensão por morte, o disposto no inciso I - tuberculose ativa;
V do caput e nos § 3º e § 4º do art. 114;
II - hanseníase;
........................................................................
III - alienação mental;
III - auxílio por incapacidade temporária e apo-
sentadoria por incapacidade permanente nos IV - esclerose múltipla;
casos de acidente de qualquer natureza ou cau-
sa e de doença profissional ou do trabalho e nos V - hepatopatia grave;
casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS,
seja acometido de alguma das doenças ou afec- VI - neoplasia maligna;
ções especificadas em lista elaborada pelos Mi-
nistérios da Saúde e da Economia, atualizada a VII - cegueira;
cada três anos, de acordo com os critérios de
estigma, deformação, mutilação, deficiência ou VIII - paralisia irreversível e incapacitante;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

IX - cardiopatia grave; da média aritmética simples dos salários de con-


tribuição e das remunerações adotadas como
X - doença de Parkinson; base para contribuições a regime próprio de
previdência social ou como base para contri-
XI - espondiloartrose anquilosante; buições decorrentes das atividades militares de
que tratam os art. 42 e art. 142 da Constituição,
XII - nefropatia grave; considerados para a concessão do benefício,
atualizados monetariamente, correspondentes a
XIII - estado avançado da doença de Paget cem por cento do período contributivo desde a
(osteíte deformante); competência julho de 1994 ou desde o início da
contribuição, se posterior a essa competência.
XIV - síndrome da imunodeficiência adquirida
(aids); ou ........................................................................

XV - contaminação por radiação, com base § 4º Serão considerados para o cálculo do sa-
em conclusão da medicina especializada.” (NR) lário de benefício os ganhos habituais do segu-
rado empregado, a qualquer título, sob forma de
“Art. 31. Salário de benefício é o valor bási- moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais
co utilizado para o cálculo da renda mensal dos tenha incidido contribuição previdenciária, exce-
benefícios de prestação continuada, inclusive to o décimo terceiro salário, observado o dispos-
aqueles regidos por normas especiais, exceto: to no art. 19-E.

I - o salário-família; ........................................................................

II - a pensão por morte; § 9º Quando inexistirem salários de contribui-


ção a partir de julho de 1994, as aposentadorias
III - o salário-maternidade; concedidas nos termos do disposto nos § 5º e §
6º do art. 13 terão o valor correspondente ao do
IV - o auxílio-reclusão; e salário-mínimo, observado, no caso de acordos
internacionais, o disposto no § 1º do art. 35.
V - os demais benefícios previstos em legisla-
ção especial.” (NR) ........................................................................

“Art. 32. O salário de benefício a ser utiliza- § 18. Para fins de cálculo da renda mensal
do para o cálculo dos benefícios de que trata inicial teórica dos benefícios por totalização, no
este Regulamento, inclusive aqueles previstos âmbito dos acordos internacionais, serão consi-
em acordo internacional, consiste no resultado derados os tempos de contribuição para a previ-

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213
Direito Previdenciário

dência social brasileira e para a do país acordan- definição do salário de benefício, as contribui-
te, observado o disposto no § 9º. ções que resultem em redução do valor do be-
nefício, observado o disposto nos § 25 e § 26.
........................................................................
§ 25. Para fins da exclusão a que se refere o §
§ 22. ................................................................ 24, consideram-se programadas as aposentado-
rias programada, especial e por idade do traba-
I - para o empregado, inclusive o doméstico, lhador rural e as aposentadorias transitórias por
e o trabalhador avulso - o conjunto de compe- idade e por tempo de contribuição, para as quais
tências em que houve ou deveria ter havido con- se exige tempo mínimo de contribuição.
tribuição em razão do exercício de atividade re-
munerada sujeita à filiação obrigatória ao RGPS, § 26. A exclusão das contribuições de que
observado o disposto no art. 19-E; ou trata o § 24 não altera o direito à aposentadoria
previamente reconhecido, desde que mantida
........................................................................ a quantidade de contribuições equivalentes ao
período de carência e observado o tempo míni-
§ 22-A. O período contributivo até 13 de no- mo de contribuição necessário à elegibilidade da
vembro de 2019 será apurado em conformidade aposentadoria requerida.
com o disposto no art. 188-G.
§ 27. É vedada a utilização das contribuições
§ 23. O auxílio por incapacidade temporária excluídas na forma prevista no § 24 para qual-
não poderá exceder a média aritmética simples quer finalidade, inclusive para:
dos últimos doze salários de contribuição, inclu-
sive no caso de remuneração variável, ou, se não I - o acréscimo do percentual da renda mensal;
houver doze salários de contribuição, a média
aritmética simples dos salários de contribuição II - o somatório de pontos das aposentadorias
existentes, observado o disposto no art. 33. por tempo de contribuição e especial;

§ 24. Para fins do cálculo das aposentadorias III - o cumprimento de período adicional exigido
programadas para as quais seja exigido tempo para as aposentadorias por tempo de contribuição;
mínimo de contribuição, poderão ser excluídas
do cálculo da média dos salários de contribuição IV - a averbação em outro regime previdenci-
e das remunerações adotadas como base para ário; ou
contribuições a regime próprio de previdência
social ou como base para contribuições decor- V - a obtenção dos proventos de inatividade
rentes das atividades militares de que tratam os de que tratam os art. 42 e art. 142 da Constitui-
art. 42 e art. 142 da Constituição, utilizado para ção.” (NR)

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

“Art. 34. O salário de benefício do segurado II - para o segurado empregado, inclusive o


que contribuir em razão de atividades conco- doméstico, o trabalhador avulso e o segurado
mitantes será calculado com base na soma dos especial, o valor do auxílio-acidente será consi-
salários de contribuição das atividades exerci- derado como salário de contribuição para fins de
das na data do requerimento ou do óbito ou no concessão de qualquer aposentadoria, nos ter-
período básico de cálculo, observado o dispos- mos do disposto no § 8º do art. 32.
to no art. 32.
§ 1º Para os demais segurados, somente se-
........................................................................ rão computados os salários de contribuição re-
ferentes aos meses de contribuição efetivamen-
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º do art. 73, te recolhida, observado o disposto no art. 19-E.
o salário de benefício do auxílio por incapacida-
de temporária será calculado com base na soma § 2º No caso de segurado empregado, inclu-
dos salários de contribuição referentes às ativi- sive o doméstico, e de trabalhador avulso que
dades para as quais o segurado seja considera- tenham cumprido todas as condições para a
do incapacitado.” (NR) concessão do benefício pleiteado, mas não pos-
sam comprovar o valor dos seus salários de con-
“Art. 35. .......................................................... tribuição no período básico de cálculo, será con-
siderado, para o cálculo do benefício referente
§ 1º A renda mensal inicial pro rata dos bene- ao período sem comprovação do valor do salário
fícios por totalização, concedidos com base em de contribuição, o valor do salário-mínimo e essa
acordos internacionais, será proporcional ao tem- renda será recalculada quando da apresentação
po de contribuição para previdência social brasilei- de prova dos salários de contribuição.
ra e poderá ter valor inferior ao do salário-mínimo.
§ 3º Na hipótese de jornada de trabalho par-
...............................................................” (NR) cial ou intermitente, a aplicação do disposto no §
2º fica condicionada à apresentação do contrato
“Art. 36. .......................................................... de trabalho do qual conste a remuneração con-
tratada ou a demonstração das remunerações
I - para o segurado empregado, inclusive o auferidas que possibilite a verificação do valor
doméstico, e o trabalhador avulso, os salários do salário de contribuição para fins de aplicação
de contribuição referentes aos meses de contri- do disposto no art. 19-E.
buições devidas, ainda que não recolhidas pela
empresa ou pelo empregador doméstico, obser- § 4º Na hipótese prevista no § 2º, após a con-
vado o disposto no art. 19-E, sem prejuízo da cessão do benefício, o INSS notificará a Secre-
respectiva cobrança e da aplicação das penali- taria Especial da Receita Federal do Brasil do Mi-
dades cabíveis; e nistério da Economia por meio eletrônico, para

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Direito Previdenciário

que esta adote as providências a que se referem § 4º Se, na data do óbito, o segurado estiver
os art. 238 ao art. 243, o art. 245 e o art. 246. recebendo aposentadoria e auxílio-acidente, o
valor mensal da pensão por morte será calculado
§ 5º Sem prejuízo do disposto no § 2º, cabe à conforme o disposto no art. 106, sem a incorpo-
previdência social manter cadastro dos segura- ração do valor do auxílio-acidente.
dos com os informes necessários para o cálculo
de sua renda mensal. § 5º Após a cessação do auxílio por incapaci-
dade temporária decorrente de acidente de qual-
...............................................................” (NR) quer natureza ou causa, independentemente de
o segurado ter retornado ou não ao trabalho, se
“Art. 39. A renda mensal inicial do benefício houver agravamento ou sequela que resulte na re-
será calculada a partir da aplicação dos percen- abertura do benefício, a renda mensal será igual
tuais definidos neste Regulamento, para cada a noventa e um por cento do valor do salário de
espécie, sobre o salário de benefício. benefício do auxílio por incapacidade temporária
cessado, observado o disposto no § 23 do art.
§ 1º Para fins da aplicação dos percentuais a 32, corrigido até o mês anterior ao da reabertura
que se refere o caput, presume-se como efetiva- do benefício pelos mesmos índices de correção
do o recolhimento correspondente, quando se empregados no cálculo dos benefícios em geral.
tratar de segurado empregado, inclusive o do-
méstico, e de trabalhador avulso, observado o § 6º A renda mensal inicial das aposentadorias
disposto no art. 19-E. dos segurados que tenham contribuído exclusiva-
mente na forma prevista no § 2º do art. 21 da Lei nº
§ 2º ................................................................. 8.212, de 1991, corresponderá ao salário-mínimo
e, nas demais hipóteses, será aplicado o disposto
I - de aposentadoria por idade do trabalhador no art. 32 ou no art. 188-E, conforme o caso.” (NR)
rural ou por incapacidade permanente, de auxílio
por incapacidade temporária, de auxílio-reclusão “Seção VI
ou de pensão por morte, no valor de um salário- Dos benefícios
-mínimo, observado o disposto no inciso III do Subseção I
caput do art. 30, e de auxílio-acidente, observa- Da aposentadoria por
do o disposto no art. 104; ou incapacidade permanente

........................................................................ Art. 43. A aposentadoria por incapacidade


permanente, uma vez cumprido o período de ca-
§ 3º O valor mensal da pensão por morte e do au- rência exigido, quando for o caso, será devida
xílio-reclusão será apurado em conformidade com o ao segurado que, em gozo ou não de auxílio por
disposto, respectivamente, nos art. 106 e art. 117. incapacidade temporária, for considerado inca-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

paz para o trabalho e insuscetível de reabilitação b) doença profissional; ou


para o exercício de atividade que lhe garanta a
subsistência, que lhe será paga enquanto per- c) doença do trabalho.
manecer nessa condição.
§ 1º Na hipótese de a perícia médica inicial
§ 1º A concessão de aposentadoria por incapa- concluir pela existência de incapacidade total e
cidade permanente dependerá da verificação da definitiva para o trabalho, a aposentadoria por in-
condição de incapacidade por meio de exame mé- capacidade permanente será devida:
dico-pericial a cargo da Perícia Médica Federal, de
modo que o segurado possa, às suas expensas, ........................................................................
ser acompanhado por médico de sua confiança.
§ 3º A concessão de aposentadoria por in-
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já capacidade permanente, inclusive quando pre-
era portador ao filiar-se ao RGPS não lhe con- cedida de auxílio por incapacidade temporária
ferirá direito à aposentadoria por incapacidade concedido na forma prevista no art. 73, fica con-
permanente, exceto quando a incapacidade so- dicionada ao afastamento do segurado de todas
brevier por motivo de progressão ou agravamen- as suas atividades.” (NR)
to dessa doença ou lesão.” (NR)
“Art. 45. O valor da aposentadoria por incapa-
“Art. 44. A aposentadoria por incapacidade per- cidade permanente do segurado que necessitar
manente será devida a partir do dia imediato ao da da assistência permanente de outra pessoa será
cessação do auxílio por incapacidade temporária, acrescido de vinte e cinco por cento, observada
ressalvado o disposto no § 1º, e consistirá em ren- a relação constante do Anexo I, e:
da mensal decorrente da aplicação dos seguintes
percentuais incidentes sobre o salário de benefí- ...............................................................” (NR)
cio, definido na forma do disposto no art. 32:
“Art. 46. O segurado aposentado por inca-
I - sessenta por cento, com acréscimo de dois pacidade permanente poderá ser convocado a
pontos percentuais para cada ano de contribui- qualquer momento para avaliação das condições
ção que exceder o tempo de vinte anos de con- que ensejaram o afastamento ou a aposentado-
tribuição, para os homens, ou quinze anos de ria, concedida judicial ou administrativamente,
contribuição, para as mulheres; ou sem prejuízo do disposto no § 1º e sob pena de
suspensão do benefício.
II - cem por cento, quando a aposentadoria
decorrer de: § 1º Observado o disposto no caput, o aposen-
tado por incapacidade permanente fica obrigado,
a) acidente de trabalho; sob pena de suspensão do pagamento do bene-

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217
Direito Previdenciário

fício, a submeter-se a exame médico-pericial pela ções de que o trata o § 2º, será submetido ao
Perícia Médica Federal, a processo de reabilita- exame médico-pericial de que trata este artigo
ção profissional a cargo do INSS e a tratamento quando necessário para apuração de fraude.
dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a
transfusão de sangue, que são facultativos. § 5º O segurado com síndrome da imunode-
ficiência adquirida (aids) fica dispensado da ava-
§ 2º O aposentado por incapacidade perma- liação de que trata o caput, observado o dispos-
nente que não tenha retornado à atividade esta- to nos § 3º e § 4º.
rá isento do exame médico-pericial de que trata
este artigo: § 6º A Perícia Médica Federal terá acesso aos
prontuários médicos do segurado registrados no
I - após completar cinquenta e cinco anos de Sistema Único de Saúde - SUS, desde que haja
idade e quando decorridos quinze anos da data anuência prévia do periciado e seja garantido o
de concessão da aposentadoria por incapacida- sigilo sobre os seus dados.
de permanente ou do auxílio por incapacidade
temporária que a tenha precedido; ou § 7º O atendimento domiciliar e hospitalar é
assegurado pela Perícia Médica Federal e pelo
II - após completar sessenta anos de idade. serviço social ao segurado com dificuldade de
locomoção, quando o seu deslocamento, em ra-
§ 3º A isenção de que trata o § 2º não se apli- zão de sua limitação funcional e de condições de
ca quando o exame tem as seguintes finalidades: acessibilidade, lhe impuser ônus desproporcio-
nal e indevido.” (NR)
I - verificação da necessidade de assistência
permanente de outra pessoa para a concessão do “Art. 47. O aposentado por incapacidade per-
acréscimo de vinte e cinco por cento sobre o valor manente que se julgar apto a retornar à ativida-
do benefício, nos termos do disposto no art. 45; de deverá solicitar ao INSS a realização de nova
avaliação médico-pericial.
II - verificação da recuperação da capacidade
laborativa, por meio de solicitação do aposenta- Parágrafo único. Na hipótese de a Perícia
do que se julgar apto; ou Médica Federal concluir pela recuperação da
capacidade laborativa, a aposentadoria do se-
III - subsídios à autoridade judiciária na con- gurado será cancelada, observado o disposto
cessão de curatela, observado o disposto no § no art. 49.” (NR)
4º do art. 162.
“Art. 48. O aposentado por incapacidade per-
§ 4º O aposentado por incapacidade perma- manente que retornar voluntariamente à ativida-
nente, ainda que tenha implementado as condi- de terá a sua aposentadoria automaticamente

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

cessada, a partir da data de seu retorno, obser- período remanescente, respeitadas as reduções
vado o disposto no art. 179.” (NR) correspondentes.” (NR)

“Art. 49. Verificada a recuperação da ca- “Subseção II


pacidade laborativa do aposentado por in- Da aposentadoria programada
capacidade permanente, exceto na hipótese
prevista no art. 48, serão observadas as se- Art. 51. A aposentadoria programada, uma
guintes normas: vez cumprido o período de carência exigido,
será devida ao segurado que cumprir, cumulati-
I - quando a recuperação for total e ocorrer no vamente, os seguintes requisitos:
prazo de cinco anos, contado da data de início
da aposentadoria por incapacidade permanente I - sessenta e dois anos de idade, se mulher,
ou do auxílio por incapacidade temporária que a e sessenta e cinco anos de idade, se homem; e
antecedeu sem interrupção, o benefício cessará:
II - quinze anos de tempo de contribuição, se
........................................................................ mulher, e vinte anos de tempo de contribuição,
se homem.
b) após tantos meses quantos forem os anos
de duração do auxílio por incapacidade tempo- § 1º Para fins de apuração do tempo de con-
rária e da aposentadoria por incapacidade per- tribuição a que se refere o inciso II do caput, é
manente, para os demais segurados; e vedada a inclusão de tempo fictício.

...............................................................” (NR) § 2º O período pelo qual os segurados contri-


buinte individual e facultativo tiverem contribuí-
“Art. 50. .......................................................... do na forma prevista no art. 199-A será conside-
rado como tempo de contribuição, observada a
§ 1º Observado o disposto no art. 167, caso restrição estabelecida em seu § 2º.” (NR)
haja requerimento de novo benefício durante os
períodos a que se refere o art. 49, caberá ao se- “Art. 52. A aposentadoria programada será
gurado optar por um dos benefícios, assegurada devida:
a opção pelo benefício mais vantajoso.
...............................................................” (NR)
§ 2º Na hipótese de opção pelo recebimento
de novo benefício nos termos do disposto no § “Art. 53. O valor da aposentadoria programa-
1º, cuja duração se encerre antes da cessação da corresponderá a sessenta por cento do salá-
do benefício decorrente do disposto no art. 49, o rio de benefício definido na forma prevista no art.
pagamento deste poderá ser restabelecido pelo 32, com acréscimo de dois pontos percentuais

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Direito Previdenciário

para cada contribuição que exceder o tempo de § 3º A comprovação da condição de profes-


vinte anos de contribuição, para os homens, ou sor será feita por meio da apresentação:
de quinze anos de contribuição, para as mulhe-
res.” (NR) I - do diploma registrado nos órgãos com-
petentes federais e estaduais ou de documento
“Subseção II-A que comprove a habilitação para o exercício do
Da aposentadoria programada do professor magistério, na forma prevista em lei específica; e

Art. 54. Para o professor que comprove, ex- II - dos registros em carteira profissional ou
clusivamente, tempo de efetivo exercício em Carteira de Trabalho e Previdência Social com-
função de magistério na educação infantil, no plementados, quando for o caso, por declaração
ensino fundamental ou no ensino médio, des- do estabelecimento de ensino no qual tenha sido
de que cumprido o período de carência exigido, exercida a atividade, sempre que essa informa-
será concedida a aposentadoria de que trata ção for necessária para caracterização do efetivo
esta Subseção quando cumprir, cumulativamen- exercício da função de magistério, nos termos
te, os seguintes requisitos: do disposto no caput.

I - cinquenta e sete anos de idade, se mulher, § 4º É vedada a conversão de tempo de ser-


e sessenta anos de idade, se homem; e viço de magistério, exercido em qualquer época,
em tempo de serviço comum.
II - vinte e cinco anos de contribuição, para
ambos os sexos, em efetivo exercício na função § 5º A aposentadoria de que trata este artigo
a que se refere o caput. será devida na forma prevista no art. 52.” (NR)

§ 1º O valor da aposentadoria de que trata “Subseção III


este artigo será apurado na forma prevista no Da aposentadoria por idade
art. 53. do trabalhador rural

§ 2º Para fins de concessão da aposentado- Art. 56. A aposentadoria por idade do traba-
ria de que trata este artigo, considera-se função lhador rural, uma vez cumprido o período de ca-
de magistério aquela exercida por professor em rência exigido, será devida aos segurados a que
estabelecimento de ensino de educação básica se referem a alínea “a” do inciso I, a alínea “j” do
em seus diversos níveis e modalidades, incluí- inciso V e os incisos VI e VII do caput do art. 9º e
das, além do exercício da docência, as funções aos segurados garimpeiros que trabalhem, com-
de direção de unidade escolar e de coordenação provadamente, em regime de economia familiar,
e assessoramento pedagógicos. conforme definido no § 5º do art. 9º, quando

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

completarem cinquenta e cinco anos de idade, não será considerado como período de carência
se mulher, e sessenta anos de idade, se homem. o tempo de atividade rural não contributivo.

§ 1º Para fins do disposto no caput, o segu- § 5º A aposentadoria de que trata este artigo
rado a que se refere o inciso VII do caput do art. será devida na forma prevista no art. 52.” (NR)
9º comprovará o efetivo exercício de atividade
rural, ainda que de forma descontínua, no pe- “Art. 57. Os trabalhadores rurais que não aten-
ríodo imediatamente anterior ao requerimento dam ao disposto no art. 56 mas que satisfaçam
do benefício ou, conforme o caso, ao mês em essa condição, se considerados períodos de con-
que tiver cumprido o requisito etário, por tempo tribuição sob outras categorias de segurado, fa-
igual ao número de meses de contribuição cor- rão jus ao benefício ao atenderem os requisitos
respondente à carência do benefício pretendido, definidos nos incisos I e II do caput do art. 51.
computados os períodos pelos quais o segurado
especial tenha recebido os rendimentos a que § 1º Para fins do disposto no caput, o valor da
se referem os incisos III ao VIII do § 8º do art. 9º. renda mensal da aposentadoria será apurado na
forma do disposto no art. 53, considerando-se
§ 2º O valor da renda mensal da aposentado- como salário de contribuição mensal do período
ria de que trata este artigo para os trabalhadores como segurado especial o salário-mínimo.
rurais a que se referem a alínea “a” do inciso I,
a alínea “j” do inciso V e o inciso VI do caput § 2º O disposto neste artigo aplica-se ainda
do art. 9º, para o garimpeiro e para o segurado que, na oportunidade do requerimento da apo-
especial que contribua facultativamente corres- sentadoria, o segurado não se enquadre como
ponderá a setenta por cento do salário de bene- trabalhador rural.” (NR)
fício definido na forma prevista no art. 32, com
acréscimo de um ponto percentual para cada “Art. 64. A aposentadoria especial, uma vez
ano de contribuição. cumprido o período de carência exigido, será de-
vida ao segurado empregado, trabalhador avulso e
§ 3º O valor da renda mensal do benefício de contribuinte individual, este último somente quan-
que trata este artigo para os trabalhadores rurais do cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou
a que se refere o inciso VII do caput do art. 9º de produção, que comprove o exercício de ativi-
será de um salário-mínimo. dades com efetiva exposição a agentes químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou a asso-
§ 4º O segurado especial que contribui na for- ciação desses agentes, de forma permanente, não
ma prevista no § 2º do art. 200 somente fará jus à ocasional nem intermitente, vedada a caracteriza-
aposentadoria com valor apurado na forma pre- ção por categoria profissional ou ocupação, duran-
vista no § 2º deste artigo após o cumprimento te, no mínimo, quinze, vinte ou vinte e cinco anos, e
do período de carência exigido, hipótese em que que cumprir os seguintes requisitos:

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Direito Previdenciário

I - cinquenta e cinco anos de idade, quando estar caracterizada de acordo com os critérios
se tratar de atividade especial de quinze anos da avaliação qualitativa de que trata o § 2º do
de contribuição; art. 68.” (NR)

II - cinquenta e oito anos de idade, quando “Art. 65. ..........................................................


se tratar de atividade especial de vinte anos de
contribuição; ou Parágrafo único. Aplica-se o disposto no
caput aos períodos de descanso determinados
III - sessenta anos de idade, quando se tra- pela legislação trabalhista, inclusive ao período
tar de atividade especial de vinte e cinco anos de férias, e aos de percepção de salário-mater-
de contribuição. nidade, desde que, à data do afastamento, o se-
gurado estivesse exposto aos fatores de risco de
§ 1º A efetiva exposição a agente prejudicial à que trata o art. 68.” (NR)
saúde configura-se quando, mesmo após a ado-
ção das medidas de controle previstas na legis- “Art. 66. Para o segurado que houver exercido
lação trabalhista, a nocividade não seja elimina- duas ou mais atividades sujeitas a agentes quími-
da ou neutralizada. cos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou
a associação desses agentes, sem completar em
§ 1º-A Para fins do disposto no § 1º, consi- quaisquer delas o prazo mínimo exigido para a
dera-se: aposentadoria especial, os respectivos períodos
de exercício serão somados após conversão, hi-
I - eliminação - a adoção de medidas de con- pótese em que será considerada a atividade pre-
trole que efetivamente impossibilitem a exposi- ponderante para efeito de enquadramento.
ção ao agente prejudicial à saúde no ambiente
de trabalho; e ........................................................................

II - neutralização - a adoção de medidas de § 3º A atividade preponderante será aquela pela


controle que reduzam a intensidade, a concen- qual o segurado tenha contribuído por mais tem-
tração ou a dose do agente prejudicial à saúde ao po, antes da conversão, e servirá como parâme-
limite de tolerância previsto neste Regulamento tro para definir o tempo mínimo necessário para a
ou, na sua ausência, na legislação trabalhista. aposentadoria especial e para a conversão.” (NR)

§ 2º Para fins do disposto no caput, a expo- “Art. 67. O valor da aposentadoria especial
sição aos agentes químicos, físicos e biológicos corresponderá a sessenta por cento do salário
prejudiciais à saúde, ou a associação desses de benefício definido na forma prevista no art.
agentes, deverá superar os limites de tolerância 32, com acréscimo de dois pontos percentuais
estabelecidos segundo critérios quantitativos ou para cada ano de contribuição que exceder o

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

tempo de vinte anos de contribuição exceto no § 4º Os agentes reconhecidamente cance-


caso da aposentadoria a que se refere o inciso I rígenos para humanos, listados pela Secretaria
do caput do art. 64 e das mulheres, cujo acrésci- Especial de Previdência e Trabalho do Ministério
mo será aplicado para cada ano de contribuição da Economia, serão avaliados em conformidade
que exceder quinze anos de contribuição.” (NR) com o disposto nos § 2º e § 3º deste artigo e
no caput do art. 64 e, caso sejam adotadas as
“Art. 68. A relação dos agentes químicos, medidas de controle previstas na legislação tra-
físicos, biológicos, e da associação desses balhista que eliminem a nocividade, será desca-
agentes, considerados para fins de concessão racterizada a efetiva exposição.
de aposentadoria especial, é aquela constante
do Anexo IV. § 5º O laudo técnico a que se refere o § 3º
conterá informações sobre a existência de tec-
§ 1º A Secretaria Especial de Previdência e nologia de proteção coletiva ou individual e sobre
Trabalho do Ministério da Economia promoverá a sua eficácia e será elaborado com observância
a elaboração de estudos com base em critérios às normas editadas pela Secretaria Especial de
técnicos e científicos para atualização periódica Previdência e Trabalho do Ministério Economia e
do disposto no Anexo IV. aos procedimentos adotados pelo INSS.

§ 2º A avaliação qualitativa de riscos e § 6º A empresa que não mantiver laudo téc-


agentes prejudiciais à saúde será comprovada nico atualizado com referência aos agentes exis-
pela descrição: tentes no ambiente de trabalho prejudiciais à
saúde de seus trabalhadores ou que emitir do-
I - das circunstâncias de exposição ocupacio- cumento de comprovação de efetiva exposição
nal a determinado agente ou associação de agen- em desacordo com o referido laudo incorrerá na
tes prejudiciais à saúde presentes no ambiente infração a que se refere a alínea “n” do inciso II
de trabalho durante toda a jornada de trabalho; do caput do art. 283.

........................................................................ ........................................................................

§ 3º A comprovação da efetiva exposição do § 8º A empresa deverá elaborar e manter atu-


segurado a agentes prejudiciais à saúde será alizado o perfil profissiográfico previdenciário, ou
feita por meio de documento, em meio físico o documento eletrônico que venha a substituí-lo,
ou eletrônico, emitido pela empresa ou por seu no qual deverão ser contempladas as atividades
preposto com base em laudo técnico de condi- desenvolvidas durante o período laboral, garanti-
ções ambientais do trabalho expedido por mé- do ao trabalhador o acesso às informações nele
dico do trabalho ou engenheiro de segurança contidas, sob pena de sujeição às sanções previs-
do trabalho. tas na alínea “h” do inciso I do caput do art. 283.

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Direito Previdenciário

§ 9º Para fins do disposto no § 8º, conside- ........................................................................


ra-se perfil profissiográfico previdenciário o do-
cumento que contenha o histórico laboral do § 1º A comprovação da deficiência anterior à
trabalhador, elaborado de acordo com o modelo data da vigência da Lei Complementar nº 142, de
instituído pelo INSS. 8 de maio de 2013, será instruída por documentos
que subsidiem a avaliação de que trata o art. 70-
§ 10. O trabalhador ou o seu preposto terá A, vedada a prova exclusivamente testemunhal.
acesso às informações prestadas pela empresa
sobre o seu perfil profissiográfico previdenciá- ...............................................................” (NR)
rio e poderá, inclusive, solicitar a retificação de
informações que estejam em desacordo com “Art. 70-H. A critério do INSS, o segurado
a realidade do ambiente de trabalho, conforme com deficiência deverá, a qualquer tempo, sub-
orientação estabelecida em ato do Ministro de meter-se à avaliação de que trata o art. 70-A.
Estado da Economia.
...............................................................” (NR)
........................................................................
“Art. 70-J. A renda mensal da aposentadoria
§ 13. Na hipótese de não terem sido estabe- devida ao segurado com deficiência será calcu-
lecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e os lada a partir da aplicação dos seguintes percen-
procedimentos de avaliação, caberá ao Ministé- tuais sobre o salário de benefício definido na for-
rio da Economia indicar outras instituições para ma prevista no art. 32:
estabelecê-los.” (NR)
I - cem por cento, na hipótese de aposenta-
“Art. 70-A. A concessão da aposentadoria por doria por tempo de contribuição de que trata o
tempo de contribuição ou por idade ao segurado art. 70-B; ou
que tenha reconhecido, após ter sido submetido
a avaliação biopsicossocial realizada por equipe II - setenta por cento, acrescido de um pon-
multiprofissional e interdisciplinar, grau de defici- to percentual do salário de benefício por grupo
ência leve, moderada ou grave está condiciona- de doze contribuições mensais até o máximo de
da à comprovação da condição de pessoa com trinta por cento, na hipótese de aposentadoria
deficiência na data da entrada do requerimen- por idade de que trata o art. 70-C.” (NR)
to ou na data da implementação dos requisitos
para o benefício.” (NR) “Subseção V
Do auxílio por incapacidade temporária
“Art. 70-D. Para efeito de concessão da aposen-
tadoria da pessoa com deficiência, a avaliação de Art. 71. O auxílio por incapacidade temporá-
que trata o art. 70-A deverá, entre outros aspectos: ria será devido ao segurado que, uma vez cum-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

prido, quando for o caso, o período de carência § 7º Em caso de prisão declarada ilegal, o se-
exigido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou gurado terá direito à percepção do benefício por
para a sua atividade habitual por mais de quinze todo o período devido, efetuado o encontro de
dias consecutivos, conforme definido em avalia- contas na hipótese de ter havido pagamento de
ção médico-pericial. auxílio-reclusão com valor inferior ao do auxílio
por incapacidade temporária no mesmo período.
§ 1º Não será devido auxílio por incapacidade
temporária ao segurado que se filiar ao RGPS já § 8º O disposto nos § 3º ao § 7º aplica-se so-
portador de doença ou lesão invocada como cau- mente aos benefícios dos segurados que tiverem
sa para a concessão do benefício, exceto quando sido recolhidos à prisão a partir da data de publi-
a incapacidade sobrevier por motivo de progres- cação da Lei nº 13.846, de 18 de junho de 2019.
são ou agravamento dessa doença ou lesão.
§ 9º O segurado recluso em cumprimento de
§ 2º Será devido auxílio por incapacidade pena em regime aberto ou semiaberto fará jus ao
temporária, independentemente do cumprimen- auxílio por incapacidade temporária.” (NR)
to de período de carência, aos segurados obri-
gatório e facultativo quando sofrerem acidente “Art. 72. O auxílio por incapacidade temporária
de qualquer natureza. consiste em renda mensal correspondente a no-
venta e um por cento do salário de benefício de-
§ 3º Não será devido o auxílio por incapaci- finido na forma prevista no art. 32 e será devido:
dade temporária ao segurado recluso em regi-
me fechado. ........................................................................

§ 4º O segurado em gozo de auxílio por inca- II - a contar da data do início da incapacidade,


pacidade temporária na data do recolhimento à para os demais segurados, desde que o afasta-
prisão terá o seu benefício suspenso. mento seja superior a quinze dias;

§ 5º A suspensão prevista no § 4º será pelo ........................................................................


prazo de até sessenta dias, contado da data do
recolhimento à prisão, hipótese em que o bene- § 3º O auxílio por incapacidade temporária
fício será cessado após o referido prazo. será devido durante o curso de reclamação tra-
balhista relacionada com a rescisão do contra-
§ 6º Na hipótese de o segurado ser colocado to de trabalho, ou após a decisão final, desde
em liberdade antes do prazo previsto no § 5º, o que implementadas as condições mínimas para
benefício será restabelecido a partir da data de a concessão do benefício, observado o disposto
sua soltura. nos § 2º e § 3º do art. 36.” (NR)

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Direito Previdenciário

“Art. 73. O auxílio por incapacidade tempo- do retorno à atividade, observado o disposto no
rária do segurado que exercer mais de uma ati- art. 179.
vidade abrangida pela previdência social será
devido mesmo no caso de incapacidade apenas § 6º Na hipótese prevista no § 5º, caso a ativi-
para o exercício de uma delas, hipótese em que dade remunerada exercida seja diversa daquela
o segurado deverá informar a Perícia Médica Fe- que gerou o benefício, deverá ser verificada a in-
deral a respeito de todas as atividades que esti- capacidade para cada uma das atividades exer-
ver exercendo. cidas, observado o disposto no caput e nos § 1º,
§ 2º e § 3º.” (NR)
§ 1º Na hipótese prevista neste artigo, o auxí-
lio por incapacidade temporária será concedido “Art. 74. Quando o segurado que exercer
em relação à atividade para a qual o segurado mais de uma atividade for considerado definiti-
estiver incapacitado, consideradas para fins de vamente incapacitado para uma delas, o auxílio
carência somente as contribuições relativas a por incapacidade temporária deverá ser mantido
essa atividade. indefinidamente, hipótese em que não caberá a
concessão de aposentadoria por incapacidade
........................................................................ permanente enquanto a incapacidade não se es-
tender às demais atividades.
§ 3º Constatada durante o recebimento do au-
xílio por incapacidade temporária concedido nos ................................................................”(NR)
termos do disposto neste artigo a incapacidade
do segurado para cada uma das demais ativida- “Art. 75. Durante os primeiros quinze dias con-
des, o valor do benefício deverá ser revisto com secutivos de afastamento da atividade por motivo
base nos salários de contribuição de cada uma de incapacidade temporária, compete à empresa
das atividades, observado o disposto nos incisos pagar o salário ao segurado empregado.
I ao III do caput do art. 72.
........................................................................
§ 4º Na hipótese prevista no § 1º, o valor do
auxílio por incapacidade temporária poderá ser § 2º Quando a incapacidade ultrapassar o pe-
inferior ao salário-mínimo, desde que, se soma- ríodo de quinze dias consecutivos, o segurado
do às demais remunerações recebidas, resulte será encaminhado ao INSS para avaliação mé-
em valor superior ao salário-mínimo. dico-pericial.

§ 5º O segurado que, durante o gozo do au- § 3º Se concedido novo benefício decorren-


xílio por incapacidade temporária, vier a exercer te do mesmo motivo que gerou a incapacidade
atividade remunerada que lhe garanta a subsis- no prazo de sessenta dias, contado da data da
tência poderá ter o benefício cancelado a partir cessação do benefício anterior, a empresa ficará

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

desobrigada do pagamento relativo aos quinze porária ou documento dele originário de seu em-
primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o pregado ou de contribuinte individual a ela vin-
benefício anterior e descontando-se os dias tra- culado ou a seu serviço, na forma estabelecida
balhados, se for o caso. pelo INSS.” (NR)

§ 4º Se o segurado empregado, por motivo “Art. 76-B. A empresa terá acesso às deci-
de incapacidade, afastar-se do trabalho durante sões administrativas de benefícios requeridos
o período de quinze dias, retornar à atividade por seus empregados, resguardadas as informa-
no décimo sexto dia e voltar a se afastar no pra- ções consideradas sigilosas, na forma estabele-
zo de sessenta dias, contado da data de seu cida em ato do INSS.” (NR)
retorno, em decorrência do mesmo motivo que
gerou a incapacidade, este fará jus ao auxílio “Art. 77. O segurado em gozo de auxílio por
por incapacidade temporária a partir da data do incapacidade temporária concedido judicial ou
novo afastamento. administrativamente está obrigado, independen-
temente de sua idade e sob pena de suspensão
§ 5º Na hipótese prevista no § 4º, se o retor- do benefício, a submeter-se a exame médico a
no à atividade tiver ocorrido antes do período de cargo da Perícia Médica Federal, processo de
quinze dias do afastamento, o segurado fará jus reabilitação profissional a cargo do INSS e tra-
ao auxílio por incapacidade temporária a partir do tamento dispensado gratuitamente, exceto o ci-
dia seguinte ao que completar aquele período. rúrgico e a transfusão de sangue, que são facul-
tativos.” (NR)
§ 6º Na impossibilidade de realização do exa-
me médico-pericial inicial antes do término do “Art. 77-A. O segurado em gozo de auxílio
período de recuperação indicado pelo médico por incapacidade temporária concedido judi-
assistente em documentação, o empregado é cial ou administrativamente poderá ser con-
autorizado a retornar ao trabalho no dia seguinte vocado a qualquer tempo para avaliação das
à data indicada pelo médico assistente, mantida condições que ensejaram sua concessão ou
a necessidade de comparecimento do segurado manutenção.” (NR)
à perícia na data agendada.” (NR)
“Art. 78. O auxílio por incapacidade temporá-
“Art. 76. A previdência social processará, de ria cessa pela recuperação da capacidade para
ofício, o benefício quando tiver ciência da incapa- o trabalho, pela concessão de aposentadoria por
cidade do segurado sem que este tenha requeri- incapacidade permanente ou, na hipótese de o
do auxílio por incapacidade temporária.” (NR) evento causador da redução da capacidade la-
borativa ser o mesmo que gerou o auxílio por
“Art. 76-A. É facultado à empresa protocolar incapacidade temporária, pela concessão do au-
requerimento de auxílio por incapacidade tem- xílio acidente.

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Direito Previdenciário

§ 1º Sempre que possível, o ato de conces- derá apresentar, no prazo de trinta dias, recurso
são ou de reativação de auxílio por incapacida- da decisão proferida pela Perícia Médica Federal
de temporária, judicial ou administrativo, deve- perante o Conselho de Recursos da Previdência
rá estabelecer o prazo estimado para a duração Social - CRPS, cuja análise médico-pericial, se
do benefício. necessária, será feita por perito médico federal
diverso daquele que tenha realizado o exame an-
........................................................................ terior.” (NR)

§ 3º A comunicação da concessão do au- “Art. 79. O segurado em gozo de auxílio por


xílio por incapacidade temporária conterá as incapacidade temporária insuscetível de recu-
informações necessárias ao requerimento de peração para sua atividade habitual deverá sub-
sua prorrogação. meter-se a processo de reabilitação profissional
para o exercício de outra atividade.
§ 4º Caso não seja estabelecido o prazo de
que trata o § 1º, o benefício cessará após o prazo § 1º O benefício a que se refere o caput será
de cento e vinte dias, contado da data de con- mantido até que o segurado seja considerado
cessão ou de reativação do auxílio por incapaci- reabilitado para o desempenho de atividade que
dade temporária, exceto se o segurado requerer lhe garanta a subsistência ou, quando conside-
a sua prorrogação ao INSS, observado o dispos- rado não recuperável, seja aposentado por inca-
to no art. 79. pacidade permanente.

§ 5º O segurado que se considerar capaz an- § 2º A alteração das atribuições e responsa-


tes do prazo estabelecido pela Perícia Médica bilidades do segurado compatíveis com a limita-
Federal no ato da concessão ou da prorrogação ção que tenha sofrido em sua capacidade física
do auxílio por incapacidade temporária somente ou mental não configura desvio de cargo ou fun-
retornará ao trabalho após nova avaliação médi- ção do segurado reabilitado ou que estiver em
co-pericial. processo de reabilitação profissional a cargo do
INSS.” (NR)
§ 6º O segurado poderá desistir do requeri-
mento de prorrogação antes da realização do “Art. 80. O segurado empregado, inclusive o
exame médico-pericial, hipótese em que o bene- doméstico, em gozo de auxílio por incapacida-
fício será mantido até a data da sua desistência, de temporária será considerado pela empresa e
desde que posterior à data de cessação estabe- pelo empregador doméstico como licenciado.
lecida pela Perícia Médica Federal.
Parágrafo único. A empresa que garantir ao
§ 7º O segurado que não concordar com o segurado licença remunerada ficará obrigada a
resultado da avaliação a que se refere o § 1º po- pagar-lhe, durante o período do auxílio por inca-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

pacidade temporária, a eventual diferença entre ........................................................................


o valor do benefício recebido e a quantia garan-
tida pela licença.” (NR) § 3º Quando o pai e a mãe são segurados em-
pregados, inclusive domésticos, ou trabalhado-
“Art. 81. O salário-família é devido, mensal- res avulsos, ambos têm direito ao salário-família.
mente, ao segurado empregado, inclusive o do-
méstico, e ao trabalhador avulso com salário de § 4º As cotas do salário-família pagas pela
contribuição inferior ou igual a R$ 1.425,56 (mil empresa ou pelo empregador doméstico serão
quatrocentos e vinte e cinco reais e cinquenta e deduzidas quando do recolhimento das contri-
seis centavos), na proporção do respectivo núme- buições.” (NR)
ro de filhos ou de enteados e de menores tutela-
dos, desde que comprovada a dependência eco- “Art. 83. O valor da cota do salário-família por
nômica dos dois últimos nos termos do disposto filho ou por enteado e por menor tutelado, des-
no art. 16, observado o disposto no art. 83.” (NR) de que comprovada a dependência econômica
dos dois últimos, até quatorze anos de idade ou
“Art. 82. .......................................................... inválido, é de R$ 48,62 (quarenta e oito reais e
sessenta e dois centavos).” (NR)
I - ao empregado, inclusive o doméstico, pela
empresa ou pelo empregador doméstico, jun- “Art. 84. O pagamento do salário-família será
tamente com o salário, e ao trabalhador avulso, devido a partir da data de apresentação da certi-
pelo sindicato ou órgão gestor de mão de obra, dão de nascimento do filho ou da documentação
por meio de convênio; relativa ao enteado e ao menor tutelado, desde
que comprovada a dependência econômica dos
II - ao empregado, inclusive o doméstico, e dois últimos , e fica condicionado à apresenta-
ao trabalhador avulso aposentados por incapa- ção anual de atestado de vacinação obrigatória
cidade permanente ou em gozo de auxílio por dos referidos dependentes, de até seis anos de
incapacidade temporária, pelo INSS, juntamente idade, e de comprovação semestral de frequên-
com o benefício; cia à escola dos referidos dependentes, a partir
de quatro anos de idade, observado, para o em-
........................................................................ pregado doméstico, o disposto no § 5º.

IV - aos demais empregados, inclusive os do- § 1º A empresa e o empregador doméstico


mésticos, e aos trabalhadores avulsos aposen- deverão conservar, durante o prazo decadencial
tados aos sessenta e cinco anos de idade, se de que trata o art. 348, os comprovantes dos pa-
homem, ou aos sessenta anos, se mulher, pelo gamentos e as cópias das certidões correspon-
INSS, juntamente com a aposentadoria. dentes, para exame pela fiscalização.

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Direito Previdenciário

§ 2º Na hipótese de o segurado empregado ou “Art. 86. O salário-família correspondente ao


de o trabalhador avulso não apresentar o atestado mês de afastamento do trabalho será pago inte-
de vacinação obrigatória e a comprovação de fre- gralmente pela empresa, pelo empregador do-
quência escolar do filho, do enteado ou do menor méstico ou pelo sindicato ou pelo órgão gestor
tutelado, desde que comprovada a dependência de mão de obra, conforme o caso, e, ao mês da
econômica dos dois últimos , nas datas definidas cessação de benefício, pelo INSS.” (NR)
pelo INSS, o benefício do salário-família será sus-
penso até que a documentação seja apresentada. “Art. 88. ..........................................................

§ 3º Não é devido salário-família no período I - por morte do filho, do enteado ou do menor


entre a suspensão do benefício motivada pela tutelado, a contar do mês seguinte ao do óbito;
falta de comprovação da frequência escolar e o
seu reativamento, exceto se provada a frequên- II - quando o filho, o enteado ou o menor tu-
cia escolar regular no período. telado completar quatorze anos de idade, exceto
se inválido, a contar do mês seguinte ao da data
§ 4º A comprovação semestral de frequência do aniversário;
escolar de que trata o caput será feita por meio
da apresentação de documento emitido pela es- III - pela recuperação da capacidade do fi-
cola, na forma estabelecida na legislação especí- lho, do enteado ou do menor tutelado inválido,
fica, em nome do aluno, de qual conste o registro a contar do mês seguinte ao da cessação da in-
de frequência regular, ou de atestado do estabe- capacidade; ou
lecimento de ensino que comprove a regularida-
de da matrícula e a frequência escolar do aluno. ...............................................................” (NR)

§ 5º Para recebimento do salário-família, o “Art. 89. Para efeito de concessão e manuten-


empregado doméstico apresentará ao seu em- ção do salário-família, o segurado firmará termo
pregador apenas a certidão de nascimento do de responsabilidade, no qual se comprometerá a
filho ou a documentação relativa ao enteado e comunicar à empresa, ao empregador doméstico
ao menor tutelado, desde que comprovada a de- ou ao INSS, conforme o caso, qualquer fato ou
pendência econômica dos dois últimos.” (NR) circunstância que determine a perda do direito
ao benefício e ficará sujeito, em caso de descum-
“Art. 85. A invalidez do filho, do enteado ou primento, às sanções penais e trabalhistas.” (NR)
do menor tutelado, desde que comprovada a
dependência econômica dos dois últimos, maior “Art. 90. A falta de comunicação oportuna de
de quatorze anos de idade será verificada em fato que implique cessação do salário-família e a
exame médico-pericial realizado pela Perícia prática, pelo segurado, de fraude de qualquer na-
Médica Federal.” (NR) tureza para o seu recebimento autorizam a empre-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

sa, o empregador doméstico ou o INSS, confor- ........................................................................


me o caso, a descontar dos pagamentos de cotas
devidas com relação a outros filhos, enteados ou § 3º Para a concessão do salário-maternidade
menores tutelados ou, na falta delas, do próprio é indispensável:
salário do segurado ou da renda mensal do seu
benefício, o valor das cotas indevidamente rece- I - que conste da nova certidão de nascimen-
bidas, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, to da criança o nome do segurado ou da segura-
observado o disposto no § 2º do art. 154.” (NR) da adotante; ou

“Art. 91. O empregado, inclusive o domésti- II - no caso do termo de guarda para fins de
co, ou o trabalhador avulso deve dar quitação à adoção, que conste o nome do segurado ou da
empresa ou ao empregador doméstico de cada segurada guardião.
recebimento mensal do salário-família, na pró-
pria folha de pagamento ou por outra forma ad- § 4º Na hipótese de haver adoção ou guar-
mitida, de modo que a quitação fique claramente da judicial para adoção de mais de uma criança,
caracterizada.” (NR) será devido somente um salário-maternidade,
observado o disposto no art. 98.
“Art. 93. ..........................................................
........................................................................
§ 3º Em casos excepcionais, os períodos de
repouso anterior e posterior ao parto podem ser § 7º Ressalvadas as hipóteses de pagamen-
aumentados de mais duas semanas, por meio de to de salário-maternidade à mãe biológica e de
atestado médico específico submetido à avalia- pagamento ao cônjuge ou companheiro sobre-
ção medico-pericial. vivente, nos termos do disposto no art. 93-B,
não poderá ser concedido salário-maternidade
...............................................................” (NR) a mais de um segurado ou segurada em decor-
rência do mesmo processo de adoção ou guar-
“Art. 93-A. O salário-maternidade é devido ao da, ainda que o cônjuge ou companheiro esteja
segurado ou à segurada da previdência social vinculado a regime próprio de previdência so-
que adotar ou obtiver guarda judicial, para fins cial.” (NR)
de adoção de criança de até doze anos de idade,
pelo período de cento e vinte dias. “Art. 93-B. No caso de óbito do segurado ou
da segurada que fazia jus ao recebimento do sa-
§ 1º O salário-maternidade é devido ao se- lário-maternidade, o benefício será pago, pelo
gurado ou à segurada independentemente de a tempo restante a que o segurado ou a segurada
mãe biológica ter recebido o mesmo benefício teria direito ou por todo o período, ao cônjuge ou
quando do nascimento da criança. companheiro sobrevivente que tenha a qualida-

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Direito Previdenciário

de de segurado, exceto no caso de óbito do filho § 4º Aplica-se o disposto neste artigo ao


ou de seu abandono. segurado ou à segurada que adotar ou obtiver
guarda judicial para fins de adoção.” (NR)
§ 1º O pagamento do benefício nos termos
do disposto no caput deverá ser requerido até “Art. 93-C. A percepção do salário-materni-
o último dia do prazo previsto para o término do dade, inclusive nos termos do disposto no art.
salário-maternidade originário. 93-B, está condicionada ao afastamento do tra-
balho ou da atividade desempenhada pelo segu-
§ 2º Os requerimentos de salário-materni- rado ou pela segurada, sob pena de suspensão
dade efetuados após a data prevista no § 1º do benefício.” (NR)
serão indeferidos.
“Art. 94. ..........................................................
§ 3º O benefício de que trata o caput será
pago diretamente pela previdência social du- § 4º A empresa deve conservar, durante o prazo
rante o período entre a data do óbito e o último decadencial de que trata o art. 348, comprovan-
dia do término do salário-maternidade originá- tes dos pagamentos e atestados ou das certidões
rio e corresponderá: correspondentes para exame pela fiscalização.”

I - à remuneração integral, para o empregado “Art. 96. O início do afastamento do trabalho


e o trabalhador avulso, observado o disposto no da segurada empregada, inclusive da doméstica,
art. 248 da Constituição e no art. 19-E; será determinado com base em atestado médico
ou certidão de nascimento do filho.” (NR)
II - ao último salário de contribuição, para o
empregado doméstico, observado o disposto no “Art. 97. ..........................................................
art. 19-E;
Parágrafo único. Durante o período de graça
III - a um doze avos da soma dos doze últimos a que se refere o art. 13, a segurada desempre-
salários de contribuição, apurados em período gada fará jus ao recebimento do salário-mater-
não superior a quinze meses, para o contribuinte nidade, situação em que o benefício será pago
individual, o facultativo ou o desempregado que diretamente pela previdência social.” (NR)
mantenha a qualidade de segurado, nos termos
do disposto no art. 13; e “Art. 98. A segurada que exerça atividades con-
comitantes fará jus ao salário-maternidade relativo a
IV - ao valor do salário-mínimo, para o segura- cada atividade para a qual tenha cumprido os requi-
do especial que não contribua facultativamente. sitos exigidos, observadas as seguintes condições:

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

I - na hipótese de uma ou mais atividades ter a percepção do salário-maternidade pela segu-


remuneração ou salário de contribuição inferior rada a seu serviço.” (NR)
ao salário-mínimo mensal, o benefício somente
será devido se o somatório dos valores auferidos “Art. 100-B. O salário-maternidade devido à
em todas as atividades for igual ou superior a um empregada intermitente será pago diretamente
salário-mínimo mensal; pela previdência social, observado o disposto no
art. 19-E, e o valor da contribuição previdenciá-
II - o salário-maternidade relativo a uma ou ria será deduzido da renda mensal do benefício,
mais atividades poderá ser inferior ao salário-mí- nos termos do disposto no art. 198, e não será
nimo mensal; e aplicado o disposto no art. 94.

III - o valor global do salário-maternidade, § 1º O salário-maternidade de que trata este


consideradas todas as atividades, não poderá artigo consiste na média aritmética simples das
ser inferior ao salário-mínimo mensal.” (NR) remunerações apuradas no período referente aos
doze meses que antecederem o parto, a adoção
“Art. 99. Nos meses de início e término do ou a obtenção da guarda para fins de adoção.
salário-maternidade da segurada empregada,
inclusive da doméstica, o salário-maternidade § 2º Na hipótese de empregos intermitentes
será proporcional aos dias de afastamento do concomitantes, a média aritmética a que se refere
trabalho.” (NR) o § 1º será calculada em relação a todos os empre-
gos e será pago somente um salário-maternidade.
“Art. 100. O salário-maternidade da segurada
trabalhadora avulsa, pago diretamente pela pre- § 3º A contribuição previdenciária a cargo da
vidência social, consiste em renda mensal igual à empresa terá como base de cálculo a soma das
sua remuneração integral, observado o disposto remunerações pagas no período de doze meses
no art. 19-E, hipótese em que se aplica à renda anteriores à data de início do salário-maternida-
mensal do benefício o disposto no art. 198.” (NR) de, dividida pelo número de meses em que hou-
ve remuneração.” (NR)
“Art. 100-A. O salário-maternidade devido à
empregada do MEI, de que trata o § 26 do art. “Art. 100-C. O salário-maternidade devido à
9º, será pago diretamente pela previdência so- empregada com jornada parcial cujo salário de
cial, e o valor da contribuição previdenciária será contribuição seja inferior ao seu limite mínimo
deduzido da renda mensal do benefício, nos ter- mensal , observado o disposto no art. 19-E, será
mos do disposto no art. 198. pago diretamente pela previdência social, e o
valor da contribuição previdenciária deverá ser
Parágrafo único. Caberá ao MEI recolher a deduzido da renda mensal do benefício, nos ter-
contribuição previdenciária a seu cargo durante mos do disposto no art. 198.

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Direito Previdenciário

§ 1º Na hipótese de empregos parciais conco- I - no valor correspondente ao do último salá-


mitantes, se o somatório dos rendimentos auferi- rio de contribuição, para a segurada empregada
dos em todos os empregos for igual ou superior ao doméstica, observado o disposto no art. 19-E;
limite mínimo mensal do salário de contribuição, o
salário-maternidade será pago pelas empresas, ob- ........................................................................
servado o disposto no inciso II do caput do art. 98.
III - em um doze avos da soma dos doze úl-
§ 2º Para fins do disposto no § 1º, a empresa timos salários de contribuição, observado o dis-
que pagar remuneração inferior ao limite mínimo posto no art. 19-E, apurados em período não
mensal do salário de contribuição deverá exigir superior a quinze meses, para as seguradas con-
da empregada cópia dos comprovantes de pa- tribuinte individual e facultativa e para a desem-
gamento efetuado pelas demais empresas. pregada que mantenha a qualidade de segurada
na forma prevista no art. 13.
§ 3º Cabe à empresa recolher a contribuição
previdenciária a seu cargo durante a percepção ...............................................................” (NR)
do salário-maternidade pela segurada a seu ser-
viço, mesmo na hipótese de o benefício ser pago “Art. 104. O auxílio-acidente será concedido,
pela previdência social. como indenização, ao segurado empregado, in-
clusive o doméstico, ao trabalhador avulso e ao
§4º A contribuição a que se refere o § 3º terá segurado especial quando, após a consolidação
como base de cálculo a remuneração integral das lesões decorrentes de acidente de qualquer
que a empresa pagava à empregada antes da natureza, resultar sequela definitiva que, a exem-
percepção do salário-maternidade. plo das situações discriminadas no Anexo III,
implique redução da capacidade para o trabalho
§ 5º Na hipótese prevista no caput, o valor do que habitualmente exercia.
salário-maternidade será de um salário-mínimo.
........................................................................
§ 6º A empresa deverá conservar, durante o
prazo decadencial de que trata o art. 348, os § 2º O auxílio-acidente será devido a partir do
comprovantes de pagamento a que se refere o § dia seguinte ao da cessação do auxílio por in-
2º, para exame pela fiscalização.” (NR) capacidade temporária, independentemente de
qualquer remuneração ou rendimento auferido
“Art. 101. O salário-maternidade, observado pelo acidentado, vedada a sua acumulação com
o disposto nos art. 35, art. 198, art. 199, art. 199- qualquer aposentadoria.
A ou art. 200, pago diretamente pela previdência
social, consistirá: ........................................................................

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 6º No caso de reabertura de auxílio por in- processo judicial, assegurados os direitos ao


capacidade temporária por acidente de qualquer contraditório e à ampla defesa.
natureza que tenha dado origem a auxílio-aci-
dente, este será suspenso até a cessação do § 6º Ajuizada a ação judicial para reconheci-
auxílio por incapacidade temporária reaberto, mento da condição de dependente, este poderá
quando será reativado. requerer a sua habilitação provisória ao benefício
de pensão por morte, exclusivamente para fins de
...............................................................” (NR) rateio dos valores com outros dependentes, veda-
do o pagamento da cota respectiva até o trânsito
“Art. 105. ........................................................ em julgado da ação, ressalvada a existência de de-
cisão judicial que disponha em sentido contrário.
I - do óbito, quando requerida em até cento e
oitenta dias após o óbito, para os filhos menores § 7º Nas ações judiciais em que o INSS for
de dezesseis anos, ou quando requerida no prazo parte, este poderá proceder, de ofício, à habi-
de noventa dias, para os demais dependentes; litação excepcional da pensão objeto da ação
apenas para efeitos de rateio, descontados os
........................................................................ valores referentes à habilitação das demais co-
tas, vedado o pagamento da respectiva cota até
§ 3º O exercício de atividade remunerada, in- o trânsito em julgado da ação, ressalvada a exis-
clusive na condição de MEI, não impede a con- tência de decisão judicial que disponha em sen-
cessão ou a manutenção da parte individual da tido contrário.
pensão do dependente com deficiência intelec-
tual, mental ou grave. § 8º Julgada improcedente a ação a que se
referem os § 6º e § 7º, o valor retido para pa-
§ 4º Perde o direito à pensão por morte o con- gamento ao autor será corrigido pelos índices
denado criminalmente por sentença transitada em legais de reajustamento e será pago de forma
julgado, como autor, coautor ou partícipe de ho- proporcional aos demais dependentes, de acor-
micídio doloso, ou de tentativa desse crime, co- do com as suas cotas e o tempo de duração de
metido contra a pessoa do segurado, ressalvados seus benefícios.
os absolutamente incapazes e os inimputáveis.
§ 9º Fica assegurada ao INSS a cobrança dos
§ 5º Perde o direito à pensão por morte o valores indevidamente pagos em decorrência da
cônjuge ou o companheiro ou a companheira habilitação a que se referem os § 6º e § 7º.” (NR)
se comprovada, a qualquer tempo, simulação
ou fraude no casamento ou na união estável, ou “Art. 106. A pensão por morte consiste em
a formalização desses com o fim exclusivo de renda mensal equivalente a uma cota familiar de
constituir benefício previdenciário, apurada em cinquenta por cento do valor da aposentadoria

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Direito Previdenciário

recebida pelo segurado ou daquela a que teria que tenham deficiência intelectual, mental ou
direito se fosse aposentado por incapacidade grave, cuja invalidez ou deficiência tenha ocorri-
permanente na data do óbito, acrescida de cotas do antes da data do óbito, observado o disposto
de dez pontos percentuais por dependente, até no § 1º do art. 17.
o máximo de cem por cento.
§ 1º A invalidez será reconhecida pela Perícia
§ 1º O valor da pensão por morte, no caso de Médica Federal e a deficiência, por meio de ava-
morte de segurado recluso que tenha contribu- liação biopsicossocial realizada por equipe mul-
ído para a previdência social durante o período tiprofissional e interdisciplinar.
de reclusão, será calculado de modo a conside-
rar o tempo de contribuição adicional e os cor- § 2º A condição do dependente inválido ou
respondentes salários de contribuição. com deficiência intelectual, mental ou grave po-
derá ser reconhecida previamente ao óbito do
§ 2º Na hipótese de haver dependente invá- segurado e, quando necessário, ser reavaliada
lido ou com deficiência intelectual, mental ou quando da concessão do benefício.” (NR)
grave, o valor da pensão por morte será equiva-
lente a cem por cento do valor da aposentadoria “Art. 109. O pensionista inválido fica obri-
recebida pelo segurado ou daquela a que teria gado, sob pena de suspensão do benefício, a
direito se fosse aposentado por incapacidade submeter-se a exame médico a cargo da Perícia
permanente na data do óbito, até o limite máxi- Médica Federal, processo de reabilitação profis-
mo do salário de benefício do RGPS, observado sional a cargo do INSS e tratamento dispensado
o disposto no § 1º do art. 113. gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão
de sangue, que são facultativos.
§ 3º O valor da pensão será recalculado na
forma do disposto no caput, quando: § 1º O pensionista inválido que não tenha retor-
nado à atividade estará isento do exame de que
I - a invalidez ou deficiência intelectual, men- trata o caput a partir dos sessenta anos de idade.
tal ou grave sobrevier à data do óbito, enquanto
estiver mantida a qualidade de dependente; ou § 2º A isenção de que trata o § 1º não se apli-
ca quando o exame tiver a finalidade de:
II - deixar de haver dependente inválido ou com
deficiência intelectual, mental ou grave.” (NR) I - verificar a recuperação da capacidade de
trabalho, em razão de solicitação do pensionista
“Art. 108. A pensão por morte será devida ao que se julgar apto; e
filho, ao enteado, ao menor tutelado e ao irmão,
desde que comprovada a dependência econô- II - subsidiar autoridade judiciária na concessão
mica dos três últimos, que sejam inválidos ou de curatela, nos termos do disposto no art. 162.

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 3º O pensionista inválido, ainda que tenha o número de dependentes remanescentes for


implementado a condição de que trata o § 1º, igual ou superior a cinco.” (NR)
será submetido ao exame médico-pericial de
que trata este artigo quando necessário para “Art. 114. ........................................................
apuração de fraude.” (NR)
II - para o filho, o enteado, o menor tutelado
“Art. 111. ........................................................ ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar
vinte e um anos de idade, exceto se o pensio-
Parágrafo único. Na hipótese de o segurado nista for inválido ou tiver deficiência intelectual,
estar, na data do seu óbito, obrigado por deter- mental ou grave;
minação judicial a pagar alimentos temporários
a ex-cônjuge ou a ex-companheiro ou ex-com- III - para o filho, o enteado, o menor tutelado
panheira, a pensão por morte será devida pelo ou o irmão inválido, pela cessação da invalidez;
prazo remanescente na data do óbito, caso não
incida outra hipótese de cancelamento anterior III-A - para o filho, o enteado, o menor tutela-
do benefício.” (NR) do ou o irmão que tenha deficiência intelectual,
mental ou grave, pelo afastamento da deficiência;
“Art. 113. ........................................................
........................................................................
§ 1º Na hipótese prevista no § 2º do art. 106,
enquanto o dependente inválido ou com defici- V - para o cônjuge ou o companheiro ou a
ência intelectual, mental ou grave mantiver essa companheira:
condição, independentemente do número de
dependentes habilitados ao benefício, o valor da a) se inválido ou com deficiência, pela cessa-
pensão será rateado entre todos os dependen- ção da invalidez ou pelo afastamento da deficiên-
tes em partes iguais. cia, respeitados os períodos mínimos decorrentes
da aplicação do disposto nas alíneas “b” e “c”;
§ 2º Na hipótese de deixar de haver depen-
dente inválido ou com deficiência intelectual, b) em quatro meses, se o óbito ocorrer sem
mental ou grave, o valor da pensão será recal- que o segurado tenha vertido dezoito contri-
culado na forma prevista no caput do art. 106 e buições mensais ou se o casamento ou a união
rateado de acordo com o disposto no caput. estável tiver sido iniciado a menos de dois anos
antes do óbito do segurado; ou
§ 3º As cotas por dependente cessarão com
a perda dessa qualidade e não serão reversíveis c) transcorridos os seguintes períodos, esta-
aos demais dependentes, preservado o valor belecidos de acordo com a idade do beneficiário
de cem por cento da pensão por morte quando na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer

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Direito Previdenciário

depois de vertidas dezoito contribuições men- do caput se o óbito do segurado decorrer de aci-
sais e de, no mínimo, dois anos de casamento dente de qualquer natureza ou de doença pro-
ou união estável: fissional ou do trabalho, independentemente do
recolhimento de dezoito contribuições mensais
1. três anos, com menos de vinte e um anos ou da comprovação de dois anos de casamento
de idade; ou de união estável.

2. seis anos, entre vinte e um e vinte e seis § 4º O tempo de contribuição para regime
anos de idade; próprio de previdência social, utilizado na forma
prevista no art. 125, será considerado na conta-
3. dez anos, entre vinte e sete e vinte e nove gem das dezoito contribuições mensais de que
anos de idade; tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do caput.

4. quinze anos, entre trinta e quarenta anos § 5º Na hipótese de haver fundados indícios
de idade; de autoria, coautoria ou participação de depen-
dente, ressalvados os absolutamente incapazes
5. vinte anos, entre quarenta e um e quarenta e os inimputáveis, em homicídio, ou em tentativa
e três anos de idade; ou desse crime, cometido contra a pessoa do se-
gurado, será possível a suspensão provisória de
6. vitalícia, com quarenta e quatro ou mais sua parte no benefício de pensão por morte, por
anos de idade; meio de processo administrativo próprio, respei-
tados os direitos à ampla defesa e ao contraditó-
VI - pela perda do direito na forma do dispos- rio, e, na hipótese de absolvição, serão devidas
to nos § 4º e § 5º do art. 105; e as parcelas corrigidas desde a data da suspen-
são e a reativação imediata do benefício.
VII - pelo decurso do prazo remanescente
na data do óbito estabelecido na determina- § 6º Para os fins do disposto na alínea “c” do
ção judicial para recebimento de pensão de inciso V do caput, após o transcurso de, no mí-
alimentos temporários para o ex-cônjuge ou nimo, três anos e desde que nesse período se
o ex-companheiro ou a ex-companheira, caso verifique o incremento mínimo de um ano inteiro
não incida outra hipótese de cancelamento an- na média nacional única, para ambos os sexos,
terior do benefício. correspondente à expectativa de sobrevida da
população brasileira ao nascer, poderão ser es-
........................................................................ tabelecidos, em números inteiros, novas idades,
em ato do Ministro de Estado da Economia, limi-
§ 3º Serão aplicados, conforme o caso, o dis- tado o acréscimo à comparação com as idades
posto na alínea “a” ou na alínea “c” do inciso V anteriores ao referido incremento.” (NR)

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

“Art. 115. A cota do filho, do enteado, do me- presos para obter informações sobre o recolhi-
nor tutelado ou do irmão dependente que se tor- mento à prisão.
nar inválido ou pessoa com deficiência intelec-
tual, mental ou grave antes de completar vinte e § 2º-B A certidão judicial e a prova de perma-
um anos de idade não será extinta se confirmada nência na condição de presidiário serão substi-
a invalidez ou a deficiência nos termos do dis- tuídas pelo acesso à base de dados, por meio
posto no § 1º do art. 108.” (NR) eletrônico, a ser disponibilizada pelo Conselho
Nacional de Justiça, com dados cadastrais que
“Art. 116. O auxílio-reclusão, cumprida a carên- assegurem a identificação plena do segurado e
cia prevista no inciso IV do caput do art. 29, será da sua condição de presidiário.
devido, nas condições da pensão por morte, aos
dependentes do segurado de baixa renda recolhi- § 3º Aplicam-se ao auxílio-reclusão as nor-
do à prisão em regime fechado que não receber mas referentes à pensão por morte e, no caso
remuneração da empresa nem estiver em gozo de de qualificação de cônjuge ou companheiro ou
auxílio por incapacidade temporária, de pensão companheira após a prisão do segurado, o be-
por morte, de salário-maternidade, de aposenta- nefício será devido a partir da data de habilita-
doria ou de abono de permanência em serviço. ção, desde que comprovada a preexistência da
dependência econômica.
§ 1º Para fins de concessão do benefício de que
trata este artigo, considera-se segurado de baixa § 4º A data de início do benefício será:
renda aquele que tenha renda bruta mensal igual
ou inferior a R$ 1.425,56 (um mil quatrocentos e I - a do efetivo recolhimento do segurado à
vinte e cinco reais e cinquenta e seis centavos), prisão, se o benefício for requerido no prazo de
corrigidos pelos mesmos índices de reajuste apli- cento e oitenta dias, para os filhos menores de
cados aos benefícios do RGPS, calculada com dezesseis anos, ou de noventa dias, para os de-
base na média aritmética simples dos salários de mais dependentes; ou
contribuição apurados no período dos doze meses
anteriores ao mês do recolhimento à prisão. II - a do requerimento, se o benefício for re-
querido após os prazos a que se refere o inciso I.
§ 2º O requerimento do auxílio-reclusão será
instruído com certidão judicial que ateste o reco- § 5º O auxílio-reclusão será devido somente
lhimento efetivo à prisão e será obrigatória a apre- durante o período em que o segurado estiver re-
sentação de prova de permanência na condição colhido à prisão sob regime fechado.
de presidiário para a manutenção do benefício.
§ 6º O exercício de atividade remunerada
§ 2º-A O INSS celebrará convênios com os iniciado após a prisão do segurado recluso em
órgãos públicos responsáveis pelo cadastro dos cumprimento de pena em regime fechado não

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Direito Previdenciário

acarreta a perda do direito ao recebimento do § 1º O abono anual será calculado, no que


auxílio-reclusão para os seus dependentes.” (NR) couber, da mesma forma que a gratificação nata-
lina dos trabalhadores e terá por base o valor da
“Art. 117. O valor do auxílio-reclusão será renda mensal do benefício do mês de dezembro
apurado na forma estabelecida para o cálculo da de cada ano e o seu pagamento será efetuado
pensão por morte, não poderá exceder o valor em duas parcelas, da seguinte forma: Vigência
de um salário-mínimo e será mantido enquanto o
segurado permanecer em regime fechado. I - a primeira parcela corresponderá a até cin-
quenta por cento do valor do benefício devido
§ 1º Até que o acesso à base de dados a que no mês de agosto e será paga juntamente com
se refere o § 2º-B do art. 116 seja disponibilizado os benefícios dessa competência; e Vigência
pelo Conselho Nacional de Justiça, o beneficiá-
rio apresentará trimestralmente atestado de que II - a segunda parcela corresponderá à diferen-
o segurado continua em regime fechado, que ça entre o valor total do abono anual e o valor da
deverá ser firmado pela autoridade competente. primeira parcela e será paga juntamente com os
benefícios da competência de novembro. Vigência
...............................................................” (NR)
...............................................................” (NR)
“Art. 118. Na hipótese de óbito do segura-
do recluso, o auxílio-reclusão que estiver sendo “Seção única
pago será cessado e será concedida a pensão Do reconhecimento do tempo de contribuição
por morte em conformidade com o disposto nos
art. 105 ao art. 115. Art. 121. Reconhecimento do tempo de contri-
buição é o direito de o segurado ter reconhecido,
Parágrafo único. Não havendo concessão de em qualquer época, o tempo de exercício de ati-
auxílio-reclusão, em razão da não comprovação vidade anteriormente abrangida pela previdência
da baixa renda, será devida pensão por morte social, observado o disposto no art. 122.” (NR)
aos dependentes se o óbito do segurado tiver
ocorrido no prazo previsto no inciso IV do caput “Art. 122. O reconhecimento do tempo de
do art. 13.” (NR) contribuição no período em que o exercício de
atividade remunerada não exigia filiação obriga-
“Art. 120. Será devido abono anual ao segura- tória à previdência social somente será feito por
do e ao dependente que, durante o ano, recebe- meio de indenização das contribuições relativas
ram auxílio por incapacidade temporária, auxílio- ao respectivo período, conforme o disposto no §
-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, 7º e nos § 9º ao § 14 do art. 216 e nos § 8º e §
pensão por morte ou auxílio-reclusão. 8º-A do art. 239.

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 1º O valor a ser indenizado poderá ser ob- 142 e art. 143 da Constituição, para fins de con-
jeto de parcelamento por solicitação do segura- cessão de benefícios previstos no RGPS, inclusi-
do à Secretaria Especial da Receita Federal do ve de aposentadoria em decorrência de tratado,
Brasil do Ministério da Economia, observado o convenção ou acordo internacional; e
disposto no § 1º do art. 128.
II - para fins de emissão de certidão de tem-
................................................................”(NR) po de contribuição, pelo INSS, para utilização no
serviço público ou para inativação militar, o côm-
“Art. 123. Para fins de contagem recíproca, o puto do tempo de contribuição na atividade pri-
tempo de serviço prestado pelo trabalhador rural vada, rural e urbana, observado o disposto nos §
anteriormente à competência novembro de 1991 4º e § 4º-A deste artigo, no art. 123, no § 13 do
somente será reconhecido por meio da indeniza- art. 216 e nos § 8º e § 8º-A do art. 239.
ção de que trata o § 13 do art. 216, observado o
disposto nos § 8º e § 8º-A do art. 239.” (NR) § 1º .................................................................

“Art. 124. Caso o segurado contribuinte indi- I - conversão do tempo de contribuição exer-
vidual manifeste interesse em recolher contribui- cido em atividade sujeita à condições especiais,
ções relativas a período anterior à sua inscrição, nos termos do disposto no art. 66;
a retroação da data do início das contribuições
será autorizada, desde que comprovado o exer- ........................................................................
cício de atividade remunerada no respectivo pe-
ríodo, observado o disposto no § 7º e nos § 9º ao § 3º É permitida a emissão de certidão de
§ 14 do art. 216 e nos § 8º e § 8º-A do art. 239. tempo de contribuição para períodos de contri-
buição posteriores à data da aposentadoria no
Parágrafo único. O valor do débito poderá ser RGPS, observado o disposto no art. 19-E.
objeto de parcelamento desde que solicitado pelo
segurado à Secretaria Especial da Receita Fede- § 4º Para efeito de contagem recíproca, o pe-
ral do Brasil do Ministério da Economia.” (NR) ríodo em que os segurados contribuinte indivi-
dual e facultativo tiverem contribuído na forma
“Art. 125. Para efeito de contagem recíproca, prevista no art. 199-A só será computado se fo-
hipótese em que os diferentes sistemas de pre- rem complementadas as contribuições na forma
vidência social ou proteção social se compensa- prevista no § 2º do referido artigo.
rão financeiramente, fica assegurado:
§ 4º-A Para efeito de contagem recíproca, a
I - o cômputo do tempo de contribuição na partir de 14 de novembro de 2019, somente serão
administração pública e de serviço militar exer- consideradas as competências cujos salários de
cido nas atividades de que tratam os art. 42, art. contribuição tenham valor igual ou superior ao

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Direito Previdenciário

limite mínimo mensal do salário de contribuição VIII - é vedada a desaverbação de tempo em


para o RGPS, observado o disposto no art. 19-E. regime próprio de previdência social quando o
tempo averbado tiver gerado a concessão de
...............................................................” (NR) vantagens remuneratórias ao servidor público
em atividade; e
“Art. 127. ........................................................
IX - para fins de elegibilidade às aposentado-
IV - o tempo de contribuição anterior ou pos- rias especiais referidas no § 4º do art. 40 e no §
terior à obrigatoriedade de filiação à previdência 1º do art. 201 da Constituição, os períodos reco-
social só será contado por meio de indenização nhecidos pelo regime previdenciário de origem
da contribuição correspondente ao período res- como de tempo especial sem conversão em
pectivo, com acréscimo de juros moratórios de tempo comum deverão estar incluídos nos pe-
cinco décimos por cento ao mês, capitalizados ríodos de contribuição compreendidos na cer-
anualmente, e multa de dez por cento, observa- tidão de tempo de contribuição e discriminados
do o disposto nos § 8º e § 8º-A do art. 239; de data a data.

V - é vedada a emissão de certidão de tempo Parágrafo único. O disposto no inciso V do


de contribuição com o registro exclusivo de tem- caput não se aplica ao tempo de serviço anterior
po de serviço sem a comprovação de contribui- à edição da Emenda Constitucional nº 20, de 15
ção efetiva, exceto para segurado empregado, de dezembro de 1998, que tenha sido equipara-
empregado doméstico, trabalhador avulso e, a do por lei a tempo de contribuição.” (NR)
partir de 1º de abril de 2003, para o contribuinte
individual que preste serviço a empresa obrigada “Art. 128. ........................................................
a arrecadar a contribuição a seu cargo, observa-
do o disposto no art. 5º da Lei nº 10.666, de 2003; § 3º A certidão de tempo de contribuição re-
ferente a período de atividade rural anterior à
VI - para ex-servidor público, a certidão de competência novembro de 1991 somente será
tempo de contribuição somente poderá ser emi- emitida por meio da comprovação do recolhi-
tida por regime próprio de previdência social; mento das contribuições correspondentes ou da
indenização, na forma prevista nos § 13 e § 14
VII - é vedada a contagem recíproca de tem- do art. 216, observado o disposto nos § 8º e §
po de contribuição do RGPS por regime próprio 8º-A do art. 239.” (NR)
de previdência social sem a emissão da certi-
dão de tempo de contribuição correspondente, “Art. 130. ….....................................................
ainda que o tempo de contribuição referente ao
RGPS tenha sido prestado pelo servidor público § 1º O setor competente do INSS promove-
ao próprio ente instituidor; rá o levantamento do tempo de contribuição ao

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

RGPS, com base na documentação apresenta- “Art. 138. Cabe à unidade de reabilitação
da, observado o disposto no art. 19. profissional encaminhar para avaliação médico-
-pericial a ocorrência de que trata o § 2º do art.
...............................................................” (NR) 337.” (NR)

“Art. 132. O tempo de contribuição na admi- “Art. 141. ........................................................


nistração pública federal, estadual, distrital ou
municipal de que trata este Capítulo será consi- § 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou
derado para efeito do percentual de acréscimo de beneficiário reabilitado pela previdência so-
previsto no inciso I do caput do art. 44, no art. cial ao final de contrato por prazo determinado
53, no § 1º do art. 54, no art. 67, no inciso II do de mais de noventa dias e a dispensa imotivada
caput do art. 70-J, no § 3º do art. 188-H, no § em contrato por prazo indeterminado somente
4º do art. 188-I, no § 3º do art. 188-J, no § 4º do poderão ocorrer após a contratação de outro
art. 188-M, no § 3º do art. 188-N e no § 3º do art. trabalhador com deficiência ou beneficiário rea-
188-P.” (NR) bilitado pela previdência social.

“Art. 137. ........................................................ § 3º À Secretaria Especial de Previdência e


Trabalho do Ministério da Economia compete es-
§ 1º A execução das funções de que trata tabelecer a sistemática de fiscalização e gerar da-
o caput será realizada, preferencialmente, por dos e estatísticas sobre o total de empregados e
meio do trabalho de equipe multiprofissional es- as vagas preenchidas por pessoas com deficiên-
pecializada, sempre que possível, na localidade cia e por beneficiários reabilitados pela previdên-
do domicílio do beneficiário, ressalvadas as si- cia social, além de fornecê-los, quando solicita-
tuações excepcionais em que ele tenha direito à dos, aos sindicatos, às entidades representativas
reabilitação profissional fora dela. dos empregados ou aos cidadãos interessados.

§ 1º-A A avaliação da elegibilidade do segu- § 4º Para a reserva de cargos será considera-


rado para encaminhamento à reabilitação profis- da somente a contratação direta de pessoa com
sional, a reavaliação da incapacidade de segura- deficiência, excluído o aprendiz com deficiência
dos em programa de reabilitação profissional e a de que trata a Consolidação das Leis do Tra-
prescrição de órteses, próteses e meios auxilia- balho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de
res de locomoção e acessórios serão realizadas 1943.” (NR)
pela Perícia Médica Federal.
“Art. 142. A justificação administrativa consti-
...............................................................” (NR) tui meio para suprir a falta ou a insuficiência de

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Direito Previdenciário

documento ou para produzir prova de fato ou “Art. 144. A homologação da justificação ju-
circunstância de interesse dos beneficiários pe- dicial processada com base em prova exclusiva-
rante a previdência social. mente testemunhal dispensa a justificação admi-
nistrativa, desde que complementada com início
........................................................................ de prova material contemporânea dos fatos.

§ 2º A justificação administrativa é parte do Parágrafo único. A inclusão, a exclusão, a ra-


processo de atualização de dados do CNIS ou tificação e a retificação de vínculos, remunera-
de reconhecimento de direitos, vedada a sua tra- ções e contribuições, ainda que reconhecidos
mitação na condição de processo autônomo. em ação trabalhista transitada em julgado, de-
penderão da existência de início de prova mate-
§ 3º Quando a concessão do benefício de- rial contemporânea dos fatos.” (NR)
pender de documento ou de prova de ato ao
qual o segurado não tenha acesso, exceto quan- “Art. 145. Para o processamento de justifica-
to a registro público ou início de prova material, ção administrativa, o interessado deverá apre-
a justificação administrativa será oportunizada, sentar requerimento no qual exponha, clara e
observado o disposto no art. 151. minuciosamente, os pontos que pretende justi-
ficar, além de indicar testemunhas idôneas, em
§ 4º A prova material somente terá validade número não inferior a dois nem superior a seis,
para a pessoa referida no documento, vedada a cujos depoimentos possam levar à convicção da
sua utilização por outras pessoas.” (NR) veracidade do que se pretende comprovar.

“Art. 143. A justificação administrativa ou Parágrafo único. As testemunhas, no dia e


judicial, para fins de comprovação de tem- no horário marcados, serão inquiridas a respeito
po de contribuição, dependência econômica, dos pontos que forem objeto da justificação de
identidade e relação de parentesco, somente que trata o caput.” (NR)
produzirá efeito quando for baseada em início
de prova material contemporânea dos fatos e “Art. 146. ………………………………………
não serão admitidas as provas exclusivamente
testemunhais. IV - o cônjuge, o companheiro ou a compa-
nheira, os ascendentes, os descendentes e os
§ 1º Será dispensado o início de prova mate- colaterais, até o terceiro grau, por consanguini-
rial quando houver ocorrência de motivo de for- dade ou afinidade.
ça maior ou de caso fortuito.
Parágrafo único. A pessoa com deficiência
...............................................................” (NR) poderá testemunhar em igualdade de condições

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

com as demais pessoas e lhe serão assegurados cidas, constituídas e em funcionamento, desde
todos os recursos de tecnologia assistiva.” (NR) que autorizadas por seus filiados, observado o
disposto nos § 1º ao § 1º-G; e
“Art. 151. Somente será admitido o proces-
samento de justificação administrativa quando VI - pagamento de empréstimos, financia-
necessário para corroborar o início de prova ma- mentos, cartões de crédito e operações de ar-
terial apto a demonstrar a plausibilidade do que rendamento mercantil concedidos por institui-
se pretende comprovar.” (NR) ções financeiras e sociedades de arrendamento
mercantil ou por entidades fechadas ou abertas
“Art. 153-A. A concessão de aposentadoria de previdência complementar, públicas e priva-
requerida a partir de 14 de novembro de 2019 das, quando expressamente autorizado pelo be-
com utilização de tempo de contribuição de- neficiário, até o limite de trinta e cinco por cento
corrente de cargo, emprego ou função pública do valor do benefício, dos quais cinco por cento
acarretará o rompimento do vínculo que gerou o serão destinados exclusivamente para:
referido tempo de contribuição.
a) amortização de despesas contraídas por
Parágrafo único. Para fins do disposto no meio de cartão de crédito; ou
caput, após a consolidação da aposentadoria, nos
termos do disposto no art. 181-B, o INSS notifica- b) utilização com a finalidade de saque por
rá a empresa responsável sobre a aposentadoria meio do cartão de crédito.
do segurado e constarão da notificação as datas
de concessão e de início do benefício.” (NR) § 1º O INSS estabelecerá requisitos adicio-
nais para a efetivação dos descontos de que tra-
“Art. 154. ........................................................ ta este artigo, observados critérios de conveni-
ência administrativa, segurança das operações,
II - pagamento administrativo ou judicial de interesse dos beneficiários e interesse público.
benefício previdenciário ou assistencial indevido,
ou além do devido, inclusive na hipótese de ces- § 1º-A Os benefícios previdenciários, uma vez
sação do benefício pela revogação de decisão concedidos, permanecerão bloqueados para
judicial, em valor que não exceda trinta por cen- os descontos previstos no inciso V do caput e
to da importância da renda mensal do benefício, somente serão desbloqueados por meio de au-
nos termos do disposto neste Regulamento; torização prévia, pessoal e específica por parte
do beneficiário, conforme critérios e requisitos a
........................................................................ serem definidos em ato do INSS.

V - mensalidades de associações e demais § 1º-B A autorização do segurado prevista no


entidades de aposentados legalmente reconhe- § 1º-A deverá, sob pena de os descontos se-

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Direito Previdenciário

rem excluídos automaticamente, ser revalidada ações judiciais, processos de órgãos de controle
a cada três anos, a partir de 31 de dezembro de e impacto em sua rede de atendimento, dentre
2021, segundo critérios e requisitos a serem de- outros elementos, para avaliar a conveniência da
finidos em ato do INSS. manutenção ou da rescisão do acordo de coo-
peração técnica.
§ 1º-C A autorização do segurado de que tra-
ta o inciso V do caput poderá ser revogada, a § 1º-G Para fins de repasse do desconto efe-
qualquer tempo, pelo próprio beneficiário. tuado pelo INSS, as entidades referidas no inci-
so V do caput deverão estar em situação regular
§ 1º-D Considera-se associação ou entidade perante as Fazendas nacional, estadual, distrital
de aposentados aquela formada somente por: e municipal, a previdência social, FGTS, o Sis-
tema Integrado de Administração Financeira do
I - aposentados do RGPS, com objetivos ine- Governo Federal - Siafi, o Sistema de Cadastra-
rentes a essa categoria; ou mento Unificado de Fornecedores - Sicaf e o Ca-
dastro Informativo de Créditos não Quitados do
II - pessoas de categoria profissional especí- Setor Público Federal - Cadin.
fica, cujo estatuto as preveja como associados
ativos e inativos, e que tenha objetivos comuns ........................................................................
àquela classe e finalidade específica de represen-
tação de aposentados, autorizada a realizar des- § 6º O INSS disciplinará o desconto e a reten-
contos de mensalidades associativas por meio de ção de valores de benefícios com fundamento
retenção no valor do pagamento do benefício. no disposto no inciso VI do caput, observadas as
seguintes condições:
§ 1º-E Considera-se mensalidade de asso-
ciações e demais entidades de aposentados a ........................................................................
contribuição associativa, em valor fixo, devida
exclusivamente em razão da condição de asso- VII - o valor do desconto não poderá exce-
ciado, em decorrência de previsão estatutária ou der trinta e cinco por cento do valor disponível
definição pelas assembleias gerais, a qual não do benefício, assim entendido o valor do bene-
admite descontos de taxas extras, contribuições fício após a dedução das consignações de que
especiais, retribuição por serviços ou pacotes de tratam os incisos I ao V do caput, correspon-
serviços específicos, prêmios de seguros, em- dente à última competência paga, excluídas
préstimos nem qualquer outro tipo de desconto, aquelas que contenham o décimo terceiro sa-
ainda que embutidos no valor da mensalidade. lário ou sua parcela, estabelecido no momento
da contratação;
§ 1º-F O INSS avaliará periodicamente a
quantidade de reclamações de beneficiários, ........................................................................

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 7º-A Os benefícios previdenciários, uma vez § 12. Será objeto de inscrição em dívida ativa,
concedidos, permanecerão bloqueados para para fins do disposto no § 11, em conjunto ou se-
os descontos previstos no inciso VI do caput e paradamente, o terceiro beneficiado que sabia ou
somente serão desbloqueados por meio de au- deveria saber da origem do benefício pago inde-
torização prévia, pessoal e específica por parte vidamente em razão de fraude, dolo ou coação,
do beneficiário, conforme critérios e requisitos a desde que devidamente identificado em procedi-
serem definidos em ato do INSS. mento administrativo de responsabilização.

§ 7º-B A autorização do segurado de que tra- § 13. O procedimento administrativo de res-


ta o § 7º-A poderá ser revogada, a qualquer tem- ponsabilização de que trata o § 12 ocorrerá na
po, pelo próprio beneficiário. forma prevista no art. 179 deste Regulamento e
no art. 27 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de se-
........................................................................ tembro de 1942.” (NR)

§ 9º O titular de benefício de aposentado- “Art. 158. ........................................................


ria, independentemente de sua espécie, ou de
pensão por morte concedida pelo RGPS poderá § 1º O dependente excluído na forma prevista
autorizar, de forma irrevogável e irretratável, que no § 9º do art. 16 ou que tenha a parte provisoria-
a instituição financeira na qual receba o seu be- mente suspensa na forma prevista no § 5º do art.
nefício retenha valores referentes ao pagamento 114 não poderá representar outro dependente para
mensal de empréstimos, financiamentos, car- fins de recebimento e percepção do benefício.
tões de crédito e operações de arrendamento
mercantil por ela concedidos, quando previstos § 2º O dependente que perder o direito à pen-
em contrato, para fins de amortização, observa- são por morte na forma prevista no § 5º do art.
das as normas editadas pelo INSS. 105 não poderá representar outro dependente
para fins de percepção do benefício.” (NR)
........................................................................
“Art. 162. ........................................................
§ 11. Serão inscritos em dívida ativa pela Pro-
curadoria-Geral Federal os créditos constituídos § 3º O período a que se refere o caput poderá
pelo INSS em decorrência de benefício previden- ser prorrogado por iguais períodos, desde que
ciário ou assistencial pago indevidamente ou além comprovado o andamento regular do processo
do devido, inclusive na hipótese de cessação do legal de tutela ou curatela.
benefício pela revogação de decisão judicial, nos
termos do disposto na Lei nº 6.830, de 22 de se- § 4º Na hipótese de interdição do beneficiário,
tembro de 1980, para a execução judicial. para fins de curatela, a autoridade judiciária po-

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Direito Previdenciário

derá utilizar-se de laudo médico-pericial da Perí- a opção pelo benefício mais vantajoso também
cia Médica Federal. pelos dependentes.” (NR)

§ 5º No ato de requerimento de benefícios “Art. 167-A. Será admitida a acumulação dos


operacionalizados pelo INSS, não será exigida seguintes benefícios:
apresentação de termo de curatela de titular ou
de beneficiário com deficiência, observados os I - de pensão por morte deixada por cônjuge
procedimentos a serem estabelecidos em ato do ou companheiro do RGPS com pensão por mor-
INSS.” (NR) te concedida por outro regime de previdência
social ou com pensões decorrentes das ativida-
“Art. 167. Exceto na hipótese de direito ad- des militares de que tratam o art. 42 e o art. 142
quirido, não é permitido o recebimento conjun- da Constituição;
to dos seguintes benefícios do RGPS, inclusive
quando decorrentes de acidente do trabalho: II - de pensão por morte deixada por cônjuge
ou companheiro do RGPS com aposentadoria
I - aposentadoria com auxílio por incapacida- do mesmo regime e de regime próprio de pre-
de temporária; vidência social ou com proventos de inatividade
decorrentes das atividades militares de que tra-
........................................................................ tam o art. 42 e o art. 142 da Constituição; ou

IV - salário-maternidade com auxílio por inca- III - de aposentadoria concedida no âmbito


pacidade temporária; do RGPS com pensão deixada por cônjuge ou
companheiro de regime próprio de previdência
........................................................................ social ou com proventos de inatividade decor-
rentes das atividades militares de que tratam o
§ 1º Nas hipóteses de que tratam os incisos art. 42 e o art. 142 da Constituição.
VI, VII e VIII do caput, fica facultado ao depen-
dente optar pela pensão mais vantajosa, obser- § 1º Nas hipóteses de acumulação previs-
vado o disposto no art. 167-A. tas no caput, fica assegurada a percepção do
valor integral do benefício mais vantajoso e de
........................................................................ uma parte de cada um dos demais benefícios,
apurada cumulativamente de acordo com as
§ 4º O segurado recluso em regime fechado, seguintes faixas:
durante a percepção, pelos dependentes, do
benefício de auxílio-reclusão, não terá o direito I - sessenta por cento do valor que exceder
aos benefícios de salário-maternidade e de apo- um salário-mínimo, até o limite de dois salá-
sentadoria reconhecido, exceto se manifestada rios-mínimos;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

II - quarenta por cento do valor que exceder III - quando for o caso, verificar a condição
dois salários-mínimos, até o limite de três salá- do segurado ou pensionista, de modo a consi-
rios-mínimos; derar, dentre outras, as informações constantes
do CNIS.
III - vinte por cento do valor que exceder três
salários-mínimos, até o limite de quatro salá- § 6º O Ministério da Economia manterá sis-
rios-mínimos; e tema de cadastro dos segurados do RGPS e
dos servidores vinculados a regimes próprios de
IV - dez por cento do valor que exceder qua- previdência social, e poderá, para tanto, firmar
tro salários-mínimos. acordo de cooperação com outros órgãos da
administração pública federal, estadual, distrital
§ 2º A aplicação do disposto no § 1º poderá ser ou municipal para a manutenção e a gestão do
revista a qualquer tempo, a pedido do interessado, referido sistema de cadastro.
em razão de alteração de algum dos benefícios.
§ 7º Até que o sistema de que trata o § 6º
§ 3º Na hipótese de recebimento de pensão des- seja implementado, a comprovação de que o
dobrada, para fins de aplicação do disposto no § 1º, aposentado ou o pensionista cônjuge ou com-
em relação a esse benefício, será considerado o va- panheira ou companheiro do RGPS não rece-
lor correspondente ao somatório da cota individual be aposentadoria ou pensão de outro regime
e da parcela da cota familiar, devido ao pensionista, próprio de previdência social será feita por
que será revisto em razão do fim do desdobramen- meio de autodeclaração, a qual o sujeitará às
to ou da alteração do número de dependentes. sanções administrativas, civis e penais aplicá-
veis caso seja constatada a emissão de decla-
§ 4º As restrições previstas neste artigo não ração falsa.
se aplicam caso o direito aos benefícios tenha
sido adquirido até 13 de novembro de 2019. § 8º Caberá ao aposentado ou pensionista do
RGPS informar ao INSS a obtenção de aposen-
§ 5º Para fins do disposto neste artigo, no ato tadoria ou pensão de cônjuge ou companheira
de habilitação ou concessão de benefício sujeito ou companheiro de outro regime, sob pena de
a acumulação, o INSS deverá: suspensão do benefício.” (NR)

I - verificar a filiação do segurado ao RGPS ou “Art. 168. Exceto nas hipóteses de aposenta-
a regime próprio de previdência social; doria por incapacidade permanente ou especial,
observado quanto a esta última o disposto no
II - solicitar ao segurado que manifeste ex- parágrafo único do art. 69, o retorno do aposen-
pressamente a sua opção pelo benefício que lhe tado à atividade não prejudicará o recebimento
seja mais vantajoso; e de sua aposentadoria.” (NR)

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Direito Previdenciário

“Art. 170. Compete exclusivamente aos ser- avulso, observados o disposto no art. 168 e, nos
vidores públicos ocupantes dos cargos de que casos de aposentadoria especial, no parágrafo
trata o § 3º do art. 30 da Lei nº 11.907, de 2 de único do art. 69.” (NR)
fevereiro de 2009, a realização das atividades
médico-periciais relacionadas com o RGPS, “Art. 176. A apresentação de documentação
sem prejuízo de outras disposições constantes incompleta não constitui, por si só, motivo para
no referido artigo. recusa do requerimento de benefício ou serviço,
ainda que seja possível identificar previamente
Parágrafo único. Os servidores de que trata o que o segurado não faça jus ao benefício ou ser-
caput poderão solicitar ao médico assistente do viço pretendido.
beneficiário que forneça informações sobre an-
tecedentes médicos a ele relativas, na forma dis- § 1º Na hipótese de que trata o caput, o INSS
ciplinada pela Secretaria Especial de Previdência deverá proferir decisão administrativa, com ou
e Trabalho do Ministério da Economia, para fins sem análise de mérito, em todos os pedidos ad-
do disposto no § 2º do art. 43 e no § 1º do art. 71 ministrativos formulados, e, quando for o caso,
ou para subsidiar emissão de laudo médico-pe- emitirá carta de exigência prévia ao requerente.
ricial conclusivo.” (NR)
§ 2º Encerrado o prazo para cumprimento da
“Art. 170-A. Incumbem privativamente aos exigência sem que os documentos solicitados te-
servidores públicos da Carreira do Seguro So- nham sido apresentados pelo requerente, o INSS:
cial de que trata a Lei nº 10.855, de 1º de abril
de 2004, as atribuições previstas no inciso I do I - decidirá pelo reconhecimento do direito,
caput do art. 5º-B da referida Lei, e compete à caso haja elementos suficientes para subsidiar a
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do sua decisão; ou
Ministério da Economia a edição de atos com-
plementares para a especificação e a definição II - decidirá pelo arquivamento do processo
das atividades acessórias ou preparatórias ao sem análise de mérito do requerimento, caso
exercício das atribuições privativas e para a atu- não haja elementos suficientes ao reconheci-
ação no exame de matérias e processos admi- mento do direito nos termos do disposto no art.
nistrativos de benefícios sociais.” (NR) 40 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

“Art. 173. O segurado em gozo de aposen- § 3º Não caberá recurso ao CRPS da decisão
tadoria, que voltar a exercer atividade abrangi- que determine o arquivamento do requerimento
da pelo RGPS, somente terá direito ao salário- sem análise de mérito decorrente da não apre-
-família, ao salário-maternidade e à reabilitação sentação de documentação indispensável ao
profissional, quando empregado ou trabalhador exame do requerimento.

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 4º Caso haja manifestação formal do segu- § 2º Excepcionalmente, caso o requerente não


rado no sentido de não dispor de outras infor- disponha de meios adequados para apresenta-
mações ou documentos úteis, diversos daqueles ção da solicitação pelos canais de atendimento
apresentados ou disponíveis ao INSS, será pro- eletrônico, o requerimento e o agendamento de
ferida a decisão administrativa com análise de serviços poderão ser feitos presencialmente nas
mérito do requerimento. Agências da Previdência Social.” (NR)

§ 5º O arquivamento do processo não inviabi- “Art. 176-B. O INSS poderá firmar acordo de
lizará a apresentação de novo requerimento pelo cooperação técnica com entes públicos e de-
interessado, que terá efeitos a partir da data de mais entidades para fins de geração e recebi-
apresentação da nova solicitação. mento de requerimentos de benefícios.” (NR)

§ 6º O reconhecimento do direito ao benefício “Art. 176-C. O requerente poderá, enquanto


com base em documento apresentado após a não proferida a decisão do INSS e por meio de
decisão administrativa proferida pelo INSS con- manifestação escrita, desistir do requerimento
siderará como data de entrada do requerimento formulado, nos termos do disposto no art. 51 da
a data de apresentação do referido documento. Lei nº 9.784, de 1999.

§ 7º O disposto neste artigo aplica-se aos pe- § 1º Havendo vários interessados, a desistên-
didos de revisão e recursos fundamentados em cia a que se refere o caput atinge somente quem
documentos não apresentados no momento do a tenha formulado.
requerimento administrativo e, quanto aos seus
efeitos financeiros, aplica-se o disposto no § 4º § 2º A desistência do requerimento não impe-
do art. 347.” (NR) de o INSS de analisar a matéria objeto do reque-
rimento para fins de uniformização de entendi-
“Art. 176-A. O requerimento de benefícios e mento, de forma geral e abstrata, ou para efeito
de serviços administrados pelo INSS será formu- de apuração de irregularidade.” (NR)
lado por meio de canais de atendimento eletrôni-
co, observados os procedimentos previstos em “Art. 176-D. Se, na data de entrada do reque-
ato do INSS. rimento do benefício, o segurado não satisfizer
os requisitos para o reconhecimento do direito,
§ 1º O requerimento formulado será proces- mas implementá-los em momento posterior, an-
sado em meio eletrônico em todas as fases do tes da decisão do INSS, o requerimento poderá
processo administrativo, ressalvados os atos ser reafirmado para a data em que satisfizer os
que exijam a presença do requerente. requisitos, que será fixada como início do benefí-

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Direito Previdenciário

cio, exigindo-se, para tanto, a concordância for- d) segurado especial.


mal do interessado, admitida a sua manifestação
de vontade por meio eletrônico.” (NR) § 2º A notificação a que se refere o § 1º será
feita, preferencialmente:
“Art. 176-E. Caberá ao INSS conceder o be-
nefício mais vantajoso ao requerente ou bene- I - por rede bancária, conforme definido em
fício diverso do requerido, desde que os ele- ato do INSS;
mentos constantes do processo administrativo
assegurem o reconhecimento desse direito. II - por meio eletrônico, por meio de cadas-
tramento prévio, na forma definida em ato do
Parágrafo único. Na hipótese de direito à con- INSS, a ser realizado por procedimento em
cessão de benefício diverso do requerido, caberá que seja assegurada a identificação adequada
ao INSS notificar o segurado para que este mani- do interessado;
feste expressamente a sua opção pelo benefício,
observado o disposto no art. 176-D.” (NR) III - por via postal, por meio de carta simples
destinada ao endereço constante do cadastro
“Art. 179. O INSS manterá programa perma- do segurado que requereu o benefício, hipótese
nente de revisão da concessão e da manutenção em que o aviso de recebimento será considera-
dos benefícios por ele administrados, a fim de do prova suficiente da sua notificação;
apurar irregularidades ou erros materiais.
IV - pessoalmente, quando entregue ao inte-
§ 1º Na hipótese de haver indícios de irregulari- ressado em mão; ou
dade ou erro material na concessão, na manuten-
ção ou na revisão do benefício, o INSS notificará V - por edital, na hipótese de o segurado não
o beneficiário, o seu representante legal ou o seu ter sido localizado por meio da comunicação a
procurador para apresentar defesa, provas ou os que se refere o inciso III.
documentos dos quais dispuser, no prazo de:
§ 3º A defesa poderá ser apresentada pelo
I - trinta dias, no caso de trabalhador urbano; ou canal de atendimento eletrônico do INSS ou
na Agência da Previdência Social do domicílio
II - sessenta dias, no caso de: do beneficiário.

a) trabalhador rural individual; § 4º O benefício será suspenso nas seguintes


hipóteses:
b) trabalhador rural avulso;
I - de não apresentação da defesa no prazo
c) agricultor familiar; ou estabelecido no § 1º; ou

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

II - de defesa considerada insuficiente ou im- III - a prova de vida de segurados com idade
procedente pelo INSS. igual ou superior a sessenta anos será disciplina-
da em ato do INSS;
§ 5º O INSS notificará o beneficiário quanto à
suspensão do benefício de que trata o § 4º, que IV - o INSS disporá de meios, incluída a re-
disporá do prazo de trinta dias, contado da data alização de pesquisa externa, que garantam a
de notificação, para interposição de recurso. identificação e o processo de prova de vida
para pessoas com dificuldade de locomoção
§ 6º Decorrido o prazo a que se refere o § 5º e idosos acima de oitenta anos que recebam
sem que o beneficiário, o seu representante legal benefícios; e
ou o seu procurador apresente recurso administra-
tivo aos canais de atendimento do INSS ou a ou- V - o INSS poderá bloquear o pagamento do
tros canais autorizados, o benefício será cessado. benefício encaminhado às instituições financei-
ras até que o beneficiário atenda à convocação
§ 7º Para fins do disposto no caput, o INSS para a realização de prova de vida, permitida a
poderá realizar recenseamento para atualização liberação do pagamento automaticamente pela
do cadastro dos beneficiários e verificação dos instituição financeira.
benefícios administrados pelo INSS, observado
o disposto nos incisos III, IV e V do § 8º. § 8º-A A prova de vida para quem reside no
exterior, a ser encaminhada obrigatoriamente ao
§ 8º Aqueles que receberem benefícios realiza- INSS, deverá ser realizada nas embaixadas ou
rão anualmente a comprovação de vida nas insti- nos consulados brasileiros no exterior ou por
tuições financeiras, por meio de atendimento ele- meio de apostilamento de documento definido
trônico com uso de biometria ou por outro meio pelo INSS para esse fim.
definido pelo INSS que assegure a identificação do
beneficiário, observadas as seguintes disposições: § 9º O recurso de que trata o § 5º não terá
efeito suspensivo.
I - a prova de vida e a renovação de senha
serão efetuadas por aquele que receber o be- § 10. Apurada irregularidade recorrente ou
nefício, que deverá ser identificado por funcio- fragilidade nos procedimentos, reconhecida na
nário da instituição, quando realizadas nas ins- forma prevista no caput ou pelos órgãos de con-
tituições financeiras; trole, os procedimentos de análise e concessão
de benefícios serão revistos, de modo a reduzir o
II - o representante legal ou o procurador do risco de fraude e concessão irregular.
beneficiário, legalmente cadastrado no INSS, po-
derá realizar a prova de vida no INSS ou na ins- § 11. Para fins do disposto no § 8º, preserva-
tituição financeira responsável pelo pagamento; dos o sigilo e a integridade dos dados, o INSS:

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Direito Previdenciário

I - terá acesso aos dados biométricos mantidos de 14 de agosto de 2018, o INSS terá acesso aos
e administrados pelos órgãos públicos federais; e dados necessários para a análise, a concessão,
a revisão e a manutenção de benefícios por ele
II - poderá ter, por meio de convênio, acesso administrados, em especial aos dados:
aos dados biométricos hospedados em sistemas:
I - dos registros e dos prontuários eletrônicos
a) da Justiça Eleitoral; e do SUS, administrados pelo Ministério da Saúde;

b) de outros entes federativos.” (NR) II - dos documentos médicos mantidos por


entidades públicas e privadas, e, no caso destas
“Art. 179-A. O INSS implementará e manterá últimas, será necessária a celebração de convê-
processo administrativo eletrônico para requeri- nio para que o acesso seja garantido; e
mento de benefícios e serviços e disponibilizará
canais eletrônicos de atendimento. III - de movimentação das contas do FGTS,
mantidas pela Caixa Econômica Federal.
§ 1º O INSS facilitará o requerimento, a conces-
são, a manutenção e a revisão de benefícios por § 1º Para fins do cumprimento do disposto no
meio eletrônico e implementará procedimentos caput, serão preservados o sigilo e a integridade
automatizados de atendimento e prestação de ser- dos dados acessados pelo INSS, eventualmente
viços por meio telefônico ou por canais remotos. existentes, e, quanto aos dados dos prontuários
eletrônicos do SUS e dos documentos médicos
§ 2º Poderão ser celebrados acordos de coo- mantidos por entidades públicas e privadas, o
peração, na modalidade de adesão, com órgãos acesso será franqueado exclusivamente aos pe-
e entidades da União, dos Estados, do Distrito ritos médicos federais designados pelo INSS.
Federal e dos Municípios, para o recebimento
de documentos e o apoio administrativo às ativi- § 2º O Ministério da Economia terá acesso às
dades do INSS que demandem a prestação de bases de dados geridas ou administradas pelo
serviços presenciais. INSS, incluída a folha de pagamento de benefí-
cios detalhada.
§ 3º A implementação de serviços eletrônicos
pelo INSS preverá mecanismos de controle pre- § 3º As bases de dados e as informações de
ventivos de fraude e de identificação segura do que tratam o caput e o § 1º poderão ser compar-
cidadão.” (NR) tilhadas com os regimes próprios de previdên-
cia social somente para fins de cumprimento de
“Art. 179-B. No exercício de suas competên- suas competências relacionadas à recepção, à
cias, observado o disposto nos incisos XI e XII do análise, à concessão, à revisão e à manutenção
caput do art. 5º da Constituição e na Lei nº 13.709, de benefícios por eles administrados, preserva-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

dos o sigilo e a integridade dos dados, na forma qualidade dos dados e de segurança de intero-
disciplinada em ato conjunto do Secretário Es- perabilidade de bases governamentais, e efetu-
pecial de Previdência e Trabalho do Ministério da ará a sua integração, inclusive com as bases de
Economia e do gestor dos dados. dados e informações dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, com o objetivo de ate-
§ 4º Fica dispensada a celebração de con- nuar riscos e inconformidades em pagamentos
vênio, acordo de cooperação técnica ou instru- de benefícios sociais.” (NR)
mentos congêneres para a concessão do acesso
aos dados de que trata o caput quando se tratar “Art. 179-E. Os benefícios administrados pelo
de dados hospedados por órgãos da administra- INSS que forem objeto de apuração de irregu-
ção pública federal e caberá ao INSS a respon- laridade ou fraude pela Coordenação-Geral de
sabilidade de arcar com os custos envolvidos, Inteligência Previdenciária e Trabalhista da Se-
quando houver, para o acesso ou a extração dos cretaria Especial de Previdência e Trabalho do
dados, exceto quando estabelecido de forma di- Ministério da Economia poderão ter o respectivo
versa entre os órgãos envolvidos. valor bloqueado cautelarmente pelo INSS, por
meio de decisão fundamentada, quando houver
§ 5º As solicitações de acesso a dados hos- risco iminente de prejuízo ao erário e restarem
pedados por entidades privadas têm caracte- evidenciados elementos suficientes que indi-
rística de requisição, dispensados a celebração quem a existência de irregularidade ou fraude na
de convênio, acordo de cooperação técnica ou sua concessão ou manutenção, hipótese em que
instrumentos congêneres para a concessão do será facultado ao titular a apresentação de defe-
acesso aos dados de que trata o caput e o res- sa, nos termos do disposto neste Regulamento.
sarcimento de eventuais custos, vedado o com-
partilhamento dos referidos dados com outras § 1º Para fins do disposto neste artigo, o blo-
entidades de direito privado.” (NR) queio do valor do benefício consiste no coman-
do bancário que impossibilita temporariamente
“Art. 179-C. O servidor responsável pela aná- a movimentação do valor referente ao benefício.
lise dos pedidos dos benefícios motivará suas
decisões ou opiniões técnicas e responderá pes- § 2º Será dada prioridade à tramitação de
soalmente apenas nas hipóteses de dolo e de processo no qual seja requerido o bloqueio do
erro grosseiro.” (NR) valor do benefício.

“Art. 179-D. A administração pública federal § 3º Na hipótese prevista no § 2º, a tramitação


desenvolverá ações de segurança da informação do processo deverá ser concluída no prazo de
e das comunicações, incluídas as de segurança trinta dias, contado da data de apresentação da
cibernética, de segurança das infraestruturas, de defesa pelo titular do benefício.

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Direito Previdenciário

§ 4º Encerrado o prazo de que trata o § 3º, in- “Art. 181-D. Se mais vantajoso, fica assegu-
dependentemente de concluída a tramitação do rado o direito à aposentadoria, nas condições
processo, o benefício será desbloqueado automa- legalmente previstas na data do cumprimento de
ticamente, ressalvada a hipótese prevista no § 5º. todos os requisitos ao segurado que tiver optado
por permanecer em atividade.
§ 5º Na hipótese de o titular do benefício não
apresentar defesa, o bloqueio será convertido § 1º Para fins do disposto no caput, o valor ini-
automaticamente em suspensão do benefício. cial da aposentadoria, apurado conforme as re-
gras vigentes na data em que todos os requisitos
§ 6º Ato conjunto da Secretaria Especial de tiverem sido cumpridos, será comparado com o
Previdência e Trabalho do Ministério da Econo- valor da aposentadoria calculada na data de entra-
mia e do INSS disciplinará os procedimentos, da do requerimento, hipótese em que será manti-
os requisitos e a forma de encaminhamento das do o benefício mais vantajoso e será considerada
apurações de irregularidade ou fraude e de efeti- como data de início do benefício a data de entrada
vação do bloqueio de que trata este artigo.” (NR) do requerimento, observado o disposto no art. 52.

“Art. 181-B. As aposentadorias concedidas pela § 2º A renda mensal inicial, apurada na forma
previdência social são irreversíveis e irrenunciáveis. prevista no § 1º, será reajustada pelos índices
de reajustamento aplicados aos benefícios até
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica à a data de entrada do requerimento e não será
concessão de aposentadoria por incapacida- devido qualquer pagamento relativamente a pe-
de permanente. ríodo anterior a essa data.” (NR)

§ 2º O segurado poderá desistir do seu pedido “Art. 181-E. Para fins do disposto neste Re-
de aposentadoria desde que manifeste essa inten- gulamento, considera-se ano civil o período de
ção e requeira o arquivamento definitivo do pedi- doze meses contados de 1º de janeiro a 31 de
do antes da ocorrência de um dos seguintes atos: dezembro do respectivo ano.” (NR)

I - recebimento do primeiro pagamento do “Art. 182. A carência das aposentadorias por


benefício; ou idade, tempo de contribuição e especial de que
tratam os art. 188-H ao art. 188-P para os se-
II - efetivação do saque do FGTS ou do PIS. gurados inscritos na previdência social urbana
até 24 de julho de 1991 e para os trabalhadores
§ 3º O disposto no caput não impede a cessa- e empregadores rurais amparados pela previ-
ção dos benefícios não acumuláveis por força de dência social rural obedecerá à seguinte tabe-
disposição legal ou constitucional.” (NR) la, considerado o ano em que o segurado tiver

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

implementado todas as condições necessárias § 2º O segurado que, até 16 de dezembro de


à obtenção do benefício, ressalvada a aposen- 1998, tenha cumprido os requisitos para obter a
tadoria por idade, para a qual será considerado aposentadoria proporcional somente fará jus ao
o ano em que o segurado tiver implementado a acréscimo de cinco por cento a que se refere o §
idade exigida: 4º do art. 188 se cumprir o requisito previsto no
inciso I do caput do art. 188.” (NR)
...............................................................” (NR)
“Art. 187-A. O professor que tenha exercido
“Art. 183-A. .................................................... atividade de magistério, em qualquer nível, e que
até 16 de dezembro de 1998 não tenha imple-
§ 1º O disposto no inciso I do caput aplica-se mentado as condições para aposentadoria por
ao trabalhador rural que se enquadre na catego- tempo de serviço de professor, poderá ter con-
ria de segurado contribuinte individual que com- tado esse tempo até aquela data acrescido de
provar a prestação de serviço de natureza rural, dezessete por cento, se homem, e de vinte por
em caráter eventual, a uma ou mais empresas, cento, se mulher, se optar pela aposentadoria
sem relação de emprego. transitória por tempo de contribuição, desde que
cumpridos trinta e cinco anos de contribuição,
§ 2º Para fins do disposto no inciso I do caput, se homem, e trinta anos, se mulher, exclusiva-
a comprovação do tempo de contribuição até 31 mente em funções de magistério.” (NR)
de dezembro de 2010 do empregado rural e do
contribuinte individual rural ocorrerá por meio “Art. 188. Ao segurado filiado ao RGPS até
dos documentos de que trata o § 1º do art. 19-B 16 de dezembro de 1998, uma vez cumprido o
ou por justificação administrativa.” (NR) período de carência exigido, será assegurada, a
qualquer tempo, a aposentadoria com valores
“Art. 187. ........................................................ proporcionais ao tempo de contribuição, quan-
do cumpridos, cumulativamente, até 13 de no-
§ 1º Quando da concessão de aposentadoria vembro de 2019, os seguintes requisitos:
nos termos previstos no caput, o tempo de ser-
viço será considerado até 16 de dezembro de ........................................................................
1998 e a renda mensal inicial será calculada com
base nos trinta e seis últimos salários de contri- § 2º Para o segurado que tenha cumprido os
buição anteriores àquela data, reajustada pelos requisitos a que se refere o caput até 28 de no-
mesmos índices aplicados aos benefícios, até a vembro de 1999, a renda mensal inicial da apo-
data de entrada do requerimento, hipótese em sentadoria será calculada com base nos trinta e
que não será devido qualquer pagamento relati- seis últimos salários de contribuição anteriores
vamente a período anterior, observado, quando àquela data, apurados no período de quarenta e
couber, o disposto no § 9º do art. 32. oito meses, e reajustada pelos mesmos índices

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Direito Previdenciário

aplicados ao benefício a que o segurado fazia ção de magistério na educação infantil, no ensi-
jus, até a data de entrada do requerimento. no fundamental ou no ensino médio:

§ 3º Para o segurado que tenha cumprido os 1. trinta anos de contribuição, se homem; ou


requisitos a que se refere o caput no período
entre 29 de novembro de 1999 e 13 de novem- 2. vinte e cinco anos de contribuição, se mu-
bro de 2019 e que optar pela aposentadoria em lher; e
conformidade com as regras vigentes à época, a
renda mensal inicial será calculada na forma pre- b) para os demais segurados:
vista no art. 188-E e reajustada pelos mesmos
índices aplicados aos benefícios do RGPS, até a 1. trinta e cinco anos de contribuição, se ho-
data de entrada do requerimento. mem; e

§ 4º O valor da renda mensal da aposentado- 2. trinta anos de contribuição, se mulher; ou


ria proporcional será equivalente a setenta por
cento da média apurada na forma prevista nos § III - no caso de aposentadoria especial - quin-
2º e § 3º, acrescida de cinco pontos percentuais ze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição,
por ano de contribuição que supere a soma a conforme o caso, para os segurados sujeitos a
que se refere o inciso II do caput, até o limite de condições especiais que prejudiquem a sua saú-
cem por cento.” (NR) de ou a sua integridade física.

“Art. 188-A. Será assegurada a concessão de § 5º O valor da renda mensal da aposenta-


aposentadoria, a qualquer tempo, ao segurado do doria concedida na forma prevista neste artigo
RGPS, inclusive o oriundo de regime próprio de será apurado na data de 13 de novembro de
previdência social, que, até 13 de novembro de 2019, em conformidade com o disposto nos art.
2019, uma vez cumprido o período de carência 188-E e art. 188-F, e reajustado pelos mesmos
exigido, tenha cumprido os seguintes requisitos: índices aplicados ao benefício até a data do re-
querimento.” (NR)
I - no caso de aposentadoria por idade - ses-
senta e cinco anos de idade, se homem, e ses- “Art. 188-E. O salário de benefício a ser utiliza-
senta anos de idade, se mulher; do para apuração do valor da renda mensal dos
benefícios concedidos com base em direito ad-
II - no caso de aposentadoria por tempo de quirido até 13 de novembro de 2019 consistirá:
contribuição:
I - para as aposentadorias por idade e por
a) para os professores que comprovem tem- tempo de contribuição, na média aritmética
po de efetivo exercício exclusivamente em fun- simples dos maiores salários de contribuição

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

correspondentes a oitenta por cento de todo o a = alíquota de contribuição correspondente


período contributivo, multiplicada pelo fator pre- a 0,31.
videnciário; e
§ 3º Para fins do disposto no § 2º, a expecta-
II - para as aposentadorias por invalidez e tiva de sobrevida do segurado na idade da apo-
especial, auxílio-doença e auxílio-acidente, na sentadoria será obtida a partir da tábua completa
média aritmética simples dos maiores salários de mortalidade construída pelo IBGE para toda
de contribuição correspondentes a oitenta por a população brasileira, considerada a média na-
cento de todo o período contributivo. cional única para ambos os sexos.

§ 1º No caso das aposentadorias por idade, § 4º Os benefícios previdenciários requeri-


por tempo de contribuição e especial, o divisor dos a partir da data de publicação da tábua de
considerado no cálculo da média a que se re- mortalidade considerarão a nova expectativa
ferem os incisos I e II do caput não poderá ser de sobrevida.
inferior a sessenta por cento do período decor-
rido da competência julho de 1994 até a data de § 5º Para efeito da aplicação do fator previ-
início do benefício, limitado a cem por cento de denciário, ao tempo de contribuição do segura-
todo o período contributivo. do serão adicionados:

§ 2º O fator previdenciário a que se refere o I - cinco anos, se mulher; ou


inciso I do caput será calculado com base na
idade, na expectativa de sobrevida e no tempo II - no caso de professores que comprovem
de contribuição do segurado ao se aposentar, tempo de efetivo exercício exclusivamente em
por meio da seguinte a fórmula: função de magistério na educação infantil, no
ensino fundamental ou no ensino médio:
Em que:
a) cinco anos, se homem; e
f = fator previdenciário;
b) dez anos, se mulher.
Es = expectativa de sobrevida no momento
da aposentadoria; § 6º Fica garantida a aplicação do fator pre-
videnciário no cálculo das aposentadorias por
Tc = tempo de contribuição até o momento tempo de contribuição e por idade devidas ao
da aposentadoria; segurado com deficiência, se resultar em renda
mensal de valor mais elevado, hipótese em que
Id = idade no momento da aposentadoria; e caberá ao INSS, quando da concessão do bene-

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259
Direito Previdenciário

fício, proceder ao cálculo da renda mensal inicial b) igual ou superior a oitenta e seis pontos, se
com e sem a aplicação do fator previdenciário. mulher, observado o tempo mínimo de contribui-
ção de trinta anos.
§ 7º Fica garantido ao segurado com direito
à aposentadoria por idade na forma do dis- § 9º Para fins de aplicação do disposto no
posto no art. 188-H a opção pela não aplica- caput e no § 8º, o tempo mínimo de contribuição
ção do fator previdenciário e caberá ao INSS, dos professores que comprovarem tempo de
quando da concessão do benefício, proceder efetivo exercício exclusivamente em função de
ao cálculo da renda mensal inicial com e sem magistério na educação infantil, no ensino fun-
o fator previdenciário. damental ou no ensino médio será de trinta anos
de contribuição, se homem, e vinte e cinco anos
§ 8º O segurado que tiver cumprido os requi- de contribuição, se mulher.
sitos para a aposentadoria por tempo de contri-
buição poderá optar pela não incidência do fator § 10. Na hipótese prevista no § 9º, ao resultado
previdenciário no cálculo de sua aposentadoria da soma da idade do professor e de seu tempo de
se o total resultante da soma de sua idade e de contribuição serão acrescidos cinco pontos.” (NR)
seu tempo de contribuição, incluídas as frações,
tiver atingido o número de pontos: “Art. 188-F. A renda mensal do benefício con-
cedido ao segurado de que trata o art. 188-A
I - a partir de 5 de novembro de 2015 até 30 será calculada sobre o salário de benefício, apu-
de dezembro de 2018: rado na forma prevista no art. 188-E, ao qual se-
rão aplicados os seguintes percentuais:
a) igual ou superior a noventa e cinco pontos,
se homem, observado o tempo mínimo de con- I - no caso de aposentadoria por idade - se-
tribuição de trinta e cinco anos; ou tenta por cento do salário de benefício, mais um
ponto percentual por grupo de doze contribui-
b) igual ou superior a oitenta e cinco pontos, ções mensais, até o máximo de trinta por cento;
se mulher, observado o tempo mínimo de contri-
buição de trinta anos; e II - no caso de aposentadoria por tempo de
contribuição:
II - de 31 de dezembro de 2018 até 31 de de-
zembro de 2019: a) cem por cento do salário de benefício aos
trinta anos de contribuição, se mulher;
a) igual ou superior a noventa e seis pontos,
se homem, observado o tempo mínimo de con- b) cem por cento do salário de benefício aos
tribuição de trinta e cinco anos; ou trinta e cinco anos de contribuição, se homem; e

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260
Atualização Legislativa | Junho de 2020

c) no caso de professores que comprovem convicção filosófica ou política, para se eximirem


tempo de efetivo exercício exclusivamente em de atividades de caráter militar;
função de magistério na educação infantil, no
ensino fundamental ou no ensino médio: II - o tempo em que o anistiado político este-
ve compelido ao afastamento de suas atividades
1. cem por cento do salário de benefício aos profissionais, em decorrência de punição ou de
vinte e cinco anos de contribuição, se mulher; e fundada ameaça de punição, por motivo exclusi-
vamente político, situação que será comprovada
2. cem por cento do salário de benefício aos nos termos do disposto na Lei nº 10.559, de 13
trinta anos de contribuição, se homem; e de novembro de 2002;

III - no caso de aposentadoria especial - cem III - o tempo de serviço público federal, es-
por cento do salário de benefício. tadual, distrital ou municipal, inclusive aquele
prestado a autarquia, sociedade de economia
Parágrafo único. Para fins de cálculo do per- mista ou fundação instituída pelo Poder Públi-
centual de acréscimo de que trata o inciso I do co, regularmente certificado na forma prevista na
caput, presume-se como efetivado o recolhi- Lei nº 3.841, de 15 de dezembro de 1960, desde
mento correspondente quando se tratar de se- que a certidão tenha sido requerida na entidade
gurado empregado, empregado doméstico ou para a qual o serviço tenha sido prestado até 30
trabalhador avulso.” (NR) de setembro de 1975, data imediatamente ante-
rior ao início da vigência da Lei nº 6.226, de 14
“Art. 188-G. O tempo de contribuição até 13 de junho de 1975;
de novembro de 2019 será contado de data a
data, desde o início da atividade até a data do IV - o tempo de serviço do segurado trabalhador
desligamento, considerados, além daqueles re- rural anterior à competência novembro de 1991;
feridos no art. 19-C, os seguintes períodos:
V - o tempo de exercício de mandato classis-
I - o tempo de serviço militar, exceto se já ta junto a órgão de deliberação coletiva em que,
contado para inatividade remunerada nas Forças nessa qualidade, tenha havido contribuição para
Armadas ou auxiliares ou para aposentadoria a previdência social;
no serviço público federal, estadual, distrital ou
municipal, ainda que anterior à filiação ao RGPS, VI - o tempo de serviço prestado à Justiça
obrigatório, voluntário ou alternativo, assim con- dos Estados, às serventias extrajudiciais e às es-
siderado o tempo atribuído pelas Forças Arma- crivanias judiciais, desde que não tenha havido
das àqueles que, após o alistamento, alegaram remuneração pelo erário e que a atividade não
imperativo de consciência, entendido como tal estivesse, à época, vinculada a regime próprio
aquele decorrente de crença religiosa ou de de previdência social;

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261
Direito Previdenciário

VII - o tempo de atividade dos auxiliares lo- II - quinze anos de contribuição, para ambos
cais de nacionalidade brasileira no exterior am- os sexos; e
parados pela Lei nº 8.745, de 9 de dezembro
de 1993, anteriormente a 1º de janeiro de 1994, III - carência de cento e oitenta contribuições
desde que a sua situação previdenciária esteja mensais, para ambos os sexos.
regularizada no INSS;
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, serão
VIII - o tempo de contribuição efetuado pelo acrescidos seis meses a cada ano à idade con-
servidor público de que tratam as alíneas “i”, “j” siderada mínima para a aposentadoria por idade
e “l” do inciso I do caput do art. 9º e o § 2º do para as mulheres até atingir sessenta e dois anos
art. 26, com fundamento do disposto nos art. de idade.
8º e art. 9º da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de
1991, e no art. 2º da Lei nº 8.688, de 21 de julho § 2º A data do início da aposentadoria de que
de 1993; e trata este artigo será estabelecida em conformi-
dade com o disposto no art. 52.
IX - o tempo exercido na condição de aluno-
-aprendiz referente ao período de aprendizado § 3º O valor da aposentadoria de que trata
profissional realizado em escola técnica, desde este artigo corresponderá a sessenta por cento
que comprovados a remuneração pelo erário, do salário de benefício definido na forma pre-
mesmo que indireta, e o vínculo empregatício. vista no art. 32, com acréscimo de dois pontos
percentuais para cada ano de contribuição que
Parágrafo único. O tempo de contribuição de exceder o tempo de vinte anos de contribuição,
que trata este artigo será considerado para fins para os homens, e de quinze anos de contribui-
de cálculo do valor da renda mensal de qualquer ção, para as mulheres.” (NR)
benefício.” (NR)
“Art. 188-I. Ressalvado o direito de opção pe-
“Art. 188-H. Ressalvado o direito de opção las aposentadorias de que tratam os art. 51, art.
pelas aposentadorias de que tratam os art. 51, 188-H, art. 188-J, art. 188-K e art. 188-L, obser-
art. 188-I, art. 188-J, art. 188-K e art. 188-L, a vado o disposto no art. 199-A, a aposentadoria
aposentadoria por idade será devida, a qualquer por tempo de contribuição será devida, a qual-
tempo, ao segurado filiado ao RGPS até 13 de quer tempo, ao segurado filiado ao RGPS até 13
novembro de 2019 que cumprir, cumulativamen- de novembro de 2019 que cumprir cumulativa-
te, os seguintes requisitos: mente, os seguintes requisitos :

I - sessenta anos de idade, se mulher, e ses- I - trinta anos de contribuição, se mulher, e


senta e cinco anos de idade, se homem; trinta e cinco anos de contribuição, se homem;

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262
Atualização Legislativa | Junho de 2020

II - somatório da idade e do tempo de con- II - trinta anos de contribuição, se mulher, e


tribuição, incluídas as frações, equivalente a oi- trinta e cinco anos de contribuição, se homem; e
tenta e seis pontos, se mulher, e noventa e seis
pontos, se homem; e III - carência de cento e oitenta contribuições
mensais, para ambos os sexos.
III - carência de cento e oitenta contribuições
mensais, para ambos os sexos. § 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, serão
acrescidos seis meses a cada ano à idade conside-
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, será rada mínima para aposentadoria por tempo de con-
acrescido um ponto a cada ano ao somatório tribuição até atingir sessenta e dois anos, para as
considerado mínimo, a que se refere o inciso II mulheres, e sessenta e cinco anos, para os homens.
do caput, até atingir o limite de cem pontos, se
mulher, e de cento e cinco pontos, se homem. § 2º A data do início da aposentadoria de que
trata este artigo será estabelecida em conformi-
§ 2º A idade e o tempo de contribuição serão dade com o disposto no art. 52.
apurados em dias para o cálculo do somatório
de pontos a que se refere o inciso II do caput. § 3º O valor da aposentadoria concedida em con-
formidade com o disposto neste artigo será apura-
§ 3º A data do início da aposentadoria de que do na forma prevista no § 3º do art. 188-H.”(NR)
trata este artigo será estabelecida em conformi-
dade com o disposto no art. 52. “Art. 188-K. Ressalvado o direito de opção
pelas aposentadorias de que tratam os art. 51,
§ 4º O valor da aposentadoria de que trata art. 188-H, art. 188-I, art. 188-J e art. 188-L, ob-
este artigo será apurado na forma prevista no § servado o disposto no art. 199-A, a aposenta-
3º do art. 188-H.”(NR) doria por tempo de contribuição será devida, a
qualquer tempo, ao segurado filiado ao RGPS
“Art. 188-J. Ressalvado o direito de opção até 13 de novembro de 2019 que contar com
pelas aposentadorias de que tratam os art. 51, mais de vinte e oito anos de contribuição, se mu-
art. 188-H, art. 188-I, art. 188-K e art. 188-L, lher, e com mais de trinta e três anos de contri-
observado o disposto no art. 199-A, a aposen- buição, se homem, que cumprir, cumulativamen-
tadoria por tempo de contribuição será devida, te, os seguintes requisitos:
a qualquer tempo, ao segurado filiado ao RGPS
até 13 de novembro de 2019 que cumprir, cumu- I - trinta anos de contribuição, se mulher, e
lativamente, os seguintes requisitos: trinta e cinco anos de contribuição, se homem;

I - cinquenta e seis anos de idade, se mulher, II - cumprimento de período adicional de con-


e sessenta e um anos de idade, se homem; tribuição correspondente a cinquenta por cento

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263
Direito Previdenciário

do tempo que, em 13 de novembro de 2019, fal- III - cumprimento de período adicional de con-
taria para atingir trinta anos de contribuição, se tribuição correspondente ao tempo que, em 13
mulher, e trinta e cinco anos de contribuição, se de novembro de 2019, faltaria para atingir trinta
homem; e anos de contribuição, se mulher, e trinta e cinco
anos de contribuição, se homem; e
III - carência de cento e oitenta contribuições
mensais, para ambos os sexos. IV - carência de cento e oitenta contribuições
mensais, para ambos os sexos.
§ 1º A data do início da aposentadoria de que
trata este artigo será estabelecida em conformi- § 1º A data do início da aposentadoria de que
dade com o disposto no art. 52. trata este artigo será estabelecida em conformi-
dade com o disposto no art. 52.
§ 2º O valor da aposentadoria de que trata
este artigo corresponderá ao valor do salário de § 2º O valor da aposentadoria de que trata
benefício definido na forma prevista no art. 32, este artigo corresponderá a cem por cento do
multiplicado pelo fator previdenciário, calculado salário de benefício definido na forma prevista no
na forma prevista nos § 2º ao § 5º do art. 188-E. art. 32.” (NR)

§ 3º A aplicação do fator previdenciário no cál- “Art. 188-M. Ressalvado o direito de opção


culo do valor da aposentadoria de que trata este pelas aposentadorias de que tratam os art. 51, art.
artigo é obrigatória, observado o disposto no art. 54, art. 188-H ao art. 188-L, art. 188-N e art. 188-
32, hipótese em que não se aplica o disposto no O, observado o disposto nos § 2º e § 3º do art. 54,
art. 29-C da Lei nº 8.213, de 1991.” (NR) a aposentadoria por tempo de contribuição será
devida, a qualquer tempo, ao professor filiado ao
“Art. 188-L. Ressalvado o direito de opção RGPS até 13 de novembro de 2019 que compro-
pelas aposentadorias de que tratam os art. 51, var tempo de efetivo exercício exclusivamente em
art. 188-H, art. 188-I, art. 188-J e art. 188-K, a função de magistério na educação infantil, no en-
aposentadoria por tempo de contribuição será sino fundamental ou no ensino médio e que cum-
devida, a qualquer tempo, ao segurado filiado ao prir, cumulativamente, os seguintes requisitos:
RGPS até 13 de novembro de 2019 que cumprir,
cumulativamente, os seguintes requisitos: I - vinte e cinco anos de contribuição, se mu-
lher, e trinta anos de contribuição, se homem;
I - cinquenta e sete anos de idade, se mulher,
e sessenta anos de idade, se homem; II - somatório da idade e do tempo de con-
tribuição, incluídas as frações, equivalente a oi-
II - trinta anos de contribuição, se mulher, e tenta e um pontos, se mulher, e noventa e um
trinta e cinco anos de contribuição, se homem; pontos, se homem; e

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

III - carência de cento e oitenta contribuições II - vinte e cinco anos de contribuição, se mu-
mensais, para ambos os sexos. lher, e trinta anos de contribuição, se homem; e

§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, será III - carência de cento e oitenta contribuições


acrescido um ponto a cada ano ao somatório mensais, para ambos os sexos.
considerado mínimo, a que se refere o inciso II
do caput, até atingir o limite de noventa e dois § 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, se-
pontos, se mulher, e de cem pontos, se homem. rão acrescidos seis meses a cada ano à idade
considerada mínima para aposentadoria por
§ 2º A idade e o tempo de contribuição serão idade até atingir cinquenta e sete anos, para
apurados em dias para o cálculo do somatório as mulheres, e sessenta anos de idade, para
de pontos a que se refere o inciso II do caput. os homens.

§ 3º A data do início da aposentadoria de que § 2º A data do início da aposentadoria de que


trata este artigo será estabelecida em conformi- trata este artigo será estabelecida em conformi-
dade com o disposto no art. 52. dade com o disposto no art. 52.

§ 4º O valor da aposentadoria de que trata § 3º O valor da aposentadoria de que trata


este artigo será apurado na forma prevista no § este artigo será apurado na forma prevista no §
3º do art. 188-H. ” (NR) 3º do art. 188-H.” (NR)

“Art. 188-N. Ressalvado o direito de opção “Art. 188-O. Ressalvado o direito de opção
pelas aposentadorias de que tratam os art. 51, pelas aposentadorias de que tratam os art. 51,
art. 54, art. 188-H ao 188-M e art. 188-O, obser- art. 54 e art. 188-H ao 188-N, observado o dis-
vado o disposto no art. 199-A, a aposentadoria posto nos § 2º e § 3º do art. 54, a aposentadoria
por tempo de contribuição será devida, a qual- por tempo de contribuição será devida, a qual-
quer tempo, ao professor filiado ao RGPS até 13 quer tempo, ao professor filiado ao RGPS até 13
de novembro de 2019 que comprovar tempo de de novembro de 2019 que comprovar tempo de
efetivo exercício exclusivamente em função de efetivo exercício exclusivamente em função de
magistério na educação infantil, no ensino fun- magistério na educação infantil, no ensino fun-
damental ou no ensino médio e cumprir, cumula- damental ou no ensino médio e que cumprir,
tivamente, os seguintes requisitos: cumulativamente, os seguintes requisitos:

I - cinquenta e um anos de idade, se mulher, e I - cinquenta e dois anos de idade, se mulher,


cinquenta e seis anos de idade, se homem; e cinquenta e cinco anos de idade, se homem;

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Direito Previdenciário

II - vinte e cinco anos de contribuição, se mu- II - setenta e seis pontos e vinte anos de efe-
lher, e trinta anos de contribuição, se homem; tiva exposição; ou

III - cumprimento de período adicional de con- III - oitenta e seis pontos e vinte e cinco anos
tribuição correspondente ao tempo que, em 13 de efetiva exposição.
de novembro de 2019, faltaria para atingir vinte
e cinco anos de contribuição, se mulher, e trinta § 1º A idade e o tempo de contribuição serão
anos de contribuição, se homem; e apurados em dias para o cálculo do somatório
de pontos a que se refere o caput.
IV - carência de cento e oitenta contribuições
mensais, para ambos os sexos. § 2º A data do início da aposentadoria de que
trata este artigo será estabelecida em conformi-
§ 1º A data do início da aposentadoria de que dade com o disposto no art. 52.
trata este artigo será estabelecida em conformi-
dade com o disposto no art. 52. § 3º O valor da aposentadoria de que trata este
artigo corresponderá a sessenta por cento do sa-
§ 2º O valor da aposentadoria de que trata lário de benefício definido na forma prevista no art.
este artigo corresponderá a cem por cento do 32, com acréscimo de dois pontos percentuais
salário de benefício definido na forma prevista no para cada ano de contribuição que exceder o tem-
art. 32.” (NR) po de vinte anos de contribuição, exceto na hipó-
tese prevista no inciso I do caput, e das mulheres,
“Art. 188-P. Ressalvado o direito de opção cujo acréscimo será aplicado para cada ano que
pelas aposentadorias de que tratam os art. 51, exceder quinze anos de tempo de contribuição.
art. 64 e art. 188-I ao 188-L, uma vez cumprido
o período de carência exigido, a aposentadoria § 4º A concessão da aposentadoria especial
especial será devida ao segurado empregado, prevista neste artigo dependerá da comprova-
trabalhador avulso e contribuinte individual, este ção, durante os períodos mínimos exigidos:
último somente quando cooperado filiado a coo-
perativa de trabalho ou de produção, filiados ao I - do tempo de trabalho permanente, não
RGPS até 13 de novembro de 2019, quando o ocasional nem intermitente; e
somatório da sua idade e do seu tempo de con-
tribuição e o tempo de efetiva exposição forem, II - da efetiva exposição do segurado a agen-
respectivamente, de: tes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde ou à integridade física, ou a associação
I - sessenta e seis pontos e quinze anos de desses agentes, comprovada na forma prevista
efetiva exposição; nos art. 64 ao art. 68.

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 5º A conversão de tempo de atividade sob III - até a competência abril de 2011, do MEI,
condições especiais em tempo de atividade co- de que trata o § 26 do art. 9o, cuja contribuição
mum aplica-se somente ao trabalho prestado até deverá ser recolhida na forma regulamentada em
13 de novembro de 2019, em conformidade com ato do Comitê Gestor do Simples Nacional.
o disposto na seguinte tabela:
§ 1º A alíquota de contribuição de que trata o
§ 6º A caracterização e a comprovação do caput é de cinco por cento:
tempo de atividade sob condições especiais
obedecerão ao disposto na legislação em vigor à I - a partir da competência maio de 2011, para
época da prestação do serviço.” (NR) o MEI, de que trata o § 26 do art. 9º, cuja con-
tribuição deverá ser recolhida na forma regula-
“Art. 188-Q. Para a aposentadoria por idade mentada em ato do Comitê Gestor do Simples
concedida a pessoa com deficiência, será asse- Nacional; e
gurada, exclusivamente para fins de cálculo do
valor da renda mensal, a conversão do período II - a partir da competência setembro de 2011,
de exercício de atividade sujeito a condições es- para o segurado facultativo sem renda própria
peciais que prejudiquem a sua saúde ou a sua que se dedique exclusivamente ao trabalho do-
integridade física, cumprido na condição de méstico no âmbito de sua residência, desde que
pessoa com deficiência até 13 de novembro de pertencente a família de baixa renda, observado
2019, vedado o cômputo do tempo convertido o disposto no § 5º.
para fins de carência.” (NR)
§ 2º O segurado, inclusive aquele com defici-
“Art. 198. A contribuição do segurado em- ência, que tenha contribuído na forma do caput
pregado, inclusive o doméstico, e do trabalha- e do § 1º e pretenda contar o tempo de contri-
dor avulso é calculada por meio da aplicação da buição correspondente para fins de obtenção de
alíquota correspondente, de forma progressiva, aposentadoria por tempo de contribuição ou de
sobre o seu salário de contribuição mensal, ob- contagem recíproca do tempo de contribuição
servado o disposto no art. 214, de acordo com deverá complementar a contribuição mensal.
a seguinte tabela, com vigência a partir de 1º de
março de 2020: § 3º A complementação de que trata o § 2º
será feita por meio do recolhimento da diferença
...............................................................” (NR) entre o percentual pago e o de vinte por cento
sobre o valor correspondente ao limite mínimo
“Art. 199-A. .................................................... mensal do salário de contribuição em vigor na
competência a ser complementada, acrescido
II - do segurado facultativo, observado o dis- dos juros moratórios de que trata o § 3º do art.
posto no inciso II do § 1º; e 5º da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

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267
Direito Previdenciário

§ 4º A contribuição complementar referida registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária


nos § 2º e § 3º será exigida a qualquer tempo, e Abastecimento que se dedique ao comércio
sob pena do indeferimento ou do cancelamento de sementes e mudas no País.
da certidão emitida para fins de contagem recí-
proca ou da aposentadoria por tempo de contri- § 12. O produtor rural pessoa física poderá
buição, observado o disposto no art. 347-A. optar por contribuir na forma prevista no caput
deste artigo ou na forma prevista no inciso I do
§ 5º Para fins do disposto no inciso II do § 1º, caput do art. 201 e no art. 202, hipótese em que
considera-se de baixa renda a família inscrita no deverá manifestar a sua opção por meio do pa-
Cadastro Único para Programas Sociais do Go- gamento da contribuição incidente sobre a folha
verno Federal - CadÚnico cuja renda mensal seja de salários relativa a janeiro de cada ano-calen-
de até dois salários-mínimos. dário ou à primeira competência subsequente ao
início da atividade rural.
§ 6º O segurado facultativo que auferir renda
própria não poderá recolher contribuição na for- § 13. A opção de contribuição de que trata o
ma prevista no § 1º, exceto se a renda for prove- § 12 será irretratável para todo o ano-calendá-
niente, exclusivamente, de auxílios assistenciais rio.” (NR)
de natureza eventual e temporária e de valores
oriundos de programas sociais de transferência “Art. 201. ........................................................
de renda, observado o disposto no § 5º.” (NR)
IV - um inteiro e sete décimos por cento sobre
“Art. 200. ………………………….................... o total da receita bruta proveniente da comerciali-
zação da produção rural, em substituição às con-
I - um inteiro e dois décimos por cento; e tribuições previstas no inciso I do caput e no art.
202, quando se tratar de pessoa jurídica que tenha
………..….……………………………………..... como fim apenas a atividade de produção rural.

§ 11. Não integram a base de cálculo da con- ………………………………………..................


tribuição de que trata o caput a produção ru-
ral destinada ao plantio ou ao reflorestamento § 2º Para fins do disposto no inciso II do
nem o produto animal destinado à reprodução caput, integra a remuneração a bolsa de estudos
ou à criação pecuária ou granjeira e à utilização paga ou creditada ao médico-residente partici-
como cobaia para fins de pesquisas científicas, pante do programa de residência médica de que
quando vendido pelo próprio produtor a quem o trata o art. 4º da Lei nº 6.932, de 1981.
utilize diretamente com essas finalidades e, no
caso de produto vegetal, a pessoa ou entidade ……………………………………………………

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 4º Na contratação de serviços de transporte reprodução ou à criação pecuária ou granjeira e


rodoviário de carga ou de passageiro ou de servi- à utilização como cobaia para fins de pesquisas
ços prestados com a utilização de trator, máquina científicas, quando vendido pelo próprio produ-
de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados tor a quem o utilize diretamente com essas fina-
a base de cálculo da contribuição da empresa lidades e, no caso de produto vegetal, a pessoa
corresponde a vinte por cento do valor registra- ou entidade registrada no Ministério da Agricul-
do na nota fiscal, na fatura ou no recibo, quan- tura, Pecuária e Abastecimento que se dedique
do esses serviços forem prestados sem vínculo ao comércio de sementes e mudas no País.
empregatício por condutor autônomo de veículo
rodoviário, auxiliar de condutor autônomo de ve- § 25. O empregador rural pessoa jurídica po-
ículo rodoviário, inclusive por taxista e motorista derá optar por contribuir na forma prevista no
de transporte remunerado privado individual de inciso I do caput deste artigo e no caput do art.
passageiros, e operador de máquinas. 202 ou na forma prevista no inciso IV do caput
deste artigo e no § 8º do art. 202, hipótese em
…………………………………………………… que deverá manifestar a sua opção por meio do
pagamento da contribuição incidente sobre a fo-
§ 15. Para fins do disposto no inciso IV do lha de salários relativa a janeiro de cada ano-ca-
caput e no § 8º do art. 202, considera-se receita lendário ou à primeira competência subsequente
bruta o valor recebido ou creditado pela comer- ao início da atividade rural.
cialização da produção, assim entendida a opera-
ção de venda ou consignação, observadas as dis- § 26. A opção de contribuição de que trata o
posições constantes dos § 5º e § 11 do art. 200. § 25 será irretratável para todo o ano-calendário.

........................................................................ § 27. A empresa contratante de serviços de


hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, car-
§ 23. Nos contratos de trabalho intermitente, pintaria e manutenção ou reparo de veículos,
a empresa recolherá as contribuições previden- executados por intermédio de MEI, mantém, em
ciárias da empresa e do empregado e o valor de- relação a essa contratação, a obrigatoriedade de
vido ao FGTS, o qual será calculado com base recolhimento da contribuição a que se referem o
nos valores pagos no período mensal, e fornece- inciso II do caput e o § 6º.” (NR)
rá ao empregado o comprovante de cumprimen-
to dessas obrigações. “Art. 202. ………….........................................

§ 24. Não integram a base de cálculo da § 3º Considera-se preponderante a atividade


contribuição de que trata o inciso IV do caput a que ocupa, em cada estabelecimento da empre-
produção rural destinada ao plantio ou ao reflo- sa, o maior número de segurados empregados e
restamento nem o produto animal destinado à de trabalhadores avulsos.

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Direito Previdenciário

§ 3º-A Considera-se estabelecimento da em- -acidente, aposentadoria por incapacidade per-


presa a dependência, matriz ou filial, que tenha manente, pensão por morte e morte de natureza
número de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídi- acidentária, aos quais são atribuídos pesos dife-
ca - CNPJ próprio e a obra de construção civil rentes em razão da gravidade da ocorrência, da
executada sob sua responsabilidade. seguinte forma:

………...............................................…...”(NR) a) pensão por morte e morte de natureza aci-


dentária - peso de cinquenta por cento;
“Art. 202-A. As alíquotas a que se refere o
caput do art. 202 serão reduzidas em até cin- b) aposentadoria por incapacidade perma-
quenta por cento ou aumentadas em até cem nente - peso de trinta por cento; e
por cento em razão do desempenho da empre-
sa, individualizada pelo seu CNPJ em relação à c) auxílio por incapacidade temporária e auxí-
sua atividade econômica, aferido pelo Fator Aci- lio-acidente - peso de dez por cento para cada; e
dentário de Prevenção - FAP.
III - para o índice de custo, os valores dos be-
§ 1º O FAP consiste em multiplicador variá- nefícios de natureza acidentária pagos ou devi-
vel em um intervalo contínuo de cinco décimos dos pela previdência social.
a dois inteiros aplicado à respectiva alíquota,
considerado o critério de truncamento na quarta § 5º O Ministério da Economia publicará,
casa decimal. anualmente, no Diário Oficial da União, portaria
para disponibilizar consulta ao FAP e aos róis
§ 2º Para fins da redução ou da majoração a dos percentis de frequência, gravidade e custo
que se refere o caput, o desempenho da empre- por subclasse da Classificação Nacional de Ati-
sa, individualizada pelo seu CNPJ será discrimi- vidades Econômicas.
nado em relação à sua atividade econômica, a
partir da criação de índice composto pelos índi- ........................................................................
ces de gravidade, de frequência e de custo que
pondera os respectivos percentis. § 8º O FAP será calculado a partir de 1º de janei-
ro do ano seguinte àquele ano em que o estabele-
§ 4º ................................................................. cimento completar dois anos de sua constituição.

I - para o índice de frequência, os registros de § 10. A metodologia aprovada pelo Conselho


acidentes ou benefícios de natureza acidentária; Nacional de Previdência indicará a sistemática
de cálculo e a forma de aplicação de índices
II - para o índice de gravidade, as hipóteses e critérios acessórios à composição do índice
de auxílio por incapacidade temporária, auxílio- composto do FAP.” (NR)

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

“Art. 211. A contribuição previdenciária do IV - oito por cento de contribuição para o FGTS;
empregador doméstico sobre o salário de con-
tribuição do empregado doméstico a seu serviço V - três inteiros e dois décimos por cento de
será de: contribuição para fins de aplicação do disposto
no art. 22 da Lei Complementar nº 150, de 2015; e
I - oito por cento de contribuição patronal; e
VI - quando couber, percentual referente ao
II - oito décimos por cento de contribuição imposto sobre a renda retido na fonte de que tra-
social para financiamento do seguro contra aci- ta o inciso I do caput do art. 7º da Lei nº 7.713,
dentes do trabalho.” (NR) de 22 de dezembro de 1988.

“Art. 211-A. O empregador doméstico não § 1º As contribuições, os depósitos e o im-


poderá contratar o MEI, de que trata o § 26 do posto de que tratam os incisos I ao VI do caput
art. 9º, quando existentes os elementos da rela- incidem sobre a remuneração paga ou devida
ção de emprego doméstico, sob pena de ficar no mês anterior a cada empregado doméstico,
sujeito às obrigações dela decorrentes, inclusive incluída na remuneração a gratificação de natal.
trabalhistas, tributárias e previdenciárias.” (NR)
§ 2º A contribuição e o imposto de que tra-
“Art. 211-B. O Simples Doméstico, instituído tam os incisos I e VI do caput serão descontados
pela Lei Complementar nº 150, de 1º de junho da remuneração do empregado doméstico pelo
de 2015, assegurará o recolhimento mensal por empregador doméstico, que é responsável por
meio de documento único de arrecadação dos seu recolhimento.
seguintes valores:
§ 3º O produto da arrecadação das contribuições,
I - sete inteiros e cinco décimos por cento a dos depósitos e do imposto de que trata o caput
quatorze por cento de contribuição previdenciá- será centralizado na Caixa Econômica Federal.
ria, a cargo do segurado empregado doméstico,
nos termos do disposto no art. 198; § 4º A Caixa Econômica Federal, com base nos
elementos identificadores do recolhimento, dis-
II - oito por cento de contribuição patronal poníveis no sistema do Simples Doméstico, trans-
previdenciária, a cargo do empregador domésti- ferirá para a Conta Única do Tesouro Nacional o
co, nos termos do disposto no art. 211; valor arrecadado das contribuições e do imposto
de que tratam os incisos I, II, III e VI do caput.
III - oito décimos por cento de contribuição
social para financiamento do seguro contra aci- § 5º O recolhimento de que trata o caput será
dentes do trabalho, nos termos do disposto no efetuado em instituições financeiras integrantes
art. 211; da rede arrecadadora de receitas federais.

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Direito Previdenciário

§ 6º O empregador doméstico fornecerá, j) ganhos eventuais expressamente desvincu-


mensalmente, ao empregado doméstico cópia lados do salário por força de lei;
do documento a que se refere o caput.
k) licença-prêmio indenizada;
§ 7º O recolhimento mensal, por meio de do-
cumento único de arrecadação, e a exigência das l) outras indenizações, desde que expressa-
contribuições, dos depósitos e do imposto, nos mente previstas em lei; e
valores definidos nos incisos I ao VI do caput,
somente serão devidos a partir da competência m) importâncias, ainda que habituais, pagas
outubro de 2015.” (NR) a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação,
vedado o seu pagamento em dinheiro, e diárias
“Art. 211-C. O empregador doméstico fica para viagem; e
obrigado a pagar a remuneração devida ao em-
pregado doméstico e a arrecadar e a recolher as n) prêmios e abonos;
contribuições, os depósitos e o imposto a que se
referem os incisos I ao VI do caput do art. 211-B VI - a parcela recebida a título de vale-trans-
até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. porte, ainda que paga em dinheiro, na forma da
legislação própria;
§ 1º Os valores a que se referem os incisos I,
II, III e VI do caput do art. 211-B não recolhidos ........................................................................
até a data de vencimento estarão sujeitos à inci-
dência de encargos legais na forma prevista na IX - a importância recebida a título de bolsa
legislação do imposto sobre a renda. de complementação educacional de estagiário,
quando paga nos termos do disposto na Lei nº
§ 2º Os valores a que se referem os incisos IV 11.788, de 2008;
e V do caput referentes ao FGTS não recolhidos
até a data de vencimento serão corrigidos e te- ........................................................................
rão a incidência de multa, observado o disposto
na Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990.” (NR) XVI - o valor relativo à assistência prestada por
serviço médico ou odontológico, próprio ou não,
“Art. 214. ........................................................ inclusive o reembolso de despesas com medi-
camentos, óculos, aparelhos ortopédicos, pró-
§ 9º ................................................................. teses, órteses, despesas médico-hospitalares e
outras similares, mesmo quando concedido em
V - …………………………............................... diferentes modalidades de planos e coberturas;

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

………………………….................................... II - os valores despendidos, ainda que pagos


de forma e em montante diferenciados, em pe-
XIX - o valor relativo a plano educacional ou cúnia ou a título de ajuda de custo de moradia,
bolsa de estudo que vise à educação básica de transporte ou formação educacional, vinculados
empregados e de seus dependentes e, desde exclusivamente à atividade religiosa não configu-
que vinculada às atividades desenvolvidas pela ram remuneração direta ou indireta.
empresa, à educação profissional e tecnológica
de empregados, nos termos do disposto na Lei § 18. Para fins do disposto neste artigo, con-
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, observa- sideram-se prêmios as liberalidades concedidas
dos os seguintes requisitos: pelo empregador em forma de bens, serviços ou
valores em dinheiro a empregado ou a grupo de
a) o valor não ser utilizado em substituição de empregados, em razão de desempenho supe-
parcela salarial; e rior ao ordinariamente esperado no exercício de
suas atividades.
b) o valor mensal do plano educacional ou
da bolsa de estudo, considerado individualmen- ........................................................................
te, não ultrapassar cinco por cento do valor da
remuneração do segurado a que se destina ou § 20. O salário de contribuição do condutor
o valor correspondente a cento e cinquenta por autônomo de veículo rodoviário, inclusive o ta-
cento do valor do limite mínimo mensal do salá- xista e o motorista de transporte remunerado
rio de contribuição, o que for maior; privado individual de passageiros, do auxiliar
de condutor autônomo e do operador de trator,
...................................................................... máquina de terraplanagem, colheitadeira e asse-
melhados, sem vínculo empregatício, a que se
XXVI - o valor correspondente ao vale-cultura. referem os incisos I e II do § 15º do art. 9º, e do
cooperado filiado a cooperativa de transportado-
........................................................................ res autônomos corresponde a vinte por cento do
valor bruto auferido pelo frete, carreto ou trans-
§ 17. Para fins de aplicação do disposto no § 16: porte e não se admite a dedução de qualquer
valor relativo aos dispêndios com combustível e
I - os critérios informadores dos valores des- manutenção do veículo.” (NR)
pendidos pelas entidades religiosas e institui-
ções de ensino vocacional aos ministros de con- “Art. 216. ........................................................
fissão religiosa, membros de vida consagrada,
de congregação ou de ordem religiosa não são VIII - o empregador doméstico fica obrigado a
taxativos e, sim, exemplificativos; e arrecadar a contribuição do segurado empregado

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Direito Previdenciário

doméstico a seu serviço e recolhê-la, além dos camente, para que o limite mínimo mensal do
demais valores de que trata o caput do art. 211-B, salário de contribuição seja alcançado, por meio
até o dia 7 do mês seguinte ao da competência; da opção por:

VIII-A - durante o período da licença-mater- I - complementar a sua contribuição, obser-


nidade da empregada doméstica, o empregador vado que:
doméstico fica obrigado a recolher apenas os
valores de que tratam os incisos II ao V do caput a) o recolhimento da complementação deverá
do art. 211-B; ser efetuado pelo próprio segurado até o dia quinze
do mês seguinte ao da competência de referência
........................................................................ e, após essa data, com incidência dos acréscimos
legais de que tratam os art. 238 e art. 239;
§ 7º Para apuração e constituição dos créditos
a que se refere o § 1º do art. 348, a seguridade b) para o empregado, o empregado doméstico
social utilizará como base de incidência o valor e o trabalhador avulso, a complementação será
da média aritmética simples dos maiores salários efetuada por meio da aplicação da alíquota de
de contribuição correspondentes a oitenta por sete inteiros e cinco décimos por cento, inclusive
cento de todo o período contributivo decorrido para o mês em que exista contribuição concomi-
desde a competência julho de 1994, corrigidos tante na condição de contribuinte individual; e
mês a mês pelos mesmos índices utilizados para
a obtenção do salário de benefício, observado o c) para o contribuinte individual que preste
limite máximo a que se refere o § 5º do art. 214. serviço a empresa, de que trata o § 26, e que
contribua exclusivamente nessa condição, a
§ 7º-A O valor do salário de contribuição men- complementação será efetuada por meio da
sal, calculado na forma prevista no § 7º, sofrerá aplicação da alíquota de vinte por cento;
desindexação para apropriação no CNIS, con-
forme critérios definidos pelo INSS. II - utilizar o valor da contribuição que exceder
o limite mínimo de uma competência em outra,
........................................................................ observado que:

§ 27-A. O segurado que, no somatório de re- a) para efeito de utilização da contribuição,


munerações auferidas no período de um mês, serão considerados os salários de contribuição
receber remuneração inferior ao limite mínimo apurados por categoria, consolidados na com-
mensal do salário de contribuição poderá soli- petência de origem;
citar o ajuste das competências pertencentes ao
mesmo ano civil, na forma por ele indicada, ou b) o salário de contribuição poderá ser utiliza-
autorizar que os ajustes sejam feitos automati- do para complementar uma ou mais competên-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

cias com valor inferior ao limite mínimo, mesmo § 27-B. Para fins do disposto no § 27-A, o va-
que em categoria distinta; lor da contribuição referente ao décimo terceiro
salário não poderá ser utilizado em decorrência
c) poderão ser utilizados valores excedentes do disposto no § 6º do art. 214.
ao limite mínimo do salário de contribuição de
mais de uma competência para compor o salário § 27-C. É vedada a reversão da utilização e do
de contribuição de apenas uma competência; e agrupamento de que trata o § 27-A.

d) utilizado o valor excedente, caso o salá- § 27-D. Caso ocorram eventos posteriores
rio de contribuição da competência favorecida que gerem inconsistências no cálculo da con-
ainda permaneça inferior ao limite mínimo, esse tribuição na competência favorecida por com-
valor poderá ser complementado nos termos do plementação, utilização ou agrupamento, essa
disposto no inciso I; ou competência ficará pendente de regularização.

III - agrupar contribuições inferiores ao limite ........................................................................


mínimo de diferentes competências, para apro-
veitamento em contribuições mínimas mensais, § 31. A cooperativa de trabalho fica obrigada
observado que: a descontar vinte por cento do valor da quota
distribuída ao cooperado contribuinte individual
a) as competências que não atingirem o valor por serviços por ele prestados por seu intermé-
mínimo do salário de contribuição poderão ser dio a empresas, a pessoas físicas e a entidades
agrupadas desde que o resultado do agrupa- em gozo de isenção e recolher o produto dessa
mento não ultrapasse o valor mínimo do salário arrecadação até o dia vinte do mês subsequente
de contribuição; ao da competência a que se referir ou até o dia
útil imediatamente anterior, se não houver expe-
b) na hipótese de o resultado do agrupamen- diente bancário naquele dia.
to ser inferior ao limite mínimo do salário de con-
tribuição, o segurado poderá complementar na § 32. Ficam excluídos da obrigação de des-
forma prevista no inciso I ou utilizar valores exce- contar a contribuição do contribuinte individual
dentes na forma prevista no inciso II; e que lhe preste serviço:

c) as competências em que tenha havido exercí- I - o produtor rural pessoa física;


cio de atividade e tenham sido zeradas em decor-
rência do agrupamento poderão ser objeto de reco- II - o contribuinte individual equiparado a
lhimento pelo segurado, respeitado o limite mínimo. empresa;

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Direito Previdenciário

III - a missão diplomática e a repartição con- tomador de mão de obra, inclusive o titular de
sular de carreiras estrangeiras; e instalação portuária de uso privativo, observadas
as normas estabelecidas pelo INSS.
IV - o proprietário ou dono de obra de cons-
trução civil, quando pessoa física. ...............................................................” (NR)

.....................……………….….….……..……. “Art. 218. A empresa tomadora ou requisi-


tante dos serviços de trabalhador avulso, cuja
§ 35. Na hipótese prevista no § 5º do art. 11, o contratação de pessoal não seja abrangida pelo
segurado contribuirá com a mesma alíquota com disposto na Lei nº 12.815, de 2013, e na Lei nº
a qual vinha contribuindo anteriormente. 9.719, de 1998, é responsável pelo cumprimento
de todas as obrigações previstas neste Regula-
§ 36. A Secretaria Especial da Receita Federal mento, além do preenchimento e da entrega da
do Brasil do Ministério da Economia disponibili- GFIP em relação aos segurados que lhe prestem
zará ao INSS as informações e os registros das serviços, observadas as normas estabelecidas
contribuições referentes ao desconto dos em- pelo INSS.
pregados, inclusive o doméstico, e dos trabalha-
dores avulsos e às complementações previstas ...............................................................” (NR)
no § 27-A para fins de aplicação do disposto no
§ 9º do art. 19 sobre a contagem de tempo de “Art. 221-A. O instituto da responsabilidade
contribuição, inclusive para instrução e revisão solidária não se aplica à administração pública
de direitos e outorga de benefícios. direta, autárquica e fundacional, quando contra-
tante de serviços, inclusive de obra de constru-
§ 37. A complementação, o agrupamento e a ção civil, reforma ou acréscimo, independente-
utilização a que se refere o § 27-A não se apli- mente da forma de contratação.
cam ao contribuinte individual de que tratam os
art. 199 e art. 199-A, cujo salário de contribui- Parágrafo único. A administração pública
ção não poderá ser inferior ao seu limite mínimo contratante de serviços, inclusive de construção
mensal.” (NR) civil executados por meio de cessão de mão de
obra ou empreitada parcial, efetuará a retenção
“Art. 217. Na requisição de mão de obra de prevista no art. 219.” (NR)
trabalhador avulso efetuada em conformida-
de com o disposto na Lei nº 12.815, de 2013, “Art. 222-A. As empresas integrantes de con-
e na Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998, sórcio constituído nos termos do disposto nos
o responsável pelas obrigações previstas neste art. 278 e art. 279 da Lei nº 6.404, de 15 de de-
Regulamento, em relação aos segurados que lhe zembro de 1976, respondem pelas contribuições
prestem serviços, é o operador portuário ou o devidas, em relação às operações praticadas

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

pelo consórcio, na proporção de sua participa- mentos comprobatórios do pagamento de be-


ção no empreendimento. nefícios previdenciários reembolsados até que
ocorra a prescrição relativa aos créditos decor-
§ 1º O consórcio que realizar a contratação, rentes das operações a que os documentos se
em nome próprio, de pessoas jurídicas e físicas, refiram, observados o disposto no § 22 e nas
com ou sem vínculo empregatício, poderá efe- normas estabelecidas pela Secretaria Especial
tuar a retenção das contribuições e cumprir as da Receita Federal do Brasil do Ministério da
respectivas obrigações acessórias, hipótese em Economia e pelo Conselho Curador do Fundo
que as empresas consorciadas serão solidaria- de Garantia do Tempo de Serviço.
mente responsáveis.
........................................................................
§ 2º Na hipótese de a retenção das contribui-
ções ou o cumprimento das obrigações acessó- § 22. A empresa que utiliza sistema de pro-
rias relativas ao consórcio ser realizado por sua cessamento eletrônico de dados para o registro
empresa líder, as empresas consorciadas tam- de negócios e atividades econômicas, escritu-
bém serão solidariamente responsáveis. ração de livros ou produção de documentos de
natureza contábil, fiscal, trabalhista e previden-
§ 3º O disposto neste artigo abrange as con- ciária fica obrigada a arquivar e conservar, devi-
tribuições destinadas a outras entidades e fun- damente certificados, os sistemas e os arquivos,
dos, além da multa por atraso no cumprimento em meio eletrônico ou assemelhado, durante
das obrigações acessórias.” (NR) o prazo decadencial de que trata o art. 348, os
quais ficarão à disposição da fiscalização.
“Art. 225. ........................................................
……..…..……..…….........................................
VIII - comunicar, mensalmente, os emprega-
dos a respeito dos valores descontados de sua § 25. A contribuição do empregador de que
contribuição previdenciária e, quando for o caso, trata o inciso VIII do caput compreende aquela
dos valores da contribuição do empregador in- destinada ao seguro de acidentes do trabalho
cidentes sobre a remuneração do mês de com- e ao financiamento da aposentadoria especial,
petência por meio de contracheque, recibo de sem prejuízo de outras contribuições incidentes
pagamento ou documento equivalente. sobre a remuneração do empregado.” (NR)

........................................................................ “Art. 228. O titular do Cartório de Registro


Civil de Pessoas Naturais remeterá ao INSS, no
§ 5º A empresa manterá arquivados os do- prazo de um dia útil, pelo Sistema Nacional de
cumentos comprobatórios do cumprimento das Informações de Registro Civil, ou pelo sistema
obrigações de que trata este artigo e os docu- que venha a substituí-lo, a relação dos nasci-

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Direito Previdenciário

mentos, dos natimortos, dos casamentos, dos I - número de inscrição no PIS ou no Pasep;
óbitos, das averbações, das anotações e das re-
tificações registradas na serventia. II - NIT;

§ 1º Para os Municípios que não dispõem de III - número de benefício previdenciário ou


provedor de conexão à internet ou de qualquer assistencial, se o falecido for titular de qualquer
meio de acesso à internet, fica autorizada a re- benefício pago pelo INSS;
messa da relação no prazo de cinco dias úteis,
conforme critérios definidos pelo INSS. IV - número de registro da carteira de identi-
dade e órgão emissor;
§ 2º Os registros de nascimento e de natimor-
to conterão, obrigatoriamente, as seguintes in- V - número do título de eleitor; e
formações do registrado e da filiação:
VI - número de registro e série da Carteira de
I - nome completo; Trabalho e Previdência Social.

II - número de inscrição no CPF; § 5º Na hipótese de não haver sido registrado


nascimento, natimorto, casamento, óbito ou aver-
III - sexo; e bação, anotação e retificação no mês, o titular do
Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais co-
IV - data e local de nascimento. municará este fato ao INSS até o quinto dia útil do
mês subsequente, na forma estabelecida pelo INSS.
§ 3º Os registros de casamento e de óbito
conterão, obrigatoriamente, as seguintes infor- § 6º O descumprimento de obrigação imposta
mações do registrado: por este artigo e o fornecimento de informação
inexata sujeitarão o titular do Cartório de Regis-
I - nome completo; tro Civil de Pessoas Naturais, além de outras pe-
nalidades, à penalidade prevista na alínea “e” do
II - número de inscrição no CPF; inciso I do caput do art. 283 e a ação regressiva,
na forma estabelecida pelo INSS.” (NR)
III - sexo; e
“Art. 239. As contribuições sociais e outras
IV - data e local de nascimento do registrado. importâncias arrecadadas pela Secretaria Espe-
cial da Receita Federal do Brasil do Ministério da
§ 4º Além das informações a que se refere o § Economia, incluídas ou não em notificação fiscal
3º, constarão dos registros de casamento e de óbi- de lançamento, pagas com atraso, objeto ou não
to, caso estejam disponíveis, os seguintes dados: de parcelamento, ficam sujeitas a:

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

........................................................................ I - vinte e nove Juntas de Recursos, com a


competência para julgar:
§ 8º Sobre as contribuições devidas e apura-
das com fundamento no inciso IV do caput do art. a) os recursos das decisões proferidas pelo INSS
127 e no § 1º do art. 348 incidirão juros moratórios nos processos de interesse de seus beneficiários;
de cinco décimos por cento ao mês, capitalizados
anualmente, limitados ao percentual máximo de b) os recursos das decisões proferidas pelo
cinquenta por cento, e multa de dez por cento. INSS relacionados à comprovação de atividade
rural de segurado especial de que trata o art. art.
§ 8º-A A incidência de juros moratórios e mul- 38-B da Lei nº 8.213, de 1991, ou às demais in-
ta de que trata o § 8º será estabelecida para fa- formações relacionadas ao CNIS de que trata o
tos geradores ocorridos a partir de 14 de outu- art. 29-A da referida Lei;
bro de 1996.
c) os recursos de decisões relacionadas à
...............................................................” (NR) compensação financeira de que trata a Lei nº
9.796, de 5 de maio de 1999;
“Art. 247. A restituição e a compensação de
valores recolhidos indevidamente observarão os d) as contestações relativas à atribuição do
termos e as condições estabelecidos pela Se- FAP aos estabelecimentos da empresa; e
cretaria Especial da Receita Federal do Brasil do
Ministério da Economia.” (NR) e) os recursos relacionados aos processos so-
bre irregularidades verificadas em procedimento
“Art. 255. A dedução e o reembolso relativos de supervisão e de fiscalização nos regimes pró-
a quotas do salário-família e do salário-materni- prios de previdência social e aos processos so-
dade e a compensação do adicional de insalu- bre apuração de responsabilidade por infração
bridade a que se refere o § 2º do art. 394-A da às disposições da Lei nº 9.717, de 1998;
Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, observarão II - quatro Câmaras de Julgamento, com sede
os termos e as condições estabelecidos pela Se- em Brasília, Distrito Federal, com a competên-
cretaria Especial da Receita Federal do Brasil do cia para julgar os recursos interpostos contra as
Ministério da Economia.” (NR) decisões proferidas pelas Juntas de Recursos; e

“Art. 303. O Conselho de Recursos da Previdên- ........................................................................


cia Social - CRPS é órgão colegiado de julgamento,
integrante da estrutura do Ministério da Economia. § 4º As Juntas de Recursos e as Câmaras de
Julgamento, presididas por representante do Go-
§ 1º ................................................................. verno federal, são integradas por quatro conselhei-

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Direito Previdenciário

ros em cada turma, nomeados pelo Ministro de II - os representantes das empresas e dos tra-
Estado da Economia, com a seguinte composição: balhadores serão escolhidos entre os indicados
em lista tríplice pelas entidades de classe ou sin-
I - para os órgãos com competência para pro- dicais das respectivas jurisdições, com gradua-
cessar e julgar as contestações ou os recursos de ção em Direito, e serão enquadrados como se-
que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 305: gurados obrigatórios do RGPS na condição de
contribuintes individuais;
a) dois representantes do Governo federal;
III - os representantes dos entes federativos
b) um representante das empresas; e e dos servidores públicos serão escolhidos en-
tre os indicados em lista tríplice pelo Conselho
c) um representante dos trabalhadores; e Nacional dos Regimes Próprios de Previdência
Social, observadas as respectivas representa-
II - para os órgãos com competência para ções, com graduação em Direito, e manterão a
processar e julgar os recursos de que tratam os qualidade de segurados do regime próprio a que
incisos IV e V do caput do art. 305: estejam vinculados; e

a) dois representantes do Governo federal; IV - os representantes não poderão incidir em


situações que caracterizem conflito de interes-
b) um representante dos entes federativos; e ses, nos termos do disposto no art. 10 da Lei nº
12.813, de 16 de maio de 2013.
c) um representante dos servidores públicos.
§ 6º A gratificação dos membros de Câmara
§ 5º O mandato dos conselheiros do CRPS é de Julgamento e Junta de Recursos será defini-
de três anos, permitida a recondução, cumpri- da em ato do Ministro de Estado da Economia.
dos os seguintes requisitos:
........................................................................
I - os representantes do Governo federal se-
rão escolhidos entre servidores federais, pre- § 12. O afastamento do representante dos
ferencialmente do Ministério da Economia ou trabalhadores da empresa empregadora ou dos
do INSS, ou de outro órgão da administração servidores do ente federativo não constitui mo-
pública federal, estadual, municipal ou distrital, tivo para alteração ou rescisão de seu vínculo
com graduação em Direito, os quais prestarão contratual ou funcional.” (NR)
serviços exclusivos ao CRPS, sem prejuízo dos
direitos e das vantagens percebidos no cargo “Subseção II
de origem; Das contestações e dos recursos

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

Art. 305. Compete ao CRPS processar e julgar: III - no caso das contrarrazões, da interposi-
ção do recurso.
I - os recursos das decisões proferidas pelo INSS
nos processos de interesse de seus beneficiários; § 3º O INSS, a Secretaria Especial de Previ-
dência e Trabalho do Ministério da Economia e,
II - as contestações e os recursos relativos à quando for o caso, na hipótese prevista no in-
atribuição, pelo Ministério da Economia, do FAP ciso IV do caput, os entes federativos poderão
aos estabelecimentos das empresas; reformar suas decisões e deixar de encaminhar,
no caso de reforma favorável ao interessado, a
III - os recursos das decisões proferidas pelo contestação ou o recurso à instância competen-
INSS relacionados à comprovação de atividade te ou de rever o ato para o não prosseguimento
rural de segurado especial de que trata o art. da contestação ou do recurso.
19-D ou às demais informações relacionadas ao
CNIS de que trata o art. 19; ........................................................................

IV - os recursos das decisões relacionadas § 6º As contestações e os recursos a que se re-


à compensação financeira de que trata a Lei nº fere o inciso II do caput deverão dispor, exclusiva-
9.796, de 1999; e mente, sobre razões relativas a divergências quan-
to aos elementos que compõem o cálculo do FAP.
V - os recursos relacionados aos processos
sobre irregularidades verificadas em proce- § 7º Exceto se houver disposição em contrário
dimento de supervisão e de fiscalização nos disciplinada em ato do INSS, as razões do inde-
regimes próprios de previdência social e aos ferimento e os demais elementos que compõem
processos sobre apuração de responsabilida- o processo administrativo previdenciário substi-
de por infração às disposições da Lei nº 9.717, tuirão as contrarrazões apresentadas pelo INSS,
de 1998. hipótese em que o processo poderá ser remeti-
do ao CRPS imediatamente após a interposição
§ 1º O prazo para interposição de contesta- do recurso pelo interessado, preferencialmente
ções e recursos ou para oferecimento de con- por meio eletrônico.
trarrazões será de trinta dias, contado:
§ 8º Ato conjunto do INSS e do CRPS estabe-
I - no caso das contestações, da publicação lecerá os procedimentos operacionais relativos à
no Diário Oficial da União das informações sobre tramitação dos recursos das decisões proferidas
a forma de consulta ao FAP; pelo INSS. ” (NR)

II - no caso dos recursos, da ciência da deci- “Art. 307. A propositura pelo interessado de
são; e ação judicial que tenha por objeto idêntico pe-

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Direito Previdenciário

dido sobre o qual verse o processo administra- II - por via postal, por meio de carta simples
tivo importará renúncia ao direito de contestar e destinada ao endereço constante do cadastro do
recorrer na esfera administrativa, com a conse- segurado no INSS, hipótese em que o aviso de
quente desistência da contestação ou do recur- recebimento será considerado prova suficiente
so interposto.” (NR) da notificação; ou

“Art. 308. Os recursos interpostos tempesti- III - pessoalmente, quando entregue ao inte-
vamente contra decisões proferidas pelas Juntas ressado em mão.” (NR)
de Recursos e pelas Câmaras de Julgamento do
CRPS têm efeito suspensivo e devolutivo. “Art. 321. O contrato, o convênio, o creden-
ciamento e o acordo celebrados que impliquem
...............................................................” (NR) pagamento de benefícios deverão ser publica-
dos, em síntese, em boletim de serviço.” (NR)
“Art. 309. Na hipótese de haver controvér-
sia em matéria previdenciária, na aplicação de “Art. 332. O INSS estabelecerá indicadores
lei ou de ato normativo, entre órgãos do Minis- qualitativos e quantitativos para acompanha-
tério da Economia, entidades a ele vinculadas mento e avaliação das concessões de benefícios
e, na hipótese prevista no inciso IV do caput realizadas.” (NR)
do art. 305, entes federativos, ou ocorrência
de questão previdenciária de relevante inte- “Art. 333. O INSS adotará como prática o cru-
resse público ou social, o órgão ministerial ou zamento das informações declaradas pelos se-
a entidade interessada poderá, por intermédio gurados com as informações constantes das ba-
de seu dirigente, solicitar ao Ministro de Esta- ses de dados de que dispuser quando da análise
do da Economia solução para a controvérsia dos requerimentos dos benefícios.” (NR)
ou questão.
“Art. 337. O acidente do trabalho será carac-
...............................................................” (NR) terizado tecnicamente pela Perícia Médica Fe-
deral, por meio da identificação do nexo causal
“Art. 319. O INSS notificará o interessado de entre o trabalho e o agravo.
sua decisão, preferencialmente por meio ele-
trônico, por meio de cadastramento prévio, na ........................................................................
forma definida pelo INSS, realizado por proce-
dimento em que seja assegurada a identificação § 5º Reconhecidos pela Perícia Médica Fede-
adequada do interessado ou: ral a incapacidade para o trabalho e o nexo cau-
sal entre o trabalho e o agravo, na forma prevista
I - por rede bancária, conforme definido em no § 3º, serão devidas as prestações acidentá-
ato do INSS; rias a que o beneficiário tiver direito.

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

§ 6º A Perícia Médica Federal deixará de “Art. 341. O INSS ajuizará ação regressiva
aplicar o disposto no § 3º quando demonstra- contra os responsáveis nas hipóteses de:
da a inexistência de nexo causal entre o traba-
lho e o agravo, sem prejuízo do disposto nos I - negligência quanto às normas-padrão de
§ 7º e § 12. segurança e higiene do trabalho indicadas para
proteção individual e coletiva; e
........................................................................
II - violência doméstica e familiar contra a mu-
§ 9º Caracterizada a impossibilidade de aten- lher, nos termos do disposto na Lei nº 11.340, de
dimento ao disposto no § 8º, motivada pelo não 7 de agosto de 2006.
conhecimento tempestivo do diagnóstico do
agravo, o requerimento de que trata o § 7º pode- § 1º Os órgãos de fiscalização das relações
rá ser apresentado no prazo de quinze dias, con- de trabalho encaminharão à Procuradoria-Geral
tado da data em que a empresa tomar ciência da Federal os relatórios de análise de acidentes do
decisão a que se refere o § 5º. trabalho com indícios de negligência quanto às
normas-padrão de segurança e higiene do traba-
...............................................................” (NR) lho indicadas para proteção individual e coletiva.

“Art. 338. ........................................................ § 2º O pagamento de prestações pela previ-


dência social em decorrência das hipóteses pre-
§ 2º A Perícia Médica Federal terá acesso vistas nos incisos I e II do caput não exclui a res-
aos ambientes de trabalho e a outros locais ponsabilidade civil da empresa, na hipótese de
onde se encontrem os documentos referentes que trata o inciso I do caput, ou do responsável
ao controle médico de saúde ocupacional e pela violência doméstica e familiar, na hipótese
aqueles que digam respeito ao programa de de que trata o inciso II do caput.” (NR)
prevenção de riscos ocupacionais para verifi-
car a eficácia das medidas adotadas pela em- “Art. 342. O pagamento pela previdência so-
presa para a prevenção e o controle das doen- cial das prestações decorrentes do acidente a
ças ocupacionais. que se refere o art. 336 não exclui a responsabi-
lidade civil da empresa, do empregador domés-
........................................................................ tico ou de terceiros.” (NR)

§ 4º Sempre que a Perícia Médica Federal “Art. 345. ........................................................


constatar o descumprimento do disposto neste
artigo, esta comunicará formalmente aos demais I - do acidente, quando dele resultar a morte
órgãos interessados, inclusive para fins de apli- ou a incapacidade temporária verificada em perí-
cação e cobrança da multa devida.” (NR) cia médica a cargo da Perícia Médica Federal; ou

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Direito Previdenciário

II - em que for reconhecido pela Perícia Mé- ato concessório, os efeitos financeiros serão
dica Federal a incapacidade permanente ou o fixados na data do pedido de revisão ou do
agravamento das sequelas do acidente.” (NR) recurso.” (NR)

“Art. 346. O segurado que houver sofrido o “Art. 348. O direito da seguridade social de
acidente a que se refere o art. 336 terá garantida, apurar e constituir seus créditos extingue-se no
pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção prazo de cinco anos, contado:
de seu contrato de trabalho na empresa, após a
cessação do auxílio por incapacidade temporária …....……….....................……………...” (NR)
decorrente de acidente, independentemente da
percepção de auxílio-acidente.” (NR) “Art. 349. O direito da seguridade social de
cobrar seus créditos, constituídos na forma pre-
“Art. 347. É de dez anos o prazo de decadên- vista no art. 348, prescreverá no prazo de cinco
cia de todo e qualquer direito ou ação do se- anos, contado da data de sua constituição defi-
gurado ou beneficiário para a revisão dos atos nitiva, observado o disposto nos art. 151 e art.
de concessão, indeferimento, cancelamento ou 174 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966
cessação de benefício e dos atos de deferimen- - Código Tributário Nacional.” (NR)
to, indeferimento ou não concessão de revisão
de benefício, contado: “Art. 352. Para fins de reconhecimento inicial
de benefícios previdenciários, desde que este
I - do primeiro dia do mês subsequente ao do não acarrete revisão de ato administrativo ante-
recebimento da primeira prestação ou da data rior, o Presidente do INSS poderá editar súmulas
em que a prestação deveria ter sido paga com o administrativas, que terão caráter vinculante pe-
valor revisto; ou rante o INSS nas seguintes hipóteses:

II - do dia em que o segurado tiver ciência da I - sobre tema a respeito do qual exista súmu-
decisão de indeferimento, cancelamento ou ces- la ou parecer emitido pelo Advogado-Geral da
sação do seu pedido de benefício ou da decisão União; e
de deferimento ou indeferimento de revisão de
benefício no âmbito administrativo. II - sobre tema decidido pelo Supremo Tribu-
nal Federal, em matéria constitucional, ou pelo
........................................................................ Superior Tribunal de Justiça, no âmbito de suas
competências, quando definido em sede de re-
§ 4º Nas hipóteses de requerimento de re- percussão geral ou recurso repetitivo e não hou-
visão de benefício em manutenção ou de re- ver viabilidade de reversão da tese firmada em
curso de decisão do INSS com apresentação sentido desfavorável ao INSS, conforme disci-
de novos elementos extemporaneamente ao plinado pelo Advogado-Geral da União, nos ter-

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Atualização Legislativa | Junho de 2020

mos do disposto no § 2º do art. 19-D da Lei nº Art. 2º Até a edição do ato de que trata o § 6º do
10.522, de 19 de julho de 2002. art. 303 do Regulamento da Previdência Social,
aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999, ficam
§ 1º A edição da súmula administrativa de que mantidas as gratificações devidas aos membros
trata este artigo será precedida de avaliação de do Conselho de Recursos da Previdência Social -
impacto orçamentário e financeiro pela Secreta- CRPS na data de entrada em vigor deste Decreto.
ria Especial de Previdência e Trabalho do Minis-
tério da Economia. Art. 3º O regimento interno do CRPS estabe-
lecerá período de transição para que o requisito
§ 2º As súmulas administrativas serão nume- de graduação em Direito, a que se refere o § 5º
radas em ordem cronológica e terão validade do art. 303 do Regulamento da Previdência So-
até que lei, decreto ou outra súmula discipline a cial, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999,
matéria de forma diversa, e competirá ao INSS passe a ser exigido de todos os conselheiros.
mantê-las atualizadas em seus sítios eletrônicos.
Parágrafo único. Durante o período de transi-
§ 3º Para fins do disposto neste artigo, a Pro- ção a que se refere o caput, será exigido o grau
curadoria Federal Especializada junto ao INSS de escolaridade em nível superior, sem prejuízo
emitirá parecer conclusivo para propor a edição, dos requisitos adicionais atualmente previstos
a alteração ou o cancelamento de súmula admi- no regimento interno do CRPS.
nistrativa, da qual deverá constar o fundamento
para a sua edição.” (NR) Art. 4º Para fins de acesso a benefícios da
pessoa com deficiência, até que seja aprovado
“Art. 357. A Secretaria Especial de Previ- o instrumento específico para a avaliação biop-
dência e Trabalho do Ministério da Economia e sicossocial da pessoa com deficiência, realiza-
o INSS ficam autorizados a editar normas que da por equipe multiprofissional e interdisciplinar,
disponham sobre os critérios e a forma de reali- será utilizado o instrumento aprovado pela Por-
zação de pesquisas externas. taria Interministerial AGU/MPS/MF/SRDH/MP nº
1, de 27 de janeiro de 2014.
...............................................................” (NR)
Art. 5º O Anexo V ao Regulamento da Previ-
“Art. 368. ........................................................ dência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048,
de 1999, passa a vigorar na forma do Anexo a
Parágrafo único. O fornecimento das informa- este Decreto.
ções a que se referem os incisos I e III do caput
poderá ocorrer por meio da sua disponibilização Art. 6º Ficam revogados os seguintes dispo-
pelos canais de atendimento do INSS previstos sitivos do Regulamento da Previdência Social,
na Carta de Serviços ao Usuário do INSS.” (NR) aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999:

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285
Direito Previdenciário

I - do caput do art. 9º: b) os § 2º ao § 4º;

a) as alíneas “f” a “h” do inciso V; e c) os incisos I e II do § 5º; e

b) as alíneas “c” a “j” do inciso VI; d) o § 6º;

II - a alínea “e” do inciso III do caput do art. 17; X - o § 2º do art. 35;

III - o § 1º do art. 18; XI - o § 7º do art. 36;

IV - do art. 19: XII - o art. 38;

a) as alíneas “a” e “b” do inciso II do § 3º; e XIII - os incisos I ao VI do caput do art. 39;

b) os incisos I e III do § 4º; XIV - o parágrafo único do art. 46;

V - o art. 21; XV - o parágrafo único do art. 50;

VI - o parágrafo único do art. 30; XVI - os § 3º e § 4º do art. 51;

VII - o parágrafo único do art. 31; XVII - os art. 58 ao art. 63;

VIII - do art. 32: XVIII - o art. 70;

a) os incisos I e II do caput; XIX - o § 4º do art. 70-D;

b) os § 11 ao § 14; XX - o § 3º do art. 70-F;

c) os § 16 e § 17; XXI - os art. 75-A e art. 75-B;

d) os incisos I a III do § 18; e XXII - o parágrafo único do art. 76-A;

e) o § 19; XXIII - os incisos I e II do caput do art. 83;

IX - do art. 34: XXIV - os incisos I ao III do caput do art. 93-A;

a) os incisos I a III do caput; XXV - os incisos I ao III do caput do art. 104;

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286
Atualização Legislativa | Junho de 2020

XXVI - o parágrafo único do art. 106; b) o § 9º;

XXVII - o parágrafo único do art. 113; XLII - o art. 202-B;

XXVIII - o § 2º do art. 122; XLIII - do art. 214:

XXIX - o parágrafo único do art. 123; a) o § 8º;

XXX - os incisos I e II do caput do art. 146; b) o inciso VIII do § 9º; e

XXXI - o inciso V do § 6º do art. 154; c) o § 13;

XXXII - o parágrafo único do art. 162; XLIV - os § 16 e § 18 do art. 216;

XXXIII - o art. 181-A; XLV - do art. 225:

XXXIV - o parágrafo único do art. 181-B; a) o inciso V do caput; e

XXXV - o parágrafo único do art. 183-A; b) o § 7º;

XXXVI - o parágrafo único do art. 187; XLVI - o parágrafo único do art. 228;

XXXVII - os § 1º, § 2º e § 4º do art. 188-A; XLVII - o art. 244;

XXXVIII - o art. 188-B; XLVIII - os § 1º ao § 3º do art. 247;

XXXIX - do art. 201: XLIX - os art. 248 ao art. 254;

a) o inciso III do caput; e L - o § 1º e o § 3º do art. 255;

b) o § 20; LI - os incisos I, II e III do § 6º do art. 303;

XL - os § 11 e § 12 do art. 202; LII - o parágrafo único do art. 319;

XLI - do art. 202-A: LIII - os art. 329-A e art. 329-B;

a) as alíneas “a” e “b” do inciso III do § 4º; e LIV - o art. 330;

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287
Direito Previdenciário

LV - os incisos I ao III do caput do art. 337;

LVI - o parágrafo único do art. 341; e

LVII - o parágrafo único do art. 352.

Art. 7º Este Decreto entra em vigor:

I - quanto ao art. 1º, na parte em que altera o


§ 1º do art. 120 do Regulamento da Previdên-
cia Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de
1999, em 1º de janeiro de 2021; e

II - quanto aos demais dispositivos, na data da


sua publicação.

Brasília, 30 de junho de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 1º.7.2020.

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288
Atualização Legislativa | Junho de 2020

DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS Este texto não substitui o publicado no DOU


de 4.6.2020.

Lei nº 14.009, de 3 de junho de 2020 *

Altera o art. 125 da Lei nº 13.146, de 6 de


julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Defici-
ência), para dispor sobre a acessibilidade para
pessoas com deficiência nas salas de cinema.

Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚ-


BLICA adotou a Medida Provisória nº 917, de
2019, que o Congresso Nacional aprovou, e eu,
Davi Alcolumbre, Presidente da Mesa do Con-
gresso Nacional, para os efeitos do disposto no
art. 62 da Constituição Federal, com a redação
dada pela Emenda Constitucional nº 32, combi-
nado com o art. 12 da Resolução nº 1, de 2002-
CN, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º A Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015,


passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 125. ........................................................

II - § 6º do art. 44, 60 (sessenta) meses;

...............................................................” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Congresso Nacional, em 3 de junho de 2020;


199º da Independência e 132º da República.

Senador DAVI ALCOLUMBRE


Presidente da Mesa do Congresso Nacional

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Direitos Difusos e Coletivos

Decreto nº 10.407 de 29 de junho de 2020 Exclusão da proibição de exportação

Regulamenta a Lei nº 13.993, de 23 de abril Art. 3º A Secretaria de Comércio Exterior da


de 2020, que dispõe sobre a proibição de expor- Secretaria Especial de Comércio Exterior e As-
tações de produtos médicos, hospitalares e de suntos Internacionais do Ministério da Economia
higiene essenciais ao combate à epidemia da poderá autorizar, excepcionalmente, a exporta-
covid-19 no País. ção dos produtos relacionados no Anexo, consi-
derados os seguintes elementos:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso I - as razões humanitárias;
IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto
na Lei nº 13.993, de 23 de abril de 2020, II - os compromissos internacionais do País;

DECRETA: III - as condições do abastecimento domés-


tico, da distribuição e do acesso aos produtos
Objeto e âmbito de aplicação adequadas às necessidades da população brasi-
leira no momento da autorização;
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº
13.993, de 23 de abril de 2020, que dispõe sobre IV - os impactos sobre as cadeias de supri-
a proibição de exportação de produtos médicos, mentos brasileiras; e
hospitalares e de higiene essenciais ao combate
à epidemia da covid-19 no País, enquanto per- V - o suprimento de missões diplomáticas,
durar a emergência em saúde pública de impor- repartições consulares ou outras repartições
tância nacional. mantidas pelo Estado brasileiro ou por serviços
sociais autônomos no exterior.
Parágrafo único. Os produtos sujeitos à proi-
bição de que trata o caput estão relacionados no § 1º A Secretaria de Comércio Exterior da
Anexo a este Decreto. Secretaria Especial de Comércio Exterior e As-
suntos Internacionais do Ministério da Economia
Art. 2º A Secretaria de Comércio Exterior da poderá consultar outros órgãos e entidades da
Secretaria Especial de Comércio Exterior e As- administração pública sobre a aplicação dos ele-
suntos Internacionais do Ministério da Economia mentos de que trata o caput.
implementará a proibição de que trata o caput
por meio do Sistema Integrado de Comércio Ex- § 2º A Secretaria de Comércio Exterior da
terior - Siscomex. Secretaria Especial de Comércio Exterior e As-

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290
Atualização Legislativa | Junho de 2020

suntos Internacionais do Ministério da Economia no dos produtos ao território nacional nos prazos
consultará o Ministério das Relações Exteriores estabelecidos pela Secretaria Especial da Recei-
sobre os elementos a que se referem os incisos ta Federal do Brasil do Ministério da Economia.
I, II e V do caput, quando aplicáveis.
Vigência
§ 3º Para a emissão da autorização de que tra-
ta o caput, a Secretaria de Comércio Exterior da Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de
Secretaria Especial de Comércio Exterior e As- sua publicação.
suntos Internacionais do Ministério da Economia
consultará previamente o Ministério da Saúde Brasília, 29 de junho de 2020; 199º da Inde-
sobre o interesse na requisição dos produtos, pendência e 132º da República.
nos termos do disposto no inciso VII do caput do
art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. JAIR MESSIAS BOLSONARO
Paulo Guedes
§ 4º A autorização de exportação não dis-
pensa os controles de competência da Agência Este texto não substitui o publicado no DOU
Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa e a ob- de 30.6.2020
servância de outras disposições legais vigentes.
ANEXO
Art. 4º Não são objeto da proibição de que
trata este Decreto as exportações: Produtos médicos, hospitalares e de higiene
essenciais ao combate da epidemia da COVID-19
I - de equipamentos de proteção individual
PRODUTO CÓDIGO NCM
que não possam ser utilizados na área de saúde;
Luvas de proteção, de
3926.20.00
plástico
II - de provisões de bordo;
Vestuário e seus acessórios
3926.20.00
de proteção, de plástico
III - temporárias de produtos destinados à ho-
Máscaras de proteção,
mologação, a ensaios, a testes de funcionamen- 3926.90.90
de plástico
to ou de resistência ou utilizados no desenvolvi-
Luvas para cirurgia, de
mento de produtos ou protótipos; ou 4015.11.00
látex ou nitrílicas
Luvas, de látex ou nitríli-
IV - temporárias para o aperfeiçoamento 4015.19.00
cas, exceto para cirurgia
passivo.
Vestuário de proteção de
falso tecido (tecido não 6210.10.00
Parágrafo único. Nas hipóteses de que tratam
tecido - TNT)
os incisos III e IV do caput, é obrigatório o retor-

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291
Direitos Difusos e Coletivos

Capas, casacos e artigos


semelhantes de prote-
ção, de uso masculino,
de tecidos impregnados,
6210.20.00
revestidos, recobertos ou
estratificados, com plástico
ou com outras matérias, ou
de tecidos com borracha
Capas, casacos e artigos
semelhantes de proteção,
de uso feminino, de tecidos
impregnados, revestidos,
6210.30.00
recobertos ou estratifica-
dos, com plástico ou com
outras matérias, ou de
tecidos com borracha
Máscaras de proteção,
máscaras cirúrgicas,
toucas de proteção, capas
descartáveis, material
6307.90.10
hospitalar descartável,
protetores de pés (propé),
de falso tecido (tecido não
tecido - TNT)
Aparelhos respiratórios de
9019.20.30
reanimação
Óculos de proteção 9004.90.20
Ventiladores pulmonares 9019.20.90
Circuitos de ventiladores
9019.20.90
pulmonares
Camas hospitalares 9402.90.20

Monitores multiparâmetros 9018.19.80

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292
Atualização Legislativa | Junho de 2020

DIREITOS HUMANOS 2020, pelo período complementar de dois me-


ses, na hipótese de requerimento realizado até
2 de julho de 2020, desde que o requerente seja
Decreto nº 10.412, de 30 de junho de 2020 considerado elegível nos termos do disposto na
referida Lei.” (NR)
Altera o Decreto nº 10.316, de 7 de abril de
2020, para prorrogar o período de pagamento do “Art. 11-B. As decisões judiciais referentes
auxílio emergencial de que trata a Lei nº 13.982, a pagamento de despesas relativas ao auxílio
de 2 de abril de 2020. emergencial serão encaminhadas diretamente
ao Ministério da Cidadania pelos órgãos de con-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das tencioso da Advocacia-Geral da União, acompa-
atribuições que lhe confere o art. 84, caput, inci- nhadas de manifestação jurídica ou de parecer
sos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo de força executória para cumprimento.
em vista o disposto na Lei nº 13.982, de 2 de
abril de 2020, Parágrafo único. Na hipótese de pedido dos
órgãos de contencioso da Advocacia-Geral da
DECRETA: União ou de questionamento jurídico do Minis-
tério da Cidadania, a Consultoria Jurídica deverá
Art. 1º O Decreto nº 10.316, de 7 de abril de se manifestar acerca do cumprimento da deci-
2020, passa a vigorar com as seguintes alterações: são de que trata o caput.” (NR)

“Art. 6º Os dados extraídos pelo Ministério da Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de
Cidadania do Cadastro Único e os dados inseri- sua publicação.
dos na plataforma digital, nos termos do disposto
no inciso II do caput do art. 5º, poderão ser sub- Brasília, 30 de junho de 2020; 199º da Inde-
metidos a cruzamentos com as bases de dados pendência e 132º da República.
do Governo federal, incluídas as bases de dados
referentes à renda auferida pelos integrantes do JAIR MESSIAS BOLSONARO
grupo familiar, e, após a verificação do cum- Paulo Guedes
primento dos critérios estabelecidos na Lei nº Onix Lorenzoni
13.982, de 2020, os beneficiários serão incluídos
na folha de pagamento do auxílio emergencial. Este texto não substitui o publicado no DOU
de 1º.7.2020.
...............................................................” (NR)

“Art. 9º-A Fica prorrogado o auxílio emer-


gencial, previsto no art. 2º da Lei nº 13.982, de

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293
Estatuto da Pessoa com Deficiência

ESTATUTO DA PESSOA Presidente da Mesa do Congresso Nacional


COM DEFICIÊNCIA
Este texto não substitui o publicado no DOU
de 4.6.2020.
Lei nº 14.009, de 3 de junho de 2020

Altera o art. 125 da Lei nº 13.146, de 6 de


julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Defici-
ência), para dispor sobre a acessibilidade para
pessoas com deficiência nas salas de cinema.

Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚ-


BLICA adotou a Medida Provisória nº 917, de
2019, que o Congresso Nacional aprovou, e eu,
Davi Alcolumbre, Presidente da Mesa do Con-
gresso Nacional, para os efeitos do disposto no
art. 62 da Constituição Federal, com a redação
dada pela Emenda Constitucional nº 32, combi-
nado com o art. 12 da Resolução nº 1, de 2002-
CN, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º A Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015,


passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 125. ........................................................

II - § 6º do art. 44, 60 (sessenta) meses;

...............................................................” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Congresso Nacional, em 3 de junho de 2020;


199º da Independência e 132º da República.

Senador DAVI ALCOLUMBRE

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294
Atualizações Legislativas
Julho de 2020

Direito Administrativo 297


Direito Ambiental 332
Direito Civil 367
Direito Constitucional 375
Direito do Trabalho 379
Direito Eleitoral 397
Direito Empresarial 401
Direito Penal 404
Direitos Difusos e Coletivos 408
Direitos Humanos 443
Atualização Legislativa | Julho de 2020

DIREITO ADMINISTRATIVO ção dos serviços públicos de saneamento básico,


a Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003, para
alterar o nome e as atribuições do cargo de Es-
Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020 pecialista em Recursos Hídricos, a Lei nº 11.107,
de 6 de abril de 2005, para vedar a prestação por
Atualiza o marco legal do saneamento básico contrato de programa dos serviços públicos de
e altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, que trata o art. 175 da Constituição Federal, a Lei
para atribuir à Agência Nacional de Águas e Sa- nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para aprimo-
neamento Básico (ANA) competência para editar rar as condições estruturais do saneamento bá-
normas de referência sobre o serviço de sanea- sico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de
mento, a Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2010, para tratar de prazos para a disposição fi-
2003, para alterar o nome e as atribuições do nal ambientalmente adequada dos rejeitos, a Lei
cargo de Especialista em Recursos Hídricos, a nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da
Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, para vedar a Metrópole), para estender seu âmbito de aplica-
prestação por contrato de programa dos serviços ção a unidades regionais, e a Lei nº 13.529, de 4
públicos de que trata o art. 175 da Constituição de dezembro de 2017, para autorizar a União a
Federal, a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, participar de fundo com a finalidade exclusiva de
para aprimorar as condições estruturais do sane- financiar serviços técnicos especializados.
amento básico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de
agosto de 2010, para tratar dos prazos para a dis- Art. 2º A ementa da Lei nº 9.984, de 17 de julho
posição final ambientalmente adequada dos rejei- de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
tos, a Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Es-
tatuto da Metrópole), para estender seu âmbito de “Dispõe sobre a criação da Agência Nacional
aplicação às microrregiões, e a Lei nº 13.529, de de Águas e Saneamento Básico (ANA), entidade
4 de dezembro de 2017, para autorizar a União a federal de implementação da Política Nacional
participar de fundo com a finalidade exclusiva de de Recursos Hídricos, integrante do Sistema Na-
financiar serviços técnicos especializados. cional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
(Singreh) e responsável pela instituição de nor-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber mas de referência para a regulação dos serviços
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- públicos de saneamento básico.”
no a seguinte Lei:
Art. 3º A Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000,
Art. 1º Esta Lei atualiza o marco legal do sane- passa a vigorar com as seguintes alterações:
amento básico e altera a Lei nº 9.984, de 17 de
julho de 2000, para atribuir à Agência Nacional de “Art. 1º Esta Lei cria a Agência Nacional de
Águas e Saneamento Básico (ANA) competência Águas e Saneamento Básico (ANA), entidade fe-
para instituir normas de referência para a regula- deral de implementação da Política Nacional de

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297
Direito Administrativo

Recursos Hídricos, integrante do Sistema Na- hídricos a que se refere o inciso XXIII do caput
cional de Gerenciamento de Recursos Hídricos deste artigo.
(Singreh) e responsável pela instituição de nor-
mas de referência para a regulação dos serviços ........................................................................
públicos de saneamento básico, e estabelece
regras para sua atuação, sua estrutura adminis- § 2º (Revogado).
trativa e suas fontes de recursos.” (NR)
........................................................................
“Art. 3º Fica criada a Agência Nacional de
Águas e Saneamento Básico (ANA), autarquia § 9º As regras a que se refere o inciso XXIV do
sob regime especial, com autonomia administra- caput deste artigo serão aplicadas aos corpos
tiva e financeira, vinculada ao Ministério do De- hídricos abrangidos pela declaração de situação
senvolvimento Regional, integrante do Sistema crítica de escassez de recursos hídricos a que se
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídri- refere o inciso XXIII do caput deste artigo.
cos (Singreh), com a finalidade de implementar,
no âmbito de suas competências, a Política Na- § 10. A ANA poderá delegar as competências
cional de Recursos Hídricos e de instituir normas estabelecidas nos incisos V e XII do caput deste
de referência para a regulação dos serviços pú- artigo, por meio de convênio ou de outro instru-
blicos de saneamento básico. mento, a outros órgãos e entidades da adminis-
tração pública federal, estadual e distrital.” (NR)
...............................................................” (NR)
“Art. 4º-A. A ANA instituirá normas de refe-
“Art. 4º ............................................................ rência para a regulação dos serviços públicos de
saneamento básico por seus titulares e suas en-
XXIII - declarar a situação crítica de escassez tidades reguladoras e fiscalizadoras, observadas
quantitativa ou qualitativa de recursos hídricos as diretrizes para a função de regulação estabe-
nos corpos hídricos que impacte o atendimento lecidas na Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
aos usos múltiplos localizados em rios de domí-
nio da União, por prazo determinado, com base § 1º Caberá à ANA estabelecer normas de re-
em estudos e dados de monitoramento, obser- ferência sobre:
vados os critérios estabelecidos pelo Conselho
Nacional de Recursos Hídricos, quando houver; e I - padrões de qualidade e eficiência na pres-
tação, na manutenção e na operação dos siste-
XXIV - estabelecer e fiscalizar o cumprimento mas de saneamento básico;
de regras de uso da água, a fim de assegurar
os usos múltiplos durante a vigência da declara- II - regulação tarifária dos serviços públicos
ção de situação crítica de escassez de recursos de saneamento básico, com vistas a promover a

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298
Atualização Legislativa | Julho de 2020

prestação adequada, o uso racional de recursos X - parâmetros para determinação de cadu-


naturais, o equilíbrio econômico-financeiro e a cidade na prestação dos serviços públicos de
universalização do acesso ao saneamento básico; saneamento básico;

III - padronização dos instrumentos negociais XI - normas e metas de substituição do siste-


de prestação de serviços públicos de sanea- ma unitário pelo sistema separador absoluto de
mento básico firmados entre o titular do serviço tratamento de efluentes;
público e o delegatário, os quais contemplarão
metas de qualidade, eficiência e ampliação da XII - sistema de avaliação do cumprimento de
cobertura dos serviços, bem como especifica- metas de ampliação e universalização da cober-
ção da matriz de riscos e dos mecanismos de tura dos serviços públicos de saneamento básico;
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro
das atividades; XIII - conteúdo mínimo para a prestação univer-
salizada e para a sustentabilidade econômico-finan-
IV - metas de universalização dos serviços pú- ceira dos serviços públicos de saneamento básico.
blicos de saneamento básico para concessões
que considerem, entre outras condições, o nível § 2º As normas de referência para a regula-
de cobertura de serviço existente, a viabilidade ção dos serviços públicos de saneamento bási-
econômico-financeira da expansão da prestação co contemplarão os princípios estabelecidos no
do serviço e o número de Municípios atendidos; inciso I do caput do art. 2º da Lei nº 11.445, de 5
de janeiro de 2007, e serão instituídas pela ANA
V - critérios para a contabilidade regulatória; de forma progressiva.

VI - redução progressiva e controle da perda § 3º As normas de referência para a regulação dos


de água; serviços públicos de saneamento básico deverão:

VII - metodologia de cálculo de indenizações I - promover a prestação adequada dos servi-


devidas em razão dos investimentos realizados e ços, com atendimento pleno aos usuários, obser-
ainda não amortizados ou depreciados; vados os princípios da regularidade, da continui-
dade, da eficiência, da segurança, da atualidade,
VIII - governança das entidades reguladoras, da generalidade, da cortesia, da modicidade tari-
conforme princípios estabelecidos no art. 21 da fária, da utilização racional dos recursos hídricos
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007; e da universalização dos serviços;

IX - reúso dos efluentes sanitários tratados, II - estimular a livre concorrência, a competi-


em conformidade com as normas ambientais e tividade, a eficiência e a sustentabilidade econô-
de saúde pública; mica na prestação dos serviços;

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299
Direito Administrativo

III - estimular a cooperação entre os entes fe- I - avaliará as melhores práticas regulatórias
derativos com vistas à prestação, à contratação do setor, ouvidas as entidades encarregadas da
e à regulação dos serviços de forma adequada e regulação e da fiscalização e as entidades repre-
eficiente, a fim de buscar a universalização dos sentativas dos Municípios;
serviços e a modicidade tarifária;
II - realizará consultas e audiências públicas,
IV - possibilitar a adoção de métodos, técni- de forma a garantir a transparência e a publici-
cas e processos adequados às peculiaridades dade dos atos, bem como a possibilitar a análise
locais e regionais; de impacto regulatório das normas propostas; e

V - incentivar a regionalização da prestação III - poderá constituir grupos ou comissões de


dos serviços, de modo a contribuir para a viabi- trabalho com a participação das entidades regu-
lidade técnica e econômico-financeira, a criação ladoras e fiscalizadoras e das entidades repre-
de ganhos de escala e de eficiência e a universa- sentativas dos Municípios para auxiliar na elabo-
lização dos serviços; ração das referidas normas.

VI - estabelecer parâmetros e periodicidade § 5º A ANA disponibilizará, em caráter vo-


mínimos para medição do cumprimento das me- luntário e com sujeição à concordância entre as
tas de cobertura dos serviços e do atendimento partes, ação mediadora ou arbitral nos conflitos
aos indicadores de qualidade e aos padrões de que envolvam titulares, agências reguladoras ou
potabilidade, observadas as peculiaridades con- prestadores de serviços públicos de saneamen-
tratuais e regionais; to básico.

VII - estabelecer critérios limitadores da sobre- § 6º A ANA avaliará o impacto regulatório e o


posição de custos administrativos ou gerenciais cumprimento das normas de referência de que
a serem pagos pelo usuário final, independente- trata o § 1º deste artigo pelos órgãos e pelas en-
mente da configuração de subcontratações ou tidades responsáveis pela regulação e pela fisca-
de subdelegações; e lização dos serviços.

VIII - assegurar a prestação concomitante dos § 7º No exercício das competências a que se


serviços de abastecimento de água e de esgota- refere este artigo, a ANA zelará pela uniformida-
mento sanitário. de regulatória do setor de saneamento básico e
pela segurança jurídica na prestação e na regu-
§ 4º No processo de instituição das normas lação dos serviços, observado o disposto no in-
de referência, a ANA: ciso IV do § 3º deste artigo.

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300
Atualização Legislativa | Julho de 2020

§ 8º Para fins do disposto no inciso II do § 1º ção dos serviços públicos de saneamento bási-
deste artigo, as normas de referência de regu- co, com vistas a viabilizar o acesso aos recursos
lação tarifária estabelecerão os mecanismos de públicos federais ou a contratação de financia-
subsídios para as populações de baixa renda, a mentos com recursos da União ou com recursos
fim de possibilitar a universalização dos serviços, geridos ou operados por órgãos ou entidades da
observado o disposto no art. 31 da Lei nº 11.445, administração pública federal, nos termos do art.
de 5 de janeiro de 2007, e, quando couber, o 50 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
compartilhamento dos ganhos de produtividade
com os usuários dos serviços. § 1º A ANA disciplinará, por meio de ato nor-
mativo, os requisitos e os procedimentos a serem
§ 9º Para fins do disposto no inciso III do § 1º observados pelas entidades encarregadas da re-
deste artigo, as normas de referência regulató- gulação e da fiscalização dos serviços públicos
rias estabelecerão parâmetros e condições para de saneamento básico, para a comprovação da
investimentos que permitam garantir a manuten- adoção das normas regulatórias de referência,
ção dos níveis de serviços desejados durante a que poderá ser gradual, de modo a preservar as
vigência dos contratos. expectativas e os direitos decorrentes das nor-
mas a serem substituídas e a propiciar a adequa-
§ 10. Caberá à ANA elaborar estudos téc- da preparação das entidades reguladoras.
nicos para o desenvolvimento das melhores
práticas regulatórias para os serviços públicos § 2º A verificação da adoção das normas de
de saneamento básico, bem como guias e ma- referência nacionais para a regulação da presta-
nuais para subsidiar o desenvolvimento das re- ção dos serviços públicos de saneamento básico
feridas práticas. estabelecidas pela ANA ocorrerá periodicamen-
te e será obrigatória no momento da contratação
§ 11. Caberá à ANA promover a capacitação dos financiamentos com recursos da União ou
de recursos humanos para a regulação adequa- com recursos geridos ou operados por órgãos
da e eficiente do setor de saneamento básico. ou entidades da administração pública federal.”

§ 12. A ANA contribuirá para a articulação en- “Art. 8º A ANA dará publicidade aos pedidos
tre o Plano Nacional de Saneamento Básico, o de outorga de direito de uso de recursos hídricos
Plano Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano de domínio da União por meio de publicação em
Nacional de Recursos Hídricos.” seu sítio eletrônico, e os atos administrativos que
deles resultarem serão publicados no Diário Ofi-
“Art. 4º-B. A ANA manterá atualizada e dispo- cial da União e no sítio eletrônico da ANA.” (NR)
nível, em seu sítio eletrônico, a relação das en-
tidades reguladoras e fiscalizadoras que adotam “Art. 8º-A. A ANA poderá criar mecanismos de
as normas de referência nacionais para a regula- credenciamento e descredenciamento de técni-

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301
Direito Administrativo

cos, de empresas especializadas, de consultores “Dispõe sobre o Quadro de Pessoal da Agên-


independentes e de auditores externos para ob- cia Nacional de Águas e Saneamento Básico
ter, analisar e atestar informações ou dados ne- (ANA) e dá outras providências.”
cessários ao desempenho de suas atividades.”
Art. 5º A Lei nº 10.768, de 19 de novembro de
“Art. 11. .......................................................... 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:

§ 1º É vedado aos dirigentes da ANA, con- “Art. 1º Ficam criados, no quadro de pesso-
forme disposto em seu regimento interno, ter al da Agência Nacional de Águas e Saneamento
interesse direto ou indireto em empresa relacio- Básico (ANA), os seguintes cargos efetivos, inte-
nada com o Singreh e em empresa relacionada grantes de carreiras de mesmo nome, e respec-
com a prestação de serviços públicos de sane- tivos quantitativos:
amento básico.
I - 239 (duzentos e trinta e nove) cargos de
...............................................................” (NR) Especialista em Regulação de Recursos Hídricos
e Saneamento Básico;
“Art. 13. ..........................................................
...............................................................” (NR)
XI - encaminhar periodicamente ao Comitê
Interministerial de Saneamento Básico (Cisb) os “Art. 3º É atribuição do cargo de Especialista
relatórios analisados pela Diretoria Colegiada e os em Regulação de Recursos Hídricos e Sanea-
demais assuntos do interesse desse órgão.” (NR) mento Básico o exercício de atividades de nível
superior de elevada complexidade relativas à
“Art. 17-A. O Ministério da Economia fica au- gestão de recursos hídricos, que envolvam:
torizado a promover a lotação ou o exercício de
servidores de órgãos e de entidades da adminis- I - regulação, outorga, inspeção, fiscaliza-
tração pública federal na ANA. ção e controle do uso de recursos hídricos e da
prestação de serviços públicos na área de sane-
Parágrafo único. A lotação ou o exercício amento básico;
de servidores de que trata o caput deste artigo
ocorrerá sem prejuízo de outras medidas de for- II - elaboração de normas de referência para a
talecimento da capacidade institucional.” regulação do uso de recursos hídricos e da presta-
ção dos serviços públicos de saneamento básico;
Art. 4º A ementa da Lei nº 10.768, de 19 de
novembro de 2003, passa a vigorar com a se- III - implementação e avaliação dos instrumen-
guinte redação: tos da Política Nacional de Recursos Hídricos;

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302
Atualização Legislativa | Julho de 2020

IV - análise e desenvolvimento de programas “Art. 8º ............................................................


e projetos sobre:
Parágrafo único. A investidura nos cargos de
a) despoluição de bacias hidrográficas; Especialista em Regulação de Recursos Hídricos
e Saneamento Básico, Especialista em Geopro-
b) eventos críticos em recursos hídricos; e cessamento e Analista Administrativo ocorrerá,
exclusivamente, no padrão inicial da classe ini-
c) promoção do uso integrado de solo e água; cial da respectiva tabela.” (NR)

V - promoção de ações educacionais em re- Art. 6º A ementa da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro


cursos hídricos; de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:

VI - promoção e fomento de pesquisas cien- “Estabelece as diretrizes nacionais para o sa-


tíficas e tecnológicas nas áreas de desenvolvi- neamento básico; cria o Comitê Interministerial
mento sustentável, conservação e gestão de de Saneamento Básico; altera as Leis nos 6.766,
recursos hídricos e saneamento básico, envol- de 19 de dezembro de 1979, 8.666, de 21 de ju-
vendo a promoção de cooperação e a divulga- nho de 1993, e 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
ção técnico-científica, bem como a transferência e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978.”
de tecnologia nas áreas; e
Art. 7º A Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007,
VII - outras ações e atividades análogas de- passa a vigorar com as seguintes alterações:
correntes do cumprimento das atribuições insti-
tucionais da ANA. “Art. 2º ............................................................

§ 1º (Revogado). I - universalização do acesso e efetiva presta-


ção do serviço;
§ 2º No exercício das atribuições de natureza
fiscal ou decorrentes do poder de polícia, são II - integralidade, compreendida como o con-
asseguradas aos ocupantes do cargo efetivo de junto de atividades e componentes de cada um
que trata o caput deste artigo as prerrogativas dos diversos serviços de saneamento que propi-
de promover a interdição de estabelecimentos, cie à população o acesso a eles em conformida-
instalações ou equipamentos, assim como a de com suas necessidades e maximize a eficácia
apreensão de bens ou produtos, e de requisitar, das ações e dos resultados;
quando necessário, o auxílio de força policial fe-
deral ou estadual, em caso de desacato ou em- III - abastecimento de água, esgotamento sa-
baraço ao exercício de suas funções.” (NR) nitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos

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303
Direito Administrativo

sólidos realizados de forma adequada à saúde XII - integração das infraestruturas e dos servi-
pública, à conservação dos recursos naturais e à ços com a gestão eficiente dos recursos hídricos;
proteção do meio ambiente;
XIII - redução e controle das perdas de água,
IV - disponibilidade, nas áreas urbanas, de inclusive na distribuição de água tratada, estímu-
serviços de drenagem e manejo das águas plu- lo à racionalização de seu consumo pelos usuá-
viais, tratamento, limpeza e fiscalização preventi- rios e fomento à eficiência energética, ao reúso
va das redes, adequados à saúde pública, à pro- de efluentes sanitários e ao aproveitamento de
teção do meio ambiente e à segurança da vida e águas de chuva;
do patrimônio público e privado;
XIV - prestação regionalizada dos serviços,
........................................................................ com vistas à geração de ganhos de escala e à
garantia da universalização e da viabilidade téc-
VI - articulação com as políticas de desen- nica e econômico-financeira dos serviços;
volvimento urbano e regional, de habitação, de
combate à pobreza e de sua erradicação, de XV - seleção competitiva do prestador dos
proteção ambiental, de promoção da saúde, de serviços; e
recursos hídricos e outras de interesse social re-
levante, destinadas à melhoria da qualidade de XVI - prestação concomitante dos serviços de
vida, para as quais o saneamento básico seja fa- abastecimento de água e de esgotamento sani-
tor determinante; tário.” (NR)

........................................................................ “Art. 3º Para fins do disposto nesta Lei, con-


sidera-se:
VIII - estímulo à pesquisa, ao desenvolvimento
e à utilização de tecnologias apropriadas, consi- I - saneamento básico: conjunto de serviços
deradas a capacidade de pagamento dos usuá- públicos, infraestruturas e instalações opera-
rios, a adoção de soluções graduais e progres- cionais de:
sivas e a melhoria da qualidade com ganhos de
eficiência e redução dos custos para os usuários; a) abastecimento de água potável: constituído
pelas atividades e pela disponibilização e manu-
........................................................................ tenção de infraestruturas e instalações operacio-
nais necessárias ao abastecimento público de
XI - segurança, qualidade, regularidade e água potável, desde a captação até as ligações
continuidade; prediais e seus instrumentos de medição;

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304
Atualização Legislativa | Julho de 2020

b) esgotamento sanitário: constituído pelas ati- o tratamento e a disposição final adequados dos
vidades e pela disponibilização e manutenção de esgotos sanitários;
infraestruturas e instalações operacionais neces-
sárias à coleta, ao transporte, ao tratamento e à IV - controle social: conjunto de mecanismos
disposição final adequados dos esgotos sanitá- e procedimentos que garantem à sociedade in-
rios, desde as ligações prediais até sua destinação formações, representações técnicas e participa-
final para produção de água de reúso ou seu lan- ção nos processos de formulação de políticas, de
çamento de forma adequada no meio ambiente; planejamento e de avaliação relacionados com
os serviços públicos de saneamento básico;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos só-
lidos: constituídos pelas atividades e pela dis- ........................................................................
ponibilização e manutenção de infraestruturas
e instalações operacionais de coleta, varrição VI - prestação regionalizada: modalidade de
manual e mecanizada, asseio e conservação prestação integrada de um ou mais componentes
urbana, transporte, transbordo, tratamento e dos serviços públicos de saneamento básico em
destinação final ambientalmente adequada dos determinada região cujo território abranja mais de
resíduos sólidos domiciliares e dos resíduos de um Município, podendo ser estruturada em:
limpeza urbana; e
a) região metropolitana, aglomeração urbana
d) drenagem e manejo das águas pluviais ou microrregião: unidade instituída pelos Esta-
urbanas: constituídos pelas atividades, pela in- dos mediante lei complementar, de acordo com
fraestrutura e pelas instalações operacionais de o § 3º do art. 25 da Constituição Federal, com-
drenagem de águas pluviais, transporte, deten- posta de agrupamento de Municípios limítrofes e
ção ou retenção para o amortecimento de va- instituída nos termos da Lei nº 13.089, de 12 de
zões de cheias, tratamento e disposição final das janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole);
águas pluviais drenadas, contempladas a limpe-
za e a fiscalização preventiva das redes; b) unidade regional de saneamento básico:
unidade instituída pelos Estados mediante lei or-
II - gestão associada: associação voluntária dinária, constituída pelo agrupamento de Muni-
entre entes federativos, por meio de consórcio cípios não necessariamente limítrofes, para aten-
público ou convênio de cooperação, conforme der adequadamente às exigências de higiene e
disposto no art. 241 da Constituição Federal; saúde pública, ou para dar viabilidade econômi-
ca e técnica aos Municípios menos favorecidos;
III - universalização: ampliação progressiva do
acesso de todos os domicílios ocupados ao sa- c) bloco de referência: agrupamento de Mu-
neamento básico, em todos os serviços previs- nicípios não necessariamente limítrofes, estabe-
tos no inciso XIV do caput deste artigo, incluídos lecido pela União nos termos do § 3º do art. 52

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305
Direito Administrativo

desta Lei e formalmente criado por meio de ges- de equipamentos públicos, entre outras circuns-
tão associada voluntária dos titulares; tâncias a serem avaliadas pelo Município ou pelo
Distrito Federal;
VII - subsídios: instrumentos econômicos de
política social que contribuem para a universa- XIII - operação regular: aquela que observa
lização do acesso aos serviços públicos de sa- integralmente as disposições constitucionais,
neamento básico por parte de populações de legais e contratuais relativas ao exercício da titu-
baixa renda; laridade e à contratação, prestação e regulação
dos serviços;
VIII - localidades de pequeno porte: vilas,
aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugare- XIV - serviços públicos de saneamento bási-
jos e aldeias, assim definidos pela Fundação Ins- co de interesse comum: serviços de saneamen-
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); to básico prestados em regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões institu-
IX - contratos regulares: aqueles que atendem ídas por lei complementar estadual, em que se
aos dispositivos legais pertinentes à prestação verifique o compartilhamento de instalações ope-
de serviços públicos de saneamento básico; racionais de infraestrutura de abastecimento de
água e/ou de esgotamento sanitário entre 2 (dois)
X - núcleo urbano: assentamento humano, com ou mais Municípios, denotando a necessidade de
uso e características urbanas, constituído por uni- organizá-los, planejá-los, executá-los e operá-los
dades imobiliárias com área inferior à fração míni- de forma conjunta e integrada pelo Estado e pe-
ma de parcelamento prevista no art. 8º da Lei nº los Munícipios que compartilham, no todo ou em
5.868, de 12 de dezembro de 1972, independen- parte, as referidas instalações operacionais;
temente da propriedade do solo, ainda que situa-
do em área qualificada ou inscrita como rural; XV - serviços públicos de saneamento básico
de interesse local: funções públicas e serviços
XI - núcleo urbano informal: aquele clandesti- cujas infraestruturas e instalações operacionais
no, irregular ou no qual não tenha sido possível atendam a um único Município;
realizar a titulação de seus ocupantes, ainda que
atendida a legislação vigente à época de sua im- XVI - sistema condominial: rede coletora de
plantação ou regularização; esgoto sanitário, assentada em posição viável no
interior dos lotes ou conjunto de habitações, inter-
XII - núcleo urbano informal consolidado: ligada à rede pública convencional em um único
aquele de difícil reversão, considerados o tem- ponto ou à unidade de tratamento, utilizada onde
po da ocupação, a natureza das edificações, a há dificuldades de execução de redes ou ligações
localização das vias de circulação e a presença prediais no sistema convencional de esgotamento;

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

XVII - sistema individual alternativo de sanea- IV - tratamento de água bruta;


mento: ação de saneamento básico ou de afasta-
mento e destinação final dos esgotos, quando o lo- V - adução de água tratada; e
cal não for atendido diretamente pela rede pública;
VI - reservação de água tratada.”
XVIII - sistema separador absoluto: conjunto
de condutos, instalações e equipamentos desti- “Art. 3º-B. Consideram-se serviços públicos
nados a coletar, transportar, condicionar e enca- de esgotamento sanitário aqueles constituídos
minhar exclusivamente esgoto sanitário; por 1 (uma) ou mais das seguintes atividades:

XIX - sistema unitário: conjunto de condutos, I - coleta, incluída ligação predial, dos esgo-
instalações e equipamentos destinados a cole- tos sanitários;
tar, transportar, condicionar e encaminhar con-
juntamente esgoto sanitário e águas pluviais. II - transporte dos esgotos sanitários;

........................................................................ III - tratamento dos esgotos sanitários; e

§ 4º (VETADO). IV - disposição final dos esgotos sanitários e


dos lodos originários da operação de unidades de
§ 5º No caso de Região Integrada de Desen- tratamento coletivas ou individuais de forma am-
volvimento (Ride), a prestação regionalizada do bientalmente adequada, incluídas fossas sépticas.
serviço de saneamento básico estará condi-
cionada à anuência dos Municípios que a inte- Parágrafo único. Nas Zonas Especiais de In-
gram.” (NR) teresse Social (Zeis) ou outras áreas do períme-
tro urbano ocupadas predominantemente por
“Art. 3º-A. Consideram-se serviços públicos população de baixa renda, o serviço público de
de abastecimento de água a sua distribuição me- esgotamento sanitário, realizado diretamente
diante ligação predial, incluídos eventuais instru- pelo titular ou por concessionário, inclui conjun-
mentos de medição, bem como, quando vincu- tos sanitários para as residências e solução para
ladas a essa finalidade, as seguintes atividades: a destinação de efluentes, quando inexistentes,
assegurada compatibilidade com as diretrizes da
I - reservação de água bruta; política municipal de regularização fundiária.”

II - captação de água bruta; “Art. 3º-C. Consideram-se serviços públicos


especializados de limpeza urbana e de manejo
III - adução de água bruta; de resíduos sólidos as atividades operacionais de

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Direito Administrativo

coleta, transbordo, transporte, triagem para fins f) outros eventuais serviços de limpeza urbana.”
de reutilização ou reciclagem, tratamento, inclu-
sive por compostagem, e destinação final dos: “Art. 3º-D. Consideram-se serviços públicos de
manejo das águas pluviais urbanas aqueles consti-
I - resíduos domésticos; tuídos por 1 (uma) ou mais das seguintes atividades:

II - resíduos originários de atividades comer- I - drenagem urbana;


ciais, industriais e de serviços, em quantidade e
qualidade similares às dos resíduos domésticos, II - transporte de águas pluviais urbanas;
que, por decisão do titular, sejam considerados
resíduos sólidos urbanos, desde que tais resídu- III - detenção ou retenção de águas plu-
os não sejam de responsabilidade de seu gera- viais urbanas para amortecimento de vazões de
dor nos termos da norma legal ou administrativa, cheias; e
de decisão judicial ou de termo de ajustamento
de conduta; e IV - tratamento e disposição final de águas
pluviais urbanas.”
III - resíduos originários dos serviços públicos
de limpeza urbana, tais como: “Art. 7º ............................................................

a) serviços de varrição, capina, roçada, I - de coleta, de transbordo e de transporte


poda e atividades correlatas em vias e logra- dos resíduos relacionados na alínea “c” do inciso
douros públicos; I do caput do art. 3º desta Lei;

b) asseio de túneis, escadarias, monumentos, II - de triagem, para fins de reutilização ou re-


abrigos e sanitários públicos; ciclagem, de tratamento, inclusive por compos-
tagem, e de destinação final dos resíduos rela-
c) raspagem e remoção de terra, areia e quais- cionados na alínea “c” do inciso I do caput do
quer materiais depositados pelas águas pluviais art. 3º desta Lei; e
em logradouros públicos;
III - de varrição de logradouros públicos, de
d) desobstrução e limpeza de bueiros, bocas limpeza de dispositivos de drenagem de águas
de lobo e correlatos; pluviais, de limpeza de córregos e outros servi-
ços, tais como poda, capina, raspagem e roçada,
e) limpeza de logradouros públicos onde se e de outros eventuais serviços de limpeza urba-
realizem feiras públicas e outros eventos de na, bem como de coleta, de acondicionamento
acesso aberto ao público; e e de destinação final ambientalmente adequada

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

dos resíduos sólidos provenientes dessas ativi- economia mista ou empresa pública, ou a sub-
dades.” (NR) delegação do serviço prestado pela autarquia in-
termunicipal sem prévio procedimento licitatório.
“Art. 8º Exercem a titularidade dos serviços
públicos de saneamento básico: § 2º Para os fins desta Lei, as unidades re-
gionais de saneamento básico devem apresentar
I - os Municípios e o Distrito Federal, no caso sustentabilidade econômico-financeira e con-
de interesse local; templar, preferencialmente, pelo menos 1 (uma)
região metropolitana, facultada a sua integração
II - o Estado, em conjunto com os Municípios por titulares dos serviços de saneamento.
que compartilham efetivamente instalações ope-
racionais integrantes de regiões metropolitanas, § 3º A estrutura de governança para as uni-
aglomerações urbanas e microrregiões, instituí- dades regionais de saneamento básico seguirá
das por lei complementar estadual, no caso de o disposto na Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de
interesse comum. 2015 (Estatuto da Metrópole).

§ 1º O exercício da titularidade dos serviços § 4º Os Chefes dos Poderes Executivos da


de saneamento poderá ser realizado também União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
por gestão associada, mediante consórcio públi- Municípios poderão formalizar a gestão associa-
co ou convênio de cooperação, nos termos do da para o exercício de funções relativas aos ser-
art. 241 da Constituição Federal, observadas as viços públicos de saneamento básico, ficando
seguintes disposições: dispensada, em caso de convênio de coopera-
ção, a necessidade de autorização legal.
I - fica admitida a formalização de consórcios
intermunicipais de saneamento básico, exclusi- § 5º O titular dos serviços públicos de sanea-
vamente composto de Municípios, que poderão mento básico deverá definir a entidade respon-
prestar o serviço aos seus consorciados direta- sável pela regulação e fiscalização desses servi-
mente, pela instituição de autarquia intermunicipal; ços, independentemente da modalidade de sua
prestação.” (NR)
II - os consórcios intermunicipais de sanea-
mento básico terão como objetivo, exclusiva- “Art. 8º-A. É facultativa a adesão dos titula-
mente, o financiamento das iniciativas de implan- res dos serviços públicos de saneamento de in-
tação de medidas estruturais de abastecimento teresse local às estruturas das formas de pres-
de água potável, esgotamento sanitário, limpeza tação regionalizada.”
urbana, manejo de resíduos sólidos, drenagem
e manejo de águas pluviais, vedada a formaliza- “Art. 8º-B. No caso de prestação regionaliza-
ção de contrato de programa com sociedade de da dos serviços de saneamento, as responsa-

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Direito Administrativo

bilidades administrativa, civil e penal são exclu- ções em Saneamento Básico (Sinisa), o Sistema
sivamente aplicadas aos titulares dos serviços Nacional de Informações sobre a Gestão dos
públicos de saneamento, nos termos do art. 8º Resíduos Sólidos (Sinir) e o Sistema Nacional de
desta Lei.” Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh),
observadas a metodologia e a periodicidade es-
“Art. 9º ............................................................ tabelecidas pelo Ministério do Desenvolvimento
Regional; e
I - elaborar os planos de saneamento básico,
nos termos desta Lei, bem como estabelecer VII - intervir e retomar a operação dos servi-
metas e indicadores de desempenho e mecanis- ços delegados, por indicação da entidade regu-
mos de aferição de resultados, a serem obrigato- ladora, nas hipóteses e nas condições previstas
riamente observados na execução dos serviços na legislação e nos contratos.
prestados de forma direta ou por concessão;
Parágrafo único. No exercício das atividades
II - prestar diretamente os serviços, ou con- a que se refere o caput deste artigo, o titular po-
ceder a prestação deles, e definir, em ambos os derá receber cooperação técnica do respectivo
casos, a entidade responsável pela regulação e Estado e basear-se em estudos fornecidos pelos
fiscalização da prestação dos serviços públicos prestadores dos serviços.” (NR)
de saneamento básico;
“Art. 10. A prestação dos serviços públicos de
III - definir os parâmetros a serem adotados saneamento básico por entidade que não integre
para a garantia do atendimento essencial à saú- a administração do titular depende da celebra-
de pública, inclusive quanto ao volume mínimo ção de contrato de concessão, mediante prévia
per capita de água para abastecimento público, licitação, nos termos do art. 175 da Constituição
observadas as normas nacionais relativas à po- Federal, vedada a sua disciplina mediante con-
tabilidade da água; trato de programa, convênio, termo de parceria
ou outros instrumentos de natureza precária.
IV - estabelecer os direitos e os deveres dos
usuários; § 1º (Revogado).

V - estabelecer os mecanismos e os procedi- I - (revogado).


mentos de controle social, observado o disposto
no inciso IV do caput do art. 3º desta Lei; a) (revogada).

VI - implementar sistema de informações so- b) (revogada).


bre os serviços públicos de saneamento básico,
articulado com o Sistema Nacional de Informa- II - (revogado).

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

§ 2º (Revogado). § 1º Os contratos que envolvem a prestação


dos serviços públicos de saneamento básico po-
§ 3º Os contratos de programa regulares vi- derão prever mecanismos privados para resolu-
gentes permanecem em vigor até o advento do ção de disputas decorrentes do contrato ou a ele
seu termo contratual.” (NR) relacionadas, inclusive a arbitragem, a ser reali-
zada no Brasil e em língua portuguesa, nos ter-
“Art. 10-A. Os contratos relativos à prestação mos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.
dos serviços públicos de saneamento básico de-
verão conter, expressamente, sob pena de nuli- § 2º As outorgas de recursos hídricos atual-
dade, as cláusulas essenciais previstas no art. 23 mente detidas pelas empresas estaduais pode-
da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, além rão ser segregadas ou transferidas da operação
das seguintes disposições: a ser concedida, permitidas a continuidade da
prestação do serviço público de produção de
I - metas de expansão dos serviços, de redu- água pela empresa detentora da outorga de re-
ção de perdas na distribuição de água tratada, de cursos hídricos e a assinatura de contrato de
qualidade na prestação dos serviços, de eficiência longo prazo entre esta empresa produtora de
e de uso racional da água, da energia e de outros água e a empresa operadora da distribuição de
recursos naturais, do reúso de efluentes sanitários água para o usuário final, com objeto de compra
e do aproveitamento de águas de chuva, em con- e venda de água.”
formidade com os serviços a serem prestados;
“Art. 10-B. Os contratos em vigor, incluídos
II - possíveis fontes de receitas alternativas, aditivos e renovações, autorizados nos termos
complementares ou acessórias, bem como as desta Lei, bem como aqueles provenientes de
provenientes de projetos associados, incluindo, licitação para prestação ou concessão dos ser-
entre outras, a alienação e o uso de efluentes sa- viços públicos de saneamento básico, estarão
nitários para a produção de água de reúso, com condicionados à comprovação da capacidade
possibilidade de as receitas serem compartilhadas econômico-financeira da contratada, por recur-
entre o contratante e o contratado, caso aplicável; sos próprios ou por contratação de dívida, com
vistas a viabilizar a universalização dos serviços
III - metodologia de cálculo de eventual inde- na área licitada até 31 de dezembro de 2033, nos
nização relativa aos bens reversíveis não amorti- termos do § 2º do art. 11-B desta Lei.
zados por ocasião da extinção do contrato; e
Parágrafo único. A metodologia para compro-
IV - repartição de riscos entre as partes, in- vação da capacidade econômico-financeira da
cluindo os referentes a caso fortuito, força maior, contratada será regulamentada por decreto do
fato do príncipe e álea econômica extraordinária. Poder Executivo no prazo de 90 (noventa) dias.”

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Direito Administrativo

“Art. 11. .......................................................... de realizar licitação e contratação de parceria pú-


blico-privada, nos termos da Lei nº 11.079, de 30
II - a existência de estudo que comprove a de dezembro de 2004, e desde que haja previsão
viabilidade técnica e econômico-financeira da contratual ou autorização expressa do titular dos
prestação dos serviços, nos termos estabeleci- serviços, subdelegar o objeto contratado, observa-
dos no respectivo plano de saneamento básico; do, para a referida subdelegação, o limite de 25%
(vinte e cinco por cento) do valor do contrato.
........................................................................
§ 1º A subdelegação fica condicionada à com-
V - a existência de metas e cronograma de uni- provação técnica, por parte do prestador de servi-
versalização dos serviços de saneamento básico. ços, do benefício em termos de eficiência e quali-
dade dos serviços públicos de saneamento básico.
........................................................................
§ 2º Os contratos de subdelegação disporão
§ 2º ................................................................. sobre os limites da sub-rogação de direitos e
obrigações do prestador de serviços pelo sub-
II - a inclusão, no contrato, das metas pro- delegatário e observarão, no que couber, o dis-
gressivas e graduais de expansão dos serviços, posto no § 2º do art. 11 desta Lei, bem como
de redução progressiva e controle de perdas na serão precedidos de procedimento licitatório.
distribuição de água tratada, de qualidade, de
eficiência e de uso racional da água, da energia § 3º Para a observância do princípio da mo-
e de outros recursos naturais, em conformidade dicidade tarifária aos usuários e aos consumi-
com os serviços a serem prestados e com o res- dores, na forma da Lei nº 8.987, de 13 de fe-
pectivo plano de saneamento básico; vereiro de 1995, ficam vedadas subconcessões
ou subdelegações que impliquem sobreposição
........................................................................ de custos administrativos ou gerenciais a serem
pagos pelo usuário final.
§ 5º Fica vedada a distribuição de lucros e di-
videndos, do contrato em execução, pelo pres- § 4º Os Municípios com estudos para con-
tador de serviços que estiver descumprindo as cessões ou parcerias público-privadas em cur-
metas e cronogramas estabelecidos no contrato so, pertencentes a uma região metropolitana,
específico da prestação de serviço público de podem dar seguimento ao processo e efetivar a
saneamento básico.” (NR) contratação respectiva, mesmo se ultrapassado
o limite previsto no caput deste artigo, desde que
“Art. 11-A. Na hipótese de prestação dos ser- tenham o contrato assinado em até 1 (um) ano.
viços públicos de saneamento básico por meio
de contrato, o prestador de serviços poderá, além § 5º (VETADO).

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

§ 6º Para fins de aferição do limite previsto I - prestação direta da parcela remanescente;


no caput deste artigo, o critério para definição
do valor do contrato do subdelegatário deverá II - licitação complementar para atingimento
ser o mesmo utilizado para definição do valor do da totalidade da meta; e
contrato do prestador do serviço.
III - aditamento de contratos já licitados, incluin-
§ 7º Caso o contrato do prestador do serviço do eventual reequilíbrio econômico-financeiro,
não tenha valor de contrato, o faturamento anual desde que em comum acordo com a contratada.
projetado para o subdelegatário não poderá ultra-
passar 25% (vinte e cinco por cento) do faturamen- § 3º As metas de universalização deverão ser
to anual projetado para o prestador do serviço.” calculadas de maneira proporcional no período
compreendido entre a assinatura do contrato
“Art. 11-B. Os contratos de prestação dos ou do termo aditivo e o prazo previsto no caput
serviços públicos de saneamento básico de- deste artigo, de forma progressiva, devendo ser
verão definir metas de universalização que ga- antecipadas caso as receitas advindas da pres-
rantam o atendimento de 99% (noventa e nove tação eficiente do serviço assim o permitirem,
por cento) da população com água potável e nos termos da regulamentação.
de 90% (noventa por cento) da população com
coleta e tratamento de esgotos até 31 de de- § 4º É facultado à entidade reguladora pre-
zembro de 2033, assim como metas quantitati- ver hipóteses em que o prestador poderá utilizar
vas de não intermitência do abastecimento, de métodos alternativos e descentralizados para os
redução de perdas e de melhoria dos proces- serviços de abastecimento de água e de coleta
sos de tratamento. e tratamento de esgoto em áreas rurais, remotas
ou em núcleos urbanos informais consolidados,
§ 1º Os contratos em vigor que não possuírem sem prejuízo da sua cobrança, com vistas a ga-
as metas de que trata o caput deste artigo terão até rantir a economicidade da prestação dos servi-
31 de março de 2022 para viabilizar essa inclusão. ços públicos de saneamento básico.

§ 2º Contratos firmados por meio de procedi- § 5º O cumprimento das metas de universali-


mentos licitatórios que possuam metas diversas zação e não intermitência do abastecimento, de
daquelas previstas no caput deste artigo, inclu- redução de perdas e de melhoria dos processos
sive contratos que tratem, individualmente, de de tratamento deverá ser verificado anualmen-
água ou de esgoto, permanecerão inalterados te pela agência reguladora, observando-se um
nos moldes licitados, e o titular do serviço deverá intervalo dos últimos 5 (cinco) anos, nos quais
buscar alternativas para atingir as metas defini- as metas deverão ter sido cumpridas em, pelo
das no caput deste artigo, incluídas as seguintes: menos, 3 (três), e a primeira fiscalização deverá

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Direito Administrativo

ser realizada apenas ao término do quinto ano de § 1º O plano regional de saneamento básico
vigência do contrato. poderá contemplar um ou mais componentes do
saneamento básico, com vistas à otimização do
§ 6º As metas previstas neste artigo deverão planejamento e da prestação dos serviços.
ser observadas no âmbito municipal, quando
exercida a titularidade de maneira independente, § 2º As disposições constantes do plano re-
ou no âmbito da prestação regionalizada, quan- gional de saneamento básico prevalecerão so-
do aplicável. bre aquelas constantes dos planos municipais,
quando existirem.
§ 7º No caso do não atingimento das metas,
nos termos deste artigo, deverá ser iniciado pro- § 3º O plano regional de saneamento básico dis-
cedimento administrativo pela agência regulado- pensará a necessidade de elaboração e publicação
ra com o objetivo de avaliar as ações a serem de planos municipais de saneamento básico.
adotadas, incluídas medidas sancionatórias,
com eventual declaração de caducidade da con- § 4º O plano regional de saneamento básico po-
cessão, assegurado o direito à ampla defesa. derá ser elaborado com suporte de órgãos e entida-
des das administrações públicas federal, estaduais
§ 8º Os contratos provisórios não formaliza- e municipais, além de prestadores de serviço.” (NR)
dos e os vigentes prorrogados em desconformi-
dade com os regramentos estabelecidos nesta “Art. 18. Os prestadores que atuem em mais
Lei serão considerados irregulares e precários. de um Município ou região ou que prestem ser-
viços públicos de saneamento básico diferentes
§ 9º Quando os estudos para a licitação da em um mesmo Município ou região manterão sis-
prestação regionalizada apontarem para a invia- tema contábil que permita registrar e demonstrar,
bilidade econômico-financeira da universalização separadamente, os custos e as receitas de cada
na data referida no caput deste artigo, mesmo serviço em cada um dos Municípios ou regiões
após o agrupamento de Municípios de diferentes atendidas e, se for o caso, no Distrito Federal.
portes, fica permitida a dilação do prazo, desde
que não ultrapasse 1º de janeiro de 2040 e haja Parágrafo único. Nos casos em que os con-
anuência prévia da agência reguladora, que, em tratos previstos no caput deste artigo se encer-
sua análise, deverá observar o princípio da mo- rarem após o prazo fixado no contrato de pro-
dicidade tarifária.” grama da empresa estatal ou de capital misto
contratante, por vencimento ordinário ou cadu-
“Art. 17. O serviço regionalizado de sanea- cidade, o ente federativo controlador da empre-
mento básico poderá obedecer a plano regional sa delegatária da prestação de serviços públicos
de saneamento básico elaborado para o conjun- de saneamento básico, por ocasião da assinatu-
to de Municípios atendidos. ra do contrato de parceria público-privada ou de

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

subdelegação, deverá assumir esses contratos, nos de desenvolvimento urbano integrado das
mantidos iguais prazos e condições perante o li- unidades regionais por eles abrangidas.
citante vencedor.” (NR)
§ 4º Os planos de saneamento básico serão
“Art. 18-A. O prestador dos serviços públicos revistos periodicamente, em prazo não superior
de saneamento básico deve disponibilizar infra- a 10 (dez) anos.
estrutura de rede até os respectivos pontos de
conexão necessários à implantação dos serviços ........................................................................
nas edificações e nas unidades imobiliárias de-
correntes de incorporação imobiliária e de par- § 9º Os Municípios com população inferior a
celamento de solo urbano. 20.000 (vinte mil) habitantes poderão apresentar
planos simplificados, com menor nível de deta-
Parágrafo único. A agência reguladora institui- lhamento dos aspectos previstos nos incisos I a
rá regras para que empreendedores imobiliários V do caput deste artigo.” (NR)
façam investimentos em redes de água e esgoto,
identificando as situações nas quais os investi- “Art. 21. A função de regulação, desempe-
mentos representam antecipação de atendimen- nhada por entidade de natureza autárquica dota-
to obrigatório do operador local, fazendo jus ao da de independência decisória e autonomia ad-
ressarcimento futuro por parte da concessionária, ministrativa, orçamentária e financeira, atenderá
por critérios de avaliação regulatórios, e aquelas aos princípios de transparência, tecnicidade, ce-
nas quais os investimentos configuram-se como leridade e objetividade das decisões.
de interesse restrito do empreendedor imobiliário,
situação na qual não fará jus ao ressarcimento.” I - (revogado);

“Art. 19. .......................................................... II - (revogado).” (NR)

§ 1º Os planos de saneamento básico serão “Art. 22. ..........................................................


aprovados por atos dos titulares e poderão ser
elaborados com base em estudos fornecidos I - estabelecer padrões e normas para a adequa-
pelos prestadores de cada serviço. da prestação e a expansão da qualidade dos servi-
ços e para a satisfação dos usuários, com observa-
........................................................................ ção das normas de referência editadas pela ANA;

§ 3º Os planos de saneamento básico deve- II - garantir o cumprimento das condições e


rão ser compatíveis com os planos das bacias metas estabelecidas nos contratos de prestação
hidrográficas e com planos diretores dos Municí- de serviços e nos planos municipais ou de pres-
pios em que estiverem inseridos, ou com os pla- tação regionalizada de saneamento básico;

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Direito Administrativo

III - prevenir e reprimir o abuso do poder eco- dora, e o ato de delegação explicitará a forma de
nômico, ressalvada a competência dos órgãos atuação e a abrangência das atividades a serem
integrantes do Sistema Brasileiro de Defesa da desempenhadas pelas partes envolvidas.
Concorrência; e
§ 1º-A. Nos casos em que o titular optar por
IV - definir tarifas que assegurem tanto o equi- aderir a uma agência reguladora em outro Estado
líbrio econômico-financeiro dos contratos quan- da Federação, deverá ser considerada a relação
to a modicidade tarifária, por mecanismos que de agências reguladoras de que trata o art. 4º-B
gerem eficiência e eficácia dos serviços e que da Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, e essa
permitam o compartilhamento dos ganhos de opção só poderá ocorrer nos casos em que:
produtividade com os usuários.” (NR)
I - não exista no Estado do titular agência re-
“Art. 23. A entidade reguladora, observadas guladora constituída que tenha aderido às nor-
as diretrizes determinadas pela ANA, editará mas de referência da ANA;
normas relativas às dimensões técnica, econô-
mica e social de prestação dos serviços públicos II - seja dada prioridade, entre as agências
de saneamento básico, que abrangerão, pelo reguladoras qualificadas, àquela mais próxima à
menos, os seguintes aspectos: localidade do titular; e

........................................................................ III - haja anuência da agência reguladora escolhi-


da, que poderá cobrar uma taxa de regulação dife-
XI - medidas de segurança, de contingência e renciada, de acordo com a distância de seu Estado.
de emergência, inclusive quanto a racionamento;
§ 1º-B. Selecionada a agência reguladora
........................................................................ mediante contrato de prestação de serviços, ela
não poderá ser alterada até o encerramento con-
XIII - procedimentos de fiscalização e de apli- tratual, salvo se deixar de adotar as normas de
cação de sanções previstas nos instrumentos referência da ANA ou se estabelecido de acordo
contratuais e na legislação do titular; e com o prestador de serviços.

XIV - diretrizes para a redução progressiva e ........................................................................


controle das perdas de água.
§ 4º No estabelecimento de metas, indica-
§ 1º A regulação da prestação dos serviços dores e métodos de monitoramento, poderá ser
públicos de saneamento básico poderá ser dele- utilizada a comparação do desempenho de dife-
gada pelos titulares a qualquer entidade regula- rentes prestadores de serviços.” (NR)

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

“Art. 25-A. A ANA instituirá normas de referên- § 3º As novas edificações condominiais adotarão
cia para a regulação da prestação dos serviços padrões de sustentabilidade ambiental que incluam,
públicos de saneamento básico por seus titulares entre outros procedimentos, a medição individua-
e suas entidades reguladoras e fiscalizadoras, ob- lizada do consumo hídrico por unidade imobiliária,
servada a legislação federal pertinente.” nos termos da Lei nº 13.312, de 12 de julho de 2016.

“Art. 29. Os serviços públicos de saneamento § 4º Na hipótese de prestação dos serviços


básico terão a sustentabilidade econômico-finan- sob regime de concessão, as tarifas e preços
ceira assegurada por meio de remuneração pela públicos serão arrecadados pelo prestador di-
cobrança dos serviços, e, quando necessário, por retamente do usuário, e essa arrecadação será
outras formas adicionais, como subsídios ou sub- facultativa em caso de taxas.
venções, vedada a cobrança em duplicidade de
custos administrativos ou gerenciais a serem pa- § 5º Os prédios, edifícios e condomínios que
gos pelo usuário, nos seguintes serviços: foram construídos sem a individualização da me-
dição até a entrada em vigor da Lei nº 13.312, de
I - de abastecimento de água e esgotamento 12 de julho de 2016, ou em que a individualização
sanitário, na forma de taxas, tarifas e outros preços for inviável, pela onerosidade ou por razão técni-
públicos, que poderão ser estabelecidos para cada ca, poderão instrumentalizar contratos especiais
um dos serviços ou para ambos, conjuntamente; com os prestadores de serviços, nos quais serão
estabelecidos as responsabilidades, os critérios
II - de limpeza urbana e manejo de resíduos de rateio e a forma de cobrança.” (NR)
sólidos, na forma de taxas, tarifas e outros pre-
ços públicos, conforme o regime de prestação “Art. 30. Observado o disposto no art. 29 des-
do serviço ou das suas atividades; e ta Lei, a estrutura de remuneração e de cobran-
ça dos serviços públicos de saneamento básico
III - de drenagem e manejo de águas pluviais considerará os seguintes fatores:
urbanas, na forma de tributos, inclusive taxas, ou
tarifas e outros preços públicos, em conformida- ...............................................................” (NR)
de com o regime de prestação do serviço ou das
suas atividades. “Art. 31. Os subsídios destinados ao atendi-
mento de usuários determinados de baixa renda
........................................................................ serão, dependendo da origem dos recursos:

§ 2º Poderão ser adotados subsídios tarifários I - (revogado);


e não tarifários para os usuários que não tenham
capacidade de pagamento suficiente para cobrir II - tarifários, quando integrarem a estrutura
o custo integral dos serviços. tarifária, ou fiscais, quando decorrerem da alo-

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317
Direito Administrativo

cação de recursos orçamentários, inclusive por das as penalidades constantes da referida legis-
meio de subvenções; e lação no caso de eventual descumprimento.

III - internos a cada titular ou entre titulares, § 3º Na hipótese de prestação sob regime de
nas hipóteses de prestação regionalizada.” (NR) delegação, o titular do serviço deverá obrigato-
riamente demonstrar a sustentabilidade econô-
“Art. 35. As taxas ou as tarifas decorrentes da mico-financeira da prestação dos serviços ao
prestação de serviço de limpeza urbana e de ma- longo dos estudos que subsidiaram a contra-
nejo de resíduos sólidos considerarão a destinação tação desses serviços e deverá comprovar, no
adequada dos resíduos coletados e o nível de ren- respectivo processo administrativo, a existência
da da população da área atendida, de forma iso- de recursos suficientes para o pagamento dos
lada ou combinada, e poderão, ainda, considerar: valores incorridos na delegação, por meio da de-
monstração de fluxo histórico e projeção futura
I - (revogado); de recursos.” (NR)

II - as características dos lotes e as áreas que “Art. 40. ..........................................................


podem ser neles edificadas;
II - necessidade de efetuar reparos, modifica-
........................................................................ ções ou melhorias de qualquer natureza nos siste-
mas, respeitados os padrões de qualidade e con-
IV - o consumo de água; e tinuidade estabelecidos pela regulação do serviço;

V - a frequência de coleta. ........................................................................

§ 1º Na hipótese de prestação de serviço sob V - inadimplemento, pelo usuário do serviço


regime de delegação, a cobrança de taxas ou ta- de abastecimento de água ou de esgotamento
rifas poderá ser realizada na fatura de consumo sanitário, do pagamento das tarifas, após ter sido
de outros serviços públicos, com a anuência da formalmente notificado, de forma que, em caso
prestadora do serviço. de coleta, afastamento e tratamento de esgoto,
a interrupção dos serviços deverá preservar as
§ 2º A não proposição de instrumento de co- condições mínimas de manutenção da saúde
brança pelo titular do serviço nos termos deste dos usuários, de acordo com norma de regula-
artigo, no prazo de 12 (doze) meses de vigência ção ou norma do órgão de política ambiental.
desta Lei, configura renúncia de receita e exigirá
a comprovação de atendimento, pelo titular do ...............................................................” (NR)
serviço, do disposto no art. 14 da Lei Comple-
mentar nº 101, de 4 de maio de 2000, observa- “Art. 42. ..........................................................

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

§ 5º A transferência de serviços de um pres- tos ambientais esperados e da resiliência de sua


tador para outro será condicionada, em qualquer área de implantação.
hipótese, à indenização dos investimentos vin-
culados a bens reversíveis ainda não amortiza- ........................................................................
dos ou depreciados, nos termos da Lei nº 8.987,
de 13 de fevereiro de 1995, facultado ao titular § 3º A agência reguladora competente esta-
atribuir ao prestador que assumirá o serviço a belecerá metas progressivas para a substituição
responsabilidade por seu pagamento.” (NR) do sistema unitário pelo sistema separador abso-
luto, sendo obrigatório o tratamento dos esgotos
“Art. 43. .......................................................... coletados em períodos de estiagem, enquanto
durar a transição.” (NR)
§ 1º A União definirá parâmetros mínimos de
potabilidade da água. “Art. 45. As edificações permanentes urbanas
serão conectadas às redes públicas de abas-
§ 2º A entidade reguladora estabelecerá limi- tecimento de água e de esgotamento sanitário
tes máximos de perda na distribuição de água disponíveis e sujeitas ao pagamento de taxas,
tratada, que poderão ser reduzidos gradualmen- tarifas e outros preços públicos decorrentes da
te, conforme se verifiquem avanços tecnológi- disponibilização e da manutenção da infraestru-
cos e maiores investimentos em medidas para tura e do uso desses serviços.
diminuição desse desperdício.” (NR)
........................................................................
“Art. 44. O licenciamento ambiental de uni-
dades de tratamento de esgotos sanitários, de § 3º A instalação hidráulica predial prevista no
efluentes gerados nos processos de tratamento § 2º deste artigo constitui a rede ou tubulação
de água e das instalações integrantes dos ser- que se inicia na ligação de água da prestadora e
viços públicos de manejo de resíduos sólidos finaliza no reservatório de água do usuário.
considerará os requisitos de eficácia e eficiência,
a fim de alcançar progressivamente os padrões § 4º Quando disponibilizada rede pública de
estabelecidos pela legislação ambiental, ponde- esgotamento sanitário, o usuário estará sujeito
rada a capacidade de pagamento das popula- aos pagamentos previstos no caput deste artigo,
ções e usuários envolvidos. sendo-lhe assegurada a cobrança de um valor mí-
nimo de utilização dos serviços, ainda que a sua
§ 1º A autoridade ambiental competente as- edificação não esteja conectada à rede pública.
segurará prioridade e estabelecerá procedi-
mentos simplificados de licenciamento para as § 5º O pagamento de taxa ou de tarifa, na forma
atividades a que se refere o caput deste artigo, prevista no caput deste artigo, não isenta o usuá-
em função do porte das unidades, dos impac- rio da obrigação de conectar-se à rede pública de

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Direito Administrativo

esgotamento sanitário, e o descumprimento des- § 10. A conexão de edificações situadas em


sa obrigação sujeita o usuário ao pagamento de núcleo urbano, núcleo urbano informal e núcleo
multa e demais sanções previstas na legislação, urbano informal consolidado observará o dis-
ressalvados os casos de reúso e de captação de posto na Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017.
água de chuva, nos termos do regulamento.
§ 11. As edificações para uso não residencial
§ 6º A entidade reguladora ou o titular dos ou condomínios regidos pela Lei nº 4.591, de 16
serviços públicos de saneamento básico deve- de dezembro de 1964, poderão utilizarse de fon-
rão estabelecer prazo não superior a 1 (um) ano tes e métodos alternativos de abastecimento de
para que os usuários conectem suas edificações água, incluindo águas subterrâneas, de reúso ou
à rede de esgotos, onde disponível, sob pena de pluviais, desde que autorizados pelo órgão ges-
o prestador do serviço realizar a conexão me- tor competente e que promovam o pagamento
diante cobrança do usuário. pelo uso de recursos hídricos, quando devido.

§ 7º A entidade reguladora ou o titular dos § 12. Para a satisfação das condições descritas
serviços públicos de saneamento básico deve- no § 11 deste artigo, os usuários deverão instalar
rá, sob pena de responsabilidade administrativa, medidor para contabilizar o seu consumo e deverão
contratual e ambiental, até 31 de dezembro de arcar apenas com o pagamento pelo uso da rede
2025, verificar e aplicar o procedimento previsto de coleta e tratamento de esgoto na quantidade
no § 6º deste artigo a todas as edificações im- equivalente ao volume de água captado.” (NR)
plantadas na área coberta com serviço de esgo-
tamento sanitário. “Art. 46. ..........................................................

§ 8º O serviço de conexão de edificação ocu- Parágrafo único. Sem prejuízo da adoção dos
pada por família de baixa renda à rede de es- mecanismos a que se refere o caput deste ar-
gotamento sanitário poderá gozar de gratuidade, tigo, a ANA poderá recomendar, independente-
ainda que os serviços públicos de saneamento mente da dominialidade dos corpos hídricos que
básico sejam prestados mediante concessão, formem determinada bacia hidrográfica, a restri-
observado, quando couber, o reequilíbrio eco- ção ou a interrupção do uso de recursos hídricos
nômico-financeiro dos contratos. e a prioridade do uso para o consumo humano e
para a dessedentação de animais.” (NR)
§ 9º Para fins de concessão da gratuidade
prevista no § 8º deste artigo, caberá ao titular re- “Art. 46-A. (VETADO).”
gulamentar os critérios para enquadramento das
famílias de baixa renda, consideradas as peculia- “Art. 47. O controle social dos serviços públi-
ridades locais e regionais. cos de saneamento básico poderá incluir a parti-

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

cipação de órgãos colegiados de caráter consul- ao reúso de efluentes sanitários e ao aproveita-


tivo, nacional, estaduais, distrital e municipais, mento de águas de chuva, em conformidade com
em especial o Conselho Nacional de Recursos as demais normas ambientais e de saúde pública;
Hídricos, nos termos da Lei nº 9.433, de 8 de
janeiro de 1997, assegurada a representação: XIII - estímulo ao desenvolvimento e ao aper-
feiçoamento de equipamentos e métodos eco-
...............................................................” (NR) nomizadores de água;

“Art. 48. .......................................................... XIV - promoção da segurança jurídica e da re-


dução dos riscos regulatórios, com vistas a esti-
III - uniformização da regulação do setor e di- mular investimentos públicos e privados;
vulgação de melhores práticas, conforme o dis-
posto na Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000; XV - estímulo à integração das bases de dados;

........................................................................ XVI - acompanhamento da governança e da


regulação do setor de saneamento; e
VII - garantia de meios adequados para o
atendimento da população rural, por meio da XVII - prioridade para planos, programas e
utilização de soluções compatíveis com as suas projetos que visem à implantação e à ampliação
características econômicas e sociais peculiares; dos serviços e das ações de saneamento básico
integrado, nos termos desta Lei.
........................................................................
Parágrafo único. As políticas e ações da União
IX - adoção de critérios objetivos de elegibi- de desenvolvimento urbano e regional, de habi-
lidade e prioridade, considerados fatores como tação, de combate e erradicação da pobreza, de
nível de renda e cobertura, grau de urbanização, proteção ambiental, de promoção da saúde, de
concentração populacional, porte populacional recursos hídricos e outras de relevante interesse
municipal, áreas rurais e comunidades tradicio- social direcionadas à melhoria da qualidade de
nais e indígenas, disponibilidade hídrica e riscos vida devem considerar a necessária articulação,
sanitários, epidemiológicos e ambientais; inclusive no que se refere ao financiamento e à
governança, com o saneamento básico.” (NR)
........................................................................
“Art. 48-A. Em programas habitacionais públi-
XII - redução progressiva e controle das per- cos federais ou subsidiados com recursos públi-
das de água, inclusive na distribuição da água tra- cos federais, o sistema de esgotamento sanitário
tada, estímulo à racionalização de seu consumo deverá ser interligado à rede existente, ressalva-
pelos usuários e fomento à eficiência energética, das as hipóteses do § 4º do art. 11-B desta Lei.”

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Direito Administrativo

“Art. 49. .......................................................... XVI - priorizar, apoiar e incentivar planos, pro-


gramas e projetos que visem à implantação e à
I - contribuir para o desenvolvimento nacional, ampliação dos serviços e das ações de sanea-
a redução das desigualdades regionais, a gera- mento integrado, nos termos desta Lei.” (NR)
ção de emprego e de renda, a inclusão social e a
promoção da saúde pública; “Art. 50. ..........................................................

II - priorizar planos, programas e projetos que I - ....................................................................


visem à implantação e à ampliação dos serviços
e das ações de saneamento básico nas áreas a) desempenho do prestador na gestão técni-
ocupadas por populações de baixa renda, inclu- ca, econômica e financeira dos serviços; e
ídos os núcleos urbanos informais consolidados,
quando não se encontrarem em situação de risco; b) eficiência e eficácia na prestação dos servi-
ços públicos de saneamento básico;
........................................................................
II - à operação adequada e à manutenção dos
IV - proporcionar condições adequadas de empreendimentos anteriormente financiados com
salubridade ambiental às populações rurais e às os recursos mencionados no caput deste artigo;
pequenas comunidades;
III - à observância das normas de referência
........................................................................ para a regulação da prestação dos serviços públi-
cos de saneamento básico expedidas pela ANA;
XII - promover educação ambiental destinada
à economia de água pelos usuários; IV - ao cumprimento de índice de perda de água
na distribuição, conforme definido em ato do Mi-
XIII - promover a capacitação técnica do setor; nistro de Estado do Desenvolvimento Regional;

XIV - promover a regionalização dos serviços, V - ao fornecimento de informações atualiza-


com vistas à geração de ganhos de escala, por das para o Sinisa, conforme critérios, métodos
meio do apoio à formação dos blocos de refe- e periodicidade estabelecidos pelo Ministério do
rência e à obtenção da sustentabilidade econô- Desenvolvimento Regional;
mica financeira do bloco;
VI - à regularidade da operação a ser financia-
XV - promover a concorrência na prestação da, nos termos do inciso XIII do caput do art. 3º
dos serviços; e desta Lei;

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

VII - à estruturação de prestação regionalizada; § 8º A manutenção das condições e do aces-


so aos recursos referidos no caput deste artigo
VIII - à adesão pelos titulares dos serviços dependerá da continuidade da observância dos
públicos de saneamento básico à estrutura de atos normativos e da conformidade dos órgãos e
governança correspondente em até 180 (cento e das entidades reguladoras ao disposto no inciso
oitenta) dias contados de sua instituição, nos ca- III do caput deste artigo.
sos de unidade regional de saneamento básico,
blocos de referência e gestão associada; e § 9º A restrição de acesso a recursos públicos
federais e a financiamentos decorrente do des-
IX - à constituição da entidade de governança cumprimento do inciso III do caput deste artigo
federativa no prazo estabelecido no inciso VIII do não afetará os contratos celebrados anterior-
caput deste artigo. mente à sua instituição e as respectivas previ-
sões de desembolso.
§ 1º Na aplicação de recursos não onerosos
da União, serão priorizados os investimentos de § 10. O disposto no inciso III do caput deste
capital que viabilizem a prestação de serviços re- artigo não se aplica às ações de saneamento
gionalizada, por meio de blocos regionais, quan- básico em:
do a sua sustentabilidade econômico-financeira
não for possível apenas com recursos oriundos I - áreas rurais;
de tarifas ou taxas, mesmo após agrupamento
com outros Municípios do Estado, e os investi- II - comunidades tradicionais, incluídas áreas
mentos que visem ao atendimento dos Municí- quilombolas; e
pios com maiores déficits de saneamento cuja
população não tenha capacidade de pagamento III - terras indígenas.
compatível com a viabilidade econômico-finan-
ceira dos serviços. § 11. A União poderá criar cursos de capacitação
técnica dos gestores públicos municipais, em con-
........................................................................ sórcio ou não com os Estados, para a elaboração e
implementação dos planos de saneamento básico.
§ 5º No fomento à melhoria da prestação
dos serviços públicos de saneamento básico, a § 12. (VETADO).” (NR)
União poderá conceder benefícios ou incentivos
orçamentários, fiscais ou creditícios como con- “Art. 52. A União elaborará, sob a coordena-
trapartida ao alcance de metas de desempenho ção do Ministério do Desenvolvimento Regional:
operacional previamente estabelecidas.
I - o Plano Nacional de Saneamento Básico,
........................................................................ que conterá:

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Direito Administrativo

........................................................................ § 1º As informações do Sinisa são públicas,


gratuitas, acessíveis a todos e devem ser publi-
c) a proposição de programas, projetos e cadas na internet, em formato de dados abertos.
ações necessários para atingir os objetivos e as
metas da política federal de saneamento básico, ........................................................................
com identificação das fontes de financiamento,
de forma a ampliar os investimentos públicos e § 3º Compete ao Ministério do Desenvolvi-
privados no setor; mento Regional a organização, a implementação
e a gestão do Sinisa, além do estabelecimento
........................................................................ dos critérios, dos métodos e da periodicidade
para o preenchimento das informações pelos
§ 1º O Plano Nacional de Saneamento Bási- titulares, pelas entidades reguladoras e pelos
co deverá: prestadores dos serviços e para a auditoria pró-
pria do sistema.
........................................................................
§ 4º A ANA e o Ministério do Desenvolvimen-
III - contemplar programa específico para to Regional promoverão a interoperabilidade do
ações de saneamento básico em áreas rurais; Sistema Nacional de Informações sobre Recur-
sos Hídricos (SNIRH) com o Sinisa.
IV - contemplar ações específicas de segu-
rança hídrica; e § 5º O Ministério do Desenvolvimento Regio-
nal dará ampla transparência e publicidade aos
V - contemplar ações de saneamento básico em sistemas de informações por ele geridos e consi-
núcleos urbanos informais ocupados por popula- derará as demandas dos órgãos e das entidades
ções de baixa renda, quando estes forem consoli- envolvidos na política federal de saneamento
dados e não se encontrarem em situação de risco. básico para fornecer os dados necessários ao
desenvolvimento, à implementação e à avaliação
........................................................................ das políticas públicas do setor.

§ 3º A União estabelecerá, de forma subsi- § 6º O Ministério do Desenvolvimento Regio-


diária aos Estados, blocos de referência para a nal estabelecerá mecanismo sistemático de au-
prestação regionalizada dos serviços públicos ditoria das informações inseridas no Sinisa.
de saneamento básico.” (NR)
§ 7º Os titulares, os prestadores de serviços
“Art. 53. .......................................................... públicos de saneamento básico e as entidades

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

reguladoras fornecerão as informações a serem V - avaliar e aprovar orientações para a aplica-


inseridas no Sinisa.” (NR) ção dos recursos federais em saneamento básico.”

“Art. 53-A. Fica criado o Comitê Interminis- “Art. 53-C. Regimento interno disporá sobre a
terial de Saneamento Básico (Cisb), colegiado organização e o funcionamento do Cisb.”
que, sob a presidência do Ministério do De-
senvolvimento Regional, tem a finalidade de “Art. 53-D. Fica estabelecida como política fe-
assegurar a implementação da política federal deral de saneamento básico a execução de obras
de saneamento básico e de articular a atuação de infraestrutura básica de esgotamento sanitá-
dos órgãos e das entidades federais na aloca- rio e abastecimento de água potável em núcleos
ção de recursos financeiros em ações de sane- urbanos formais, informais e informais consolida-
amento básico. dos, passíveis de serem objeto de Regularização
Fundiária Urbana (Reurb), nos termos da Lei nº
Parágrafo único. A composição do Cisb será 13.465, de 11 de julho de 2017, salvo aqueles que
definida em ato do Poder Executivo federal.” se encontrarem em situação de risco.

“Art. 53-B. Compete ao Cisb: Parágrafo único. Admite-se, prioritariamente,


a implantação e a execução das obras de infra-
I - coordenar, integrar, articular e avaliar a ges- estrutura básica de abastecimento de água e
tão, em âmbito federal, do Plano Nacional de Sa- esgotamento sanitário mediante sistema condo-
neamento Básico; minial, entendido como a participação comuni-
tária com tecnologias apropriadas para produzir
II - acompanhar o processo de articulação e soluções que conjuguem redução de custos de
as medidas que visem à destinação dos recursos operação e aumento da eficiência, a fim de criar
para o saneamento básico, no âmbito do Poder condições para a universalização.”
Executivo federal;
Art. 8º A Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de
III - garantir a racionalidade da aplicação dos 2017, passa a vigorar com as seguintes alterações:
recursos federais no setor de saneamento bási-
co, com vistas à universalização dos serviços e “Art. 1º Fica a União autorizada a participar
à ampliação dos investimentos públicos e priva- de fundo que tenha por finalidade exclusiva fi-
dos no setor; nanciar serviços técnicos profissionais especia-
lizados, com vistas a apoiar a estruturação e o
IV - elaborar estudos técnicos para subsidiar desenvolvimento de projetos de concessão e
a tomada de decisões sobre a alocação de re- parcerias público-privadas da União, dos Esta-
cursos federais no âmbito da política federal de dos, do Distrito Federal e dos Municípios, em
saneamento básico; e regime isolado ou consorciado.

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Direito Administrativo

Parágrafo único. (Revogado).” (NR) ........................................................................

“Art. 2º ............................................................ III-A - as regras de participação do fundo nas


modalidades de assistência técnica apoiadas;
§ 3º .................................................................
IV - o chamamento público para verificar o inte-
II - por doações de qualquer natureza, inclu- resse dos entes federativos, em regime isolado ou
sive de Estados, do Distrito Federal, de Municí- consorciado, em realizar concessões e parcerias
pios, de outros países, de organismos interna- público-privadas, exceto em condições específi-
cionais e de organismos multilaterais; cas a serem definidas pelo Conselho de Partici-
pação no fundo a que se refere o art. 4º desta Lei;
III - pelo reembolso de valores despendidos
pelo agente administrador e pelas bonificações ........................................................................
decorrentes da contratação dos serviços de que
trata o art. 1º desta Lei; VI - as sanções aplicáveis na hipótese de
descumprimento dos termos pactuados com
........................................................................ os beneficiários;

V - pelos recursos derivados de alienação de VII - a contratação de instituições parceiras


bens e direitos, ou de publicações, material téc- de qualquer natureza para a consecução de suas
nico, dados e informações; e finalidades; e

VI - por outros recursos definidos em lei. VIII - a contratação de serviços técnicos


especializados.
§ 4º .................................................................
........................................................................
I - as atividades e os serviços técnicos neces-
sários à estruturação e ao desenvolvimento das § 10. O chamamento público de que trata o in-
concessões e das parcerias público-privadas ciso IV do § 4º deste artigo não se aplica à hipótese
passíveis de contratação no âmbito da União, de estruturação de concessões de titularidade da
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- União, permitida a seleção dos empreendimentos
pios, em regime isolado ou consorciado; diretamente pelo Conselho de Participação no
fundo de que trata o art. 4º desta Lei.
I-A - os serviços de assistência técnica a se-
rem financiados pelo fundo; § 11. Os recursos destinados à assistência
técnica relativa aos serviços públicos de sane-
I-B - o apoio à execução de obras; amento básico serão segregados dos demais e

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

não poderão ser destinados para outras finalida- § 8º Os contratos de prestação de serviços
des do fundo.” (NR) públicos de saneamento básico deverão obser-
var o art. 175 da Constituição Federal, vedada
Art. 9º A Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, a formalização de novos contratos de programa
passa a vigorar com as seguintes alterações: para esse fim.” (NR)

“Art. 1º ............................................................ Art. 10. O § 1º do art. 1º da Lei nº 13.089, de


12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole),
§ 4º Aplicam-se aos convênios de coopera- passa a vigorar acrescido do seguinte inciso III:
ção, no que couber, as disposições desta Lei re-
lativas aos consórcios públicos.” (NR) “Art. 1º ............................................................

“Art. 8º ............................................................ § 1º .................................................................

§ 1º O contrato de rateio será formalizado em III - às unidades regionais de saneamento


cada exercício financeiro, e seu prazo de vigência básico definidas pela Lei nº 11.445, de 5 de ja-
não será superior ao das dotações que o suportam, neiro de 2007.
com exceção dos contratos que tenham por objeto
exclusivamente projetos consistentes em progra- ...............................................................” (NR)
mas e ações contemplados em plano plurianual.
Art. 11. A Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010,
...............................................................” (NR) passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 11. .......................................................... “Art. 19. ..........................................................

§ 2º A retirada ou a extinção de consórcio pú- XIX - periodicidade de sua revisão, observado


blico ou convênio de cooperação não prejudicará o período máximo de 10 (dez) anos.
as obrigações já constituídas, inclusive os con-
tratos, cuja extinção dependerá do pagamento ...............................................................” (NR)
das indenizações eventualmente devidas.” (NR)
“Art. 54. A disposição final ambientalmente
“Art. 13. .......................................................... adequada dos rejeitos deverá ser implantada até
31 de dezembro de 2020, exceto para os Muni-
§ 6º (Revogado). cípios que até essa data tenham elaborado plano
intermunicipal de resíduos sólidos ou plano mu-
........................................................................ nicipal de gestão integrada de resíduos sólidos

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Direito Administrativo

e que disponham de mecanismos de cobrança Art. 12. Fica autorizada a transformação, sem
que garantam sua sustentabilidade econômi- aumento de despesa, por ato do Poder Executi-
co-financeira, nos termos do art. 29 da Lei nº vo federal, de cargos do Grupo-Direção e Asses-
11.445, de 5 de janeiro de 2007, para os quais soramento Superiores (DAS) com valores remu-
ficam definidos os seguintes prazos: neratórios totais correspondentes a:

I - até 2 de agosto de 2021, para capitais de I - 4 (quatro) Cargos Comissionados de Ge-


Estados e Municípios integrantes de Região Me- rência Executiva (CGE), dos quais:
tropolitana (RM) ou de Região Integrada de De-
senvolvimento (Ride) de capitais; a) 2 (dois) CGE I; e

II - até 2 de agosto de 2022, para Municípios b) 2 (dois) CGE III;


com população superior a 100.000 (cem mil)
habitantes no Censo 2010, bem como para Mu- II - 12 (doze) Cargos Comissionados Técnicos
nicípios cuja mancha urbana da sede municipal (CCT) V; e
esteja situada a menos de 20 (vinte) quilômetros
da fronteira com países limítrofes; III - 10 (dez) Cargos Comissionados Técnicos
(CCT) II.
III - até 2 de agosto de 2023, para Municípios
com população entre 50.000 (cinquenta mil) e Art. 13. Decreto disporá sobre o apoio técnico
100.000 (cem mil) habitantes no Censo 2010; e e financeiro da União à adaptação dos serviços
públicos de saneamento básico às disposições
IV - até 2 de agosto de 2024, para Municípios desta Lei, observadas as seguintes etapas:
com população inferior a 50.000 (cinquenta mil)
habitantes no Censo 2010. I - adesão pelo titular a mecanismo de presta-
ção regionalizada;
§ 1º (VETADO).
II - estruturação da governança de gestão da
§ 2º Nos casos em que a disposição de prestação regionalizada;
rejeitos em aterros sanitários for economica-
mente inviável, poderão ser adotadas outras III - elaboração ou atualização dos planos regio-
soluções, observadas normas técnicas e ope- nais de saneamento básico, os quais devem levar
racionais estabelecidas pelo órgão competen- em consideração os ambientes urbano e rural;
te, de modo a evitar danos ou riscos à saúde
pública e à segurança e a minimizar os impac- IV - modelagem da prestação dos serviços
tos ambientais.” (NR) em cada bloco, urbano e rural, com base em es-

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

tudos de viabilidade técnica, econômica e am- cessão, e da respectiva Câmara Municipal, nos ca-
biental (EVTEA); sos de privatização, terão prioridade na obtenção
de recursos públicos federais para a elaboração do
V - alteração dos contratos de programa vi- plano municipal de saneamento básico.
gentes, com vistas à transição para o novo mo-
delo de prestação; § 4º Os titulares que elegerem entidade de
regulação de outro ente federativo terão prio-
VI - licitação para concessão dos serviços ou ridade na obtenção de recursos públicos fede-
para alienação do controle acionário da estatal rais para a elaboração do plano municipal de
prestadora, com a substituição de todos os con- saneamento básico.
tratos vigentes.
Art. 14. Em caso de alienação de controle
§ 1º Caso a transição referida no inciso V do acionário de empresa pública ou sociedade de
caput deste artigo exija a substituição de con- economia mista prestadora de serviços públicos
tratos com prazos distintos, estes poderão ser de saneamento básico, os contratos de progra-
reduzidos ou prorrogados, de maneira a conver- ma ou de concessão em execução poderão ser
gir a data de término com o início do contrato de substituídos por novos contratos de concessão,
concessão definitivo, observando-se que: observando-se, quando aplicável, o Programa
Estadual de Desestatização.
I - na hipótese de redução do prazo, o presta-
dor será indenizado na forma do art. 37 da Lei nº § 1º Caso o controlador da empresa pública
8.987, de 13 de fevereiro de 1995; e ou da sociedade de economia mista não mani-
feste a necessidade de alteração de prazo, de
II - na hipótese de prorrogação do prazo, pro- objeto ou de demais cláusulas do contrato no
ceder-se-á, caso necessário, à revisão extraordi- momento da alienação, ressalvado o disposto no
nária, na forma do inciso II do caput do art. 38 da § 1º do art. 11-B da Lei nº 11.445, de 5 de janei-
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. ro de 2007, fica dispensada anuência prévia da
alienação pelos entes públicos que formalizaram
§ 2º O apoio da União será condicionado a o contrato de programa.
compromisso de conclusão das etapas de que
trata o caput deste artigo pelo titular do serviço, § 2º Caso o controlador da empresa pública ou
que ressarcirá as despesas incorridas em caso da sociedade de economia mista proponha altera-
de descumprimento desse compromisso. ção de prazo, de objeto ou de demais cláusulas do
contrato de que trata este artigo antes de sua alie-
§ 3º Na prestação dos serviços públicos de sa- nação, deverá ser apresentada proposta de subs-
neamento básico, os Municípios que obtiverem a tituição dos contratos existentes aos entes públi-
aprovação do Poder Executivo, nos casos de con- cos que formalizaram o contrato de programa.

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Direito Administrativo

§ 3º Os entes públicos que formalizaram o con- Parágrafo único. (VETADO).


trato de programa dos serviços terão o prazo de
180 (cento e oitenta) dias, contado do recebimen- Art. 18. Os contratos de parcerias público-pri-
to da comunicação da proposta de que trata o § vadas ou de subdelegações que tenham sido fir-
2º deste artigo, para manifestarem sua decisão. mados por meio de processos licitatórios deve-
rão ser mantidos pelo novo controlador, em caso
§ 4º A decisão referida no § 3º deste artigo de alienação de controle de empresa estatal ou
deverá ser tomada pelo ente público que forma- sociedade de economia mista.
lizou o contrato de programa com as empresas
públicas e sociedades de economia mista. Parágrafo único. As parcerias público-priva-
das e as subdelegações previstas neste artigo
§ 5º A ausência de manifestação dos entes serão mantidas em prazos e condições pelo ente
públicos que formalizaram o contrato de progra- federativo exercente da competência delegada,
ma no prazo estabelecido no § 3º deste artigo mediante sucessão contratual direta.
configurará anuência à proposta de que trata o §
2º deste artigo. Art. 19. Os titulares de serviços públicos de
saneamento básico deverão publicar seus pla-
§ 6º (VETADO). nos de saneamento básico até 31 de dezem-
bro de 2022, manter controle e dar publicidade
§ 7º (VETADO). sobre o seu cumprimento, bem como comuni-
car os respectivos dados à ANA para inserção
Art. 15. A competência de que trata o § 3º no Sinisa.
do art. 52 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de
2007, somente será exercida caso as unidades Parágrafo único. Serão considerados planos
regionais de saneamento básico não sejam esta- de saneamento básico os estudos que funda-
belecidas pelo Estado no prazo de 1 (um) ano da mentem a concessão ou a privatização, desde
publicação desta Lei. que contenham os requisitos legais necessários.

Art. 16. (VETADO). Art. 20. (VETADO).

Art. 17. Os contratos de concessão e os con- Art. 21. (VETADO).


tratos de programa para prestação dos serviços
públicos de saneamento básico existentes na Art. 22. (VETADO).
data de publicação desta Lei permanecerão em
vigor até o advento do seu termo contratual. Art. 23. Revogam-se:

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

I - o § 2º do art. 4º da Lei nº 9.984, de 17 de Brasília, 15 de julho de 2020; 199o da Inde-


julho de 2000; pendência e 132o da República.

II - o § 1º (antigo parágrafo único) do art. 3º da JAIR MESSIAS BOLSONARO


Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003; André Luiz de Almeida Mendonça
Paulo Guedes
III - os seguintes dispositivos da Lei nº 11.107, Tarcisio Gomes de Freitas
de 6 de abril de 2005: Ricardo de Aquino Salles
Rogério Marinho
a) o § 1º do art. 12;
Este texto não substitui o publicado no DOU
b) o § 6º do art. 13; de 16.7.2020.

IV - os seguintes dispositivos da Lei nº 11.445, *


de 5 de janeiro de 2007:

a) os §§ 1º e 2º do art. 10;

b) os arts. 14, 15 e 16;

c) os incisos I e II do caput do art. 21;

d) o inciso I do caput do art. 31;

e) o inciso I do caput do art. 35;

V - os seguintes dispositivos da Lei nº 13.529,


de 4 de dezembro de 2017:

a) o parágrafo único do art. 1º;

b) o § 3º do art. 4º.

Art. 24. Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

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331
Direito Ambiental

DIREITO AMBIENTAL ção dos serviços públicos de saneamento básico,


a Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003, para
alterar o nome e as atribuições do cargo de Es-
Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020 pecialista em Recursos Hídricos, a Lei nº 11.107,
de 6 de abril de 2005, para vedar a prestação por
Atualiza o marco legal do saneamento básico contrato de programa dos serviços públicos de
e altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, que trata o art. 175 da Constituição Federal, a Lei
para atribuir à Agência Nacional de Águas e Sa- nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para aprimo-
neamento Básico (ANA) competência para editar rar as condições estruturais do saneamento bá-
normas de referência sobre o serviço de sanea- sico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de
mento, a Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2010, para tratar de prazos para a disposição fi-
2003, para alterar o nome e as atribuições do nal ambientalmente adequada dos rejeitos, a Lei
cargo de Especialista em Recursos Hídricos, a nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da
Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, para vedar a Metrópole), para estender seu âmbito de aplica-
prestação por contrato de programa dos serviços ção a unidades regionais, e a Lei nº 13.529, de 4
públicos de que trata o art. 175 da Constituição de dezembro de 2017, para autorizar a União a
Federal, a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, participar de fundo com a finalidade exclusiva de
para aprimorar as condições estruturais do sane- financiar serviços técnicos especializados.
amento básico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de
agosto de 2010, para tratar dos prazos para a dis- Art. 2º A ementa da Lei nº 9.984, de 17 de julho
posição final ambientalmente adequada dos rejei- de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
tos, a Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Es-
tatuto da Metrópole), para estender seu âmbito de “Dispõe sobre a criação da Agência Nacional
aplicação às microrregiões, e a Lei nº 13.529, de de Águas e Saneamento Básico (ANA), entidade
4 de dezembro de 2017, para autorizar a União a federal de implementação da Política Nacional
participar de fundo com a finalidade exclusiva de de Recursos Hídricos, integrante do Sistema Na-
financiar serviços técnicos especializados. cional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
(Singreh) e responsável pela instituição de nor-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber mas de referência para a regulação dos serviços
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- públicos de saneamento básico.”
no a seguinte Lei:
Art. 3º A Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000,
Art. 1º Esta Lei atualiza o marco legal do sane- passa a vigorar com as seguintes alterações:
amento básico e altera a Lei nº 9.984, de 17 de
julho de 2000, para atribuir à Agência Nacional de “Art. 1º Esta Lei cria a Agência Nacional de
Águas e Saneamento Básico (ANA) competência Águas e Saneamento Básico (ANA), entidade fe-
para instituir normas de referência para a regula- deral de implementação da Política Nacional de

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

Recursos Hídricos, integrante do Sistema Na- hídricos a que se refere o inciso XXIII do caput
cional de Gerenciamento de Recursos Hídricos deste artigo.
(Singreh) e responsável pela instituição de nor-
mas de referência para a regulação dos serviços ........................................................................
públicos de saneamento básico, e estabelece
regras para sua atuação, sua estrutura adminis- § 2º (Revogado).
trativa e suas fontes de recursos.” (NR)
........................................................................
“Art. 3º Fica criada a Agência Nacional de
Águas e Saneamento Básico (ANA), autarquia § 9º As regras a que se refere o inciso XXIV do
sob regime especial, com autonomia administra- caput deste artigo serão aplicadas aos corpos
tiva e financeira, vinculada ao Ministério do De- hídricos abrangidos pela declaração de situação
senvolvimento Regional, integrante do Sistema crítica de escassez de recursos hídricos a que se
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídri- refere o inciso XXIII do caput deste artigo.
cos (Singreh), com a finalidade de implementar,
no âmbito de suas competências, a Política Na- § 10. A ANA poderá delegar as competências
cional de Recursos Hídricos e de instituir normas estabelecidas nos incisos V e XII do caput deste
de referência para a regulação dos serviços pú- artigo, por meio de convênio ou de outro instru-
blicos de saneamento básico. mento, a outros órgãos e entidades da adminis-
tração pública federal, estadual e distrital.” (NR)
...............................................................” (NR)
“Art. 4º-A. A ANA instituirá normas de refe-
“Art. 4º ............................................................ rência para a regulação dos serviços públicos de
saneamento básico por seus titulares e suas en-
XXIII - declarar a situação crítica de escassez tidades reguladoras e fiscalizadoras, observadas
quantitativa ou qualitativa de recursos hídricos as diretrizes para a função de regulação estabe-
nos corpos hídricos que impacte o atendimento lecidas na Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
aos usos múltiplos localizados em rios de domínio
da União, por prazo determinado, com base em § 1º Caberá à ANA estabelecer normas de re-
estudos e dados de monitoramento, observados ferência sobre:
os critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional
de Recursos Hídricos, quando houver; e I - padrões de qualidade e eficiência na pres-
tação, na manutenção e na operação dos siste-
XXIV - estabelecer e fiscalizar o cumprimento mas de saneamento básico;
de regras de uso da água, a fim de assegurar
os usos múltiplos durante a vigência da declara- II - regulação tarifária dos serviços públicos
ção de situação crítica de escassez de recursos de saneamento básico, com vistas a promover a

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333
Direito Ambiental

prestação adequada, o uso racional de recursos X - parâmetros para determinação de cadu-


naturais, o equilíbrio econômico-financeiro e a cidade na prestação dos serviços públicos de
universalização do acesso ao saneamento básico; saneamento básico;

III - padronização dos instrumentos negociais XI - normas e metas de substituição do siste-


de prestação de serviços públicos de saneamen- ma unitário pelo sistema separador absoluto de
to básico firmados entre o titular do serviço públi- tratamento de efluentes;
co e o delegatário, os quais contemplarão metas
de qualidade, eficiência e ampliação da cobertura XII - sistema de avaliação do cumprimento
dos serviços, bem como especificação da matriz de metas de ampliação e universalização da
de riscos e dos mecanismos de manutenção do cobertura dos serviços públicos de saneamen-
equilíbrio econômico-financeiro das atividades; to básico;

IV - metas de universalização dos serviços pú- XIII - conteúdo mínimo para a prestação uni-
blicos de saneamento básico para concessões versalizada e para a sustentabilidade econômi-
que considerem, entre outras condições, o nível co-financeira dos serviços públicos de sanea-
de cobertura de serviço existente, a viabilidade mento básico.
econômico-financeira da expansão da prestação
do serviço e o número de Municípios atendidos; § 2º As normas de referência para a regula-
ção dos serviços públicos de saneamento bási-
V - critérios para a contabilidade regulatória; co contemplarão os princípios estabelecidos no
inciso I do caput do art. 2º da Lei nº 11.445, de 5
VI - redução progressiva e controle da perda de janeiro de 2007, e serão instituídas pela ANA
de água; de forma progressiva.

VII - metodologia de cálculo de indenizações § 3º As normas de referência para a regula-


devidas em razão dos investimentos realizados e ção dos serviços públicos de saneamento bási-
ainda não amortizados ou depreciados; co deverão:

VIII - governança das entidades reguladoras, I - promover a prestação adequada dos servi-
conforme princípios estabelecidos no art. 21 da ços, com atendimento pleno aos usuários, obser-
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007; vados os princípios da regularidade, da continui-
dade, da eficiência, da segurança, da atualidade,
IX - reúso dos efluentes sanitários tratados, da generalidade, da cortesia, da modicidade tari-
em conformidade com as normas ambientais e fária, da utilização racional dos recursos hídricos
de saúde pública; e da universalização dos serviços;

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

II - estimular a livre concorrência, a competi- § 4º No processo de instituição das normas


tividade, a eficiência e a sustentabilidade econô- de referência, a ANA:
mica na prestação dos serviços;
I - avaliará as melhores práticas regulatórias
III - estimular a cooperação entre os entes fe- do setor, ouvidas as entidades encarregadas da
derativos com vistas à prestação, à contratação regulação e da fiscalização e as entidades repre-
e à regulação dos serviços de forma adequada e sentativas dos Municípios;
eficiente, a fim de buscar a universalização dos
serviços e a modicidade tarifária; II - realizará consultas e audiências públicas,
de forma a garantir a transparência e a publici-
IV - possibilitar a adoção de métodos, técni- dade dos atos, bem como a possibilitar a análise
cas e processos adequados às peculiaridades de impacto regulatório das normas propostas; e
locais e regionais;
III - poderá constituir grupos ou comissões de
V - incentivar a regionalização da prestação trabalho com a participação das entidades regu-
dos serviços, de modo a contribuir para a viabi- ladoras e fiscalizadoras e das entidades repre-
lidade técnica e econômico-financeira, a criação sentativas dos Municípios para auxiliar na elabo-
de ganhos de escala e de eficiência e a universa- ração das referidas normas.
lização dos serviços;
§ 5º A ANA disponibilizará, em caráter volun-
VI - estabelecer parâmetros e periodicidade tário e com sujeição à concordância entre as
mínimos para medição do cumprimento das me- partes, ação mediadora ou arbitral nos conflitos
tas de cobertura dos serviços e do atendimento que envolvam titulares, agências reguladoras
aos indicadores de qualidade e aos padrões de ou prestadores de serviços públicos de sanea-
potabilidade, observadas as peculiaridades con- mento básico.
tratuais e regionais;
§ 6º A ANA avaliará o impacto regulatório e o
VII - estabelecer critérios limitadores da sobre- cumprimento das normas de referência de que
posição de custos administrativos ou gerenciais trata o § 1º deste artigo pelos órgãos e pelas en-
a serem pagos pelo usuário final, independente- tidades responsáveis pela regulação e pela fisca-
mente da configuração de subcontratações ou lização dos serviços.
de subdelegações; e
§ 7º No exercício das competências a que se
VIII - assegurar a prestação concomitante dos refere este artigo, a ANA zelará pela uniformida-
serviços de abastecimento de água e de esgota- de regulatória do setor de saneamento básico e
mento sanitário. pela segurança jurídica na prestação e na regu-

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Direito Ambiental

lação dos serviços, observado o disposto no in- tidades reguladoras e fiscalizadoras que adotam
ciso IV do § 3º deste artigo. as normas de referência nacionais para a regula-
ção dos serviços públicos de saneamento bási-
§ 8º Para fins do disposto no inciso II do § 1º co, com vistas a viabilizar o acesso aos recursos
deste artigo, as normas de referência de regu- públicos federais ou a contratação de financia-
lação tarifária estabelecerão os mecanismos de mentos com recursos da União ou com recursos
subsídios para as populações de baixa renda, a geridos ou operados por órgãos ou entidades da
fim de possibilitar a universalização dos serviços, administração pública federal, nos termos do art.
observado o disposto no art. 31 da Lei nº 11.445, 50 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
de 5 de janeiro de 2007, e, quando couber, o
compartilhamento dos ganhos de produtividade § 1º A ANA disciplinará, por meio de ato nor-
com os usuários dos serviços. mativo, os requisitos e os procedimentos a serem
observados pelas entidades encarregadas da re-
§ 9º Para fins do disposto no inciso III do § 1º gulação e da fiscalização dos serviços públicos
deste artigo, as normas de referência regulató- de saneamento básico, para a comprovação da
rias estabelecerão parâmetros e condições para adoção das normas regulatórias de referência,
investimentos que permitam garantir a manuten- que poderá ser gradual, de modo a preservar as
ção dos níveis de serviços desejados durante a expectativas e os direitos decorrentes das nor-
vigência dos contratos. mas a serem substituídas e a propiciar a adequa-
da preparação das entidades reguladoras.
§ 10. Caberá à ANA elaborar estudos técnicos
para o desenvolvimento das melhores práticas re- § 2º A verificação da adoção das normas de
gulatórias para os serviços públicos de saneamen- referência nacionais para a regulação da presta-
to básico, bem como guias e manuais para subsi- ção dos serviços públicos de saneamento básico
diar o desenvolvimento das referidas práticas. estabelecidas pela ANA ocorrerá periodicamen-
te e será obrigatória no momento da contratação
§ 11. Caberá à ANA promover a capacitação dos financiamentos com recursos da União ou
de recursos humanos para a regulação adequa- com recursos geridos ou operados por órgãos
da e eficiente do setor de saneamento básico. ou entidades da administração pública federal.”

§ 12. A ANA contribuirá para a articulação en- “Art. 8º A ANA dará publicidade aos pedidos
tre o Plano Nacional de Saneamento Básico, o de outorga de direito de uso de recursos hídri-
Plano Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano cos de domínio da União por meio de publica-
Nacional de Recursos Hídricos.” ção em seu sítio eletrônico, e os atos adminis-
trativos que deles resultarem serão publicados
“Art. 4º-B. A ANA manterá atualizada e dispo- no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico
nível, em seu sítio eletrônico, a relação das en- da ANA.” (NR)

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

“Art. 8º-A. A ANA poderá criar mecanismos de “Dispõe sobre o Quadro de Pessoal da Agên-
credenciamento e descredenciamento de técni- cia Nacional de Águas e Saneamento Básico
cos, de empresas especializadas, de consultores (ANA) e dá outras providências.”
independentes e de auditores externos para ob-
ter, analisar e atestar informações ou dados ne- Art. 5º A Lei nº 10.768, de 19 de novembro de
cessários ao desempenho de suas atividades.” 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 11. .......................................................... “Art. 1º Ficam criados, no quadro de pesso-


al da Agência Nacional de Águas e Saneamento
§ 1º É vedado aos dirigentes da ANA, conforme Básico (ANA), os seguintes cargos efetivos, inte-
disposto em seu regimento interno, ter interesse grantes de carreiras de mesmo nome, e respec-
direto ou indireto em empresa relacionada com o tivos quantitativos:
Singreh e em empresa relacionada com a presta-
ção de serviços públicos de saneamento básico. I - 239 (duzentos e trinta e nove) cargos de
Especialista em Regulação de Recursos Hídricos
...............................................................” (NR) e Saneamento Básico;

“Art. 13. .......................................................... ...............................................................” (NR)

XI - encaminhar periodicamente ao Comitê “Art. 3º É atribuição do cargo de Especialista


Interministerial de Saneamento Básico (Cisb) os em Regulação de Recursos Hídricos e Sanea-
relatórios analisados pela Diretoria Colegiada e os mento Básico o exercício de atividades de nível
demais assuntos do interesse desse órgão.” (NR) superior de elevada complexidade relativas à
gestão de recursos hídricos, que envolvam:
“Art. 17-A. O Ministério da Economia fica au-
torizado a promover a lotação ou o exercício de I - regulação, outorga, inspeção, fiscaliza-
servidores de órgãos e de entidades da adminis- ção e controle do uso de recursos hídricos e da
tração pública federal na ANA. prestação de serviços públicos na área de sane-
amento básico;
Parágrafo único. A lotação ou o exercício
de servidores de que trata o caput deste artigo II - elaboração de normas de referência para
ocorrerá sem prejuízo de outras medidas de for- a regulação do uso de recursos hídricos e da
talecimento da capacidade institucional.” prestação dos serviços públicos de saneamen-
to básico;
Art. 4º A ementa da Lei nº 10.768, de 19 de
novembro de 2003, passa a vigorar com a se- III - implementação e avaliação dos instrumen-
guinte redação: tos da Política Nacional de Recursos Hídricos;

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Direito Ambiental

IV - análise e desenvolvimento de programas “Art. 8º ............................................................


e projetos sobre:
Parágrafo único. A investidura nos cargos de
a) despoluição de bacias hidrográficas; Especialista em Regulação de Recursos Hídricos
e Saneamento Básico, Especialista em Geopro-
b) eventos críticos em recursos hídricos; e cessamento e Analista Administrativo ocorrerá,
exclusivamente, no padrão inicial da classe ini-
c) promoção do uso integrado de solo e água; cial da respectiva tabela.” (NR)

V - promoção de ações educacionais em re- Art. 6º A ementa da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro


cursos hídricos; de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:

VI - promoção e fomento de pesquisas cien- “Estabelece as diretrizes nacionais para o sa-


tíficas e tecnológicas nas áreas de desenvolvi- neamento básico; cria o Comitê Interministerial
mento sustentável, conservação e gestão de de Saneamento Básico; altera as Leis nos 6.766,
recursos hídricos e saneamento básico, envol- de 19 de dezembro de 1979, 8.666, de 21 de ju-
vendo a promoção de cooperação e a divulga- nho de 1993, e 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
ção técnico-científica, bem como a transferência e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978.”
de tecnologia nas áreas; e
Art. 7º A Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007,
VII - outras ações e atividades análogas de- passa a vigorar com as seguintes alterações:
correntes do cumprimento das atribuições insti-
tucionais da ANA. “Art. 2º ............................................................

§ 1º (Revogado). I - universalização do acesso e efetiva presta-


ção do serviço;
§ 2º No exercício das atribuições de natureza
fiscal ou decorrentes do poder de polícia, são II - integralidade, compreendida como o con-
asseguradas aos ocupantes do cargo efetivo de junto de atividades e componentes de cada um
que trata o caput deste artigo as prerrogativas dos diversos serviços de saneamento que propi-
de promover a interdição de estabelecimentos, cie à população o acesso a eles em conformida-
instalações ou equipamentos, assim como a de com suas necessidades e maximize a eficácia
apreensão de bens ou produtos, e de requisitar, das ações e dos resultados;
quando necessário, o auxílio de força policial fe-
deral ou estadual, em caso de desacato ou em- III - abastecimento de água, esgotamento sa-
baraço ao exercício de suas funções.” (NR) nitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

sólidos realizados de forma adequada à saúde XIII - redução e controle das perdas de água,
pública, à conservação dos recursos naturais e à inclusive na distribuição de água tratada, estímu-
proteção do meio ambiente; lo à racionalização de seu consumo pelos usuá-
rios e fomento à eficiência energética, ao reúso
IV - disponibilidade, nas áreas urbanas, de de efluentes sanitários e ao aproveitamento de
serviços de drenagem e manejo das águas plu- águas de chuva;
viais, tratamento, limpeza e fiscalização preventi-
va das redes, adequados à saúde pública, à pro- XIV - prestação regionalizada dos serviços,
teção do meio ambiente e à segurança da vida e com vistas à geração de ganhos de escala e à
do patrimônio público e privado; garantia da universalização e da viabilidade téc-
nica e econômico-financeira dos serviços;
........................................................................
XV - seleção competitiva do prestador dos
VI - articulação com as políticas de desenvolvi- serviços; e
mento urbano e regional, de habitação, de com-
bate à pobreza e de sua erradicação, de proteção XVI - prestação concomitante dos serviços de
ambiental, de promoção da saúde, de recursos hí- abastecimento de água e de esgotamento sani-
dricos e outras de interesse social relevante, des- tário.” (NR)
tinadas à melhoria da qualidade de vida, para as
quais o saneamento básico seja fator determinante; “Art. 3º Para fins do disposto nesta Lei, con-
sidera-se:
........................................................................
I - saneamento básico: conjunto de serviços
VIII - estímulo à pesquisa, ao desenvolvimento públicos, infraestruturas e instalações operacio-
e à utilização de tecnologias apropriadas, consi- nais de:
deradas a capacidade de pagamento dos usuá-
rios, a adoção de soluções graduais e progres- a) abastecimento de água potável: constituído
sivas e a melhoria da qualidade com ganhos de pelas atividades e pela disponibilização e manu-
eficiência e redução dos custos para os usuários; tenção de infraestruturas e instalações operacio-
nais necessárias ao abastecimento público de
........................................................................ água potável, desde a captação até as ligações
prediais e seus instrumentos de medição;
XI - segurança, qualidade, regularidade e
continuidade; b) esgotamento sanitário: constituído pelas ati-
vidades e pela disponibilização e manutenção de
XII - integração das infraestruturas e dos servi- infraestruturas e instalações operacionais neces-
ços com a gestão eficiente dos recursos hídricos; sárias à coleta, ao transporte, ao tratamento e à

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Direito Ambiental

disposição final adequados dos esgotos sanitá- formações, representações técnicas e participa-
rios, desde as ligações prediais até sua destinação ção nos processos de formulação de políticas, de
final para produção de água de reúso ou seu lan- planejamento e de avaliação relacionados com os
çamento de forma adequada no meio ambiente; serviços públicos de saneamento básico;

c) limpeza urbana e manejo de resíduos sóli- ........................................................................


dos: constituídos pelas atividades e pela disponi-
bilização e manutenção de infraestruturas e insta- VI - prestação regionalizada: modalidade de
lações operacionais de coleta, varrição manual e prestação integrada de um ou mais componentes
mecanizada, asseio e conservação urbana, trans- dos serviços públicos de saneamento básico em
porte, transbordo, tratamento e destinação final determinada região cujo território abranja mais de
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos um Município, podendo ser estruturada em:
domiciliares e dos resíduos de limpeza urbana; e
a) região metropolitana, aglomeração urbana
d) drenagem e manejo das águas pluviais ou microrregião: unidade instituída pelos Esta-
urbanas: constituídos pelas atividades, pela in- dos mediante lei complementar, de acordo com
fraestrutura e pelas instalações operacionais de o § 3º do art. 25 da Constituição Federal, com-
drenagem de águas pluviais, transporte, deten- posta de agrupamento de Municípios limítrofes e
ção ou retenção para o amortecimento de va- instituída nos termos da Lei nº 13.089, de 12 de
zões de cheias, tratamento e disposição final das janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole);
águas pluviais drenadas, contempladas a limpe-
za e a fiscalização preventiva das redes; b) unidade regional de saneamento básico:
unidade instituída pelos Estados mediante lei or-
II - gestão associada: associação voluntária dinária, constituída pelo agrupamento de Muni-
entre entes federativos, por meio de consórcio cípios não necessariamente limítrofes, para aten-
público ou convênio de cooperação, conforme der adequadamente às exigências de higiene e
disposto no art. 241 da Constituição Federal; saúde pública, ou para dar viabilidade econômi-
ca e técnica aos Municípios menos favorecidos;
III - universalização: ampliação progressiva do
acesso de todos os domicílios ocupados ao sa- c) bloco de referência: agrupamento de Mu-
neamento básico, em todos os serviços previs- nicípios não necessariamente limítrofes, estabe-
tos no inciso XIV do caput deste artigo, incluídos lecido pela União nos termos do § 3º do art. 52
o tratamento e a disposição final adequados dos desta Lei e formalmente criado por meio de ges-
esgotos sanitários; tão associada voluntária dos titulares;

IV - controle social: conjunto de mecanismos VII - subsídios: instrumentos econômicos de po-


e procedimentos que garantem à sociedade in- lítica social que contribuem para a universalização

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

do acesso aos serviços públicos de saneamento laridade e à contratação, prestação e regulação


básico por parte de populações de baixa renda; dos serviços;

VIII - localidades de pequeno porte: vilas, XIV - serviços públicos de saneamento bási-
aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugare- co de interesse comum: serviços de saneamen-
jos e aldeias, assim definidos pela Fundação Ins- to básico prestados em regiões metropolitanas,
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); aglomerações urbanas e microrregiões institu-
ídas por lei complementar estadual, em que se
IX - contratos regulares: aqueles que atendem verifique o compartilhamento de instalações ope-
aos dispositivos legais pertinentes à prestação racionais de infraestrutura de abastecimento de
de serviços públicos de saneamento básico; água e/ou de esgotamento sanitário entre 2 (dois)
ou mais Municípios, denotando a necessidade de
X - núcleo urbano: assentamento humano, com organizá-los, planejá-los, executá-los e operá-los
uso e características urbanas, constituído por uni- de forma conjunta e integrada pelo Estado e pe-
dades imobiliárias com área inferior à fração míni- los Munícipios que compartilham, no todo ou em
ma de parcelamento prevista no art. 8º da Lei nº parte, as referidas instalações operacionais;
5.868, de 12 de dezembro de 1972, independen-
temente da propriedade do solo, ainda que situado XV - serviços públicos de saneamento básico
em área qualificada ou inscrita como rural; de interesse local: funções públicas e serviços
cujas infraestruturas e instalações operacionais
XI - núcleo urbano informal: aquele clandesti- atendam a um único Município;
no, irregular ou no qual não tenha sido possível
realizar a titulação de seus ocupantes, ainda que XVI - sistema condominial: rede coletora de
atendida a legislação vigente à época de sua im- esgoto sanitário, assentada em posição viável no
plantação ou regularização; interior dos lotes ou conjunto de habitações, inter-
ligada à rede pública convencional em um único
XII - núcleo urbano informal consolidado: ponto ou à unidade de tratamento, utilizada onde
aquele de difícil reversão, considerados o tem- há dificuldades de execução de redes ou ligações
po da ocupação, a natureza das edificações, a prediais no sistema convencional de esgotamento;
localização das vias de circulação e a presença
de equipamentos públicos, entre outras circuns- XVII - sistema individual alternativo de sanea-
tâncias a serem avaliadas pelo Município ou pelo mento: ação de saneamento básico ou de afasta-
Distrito Federal; mento e destinação final dos esgotos, quando o lo-
cal não for atendido diretamente pela rede pública;
XIII - operação regular: aquela que observa
integralmente as disposições constitucionais, XVIII - sistema separador absoluto: conjunto
legais e contratuais relativas ao exercício da titu- de condutos, instalações e equipamentos desti-

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Direito Ambiental

nados a coletar, transportar, condicionar e enca- “Art. 3º-B. Consideram-se serviços públicos
minhar exclusivamente esgoto sanitário; de esgotamento sanitário aqueles constituídos
por 1 (uma) ou mais das seguintes atividades:
XIX - sistema unitário: conjunto de condutos,
instalações e equipamentos destinados a cole- I - coleta, incluída ligação predial, dos esgo-
tar, transportar, condicionar e encaminhar con- tos sanitários;
juntamente esgoto sanitário e águas pluviais.
II - transporte dos esgotos sanitários;
........................................................................
III - tratamento dos esgotos sanitários; e
§ 4º (VETADO).
IV - disposição final dos esgotos sanitários e
§ 5º No caso de Região Integrada de Desen- dos lodos originários da operação de unidades de
volvimento (Ride), a prestação regionalizada do tratamento coletivas ou individuais de forma am-
serviço de saneamento básico estará condi- bientalmente adequada, incluídas fossas sépticas.
cionada à anuência dos Municípios que a inte-
gram.” (NR) Parágrafo único. Nas Zonas Especiais de In-
teresse Social (Zeis) ou outras áreas do períme-
“Art. 3º-A. Consideram-se serviços públicos tro urbano ocupadas predominantemente por
de abastecimento de água a sua distribuição me- população de baixa renda, o serviço público de
diante ligação predial, incluídos eventuais instru- esgotamento sanitário, realizado diretamente
mentos de medição, bem como, quando vincula- pelo titular ou por concessionário, inclui conjun-
das a essa finalidade, as seguintes atividades: tos sanitários para as residências e solução para
a destinação de efluentes, quando inexistentes,
I - reservação de água bruta; assegurada compatibilidade com as diretrizes da
política municipal de regularização fundiária.”
II - captação de água bruta;
“Art. 3º-C. Consideram-se serviços públicos
III - adução de água bruta; especializados de limpeza urbana e de manejo
de resíduos sólidos as atividades operacionais de
IV - tratamento de água bruta; coleta, transbordo, transporte, triagem para fins
de reutilização ou reciclagem, tratamento, inclusi-
V - adução de água tratada; e ve por compostagem, e destinação final dos:

VI - reservação de água tratada.” I - resíduos domésticos;

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

II - resíduos originários de atividades comer- I - drenagem urbana;


ciais, industriais e de serviços, em quantidade e
qualidade similares às dos resíduos domésticos, II - transporte de águas pluviais urbanas;
que, por decisão do titular, sejam considerados
resíduos sólidos urbanos, desde que tais resídu- III - detenção ou retenção de águas plu-
os não sejam de responsabilidade de seu gera- viais urbanas para amortecimento de vazões de
dor nos termos da norma legal ou administrativa, cheias; e
de decisão judicial ou de termo de ajustamento
de conduta; e IV - tratamento e disposição final de águas
pluviais urbanas.”
III - resíduos originários dos serviços públicos
de limpeza urbana, tais como: “Art. 7º ............................................................

a) serviços de varrição, capina, roçada, I - de coleta, de transbordo e de transporte


poda e atividades correlatas em vias e logra- dos resíduos relacionados na alínea “c” do inciso
douros públicos; I do caput do art. 3º desta Lei;

b) asseio de túneis, escadarias, monumentos, II - de triagem, para fins de reutilização ou re-


abrigos e sanitários públicos; ciclagem, de tratamento, inclusive por compos-
tagem, e de destinação final dos resíduos rela-
c) raspagem e remoção de terra, areia e quais- cionados na alínea “c” do inciso I do caput do
quer materiais depositados pelas águas pluviais art. 3º desta Lei; e
em logradouros públicos;
III - de varrição de logradouros públicos, de lim-
d) desobstrução e limpeza de bueiros, bocas peza de dispositivos de drenagem de águas plu-
de lobo e correlatos; viais, de limpeza de córregos e outros serviços,
tais como poda, capina, raspagem e roçada, e de
e) limpeza de logradouros públicos onde se outros eventuais serviços de limpeza urbana, bem
realizem feiras públicas e outros eventos de como de coleta, de acondicionamento e de desti-
acesso aberto ao público; e nação final ambientalmente adequada dos resídu-
os sólidos provenientes dessas atividades.” (NR)
f) outros eventuais serviços de limpeza urbana.”
“Art. 8º Exercem a titularidade dos serviços
“Art. 3º-D. Consideram-se serviços públi- públicos de saneamento básico:
cos de manejo das águas pluviais urbanas
aqueles constituídos por 1 (uma) ou mais das I - os Municípios e o Distrito Federal, no caso
seguintes atividades: de interesse local;

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Direito Ambiental

II - o Estado, em conjunto com os Municípios que § 3º A estrutura de governança para as uni-


compartilham efetivamente instalações operacionais dades regionais de saneamento básico seguirá
integrantes de regiões metropolitanas, aglomerações o disposto na Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de
urbanas e microrregiões, instituídas por lei comple- 2015 (Estatuto da Metrópole).
mentar estadual, no caso de interesse comum.
§ 4º Os Chefes dos Poderes Executivos da
§ 1º O exercício da titularidade dos serviços União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
de saneamento poderá ser realizado também Municípios poderão formalizar a gestão associa-
por gestão associada, mediante consórcio públi- da para o exercício de funções relativas aos ser-
co ou convênio de cooperação, nos termos do viços públicos de saneamento básico, ficando
art. 241 da Constituição Federal, observadas as dispensada, em caso de convênio de coopera-
seguintes disposições: ção, a necessidade de autorização legal.

I - fica admitida a formalização de consórcios § 5º O titular dos serviços públicos de sanea-


intermunicipais de saneamento básico, exclusi- mento básico deverá definir a entidade respon-
vamente composto de Municípios, que poderão sável pela regulação e fiscalização desses servi-
prestar o serviço aos seus consorciados direta- ços, independentemente da modalidade de sua
mente, pela instituição de autarquia intermunicipal; prestação.” (NR)

II - os consórcios intermunicipais de sanea- “Art. 8º-A. É facultativa a adesão dos titula-


mento básico terão como objetivo, exclusiva- res dos serviços públicos de saneamento de in-
mente, o financiamento das iniciativas de implan- teresse local às estruturas das formas de pres-
tação de medidas estruturais de abastecimento tação regionalizada.”
de água potável, esgotamento sanitário, limpeza
urbana, manejo de resíduos sólidos, drenagem “Art. 8º-B. No caso de prestação regionaliza-
e manejo de águas pluviais, vedada a formaliza- da dos serviços de saneamento, as responsa-
ção de contrato de programa com sociedade de bilidades administrativa, civil e penal são exclu-
economia mista ou empresa pública, ou a sub- sivamente aplicadas aos titulares dos serviços
delegação do serviço prestado pela autarquia in- públicos de saneamento, nos termos do art. 8º
termunicipal sem prévio procedimento licitatório. desta Lei.”

§ 2º Para os fins desta Lei, as unidades re- “Art. 9º ............................................................


gionais de saneamento básico devem apresentar
sustentabilidade econômico-financeira e con- I - elaborar os planos de saneamento básico,
templar, preferencialmente, pelo menos 1 (uma) nos termos desta Lei, bem como estabelecer
região metropolitana, facultada a sua integração metas e indicadores de desempenho e mecanis-
por titulares dos serviços de saneamento. mos de aferição de resultados, a serem obrigato-

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

riamente observados na execução dos serviços Parágrafo único. No exercício das atividades
prestados de forma direta ou por concessão; a que se refere o caput deste artigo, o titular po-
derá receber cooperação técnica do respectivo
II - prestar diretamente os serviços, ou con- Estado e basear-se em estudos fornecidos pelos
ceder a prestação deles, e definir, em ambos os prestadores dos serviços.” (NR)
casos, a entidade responsável pela regulação e
fiscalização da prestação dos serviços públicos “Art. 10. A prestação dos serviços públicos de
de saneamento básico; saneamento básico por entidade que não integre
a administração do titular depende da celebra-
III - definir os parâmetros a serem adotados ção de contrato de concessão, mediante prévia
para a garantia do atendimento essencial à saú- licitação, nos termos do art. 175 da Constituição
de pública, inclusive quanto ao volume mínimo Federal, vedada a sua disciplina mediante con-
per capita de água para abastecimento público, trato de programa, convênio, termo de parceria
observadas as normas nacionais relativas à po- ou outros instrumentos de natureza precária.
tabilidade da água;
§ 1º (Revogado).
IV - estabelecer os direitos e os deveres
dos usuários; I - (revogado).

V - estabelecer os mecanismos e os procedi- a) (revogada).


mentos de controle social, observado o disposto
no inciso IV do caput do art. 3º desta Lei; b) (revogada).

VI - implementar sistema de informações sobre II - (revogado).


os serviços públicos de saneamento básico, arti-
culado com o Sistema Nacional de Informações § 2º (Revogado).
em Saneamento Básico (Sinisa), o Sistema Nacio-
nal de Informações sobre a Gestão dos Resíduos § 3º Os contratos de programa regulares vi-
Sólidos (Sinir) e o Sistema Nacional de Gerencia- gentes permanecem em vigor até o advento do
mento de Recursos Hídricos (Singreh), observa- seu termo contratual.” (NR)
das a metodologia e a periodicidade estabelecidas
pelo Ministério do Desenvolvimento Regional; e “Art. 10-A. Os contratos relativos à prestação
dos serviços públicos de saneamento básico de-
VII - intervir e retomar a operação dos servi- verão conter, expressamente, sob pena de nuli-
ços delegados, por indicação da entidade regu- dade, as cláusulas essenciais previstas no art. 23
ladora, nas hipóteses e nas condições previstas da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, além
na legislação e nos contratos. das seguintes disposições:

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Direito Ambiental

I - metas de expansão dos serviços, de redu- água pela empresa detentora da outorga de re-
ção de perdas na distribuição de água tratada, de cursos hídricos e a assinatura de contrato de
qualidade na prestação dos serviços, de eficiência longo prazo entre esta empresa produtora de
e de uso racional da água, da energia e de outros água e a empresa operadora da distribuição de
recursos naturais, do reúso de efluentes sanitários água para o usuário final, com objeto de compra
e do aproveitamento de águas de chuva, em con- e venda de água.”
formidade com os serviços a serem prestados;
“Art. 10-B. Os contratos em vigor, incluídos
II - possíveis fontes de receitas alternativas, aditivos e renovações, autorizados nos termos
complementares ou acessórias, bem como as pro- desta Lei, bem como aqueles provenientes de
venientes de projetos associados, incluindo, entre licitação para prestação ou concessão dos ser-
outras, a alienação e o uso de efluentes sanitários viços públicos de saneamento básico, estarão
para a produção de água de reúso, com possibili- condicionados à comprovação da capacidade
dade de as receitas serem compartilhadas entre o econômico-financeira da contratada, por recur-
contratante e o contratado, caso aplicável; sos próprios ou por contratação de dívida, com
vistas a viabilizar a universalização dos serviços
III - metodologia de cálculo de eventual inde- na área licitada até 31 de dezembro de 2033, nos
nização relativa aos bens reversíveis não amorti- termos do § 2º do art. 11-B desta Lei.
zados por ocasião da extinção do contrato; e
Parágrafo único. A metodologia para compro-
IV - repartição de riscos entre as partes, in- vação da capacidade econômico-financeira da
cluindo os referentes a caso fortuito, força maior, contratada será regulamentada por decreto do
fato do príncipe e álea econômica extraordinária. Poder Executivo no prazo de 90 (noventa) dias.”

§ 1º Os contratos que envolvem a prestação “Art. 11. ..........................................................


dos serviços públicos de saneamento básico po-
derão prever mecanismos privados para resolu- II - a existência de estudo que comprove a
ção de disputas decorrentes do contrato ou a ele viabilidade técnica e econômico-financeira da
relacionadas, inclusive a arbitragem, a ser reali- prestação dos serviços, nos termos estabeleci-
zada no Brasil e em língua portuguesa, nos ter- dos no respectivo plano de saneamento básico;
mos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.
........................................................................
§ 2º As outorgas de recursos hídricos atual-
mente detidas pelas empresas estaduais pode- V - a existência de metas e cronograma de uni-
rão ser segregadas ou transferidas da operação versalização dos serviços de saneamento básico.
a ser concedida, permitidas a continuidade da
prestação do serviço público de produção de ........................................................................

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

§ 2º ................................................................. § 2º Os contratos de subdelegação disporão


sobre os limites da sub-rogação de direitos e
II - a inclusão, no contrato, das metas pro- obrigações do prestador de serviços pelo sub-
gressivas e graduais de expansão dos serviços, delegatário e observarão, no que couber, o dis-
de redução progressiva e controle de perdas na posto no § 2º do art. 11 desta Lei, bem como
distribuição de água tratada, de qualidade, de serão precedidos de procedimento licitatório.
eficiência e de uso racional da água, da energia
e de outros recursos naturais, em conformidade § 3º Para a observância do princípio da mo-
com os serviços a serem prestados e com o res- dicidade tarifária aos usuários e aos consumi-
pectivo plano de saneamento básico; dores, na forma da Lei nº 8.987, de 13 de fe-
vereiro de 1995, ficam vedadas subconcessões
........................................................................ ou subdelegações que impliquem sobreposição
de custos administrativos ou gerenciais a serem
§ 5º Fica vedada a distribuição de lucros e di- pagos pelo usuário final.
videndos, do contrato em execução, pelo pres-
tador de serviços que estiver descumprindo as § 4º Os Municípios com estudos para con-
metas e cronogramas estabelecidos no contrato cessões ou parcerias público-privadas em cur-
específico da prestação de serviço público de so, pertencentes a uma região metropolitana,
saneamento básico.” (NR) podem dar seguimento ao processo e efetivar a
contratação respectiva, mesmo se ultrapassado
“Art. 11-A. Na hipótese de prestação dos ser- o limite previsto no caput deste artigo, desde que
viços públicos de saneamento básico por meio de tenham o contrato assinado em até 1 (um) ano.
contrato, o prestador de serviços poderá, além de
realizar licitação e contratação de parceria públi- § 5º (VETADO).
co-privada, nos termos da Lei nº 11.079, de 30
de dezembro de 2004, e desde que haja previsão § 6º Para fins de aferição do limite previsto
contratual ou autorização expressa do titular dos no caput deste artigo, o critério para definição
serviços, subdelegar o objeto contratado, obser- do valor do contrato do subdelegatário deverá
vado, para a referida subdelegação, o limite de ser o mesmo utilizado para definição do valor do
25% (vinte e cinco por cento) do valor do contrato. contrato do prestador do serviço.

§ 1º A subdelegação fica condicionada à § 7º Caso o contrato do prestador do serviço


comprovação técnica, por parte do prestador não tenha valor de contrato, o faturamento anual
de serviços, do benefício em termos de eficiên- projetado para o subdelegatário não poderá ultra-
cia e qualidade dos serviços públicos de sane- passar 25% (vinte e cinco por cento) do faturamen-
amento básico. to anual projetado para o prestador do serviço.”

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Direito Ambiental

“Art. 11-B. Os contratos de prestação dos ser- deste artigo, de forma progressiva, devendo ser
viços públicos de saneamento básico deverão antecipadas caso as receitas advindas da pres-
definir metas de universalização que garantam o tação eficiente do serviço assim o permitirem,
atendimento de 99% (noventa e nove por cento) nos termos da regulamentação.
da população com água potável e de 90% (no-
venta por cento) da população com coleta e tra- § 4º É facultado à entidade reguladora pre-
tamento de esgotos até 31 de dezembro de 2033, ver hipóteses em que o prestador poderá utilizar
assim como metas quantitativas de não intermi- métodos alternativos e descentralizados para os
tência do abastecimento, de redução de perdas e serviços de abastecimento de água e de coleta
de melhoria dos processos de tratamento. e tratamento de esgoto em áreas rurais, remotas
ou em núcleos urbanos informais consolidados,
§ 1º Os contratos em vigor que não possuírem sem prejuízo da sua cobrança, com vistas a ga-
as metas de que trata o caput deste artigo terão até rantir a economicidade da prestação dos servi-
31 de março de 2022 para viabilizar essa inclusão. ços públicos de saneamento básico.

§ 2º Contratos firmados por meio de procedi- § 5º O cumprimento das metas de universaliza-


mentos licitatórios que possuam metas diversas ção e não intermitência do abastecimento, de re-
daquelas previstas no caput deste artigo, inclusi- dução de perdas e de melhoria dos processos de
ve contratos que tratem, individualmente, de água tratamento deverá ser verificado anualmente pela
ou de esgoto, permanecerão inalterados nos mol- agência reguladora, observando-se um intervalo
des licitados, e o titular do serviço deverá bus- dos últimos 5 (cinco) anos, nos quais as metas de-
car alternativas para atingir as metas definidas no verão ter sido cumpridas em, pelo menos, 3 (três), e
caput deste artigo, incluídas as seguintes: a primeira fiscalização deverá ser realizada apenas
ao término do quinto ano de vigência do contrato.
I - prestação direta da parcela remanescente;
§ 6º As metas previstas neste artigo deverão ser
II - licitação complementar para atingimento observadas no âmbito municipal, quando exercida
da totalidade da meta; e a titularidade de maneira independente, ou no âm-
bito da prestação regionalizada, quando aplicável.
III - aditamento de contratos já licitados, incluin-
do eventual reequilíbrio econômico-financeiro, § 7º No caso do não atingimento das metas,
desde que em comum acordo com a contratada. nos termos deste artigo, deverá ser iniciado pro-
cedimento administrativo pela agência regulado-
§ 3º As metas de universalização deverão ser ra com o objetivo de avaliar as ações a serem
calculadas de maneira proporcional no período adotadas, incluídas medidas sancionatórias,
compreendido entre a assinatura do contrato com eventual declaração de caducidade da con-
ou do termo aditivo e o prazo previsto no caput cessão, assegurado o direito à ampla defesa.

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

§ 8º Os contratos provisórios não formaliza- entidades das administrações públicas federal,


dos e os vigentes prorrogados em desconformi- estaduais e municipais, além de prestadores de
dade com os regramentos estabelecidos nesta serviço.” (NR)
Lei serão considerados irregulares e precários.
“Art. 18. Os prestadores que atuem em mais
§ 9º Quando os estudos para a licitação da de um Município ou região ou que prestem ser-
prestação regionalizada apontarem para a invia- viços públicos de saneamento básico diferentes
bilidade econômico-financeira da universalização em um mesmo Município ou região manterão sis-
na data referida no caput deste artigo, mesmo tema contábil que permita registrar e demonstrar,
após o agrupamento de Municípios de diferentes separadamente, os custos e as receitas de cada
portes, fica permitida a dilação do prazo, desde serviço em cada um dos Municípios ou regiões
que não ultrapasse 1º de janeiro de 2040 e haja atendidas e, se for o caso, no Distrito Federal.
anuência prévia da agência reguladora, que, em
sua análise, deverá observar o princípio da mo- Parágrafo único. Nos casos em que os con-
dicidade tarifária.” tratos previstos no caput deste artigo se encer-
rarem após o prazo fixado no contrato de pro-
“Art. 17. O serviço regionalizado de sanea- grama da empresa estatal ou de capital misto
mento básico poderá obedecer a plano regional contratante, por vencimento ordinário ou cadu-
de saneamento básico elaborado para o conjun- cidade, o ente federativo controlador da empre-
to de Municípios atendidos. sa delegatária da prestação de serviços públicos
de saneamento básico, por ocasião da assinatu-
§ 1º O plano regional de saneamento básico ra do contrato de parceria público-privada ou de
poderá contemplar um ou mais componentes do subdelegação, deverá assumir esses contratos,
saneamento básico, com vistas à otimização do mantidos iguais prazos e condições perante o li-
planejamento e da prestação dos serviços. citante vencedor.” (NR)

§ 2º As disposições constantes do plano re- “Art. 18-A. O prestador dos serviços públicos
gional de saneamento básico prevalecerão so- de saneamento básico deve disponibilizar infra-
bre aquelas constantes dos planos municipais, estrutura de rede até os respectivos pontos de
quando existirem. conexão necessários à implantação dos serviços
nas edificações e nas unidades imobiliárias de-
§ 3º O plano regional de saneamento básico dis- correntes de incorporação imobiliária e de par-
pensará a necessidade de elaboração e publicação celamento de solo urbano.
de planos municipais de saneamento básico.
Parágrafo único. A agência reguladora ins-
§ 4º O plano regional de saneamento básico tituirá regras para que empreendedores imobi-
poderá ser elaborado com suporte de órgãos e liários façam investimentos em redes de água

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349
Direito Ambiental

e esgoto, identificando as situações nas quais “Art. 21. A função de regulação, desempe-
os investimentos representam antecipação de nhada por entidade de natureza autárquica dota-
atendimento obrigatório do operador local, fa- da de independência decisória e autonomia ad-
zendo jus ao ressarcimento futuro por parte da ministrativa, orçamentária e financeira, atenderá
concessionária, por critérios de avaliação regu- aos princípios de transparência, tecnicidade, ce-
latórios, e aquelas nas quais os investimentos leridade e objetividade das decisões.
configuram-se como de interesse restrito do
empreendedor imobiliário, situação na qual não I - (revogado);
fará jus ao ressarcimento.”
II - (revogado).” (NR)
“Art. 19. ..........................................................
“Art. 22. ..........................................................
§ 1º Os planos de saneamento básico serão
aprovados por atos dos titulares e poderão ser I - estabelecer padrões e normas para a adequa-
elaborados com base em estudos fornecidos da prestação e a expansão da qualidade dos servi-
pelos prestadores de cada serviço. ços e para a satisfação dos usuários, com observa-
ção das normas de referência editadas pela ANA;
........................................................................
II - garantir o cumprimento das condições e
§ 3º Os planos de saneamento básico deve- metas estabelecidas nos contratos de prestação
rão ser compatíveis com os planos das bacias de serviços e nos planos municipais ou de pres-
hidrográficas e com planos diretores dos Municí- tação regionalizada de saneamento básico;
pios em que estiverem inseridos, ou com os pla-
nos de desenvolvimento urbano integrado das III - prevenir e reprimir o abuso do poder eco-
unidades regionais por eles abrangidas. nômico, ressalvada a competência dos órgãos
integrantes do Sistema Brasileiro de Defesa da
§ 4º Os planos de saneamento básico serão Concorrência; e
revistos periodicamente, em prazo não superior
a 10 (dez) anos. IV - definir tarifas que assegurem tanto o equi-
líbrio econômico-financeiro dos contratos quan-
........................................................................ to a modicidade tarifária, por mecanismos que
gerem eficiência e eficácia dos serviços e que
§ 9º Os Municípios com população inferior a permitam o compartilhamento dos ganhos de
20.000 (vinte mil) habitantes poderão apresentar produtividade com os usuários.” (NR)
planos simplificados, com menor nível de deta-
lhamento dos aspectos previstos nos incisos I a “Art. 23. A entidade reguladora, observadas
V do caput deste artigo.” (NR) as diretrizes determinadas pela ANA, editará

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

normas relativas às dimensões técnica, econô- II - seja dada prioridade, entre as agências
mica e social de prestação dos serviços públicos reguladoras qualificadas, àquela mais próxima à
de saneamento básico, que abrangerão, pelo localidade do titular; e
menos, os seguintes aspectos:
III - haja anuência da agência reguladora escolhi-
........................................................................ da, que poderá cobrar uma taxa de regulação dife-
renciada, de acordo com a distância de seu Estado.
XI - medidas de segurança, de contingência e
de emergência, inclusive quanto a racionamento; § 1º-B. Selecionada a agência reguladora
mediante contrato de prestação de serviços, ela
........................................................................ não poderá ser alterada até o encerramento con-
tratual, salvo se deixar de adotar as normas de
XIII - procedimentos de fiscalização e de apli- referência da ANA ou se estabelecido de acordo
cação de sanções previstas nos instrumentos com o prestador de serviços.
contratuais e na legislação do titular; e
........................................................................
XIV - diretrizes para a redução progressiva e
controle das perdas de água. § 4º No estabelecimento de metas, indica-
dores e métodos de monitoramento, poderá ser
§ 1º A regulação da prestação dos serviços utilizada a comparação do desempenho de dife-
públicos de saneamento básico poderá ser dele- rentes prestadores de serviços.” (NR)
gada pelos titulares a qualquer entidade regula-
dora, e o ato de delegação explicitará a forma de “Art. 25-A. A ANA instituirá normas de referên-
atuação e a abrangência das atividades a serem cia para a regulação da prestação dos serviços
desempenhadas pelas partes envolvidas. públicos de saneamento básico por seus titulares
e suas entidades reguladoras e fiscalizadoras, ob-
§ 1º-A. Nos casos em que o titular optar por servada a legislação federal pertinente.”
aderir a uma agência reguladora em outro Estado
da Federação, deverá ser considerada a relação “Art. 29. Os serviços públicos de saneamento
de agências reguladoras de que trata o art. 4º-B básico terão a sustentabilidade econômico-finan-
da Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, e essa ceira assegurada por meio de remuneração pela
opção só poderá ocorrer nos casos em que: cobrança dos serviços, e, quando necessário, por
outras formas adicionais, como subsídios ou sub-
I - não exista no Estado do titular agência re- venções, vedada a cobrança em duplicidade de
guladora constituída que tenha aderido às nor- custos administrativos ou gerenciais a serem pa-
mas de referência da ANA; gos pelo usuário, nos seguintes serviços:

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Direito Ambiental

I - de abastecimento de água e esgotamen- § 5º Os prédios, edifícios e condomínios que


to sanitário, na forma de taxas, tarifas e outros foram construídos sem a individualização da me-
preços públicos, que poderão ser estabeleci- dição até a entrada em vigor da Lei nº 13.312, de
dos para cada um dos serviços ou para am- 12 de julho de 2016, ou em que a individualização
bos, conjuntamente; for inviável, pela onerosidade ou por razão técni-
ca, poderão instrumentalizar contratos especiais
II - de limpeza urbana e manejo de resíduos com os prestadores de serviços, nos quais serão
sólidos, na forma de taxas, tarifas e outros pre- estabelecidos as responsabilidades, os critérios
ços públicos, conforme o regime de prestação de rateio e a forma de cobrança.” (NR)
do serviço ou das suas atividades; e
“Art. 30. Observado o disposto no art. 29 des-
III - de drenagem e manejo de águas pluviais ta Lei, a estrutura de remuneração e de cobran-
urbanas, na forma de tributos, inclusive taxas, ou ça dos serviços públicos de saneamento básico
tarifas e outros preços públicos, em conformida- considerará os seguintes fatores:
de com o regime de prestação do serviço ou das
suas atividades. ...............................................................” (NR)

........................................................................ “Art. 31. Os subsídios destinados ao atendi-


mento de usuários determinados de baixa renda
§ 2º Poderão ser adotados subsídios tarifários serão, dependendo da origem dos recursos:
e não tarifários para os usuários que não tenham
capacidade de pagamento suficiente para cobrir I - (revogado);
o custo integral dos serviços.
II - tarifários, quando integrarem a estrutura
§ 3º As novas edificações condominiais ado- tarifária, ou fiscais, quando decorrerem da alo-
tarão padrões de sustentabilidade ambiental que cação de recursos orçamentários, inclusive por
incluam, entre outros procedimentos, a medição meio de subvenções; e
individualizada do consumo hídrico por unidade
imobiliária, nos termos da Lei nº 13.312, de 12 III - internos a cada titular ou entre titulares,
de julho de 2016. nas hipóteses de prestação regionalizada.” (NR)

§ 4º Na hipótese de prestação dos serviços “Art. 35. As taxas ou as tarifas decorrentes


sob regime de concessão, as tarifas e preços da prestação de serviço de limpeza urbana e
públicos serão arrecadados pelo prestador di- de manejo de resíduos sólidos considerarão a
retamente do usuário, e essa arrecadação será destinação adequada dos resíduos coletados e
facultativa em caso de taxas. o nível de renda da população da área atendi-

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

da, de forma isolada ou combinada, e poderão, de recursos suficientes para o pagamento dos
ainda, considerar: valores incorridos na delegação, por meio da de-
monstração de fluxo histórico e projeção futura
I - (revogado); de recursos.” (NR)

II - as características dos lotes e as áreas que “Art. 40. ..........................................................


podem ser neles edificadas;
II - necessidade de efetuar reparos, modifi-
........................................................................ cações ou melhorias de qualquer natureza nos
sistemas, respeitados os padrões de qualidade
IV - o consumo de água; e e continuidade estabelecidos pela regulação
do serviço;
V - a frequência de coleta.
........................................................................
§ 1º Na hipótese de prestação de serviço sob
regime de delegação, a cobrança de taxas ou ta- V - inadimplemento, pelo usuário do serviço
rifas poderá ser realizada na fatura de consumo de abastecimento de água ou de esgotamento
de outros serviços públicos, com a anuência da sanitário, do pagamento das tarifas, após ter sido
prestadora do serviço. formalmente notificado, de forma que, em caso
de coleta, afastamento e tratamento de esgoto,
§ 2º A não proposição de instrumento de co- a interrupção dos serviços deverá preservar as
brança pelo titular do serviço nos termos deste condições mínimas de manutenção da saúde
artigo, no prazo de 12 (doze) meses de vigência dos usuários, de acordo com norma de regula-
desta Lei, configura renúncia de receita e exigirá ção ou norma do órgão de política ambiental.
a comprovação de atendimento, pelo titular do
serviço, do disposto no art. 14 da Lei Comple- ...............................................................” (NR)
mentar nº 101, de 4 de maio de 2000, observa-
das as penalidades constantes da referida legis- “Art. 42. ..........................................................
lação no caso de eventual descumprimento.
§ 5º A transferência de serviços de um pres-
§ 3º Na hipótese de prestação sob regime de tador para outro será condicionada, em qualquer
delegação, o titular do serviço deverá obrigato- hipótese, à indenização dos investimentos vin-
riamente demonstrar a sustentabilidade econô- culados a bens reversíveis ainda não amortiza-
mico-financeira da prestação dos serviços ao dos ou depreciados, nos termos da Lei nº 8.987,
longo dos estudos que subsidiaram a contra- de 13 de fevereiro de 1995, facultado ao titular
tação desses serviços e deverá comprovar, no atribuir ao prestador que assumirá o serviço a
respectivo processo administrativo, a existência responsabilidade por seu pagamento.” (NR)

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Direito Ambiental

“Art. 43. .......................................................... coletados em períodos de estiagem, enquanto


durar a transição.” (NR)
§ 1º A União definirá parâmetros mínimos de
potabilidade da água. “Art. 45. As edificações permanentes urbanas
serão conectadas às redes públicas de abas-
§ 2º A entidade reguladora estabelecerá limi- tecimento de água e de esgotamento sanitário
tes máximos de perda na distribuição de água disponíveis e sujeitas ao pagamento de taxas,
tratada, que poderão ser reduzidos gradualmen- tarifas e outros preços públicos decorrentes da
te, conforme se verifiquem avanços tecnológi- disponibilização e da manutenção da infraestru-
cos e maiores investimentos em medidas para tura e do uso desses serviços.
diminuição desse desperdício.” (NR)
........................................................................
“Art. 44. O licenciamento ambiental de uni-
dades de tratamento de esgotos sanitários, de § 3º A instalação hidráulica predial prevista no
efluentes gerados nos processos de tratamento § 2º deste artigo constitui a rede ou tubulação
de água e das instalações integrantes dos ser- que se inicia na ligação de água da prestadora e
viços públicos de manejo de resíduos sólidos finaliza no reservatório de água do usuário.
considerará os requisitos de eficácia e eficiência,
a fim de alcançar progressivamente os padrões § 4º Quando disponibilizada rede pública de
estabelecidos pela legislação ambiental, ponde- esgotamento sanitário, o usuário estará sujeito
rada a capacidade de pagamento das popula- aos pagamentos previstos no caput deste artigo,
ções e usuários envolvidos. sendo-lhe assegurada a cobrança de um valor mí-
nimo de utilização dos serviços, ainda que a sua
§ 1º A autoridade ambiental competente as- edificação não esteja conectada à rede pública.
segurará prioridade e estabelecerá procedi-
mentos simplificados de licenciamento para as § 5º O pagamento de taxa ou de tarifa, na forma
atividades a que se refere o caput deste artigo, prevista no caput deste artigo, não isenta o usuá-
em função do porte das unidades, dos impac- rio da obrigação de conectar-se à rede pública de
tos ambientais esperados e da resiliência de sua esgotamento sanitário, e o descumprimento des-
área de implantação. sa obrigação sujeita o usuário ao pagamento de
multa e demais sanções previstas na legislação,
........................................................................ ressalvados os casos de reúso e de captação de
água de chuva, nos termos do regulamento.
§ 3º A agência reguladora competente esta-
belecerá metas progressivas para a substituição § 6º A entidade reguladora ou o titular dos
do sistema unitário pelo sistema separador abso- serviços públicos de saneamento básico deve-
luto, sendo obrigatório o tratamento dos esgotos rão estabelecer prazo não superior a 1 (um) ano

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

para que os usuários conectem suas edificações água, incluindo águas subterrâneas, de reúso ou
à rede de esgotos, onde disponível, sob pena de pluviais, desde que autorizados pelo órgão ges-
o prestador do serviço realizar a conexão me- tor competente e que promovam o pagamento
diante cobrança do usuário. pelo uso de recursos hídricos, quando devido.

§ 7º A entidade reguladora ou o titular dos § 12. Para a satisfação das condições des-
serviços públicos de saneamento básico deve- critas no § 11 deste artigo, os usuários deverão
rá, sob pena de responsabilidade administrativa, instalar medidor para contabilizar o seu consu-
contratual e ambiental, até 31 de dezembro de mo e deverão arcar apenas com o pagamento
2025, verificar e aplicar o procedimento previsto pelo uso da rede de coleta e tratamento de es-
no § 6º deste artigo a todas as edificações im- goto na quantidade equivalente ao volume de
plantadas na área coberta com serviço de esgo- água captado.” (NR)
tamento sanitário.
“Art. 46. ..........................................................
§ 8º O serviço de conexão de edificação ocu-
pada por família de baixa renda à rede de es- Parágrafo único. Sem prejuízo da adoção dos
gotamento sanitário poderá gozar de gratuidade, mecanismos a que se refere o caput deste ar-
ainda que os serviços públicos de saneamento tigo, a ANA poderá recomendar, independente-
básico sejam prestados mediante concessão, mente da dominialidade dos corpos hídricos que
observado, quando couber, o reequilíbrio eco- formem determinada bacia hidrográfica, a restri-
nômico-financeiro dos contratos. ção ou a interrupção do uso de recursos hídricos
e a prioridade do uso para o consumo humano e
§ 9º Para fins de concessão da gratuidade para a dessedentação de animais.” (NR)
prevista no § 8º deste artigo, caberá ao titular re-
gulamentar os critérios para enquadramento das “Art. 46-A. (VETADO).”
famílias de baixa renda, consideradas as peculia-
ridades locais e regionais. “Art. 47. O controle social dos serviços públi-
cos de saneamento básico poderá incluir a parti-
§ 10. A conexão de edificações situadas em cipação de órgãos colegiados de caráter consul-
núcleo urbano, núcleo urbano informal e núcleo tivo, nacional, estaduais, distrital e municipais,
urbano informal consolidado observará o dis- em especial o Conselho Nacional de Recursos
posto na Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017. Hídricos, nos termos da Lei nº 9.433, de 8 de
janeiro de 1997, assegurada a representação:
§ 11. As edificações para uso não residencial
ou condomínios regidos pela Lei nº 4.591, de 16 ...............................................................” (NR)
de dezembro de 1964, poderão utilizarse de fon-
tes e métodos alternativos de abastecimento de “Art. 48. ..........................................................

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Direito Ambiental

III - uniformização da regulação do setor e di- XIV - promoção da segurança jurídica e da re-
vulgação de melhores práticas, conforme o dis- dução dos riscos regulatórios, com vistas a esti-
posto na Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000; mular investimentos públicos e privados;

........................................................................ XV - estímulo à integração das bases de dados;

VII - garantia de meios adequados para o XVI - acompanhamento da governança e da


atendimento da população rural, por meio da regulação do setor de saneamento; e
utilização de soluções compatíveis com as suas
características econômicas e sociais peculiares; XVII - prioridade para planos, programas e
projetos que visem à implantação e à ampliação
........................................................................ dos serviços e das ações de saneamento básico
integrado, nos termos desta Lei.
IX - adoção de critérios objetivos de ele-
gibilidade e prioridade, considerados fatores Parágrafo único. As políticas e ações da União
como nível de renda e cobertura, grau de ur- de desenvolvimento urbano e regional, de habi-
banização, concentração populacional, porte tação, de combate e erradicação da pobreza, de
populacional municipal, áreas rurais e comu- proteção ambiental, de promoção da saúde, de
nidades tradicionais e indígenas, disponibili- recursos hídricos e outras de relevante interesse
dade hídrica e riscos sanitários, epidemiológi- social direcionadas à melhoria da qualidade de
cos e ambientais; vida devem considerar a necessária articulação,
inclusive no que se refere ao financiamento e à
........................................................................ governança, com o saneamento básico.” (NR)

XII - redução progressiva e controle das per- “Art. 48-A. Em programas habitacionais públi-
das de água, inclusive na distribuição da água cos federais ou subsidiados com recursos públi-
tratada, estímulo à racionalização de seu consu- cos federais, o sistema de esgotamento sanitário
mo pelos usuários e fomento à eficiência ener- deverá ser interligado à rede existente, ressalva-
gética, ao reúso de efluentes sanitários e ao das as hipóteses do § 4º do art. 11-B desta Lei.”
aproveitamento de águas de chuva, em confor-
midade com as demais normas ambientais e de “Art. 49. ..........................................................
saúde pública;
I - contribuir para o desenvolvimento nacional,
XIII - estímulo ao desenvolvimento e ao aper- a redução das desigualdades regionais, a gera-
feiçoamento de equipamentos e métodos eco- ção de emprego e de renda, a inclusão social e a
nomizadores de água; promoção da saúde pública;

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

II - priorizar planos, programas e projetos que I - ....................................................................


visem à implantação e à ampliação dos serviços
e das ações de saneamento básico nas áreas a) desempenho do prestador na gestão técni-
ocupadas por populações de baixa renda, inclu- ca, econômica e financeira dos serviços; e
ídos os núcleos urbanos informais consolidados,
quando não se encontrarem em situação de risco; b) eficiência e eficácia na prestação dos servi-
ços públicos de saneamento básico;
........................................................................
II - à operação adequada e à manutenção dos
IV - proporcionar condições adequadas de empreendimentos anteriormente financiados com
salubridade ambiental às populações rurais e às os recursos mencionados no caput deste artigo;
pequenas comunidades;
III - à observância das normas de referência
........................................................................ para a regulação da prestação dos serviços públi-
cos de saneamento básico expedidas pela ANA;
XII - promover educação ambiental destinada
à economia de água pelos usuários; IV - ao cumprimento de índice de perda de água
na distribuição, conforme definido em ato do Mi-
XIII - promover a capacitação técnica do setor; nistro de Estado do Desenvolvimento Regional;

XIV - promover a regionalização dos serviços, V - ao fornecimento de informações atualiza-


com vistas à geração de ganhos de escala, por das para o Sinisa, conforme critérios, métodos
meio do apoio à formação dos blocos de refe- e periodicidade estabelecidos pelo Ministério do
rência e à obtenção da sustentabilidade econô- Desenvolvimento Regional;
mica financeira do bloco;
VI - à regularidade da operação a ser financia-
XV - promover a concorrência na prestação da, nos termos do inciso XIII do caput do art. 3º
dos serviços; e desta Lei;

XVI - priorizar, apoiar e incentivar planos, pro- VII - à estruturação de prestação regionalizada;
gramas e projetos que visem à implantação e à
ampliação dos serviços e das ações de sanea- VIII - à adesão pelos titulares dos serviços
mento integrado, nos termos desta Lei.” (NR) públicos de saneamento básico à estrutura de
governança correspondente em até 180 (cento e
“Art. 50. .......................................................... oitenta) dias contados de sua instituição, nos ca-

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357
Direito Ambiental

sos de unidade regional de saneamento básico, § 9º A restrição de acesso a recursos públicos


blocos de referência e gestão associada; e federais e a financiamentos decorrente do des-
cumprimento do inciso III do caput deste artigo
IX - à constituição da entidade de governança não afetará os contratos celebrados anterior-
federativa no prazo estabelecido no inciso VIII do mente à sua instituição e as respectivas previ-
caput deste artigo. sões de desembolso.

§ 1º Na aplicação de recursos não onerosos da § 10. O disposto no inciso III do caput deste
União, serão priorizados os investimentos de ca- artigo não se aplica às ações de saneamento bá-
pital que viabilizem a prestação de serviços regio- sico em:
nalizada, por meio de blocos regionais, quando a
sua sustentabilidade econômico-financeira não for I - áreas rurais;
possível apenas com recursos oriundos de tarifas
ou taxas, mesmo após agrupamento com outros II - comunidades tradicionais, incluídas áreas
Municípios do Estado, e os investimentos que vi- quilombolas; e
sem ao atendimento dos Municípios com maiores
déficits de saneamento cuja população não tenha III - terras indígenas.
capacidade de pagamento compatível com a via-
bilidade econômico-financeira dos serviços. § 11. A União poderá criar cursos de capaci-
tação técnica dos gestores públicos municipais,
........................................................................ em consórcio ou não com os Estados, para a
elaboração e implementação dos planos de sa-
§ 5º No fomento à melhoria da prestação neamento básico.
dos serviços públicos de saneamento básico, a
União poderá conceder benefícios ou incentivos § 12. (VETADO).” (NR)
orçamentários, fiscais ou creditícios como con-
trapartida ao alcance de metas de desempenho “Art. 52. A União elaborará, sob a coordena-
operacional previamente estabelecidas. ção do Ministério do Desenvolvimento Regional:

........................................................................ I - o Plano Nacional de Saneamento Básico,


que conterá:
§ 8º A manutenção das condições e do aces-
so aos recursos referidos no caput deste artigo ........................................................................
dependerá da continuidade da observância dos
atos normativos e da conformidade dos órgãos e c) a proposição de programas, projetos e
das entidades reguladoras ao disposto no inciso ações necessários para atingir os objetivos e as
III do caput deste artigo. metas da política federal de saneamento básico,

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

com identificação das fontes de financiamento, ........................................................................


de forma a ampliar os investimentos públicos e
privados no setor; § 3º Compete ao Ministério do Desenvolvimen-
to Regional a organização, a implementação e a
........................................................................ gestão do Sinisa, além do estabelecimento dos
critérios, dos métodos e da periodicidade para o
§ 1º O Plano Nacional de Saneamento Bási- preenchimento das informações pelos titulares,
co deverá: pelas entidades reguladoras e pelos prestadores
dos serviços e para a auditoria própria do sistema.
........................................................................
§ 4º A ANA e o Ministério do Desenvolvimen-
III - contemplar programa específico para to Regional promoverão a interoperabilidade do
ações de saneamento básico em áreas rurais; Sistema Nacional de Informações sobre Recur-
sos Hídricos (SNIRH) com o Sinisa.
IV - contemplar ações específicas de segu-
rança hídrica; e § 5º O Ministério do Desenvolvimento Regio-
nal dará ampla transparência e publicidade aos
V - contemplar ações de saneamento bási- sistemas de informações por ele geridos e consi-
co em núcleos urbanos informais ocupados por derará as demandas dos órgãos e das entidades
populações de baixa renda, quando estes forem envolvidos na política federal de saneamento
consolidados e não se encontrarem em situação básico para fornecer os dados necessários ao
de risco. desenvolvimento, à implementação e à avaliação
das políticas públicas do setor.
........................................................................
§ 6º O Ministério do Desenvolvimento Regio-
§ 3º A União estabelecerá, de forma subsi- nal estabelecerá mecanismo sistemático de au-
diária aos Estados, blocos de referência para a ditoria das informações inseridas no Sinisa.
prestação regionalizada dos serviços públicos
de saneamento básico.” (NR) § 7º Os titulares, os prestadores de serviços
públicos de saneamento básico e as entidades
“Art. 53. .......................................................... reguladoras fornecerão as informações a serem
inseridas no Sinisa.” (NR)
§ 1º As informações do Sinisa são públicas,
gratuitas, acessíveis a todos e devem ser publi- “Art. 53-A. Fica criado o Comitê Interministe-
cadas na internet, em formato de dados abertos. rial de Saneamento Básico (Cisb), colegiado que,

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Direito Ambiental

sob a presidência do Ministério do Desenvolvi- “Art. 53-D. Fica estabelecida como política fe-
mento Regional, tem a finalidade de assegurar a deral de saneamento básico a execução de obras
implementação da política federal de saneamen- de infraestrutura básica de esgotamento sanitário
to básico e de articular a atuação dos órgãos e e abastecimento de água potável em núcleos ur-
das entidades federais na alocação de recursos banos formais, informais e informais consolida-
financeiros em ações de saneamento básico. dos, passíveis de serem objeto de Regularização
Fundiária Urbana (Reurb), nos termos da Lei nº
Parágrafo único. A composição do Cisb será 13.465, de 11 de julho de 2017, salvo aqueles
definida em ato do Poder Executivo federal.” que se encontrarem em situação de risco.

“Art. 53-B. Compete ao Cisb: Parágrafo único. Admite-se, prioritariamente,


a implantação e a execução das obras de infra-
I - coordenar, integrar, articular e avaliar a ges- estrutura básica de abastecimento de água e
tão, em âmbito federal, do Plano Nacional de Sa- esgotamento sanitário mediante sistema condo-
neamento Básico; minial, entendido como a participação comuni-
tária com tecnologias apropriadas para produzir
II - acompanhar o processo de articulação e soluções que conjuguem redução de custos de
as medidas que visem à destinação dos recursos operação e aumento da eficiência, a fim de criar
para o saneamento básico, no âmbito do Poder condições para a universalização.”
Executivo federal;
Art. 8º A Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de
III - garantir a racionalidade da aplicação dos 2017, passa a vigorar com as seguintes alterações:
recursos federais no setor de saneamento bási-
co, com vistas à universalização dos serviços e “Art. 1º Fica a União autorizada a participar
à ampliação dos investimentos públicos e priva- de fundo que tenha por finalidade exclusiva fi-
dos no setor; nanciar serviços técnicos profissionais especia-
lizados, com vistas a apoiar a estruturação e o
IV - elaborar estudos técnicos para subsidiar desenvolvimento de projetos de concessão e
a tomada de decisões sobre a alocação de re- parcerias público-privadas da União, dos Esta-
cursos federais no âmbito da política federal de dos, do Distrito Federal e dos Municípios, em
saneamento básico; e regime isolado ou consorciado.

V - avaliar e aprovar orientações para a aplica- Parágrafo único. (Revogado).” (NR)


ção dos recursos federais em saneamento básico.”
“Art. 2º ............................................................
“Art. 53-C. Regimento interno disporá sobre a
organização e o funcionamento do Cisb.” § 3º .................................................................

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

II - por doações de qualquer natureza, inclu- IV - o chamamento público para verificar o


sive de Estados, do Distrito Federal, de Municí- interesse dos entes federativos, em regime iso-
pios, de outros países, de organismos interna- lado ou consorciado, em realizar concessões e
cionais e de organismos multilaterais; parcerias público-privadas, exceto em condi-
ções específicas a serem definidas pelo Conse-
III - pelo reembolso de valores despendidos lho de Participação no fundo a que se refere o
pelo agente administrador e pelas bonificações art. 4º desta Lei;
decorrentes da contratação dos serviços de que
trata o art. 1º desta Lei; ........................................................................

........................................................................ VI - as sanções aplicáveis na hipótese de


descumprimento dos termos pactuados com
V - pelos recursos derivados de alienação de os beneficiários;
bens e direitos, ou de publicações, material téc-
nico, dados e informações; e VII - a contratação de instituições parceiras
de qualquer natureza para a consecução de suas
VI - por outros recursos definidos em lei. finalidades; e

§ 4º ................................................................. VIII - a contratação de serviços técnicos es-


pecializados.
I - as atividades e os serviços técnicos neces-
sários à estruturação e ao desenvolvimento das ........................................................................
concessões e das parcerias público-privadas
passíveis de contratação no âmbito da União, § 10. O chamamento público de que trata o in-
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- ciso IV do § 4º deste artigo não se aplica à hipótese
pios, em regime isolado ou consorciado; de estruturação de concessões de titularidade da
União, permitida a seleção dos empreendimentos
I-A - os serviços de assistência técnica a se- diretamente pelo Conselho de Participação no
rem financiados pelo fundo; fundo de que trata o art. 4º desta Lei.

I-B - o apoio à execução de obras; § 11. Os recursos destinados à assistência


técnica relativa aos serviços públicos de sane-
........................................................................ amento básico serão segregados dos demais e
não poderão ser destinados para outras finalida-
III-A - as regras de participação do fundo nas des do fundo.” (NR)
modalidades de assistência técnica apoiadas;

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361
Direito Ambiental

Art. 9º A Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, a formalização de novos contratos de programa


passa a vigorar com as seguintes alterações: para esse fim.” (NR)

“Art. 1º ............................................................ Art. 10. O § 1º do art. 1º da Lei nº 13.089, de


12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole),
§ 4º Aplicam-se aos convênios de coopera- passa a vigorar acrescido do seguinte inciso III:
ção, no que couber, as disposições desta Lei re-
lativas aos consórcios públicos.” (NR) “Art. 1º ............................................................

“Art. 8º ............................................................ § 1º .................................................................

§ 1º O contrato de rateio será formalizado em III - às unidades regionais de saneamento básico


cada exercício financeiro, e seu prazo de vigência definidas pela Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
não será superior ao das dotações que o suportam,
com exceção dos contratos que tenham por objeto ...............................................................” (NR)
exclusivamente projetos consistentes em progra-
mas e ações contemplados em plano plurianual. Art. 11. A Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010,
passa a vigorar com as seguintes alterações:
...............................................................” (NR)
“Art. 19. ..........................................................
“Art. 11. ..........................................................
XIX - periodicidade de sua revisão, observado
§ 2º A retirada ou a extinção de consórcio pú- o período máximo de 10 (dez) anos.
blico ou convênio de cooperação não prejudicará
as obrigações já constituídas, inclusive os con- ...............................................................” (NR)
tratos, cuja extinção dependerá do pagamento
das indenizações eventualmente devidas.” (NR) “Art. 54. A disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos deverá ser implantada até
“Art. 13. .......................................................... 31 de dezembro de 2020, exceto para os Muni-
cípios que até essa data tenham elaborado plano
§ 6º (Revogado). intermunicipal de resíduos sólidos ou plano mu-
nicipal de gestão integrada de resíduos sólidos
........................................................................ e que disponham de mecanismos de cobrança
que garantam sua sustentabilidade econômi-
§ 8º Os contratos de prestação de serviços co-financeira, nos termos do art. 29 da Lei nº
públicos de saneamento básico deverão obser- 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para os quais
var o art. 175 da Constituição Federal, vedada ficam definidos os seguintes prazos:

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362
Atualização Legislativa | Julho de 2020

I - até 2 de agosto de 2021, para capitais de I - 4 (quatro) Cargos Comissionados de Ge-


Estados e Municípios integrantes de Região Me- rência Executiva (CGE), dos quais:
tropolitana (RM) ou de Região Integrada de De-
senvolvimento (Ride) de capitais; a) 2 (dois) CGE I; e

II - até 2 de agosto de 2022, para Municípios b) 2 (dois) CGE III;


com população superior a 100.000 (cem mil)
habitantes no Censo 2010, bem como para Mu- II - 12 (doze) Cargos Comissionados Técnicos
nicípios cuja mancha urbana da sede municipal (CCT) V; e
esteja situada a menos de 20 (vinte) quilômetros
da fronteira com países limítrofes; III - 10 (dez) Cargos Comissionados Técnicos
(CCT) II.
III - até 2 de agosto de 2023, para Municípios
com população entre 50.000 (cinquenta mil) e Art. 13. Decreto disporá sobre o apoio técnico
100.000 (cem mil) habitantes no Censo 2010; e e financeiro da União à adaptação dos serviços
públicos de saneamento básico às disposições
IV - até 2 de agosto de 2024, para Municípios desta Lei, observadas as seguintes etapas:
com população inferior a 50.000 (cinquenta mil)
habitantes no Censo 2010. I - adesão pelo titular a mecanismo de presta-
ção regionalizada;
§ 1º (VETADO).
II - estruturação da governança de gestão da
§ 2º Nos casos em que a disposição de prestação regionalizada;
rejeitos em aterros sanitários for economica-
mente inviável, poderão ser adotadas outras III - elaboração ou atualização dos planos regio-
soluções, observadas normas técnicas e ope- nais de saneamento básico, os quais devem levar
racionais estabelecidas pelo órgão competen- em consideração os ambientes urbano e rural;
te, de modo a evitar danos ou riscos à saúde
pública e à segurança e a minimizar os impac- IV - modelagem da prestação dos serviços
tos ambientais.” (NR) em cada bloco, urbano e rural, com base em es-
tudos de viabilidade técnica, econômica e am-
Art. 12. Fica autorizada a transformação, sem biental (EVTEA);
aumento de despesa, por ato do Poder Executi-
vo federal, de cargos do Grupo-Direção e Asses- V - alteração dos contratos de programa vi-
soramento Superiores (DAS) com valores remu- gentes, com vistas à transição para o novo mo-
neratórios totais correspondentes a: delo de prestação;

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363
Direito Ambiental

VI - licitação para concessão dos serviços ou ridade na obtenção de recursos públicos fede-
para alienação do controle acionário da estatal rais para a elaboração do plano municipal de
prestadora, com a substituição de todos os con- saneamento básico.
tratos vigentes.
Art. 14. Em caso de alienação de controle
§ 1º Caso a transição referida no inciso V do acionário de empresa pública ou sociedade de
caput deste artigo exija a substituição de con- economia mista prestadora de serviços públicos
tratos com prazos distintos, estes poderão ser de saneamento básico, os contratos de progra-
reduzidos ou prorrogados, de maneira a conver- ma ou de concessão em execução poderão ser
gir a data de término com o início do contrato de substituídos por novos contratos de concessão,
concessão definitivo, observando-se que: observando-se, quando aplicável, o Programa
Estadual de Desestatização.
I - na hipótese de redução do prazo, o presta-
dor será indenizado na forma do art. 37 da Lei nº § 1º Caso o controlador da empresa pública
8.987, de 13 de fevereiro de 1995; e ou da sociedade de economia mista não mani-
feste a necessidade de alteração de prazo, de
II - na hipótese de prorrogação do prazo, pro- objeto ou de demais cláusulas do contrato no
ceder-se-á, caso necessário, à revisão extraordi- momento da alienação, ressalvado o disposto no
nária, na forma do inciso II do caput do art. 38 da § 1º do art. 11-B da Lei nº 11.445, de 5 de janei-
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. ro de 2007, fica dispensada anuência prévia da
alienação pelos entes públicos que formalizaram
§ 2º O apoio da União será condicionado a o contrato de programa.
compromisso de conclusão das etapas de que
trata o caput deste artigo pelo titular do serviço, § 2º Caso o controlador da empresa pública
que ressarcirá as despesas incorridas em caso ou da sociedade de economia mista proponha
de descumprimento desse compromisso. alteração de prazo, de objeto ou de demais cláu-
sulas do contrato de que trata este artigo antes
§ 3º Na prestação dos serviços públicos de sa- de sua alienação, deverá ser apresentada pro-
neamento básico, os Municípios que obtiverem a posta de substituição dos contratos existentes
aprovação do Poder Executivo, nos casos de con- aos entes públicos que formalizaram o contrato
cessão, e da respectiva Câmara Municipal, nos ca- de programa.
sos de privatização, terão prioridade na obtenção
de recursos públicos federais para a elaboração do § 3º Os entes públicos que formalizaram o con-
plano municipal de saneamento básico. trato de programa dos serviços terão o prazo de
180 (cento e oitenta) dias, contado do recebimen-
§ 4º Os titulares que elegerem entidade de to da comunicação da proposta de que trata o §
regulação de outro ente federativo terão prio- 2º deste artigo, para manifestarem sua decisão.

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

§ 4º A decisão referida no § 3º deste artigo Parágrafo único. As parcerias público-priva-


deverá ser tomada pelo ente público que forma- das e as subdelegações previstas neste artigo
lizou o contrato de programa com as empresas serão mantidas em prazos e condições pelo ente
públicas e sociedades de economia mista. federativo exercente da competência delegada,
mediante sucessão contratual direta.
§ 5º A ausência de manifestação dos entes pú-
blicos que formalizaram o contrato de programa no Art. 19. Os titulares de serviços públicos de
prazo estabelecido no § 3º deste artigo configurará saneamento básico deverão publicar seus pla-
anuência à proposta de que trata o § 2º deste artigo. nos de saneamento básico até 31 de dezem-
bro de 2022, manter controle e dar publicidade
§ 6º (VETADO). sobre o seu cumprimento, bem como comuni-
car os respectivos dados à ANA para inserção
§ 7º (VETADO). no Sinisa.

Art. 15. A competência de que trata o § 3º Parágrafo único. Serão considerados planos
do art. 52 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de de saneamento básico os estudos que funda-
2007, somente será exercida caso as unidades mentem a concessão ou a privatização, desde
regionais de saneamento básico não sejam esta- que contenham os requisitos legais necessários.
belecidas pelo Estado no prazo de 1 (um) ano da
publicação desta Lei. Art. 20. (VETADO).

Art. 16. (VETADO). Art. 21. (VETADO).

Art. 17. Os contratos de concessão e os con- Art. 22. (VETADO).


tratos de programa para prestação dos serviços
públicos de saneamento básico existentes na Art. 23. Revogam-se:
data de publicação desta Lei permanecerão em
vigor até o advento do seu termo contratual. I - o § 2º do art. 4º da Lei nº 9.984, de 17 de
julho de 2000;
Parágrafo único. (VETADO).
II - o § 1º (antigo parágrafo único) do art. 3º da
Art. 18. Os contratos de parcerias público-pri- Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003;
vadas ou de subdelegações que tenham sido fir-
mados por meio de processos licitatórios deve- III - os seguintes dispositivos da Lei nº 11.107,
rão ser mantidos pelo novo controlador, em caso de 6 de abril de 2005:
de alienação de controle de empresa estatal ou
sociedade de economia mista. a) o § 1º do art. 12;

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365
Direito Ambiental

b) o § 6º do art. 13;

IV - os seguintes dispositivos da Lei nº 11.445,


de 5 de janeiro de 2007:

a) os §§ 1º e 2º do art. 10;

b) os arts. 14, 15 e 16;

c) os incisos I e II do caput do art. 21;

d) o inciso I do caput do art. 31;

e) o inciso I do caput do art. 35;

V - os seguintes dispositivos da Lei nº 13.529,


de 4 de dezembro de 2017:

a) o parágrafo único do art. 1º;

b) o § 3º do art. 4º.

Art. 24. Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 15 de julho de 2020; 199o da Inde-


pendência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


André Luiz de Almeida Mendonça
Paulo Guedes
Tarcisio Gomes de Freitas
Ricardo de Aquino Salles
Rogério Marinho

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 16.7.2020.

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366
Atualização Legislativa | Julho de 2020

DIREITO CIVIL O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da


atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti-
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com
Medida Provisória nº 992, de 16 de julho força de lei:
de 2020
Art. 1º Esta Medida Provisória dispõe sobre:
Dispõe sobre o financiamento a microempre-
sa e empresa de pequeno e médio porte, sobre o I - a concessão de crédito a microempresas e
crédito presumido apurado com base em créditos empresas de pequeno e de médio porte no âm-
decorrentes de diferenças temporárias, sobre o bito do Programa de Capital de Giro para Preser-
compartilhamento de alienação fiduciária e sobre vação de Empresas - CGPE;
a dispensa do cumprimento de exigências de de-
monstração de regularidade fiscal nas operações II - o crédito presumido apurado com base
praticadas pelo Banco Central do Brasil em de- em créditos decorrentes de diferenças temporá-
corrência do disposto no art. 7º da Emenda Cons- rias pelas instituições financeiras e pelas demais
titucional nº 106, de 7 de maio de 2020, e altera a instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Lei nº 13.476, de 28 de agosto de 2017, a Lei nº Central do Brasil, exceto as cooperativas de cré-
13.097, de 19 de janeiro de 2015, e a Lei nº 6.015, dito e as administradoras de consórcio;
de 31 de dezembro de 1973.
III - o compartilhamento de alienação fiduciária; e
Exposição de Motivos
IV - a dispensa do cumprimento de exigências
Dispõe sobre o financiamento a microempre- de demonstração de regularidade fiscal nas ope-
sa e empresa de pequeno e médio porte, sobre rações praticadas pelo Banco Central do Brasil
o crédito presumido apurado com base em cré- em decorrência do disposto no art. 7º da Emen-
ditos decorrentes de diferenças temporárias, so- da Constitucional nº 106, de 7 de maio de 2020.
bre o compartilhamento de alienação fiduciária e
sobre a dispensa do cumprimento de exigências Art. 2º Fica instituído o CGPE, Programa des-
de demonstração de regularidade fiscal nas ope- tinado à realização, pelas instituições financeiras
rações praticadas pelo Banco Central do Brasil e pelas demais instituições autorizadas a funcio-
em decorrência do disposto no art. 7º da Emenda nar pelo Banco Central do Brasil, exceto coope-
Constitucional nº 106, de 7 de maio de 2020, e rativas de crédito e administradoras de consór-
altera a Lei nº 13.476, de 28 de agosto de 2017, cio, de operações de crédito com empresas com
a Lei nº 13.097, de 19 de janeiro de 2015, e a Lei receita bruta anual, apurada no ano-calendário
nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. de 2019, de até R$ 300.000.000,00 (trezentos

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367
Direito Civil

milhões de reais) ou valor proporcional ao núme- III - do Programa Emergencial de Acesso a


ro de meses de funcionamento no ano de 2019. Crédito, instituído pela Medida Provisória nº 975,
de 1º de junho de 2020; e
§ 1º As instituições que participarem do CGPE
poderão adotar a forma de apuração do crédito IV - de outros programas que venham a ser
presumido de que tratam os art. 3º, art. 4º e art. 5º. instituídos com o propósito de enfrentamento
dos efeitos na economia decorrentes da pan-
§ 2º As operações de crédito que trata o demia da covid-19, nos quais haja compartilha-
caput deverão ser contratadas no período com- mento de recursos ou de riscos entre a União e
preendido entre a data de entrada em vigor des- as instituições participantes.
ta Medida Provisória e 31 de dezembro de 2020.
§ 5º Na composição do CGPE, não são elegí-
§ 3º Fica o Conselho Monetário Nacional au- veis as operações de crédito concedidas a pes-
torizado a definir: soa jurídica que seja controladora, controlada,
coligada ou interligada da instituição credora.
I - as condições, os prazos, as regras para
concessão e as características das operações § 6º Observado o disposto no § 4º, as opera-
de que trata o caput; e ções realizadas no âmbito do CGPE:

II - a distribuição dos créditos concedidos por I - não contarão com qualquer garantia da
segmentos ou áreas de atuação e faixas de porte União ou de entidade pública e o risco de crédi-
das empresas de que trata o caput. to será integralmente da instituição participante;

§ 4º Para fins de enquadramento no CGPE, o II - serão carregadas em sua totalidade com


Conselho Monetário Nacional poderá autorizar a recursos captados pelas próprias instituições
utilização de até trinta por cento do valor a que participantes;
se refere o inciso I do caput do art. 3º em opera-
ções contratadas ao amparo: III - não terão qualquer tipo de previsão de
aporte de recursos públicos; e
I - do Programa Nacional de Apoio às Micro-
empresas e Empresas de Pequeno Porte -Pro- IV - não terão qualquer equalização de taxa de
nampe, instituído pela Lei nº 13.999, de 18 de juros por parte da União.
maio de 2020;
Art. 3º Até 31 de dezembro de 2025, as insti-
II - do Programa Emergencial de Suporte a tuições financeiras e as demais instituições auto-
Empregos, instituído pela Medida Provisória nº rizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
944, de 3 de abril de 2020; exceto as cooperativas de crédito e as adminis-

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

tradoras de consórcio, que aderirem ao CGPE, § 4º O valor dos saldos contábeis referentes
poderão apurar crédito presumido: aos créditos decorrentes de diferenças tempo-
rárias verificados em 30 de junho de 2020, de
I - em montante igual ao valor desembolsado que trata o inciso II do caput, será reduzido à
de operações de crédito concedidas no âmbito medida que as despesas ou as perdas de que
do CGPE, de que trata o art. 2º; e trata o § 3º sejam contabilmente revertidas ou
deduzidas na determinação do lucro real e da
II - até o valor dos saldos contábeis referentes base de cálculo da CSLL.
aos créditos decorrentes de diferenças temporá-
rias verificados em 30 de junho de 2020. Art. 4º A apuração do crédito presumido de
que trata o art. 3º poderá ser realizada a cada ano-
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica aos -calendário, a partir do ano-calendário de 2021,
créditos decorrentes de diferenças temporárias quando apresentarem, de forma cumulativa:
referentes a provisões para créditos de liquida-
ção duvidosa e de provisões passivas relaciona- I - créditos decorrentes de diferenças tempo-
das a ações fiscais e previdenciárias. rárias, em conformidade com o disposto no art.
3º, oriundos de registros existentes no ano-ca-
§ 2º Para fins do disposto neste artigo, os lendário anterior; e
créditos decorrentes de diferenças temporárias
correspondem à aplicação das alíquotas do Im- II - prejuízo fiscal apurado no ano-calendá-
posto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ rio anterior.
e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
- CSLL sobre as diferenças entre as despesas ou § 1º O valor do crédito presumido de que trata
as perdas decorrentes das atividades das pes- o caput será apurado com base na fórmula cons-
soas jurídicas referidas no caput, deduzidas de tante do Anexo I.
acordo com a legislação contábil societária, e as
despesas ou as perdas autorizadas como dedu- § 2º O crédito presumido de que trata este ar-
ção para determinação do lucro real e da base de tigo fica limitado ao menor dos seguintes valores:
cálculo da CSLL, conforme a legislação vigente.
I - o saldo dos créditos decorrentes de dife-
§ 3º A instituição participante identificará os even- renças temporárias, existentes no ano-calendá-
tos e os valores das despesas e das perdas que de- rio anterior; ou
ram origem aos saldos dos créditos decorrentes de
diferenças temporárias verificados em 30 de junho II - o valor do prejuízo fiscal apurado no ano-
de 2020, a que se refere o inciso II do caput. -calendário anterior.

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369
Direito Civil

§ 3º Não poderá ser aproveitada em outros de que trata o art. 1º deverão adicionar ao lucro
períodos de apuração a parcela equivalente ao líquido, para fins de apuração do lucro real e da
valor do crédito presumido apurado na forma base de cálculo da CSLL, o valor apurado com
prevista no § 1º dividido pela soma das alíquotas base na fórmula constante do Anexo II.
do IRPJ e da CSLL.
Parágrafo único. A pessoa jurídica que não
Art. 5º Na hipótese de falência ou liquidação adicionar ao lucro líquido o valor de que trata o
extrajudicial das pessoas jurídicas de que trata o caput ficará sujeita ao lançamento de ofício das
art. 3º, o saldo total dos créditos decorrentes de diferenças apuradas do IRPJ e da CSLL.
diferenças temporárias existente na data da de-
cretação da falência ou da liquidação extrajudicial Art. 8º Será aplicada multa de trinta por cento
corresponderá ao valor do crédito presumido a sobre o valor deduzido de ofício dos débitos com
partir dessa data, observado o disposto no art. 3º. a Fazenda Nacional ou ressarcido em espécie ou
em títulos da dívida pública mobiliária federal às
Parágrafo único. O disposto no caput se aplica pessoas jurídicas que solicitarem o ressarcimen-
somente às pessoas jurídicas cuja liquidação ex- to de crédito presumido de que trata o art. 6º
trajudicial ou falência tenha sido decretada após a nas hipóteses em que a dedução ou o ressarci-
data da entrada em vigor desta Medida Provisória. mento for obtido com falsidade no pedido por
elas apresentado, sem prejuízo da devolução do
Art. 6º O crédito presumido de que tratam valor deduzido ou ressarcido indevidamente.
os art. 4º e art. 5º poderá ser objeto de pedido
de ressarcimento. Art. 9º A dedução de ofício poderá ser objeto
de revisão pela autoridade administrativa, a pe-
§ 1º O ressarcimento em espécie ou em títulos dido, quando o sujeito passivo alegar inexistên-
da dívida pública mobiliária federal, a critério do cia do débito deduzido.
Ministro de Estado da Economia, será precedido
da dedução de ofício de valores de natureza tribu- Art. 10. Para fins de apuração dos créditos
tária ou não tributária devidos à Fazenda Nacional presumidos, os saldos contábeis mencionados
pelas pessoas jurídicas de que trata o art. 3º. nos art. 3º, art. 4º e art. 5º serão fornecidos à Se-
cretaria Especial da Receita Federal do Brasil do
§ 2º O disposto no art. 74 da Lei nº 9.430, de Ministério da Economia pelo Banco Central do
27 de dezembro de 1996, não se aplica ao crédito Brasil, quando solicitado, com base nos dados
presumido de que trata esta Medida Provisória. disponíveis em seus sistemas de informação.

Art. 7º A partir da dedução de ofício dos débi- Art. 11. A Fazenda Nacional poderá verificar a
tos com a Fazenda Nacional ou do ressarcimen- exatidão dos créditos presumidos apurados de
to a que se refere o art. 6º, as pessoas jurídicas acordo com o disposto nos art. 4º e art. 5º pelo

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370
Atualização Legislativa | Julho de 2020

prazo de cinco anos, contado da data do pedido imóvel alienado fiduciariamente como garantia
de ressarcimento de que trata o art. 7º. de novas e autônomas operações de crédito de
qualquer natureza, desde que contratadas com o
Art. 12. As pessoas jurídicas mencionadas no credor fiduciário da operação de crédito original.
art. 3º manterão os controles contábeis e a do-
cumentação necessários para identificar: § 1º O compartilhamento da alienação fidu-
ciária de que trata o caput somente poderá ser
I - os saldos dos créditos decorrentes de di- contratado, por pessoa natural ou jurídica, no
ferenças temporárias de que trata esta Medida âmbito do Sistema Financeiro Nacional.
Provisória; e
§ 2º O fiduciante pessoa natural somente po-
II - os créditos concedidos no âmbito do derá contratar as operações de crédito de que
CGPE, de que trata o art. 2º. trata o caput em benefício próprio ou de sua en-
tidade familiar, mediante a apresentação de de-
Art. 13. A Secretaria Especial da Receita claração contratual destinada a esse fim.” (NR)
Federal do Brasil do Ministério da Economia,
o Conselho Monetário Nacional e o Banco “Art. 9º-B O compartilhamento da alienação
Central do Brasil, no âmbito de suas compe- fiduciária de coisa imóvel deverá ser averbado
tências, disciplinarão o disposto nesta Medi- no cartório de registro de imóveis competente.
da Provisória.
§ 1º O instrumento de que trata o caput, que
Parágrafo único. O Banco Central do Brasil será serve de título ao compartilhamento da aliena-
responsável pela supervisão do CGPE e deverá: ção fiduciária, deverá conter:

I - fiscalizar o cumprimento, pelas instituições I - valor principal da nova operação de crédito;


financeiras participantes, das condições estabe-
lecidas para o CGPE pelo Conselho Monetário II - taxa de juros e encargos incidentes;
Nacional; e
III - prazo e condições de reposição do em-
II - acompanhar e avaliar os resultados alcan- préstimo ou do crédito do credor fiduciário;
çados no âmbito do CGPE.
IV - declaração do fiduciante, de que trata o §
Art. 14. A Lei nº 13.476, de 28 de agosto de 2º do art. 9-A, quando pessoa natural;
2017, passa a vigorar com as seguintes alterações:
V - prazo de carência, após o qual será ex-
“Art. 9º-A Fica permitido ao fiduciante, com pedida a intimação para constituição em mora
a anuência do credor fiduciário, utilizar o bem do fiduciante;

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371
Direito Civil

VI - cláusula com a previsão de que, enquanto tecipadamente as demais operações de crédito


o fiduciante estiver adimplente, este poderá uti- vinculadas à mesma garantia, hipótese em que
lizar livremente, por sua conta e risco, o imóvel permanecerão vigentes as condições e os pra-
objeto da alienação fiduciária; zos nelas convencionados.

VII - cláusula com a previsão de que o inadim- Parágrafo único. Na hipótese de liquidação de
plemento e a ausência de purgação da mora, de quaisquer das operações de crédito garantidas
que trata o art. 26 da Lei nº 9.514, de 1997, em por meio de alienação fiduciária de imóvel, caberá:
relação a quaisquer das operações de crédito, fa-
culta ao credor fiduciário considerar vencidas an- I - ao credor expedir o termo de quitação re-
tecipadamente as demais operações de crédito lacionado exclusivamente à operação de crédito
contratadas no âmbito do compartilhamento da liquidada; e
alienação fiduciária, situação em que será exigível a
totalidade da dívida para todos os efeitos legais; e II - ao oficial do registro de imóveis competen-
te fazer a averbação na matrícula do imóvel.” (NR)
VIII - cláusula com a previsão de que as dis-
posições e os requisitos de que trata o art. 27 da “Art. 9º-D Na hipótese de inadimplemento e
Lei nº 9.514, de 1997, deverão ser cumpridos. ausência de purgação da mora, de que trata o
art. 26 da Lei nº 9.514, de 1997, em relação a
§ 2º As operações de crédito, no âmbito do quaisquer das operações de crédito, indepen-
compartilhamento da alienação fiduciária, pode- dentemente de seu valor, o credor fiduciário po-
rão ser celebradas por instrumento público ou derá considerar vencidas antecipadamente to-
particular, mediante a manifestação de vontade das as demais operações de crédito contratadas
do fiduciante e do credor fiduciário, pelas formas no âmbito do compartilhamento da alienação
admitidas na legislação em vigor, inclusive por fiduciária, situação em que será exigível a totali-
meio eletrônico. dade da dívida para todos os efeitos legais.

§ 3º As disposições do inciso II do caput do § 1º Na hipótese prevista no caput, após o


art. 221 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de vencimento antecipado de todas as operações
1973, aplicam-se à dispensa do reconhecimento de crédito, o credor fiduciário promoverá os de-
de firmas e às operações garantidas pelo com- mais procedimentos de consolidação da pro-
partilhamento da alienação fiduciária.” (NR) priedade e de leilão de que tratam os art. 26 e
art. 27 da Lei nº 9.514, de 1997.
“Art. 9º-C Constituído o compartilhamento da
alienação fiduciária, a liquidação antecipada de § 2º A informação sobre o exercício, pelo cre-
quaisquer das operações de crédito, original ou dor fiduciário, da faculdade de considerar venci-
derivada, não obriga o fiduciante a liquidar an- das todas as operações contratadas no âmbito

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372
Atualização Legislativa | Julho de 2020

do compartilhamento da alienação fiduciária, Art. 16. A Lei nº 13.097, de 19 de janeiro de


nos termos do disposto no caput, deverá constar 2015, passa a vigorar com as seguintes alterações:
da intimação de que trata o § 1º do art. 26 da Lei
nº 9.514, de 1997. “Art. 95. ..........................................................

§ 3º Serão incluídos no conceito de dívida de § 3º-A O percentual de que trata o § 3º poderá


que trata o inciso I do § 3º do art. 27 da Lei nº ser de até dez por cento para operações contrata-
9.514, de 1997, os saldos devedores de todas as das até 30 de junho de 2021, nas condições a serem
operações de crédito garantidas pelo comparti- estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
lhamento da alienação fiduciária.
...............................................................” (NR)
§ 4º O disposto no § 5º do art. 27 da Lei nº
9.514, de 1997, não se aplica às operações ga- Art. 17. Nas operações praticadas pelo Ban-
rantidas pelo compartilhamento da alienação fi- co Central do Brasil em decorrência do disposto
duciária, hipótese em que o credor fiduciário po- no art. 7º da Emenda Constitucional nº 106, de
derá exigir o saldo remanescente, exceto quando 2020, não será observado o disposto:
uma ou mais operações tenham natureza de fi-
nanciamento imobiliário habitacional contratado I - no § 1º do art. 362 da Consolidação das
por pessoa natural. Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943;
§ 5º O disposto no art. 54 da Lei nº 13.097, de
2015, aplica-se às contratações decorrentes do II - no art. 62 do Decreto-Lei nº 147, de 3 de
compartilhamento de alienação fiduciária.” (NR) fevereiro de 1967;

Art. 15. A Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de III - no § 1º do art. 1º do Decreto-Lei nº 1.715,


1973, passa a vigorar com as seguintes alterações: de 22 de novembro de 1979;

“Art. 167. ........................................................ IV - nas alíneas “b” e “c” do caput do art. 27


da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990;
II - ...................................................................
V - na alínea “a” do inciso I do caput do art. 47
33. do compartilhamento de alienação fidu- da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; e
ciária por nova operação de crédito contratada
com o mesmo credor, na forma prevista na Lei nº VI - no art. 6º da Lei nº 10.522, de 19 de julho
13.476, de 28 de agosto de 2017.” (NR) de 2002.

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373
Direito Civil

Art. 18. Esta Medida Provisória entra em vigor ANEXO II


na data de sua publicação.
Fórmula para calcular o valor a ser adicionado
Brasília, 16 de julho de 2020; 199º da Inde- ao lucro líquido, para fins de apuração do lucro
pendência e 132º da República. real e da base de cálculo da contribuição social
sobre o lucro líquido, de que trata o art. 7º
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Paulo Guedes ADC = CP x (CREV/CDTC) x [1/(IRPJ + CSLL)]
Roberto de Oliveira Campos Neto
Em que:
Este texto não substitui o publicado no DOU
de 16.7.2020 - Edição extra. ADC = valor a ser adicionado ao lucro líquido,
para fins de apuração do lucro real e da base de
ANEXO I cálculo da CSLL;

Fórmula para calcular o valor do crédito pre- CP = crédito presumido no ano-calendário


sumido de que trata o art. 4º anterior;

CP = CDTC x [PF / (CAP + RES)] CREV = parcela revertida no ano-calendário


anterior da provisão ou da perda que gerou cré-
Em que: ditos decorrentes de diferenças temporárias;

CP = crédito presumido; CDTC = saldo de créditos decorrentes de


diferenças temporárias, em conformidade com
PF = valor do prejuízo fiscal apurado no ano- o disposto no art. 4º, existentes no ano-calen-
-calendário anterior; dário anterior;

CDTC = saldo de créditos decorrentes de di- IRPJ = alíquota do Imposto sobre a Renda da
ferenças temporárias, em conformidade com o Pessoa Jurídica; e
disposto no art. 3º, oriundos de registros existen-
tes no ano-calendário anterior; CSLL = alíquota da Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido.
CAP = saldo da conta do capital social inte-
gralizado; e *

RES = saldo de reservas de capital e de reser-


vas de lucros, apurados depois das destinações.

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374
Atualização Legislativa | Julho de 2020

DIREITO CONSTITUCIONAL III - até 26 de setembro, para que os parti-


dos e coligações solicitem à Justiça Eleitoral o
registro de seus candidatos, conforme disposto
Emenda Constitucional nº 107, de 2 de ju- no caput do art. 11 da Lei nº 9.504, de 30 de se-
lho de 2020 tembro de 1997, e no caput do art. 93 da Lei nº
4.737, de 15 de julho de 1965;
Adia, em razão da pandemia da Covid-19, as
eleições municipais de outubro de 2020 e os pra- IV - após 26 de setembro, para o início da pro-
zos eleitorais respectivos. paganda eleitoral, inclusive na internet, conforme
disposto nos arts. 36 e 57-A da Lei nº 9.504, de
As Mesas da Câmara dos Deputados e do 30 de setembro de 1997, e no caput do art. 240
Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965;
da Constituição Federal, promulgam a seguinte
Emenda ao texto constitucional: V - a partir de 26 de setembro, para que a
Justiça Eleitoral convoque os partidos e a repre-
Art. 1º As eleições municipais previstas para sentação das emissoras de rádio e de televisão
outubro de 2020 realizar-se-ão no dia 15 de no- para elaborarem plano de mídia, conforme dis-
vembro, em primeiro turno, e no dia 29 de no- posto no art. 52 da Lei nº 9.504, de 30 de setem-
vembro de 2020, em segundo turno, onde hou- bro de 1997;
ver, observado o disposto no § 4º deste artigo.
VI - 27 de outubro, para que os partidos po-
§ 1º Ficam estabelecidas, para as eleições de líticos, as coligações e os candidatos, obrigato-
que trata o caput deste artigo, as seguintes datas: riamente, divulguem o relatório que discrimina as
transferências do Fundo Partidário e do Fundo
I - a partir de 11 de agosto, para a vedação às Especial de Financiamento de Campanha, os re-
emissoras para transmitir programa apresentado cursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro
ou comentado por pré-candidato, conforme pre- recebidos, bem como os gastos realizados, con-
visto no § 1º do art. 45 da Lei nº 9.504, de 30 de forme disposto no inciso II do § 4º do art. 28 da
setembro de 1997; Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997;

II - entre 31 de agosto e 16 de setembro, para VII - até 15 de dezembro, para o encami-


a realização das convenções para escolha dos nhamento à Justiça Eleitoral do conjunto das
candidatos pelos partidos e a deliberação sobre prestações de contas de campanha dos candi-
coligações, a que se refere o caput do art. 8º da datos e dos partidos políticos, relativamente ao
Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997; primeiro e, onde houver, ao segundo turno das

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375
Direito Constitucional

eleições, conforme disposto nos incisos III e IV IV - os prazos para desincompatibilização


do caput do art. 29 da Lei nº 9.504, de 30 de que, na data da publicação desta Emenda Cons-
setembro de 1997. titucional, estiverem:

§ 2º Os demais prazos fixados na Lei nº 9.504, a) a vencer: serão computados considerando-


de 30 de setembro de 1997, e na Lei nº 4.737, -se a nova data de realização das eleições de 2020;
de 15 de julho de 1965, que não tenham trans-
corrido na data da publicação desta Emenda b) vencidos: serão considerados preclusos,
Constitucional e tenham como referência a data vedada a sua reabertura;
do pleito serão computados considerando-se a
nova data das eleições de 2020. V - a diplomação dos candidatos eleitos ocor-
rerá em todo o País até o dia 18 de dezembro,
§ 3º Nas eleições de que trata este artigo se- salvo a situação prevista no § 4º deste artigo;
rão observadas as seguintes disposições:
VI - os atos de propaganda eleitoral não po-
I - o prazo previsto no § 1º do art. 30 da Lei derão ser limitados pela legislação municipal ou
nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, não será pela Justiça Eleitoral, salvo se a decisão estiver
aplicado, e a decisão que julgar as contas dos fundamentada em prévio parecer técnico emiti-
candidatos eleitos deverá ser publicada até o dia do por autoridade sanitária estadual ou nacional;
12 de fevereiro de 2021;
VII - em relação à conduta vedada prevista no
II - o prazo para a propositura da represen- inciso VII do caputdo art. 73 da Lei nº 9.504, de 30
tação de que trata o art. 30-A da Lei nº 9.504, de setembro de 1997, os gastos liquidados com
de 30 de setembro de 1997, será até o dia 1º de publicidade institucional realizada até 15 de agos-
março de 2021; to de 2020 não poderão exceder a média dos
gastos dos 2 (dois) primeiros quadrimestres dos 3
III - os partidos políticos ficarão autorizados a (três) últimos anos que antecedem ao pleito, salvo
realizar, por meio virtual, independentemente de em caso de grave e urgente necessidade pública,
qualquer disposição estatutária, convenções ou assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;
reuniões para a escolha de candidatos e a for-
malização de coligações, bem como para a defi- VIII - no segundo semestre de 2020, poderá
nição dos critérios de distribuição dos recursos ser realizada a publicidade institucional de atos e
do Fundo Especial de Financiamento de Campa- campanhas dos órgãos públicos municipais e de
nha, de que trata o art. 16-C da Lei nº 9.504, de suas respectivas entidades da administração in-
30 de setembro de 1997; direta destinados ao enfrentamento à pandemia

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376
Atualização Legislativa | Julho de 2020

da Covid-19 e à orientação da população quan- e à distribuição dos eleitores no período, de forma


to a serviços públicos e a outros temas afetados a propiciar a melhor segurança sanitária possível a
pela pandemia, resguardada a possibilidade de todos os participantes do processo eleitoral.
apuração de eventual conduta abusiva nos ter-
mos do art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 18 Art. 2º Não se aplica o art. 16 da Constituição
de maio de 1990. Federal ao disposto nesta Emenda Constitucional.

§ 4º No caso de as condições sanitárias de Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em


um Estado ou Município não permitirem a re- vigor na data de sua publicação.
alização das eleições nas datas previstas no
caput deste artigo, o Congresso Nacional, por Brasília, em 2 de julho de 2020
provocação do Tribunal Superior Eleitoral, ins-
truída com manifestação da autoridade sanitária
Mesa da Câmara dos Mesa do Senado Federal
nacional, e após parecer da Comissão Mista de
Deputados
que trata o art. 2º do Decreto Legislativo nº 6,
Deputado Senador
de 20 de março de 2020, poderá editar decreto
RODRIGO MAIA DAVI ALCOLUMBRE
legislativo a fim de designar novas datas para a
Presidente Presidente
realização do pleito, observada como data-limite
Deputado Senador
o dia 27 de dezembro de 2020, e caberá ao Tri-
MARCOS PEREIRA ANTONIO ANASTASIA
bunal Superior Eleitoral dispor sobre as medidas
1º Vice-Presidente 1º Vice-Presidente
necessárias à conclusão do processo eleitoral.
Deputado Senador
LUCIANO BIVAR LASIER MARTINS
§ 5º O Tribunal Superior Eleitoral fica autoriza-
2º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente
do a promover ajustes nas normas referentes a:
Deputada Senador
SORAYA SANTOS SÉRGIO PETECÃO
I - prazos para fiscalização e acompanhamen-
1ª Secretária 1º Secretário
to dos programas de computador utilizados nas Deputado Senador
urnas eletrônicas para os processos de votação, MÁRIO HERINGER EDUARDO GOMES
apuração e totalização, bem como de todas as 2º Secretário 2º Secretário
fases do processo de votação, apuração das Deputado Senador
eleições e processamento eletrônico da totali- RAFAEL MOTTA FLÁVIO BOLSONARO
zação dos resultados, para adequá-los ao novo no exercício da 3º Secretário
calendário eleitoral; 3ª Secretaria
Deputado Senador
II - recepção de votos, justificativas, auditoria e ANDRÉ FUFUCA WEVERTON
fiscalização no dia da eleição, inclusive no tocante 4º Secretário no exercício da
ao horário de funcionamento das seções eleitorais 4ª Secretaria

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377
Direito Constitucional

Este texto não substitui o publicado no DOU


3.7.2020

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378
Atualização Legislativa | Julho de 2020

DIREITO DO TRABALHO Capítulo II


Do programa emergencial de manutenção do
emprego e da renda
Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020
Seção I
Institui o Programa Emergencial de Manu- Da Instituição, dos Objetivos e das Medidas
tenção do Emprego e da Renda; dispõe sobre do Programa Emergencial de Manutenção do
medidas complementares para enfrentamento Emprego e da Renda
do estado de calamidade pública reconhecido
pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março Art. 2º Fica instituído o Programa Emergencial
de 2020, e da emergência de saúde pública de de Manutenção do Emprego e da Renda, com
importância internacional decorrente do corona- aplicação durante o estado de calamidade pú-
vírus, de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fe- blica a que se refere o art. 1º desta Lei e com os
vereiro de 2020; altera as Leis nos 8.213, de 24 seguintes objetivos:
de julho de 1991, 10.101, de 19 de dezembro
de 2000, 12.546, de 14 de dezembro de 2011, I - preservar o emprego e a renda;
10.865, de 30 de abril de 2004, e 8.177, de 1º de
março de 1991; e dá outras providências. II - garantir a continuidade das atividades la-
borais e empresariais; e
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- III - reduzir o impacto social decorrente das
no a seguinte Lei: consequências do estado de calamidade pública
e da emergência de saúde pública.
Capítulo I
Disposições preliminares Art. 3º São medidas do Programa Emergen-
cial de Manutenção do Emprego e da Renda:
Art. 1º Esta Lei institui o Programa Emergen-
cial de Manutenção do Emprego e da Renda e I - o pagamento do Benefício Emergencial de
dispõe sobre medidas complementares para en- Preservação do Emprego e da Renda;
frentamento do estado de calamidade pública
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 II - a redução proporcional de jornada de tra-
de março de 2020, e da emergência de saúde balho e de salário; e
pública de importância internacional decorrente
do coronavírus, de que trata a Lei nº 13.979, de III - a suspensão temporária do contrato de
6 de fevereiro de 2020. trabalho.

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379
Direito do Trabalho

Parágrafo único. O disposto no caput deste § 1º O Benefício Emergencial de Preservação


artigo não se aplica, no âmbito da União, dos do Emprego e da Renda será custeado com re-
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cursos da União.
aos órgãos da administração pública direta e in-
direta, às empresas públicas e às sociedades de § 2º O Benefício Emergencial de Preservação
economia mista, inclusive às suas subsidiárias, e do Emprego e da Renda será de prestação men-
aos organismos internacionais. sal e devido a partir da data do início da redu-
ção da jornada de trabalho e do salário ou da
Art. 4º Compete ao Ministério da Economia suspensão temporária do contrato de trabalho,
coordenar, executar, monitorar e avaliar o Pro- observadas as seguintes disposições:
grama Emergencial de Manutenção do Emprego
e da Renda e editar normas complementares ne- I - o empregador informará ao Ministério da
cessárias à sua execução. Economia a redução da jornada de trabalho e do
salário ou a suspensão temporária do contrato
Parágrafo único. O Ministério da Economia de trabalho, no prazo de 10 (dez) dias, contado
divulgará semanalmente, por meio eletrônico, da data da celebração do acordo;
as informações detalhadas sobre os acordos
firmados, com o número de empregados e em- II - a primeira parcela será paga no prazo de
pregadores beneficiados, bem como divulgará o 30 (trinta) dias, contado da data da celebração
quantitativo de demissões e admissões mensais do acordo, desde que a celebração do acordo
realizados no País. seja informada no prazo a que se refere o inciso
I deste parágrafo; e
Seção II
Do Benefício Emergencial de Preservação III - o Benefício Emergencial de Preservação
do Emprego e da Renda do Emprego e da Renda será pago exclusiva-
mente enquanto durar a redução da jornada de
Art. 5º Fica criado o Benefício Emergencial de trabalho e do salário ou a suspensão temporária
Preservação do Emprego e da Renda, a ser pago do contrato de trabalho.
nas seguintes hipóteses:
§ 3º Caso a informação de que trata o inciso
I - redução proporcional de jornada de traba- I do § 2º deste artigo não seja prestada no prazo
lho e de salário; e previsto no referido dispositivo:

II - suspensão temporária do contrato de I - o empregador ficará responsável pelo pa-


trabalho. gamento da remuneração no valor anterior à re-

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380
Atualização Legislativa | Julho de 2020

dução da jornada de trabalho e do salário ou à § 7º Serão inscritos em dívida ativa da União


suspensão temporária do contrato de trabalho os créditos constituídos em decorrência de Be-
do empregado, inclusive dos respectivos encar- nefício Emergencial de Preservação do Emprego
gos sociais e trabalhistas, até que a informação e da Renda pago indevidamente ou além do de-
seja prestada; vido, hipótese em que se aplicará o disposto na
Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para a
II - a data de início do Benefício Emergencial execução judicial.
de Preservação do Emprego e da Renda será fi-
xada na data em que a informação tenha sido Art. 6º O valor do Benefício Emergencial de
efetivamente prestada, e o benefício será devido Preservação do Emprego e da Renda terá como
pelo restante do período pactuado; e base de cálculo o valor mensal do seguro-de-
semprego a que o empregado teria direito, nos
III - a primeira parcela, observado o disposto termos do art. 5º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro
no inciso II deste parágrafo, será paga no prazo de 1990, observadas as seguintes disposições:
de 30 (trinta) dias, contado da data em que a in-
formação tiver sido efetivamente prestada. I - na hipótese de redução de jornada de traba-
lho e de salário, será calculado aplicando-se so-
§ 4º Ato do Ministério da Economia disciplina- bre a base de cálculo o percentual da redução; e
rá a forma de:
II - na hipótese de suspensão temporária do
I - transmissão das informações e das comu- contrato de trabalho, terá valor mensal:
nicações pelo empregador; e
a) equivalente a 100% (cem por cento) do va-
II - concessão e pagamento do Benefício Emer- lor do seguro-desemprego a que o empregado
gencial de Preservação do Emprego e da Renda. teria direito, na hipótese prevista no caput do art.
8º desta Lei; ou
§ 5º O recebimento do Benefício Emergencial
de Preservação do Emprego e da Renda não im- b) equivalente a 70% (setenta por cento) do
pedirá a concessão e não alterará o valor do se- valor do seguro-desemprego a que o emprega-
guro-desemprego a que o empregado vier a ter do teria direito, na hipótese prevista no § 5º do
direito, desde que cumpridos os requisitos pre- art. 8º desta Lei.
vistos na Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990,
no momento de eventual dispensa. § 1º O Benefício Emergencial de Preservação
do Emprego e da Renda será pago ao emprega-
§ 6º O Benefício Emergencial de Preservação do independentemente do:
do Emprego e da Renda será operacionalizado e
pago pelo Ministério da Economia. I - cumprimento de qualquer período aquisitivo;

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381
Direito do Trabalho

II - tempo de vínculo empregatício; e CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º


de maio de 1943.
III - número de salários recebidos.
§ 4º Nos casos em que o cálculo do benefí-
§ 2º O Benefício Emergencial de Preservação cio emergencial resultar em valores decimais, o
do Emprego e da Renda não será devido ao em- valor a ser pago deverá ser arredondado para a
pregado que esteja: unidade inteira imediatamente superior.

I - ocupando cargo ou emprego público ou Seção III


cargo em comissão de livre nomeação e exone- Da Redução Proporcional de Jornada
ração ou seja titular de mandato eletivo; ou de Trabalho e de Salário

II - em gozo: Art. 7º Durante o estado de calamidade pú-


blica a que se refere o art. 1º desta Lei, o em-
a) de benefício de prestação continuada do pregador poderá acordar a redução proporcio-
Regime Geral de Previdência Social ou dos regi- nal de jornada de trabalho e de salário de seus
mes próprios de previdência social, ressalvado o empregados, de forma setorial, departamental,
disposto no parágrafo único do art. 124 da Lei nº parcial ou na totalidade dos postos de trabalho,
8.213, de 24 de julho de 1991; por até 90 (noventa) dias, prorrogáveis por pra-
zo determinado em ato do Poder Executivo, ob-
b) do seguro-desemprego, em qualquer de servados os seguintes requisitos: Vide Decreto
suas modalidades; e nº 14.022, de 2020

c) da bolsa de qualificação profissional de que I - preservação do valor do salário-hora de


trata o art. 2º-A da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro trabalho;
de 1990.
II - pactuação, conforme o disposto nos arts.
§ 3º O empregado com mais de um vínculo 11 e 12 desta Lei, por convenção coletiva de tra-
formal de emprego poderá receber cumulativa- balho, acordo coletivo de trabalho ou acordo indi-
mente um Benefício Emergencial de Preserva- vidual escrito entre empregador e empregado; e
ção do Emprego e da Renda para cada vínculo
com redução proporcional de jornada de traba- III - na hipótese de pactuação por acordo in-
lho e de salário ou com suspensão temporária do dividual escrito, encaminhamento da proposta
contrato de trabalho, observado o valor previsto de acordo ao empregado com antecedência de,
no caput do art. 18 e o disposto no § 3º do art. no mínimo, 2 (dois) dias corridos, e redução da
18, se houver vínculo na modalidade de contrato jornada de trabalho e do salário exclusivamente
intermitente, nos termos do § 3º do art. 443 da nos seguintes percentuais:

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382
Atualização Legislativa | Julho de 2020

a) 25% (vinte e cinco por cento); Art. 8º Durante o estado de calamidade pública
a que se refere o art. 1º desta Lei, o empregador
b) 50% (cinquenta por cento); poderá acordar a suspensão temporária do con-
trato de trabalho de seus empregados, de forma
c) 70% (setenta por cento). setorial, departamental, parcial ou na totalidade
dos postos de trabalho, pelo prazo máximo de 60
§ 1º A jornada de trabalho e o salário pago (sessenta) dias, fracionável em 2 (dois) períodos
anteriormente serão restabelecidos no prazo de de até 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado
2 (dois) dias corridos, contado da: por prazo determinado em ato do Poder Executi-
vo. Vide Decreto nº 14.022, de 2020
I - cessação do estado de calamidade pública;
§ 1º A suspensão temporária do contrato de
II - data estabelecida como termo de encerra- trabalho será pactuada, conforme o disposto nos
mento do período de redução pactuado; ou arts. 11 e 12 desta Lei, por convenção coletiva de
trabalho, acordo coletivo de trabalho ou acordo
III - data de comunicação do empregador que individual escrito entre empregador e empregado,
informe ao empregado sua decisão de antecipar devendo a proposta de acordo, nesta última hi-
o fim do período de redução pactuado. pótese, ser encaminhada ao empregado com an-
tecedência de, no mínimo, 2 (dois) dias corridos.
§ 2º Durante o período de redução proporcio-
nal de jornada de trabalho e de salário, a contri- § 2º Durante o período de suspensão tempo-
buição de que tratam o art. 20 da Lei nº 8.212, rária do contrato de trabalho, o empregado:
de 24 de julho de 1991, e o art. 28 da Emenda
Constitucional nº 103, de 12 de novembro de I - fará jus a todos os benefícios concedidos
2019, poderá ser complementada na forma do pelo empregador aos seus empregados; e
art. 20 desta Lei.
II - ficará autorizado a contribuir para o Regime
§ 3º Respeitado o limite temporal do estado Geral de Previdência Social na qualidade de se-
de calamidade pública a que se refere o art. 1º gurado facultativo, na forma do art. 20 desta Lei.
desta Lei, o Poder Executivo poderá prorrogar o
prazo máximo de redução proporcional de jor- § 3º O contrato de trabalho será restabelecido
nada de trabalho e de salário previsto no caput no prazo de 2 (dois) dias corridos, contado da:
deste artigo, na forma do regulamento.
I - cessação do estado de calamidade pública;
Seção IV
Da Suspensão Temporária do II - data estabelecida como termo de encer-
Contrato de Trabalho ramento do período de suspensão pactuado; ou

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383
Direito do Trabalho

III - data de comunicação do empregador que prazo máximo de suspensão temporária do con-
informe ao empregado sua decisão de antecipar trato de trabalho previsto no caput deste artigo,
o fim do período de suspensão pactuado. na forma do regulamento.

§ 4º Se, durante o período de suspensão tem- Seção V


porária do contrato de trabalho, o empregado Das Disposições Comuns às Medidas do
mantiver as atividades de trabalho, ainda que Programa Emergencial de Manutenção do
parcialmente, por meio de teletrabalho, trabalho Emprego e da Renda
remoto ou trabalho a distância, ficará descarac-
terizada a suspensão temporária do contrato de Art. 9º O Benefício Emergencial de Preser-
trabalho, e o empregador estará sujeito: vação do Emprego e da Renda poderá ser acu-
mulado com o pagamento, pelo empregador, de
I - ao pagamento imediato da remuneração e ajuda compensatória mensal, em decorrência da
dos encargos sociais e trabalhistas referentes a redução proporcional de jornada de trabalho e
todo o período; de salário ou da suspensão temporária de con-
trato de trabalho de que trata esta Lei.
II - às penalidades previstas na legislação em
vigor; e § 1º A ajuda compensatória mensal de que
trata o caput deste artigo:
III - às sanções previstas em convenção cole-
tiva ou acordo coletivo de trabalho. I - deverá ter o valor definido em negociação
coletiva ou no acordo individual escrito pactuado;
§ 5º A empresa que tiver auferido, no ano-
-calendário de 2019, receita bruta superior a II - terá natureza indenizatória;
R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos
mil reais) somente poderá suspender o contra- III - não integrará a base de cálculo do impos-
to de trabalho de seus empregados mediante to sobre a renda retido na fonte ou da declara-
o pagamento de ajuda compensatória mensal ção de ajuste anual do imposto sobre a renda da
no valor de 30% (trinta por cento) do valor do pessoa física do empregado;
salário do empregado, durante o período de
suspensão temporária do contrato de trabalho IV - não integrará a base de cálculo da contri-
pactuado, observado o disposto neste artigo e buição previdenciária e dos demais tributos inci-
no art. 9º desta Lei. dentes sobre a folha de salários;

§ 6º Respeitado o limite temporal do estado V - não integrará a base de cálculo do valor


de calamidade pública a que se refere o art. 1º dos depósitos no Fundo de Garantia do Tempo
desta Lei, o Poder Executivo poderá prorrogar o de Serviço (FGTS), instituído pela Lei nº 8.036,

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

de 11 de maio de 1990, e pela Lei Complementar I - durante o período acordado de redução da


nº 150, de 1º de junho de 2015; e jornada de trabalho e do salário ou de suspensão
temporária do contrato de trabalho;
VI - poderá ser:
II - após o restabelecimento da jornada de tra-
a) considerada despesa operacional dedutível balho e do salário ou do encerramento da sus-
na determinação do lucro real e da base de cál- pensão temporária do contrato de trabalho, por
culo da Contribuição Social sobre o Lucro Líqui- período equivalente ao acordado para a redução
do (CSLL) das pessoas jurídicas tributadas pelo ou a suspensão; e
lucro real;
III - no caso da empregada gestante, por perío-
b) (VETADO); do equivalente ao acordado para a redução da jor-
nada de trabalho e do salário ou para a suspensão
c) (VETADO); temporária do contrato de trabalho, contado a par-
tir do término do período da garantia estabelecida
d) (VETADO). na alínea “b” do inciso II do caput do art. 10 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 2º Na hipótese de redução proporcional de
jornada de trabalho e de salário, a ajuda com- § 1º A dispensa sem justa causa que ocorrer
pensatória prevista no caput deste artigo não durante o período de garantia provisória no em-
integrará o salário devido pelo empregador e ob- prego previsto no caput deste artigo sujeitará o
servará o disposto no § 1º deste artigo. empregador ao pagamento, além das parcelas
rescisórias previstas na legislação em vigor, de
§ 3º O disposto no inciso VI do § 1º deste ar- indenização no valor de:
tigo aplica-se às ajudas compensatórias mensais
pagas a partir do mês de abril de 2020. I - 50% (cinquenta por cento) do salário a que
o empregado teria direito no período de garantia
Art. 10. Fica reconhecida a garantia provisória provisória no emprego, na hipótese de redução
no emprego ao empregado que receber o Be- de jornada de trabalho e de salário igual ou su-
nefício Emergencial de Preservação do Empre- perior a 25% (vinte e cinco por cento) e inferior a
go e da Renda, previsto no art. 5º desta Lei, em 50% (cinquenta por cento);
decorrência da redução da jornada de trabalho
e do salário ou da suspensão temporária do con- II - 75% (setenta e cinco por cento) do salário
trato de trabalho de que trata esta Lei, nos se- a que o empregado teria direito no período de
guintes termos: garantia provisória no emprego, na hipótese de

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Direito do Trabalho

redução de jornada de trabalho e de salário igual II - no valor de 25% (vinte e cinco por cento)
ou superior a 50% (cinquenta por cento) e infe- sobre a base de cálculo prevista no art. 6º desta
rior a 70% (setenta por cento); ou Lei para a redução de jornada e de salário igual
ou superior a 25% (vinte e cinco por cento) e in-
III - 100% (cem por cento) do salário a que o ferior a 50% (cinquenta por cento);
empregado teria direito no período de garantia
provisória no emprego, nas hipóteses de redução III - no valor de 50% (cinquenta por cento) so-
de jornada de trabalho e de salário em percentual bre a base de cálculo prevista no art. 6º desta Lei
igual ou superior a 70% (setenta por cento) ou de para a redução de jornada e de salário igual ou
suspensão temporária do contrato de trabalho. superior a 50% (cinquenta por cento) e inferior a
70% (setenta por cento); e
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica às
hipóteses de pedido de demissão ou dispensa IV - no valor de 70% (setenta por cento) sobre
por justa causa do empregado. a base de cálculo prevista no art. 6º desta Lei
para a redução de jornada e de salário igual ou
Art. 11. As medidas de redução proporcional superior a 70% (setenta por cento).
de jornada de trabalho e de salário ou de suspen-
são temporária do contrato de trabalho de que § 3º As convenções coletivas ou os acordos
trata esta Lei poderão ser celebradas por meio de coletivos de trabalho celebrados anteriormente
negociação coletiva, observado o disposto nos poderão ser renegociados para adequação de
arts. 7º e 8º desta Lei e no § 1º deste artigo. seus termos, no prazo de 10 (dez) dias corridos,
contado da data de publicação desta Lei.
§ 1º A convenção coletiva ou o acordo coleti-
vo de trabalho poderão estabelecer redução de Art. 12. As medidas de que trata o art. 3º
jornada de trabalho e de salário em percentuais desta Lei serão implementadas por meio de
diversos dos previstos no inciso III do caput do acordo individual escrito ou de negociação co-
art. 7º desta Lei. letiva aos empregados:

§ 2º Na hipótese prevista no § 1º deste artigo, I - com salário igual ou inferior a R$ 2.090,00


o Benefício Emergencial de Preservação do Em- (dois mil e noventa reais), na hipótese de o em-
prego e da Renda, de que tratam os arts. 5º e 6º pregador ter auferido, no ano-calendário de
desta Lei, será devido nos seguintes termos: 2019, receita bruta superior a R$ 4.800.000,00
(quatro milhões e oitocentos mil reais);
I - sem percepção do Benefício Emergencial
de Preservação do Emprego e da Renda para a II - com salário igual ou inferior a R$ 3.135,00
redução de jornada e de salário inferior a 25% (três mil, cento e trinta e cinco reais), na hipó-
(vinte e cinco por cento); tese de o empregador ter auferido, no ano-ca-

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

lendário de 2019, receita bruta igual ou inferior individual escrito somente será admitida quando,
a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos além do enquadramento em alguma das hipóte-
mil reais); ou ses de autorização do acordo individual de tra-
balho previstas no caput ou no § 1º deste artigo,
III - portadores de diploma de nível superior e houver o pagamento, pelo empregador, de ajuda
que percebam salário mensal igual ou superior a compensatória mensal, observado o disposto no
2 (duas) vezes o limite máximo dos benefícios do art. 9º desta Lei e as seguintes condições:
Regime Geral de Previdência Social.
I - o valor da ajuda compensatória mensal a
§ 1º Para os empregados não enquadrados que se refere este parágrafo deverá ser, no míni-
no caput deste artigo, as medidas de que trata o mo, equivalente ao do benefício que o empregado
art. 3º desta Lei somente poderão ser estabele- receberia se não houvesse a vedação prevista na
cidas por convenção coletiva ou acordo coletivo alínea “a” do inciso II do § 2º do art. 6º desta Lei;
de trabalho, salvo nas seguintes hipóteses, nas
quais se admite a pactuação por acordo indivi- II - na hipótese de empresa que se enquadre
dual escrito: no § 5º do art. 8º desta Lei, o total pago a título
de ajuda compensatória mensal deverá ser, no
I - redução proporcional de jornada de traba- mínimo, igual à soma do valor previsto naquele
lho e de salário de 25% (vinte e cinco por cento), dispositivo com o valor mínimo previsto no inci-
prevista na alínea “a” do inciso III do caput do so I deste parágrafo.
art. 7º desta Lei;
§ 3º Os atos necessários à pactuação dos
II - redução proporcional de jornada de traba- acordos individuais escritos de que trata este ar-
lho e de salário ou suspensão temporária do con- tigo poderão ser realizados por quaisquer meios
trato de trabalho quando do acordo não resultar físicos ou eletrônicos eficazes.
diminuição do valor total recebido mensalmente
pelo empregado, incluídos neste valor o Benefí- § 4º Os acordos individuais de redução de jor-
cio Emergencial de Preservação do Emprego e nada de trabalho e de salário ou de suspensão
da Renda, a ajuda compensatória mensal e, em temporária do contrato de trabalho, pactuados
caso de redução da jornada, o salário pago pelo nos termos desta Lei, deverão ser comunicados
empregador em razão das horas de trabalho. pelos empregadores ao respectivo sindicato da
categoria profissional, no prazo de até 10 (dez)
§ 2º Para os empregados que se encontrem dias corridos, contado da data de sua celebração.
em gozo do benefício de aposentadoria, a imple-
mentação das medidas de redução proporcional § 5º Se, após a pactuação de acordo individual
de jornada de trabalho e de salário ou suspensão na forma deste artigo, houver a celebração de con-
temporária do contrato de trabalho por acordo venção coletiva ou acordo coletivo de trabalho com

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Direito do Trabalho

cláusulas conflitantes com as do acordo individual, -Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, não se apli-
deverão ser observadas as seguintes regras: cando o critério da dupla visita.

I - a aplicação das condições estabelecidas Art. 15. O disposto nesta Lei aplica-se aos
no acordo individual em relação ao período an- contratos de trabalho de aprendizagem e aos de
terior ao da negociação coletiva; jornada parcial.

II - a partir da entrada em vigor da convenção Art. 16. O tempo máximo de redução propor-
coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a pre- cional de jornada e de salário e de suspensão
valência das condições estipuladas na negocia- temporária do contrato de trabalho, ainda que
ção coletiva, naquilo em que conflitarem com as sucessivos, não poderá ser superior a 90 (no-
condições estipuladas no acordo individual. venta) dias, respeitado o prazo máximo de que
trata o art. 8º desta Lei, salvo se, por ato do Po-
§ 6º Quando as condições do acordo indivi- der Executivo, for estabelecida prorrogação do
dual forem mais favoráveis ao trabalhador, pre- tempo máximo dessas medidas ou dos prazos
valecerão sobre a negociação coletiva. determinados para cada uma delas. Vide Decre-
to nº 14.022, de 2020
Art. 13. A redução proporcional de jornada de
trabalho e de salário ou a suspensão temporária Parágrafo único. Respeitado o limite temporal
do contrato de trabalho, quando adotadas, de- do estado de calamidade pública de que trata o
verão resguardar o exercício e o funcionamento art. 1º desta Lei, o Poder Executivo poderá pror-
dos serviços públicos e das atividades essenciais rogar o prazo máximo das medidas previstas no
de que tratam a Lei nº 7.783, de 28 de junho de caput deste artigo, na forma do regulamento.
1989, e a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.
Capítulo III
Art. 14. As irregularidades constatadas pela Disposições finais
Auditoria-Fiscal do Trabalho quanto aos acordos
de redução proporcional de jornada de trabalho Art. 17. Durante o estado de calamidade pú-
e de salário ou de suspensão temporária do con- blica de que trata o art. 1º desta Lei:
trato de trabalho de que trata esta Lei sujeitam
os infratores à multa prevista no art. 25 da Lei nº I - o curso ou o programa de qualificação pro-
7.998, de 11 de janeiro de 1990. fissional de que trata o art. 476-A da CLT, apro-
vada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio
Parágrafo único. O processo de fiscalização, de 1943, poderá ser oferecido pelo empregador
de notificação, de autuação e de imposição de exclusivamente na modalidade não presencial, e
multas decorrente desta Lei observará o dispos- terá duração não inferior a 1 (um) mês e não su-
to no Título VII da CLT, aprovada pelo Decreto- perior a 3 (três) meses;

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

II - poderão ser utilizados meios eletrônicos § 3º A existência de mais de um contrato de


para atendimento aos requisitos formais previs- trabalho intermitente, nos termos do § 3º do art.
tos no Título VI da CLT, aprovada pelo Decreto- 443 da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, inclusive de 1º de maio de 1943, não gera direito à conces-
para convocação, deliberação, decisão, forma- são de mais de um benefício emergencial mensal.
lização e publicidade de convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho; § 4º Ato do Ministério da Economia discipli-
nará a concessão e o pagamento do benefício
III - os prazos previstos no Título VI da CLT, emergencial mensal de que trata este artigo, e
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de o Poder Executivo fica autorizado a prorrogar o
maio de 1943, ficarão reduzidos pela metade; período de concessão desse benefício, na forma
do regulamento, respeitado o limite temporal do
IV - (VETADO); e estado de calamidade pública a que se refere o
art. 1º desta Lei.
V - a dispensa sem justa causa do empregado
pessoa com deficiência será vedada. § 5º O benefício emergencial mensal de que
trata este artigo não pode ser acumulado com o
Art. 18. O empregado com contrato de traba- pagamento de outro auxílio emergencial, deven-
lho intermitente, nos termos do § 3º do art. 443 do ser garantido o direito ao melhor benefício.
da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de
1º de maio de 1943, formalizado até a data de § 6º Durante o período de recebimento do
publicação da Medida Provisória nº 936, de 1º de benefício emergencial mensal de que trata este
abril de 2020, faz jus ao benefício emergencial artigo, o empregado com contrato de trabalho
mensal no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), intermitente fica autorizado a contribuir faculta-
pelo período de 3 (três) meses. Vide Decreto nº tivamente para o Regime Geral de Previdência
14.022, de 2020 Social, na forma do art. 20 desta Lei.

§ 1º O benefício emergencial mensal de que Art. 19. O disposto no Capítulo VII da Medida
trata este artigo é devido a partir da data de pu- Provisória nº 927, de 22 de março de 2020, não
blicação da Medida Provisória nº 936, de 1º de autoriza o descumprimento das normas regula-
abril de 2020, e deve ser pago em até 30 (trinta) mentadoras de segurança e saúde no trabalho
dias a contar da referida data. pelo empregador, aplicadas as ressalvas ali pre-
vistas apenas nas hipóteses excepcionadas.
§ 2º Aplica-se ao benefício emergencial men-
sal previsto neste artigo o disposto nos §§ 1º, 6º Art. 20. Ressalvado o disposto na alínea “b”
e 7º do art. 5º e nos §§ 1º e 2º do art. 6º desta Lei. do inciso II do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de

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Direito do Trabalho

24 de julho de 1991, as alíquotas das contribui- § 3º Na hipótese de redução proporcional de


ções facultativas de que tratam o § 2º do art. 7º, jornada de trabalho e de salário e na hipótese de
o inciso II do § 2º do art. 8º e o § 6º do art. 18 que trata o art. 18 desta Lei, as alíquotas previs-
desta Lei, serão de: tas nos incisos I, II, III e IV do caput deste artigo
serão aplicadas de forma progressiva sobre a
I - 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por faixa de valores compreendida nos respectivos
cento), para valores de até 1 (um) salário-mínimo; limites, incidindo sobre o somatório da remune-
ração declarada na forma do inciso IV do caput
II - 9% (nove por cento), para valores acima do art. 32 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991,
de 1 (um) salário-mínimo até R$ 2.089,60 (dois e do valor declarado pelo segurado, observados:
mil e oitenta e nove reais e sessenta centavos);
I - os limites previstos nos §§ 3º e 5º do art. 28
III - 12% (doze por cento), para valores de R$ da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;
2.089,61 (dois mil e oitenta e nove reais e sessen-
ta e um centavos) até R$ 3.134,40 (três mil, cento II - a incidência das alíquotas dos incisos I, II, III e
e trinta e quatro reais e quarenta centavos); e IV do caput deste artigo primeiramente sobre a re-
muneração e, em seguida, sobre o valor declarado;
IV - 14% (quatorze por cento), para valores
de R$ 3.134,41 (três mil, cento e trinta e qua- III - o recolhimento apenas das alíquotas in-
tro reais e quarenta e um centavos) até o limite cidentes sobre o valor declarado pelo segurado,
de R$ 6.101,06 (seis mil, cento e um reais e sem prejuízo da contribuição de que tratam o art.
seis centavos). 20 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e o
art. 28 da Emenda Constitucional nº 103, de 12
§ 1º As contribuições de que trata o caput de novembro de 2019.
deste artigo devem ser recolhidas por iniciativa
própria do segurado até o dia 15 do mês seguin- § 4º Não recebida a informação de que trata o
te ao da competência. inciso IV do caput do art. 32 da Lei nº 8.212, de
24 de julho de 1991, a tempo de ser calculada e
§ 2º Na hipótese de suspensão temporária do paga a contribuição no prazo de que trata o § 1º
contrato de trabalho, as alíquotas previstas nos deste artigo, será considerado provisoriamente
incisos I, II, III e IV do caput deste artigo serão como remuneração, para fins do disposto no §
aplicadas de forma progressiva sobre o valor 3º deste artigo, o valor da remuneração anterior
declarado pelo segurado, observados os limites à redução proporcional de jornada de trabalho
mínimo e máximo a que se referem os §§ 3º e menos o valor da redução remuneratória pactu-
5º do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de ada ou, no caso do empregado com contrato de
1991, incidindo cada alíquota sobre a faixa de trabalho intermitente, será considerado que não
valores compreendida nos respectivos limites. houve remuneração.

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

§ 5º Recebida a informação de remuneração Art. 21. Considera-se salário de contribuição,


de que trata o inciso IV do caput do art. 32 da Lei além das parcelas de que tratam os incisos I, II
nº 8.212, de 24 de julho de 1991, após recolhi- e IV do caput do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24
mento de contribuição facultativa na forma do § de julho de 1991, o valor declarado e objeto de
4º deste artigo, a contribuição incidente sobre o recolhimento pelo segurado na forma do art. 20
valor declarado será recalculada, considerados desta Lei, observado o limite máximo a que se
o critério disposto no § 3º deste artigo e os li- refere o § 5º do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de
mites de que tratam os §§ 3º e 5º do art. 28 da julho de 1991.
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e eventu-
al excedente deverá ser devolvido ao segurado Art. 22. A empregada gestante, inclusive
atualizado pela variação do Índice Nacional de a doméstica, poderá participar do Programa
Preços ao Consumidor (INPC) ou, em caso de Emergencial de Manutenção do Emprego e da
insuficiência do valor recolhido para o salário de Renda, observadas as condições estabelecidas
contribuição reconhecido, o segurado deve ser nesta Lei.
notificado para complementação facultativa, na
forma do regulamento. § 1º Ocorrido o evento caracterizador do início
do benefício de salário-maternidade, nos termos
§ 6º Os valores previstos nos incisos I, II, III do art. 71 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991:
e IV do caput deste artigo serão reajustados, a
partir da data de entrada em vigor desta Lei, na I - o empregador deverá efetuar a imediata
mesma data e com o mesmo índice em que se comunicação ao Ministério da Economia, nos
der o reajuste dos benefícios do Regime Geral termos estabelecidos no ato de que trata o § 4º
de Previdência Social, ressalvados aqueles vin- do art. 5º desta Lei;
culados ao salário-mínimo, aos quais se aplica a
legislação específica. II - a aplicação das medidas de que trata o art.
3º desta Lei será interrompida; e
§ 7º Será devolvido ao segurado, no prazo
de até 60 (sessenta) dias contado da data de III - o salário-maternidade será pago à empre-
publicação desta Lei, o valor correspondente à gada nos termos do art. 72 da Lei nº 8.213, de
diferença entre as contribuições eventualmente 24 de julho de 1991, e à empregada doméstica
recolhidas com fundamento no inciso II do § 2º nos termos do inciso I do caput do art. 73 da
do art. 8º da Medida Provisória nº 936, de 1º de referida Lei, considerando-se como remunera-
abril de 2020, e no caput ou inciso I do § 2º do ção integral ou último salário de contribuição os
art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e valores a que teriam direito sem a aplicação das
as contribuições devidas com fundamento neste medidas previstas nos incisos II e III do caput do
artigo, atualizado pela variação do INPC. art. 3º desta Lei.

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Direito do Trabalho

§ 2º Aplica-se o disposto neste artigo ao segu- o desconto em folha de pagamento ou na remu-


rado ou segurada da Previdência Social que ado- neração disponível de que trata a Lei nº 10.820, de
tar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção, 17 de dezembro de 2003, nos termos e condições
observado o art. 71-A da Lei nº 8.213, de 24 de deste artigo, aos seguintes mutuários:
julho de 1991, devendo o salário-maternidade ser
pago diretamente pela Previdência Social. I - o empregado que sofrer redução propor-
cional de jornada de trabalho e de salário;
Art. 23. Empregador e empregado podem,
em comum acordo, optar pelo cancelamento de II - o empregado que tiver a suspensão tem-
aviso prévio em curso. porária do contrato de trabalho;

Parágrafo único. Em caso de cancelamento III - o empregado que, por meio de laudo mé-
do aviso prévio nos termos deste artigo, as par- dico acompanhado de exame de testagem, com-
tes podem, na forma desta Lei, adotar as me- provar a contaminação pelo novo coronavírus.
didas do Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e da Renda. § 1º Na hipótese de repactuação, será garan-
tido o direito à redução das prestações referidas
Art. 24. Os acordos de redução proporcional no art. 1º da Lei nº 10.820, de 17 de dezembro
de jornada de trabalho e de salário e de suspensão de 2003, na mesma proporção de sua redução
temporária do contrato de trabalho celebrados en- salarial, para os mutuários de que trata o inciso I
tre empregadores e empregados, em negociação do caput deste artigo.
coletiva ou individual, com base na Medida Pro-
visória nº 936, de 1º de abril de 2020, regem-se § 2º Será garantido prazo de carência de até
pelas disposições da referida Medida Provisória. 90 (noventa) dias, à escolha do mutuário.

Parágrafo único. A norma interpretativa ex- § 3º As condições financeiras de juros, encar-


pressa no § 5º do art. 12 desta Lei aplica-se, gos remuneratórios e garantias serão mantidas,
inclusive, aos acordos firmados na vigência da salvo no caso em que a instituição consignatária
Medida Provisória nº 936, de 1º de abril de 2020. entenda pertinente a diminuição de tais juros e
demais encargos remuneratórios.
Art. 25. Durante a vigência do estado de ca-
lamidade pública a que se refere o art. 1º desta Art. 26. Os empregados que forem dispen-
Lei, será garantida a opção pela repactuação das sados até 31 de dezembro de 2020 e que te-
operações de empréstimos, de financiamentos, nham contratado operações de empréstimos,
de cartões de crédito e de arrendamento mercantil de financiamentos, de cartões de crédito e de
concedidas por instituições financeiras e socieda- arrendamento mercantil concedidas por institui-
des de arrendamento mercantil e contraídas com ções financeiras e sociedades de arrendamento

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

mercantil e contraídas com o desconto em folha meio eletrônico, preparando-os e instruindo-os


de pagamento ou na remuneração disponível de nos termos do acordo.
que trata a Lei nº 10.820, de 17 de dezembro de
2003, terão direito à novação dessas operações I - (revogado);
para um contrato de empréstimo pessoal, com o
mesmo saldo devedor anterior e as mesmas con- II - (revogado);
dições de taxa de juros, encargos remuneratórios
e garantias originalmente pactuadas, acrescida III - (revogado).
de carência de até 120 (cento e vinte) dias.
Parágrafo único. (Revogado).” (NR)
Art. 27. (VETADO).
“Art. 117-A. Empresas, sindicatos e entidades
Art. 28. (VETADO). fechadas de previdência complementar poderão
realizar o pagamento integral dos benefícios pre-
Art. 29. Não se aplica o disposto no art. 486 videnciários devidos a seus beneficiários, me-
da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de diante celebração de contrato com o INSS, dis-
1º de maio de 1943, na hipótese de paralisação pensada a licitação.
ou suspensão de atividades empresariais deter-
minada por ato de autoridade municipal, esta- § 1º Os contratos referidos no caput deste
dual ou federal para o enfrentamento do estado artigo deverão prever as mesmas obrigações,
de calamidade pública reconhecido pelo Decre- condições e valores devidos pelas instituições
to Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e financeiras responsáveis pelo pagamento dos
da emergência de saúde pública de importância benefícios pelo INSS.
internacional decorrente do coronavírus, de que
trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. § 2º As obrigações, condições e valores refe-
ridos no § 1º deste artigo serão definidos em ato
Art. 30. (VETADO). próprio do INSS.”

Art. 31. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, Art. 32. (VETADO).


passa a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 33. (VETADO).
“Art. 117. Empresas, sindicatos e entidades
fechadas de previdência complementar poderão, Art. 34. (VETADO).
mediante celebração de acordo de cooperação
técnica com o INSS, encarregar-se, relativamen- Art. 35. (VETADO).
te a seus empregados, associados ou benefici-
ários, de requerer benefícios previdenciários por Art. 36. (VETADO).

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393
Direito do Trabalho

Art. 37. (VETADO).

Art. 38. Revogam-se os incisos I, II e III do


caput e o parágrafo único do art. 117 da Lei nº
8.213, de 24 de julho de 1991.

Art. 39. Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 6 de julho de 2020; 199o da Indepen-


dência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
José Levi Mello do Amaral Júnior

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 7.7.2020.

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394
Atualização Legislativa | Julho de 2020

Decreto nº 10.422, de 13 de julho de 2020 nada, em períodos sucessivos ou intercalados,


desde que esses períodos sejam iguais ou supe-
Prorroga os prazos para celebrar os acordos riores a dez dias e que não seja excedido o prazo
de redução proporcional de jornada e de salário de cento de vinte dias de que trata o caput.
e de suspensão temporária do contrato de traba-
lho e para efetuar o pagamento dos benefícios Art. 4º O prazo máximo para celebrar acordo
emergenciais de que trata a Lei nº 14.020, de 6 de redução proporcional de jornada e de salário
de julho de 2020. e de suspensão temporária do contrato de traba-
lho, ainda que em períodos sucessivos ou inter-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da calados, de que trata o art. 16 da Lei nº 14.020,
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso de 2020, fica acrescido de trinta dias, de modo a
IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto completar o total de cento e vinte dias, respeita-
na Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020, do o prazo máximo resultante da prorrogação de
que trata o art. 3º.
DECRETA:
Art. 5º Os períodos de redução proporcional
Art. 1º Este Decreto prorroga os prazos para de jornada e de salário ou de suspensão tempo-
celebrar os acordos de redução proporcional de rária do contrato de trabalho utilizados até a data
jornada e de salário e de suspensão temporária de publicação deste Decreto serão computados
do contrato de trabalho e para efetuar o paga- para fins de contagem dos limites máximos re-
mento dos benefícios emergenciais de que trata sultantes do acréscimo de prazos de que tratam
a Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020. os art. 2º, art. 3º e art. 4º.

Art. 2º O prazo máximo para celebrar acordo Art. 6º O empregado com contrato de traba-
de redução proporcional da jornada de trabalho lho intermitente, nos termos do disposto no § 3º
e de salário de que trata o caput do art. 7º da Lei do art. 443 da Consolidação das Leis do Traba-
nº 14.020, de 2020, fica acrescido de trinta dias, lho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º
de modo a completar o total de cento e vinte dias. de maio de 1943, formalizado até a data de pu-
blicação da Medida Provisória nº 936, de 1º de
Art. 3º O prazo máximo para celebrar acordo abril de 2020, fará jus ao benefício emergencial
de suspensão temporária do contrato de trabalho mensal no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais),
de que trata o caput do art. 8º da Lei nº 14.020, de pelo período adicional de um mês, contado da
2020, fica acrescido de sessenta dias, de modo a data de encerramento do período de três meses
completar o total de cento e vinte dias. de que trata o art. 18 da Lei nº 14.020, de 2020.

Parágrafo único. A suspensão do contrato de Art. 7º A concessão e o pagamento do benefí-


trabalho poderá ser efetuada de forma fracio- cio emergencial de preservação do emprego e da

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395
Direito do Trabalho

renda e do benefício emergencial mensal de que


tratam, respectivamente, os art. 5º e art. 18 da Lei
nº 14.020, de 2020, observadas as prorrogações
de prazo previstas neste Decreto, ficam condi-
cionados às disponibilidades orçamentárias.

Art. 8º Este Decreto entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 13 de julho de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 14.7.2020.

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

DIREITO ELEITORAL III - até 26 de setembro, para que os parti-


dos e coligações solicitem à Justiça Eleitoral o
registro de seus candidatos, conforme disposto
Emenda Constitucional nº 107, de 2 de ju- no caput do art. 11 da Lei nº 9.504, de 30 de se-
lho de 2020 tembro de 1997, e no caput do art. 93 da Lei nº
4.737, de 15 de julho de 1965;
Adia, em razão da pandemia da Covid-19, as
eleições municipais de outubro de 2020 e os pra- IV - após 26 de setembro, para o início da pro-
zos eleitorais respectivos. paganda eleitoral, inclusive na internet, conforme
disposto nos arts. 36 e 57-A da Lei nº 9.504, de
As Mesas da Câmara dos Deputados e do 30 de setembro de 1997, e no caput do art. 240
Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965;
da Constituição Federal, promulgam a seguinte
Emenda ao texto constitucional: V - a partir de 26 de setembro, para que a
Justiça Eleitoral convoque os partidos e a repre-
Art. 1º As eleições municipais previstas para sentação das emissoras de rádio e de televisão
outubro de 2020 realizar-se-ão no dia 15 de no- para elaborarem plano de mídia, conforme dis-
vembro, em primeiro turno, e no dia 29 de no- posto no art. 52 da Lei nº 9.504, de 30 de setem-
vembro de 2020, em segundo turno, onde hou- bro de 1997;
ver, observado o disposto no § 4º deste artigo.
VI - 27 de outubro, para que os partidos po-
§ 1º Ficam estabelecidas, para as eleições de líticos, as coligações e os candidatos, obrigato-
que trata o caput deste artigo, as seguintes datas: riamente, divulguem o relatório que discrimina as
transferências do Fundo Partidário e do Fundo
I - a partir de 11 de agosto, para a vedação às Especial de Financiamento de Campanha, os re-
emissoras para transmitir programa apresentado cursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro
ou comentado por pré-candidato, conforme pre- recebidos, bem como os gastos realizados, con-
visto no § 1º do art. 45 da Lei nº 9.504, de 30 de forme disposto no inciso II do § 4º do art. 28 da
setembro de 1997; Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997;

II - entre 31 de agosto e 16 de setembro, para VII - até 15 de dezembro, para o encami-


a realização das convenções para escolha dos nhamento à Justiça Eleitoral do conjunto das
candidatos pelos partidos e a deliberação sobre prestações de contas de campanha dos candi-
coligações, a que se refere o caput do art. 8º da datos e dos partidos políticos, relativamente ao
Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997; primeiro e, onde houver, ao segundo turno das

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397
Direito Eleitoral

eleições, conforme disposto nos incisos III e IV IV - os prazos para desincompatibilização


do caput do art. 29 da Lei nº 9.504, de 30 de que, na data da publicação desta Emenda Cons-
setembro de 1997. titucional, estiverem:

§ 2º Os demais prazos fixados na Lei nº 9.504, a) a vencer: serão computados considerando-


de 30 de setembro de 1997, e na Lei nº 4.737, -se a nova data de realização das eleições de 2020;
de 15 de julho de 1965, que não tenham trans-
corrido na data da publicação desta Emenda b) vencidos: serão considerados preclusos,
Constitucional e tenham como referência a data vedada a sua reabertura;
do pleito serão computados considerando-se a
nova data das eleições de 2020. V - a diplomação dos candidatos eleitos ocor-
rerá em todo o País até o dia 18 de dezembro,
§ 3º Nas eleições de que trata este artigo se- salvo a situação prevista no § 4º deste artigo;
rão observadas as seguintes disposições:
VI - os atos de propaganda eleitoral não po-
I - o prazo previsto no § 1º do art. 30 da Lei derão ser limitados pela legislação municipal ou
nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, não será pela Justiça Eleitoral, salvo se a decisão estiver
aplicado, e a decisão que julgar as contas dos fundamentada em prévio parecer técnico emiti-
candidatos eleitos deverá ser publicada até o dia do por autoridade sanitária estadual ou nacional;
12 de fevereiro de 2021;
VII - em relação à conduta vedada prevista no
II - o prazo para a propositura da represen- inciso VII do caput do art. 73 da Lei nº 9.504, de
tação de que trata o art. 30-A da Lei nº 9.504, 30 de setembro de 1997, os gastos liquidados
de 30 de setembro de 1997, será até o dia 1º de com publicidade institucional realizada até 15 de
março de 2021; agosto de 2020 não poderão exceder a média
dos gastos dos 2 (dois) primeiros quadrimestres
III - os partidos políticos ficarão autorizados a dos 3 (três) últimos anos que antecedem ao plei-
realizar, por meio virtual, independentemente de to, salvo em caso de grave e urgente necessidade
qualquer disposição estatutária, convenções ou pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;
reuniões para a escolha de candidatos e a for-
malização de coligações, bem como para a defi- VIII - no segundo semestre de 2020, poderá ser
nição dos critérios de distribuição dos recursos realizada a publicidade institucional de atos e cam-
do Fundo Especial de Financiamento de Campa- panhas dos órgãos públicos municipais e de suas
nha, de que trata o art. 16-C da Lei nº 9.504, de respectivas entidades da administração indireta
30 de setembro de 1997; destinados ao enfrentamento à pandemia da Co-

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

vid-19 e à orientação da população quanto a ser- odo, de forma a propiciar a melhor segurança
viços públicos e a outros temas afetados pela pan- sanitária possível a todos os participantes do
demia, resguardada a possibilidade de apuração de processo eleitoral.
eventual conduta abusiva nos termos do art. 22 da
Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990. Art. 2º Não se aplica o art. 16 da Constituição
Federal ao disposto nesta Emenda Constitucional.
§ 4º No caso de as condições sanitárias de
um Estado ou Município não permitirem a re- Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em
alização das eleições nas datas previstas no vigor na data de sua publicação.
caput deste artigo, o Congresso Nacional, por
provocação do Tribunal Superior Eleitoral, ins- Brasília, em 2 de julho de 2020
truída com manifestação da autoridade sanitária
Mesa da Câmara dos Mesa do Senado Federal
nacional, e após parecer da Comissão Mista de
Deputados
que trata o art. 2º do Decreto Legislativo nº 6,
Deputado Senador
de 20 de março de 2020, poderá editar decreto
RODRIGO MAIA DAVI LCOLUMBRE
legislativo a fim de designar novas datas para a
Presidente Presidente
realização do pleito, observada como data-limite
Deputado Senador
o dia 27 de dezembro de 2020, e caberá ao Tri-
MARCOS PEREIRA ANTONIO ANASTASIA
bunal Superior Eleitoral dispor sobre as medidas
1º Vice-Presidente 1º Vice-Presidente
necessárias à conclusão do processo eleitoral.
Deputado Senador
LUCIANO BIVAR LASIER MARTINS
§ 5º O Tribunal Superior Eleitoral fica autoriza-
2º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente
do a promover ajustes nas normas referentes a:
Deputada Senador
SORAYA SANTOS SÉRGIO PETECÃO
I - prazos para fiscalização e acompanhamen-
1ª Secretária 1º Secretário
to dos programas de computador utilizados nas
Deputado Senador
urnas eletrônicas para os processos de votação,
MÁRIO HERINGER EDUARDO GOMES
apuração e totalização, bem como de todas as
2º Secretário 2º Secretário
fases do processo de votação, apuração das
Deputado Senador
eleições e processamento eletrônico da totali-
RAFAEL MOTTA FLÁVIO BOLSONARO
zação dos resultados, para adequá-los ao novo
No exercício da 3º Secretário
calendário eleitoral;
3ª Secretaria
Deputado Senador
II - recepção de votos, justificativas, auditoria
ANDRÉ FUFUCA WEVERTON
e fiscalização no dia da eleição, inclusive no to-
4º Secretário No exercício da
cante ao horário de funcionamento das seções
4ª Secretaria
eleitorais e à distribuição dos eleitores no perí-

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399
Direito Eleitoral

Este texto não substitui o publicado no DOU


3.7.2020

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400
Atualização Legislativa | Julho de 2020

DIREITO EMPRESARIAL § 3º Ressalvada a hipótese de previsão diversa


no estatuto social, caberá ao conselho de admi-
nistração deliberar, ad referendum, sobre assun-
Lei nº 14.030, de 28 de julho de 2020 tos urgentes de competência da assembleia geral,
os quais serão objeto de deliberação na primeira
Dispõe sobre as assembleias e as reuniões reunião subsequente da assembleia geral.
de sociedades anônimas, de sociedades limita-
das, de sociedades cooperativas e de entidades § 4º O disposto neste artigo aplica-se às em-
de representação do cooperativismo durante o presas públicas, às sociedades de economia
exercício de 2020; altera as Leis nos 5.764, de 16 mista e às subsidiárias das referidas empresas
de dezembro de 1971, 6.404, de 15 de dezem- e sociedades.
bro de 1976, e 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil); e dá outras providências. Art. 2º Até que seja realizada a assembleia geral
ordinária a que se refere o art. 1º desta Lei, o con-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber selho de administração, se houver, ou a diretoria
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- poderá, independentemente de reforma do esta-
no a seguinte Lei: tuto social, declarar dividendos, nos termos do art.
204 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Art. 1º A sociedade anônima cujo exercício so-
cial tenha sido encerrado entre 31 de dezembro Art. 3º Excepcionalmente, durante o exercí-
de 2019 e 31 de março de 2020 poderá, excep- cio de 2020, a Comissão de Valores Mobiliários
cionalmente, realizar a assembleia geral ordinária (CVM) poderá prorrogar os prazos estabelecidos
a que se refere o art. 132 da Lei nº 6.404, de 15 na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
de dezembro de 1976, no prazo de 7 (sete) me- para as companhias abertas.
ses, contado do término do seu exercício social.
Parágrafo único. Competirá à CVM definir a
§ 1º Disposições contratuais que exijam a rea- data de apresentação das demonstrações finan-
lização da assembleia geral ordinária em prazo in- ceiras das companhias abertas.
ferior ao estabelecido no caput deste artigo serão
consideradas sem efeito no exercício de 2020. Art. 4º A sociedade limitada cujo exercício so-
cial tenha sido encerrado entre 31 de dezembro
§ 2º Os prazos de gestão ou de atuação dos de 2019 e 31 de março de 2020 poderá, excep-
administradores, dos membros do conselho fiscal cionalmente, realizar a assembleia de sócios a
e de comitês estatutários ficam prorrogados até a que se refere o art. 1.078 da Lei nº 10.406, de
realização da assembleia geral ordinária nos termos 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), no prazo
do caput deste artigo ou até a ocorrência da reunião de 7 (sete) meses, contado do término do seu
do conselho de administração, conforme o caso. exercício social.

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401
Direito Empresarial

§ 1º Disposições contratuais que exijam a re- ços, para os atos sujeitos a arquivamento assina-
alização da assembleia de sócios em prazo infe- dos a partir de 16 de fevereiro de 2020; e
rior ao estabelecido no caput deste artigo serão
consideradas sem efeito no exercício de 2020. II – a exigência de arquivamento prévio de
ato para a realização de emissões de valores
§ 2º Os mandatos dos administradores e dos mobiliários e para outros negócios jurídicos fica
membros do conselho fiscal previstos para se suspensa a partir de 1º de março de 2020, e o
encerrarem antes da realização da assembleia arquivamento deverá ser feito na junta comercial
de sócios nos termos do caput deste artigo fi- respectiva no prazo de 30 (trinta) dias, contado
cam prorrogados até a sua realização. da data em que a junta comercial restabelecer a
prestação regular dos seus serviços.
Art. 5º A sociedade cooperativa e a entidade
de representação do cooperativismo poderão, Art. 7º As associações, as fundações e as de-
excepcionalmente, realizar a assembleia geral mais sociedades não abrangidas pelo disposto
ordinária a que se refere o art. 44 da Lei nº 5.764, nos arts. 1º, 4º e 5º desta Lei deverão observar as
de 16 de dezembro de 1971, ou o art. 17 da Lei restrições à realização de reuniões e de assem-
Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, no bleias presenciais até 31 de dezembro de 2020,
prazo de 9 (nove) meses, contado do término do observadas as determinações sanitárias das au-
seu exercício social. toridades locais.

Parágrafo único. Os mandatos dos membros Parágrafo único. Aplicam-se às pessoas jurí-
dos órgãos de administração e de fiscalização e dicas de direito privado mencionadas no caput
dos outros órgãos estatutários previstos para se deste artigo:
encerrarem antes da realização da assembleia
geral ordinária nos termos do caput deste artigo I – a extensão, em até 7 (sete) meses, dos pra-
ficam prorrogados até a sua realização. zos para realização de assembleia geral e de du-
ração do mandato de dirigentes, no que couber;
Art. 6º Enquanto durarem as medidas restriti-
vas ao funcionamento normal das juntas comer- II – o disposto no art. 5º da Lei nº 14.010, de
ciais decorrentes exclusivamente da pandemia 10 de junho de 2020.
da Covid-19, deverão ser observadas as seguin-
tes disposições: Art. 8º A Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de
1971, passa a vigorar acrescida do seguinte art.
I – o prazo de que trata o art. 36 da Lei nº 43-A:
8.934, de 18 de novembro de 1994, será conta-
do da data em que a junta comercial respectiva “Art. 43-A. O associado poderá participar e
restabelecer a prestação regular dos seus servi- votar a distância em reunião ou em assembleia,

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402
Atualização Legislativa | Julho de 2020

que poderão ser realizadas em meio digital, nos ...............................................................” (NR)


termos do regulamento do órgão competente do
Poder Executivo federal. Art. 10. A Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), passa a vigorar acrescida do
Parágrafo único. A assembleia geral poderá seguinte art. 1.080-A:
ser realizada de forma digital, respeitados os di-
reitos legalmente previstos de participação e de “Art. 1.080-A. O sócio poderá participar e vo-
manifestação dos associados e os demais requi- tar a distância em reunião ou em assembleia, nos
sitos regulamentares.” termos do regulamento do órgão competente do
Poder Executivo federal.
Art. 9º Os arts. 121 e 124 da Lei nº 6.404, de
15 de dezembro de 1976, passam a vigorar com Parágrafo único. A reunião ou a assembleia
as seguintes alterações: poderá ser realizada de forma digital, respeita-
dos os direitos legalmente previstos de partici-
“Art. 121. ........................................................ pação e de manifestação dos sócios e os demais
requisitos regulamentares.”
Parágrafo único. Nas companhias, abertas e
fechadas, o acionista poderá participar e votar Art. 11. (VETADO).
a distância em assembleia geral, nos termos do
regulamento da Comissão de Valores Mobiliários Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de
e do órgão competente do Poder Executivo fe- sua publicação.
deral, respectivamente.” (NR)
Brasília, 28 de julho de 2020; 199o da Inde-
“Art. 124. ........................................................ pendência e 132o da República.

§ 2º A assembleia geral deverá ser realizada, JAIR MESSIAS BOLSONARO


preferencialmente, no edifício onde a companhia Paulo Guedes
tiver sede ou, por motivo de força maior, em ou- Bento Albuquerque
tro lugar, desde que seja no mesmo Município da Roberto de Oliveira Campos Neto
sede e seja indicado com clareza nos anúncios. José Levi Mello do Amaral Júnior

§ 2º-A. Sem prejuízo do disposto no § 2º des- Este texto não substitui o publicado no DOU
te artigo, as companhias, abertas e fechadas, de 29.7.2020.
poderão realizar assembleia digital, nos termos
do regulamento da Comissão de Valores Mobili- *
ários e do órgão competente do Poder Executivo
federal, respectivamente.

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403
Direito Penal

DIREITO PENAL de 7 de agosto de 2006, a crianças, a adolescen-


tes, a pessoas idosas e a pessoas com deficiên-
cia vítimas de crimes tipificados na Lei nº 8.069,
Lei nº 14.022, de 7 de julho de 2020 de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), na Lei nº 10.741, de 1º de outubro
Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de de 2003 (Estatuto do Idoso), na Lei nº 13.146,
2020, e dispõe sobre medidas de enfrentamento de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com
à violência doméstica e familiar contra a mulher Deficiência), e no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
e de enfrentamento à violência contra crianças, dezembro de 1940 (Código Penal).” (NR)
adolescentes, pessoas idosas e pessoas com
deficiência durante a emergência de saúde pú- “Art. 5º-A Enquanto perdurar o estado de
blica de importância internacional decorrente do emergência de saúde internacional decorrente
coronavírus responsável pelo surto de 2019. do coronavírus responsável pelo surto de 2019:

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber I - os prazos processuais, a apreciação de


que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- matérias, o atendimento às partes e a concessão
no a seguinte Lei: de medidas protetivas que tenham relação com
atos de violência doméstica e familiar cometidos
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre medidas de en- contra mulheres, crianças, adolescentes, pesso-
frentamento à violência doméstica e familiar con- as idosas e pessoas com deficiência serão man-
tra a mulher e de enfrentamento à violência contra tidos, sem suspensão;
crianças, adolescentes, pessoas idosas e pessoas
com deficiência durante a emergência de saúde II - o registro da ocorrência de violência do-
pública de importância internacional decorrente méstica e familiar contra a mulher e de crimes
do coronavírus responsável pelo surto de 2019. cometidos contra criança, adolescente, pessoa
idosa ou pessoa com deficiência poderá ser rea-
Art. 2º A Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de lizado por meio eletrônico ou por meio de núme-
2020, passa a vigorar com as seguintes alterações: ro de telefone de emergência designado para tal
fim pelos órgãos de segurança pública;
“Art. 3º ............................................................
Parágrafo único. Os processos de que trata o
§ 7º-C Os serviços públicos e atividades es- inciso I do caput deste artigo serão considera-
senciais, cujo funcionamento deverá ser resguar- dos de natureza urgente.”
dado quando adotadas as medidas previstas
neste artigo, incluem os relacionados ao atendi- Art. 3º O poder público deverá adotar as me-
mento a mulheres em situação de violência do- didas necessárias para garantir a manutenção
méstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, do atendimento presencial de mulheres, ido-

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404
Atualização Legislativa | Julho de 2020

sos, crianças ou adolescentes em situação de c) lesão corporal dolosa de natureza gravíssi-


violência, com a adaptação dos procedimentos ma, disposto no § 2º do art. 129;
estabelecidos na Lei nº 11.340, de 7 de agosto
de 2006 (Lei Maria da Penha), às circunstâncias d) lesão corporal seguida de morte, disposto
emergenciais do período de calamidade sanitá- no § 3º do art. 129;
ria decorrente da pandemia da Covid-19.
e) ameaça praticada com uso de arma de
§ 1º A adaptação dos procedimentos dispos- fogo, disposto no art. 147;
ta no caput deste artigo deverá assegurar a con-
tinuidade do funcionamento habitual dos órgãos f) estupro, disposto no art. 213;
do poder público descritos na Lei nº 11.340,
de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), g) estupro de vulnerável, disposto no caput e
no âmbito de sua competência, com o objetivo nos §§ 1º, 2º, 3º e 4º do art. 217-A;
de garantir a manutenção dos mecanismos de
prevenção e repressão à violência doméstica e h) corrupção de menores, disposto no art. 218;
familiar contra a mulher e à violência contra ido-
sos, crianças ou adolescentes. i) satisfação de lascívia mediante presença de
criança ou adolescente, disposto no art. 218-A;
§ 2º Se, por razões de segurança sanitária,
não for possível manter o atendimento presen- II - na Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei
cial a todas as demandas relacionadas à vio- Maria da Penha), o crime de descumprimento de me-
lência doméstica e familiar contra a mulher e à didas protetivas de urgência, disposto no art. 24-A;
violência contra idosos, crianças ou adolescen-
tes, o poder público deverá, obrigatoriamente, III - na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
garantir o atendimento presencial para situações (Estatuto da Criança e do Adolescente);
que possam envolver, efetiva ou potencialmente,
os ilícitos previstos: IV - na Lei nº 10.741, de 1º de outubro de
2003 (Estatuto do Idoso).
I - no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 (Código Penal), na modalidade consu- § 3º Conforme dispõe o art. 158 do Decreto-
mada ou tentada: -Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código
de Processo Penal), mesmo durante a vigência
a) feminicídio, disposto no inciso VI do § 2º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, ou
do art. 121; de estado de emergência de caráter humanitário
e sanitário em território nacional, deverá ser ga-
b) lesão corporal de natureza grave, disposto rantida a realização prioritária do exame de corpo
no § 1º do art. 129; de delito quando se tratar de crime que envolva:

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405
Direito Penal

I - violência doméstica e familiar contra a mulher; tente por meio dos dispositivos de comunicação
de atendimento on-line.
II - violência contra criança, adolescente, ido-
so ou pessoa com deficiência. § 3º Na hipótese em que as circunstâncias do
fato justifiquem a medida prevista neste artigo, a
§ 4º Nos casos de crimes de natureza sexual, autoridade competente poderá conceder qual-
se houver a adoção de medidas pelo poder pú- quer uma das medidas protetivas de urgência
blico que restrinjam a circulação de pessoas, os previstas nos arts. 12-B, 12-C, 22, 23 e 24 da
órgãos de segurança deverão estabelecer equi- Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria
pes móveis para realização do exame de corpo da Penha), de forma eletrônica, e poderá consi-
de delito no local em que se encontrar a vítima. derar provas coletadas eletronicamente ou por
audiovisual, em momento anterior à lavratura do
Art. 4º Os órgãos de segurança pública deve- boletim de ocorrência e a colheita de provas que
rão disponibilizar canais de comunicação que ga- exija a presença física da ofendida, facultado ao
rantam interação simultânea, inclusive com pos- Poder Judiciário intimar a ofendida e o ofensor
sibilidade de compartilhamento de documentos, da decisão judicial por meio eletrônico.
desde que gratuitos e passíveis de utilização em
dispositivos eletrônicos, como celulares e com- § 4º Na hipótese prevista no § 3º deste arti-
putadores, para atendimento virtual de situações go, após a concessão da medida de urgência, a
que envolvam violência contra a mulher, o idoso, autoridade competente, independentemente da
a criança ou o adolescente, facultado aos órgãos autorização da ofendida, deverá:
integrantes do Sistema de Justiça - Poder Judi-
ciário, Ministério Público e Defensoria Pública, e I - se for autoridade judicial, comunicar à uni-
aos demais órgãos do Poder Executivo, a ado- dade de polícia judiciária competente para que
ção dessa medida. proceda à abertura de investigação criminal para
apuração dos fatos;
§ 1º A disponibilização de canais de atendi-
mento virtuais não exclui a obrigação do poder II - se for delegado de polícia, comunicar ime-
público de manter o atendimento presencial de diatamente ao Ministério Público e ao Poder Ju-
mulheres em situação de violência doméstica e diciário da medida concedida e instaurar imedia-
familiar e de casos de suspeita ou confirmação tamente inquérito policial, determinando todas as
de violência praticada contra idosos, crianças diligências cabíveis para a averiguação dos fatos;
ou adolescentes.
III - se for policial, comunicar imediatamen-
§ 2º Nos casos de violência doméstica e fami- te ao Ministério Público, ao Poder Judiciário e
liar, a ofendida poderá solicitar quaisquer medi- à unidade de polícia judiciária competente da
das protetivas de urgência à autoridade compe- medida concedida, realizar o registro de boletim

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

de ocorrência e encaminhar os autos imediata- da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto


mente à autoridade policial competente para a da Criança e do Adolescente) e da Lei nº 10.741,
adoção das medidas cabíveis. de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso).

Art. 5º As medidas protetivas deferidas em Art. 8º O poder público promoverá campanha


favor da mulher serão automaticamente prorro- informativa sobre prevenção à violência e acesso
gadas e vigorarão durante a vigência da Lei nº a mecanismos de denúncia durante a vigência
13.979, de 6 de fevereiro de 2020, ou durante da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, ou
a declaração de estado de emergência de cará- durante a vigência do estado de emergência de
ter humanitário e sanitário em território nacional, caráter humanitário e sanitário.
sem prejuízo do disposto no art. 19 e seguintes
da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de
Maria da Penha). sua publicação.

Parágrafo único. O juiz competente providen- Brasília, 7 de julho de 2020; 199o da Indepen-
ciará a intimação do ofensor, que poderá ser re- dência e 132o da República.
alizada por meios eletrônicos, cientificando-o da
prorrogação da medida protetiva. JAIR MESSIAS BOLSONARO
André Luiz de Almeida Mendonça
Art. 6º As denúncias de violência recebidas na Damares Regina Alves
esfera federal pela Central de Atendimento à Mulher
- Ligue 180 e pelo serviço de proteção de crianças Este texto não substitui o publicado no DOU
e adolescentes com foco em violência sexual - Dis- de 8.7.2020.
que 100 devem ser repassadas, com as informa-
ções de urgência, para os órgãos competentes.

Parágrafo único. O prazo máximo para o envio


das informações referidas no caput deste artigo
é de 48 (quarenta e oito) horas, salvo impedi-
mento técnico.

Art. 7º Em todos os casos, a autoridade de


segurança pública deve assegurar o atendimen-
to ágil a todas as demandas apresentadas e que
signifiquem risco de vida e a integridade da mu-
lher, do idoso, da criança e do adolescente, com
atuação focada na proteção integral, nos termos

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407
Direitos Difusos e Coletivos

DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS ção dos serviços públicos de saneamento básico,


a Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003, para
alterar o nome e as atribuições do cargo de Es-
Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020 pecialista em Recursos Hídricos, a Lei nº 11.107,
de 6 de abril de 2005, para vedar a prestação por
Atualiza o marco legal do saneamento básico contrato de programa dos serviços públicos de
e altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, que trata o art. 175 da Constituição Federal, a Lei
para atribuir à Agência Nacional de Águas e Sa- nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para aprimo-
neamento Básico (ANA) competência para editar rar as condições estruturais do saneamento bá-
normas de referência sobre o serviço de sanea- sico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de
mento, a Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2010, para tratar de prazos para a disposição fi-
2003, para alterar o nome e as atribuições do nal ambientalmente adequada dos rejeitos, a Lei
cargo de Especialista em Recursos Hídricos, a nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da
Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, para vedar a Metrópole), para estender seu âmbito de aplica-
prestação por contrato de programa dos serviços ção a unidades regionais, e a Lei nº 13.529, de 4
públicos de que trata o art. 175 da Constituição de dezembro de 2017, para autorizar a União a
Federal, a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, participar de fundo com a finalidade exclusiva de
para aprimorar as condições estruturais do sane- financiar serviços técnicos especializados.
amento básico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de
agosto de 2010, para tratar dos prazos para a dis- Art. 2º A ementa da Lei nº 9.984, de 17 de julho
posição final ambientalmente adequada dos rejei- de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
tos, a Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Es-
tatuto da Metrópole), para estender seu âmbito de “Dispõe sobre a criação da Agência Nacional
aplicação às microrregiões, e a Lei nº 13.529, de de Águas e Saneamento Básico (ANA), entidade
4 de dezembro de 2017, para autorizar a União a federal de implementação da Política Nacional
participar de fundo com a finalidade exclusiva de de Recursos Hídricos, integrante do Sistema Na-
financiar serviços técnicos especializados. cional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
(Singreh) e responsável pela instituição de nor-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber mas de referência para a regulação dos serviços
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- públicos de saneamento básico.”
no a seguinte Lei:
Art. 3º A Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000,
Art. 1º Esta Lei atualiza o marco legal do sane- passa a vigorar com as seguintes alterações:
amento básico e altera a Lei nº 9.984, de 17 de
julho de 2000, para atribuir à Agência Nacional de “Art. 1º Esta Lei cria a Agência Nacional de
Águas e Saneamento Básico (ANA) competência Águas e Saneamento Básico (ANA), entidade fe-
para instituir normas de referência para a regula- deral de implementação da Política Nacional de

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

Recursos Hídricos, integrante do Sistema Na- hídricos a que se refere o inciso XXIII do caput
cional de Gerenciamento de Recursos Hídricos deste artigo.
(Singreh) e responsável pela instituição de nor-
mas de referência para a regulação dos serviços ........................................................................
públicos de saneamento básico, e estabelece
regras para sua atuação, sua estrutura adminis- § 2º (Revogado).
trativa e suas fontes de recursos.” (NR)
........................................................................
“Art. 3º Fica criada a Agência Nacional de
Águas e Saneamento Básico (ANA), autarquia § 9º As regras a que se refere o inciso XXIV do
sob regime especial, com autonomia administra- caput deste artigo serão aplicadas aos corpos
tiva e financeira, vinculada ao Ministério do De- hídricos abrangidos pela declaração de situação
senvolvimento Regional, integrante do Sistema crítica de escassez de recursos hídricos a que se
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídri- refere o inciso XXIII do caput deste artigo.
cos (Singreh), com a finalidade de implementar,
no âmbito de suas competências, a Política Na- § 10. A ANA poderá delegar as competências
cional de Recursos Hídricos e de instituir normas estabelecidas nos incisos V e XII do caput deste
de referência para a regulação dos serviços pú- artigo, por meio de convênio ou de outro instru-
blicos de saneamento básico. mento, a outros órgãos e entidades da adminis-
tração pública federal, estadual e distrital.” (NR)
...............................................................” (NR)
“Art. 4º-A. A ANA instituirá normas de refe-
“Art. 4º ............................................................ rência para a regulação dos serviços públicos de
saneamento básico por seus titulares e suas en-
XXIII - declarar a situação crítica de escassez tidades reguladoras e fiscalizadoras, observadas
quantitativa ou qualitativa de recursos hídricos as diretrizes para a função de regulação estabe-
nos corpos hídricos que impacte o atendimento lecidas na Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
aos usos múltiplos localizados em rios de domí-
nio da União, por prazo determinado, com base § 1º Caberá à ANA estabelecer normas de re-
em estudos e dados de monitoramento, obser- ferência sobre:
vados os critérios estabelecidos pelo Conselho
Nacional de Recursos Hídricos, quando houver; e I - padrões de qualidade e eficiência na pres-
tação, na manutenção e na operação dos siste-
XXIV - estabelecer e fiscalizar o cumprimento mas de saneamento básico;
de regras de uso da água, a fim de assegurar
os usos múltiplos durante a vigência da declara- II - regulação tarifária dos serviços públicos
ção de situação crítica de escassez de recursos de saneamento básico, com vistas a promover a

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Direitos Difusos e Coletivos

prestação adequada, o uso racional de recursos X - parâmetros para determinação de cadu-


naturais, o equilíbrio econômico-financeiro e a cidade na prestação dos serviços públicos de
universalização do acesso ao saneamento básico; saneamento básico;

III - padronização dos instrumentos negociais XI - normas e metas de substituição do siste-


de prestação de serviços públicos de saneamen- ma unitário pelo sistema separador absoluto de
to básico firmados entre o titular do serviço públi- tratamento de efluentes;
co e o delegatário, os quais contemplarão metas
de qualidade, eficiência e ampliação da cobertura XII - sistema de avaliação do cumprimento
dos serviços, bem como especificação da matriz de metas de ampliação e universalização da
de riscos e dos mecanismos de manutenção do cobertura dos serviços públicos de saneamen-
equilíbrio econômico-financeiro das atividades; to básico;

IV - metas de universalização dos serviços pú- XIII - conteúdo mínimo para a prestação uni-
blicos de saneamento básico para concessões versalizada e para a sustentabilidade econômi-
que considerem, entre outras condições, o nível co-financeira dos serviços públicos de sanea-
de cobertura de serviço existente, a viabilidade mento básico.
econômico-financeira da expansão da prestação
do serviço e o número de Municípios atendidos; § 2º As normas de referência para a regula-
ção dos serviços públicos de saneamento bási-
V - critérios para a contabilidade regulatória; co contemplarão os princípios estabelecidos no
inciso I do caput do art. 2º da Lei nº 11.445, de 5
VI - redução progressiva e controle da perda de janeiro de 2007, e serão instituídas pela ANA
de água; de forma progressiva.

VII - metodologia de cálculo de indenizações § 3º As normas de referência para a regula-


devidas em razão dos investimentos realizados e ção dos serviços públicos de saneamento bási-
ainda não amortizados ou depreciados; co deverão:

VIII - governança das entidades reguladoras, I - promover a prestação adequada dos servi-
conforme princípios estabelecidos no art. 21 da ços, com atendimento pleno aos usuários, obser-
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007; vados os princípios da regularidade, da continui-
dade, da eficiência, da segurança, da atualidade,
IX - reúso dos efluentes sanitários tratados, da generalidade, da cortesia, da modicidade tari-
em conformidade com as normas ambientais e fária, da utilização racional dos recursos hídricos
de saúde pública; e da universalização dos serviços;

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

II - estimular a livre concorrência, a competi- § 4º No processo de instituição das normas


tividade, a eficiência e a sustentabilidade econô- de referência, a ANA:
mica na prestação dos serviços;
I - avaliará as melhores práticas regulatórias
III - estimular a cooperação entre os entes fe- do setor, ouvidas as entidades encarregadas da
derativos com vistas à prestação, à contratação regulação e da fiscalização e as entidades repre-
e à regulação dos serviços de forma adequada e sentativas dos Municípios;
eficiente, a fim de buscar a universalização dos
serviços e a modicidade tarifária; II - realizará consultas e audiências públicas,
de forma a garantir a transparência e a publici-
IV - possibilitar a adoção de métodos, técni- dade dos atos, bem como a possibilitar a análise
cas e processos adequados às peculiaridades de impacto regulatório das normas propostas; e
locais e regionais;
III - poderá constituir grupos ou comissões de
V - incentivar a regionalização da prestação trabalho com a participação das entidades regu-
dos serviços, de modo a contribuir para a viabi- ladoras e fiscalizadoras e das entidades repre-
lidade técnica e econômico-financeira, a criação sentativas dos Municípios para auxiliar na elabo-
de ganhos de escala e de eficiência e a universa- ração das referidas normas.
lização dos serviços;
§ 5º A ANA disponibilizará, em caráter voluntá-
VI - estabelecer parâmetros e periodicidade rio e com sujeição à concordância entre as partes,
mínimos para medição do cumprimento das me- ação mediadora ou arbitral nos conflitos que en-
tas de cobertura dos serviços e do atendimento volvam titulares, agências reguladoras ou presta-
aos indicadores de qualidade e aos padrões de dores de serviços públicos de saneamento básico.
potabilidade, observadas as peculiaridades con-
tratuais e regionais; § 6º A ANA avaliará o impacto regulatório e o
cumprimento das normas de referência de que
VII - estabelecer critérios limitadores da sobre- trata o § 1º deste artigo pelos órgãos e pelas en-
posição de custos administrativos ou gerenciais tidades responsáveis pela regulação e pela fisca-
a serem pagos pelo usuário final, independente- lização dos serviços.
mente da configuração de subcontratações ou
de subdelegações; e § 7º No exercício das competências a que se
refere este artigo, a ANA zelará pela uniformida-
VIII - assegurar a prestação concomitante dos de regulatória do setor de saneamento básico e
serviços de abastecimento de água e de esgota- pela segurança jurídica na prestação e na regu-
mento sanitário. lação dos serviços, observado o disposto no in-
ciso IV do § 3º deste artigo.

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Direitos Difusos e Coletivos

§ 8º Para fins do disposto no inciso II do § 1º ção dos serviços públicos de saneamento bási-
deste artigo, as normas de referência de regu- co, com vistas a viabilizar o acesso aos recursos
lação tarifária estabelecerão os mecanismos de públicos federais ou a contratação de financia-
subsídios para as populações de baixa renda, a mentos com recursos da União ou com recursos
fim de possibilitar a universalização dos serviços, geridos ou operados por órgãos ou entidades da
observado o disposto no art. 31 da Lei nº 11.445, administração pública federal, nos termos do art.
de 5 de janeiro de 2007, e, quando couber, o 50 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
compartilhamento dos ganhos de produtividade
com os usuários dos serviços. § 1º A ANA disciplinará, por meio de ato nor-
mativo, os requisitos e os procedimentos a serem
§ 9º Para fins do disposto no inciso III do § 1º observados pelas entidades encarregadas da re-
deste artigo, as normas de referência regulató- gulação e da fiscalização dos serviços públicos
rias estabelecerão parâmetros e condições para de saneamento básico, para a comprovação da
investimentos que permitam garantir a manuten- adoção das normas regulatórias de referência,
ção dos níveis de serviços desejados durante a que poderá ser gradual, de modo a preservar as
vigência dos contratos. expectativas e os direitos decorrentes das nor-
mas a serem substituídas e a propiciar a adequa-
§ 10. Caberá à ANA elaborar estudos téc- da preparação das entidades reguladoras.
nicos para o desenvolvimento das melhores
práticas regulatórias para os serviços públicos § 2º A verificação da adoção das normas de
de saneamento básico, bem como guias e ma- referência nacionais para a regulação da presta-
nuais para subsidiar o desenvolvimento das re- ção dos serviços públicos de saneamento básico
feridas práticas. estabelecidas pela ANA ocorrerá periodicamen-
te e será obrigatória no momento da contratação
§ 11. Caberá à ANA promover a capacitação dos financiamentos com recursos da União ou
de recursos humanos para a regulação adequa- com recursos geridos ou operados por órgãos
da e eficiente do setor de saneamento básico. ou entidades da administração pública federal.”

§ 12. A ANA contribuirá para a articulação en- “Art. 8º A ANA dará publicidade aos pedidos
tre o Plano Nacional de Saneamento Básico, o de outorga de direito de uso de recursos hídricos
Plano Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano de domínio da União por meio de publicação em
Nacional de Recursos Hídricos.” seu sítio eletrônico, e os atos administrativos que
deles resultarem serão publicados no Diário Ofi-
“Art. 4º-B. A ANA manterá atualizada e dispo- cial da União e no sítio eletrônico da ANA.” (NR)
nível, em seu sítio eletrônico, a relação das en-
tidades reguladoras e fiscalizadoras que adotam “Art. 8º-A. A ANA poderá criar mecanismos de
as normas de referência nacionais para a regula- credenciamento e descredenciamento de técni-

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

cos, de empresas especializadas, de consultores “Dispõe sobre o Quadro de Pessoal da Agên-


independentes e de auditores externos para ob- cia Nacional de Águas e Saneamento Básico
ter, analisar e atestar informações ou dados ne- (ANA) e dá outras providências.”
cessários ao desempenho de suas atividades.”
Art. 5º A Lei nº 10.768, de 19 de novembro de
“Art. 11. .......................................................... 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:

§ 1º É vedado aos dirigentes da ANA, con- “Art. 1º Ficam criados, no quadro de pesso-
forme disposto em seu regimento interno, ter al da Agência Nacional de Águas e Saneamento
interesse direto ou indireto em empresa relacio- Básico (ANA), os seguintes cargos efetivos, inte-
nada com o Singreh e em empresa relacionada grantes de carreiras de mesmo nome, e respec-
com a prestação de serviços públicos de sane- tivos quantitativos:
amento básico.
I - 239 (duzentos e trinta e nove) cargos de
...............................................................” (NR) Especialista em Regulação de Recursos Hídricos
e Saneamento Básico;
“Art. 13. ..........................................................
...............................................................” (NR)
XI - encaminhar periodicamente ao Comitê
Interministerial de Saneamento Básico (Cisb) os “Art. 3º É atribuição do cargo de Especialista
relatórios analisados pela Diretoria Colegiada e os em Regulação de Recursos Hídricos e Sanea-
demais assuntos do interesse desse órgão.” (NR) mento Básico o exercício de atividades de nível
superior de elevada complexidade relativas à
“Art. 17-A. O Ministério da Economia fica au- gestão de recursos hídricos, que envolvam:
torizado a promover a lotação ou o exercício de
servidores de órgãos e de entidades da adminis- I - regulação, outorga, inspeção, fiscaliza-
tração pública federal na ANA. ção e controle do uso de recursos hídricos e da
prestação de serviços públicos na área de sane-
Parágrafo único. A lotação ou o exercício amento básico;
de servidores de que trata o caput deste artigo
ocorrerá sem prejuízo de outras medidas de for- II - elaboração de normas de referência para a
talecimento da capacidade institucional.” regulação do uso de recursos hídricos e da presta-
ção dos serviços públicos de saneamento básico;
Art. 4º A ementa da Lei nº 10.768, de 19 de
novembro de 2003, passa a vigorar com a se- III - implementação e avaliação dos instrumen-
guinte redação: tos da Política Nacional de Recursos Hídricos;

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413
Direitos Difusos e Coletivos

IV - análise e desenvolvimento de programas “Art. 8º ............................................................


e projetos sobre:
Parágrafo único. A investidura nos cargos de
a) despoluição de bacias hidrográficas; Especialista em Regulação de Recursos Hídricos
e Saneamento Básico, Especialista em Geopro-
b) eventos críticos em recursos hídricos; e cessamento e Analista Administrativo ocorrerá,
exclusivamente, no padrão inicial da classe ini-
c) promoção do uso integrado de solo e água; cial da respectiva tabela.” (NR)

V - promoção de ações educacionais em re- Art. 6º A ementa da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro


cursos hídricos; de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:

VI - promoção e fomento de pesquisas cien- “Estabelece as diretrizes nacionais para o sa-


tíficas e tecnológicas nas áreas de desenvolvi- neamento básico; cria o Comitê Interministerial
mento sustentável, conservação e gestão de de Saneamento Básico; altera as Leis nos 6.766,
recursos hídricos e saneamento básico, envol- de 19 de dezembro de 1979, 8.666, de 21 de ju-
vendo a promoção de cooperação e a divulga- nho de 1993, e 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
ção técnico-científica, bem como a transferência e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978.”
de tecnologia nas áreas; e
Art. 7º A Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007,
VII - outras ações e atividades análogas de- passa a vigorar com as seguintes alterações:
correntes do cumprimento das atribuições insti-
tucionais da ANA. “Art. 2º ............................................................

§ 1º (Revogado). I - universalização do acesso e efetiva presta-


ção do serviço;
§ 2º No exercício das atribuições de natureza
fiscal ou decorrentes do poder de polícia, são II - integralidade, compreendida como o con-
asseguradas aos ocupantes do cargo efetivo de junto de atividades e componentes de cada um
que trata o caput deste artigo as prerrogativas dos diversos serviços de saneamento que propi-
de promover a interdição de estabelecimentos, cie à população o acesso a eles em conformida-
instalações ou equipamentos, assim como a de com suas necessidades e maximize a eficácia
apreensão de bens ou produtos, e de requisitar, das ações e dos resultados;
quando necessário, o auxílio de força policial fe-
deral ou estadual, em caso de desacato ou em- III - abastecimento de água, esgotamento sa-
baraço ao exercício de suas funções.” (NR) nitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

sólidos realizados de forma adequada à saúde XII - integração das infraestruturas e dos servi-
pública, à conservação dos recursos naturais e à ços com a gestão eficiente dos recursos hídricos;
proteção do meio ambiente;
XIII - redução e controle das perdas de água,
IV - disponibilidade, nas áreas urbanas, de inclusive na distribuição de água tratada, estímu-
serviços de drenagem e manejo das águas plu- lo à racionalização de seu consumo pelos usuá-
viais, tratamento, limpeza e fiscalização preventi- rios e fomento à eficiência energética, ao reúso
va das redes, adequados à saúde pública, à pro- de efluentes sanitários e ao aproveitamento de
teção do meio ambiente e à segurança da vida e águas de chuva;
do patrimônio público e privado;
XIV - prestação regionalizada dos serviços,
........................................................................ com vistas à geração de ganhos de escala e à
garantia da universalização e da viabilidade téc-
VI - articulação com as políticas de desen- nica e econômico-financeira dos serviços;
volvimento urbano e regional, de habitação, de
combate à pobreza e de sua erradicação, de XV - seleção competitiva do prestador dos
proteção ambiental, de promoção da saúde, de serviços; e
recursos hídricos e outras de interesse social re-
levante, destinadas à melhoria da qualidade de XVI - prestação concomitante dos serviços de
vida, para as quais o saneamento básico seja fa- abastecimento de água e de esgotamento sani-
tor determinante; tário.” (NR)

........................................................................ “Art. 3º Para fins do disposto nesta Lei, con-


sidera-se:
VIII - estímulo à pesquisa, ao desenvolvimento
e à utilização de tecnologias apropriadas, consi- I - saneamento básico: conjunto de serviços
deradas a capacidade de pagamento dos usuá- públicos, infraestruturas e instalações opera-
rios, a adoção de soluções graduais e progres- cionais de:
sivas e a melhoria da qualidade com ganhos de
eficiência e redução dos custos para os usuários; a) abastecimento de água potável: constituído
pelas atividades e pela disponibilização e manu-
........................................................................ tenção de infraestruturas e instalações operacio-
nais necessárias ao abastecimento público de
XI - segurança, qualidade, regularidade e água potável, desde a captação até as ligações
continuidade; prediais e seus instrumentos de medição;

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415
Direitos Difusos e Coletivos

b) esgotamento sanitário: constituído pelas ati- o tratamento e a disposição final adequados dos
vidades e pela disponibilização e manutenção de esgotos sanitários;
infraestruturas e instalações operacionais neces-
sárias à coleta, ao transporte, ao tratamento e à IV - controle social: conjunto de mecanismos
disposição final adequados dos esgotos sanitá- e procedimentos que garantem à sociedade in-
rios, desde as ligações prediais até sua destinação formações, representações técnicas e participa-
final para produção de água de reúso ou seu lan- ção nos processos de formulação de políticas, de
çamento de forma adequada no meio ambiente; planejamento e de avaliação relacionados com
os serviços públicos de saneamento básico;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos só-
lidos: constituídos pelas atividades e pela dis- ........................................................................
ponibilização e manutenção de infraestruturas
e instalações operacionais de coleta, varrição VI - prestação regionalizada: modalidade de
manual e mecanizada, asseio e conservação prestação integrada de um ou mais componentes
urbana, transporte, transbordo, tratamento e dos serviços públicos de saneamento básico em
destinação final ambientalmente adequada dos determinada região cujo território abranja mais de
resíduos sólidos domiciliares e dos resíduos de um Município, podendo ser estruturada em:
limpeza urbana; e
a) região metropolitana, aglomeração urbana
d) drenagem e manejo das águas pluviais ou microrregião: unidade instituída pelos Esta-
urbanas: constituídos pelas atividades, pela in- dos mediante lei complementar, de acordo com
fraestrutura e pelas instalações operacionais de o § 3º do art. 25 da Constituição Federal, com-
drenagem de águas pluviais, transporte, deten- posta de agrupamento de Municípios limítrofes e
ção ou retenção para o amortecimento de va- instituída nos termos da Lei nº 13.089, de 12 de
zões de cheias, tratamento e disposição final das janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole);
águas pluviais drenadas, contempladas a limpe-
za e a fiscalização preventiva das redes; b) unidade regional de saneamento básico:
unidade instituída pelos Estados mediante lei or-
II - gestão associada: associação voluntária dinária, constituída pelo agrupamento de Muni-
entre entes federativos, por meio de consórcio cípios não necessariamente limítrofes, para aten-
público ou convênio de cooperação, conforme der adequadamente às exigências de higiene e
disposto no art. 241 da Constituição Federal; saúde pública, ou para dar viabilidade econômi-
ca e técnica aos Municípios menos favorecidos;
III - universalização: ampliação progressiva do
acesso de todos os domicílios ocupados ao sa- c) bloco de referência: agrupamento de Mu-
neamento básico, em todos os serviços previs- nicípios não necessariamente limítrofes, estabe-
tos no inciso XIV do caput deste artigo, incluídos lecido pela União nos termos do § 3º do art. 52

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

desta Lei e formalmente criado por meio de ges- tâncias a serem avaliadas pelo Município ou pelo
tão associada voluntária dos titulares; Distrito Federal;

VII - subsídios: instrumentos econômicos de po- XIII - operação regular: aquela que observa
lítica social que contribuem para a universalização integralmente as disposições constitucionais,
do acesso aos serviços públicos de saneamento legais e contratuais relativas ao exercício da titu-
básico por parte de populações de baixa renda; laridade e à contratação, prestação e regulação
dos serviços;
VIII - localidades de pequeno porte: vilas,
aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugare- XIV - serviços públicos de saneamento bási-
jos e aldeias, assim definidos pela Fundação Ins- co de interesse comum: serviços de saneamen-
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); to básico prestados em regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões institu-
IX - contratos regulares: aqueles que atendem ídas por lei complementar estadual, em que se
aos dispositivos legais pertinentes à prestação verifique o compartilhamento de instalações ope-
de serviços públicos de saneamento básico; racionais de infraestrutura de abastecimento de
água e/ou de esgotamento sanitário entre 2 (dois)
X - núcleo urbano: assentamento humano, com ou mais Municípios, denotando a necessidade de
uso e características urbanas, constituído por uni- organizá-los, planejá-los, executá-los e operá-los
dades imobiliárias com área inferior à fração míni- de forma conjunta e integrada pelo Estado e pe-
ma de parcelamento prevista no art. 8º da Lei nº los Munícipios que compartilham, no todo ou em
5.868, de 12 de dezembro de 1972, independen- parte, as referidas instalações operacionais;
temente da propriedade do solo, ainda que situa-
do em área qualificada ou inscrita como rural; XV - serviços públicos de saneamento básico
de interesse local: funções públicas e serviços
XI - núcleo urbano informal: aquele clandesti- cujas infraestruturas e instalações operacionais
no, irregular ou no qual não tenha sido possível atendam a um único Município;
realizar a titulação de seus ocupantes, ainda que
atendida a legislação vigente à época de sua im- XVI - sistema condominial: rede coletora de
plantação ou regularização; esgoto sanitário, assentada em posição viável
no interior dos lotes ou conjunto de habitações,
XII - núcleo urbano informal consolidado: interligada à rede pública convencional em um
aquele de difícil reversão, considerados o tem- único ponto ou à unidade de tratamento, utiliza-
po da ocupação, a natureza das edificações, a da onde há dificuldades de execução de redes
localização das vias de circulação e a presença ou ligações prediais no sistema convencional
de equipamentos públicos, entre outras circuns- de esgotamento;

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Direitos Difusos e Coletivos

XVII - sistema individual alternativo de sa- IV - tratamento de água bruta;


neamento: ação de saneamento básico ou de
afastamento e destinação final dos esgotos, V - adução de água tratada; e
quando o local não for atendido diretamente
pela rede pública; VI - reservação de água tratada.”

XVIII - sistema separador absoluto: conjunto “Art. 3º-B. Consideram-se serviços públicos
de condutos, instalações e equipamentos desti- de esgotamento sanitário aqueles constituídos
nados a coletar, transportar, condicionar e enca- por 1 (uma) ou mais das seguintes atividades:
minhar exclusivamente esgoto sanitário;
I - coleta, incluída ligação predial, dos esgo-
XIX - sistema unitário: conjunto de condutos, tos sanitários;
instalações e equipamentos destinados a cole-
tar, transportar, condicionar e encaminhar con- II - transporte dos esgotos sanitários;
juntamente esgoto sanitário e águas pluviais.
III - tratamento dos esgotos sanitários; e
........................................................................
IV - disposição final dos esgotos sanitários e
§ 4º (VETADO). dos lodos originários da operação de unidades de
tratamento coletivas ou individuais de forma am-
§ 5º No caso de Região Integrada de Desen- bientalmente adequada, incluídas fossas sépticas.
volvimento (Ride), a prestação regionalizada do
serviço de saneamento básico estará condi- Parágrafo único. Nas Zonas Especiais de In-
cionada à anuência dos Municípios que a inte- teresse Social (Zeis) ou outras áreas do períme-
gram.” (NR) tro urbano ocupadas predominantemente por
população de baixa renda, o serviço público de
“Art. 3º-A. Consideram-se serviços públicos esgotamento sanitário, realizado diretamente
de abastecimento de água a sua distribuição me- pelo titular ou por concessionário, inclui conjun-
diante ligação predial, incluídos eventuais instru- tos sanitários para as residências e solução para
mentos de medição, bem como, quando vincu- a destinação de efluentes, quando inexistentes,
ladas a essa finalidade, as seguintes atividades: assegurada compatibilidade com as diretrizes da
política municipal de regularização fundiária.”
I - reservação de água bruta;
“Art. 3º-C. Consideram-se serviços públicos
II - captação de água bruta; especializados de limpeza urbana e de manejo
de resíduos sólidos as atividades operacionais de
III - adução de água bruta; coleta, transbordo, transporte, triagem para fins

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

de reutilização ou reciclagem, tratamento, inclusi- “Art. 3º-D. Consideram-se serviços públi-


ve por compostagem, e destinação final dos: cos de manejo das águas pluviais urbanas
aqueles constituídos por 1 (uma) ou mais das
I - resíduos domésticos; seguintes atividades:

II - resíduos originários de atividades comer- I - drenagem urbana;


ciais, industriais e de serviços, em quantidade e
qualidade similares às dos resíduos domésticos, II - transporte de águas pluviais urbanas;
que, por decisão do titular, sejam considerados
resíduos sólidos urbanos, desde que tais resídu- III - detenção ou retenção de águas plu-
os não sejam de responsabilidade de seu gera- viais urbanas para amortecimento de vazões de
dor nos termos da norma legal ou administrativa, cheias; e
de decisão judicial ou de termo de ajustamento
de conduta; e IV - tratamento e disposição final de águas
pluviais urbanas.”
III - resíduos originários dos serviços públicos
de limpeza urbana, tais como: “Art. 7º ............................................................

a) serviços de varrição, capina, roçada, I - de coleta, de transbordo e de transporte


poda e atividades correlatas em vias e logra- dos resíduos relacionados na alínea “c” do inciso
douros públicos; I do caput do art. 3º desta Lei;

b) asseio de túneis, escadarias, monumentos, II - de triagem, para fins de reutilização ou re-


abrigos e sanitários públicos; ciclagem, de tratamento, inclusive por compos-
tagem, e de destinação final dos resíduos rela-
c) raspagem e remoção de terra, areia e quais- cionados na alínea “c” do inciso I do caput do
quer materiais depositados pelas águas pluviais art. 3º desta Lei; e
em logradouros públicos;
III - de varrição de logradouros públicos, de
d) desobstrução e limpeza de bueiros, bocas limpeza de dispositivos de drenagem de águas
de lobo e correlatos; pluviais, de limpeza de córregos e outros servi-
ços, tais como poda, capina, raspagem e roçada,
e) limpeza de logradouros públicos onde se e de outros eventuais serviços de limpeza urba-
realizem feiras públicas e outros eventos de na, bem como de coleta, de acondicionamento
acesso aberto ao público; e e de destinação final ambientalmente adequada
dos resíduos sólidos provenientes dessas ativi-
f) outros eventuais serviços de limpeza urbana.” dades.” (NR)

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Direitos Difusos e Coletivos

“Art. 8º Exercem a titularidade dos serviços § 2º Para os fins desta Lei, as unidades re-
públicos de saneamento básico: gionais de saneamento básico devem apresentar
sustentabilidade econômico-financeira e con-
I - os Municípios e o Distrito Federal, no caso templar, preferencialmente, pelo menos 1 (uma)
de interesse local; região metropolitana, facultada a sua integração
por titulares dos serviços de saneamento.
II - o Estado, em conjunto com os Municípios
que compartilham efetivamente instalações ope- § 3º A estrutura de governança para as uni-
racionais integrantes de regiões metropolitanas, dades regionais de saneamento básico seguirá
aglomerações urbanas e microrregiões, instituí- o disposto na Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de
das por lei complementar estadual, no caso de 2015 (Estatuto da Metrópole).
interesse comum.
§ 4º Os Chefes dos Poderes Executivos da
§ 1º O exercício da titularidade dos serviços União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
de saneamento poderá ser realizado também Municípios poderão formalizar a gestão associa-
por gestão associada, mediante consórcio públi- da para o exercício de funções relativas aos ser-
co ou convênio de cooperação, nos termos do viços públicos de saneamento básico, ficando
art. 241 da Constituição Federal, observadas as dispensada, em caso de convênio de coopera-
seguintes disposições: ção, a necessidade de autorização legal.

I - fica admitida a formalização de consórcios § 5º O titular dos serviços públicos de sanea-


intermunicipais de saneamento básico, exclusi- mento básico deverá definir a entidade respon-
vamente composto de Municípios, que poderão sável pela regulação e fiscalização desses servi-
prestar o serviço aos seus consorciados direta- ços, independentemente da modalidade de sua
mente, pela instituição de autarquia intermunicipal; prestação.” (NR)

II - os consórcios intermunicipais de sanea- “Art. 8º-A. É facultativa a adesão dos titula-


mento básico terão como objetivo, exclusiva- res dos serviços públicos de saneamento de in-
mente, o financiamento das iniciativas de implan- teresse local às estruturas das formas de pres-
tação de medidas estruturais de abastecimento tação regionalizada.”
de água potável, esgotamento sanitário, limpeza
urbana, manejo de resíduos sólidos, drenagem “Art. 8º-B. No caso de prestação regionaliza-
e manejo de águas pluviais, vedada a formaliza- da dos serviços de saneamento, as responsa-
ção de contrato de programa com sociedade de bilidades administrativa, civil e penal são exclu-
economia mista ou empresa pública, ou a sub- sivamente aplicadas aos titulares dos serviços
delegação do serviço prestado pela autarquia in- públicos de saneamento, nos termos do art. 8º
termunicipal sem prévio procedimento licitatório. desta Lei.”

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

“Art. 9º ............................................................ observadas a metodologia e a periodicidade es-


tabelecidas pelo Ministério do Desenvolvimento
I - elaborar os planos de saneamento básico, Regional; e
nos termos desta Lei, bem como estabelecer
metas e indicadores de desempenho e mecanis- VII - intervir e retomar a operação dos servi-
mos de aferição de resultados, a serem obrigato- ços delegados, por indicação da entidade regu-
riamente observados na execução dos serviços ladora, nas hipóteses e nas condições previstas
prestados de forma direta ou por concessão; na legislação e nos contratos.

II - prestar diretamente os serviços, ou con- Parágrafo único. No exercício das atividades


ceder a prestação deles, e definir, em ambos os a que se refere o caput deste artigo, o titular po-
casos, a entidade responsável pela regulação e derá receber cooperação técnica do respectivo
fiscalização da prestação dos serviços públicos Estado e basear-se em estudos fornecidos pelos
de saneamento básico; prestadores dos serviços.” (NR)

III - definir os parâmetros a serem adotados “Art. 10. A prestação dos serviços públicos
para a garantia do atendimento essencial à saú- de saneamento básico por entidade que não
de pública, inclusive quanto ao volume mínimo integre a administração do titular depende da
per capita de água para abastecimento público, celebração de contrato de concessão, median-
observadas as normas nacionais relativas à po- te prévia licitação, nos termos do art. 175 da
tabilidade da água; Constituição Federal, vedada a sua disciplina
mediante contrato de programa, convênio, ter-
IV - estabelecer os direitos e os deveres mo de parceria ou outros instrumentos de natu-
dos usuários; reza precária.

V - estabelecer os mecanismos e os procedi- § 1º (Revogado).


mentos de controle social, observado o disposto
no inciso IV do caput do art. 3º desta Lei; I - (revogado).

VI - implementar sistema de informações so- a) (revogada).


bre os serviços públicos de saneamento básico,
articulado com o Sistema Nacional de Informa- b) (revogada).
ções em Saneamento Básico (Sinisa), o Sistema
Nacional de Informações sobre a Gestão dos II - (revogado).
Resíduos Sólidos (Sinir) e o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh), § 2º (Revogado).

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Direitos Difusos e Coletivos

§ 3º Os contratos de programa regulares vi- poderão prever mecanismos privados para re-
gentes permanecem em vigor até o advento do solução de disputas decorrentes do contrato
seu termo contratual.” (NR) ou a ele relacionadas, inclusive a arbitragem, a
ser realizada no Brasil e em língua portuguesa,
“Art. 10-A. Os contratos relativos à prestação nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro
dos serviços públicos de saneamento básico de- de 1996.
verão conter, expressamente, sob pena de nuli-
dade, as cláusulas essenciais previstas no art. 23 § 2º As outorgas de recursos hídricos atual-
da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, além mente detidas pelas empresas estaduais pode-
das seguintes disposições: rão ser segregadas ou transferidas da operação
a ser concedida, permitidas a continuidade da
I - metas de expansão dos serviços, de redu- prestação do serviço público de produção de
ção de perdas na distribuição de água tratada, de água pela empresa detentora da outorga de re-
qualidade na prestação dos serviços, de eficiência cursos hídricos e a assinatura de contrato de
e de uso racional da água, da energia e de outros longo prazo entre esta empresa produtora de
recursos naturais, do reúso de efluentes sanitários água e a empresa operadora da distribuição de
e do aproveitamento de águas de chuva, em con- água para o usuário final, com objeto de compra
formidade com os serviços a serem prestados; e venda de água.”

II - possíveis fontes de receitas alternativas, “Art. 10-B. Os contratos em vigor, incluídos


complementares ou acessórias, bem como as aditivos e renovações, autorizados nos termos
provenientes de projetos associados, incluindo, desta Lei, bem como aqueles provenientes de
entre outras, a alienação e o uso de efluentes sa- licitação para prestação ou concessão dos ser-
nitários para a produção de água de reúso, com viços públicos de saneamento básico, estarão
possibilidade de as receitas serem compartilhadas condicionados à comprovação da capacidade
entre o contratante e o contratado, caso aplicável; econômico-financeira da contratada, por recur-
sos próprios ou por contratação de dívida, com
III - metodologia de cálculo de eventual inde- vistas a viabilizar a universalização dos serviços
nização relativa aos bens reversíveis não amorti- na área licitada até 31 de dezembro de 2033, nos
zados por ocasião da extinção do contrato; e termos do § 2º do art. 11-B desta Lei.

IV - repartição de riscos entre as partes, in- Parágrafo único. A metodologia para compro-
cluindo os referentes a caso fortuito, força maior, vação da capacidade econômico-financeira da
fato do príncipe e álea econômica extraordinária. contratada será regulamentada por decreto do
Poder Executivo no prazo de 90 (noventa) dias.”
§ 1º Os contratos que envolvem a prestação
dos serviços públicos de saneamento básico “Art. 11. ..........................................................

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

........................................................................ realizar licitação e contratação de parceria públi-


co-privada, nos termos da Lei nº 11.079, de 30
II - a existência de estudo que comprove a de dezembro de 2004, e desde que haja previsão
viabilidade técnica e econômico-financeira da contratual ou autorização expressa do titular dos
prestação dos serviços, nos termos estabeleci- serviços, subdelegar o objeto contratado, obser-
dos no respectivo plano de saneamento básico; vado, para a referida subdelegação, o limite de
25% (vinte e cinco por cento) do valor do contrato.
........................................................................
§ 1º A subdelegação fica condicionada à com-
V - a existência de metas e cronograma de uni- provação técnica, por parte do prestador de servi-
versalização dos serviços de saneamento básico. ços, do benefício em termos de eficiência e quali-
dade dos serviços públicos de saneamento básico.
........................................................................
§ 2º Os contratos de subdelegação disporão
§ 2º ................................................................. sobre os limites da sub-rogação de direitos e
obrigações do prestador de serviços pelo sub-
II - a inclusão, no contrato, das metas pro- delegatário e observarão, no que couber, o dis-
gressivas e graduais de expansão dos serviços, posto no § 2º do art. 11 desta Lei, bem como
de redução progressiva e controle de perdas na serão precedidos de procedimento licitatório.
distribuição de água tratada, de qualidade, de
eficiência e de uso racional da água, da energia § 3º Para a observância do princípio da mo-
e de outros recursos naturais, em conformidade dicidade tarifária aos usuários e aos consumi-
com os serviços a serem prestados e com o res- dores, na forma da Lei nº 8.987, de 13 de fe-
pectivo plano de saneamento básico; vereiro de 1995, ficam vedadas subconcessões
ou subdelegações que impliquem sobreposição
........................................................................ de custos administrativos ou gerenciais a serem
pagos pelo usuário final.
§ 5º Fica vedada a distribuição de lucros e di-
videndos, do contrato em execução, pelo pres- § 4º Os Municípios com estudos para con-
tador de serviços que estiver descumprindo as cessões ou parcerias público-privadas em cur-
metas e cronogramas estabelecidos no contrato so, pertencentes a uma região metropolitana,
específico da prestação de serviço público de podem dar seguimento ao processo e efetivar a
saneamento básico.” (NR) contratação respectiva, mesmo se ultrapassado
o limite previsto no caput deste artigo, desde que
“Art. 11-A. Na hipótese de prestação dos ser- tenham o contrato assinado em até 1 (um) ano.
viços públicos de saneamento básico por meio de
contrato, o prestador de serviços poderá, além de § 5º (VETADO).

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Direitos Difusos e Coletivos

§ 6º Para fins de aferição do limite previsto II - licitação complementar para atingimento


no caput deste artigo, o critério para definição da totalidade da meta; e
do valor do contrato do subdelegatário deverá
ser o mesmo utilizado para definição do valor do III - aditamento de contratos já licitados,
contrato do prestador do serviço. incluindo eventual reequilíbrio econômico-fi-
nanceiro, desde que em comum acordo com
§ 7º Caso o contrato do prestador do serviço a contratada.
não tenha valor de contrato, o faturamento anual
projetado para o subdelegatário não poderá ultra- § 3º As metas de universalização deverão ser
passar 25% (vinte e cinco por cento) do faturamen- calculadas de maneira proporcional no período
to anual projetado para o prestador do serviço.” compreendido entre a assinatura do contrato
ou do termo aditivo e o prazo previsto no caput
“Art. 11-B. Os contratos de prestação dos deste artigo, de forma progressiva, devendo ser
serviços públicos de saneamento básico deverão antecipadas caso as receitas advindas da pres-
definir metas de universalização que garantam o tação eficiente do serviço assim o permitirem,
atendimento de 99% (noventa e nove por cento) nos termos da regulamentação.
da população com água potável e de 90% (no-
venta por cento) da população com coleta e tra- § 4º É facultado à entidade reguladora pre-
tamento de esgotos até 31 de dezembro de 2033, ver hipóteses em que o prestador poderá utilizar
assim como metas quantitativas de não intermi- métodos alternativos e descentralizados para os
tência do abastecimento, de redução de perdas serviços de abastecimento de água e de coleta
e de melhoria dos processos de tratamento. e tratamento de esgoto em áreas rurais, remotas
ou em núcleos urbanos informais consolidados,
§ 1º Os contratos em vigor que não possuírem sem prejuízo da sua cobrança, com vistas a ga-
as metas de que trata o caput deste artigo terão até rantir a economicidade da prestação dos servi-
31 de março de 2022 para viabilizar essa inclusão. ços públicos de saneamento básico.

§ 2º Contratos firmados por meio de procedi- § 5º O cumprimento das metas de universali-


mentos licitatórios que possuam metas diversas zação e não intermitência do abastecimento, de
daquelas previstas no caput deste artigo, inclusi- redução de perdas e de melhoria dos processos
ve contratos que tratem, individualmente, de água de tratamento deverá ser verificado anualmen-
ou de esgoto, permanecerão inalterados nos mol- te pela agência reguladora, observando-se um
des licitados, e o titular do serviço deverá bus- intervalo dos últimos 5 (cinco) anos, nos quais
car alternativas para atingir as metas definidas no as metas deverão ter sido cumpridas em, pelo
caput deste artigo, incluídas as seguintes: menos, 3 (três), e a primeira fiscalização deverá
ser realizada apenas ao término do quinto ano de
I - prestação direta da parcela remanescente; vigência do contrato.

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

§ 6º As metas previstas neste artigo deverão saneamento básico, com vistas à otimização do
ser observadas no âmbito municipal, quando planejamento e da prestação dos serviços.
exercida a titularidade de maneira independente,
ou no âmbito da prestação regionalizada, quan- § 2º As disposições constantes do plano re-
do aplicável. gional de saneamento básico prevalecerão so-
bre aquelas constantes dos planos municipais,
§ 7º No caso do não atingimento das metas, quando existirem.
nos termos deste artigo, deverá ser iniciado pro-
cedimento administrativo pela agência regulado- § 3º O plano regional de saneamento básico dis-
ra com o objetivo de avaliar as ações a serem pensará a necessidade de elaboração e publicação
adotadas, incluídas medidas sancionatórias, de planos municipais de saneamento básico.
com eventual declaração de caducidade da con-
cessão, assegurado o direito à ampla defesa. § 4º O plano regional de saneamento básico
poderá ser elaborado com suporte de órgãos e
§ 8º Os contratos provisórios não formaliza- entidades das administrações públicas federal,
dos e os vigentes prorrogados em desconformi- estaduais e municipais, além de prestadores de
dade com os regramentos estabelecidos nesta serviço.” (NR)
Lei serão considerados irregulares e precários.
“Art. 18. Os prestadores que atuem em mais
§ 9º Quando os estudos para a licitação da de um Município ou região ou que prestem ser-
prestação regionalizada apontarem para a invia- viços públicos de saneamento básico diferentes
bilidade econômico-financeira da universalização em um mesmo Município ou região manterão sis-
na data referida no caput deste artigo, mesmo tema contábil que permita registrar e demonstrar,
após o agrupamento de Municípios de diferentes separadamente, os custos e as receitas de cada
portes, fica permitida a dilação do prazo, desde serviço em cada um dos Municípios ou regiões
que não ultrapasse 1º de janeiro de 2040 e haja atendidas e, se for o caso, no Distrito Federal.
anuência prévia da agência reguladora, que, em
sua análise, deverá observar o princípio da mo- Parágrafo único. Nos casos em que os con-
dicidade tarifária.” tratos previstos no caput deste artigo se encer-
rarem após o prazo fixado no contrato de pro-
“Art. 17. O serviço regionalizado de sanea- grama da empresa estatal ou de capital misto
mento básico poderá obedecer a plano regional contratante, por vencimento ordinário ou cadu-
de saneamento básico elaborado para o conjun- cidade, o ente federativo controlador da empre-
to de Municípios atendidos. sa delegatária da prestação de serviços públicos
de saneamento básico, por ocasião da assinatu-
§ 1º O plano regional de saneamento básico ra do contrato de parceria público-privada ou de
poderá contemplar um ou mais componentes do subdelegação, deverá assumir esses contratos,

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Direitos Difusos e Coletivos

mantidos iguais prazos e condições perante o li- nos de desenvolvimento urbano integrado das
citante vencedor.” (NR) unidades regionais por eles abrangidas.

“Art. 18-A. O prestador dos serviços públicos § 4º Os planos de saneamento básico serão
de saneamento básico deve disponibilizar infra- revistos periodicamente, em prazo não superior
estrutura de rede até os respectivos pontos de a 10 (dez) anos.
conexão necessários à implantação dos serviços
nas edificações e nas unidades imobiliárias de- ........................................................................
correntes de incorporação imobiliária e de par-
celamento de solo urbano. § 9º Os Municípios com população inferior a
20.000 (vinte mil) habitantes poderão apresentar
Parágrafo único. A agência reguladora ins- planos simplificados, com menor nível de deta-
tituirá regras para que empreendedores imobi- lhamento dos aspectos previstos nos incisos I a
liários façam investimentos em redes de água V do caput deste artigo.” (NR)
e esgoto, identificando as situações nas quais
os investimentos representam antecipação de “Art. 21. A função de regulação, desempe-
atendimento obrigatório do operador local, fa- nhada por entidade de natureza autárquica dota-
zendo jus ao ressarcimento futuro por parte da da de independência decisória e autonomia ad-
concessionária, por critérios de avaliação regu- ministrativa, orçamentária e financeira, atenderá
latórios, e aquelas nas quais os investimentos aos princípios de transparência, tecnicidade, ce-
configuram-se como de interesse restrito do leridade e objetividade das decisões.
empreendedor imobiliário, situação na qual não
fará jus ao ressarcimento.” I - (revogado);

“Art. 19. .......................................................... II - (revogado).” (NR)

§ 1º Os planos de saneamento básico serão “Art. 22. ..........................................................


aprovados por atos dos titulares e poderão ser
elaborados com base em estudos fornecidos I - estabelecer padrões e normas para a adequa-
pelos prestadores de cada serviço. da prestação e a expansão da qualidade dos servi-
ços e para a satisfação dos usuários, com observa-
........................................................................ ção das normas de referência editadas pela ANA;

§ 3º Os planos de saneamento básico deve- II - garantir o cumprimento das condições e


rão ser compatíveis com os planos das bacias metas estabelecidas nos contratos de prestação
hidrográficas e com planos diretores dos Municí- de serviços e nos planos municipais ou de pres-
pios em que estiverem inseridos, ou com os pla- tação regionalizada de saneamento básico;

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

III - prevenir e reprimir o abuso do poder eco- atuação e a abrangência das atividades a serem
nômico, ressalvada a competência dos órgãos desempenhadas pelas partes envolvidas.
integrantes do Sistema Brasileiro de Defesa da
Concorrência; e § 1º-A. Nos casos em que o titular optar por
aderir a uma agência reguladora em outro Es-
IV - definir tarifas que assegurem tanto o equi- tado da Federação, deverá ser considerada a
líbrio econômico-financeiro dos contratos quan- relação de agências reguladoras de que trata
to a modicidade tarifária, por mecanismos que o art. 4º-B da Lei nº 9.984, de 17 de julho de
gerem eficiência e eficácia dos serviços e que 2000, e essa opção só poderá ocorrer nos ca-
permitam o compartilhamento dos ganhos de sos em que:
produtividade com os usuários.” (NR)
I - não exista no Estado do titular agência re-
“Art. 23. A entidade reguladora, observadas guladora constituída que tenha aderido às nor-
as diretrizes determinadas pela ANA, editará mas de referência da ANA;
normas relativas às dimensões técnica, econô-
mica e social de prestação dos serviços públicos II - seja dada prioridade, entre as agências
de saneamento básico, que abrangerão, pelo reguladoras qualificadas, àquela mais próxima à
menos, os seguintes aspectos: localidade do titular; e

........................................................................ III - haja anuência da agência reguladora es-


colhida, que poderá cobrar uma taxa de regula-
XI - medidas de segurança, de contingência e ção diferenciada, de acordo com a distância de
de emergência, inclusive quanto a racionamento; seu Estado.

........................................................................ § 1º-B. Selecionada a agência reguladora


mediante contrato de prestação de serviços, ela
XIII - procedimentos de fiscalização e de apli- não poderá ser alterada até o encerramento con-
cação de sanções previstas nos instrumentos tratual, salvo se deixar de adotar as normas de
contratuais e na legislação do titular; e referência da ANA ou se estabelecido de acordo
com o prestador de serviços.
XIV - diretrizes para a redução progressiva e
controle das perdas de água. ........................................................................

§ 1º A regulação da prestação dos serviços § 4º No estabelecimento de metas, indica-


públicos de saneamento básico poderá ser dele- dores e métodos de monitoramento, poderá ser
gada pelos titulares a qualquer entidade regula- utilizada a comparação do desempenho de dife-
dora, e o ato de delegação explicitará a forma de rentes prestadores de serviços.” (NR)

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Direitos Difusos e Coletivos

“Art. 25-A. A ANA instituirá normas de referên- § 3º As novas edificações condominiais adotarão
cia para a regulação da prestação dos serviços padrões de sustentabilidade ambiental que incluam,
públicos de saneamento básico por seus titula- entre outros procedimentos, a medição individua-
res e suas entidades reguladoras e fiscalizadoras, lizada do consumo hídrico por unidade imobiliária,
observada a legislação federal pertinente.” nos termos da Lei nº 13.312, de 12 de julho de 2016.

“Art. 29. Os serviços públicos de saneamento § 4º Na hipótese de prestação dos serviços


básico terão a sustentabilidade econômico-finan- sob regime de concessão, as tarifas e preços
ceira assegurada por meio de remuneração pela públicos serão arrecadados pelo prestador di-
cobrança dos serviços, e, quando necessário, retamente do usuário, e essa arrecadação será
por outras formas adicionais, como subsídios ou facultativa em caso de taxas.
subvenções, vedada a cobrança em duplicidade
de custos administrativos ou gerenciais a serem § 5º Os prédios, edifícios e condomínios que
pagos pelo usuário, nos seguintes serviços: foram construídos sem a individualização da me-
dição até a entrada em vigor da Lei nº 13.312, de
I - de abastecimento de água e esgotamento 12 de julho de 2016, ou em que a individualização
sanitário, na forma de taxas, tarifas e outros preços for inviável, pela onerosidade ou por razão técni-
públicos, que poderão ser estabelecidos para cada ca, poderão instrumentalizar contratos especiais
um dos serviços ou para ambos, conjuntamente; com os prestadores de serviços, nos quais serão
estabelecidos as responsabilidades, os critérios
II - de limpeza urbana e manejo de resíduos de rateio e a forma de cobrança.” (NR)
sólidos, na forma de taxas, tarifas e outros pre-
ços públicos, conforme o regime de prestação “Art. 30. Observado o disposto no art. 29 des-
do serviço ou das suas atividades; e ta Lei, a estrutura de remuneração e de cobran-
ça dos serviços públicos de saneamento básico
III - de drenagem e manejo de águas pluviais considerará os seguintes fatores:
urbanas, na forma de tributos, inclusive taxas, ou
tarifas e outros preços públicos, em conformida- ...............................................................” (NR)
de com o regime de prestação do serviço ou das
suas atividades. “Art. 31. Os subsídios destinados ao atendi-
mento de usuários determinados de baixa renda
........................................................................ serão, dependendo da origem dos recursos:

§ 2º Poderão ser adotados subsídios tarifários I - (revogado);


e não tarifários para os usuários que não tenham
capacidade de pagamento suficiente para cobrir II - tarifários, quando integrarem a estrutura
o custo integral dos serviços. tarifária, ou fiscais, quando decorrerem da alo-

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

cação de recursos orçamentários, inclusive por das as penalidades constantes da referida legis-
meio de subvenções; e lação no caso de eventual descumprimento.

III - internos a cada titular ou entre titulares, § 3º Na hipótese de prestação sob regime de
nas hipóteses de prestação regionalizada.” (NR) delegação, o titular do serviço deverá obrigato-
riamente demonstrar a sustentabilidade econô-
“Art. 35. As taxas ou as tarifas decorrentes da mico-financeira da prestação dos serviços ao
prestação de serviço de limpeza urbana e de ma- longo dos estudos que subsidiaram a contra-
nejo de resíduos sólidos considerarão a destinação tação desses serviços e deverá comprovar, no
adequada dos resíduos coletados e o nível de ren- respectivo processo administrativo, a existência
da da população da área atendida, de forma iso- de recursos suficientes para o pagamento dos
lada ou combinada, e poderão, ainda, considerar: valores incorridos na delegação, por meio da de-
monstração de fluxo histórico e projeção futura
I - (revogado); de recursos.” (NR)

II - as características dos lotes e as áreas que “Art. 40. ..........................................................


podem ser neles edificadas;
II - necessidade de efetuar reparos, modifica-
........................................................................ ções ou melhorias de qualquer natureza nos siste-
mas, respeitados os padrões de qualidade e con-
IV - o consumo de água; e tinuidade estabelecidos pela regulação do serviço;

V - a frequência de coleta. ........................................................................

§ 1º Na hipótese de prestação de serviço sob V - inadimplemento, pelo usuário do serviço


regime de delegação, a cobrança de taxas ou ta- de abastecimento de água ou de esgotamento
rifas poderá ser realizada na fatura de consumo sanitário, do pagamento das tarifas, após ter sido
de outros serviços públicos, com a anuência da formalmente notificado, de forma que, em caso
prestadora do serviço. de coleta, afastamento e tratamento de esgoto,
a interrupção dos serviços deverá preservar as
§ 2º A não proposição de instrumento de co- condições mínimas de manutenção da saúde
brança pelo titular do serviço nos termos deste dos usuários, de acordo com norma de regula-
artigo, no prazo de 12 (doze) meses de vigência ção ou norma do órgão de política ambiental.
desta Lei, configura renúncia de receita e exigirá
a comprovação de atendimento, pelo titular do ...............................................................” (NR)
serviço, do disposto no art. 14 da Lei Comple-
mentar nº 101, de 4 de maio de 2000, observa- “Art. 42. ..........................................................

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Direitos Difusos e Coletivos

§ 5º A transferência de serviços de um pres- tos ambientais esperados e da resiliência de sua


tador para outro será condicionada, em qualquer área de implantação.
hipótese, à indenização dos investimentos vin-
culados a bens reversíveis ainda não amortiza- ........................................................................
dos ou depreciados, nos termos da Lei nº 8.987,
de 13 de fevereiro de 1995, facultado ao titular § 3º A agência reguladora competente esta-
atribuir ao prestador que assumirá o serviço a belecerá metas progressivas para a substituição
responsabilidade por seu pagamento.” (NR) do sistema unitário pelo sistema separador abso-
luto, sendo obrigatório o tratamento dos esgotos
“Art. 43. .......................................................... coletados em períodos de estiagem, enquanto
durar a transição.” (NR)
§ 1º A União definirá parâmetros mínimos de
potabilidade da água. “Art. 45. As edificações permanentes urbanas
serão conectadas às redes públicas de abas-
§ 2º A entidade reguladora estabelecerá limi- tecimento de água e de esgotamento sanitário
tes máximos de perda na distribuição de água disponíveis e sujeitas ao pagamento de taxas,
tratada, que poderão ser reduzidos gradualmen- tarifas e outros preços públicos decorrentes da
te, conforme se verifiquem avanços tecnológi- disponibilização e da manutenção da infraestru-
cos e maiores investimentos em medidas para tura e do uso desses serviços.
diminuição desse desperdício.” (NR)
........................................................................
“Art. 44. O licenciamento ambiental de uni-
dades de tratamento de esgotos sanitários, de § 3º A instalação hidráulica predial prevista no
efluentes gerados nos processos de tratamento § 2º deste artigo constitui a rede ou tubulação
de água e das instalações integrantes dos ser- que se inicia na ligação de água da prestadora e
viços públicos de manejo de resíduos sólidos finaliza no reservatório de água do usuário.
considerará os requisitos de eficácia e eficiência,
a fim de alcançar progressivamente os padrões § 4º Quando disponibilizada rede pública de
estabelecidos pela legislação ambiental, ponde- esgotamento sanitário, o usuário estará sujeito
rada a capacidade de pagamento das popula- aos pagamentos previstos no caput deste ar-
ções e usuários envolvidos. tigo, sendo-lhe assegurada a cobrança de um
valor mínimo de utilização dos serviços, ainda
§ 1º A autoridade ambiental competente as- que a sua edificação não esteja conectada à
segurará prioridade e estabelecerá procedi- rede pública.
mentos simplificados de licenciamento para as
atividades a que se refere o caput deste artigo, § 5º O pagamento de taxa ou de tarifa, na forma
em função do porte das unidades, dos impac- prevista no caput deste artigo, não isenta o usuá-

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

rio da obrigação de conectar-se à rede pública de § 10. A conexão de edificações situadas em


esgotamento sanitário, e o descumprimento des- núcleo urbano, núcleo urbano informal e núcleo
sa obrigação sujeita o usuário ao pagamento de urbano informal consolidado observará o dis-
multa e demais sanções previstas na legislação, posto na Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017.
ressalvados os casos de reúso e de captação de
água de chuva, nos termos do regulamento. § 11. As edificações para uso não residencial
ou condomínios regidos pela Lei nº 4.591, de 16
§ 6º A entidade reguladora ou o titular dos de dezembro de 1964, poderão utilizarse de fon-
serviços públicos de saneamento básico deve- tes e métodos alternativos de abastecimento de
rão estabelecer prazo não superior a 1 (um) ano água, incluindo águas subterrâneas, de reúso ou
para que os usuários conectem suas edificações pluviais, desde que autorizados pelo órgão ges-
à rede de esgotos, onde disponível, sob pena de tor competente e que promovam o pagamento
o prestador do serviço realizar a conexão me- pelo uso de recursos hídricos, quando devido.
diante cobrança do usuário.
§ 12. Para a satisfação das condições descritas
§ 7º A entidade reguladora ou o titular dos no § 11 deste artigo, os usuários deverão instalar
serviços públicos de saneamento básico deve- medidor para contabilizar o seu consumo e deverão
rá, sob pena de responsabilidade administrativa, arcar apenas com o pagamento pelo uso da rede
contratual e ambiental, até 31 de dezembro de de coleta e tratamento de esgoto na quantidade
2025, verificar e aplicar o procedimento previsto equivalente ao volume de água captado.” (NR)
no § 6º deste artigo a todas as edificações im-
plantadas na área coberta com serviço de esgo- “Art. 46. ..........................................................
tamento sanitário.
Parágrafo único. Sem prejuízo da adoção dos
§ 8º O serviço de conexão de edificação ocu- mecanismos a que se refere o caput deste ar-
pada por família de baixa renda à rede de es- tigo, a ANA poderá recomendar, independente-
gotamento sanitário poderá gozar de gratuidade, mente da dominialidade dos corpos hídricos que
ainda que os serviços públicos de saneamento formem determinada bacia hidrográfica, a restri-
básico sejam prestados mediante concessão, ção ou a interrupção do uso de recursos hídricos
observado, quando couber, o reequilíbrio eco- e a prioridade do uso para o consumo humano e
nômico-financeiro dos contratos. para a dessedentação de animais.” (NR)

§ 9º Para fins de concessão da gratuidade “Art. 46-A. (VETADO).”


prevista no § 8º deste artigo, caberá ao titular re-
gulamentar os critérios para enquadramento das “Art. 47. O controle social dos serviços públi-
famílias de baixa renda, consideradas as peculia- cos de saneamento básico poderá incluir a parti-
ridades locais e regionais. cipação de órgãos colegiados de caráter consul-

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Direitos Difusos e Coletivos

tivo, nacional, estaduais, distrital e municipais, aproveitamento de águas de chuva, em confor-


em especial o Conselho Nacional de Recursos midade com as demais normas ambientais e de
Hídricos, nos termos da Lei nº 9.433, de 8 de saúde pública;
janeiro de 1997, assegurada a representação:
XIII - estímulo ao desenvolvimento e ao aper-
...............................................................” (NR) feiçoamento de equipamentos e métodos eco-
nomizadores de água;
“Art. 48. ..........................................................
XIV - promoção da segurança jurídica e da re-
III - uniformização da regulação do setor e di- dução dos riscos regulatórios, com vistas a esti-
vulgação de melhores práticas, conforme o dis- mular investimentos públicos e privados;
posto na Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000;
XV - estímulo à integração das bases de dados;
........................................................................
XVI - acompanhamento da governança e da
VII - garantia de meios adequados para o regulação do setor de saneamento; e
atendimento da população rural, por meio da
utilização de soluções compatíveis com as suas XVII - prioridade para planos, programas e
características econômicas e sociais peculiares; projetos que visem à implantação e à ampliação
dos serviços e das ações de saneamento básico
........................................................................ integrado, nos termos desta Lei.

IX - adoção de critérios objetivos de elegibi- Parágrafo único. As políticas e ações da União


lidade e prioridade, considerados fatores como de desenvolvimento urbano e regional, de habi-
nível de renda e cobertura, grau de urbanização, tação, de combate e erradicação da pobreza, de
concentração populacional, porte populacional proteção ambiental, de promoção da saúde, de
municipal, áreas rurais e comunidades tradicio- recursos hídricos e outras de relevante interesse
nais e indígenas, disponibilidade hídrica e riscos social direcionadas à melhoria da qualidade de
sanitários, epidemiológicos e ambientais; vida devem considerar a necessária articulação,
inclusive no que se refere ao financiamento e à
........................................................................ governança, com o saneamento básico.” (NR)

XII - redução progressiva e controle das per- “Art. 48-A. Em programas habitacionais públi-
das de água, inclusive na distribuição da água cos federais ou subsidiados com recursos públi-
tratada, estímulo à racionalização de seu consu- cos federais, o sistema de esgotamento sanitário
mo pelos usuários e fomento à eficiência ener- deverá ser interligado à rede existente, ressalva-
gética, ao reúso de efluentes sanitários e ao das as hipóteses do § 4º do art. 11-B desta Lei.”

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

“Art. 49. .......................................................... XVI - priorizar, apoiar e incentivar planos, pro-


gramas e projetos que visem à implantação e à
I - contribuir para o desenvolvimento nacional, ampliação dos serviços e das ações de sanea-
a redução das desigualdades regionais, a gera- mento integrado, nos termos desta Lei.” (NR)
ção de emprego e de renda, a inclusão social e a
promoção da saúde pública; “Art. 50. ..........................................................

II - priorizar planos, programas e projetos I - ....................................................................


que visem à implantação e à ampliação dos
serviços e das ações de saneamento básico a) desempenho do prestador na gestão técni-
nas áreas ocupadas por populações de baixa ca, econômica e financeira dos serviços; e
renda, incluídos os núcleos urbanos informais
consolidados, quando não se encontrarem em b) eficiência e eficácia na prestação dos servi-
situação de risco; ços públicos de saneamento básico;

........................................................................ II - à operação adequada e à manutenção dos


empreendimentos anteriormente financiados com
IV - proporcionar condições adequadas de os recursos mencionados no caput deste artigo;
salubridade ambiental às populações rurais e às
pequenas comunidades; III - à observância das normas de referência
para a regulação da prestação dos serviços públi-
........................................................................ cos de saneamento básico expedidas pela ANA;

XII - promover educação ambiental destinada IV - ao cumprimento de índice de perda de


à economia de água pelos usuários; água na distribuição, conforme definido em
ato do Ministro de Estado do Desenvolvimen-
XIII - promover a capacitação técnica do setor; to Regional;

XIV - promover a regionalização dos serviços, V - ao fornecimento de informações atualiza-


com vistas à geração de ganhos de escala, por das para o Sinisa, conforme critérios, métodos
meio do apoio à formação dos blocos de refe- e periodicidade estabelecidos pelo Ministério do
rência e à obtenção da sustentabilidade econô- Desenvolvimento Regional;
mica financeira do bloco;
VI - à regularidade da operação a ser financia-
XV - promover a concorrência na prestação da, nos termos do inciso XIII do caput do art. 3º
dos serviços; e desta Lei;

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Direitos Difusos e Coletivos

VII - à estruturação de prestação regionalizada; § 8º A manutenção das condições e do aces-


so aos recursos referidos no caput deste artigo
VIII - à adesão pelos titulares dos serviços dependerá da continuidade da observância dos
públicos de saneamento básico à estrutura de atos normativos e da conformidade dos órgãos e
governança correspondente em até 180 (cento e das entidades reguladoras ao disposto no inciso
oitenta) dias contados de sua instituição, nos ca- III do caput deste artigo.
sos de unidade regional de saneamento básico,
blocos de referência e gestão associada; e § 9º A restrição de acesso a recursos públicos fe-
derais e a financiamentos decorrente do descumpri-
IX - à constituição da entidade de governança mento do inciso III do caput deste artigo não afetará
federativa no prazo estabelecido no inciso VIII do os contratos celebrados anteriormente à sua insti-
caput deste artigo. tuição e as respectivas previsões de desembolso.

§ 1º Na aplicação de recursos não onerosos § 10. O disposto no inciso III do caput deste
da União, serão priorizados os investimentos de artigo não se aplica às ações de saneamento bá-
capital que viabilizem a prestação de serviços re- sico em:
gionalizada, por meio de blocos regionais, quan-
do a sua sustentabilidade econômico-financeira I - áreas rurais;
não for possível apenas com recursos oriundos
de tarifas ou taxas, mesmo após agrupamento II - comunidades tradicionais, incluídas áreas
com outros Municípios do Estado, e os investi- quilombolas; e
mentos que visem ao atendimento dos Municí-
pios com maiores déficits de saneamento cuja III - terras indígenas.
população não tenha capacidade de pagamento
compatível com a viabilidade econômico-finan- § 11. A União poderá criar cursos de capaci-
ceira dos serviços. tação técnica dos gestores públicos municipais,
em consórcio ou não com os Estados, para a
........................................................................ elaboração e implementação dos planos de sa-
neamento básico.
§ 5º No fomento à melhoria da prestação
dos serviços públicos de saneamento básico, a § 12. (VETADO).” (NR)
União poderá conceder benefícios ou incentivos
orçamentários, fiscais ou creditícios como con- “Art. 52. A União elaborará, sob a coordena-
trapartida ao alcance de metas de desempenho ção do Ministério do Desenvolvimento Regional:
operacional previamente estabelecidas.
I - o Plano Nacional de Saneamento Básico,
........................................................................ que conterá:

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

........................................................................ § 1º As informações do Sinisa são públicas,


gratuitas, acessíveis a todos e devem ser publi-
c) a proposição de programas, projetos e cadas na internet, em formato de dados abertos.
ações necessários para atingir os objetivos e as
metas da política federal de saneamento básico, ........................................................................
com identificação das fontes de financiamento,
de forma a ampliar os investimentos públicos e § 3º Compete ao Ministério do Desenvolvimen-
privados no setor; to Regional a organização, a implementação e a
gestão do Sinisa, além do estabelecimento dos
........................................................................ critérios, dos métodos e da periodicidade para o
preenchimento das informações pelos titulares,
§ 1º O Plano Nacional de Saneamento Bási- pelas entidades reguladoras e pelos prestadores
co deverá: dos serviços e para a auditoria própria do sistema.

........................................................................ § 4º A ANA e o Ministério do Desenvolvimen-


to Regional promoverão a interoperabilidade do
III - contemplar programa específico para Sistema Nacional de Informações sobre Recur-
ações de saneamento básico em áreas rurais; sos Hídricos (SNIRH) com o Sinisa.

IV - contemplar ações específicas de segu- § 5º O Ministério do Desenvolvimento Regio-


rança hídrica; e nal dará ampla transparência e publicidade aos
sistemas de informações por ele geridos e consi-
V - contemplar ações de saneamento bási- derará as demandas dos órgãos e das entidades
co em núcleos urbanos informais ocupados por envolvidos na política federal de saneamento
populações de baixa renda, quando estes forem básico para fornecer os dados necessários ao
consolidados e não se encontrarem em situação desenvolvimento, à implementação e à avaliação
de risco. das políticas públicas do setor.

........................................................................ § 6º O Ministério do Desenvolvimento Regio-


nal estabelecerá mecanismo sistemático de au-
§ 3º A União estabelecerá, de forma subsi- ditoria das informações inseridas no Sinisa.
diária aos Estados, blocos de referência para a
prestação regionalizada dos serviços públicos § 7º Os titulares, os prestadores de serviços
de saneamento básico.” (NR) públicos de saneamento básico e as entidades
reguladoras fornecerão as informações a serem
“Art. 53. .......................................................... inseridas no Sinisa.” (NR)

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Direitos Difusos e Coletivos

“Art. 53-A. Fica criado o Comitê Interministe- “Art. 53-C. Regimento interno disporá sobre a
rial de Saneamento Básico (Cisb), colegiado que, organização e o funcionamento do Cisb.”
sob a presidência do Ministério do Desenvolvi-
mento Regional, tem a finalidade de assegurar a “Art. 53-D. Fica estabelecida como política fe-
implementação da política federal de saneamen- deral de saneamento básico a execução de obras
to básico e de articular a atuação dos órgãos e de infraestrutura básica de esgotamento sanitário
das entidades federais na alocação de recursos e abastecimento de água potável em núcleos ur-
financeiros em ações de saneamento básico. banos formais, informais e informais consolida-
dos, passíveis de serem objeto de Regularização
Parágrafo único. A composição do Cisb será Fundiária Urbana (Reurb), nos termos da Lei nº
definida em ato do Poder Executivo federal.” 13.465, de 11 de julho de 2017, salvo aqueles
que se encontrarem em situação de risco.
“Art. 53-B. Compete ao Cisb:
Parágrafo único. Admite-se, prioritariamente,
I - coordenar, integrar, articular e avaliar a ges- a implantação e a execução das obras de infra-
tão, em âmbito federal, do Plano Nacional de Sa- estrutura básica de abastecimento de água e
neamento Básico; esgotamento sanitário mediante sistema condo-
minial, entendido como a participação comuni-
II - acompanhar o processo de articulação e tária com tecnologias apropriadas para produzir
as medidas que visem à destinação dos recursos soluções que conjuguem redução de custos de
para o saneamento básico, no âmbito do Poder operação e aumento da eficiência, a fim de criar
Executivo federal; condições para a universalização.”

III - garantir a racionalidade da aplicação dos Art. 8º A Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de


recursos federais no setor de saneamento bási- 2017, passa a vigorar com as seguintes alterações:
co, com vistas à universalização dos serviços e
à ampliação dos investimentos públicos e priva- “Art. 1º Fica a União autorizada a participar
dos no setor; de fundo que tenha por finalidade exclusiva fi-
nanciar serviços técnicos profissionais especia-
IV - elaborar estudos técnicos para subsidiar lizados, com vistas a apoiar a estruturação e o
a tomada de decisões sobre a alocação de re- desenvolvimento de projetos de concessão e
cursos federais no âmbito da política federal de parcerias público-privadas da União, dos Esta-
saneamento básico; e dos, do Distrito Federal e dos Municípios, em
regime isolado ou consorciado.
V - avaliar e aprovar orientações para a aplica-
ção dos recursos federais em saneamento básico.” Parágrafo único. (Revogado).” (NR)

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

“Art. 2º ............................................................ III-A - as regras de participação do fundo nas


modalidades de assistência técnica apoiadas;
§ 3º .................................................................
IV - o chamamento público para verificar o inte-
II - por doações de qualquer natureza, inclu- resse dos entes federativos, em regime isolado ou
sive de Estados, do Distrito Federal, de Municí- consorciado, em realizar concessões e parcerias
pios, de outros países, de organismos interna- público-privadas, exceto em condições específi-
cionais e de organismos multilaterais; cas a serem definidas pelo Conselho de Partici-
pação no fundo a que se refere o art. 4º desta Lei;
III - pelo reembolso de valores despendidos
pelo agente administrador e pelas bonificações ........................................................................
decorrentes da contratação dos serviços de que
trata o art. 1º desta Lei; VI - as sanções aplicáveis na hipótese de
descumprimento dos termos pactuados com
........................................................................ os beneficiários;

V - pelos recursos derivados de alienação de VII - a contratação de instituições parceiras


bens e direitos, ou de publicações, material téc- de qualquer natureza para a consecução de suas
nico, dados e informações; e finalidades; e

VI - por outros recursos definidos em lei. VIII - a contratação de serviços técnicos


especializados.
§ 4º .................................................................
........................................................................
I - as atividades e os serviços técnicos neces-
sários à estruturação e ao desenvolvimento das § 10. O chamamento público de que trata o in-
concessões e das parcerias público-privadas ciso IV do § 4º deste artigo não se aplica à hipótese
passíveis de contratação no âmbito da União, de estruturação de concessões de titularidade da
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- União, permitida a seleção dos empreendimentos
pios, em regime isolado ou consorciado; diretamente pelo Conselho de Participação no
fundo de que trata o art. 4º desta Lei.
I-A - os serviços de assistência técnica a se-
rem financiados pelo fundo; § 11. Os recursos destinados à assistência
técnica relativa aos serviços públicos de sane-
I-B - o apoio à execução de obras; amento básico serão segregados dos demais e
não poderão ser destinados para outras finalida-
........................................................................ des do fundo.” (NR)

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Direitos Difusos e Coletivos

Art. 9º A Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, a formalização de novos contratos de programa


passa a vigorar com as seguintes alterações: para esse fim.” (NR)

“Art. 1º ............................................................ Art. 10. O § 1º do art. 1º da Lei nº 13.089, de


12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole),
§ 4º Aplicam-se aos convênios de coopera- passa a vigorar acrescido do seguinte inciso III:
ção, no que couber, as disposições desta Lei re-
lativas aos consórcios públicos.” (NR) “Art. 1º ............................................................

“Art. 8º ............................................................ § 1º .................................................................

§ 1º O contrato de rateio será formalizado em III - às unidades regionais de saneamento básico


cada exercício financeiro, e seu prazo de vigência definidas pela Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
não será superior ao das dotações que o suportam,
com exceção dos contratos que tenham por objeto ...............................................................” (NR)
exclusivamente projetos consistentes em progra-
mas e ações contemplados em plano plurianual. Art. 11. A Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010,
passa a vigorar com as seguintes alterações:
...............................................................” (NR)
“Art. 19. ..........................................................
“Art. 11. ..........................................................
XIX - periodicidade de sua revisão, observado
§ 2º A retirada ou a extinção de consórcio pú- o período máximo de 10 (dez) anos.
blico ou convênio de cooperação não prejudicará
as obrigações já constituídas, inclusive os con- ...............................................................” (NR)
tratos, cuja extinção dependerá do pagamento
das indenizações eventualmente devidas.” (NR) “Art. 54. A disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos deverá ser implantada até
“Art. 13. .......................................................... 31 de dezembro de 2020, exceto para os Muni-
cípios que até essa data tenham elaborado plano
§ 6º (Revogado). intermunicipal de resíduos sólidos ou plano mu-
nicipal de gestão integrada de resíduos sólidos
........................................................................ e que disponham de mecanismos de cobrança
que garantam sua sustentabilidade econômi-
§ 8º Os contratos de prestação de serviços co-financeira, nos termos do art. 29 da Lei nº
públicos de saneamento básico deverão obser- 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para os quais
var o art. 175 da Constituição Federal, vedada ficam definidos os seguintes prazos:

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Atualização Legislativa | Julho de 2020

I - até 2 de agosto de 2021, para capitais de I - 4 (quatro) Cargos Comissionados de Ge-


Estados e Municípios integrantes de Região Me- rência Executiva (CGE), dos quais:
tropolitana (RM) ou de Região Integrada de De-
senvolvimento (Ride) de capitais; a) 2 (dois) CGE I; e

II - até 2 de agosto de 2022, para Municípios b) 2 (dois) CGE III;


com população superior a 100.000 (cem mil)
habitantes no Censo 2010, bem como para Mu- II - 12 (doze) Cargos Comissionados Técnicos
nicípios cuja mancha urbana da sede municipal (CCT) V; e
esteja situada a menos de 20 (vinte) quilômetros
da fronteira com países limítrofes; III - 10 (dez) Cargos Comissionados Técnicos
(CCT) II.
III - até 2 de agosto de 2023, para Municípios
com população entre 50.000 (cinquenta mil) e Art. 13. Decreto disporá sobre o apoio técnico
100.000 (cem mil) habitantes no Censo 2010; e e financeiro da União à adaptação dos serviços
públicos de saneamento básico às disposições
IV - até 2 de agosto de 2024, para Municípios desta Lei, observadas as seguintes etapas:
com população inferior a 50.000 (cinquenta mil)
habitantes no Censo 2010. I - adesão pelo titular a mecanismo de presta-
ção regionalizada;
§ 1º (VETADO).
II - estruturação da governança de gestão da
§ 2º Nos casos em que a disposição de prestação regionalizada;
rejeitos em aterros sanitários for economica-
mente inviável, poderão ser adotadas outras III - elaboração ou atualização dos planos regio-
soluções, observadas normas técnicas e ope- nais de saneamento básico, os quais devem levar
racionais estabelecidas pelo órgão competen- em consideração os ambientes urbano e rural;
te, de modo a evitar danos ou riscos à saúde
pública e à segurança e a minimizar os impac- IV - modelagem da prestação dos serviços
tos ambientais.” (NR) em cada bloco, urbano e rural, com base em es-
tudos de viabilidade técnica, econômica e am-
Art. 12. Fica autorizada a transformação, sem biental (EVTEA);
aumento de despesa, por ato do Poder Executi-
vo federal, de cargos do Grupo-Direção e Asses- V - alteração dos contratos de programa vi-
soramento Superiores (DAS) com valores remu- gentes, com vistas à transição para o novo mo-
neratórios totais correspondentes a: delo de prestação;

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439
Direitos Difusos e Coletivos

VI - licitação para concessão dos serviços ou dade na obtenção de recursos públicos federais
para alienação do controle acionário da estatal para a elaboração do plano municipal de sane-
prestadora, com a substituição de todos os con- amento básico.
tratos vigentes.
Art. 14. Em caso de alienação de controle
§ 1º Caso a transição referida no inciso V do acionário de empresa pública ou sociedade de
caput deste artigo exija a substituição de con- economia mista prestadora de serviços públicos
tratos com prazos distintos, estes poderão ser de saneamento básico, os contratos de progra-
reduzidos ou prorrogados, de maneira a conver- ma ou de concessão em execução poderão ser
gir a data de término com o início do contrato de substituídos por novos contratos de concessão,
concessão definitivo, observando-se que: observando-se, quando aplicável, o Programa
Estadual de Desestatização.
I - na hipótese de redução do prazo, o presta-
dor será indenizado na forma do art. 37 da Lei nº § 1º Caso o controlador da empresa pública
8.987, de 13 de fevereiro de 1995; e ou da sociedade de economia mista não mani-
feste a necessidade de alteração de prazo, de
II - na hipótese de prorrogação do prazo, pro- objeto ou de demais cláusulas do contrato no
ceder-se-á, caso necessário, à revisão extraordi- momento da alienação, ressalvado o disposto no
nária, na forma do inciso II do caput do art. 38 da § 1º do art. 11-B da Lei nº 11.445, de 5 de janei-
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. ro de 2007, fica dispensada anuência prévia da
alienação pelos entes públicos que formalizaram
§ 2º O apoio da União será condicionado a o contrato de programa.
compromisso de conclusão das etapas de que
trata o caput deste artigo pelo titular do serviço, § 2º Caso o controlador da empresa pública
que ressarcirá as despesas incorridas em caso ou da sociedade de economia mista proponha
de descumprimento desse compromisso. alteração de prazo, de objeto ou de demais cláu-
sulas do contrato de que trata este artigo antes
§ 3º Na prestação dos serviços públicos de sa- de sua alienação, deverá ser apresentada pro-
neamento básico, os Municípios que obtiverem a posta de substituição dos contratos existentes
aprovação do Poder Executivo, nos casos de con- aos entes públicos que formalizaram o contrato
cessão, e da respectiva Câmara Municipal, nos ca- de programa.
sos de privatização, terão prioridade na obtenção
de recursos públicos federais para a elaboração do § 3º Os entes públicos que formalizaram o con-
plano municipal de saneamento básico. trato de programa dos serviços terão o prazo de
180 (cento e oitenta) dias, contado do recebimen-
§ 4º Os titulares que elegerem entidade de to da comunicação da proposta de que trata o §
regulação de outro ente federativo terão priori- 2º deste artigo, para manifestarem sua decisão.

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440
Atualização Legislativa | Julho de 2020

§ 4º A decisão referida no § 3º deste artigo Parágrafo único. As parcerias público-priva-


deverá ser tomada pelo ente público que forma- das e as subdelegações previstas neste artigo
lizou o contrato de programa com as empresas serão mantidas em prazos e condições pelo ente
públicas e sociedades de economia mista. federativo exercente da competência delegada,
mediante sucessão contratual direta.
§ 5º A ausência de manifestação dos entes pú-
blicos que formalizaram o contrato de programa no Art. 19. Os titulares de serviços públicos de
prazo estabelecido no § 3º deste artigo configurará saneamento básico deverão publicar seus pla-
anuência à proposta de que trata o § 2º deste artigo. nos de saneamento básico até 31 de dezem-
bro de 2022, manter controle e dar publicidade
§ 6º (VETADO). sobre o seu cumprimento, bem como comuni-
car os respectivos dados à ANA para inserção
§ 7º (VETADO). no Sinisa.

Art. 15. A competência de que trata o § 3º Parágrafo único. Serão considerados planos
do art. 52 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de de saneamento básico os estudos que funda-
2007, somente será exercida caso as unidades mentem a concessão ou a privatização, desde
regionais de saneamento básico não sejam esta- que contenham os requisitos legais necessários.
belecidas pelo Estado no prazo de 1 (um) ano da
publicação desta Lei. Art. 20. (VETADO).

Art. 16. (VETADO). Art. 21. (VETADO).

Art. 17. Os contratos de concessão e os con- Art. 22. (VETADO).


tratos de programa para prestação dos serviços
públicos de saneamento básico existentes na Art. 23. Revogam-se:
data de publicação desta Lei permanecerão em
vigor até o advento do seu termo contratual. I - o § 2º do art. 4º da Lei nº 9.984, de 17 de
julho de 2000;
Parágrafo único. (VETADO).
II - o § 1º (antigo parágrafo único) do art. 3º da
Art. 18. Os contratos de parcerias público-pri- Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003;
vadas ou de subdelegações que tenham sido fir-
mados por meio de processos licitatórios deve- III - os seguintes dispositivos da Lei nº 11.107,
rão ser mantidos pelo novo controlador, em caso de 6 de abril de 2005:
de alienação de controle de empresa estatal ou
sociedade de economia mista. a) o § 1º do art. 12;

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441
Direitos Difusos e Coletivos

b) o § 6º do art. 13;

IV - os seguintes dispositivos da Lei nº 11.445,


de 5 de janeiro de 2007:

a) os §§ 1º e 2º do art. 10;

b) os arts. 14, 15 e 16;

c) os incisos I e II do caput do art. 21;

d) o inciso I do caput do art. 31;

e) o inciso I do caput do art. 35;

V - os seguintes dispositivos da Lei nº 13.529,


de 4 de dezembro de 2017:

a) o parágrafo único do art. 1º;

b) o § 3º do art. 4º.

Art. 24. Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.

Brasília, 15 de julho de 2020; 199o da Inde-


pendência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


André Luiz de Almeida Mendonça
Paulo Guedes
Tarcisio Gomes de Freitas
Ricardo de Aquino Salles
Rogério Marinho

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 16.7.2020.

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442
Atualização Legislativa | Julho de 2020

DIREITOS HUMANOS Art. 2º O caput do art. 3º da Lei nº 13.979, de


6 de fevereiro de 2020, passa a vigorar acrescido
do seguinte inciso III-A:
Lei nº 14.019, de 2 de julho de 2020
“Art. 3º ............................................................
Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de
2020, para dispor sobre a obrigatoriedade do uso III-A – uso obrigatório de máscaras de prote-
de máscaras de proteção individual para circula- ção individual;
ção em espaços públicos e privados acessíveis
ao público, em vias públicas e em transportes pú- ...............................................................” (NR)
blicos, sobre a adoção de medidas de assepsia
de locais de acesso público, inclusive transpor- Art. 3º A Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de
tes públicos, e sobre a disponibilização de pro- 2020, passa a vigorar acrescida dos seguintes
dutos saneantes aos usuários durante a vigência arts. 3º-A a 3º-I:
das medidas para enfrentamento da emergência
de saúde pública de importância internacional “Art. 3º-A. É obrigatório manter boca e nariz
decorrente da pandemia da Covid-19. cobertos por máscara de proteção individual,
conforme a legislação sanitária e na forma de re-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber gulamentação estabelecida pelo Poder Executivo
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- federal, para circulação em espaços públicos e
no a seguinte Lei: privados acessíveis ao público, em vias públicas e
em transportes públicos coletivos, bem como em:
Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 13.979, de 6
de fevereiro de 2020, para dispor sobre a obri- I – veículos de transporte remunerado privado
gatoriedade do uso de máscaras de proteção individual de passageiros por aplicativo ou por
individual para circulação em espaços públicos meio de táxis;
e privados acessíveis ao público, em vias públi-
cas e em transportes públicos, sobre a adoção II – ônibus, aeronaves ou embarcações de
de medidas de assepsia de locais de acesso uso coletivo fretados;
público, inclusive transportes públicos, e sobre
a disponibilização de produtos saneantes aos III – (VETADO).
usuários durante a vigência das medidas para
enfrentamento da emergência de saúde pública § 1º (VETADO).
de importância internacional decorrente da pan-
demia da Covid-19. § 2º (VETADO).

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443
Direitos Humanos

§ 3º (VETADO). “Art. 3º-D. (VETADO).”

§ 4º (VETADO). “Art. 3º-E. É garantido o atendimento prefe-


rencial em estabelecimentos de saúde aos pro-
§ 5º (VETADO). fissionais de saúde e aos profissionais da segu-
rança pública, integrantes dos órgãos previstos
§ 6º (VETADO). no art. 144 da Constituição Federal, diagnostica-
dos com a Covid-19, respeitados os protocolos
§ 7º A obrigação prevista no caput deste ar- nacionais de atendimento médico.”
tigo será dispensada no caso de pessoas com
transtorno do espectro autista, com deficiência “Art. 3º-F. (VETADO).
intelectual, com deficiências sensoriais ou com
quaisquer outras deficiências que as impeçam “Art. 3º-G. As concessionárias e empresas
de fazer o uso adequado de máscara de pro- de transporte público deverão atuar em colabo-
teção facial, conforme declaração médica, que ração com o poder público na fiscalização do
poderá ser obtida por meio digital, bem como cumprimento das normas de utilização obrigató-
no caso de crianças com menos de 3 (três) ria de máscaras de proteção individual, podendo
anos de idade. inclusive vedar, nos terminais e meios de trans-
porte por elas operados, a entrada de passagei-
§ 8º As máscaras a que se refere o caput des- ros em desacordo com as normas estabelecidas
te artigo podem ser artesanais ou industriais.” pelo respectivo poder concedente.

“Art. 3º-B. (VETADO). Parágrafo único. O poder público concedente


regulamentará o disposto neste artigo, inclusive
§ 1º (VETADO). em relação ao estabelecimento de multas pelo
seu descumprimento.”
§ 2º (VETADO).
“Art. 3º-H. Os órgãos e entidades públicos,
§ 3º (VETADO). por si, por suas empresas, concessionárias ou
permissionárias ou por qualquer outra forma de
§ 4º (VETADO). empreendimento, bem como o setor privado de
bens e serviços, deverão adotar medidas de pre-
§ 5º (VETADO). venção à proliferação de doenças, como a as-
sepsia de locais de circulação de pessoas e do
§ 6º (VETADO).” interior de veículos de toda natureza usados em
serviço e a disponibilização aos usuários de pro-
“Art. 3º-C. (VETADO).” dutos higienizantes e saneantes.

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444
Atualização Legislativa | Julho de 2020

Parágrafo único. (VETADO).”

“Art. 3º-I. (VETADO).”

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 2 de julho de 2020; 199o da Indepen-


dência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


André Luiz de Almeida Mendonça
Eduardo Pazuello
Walter Souza Braga Netto
José Levi Mello do Amaral Júnior

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 3.7.2020 e republicado em 6.7.2020.

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445
Atualizações Legislativas
Agosto de 2020

Direito Administrativo 449


Direito Civil e Consumidor 454
Direito Constitucional 457
Direito do Trabalho 463
Direito Internacional 479
Direito Previdenciário 487
Direito Tributário 489
Direito Urbanístico 491
Direitos Difusos e Coletivos 492
Direitos Humanos 534
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

DIREITO ADMINISTRATIVO § 6º Ato conjunto dos Ministros de Estado da


Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da In-
fraestrutura disporá sobre as medidas previstas
Lei nº 14.035, de 11 de agosto de 2020 no inciso VI do caput deste artigo, observado o
disposto no inciso I do § 6º-B deste artigo.
Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de
2020, para dispor sobre procedimentos para a ........................................................................
aquisição ou contratação de bens, serviços e
insumos destinados ao enfrentamento da emer- § 6º-B. As medidas previstas no inciso VI do
gência de saúde pública de importância interna- caput deste artigo deverão ser precedidas de re-
cional decorrente do coronavírus responsável comendação técnica e fundamentada:
pelo surto de 2019.
I – da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber (Anvisa), em relação à entrada e saída do País e
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- à locomoção interestadual; ou
no a seguinte Lei:
II – do respectivo órgão estadual de vigilância
Art. 1º A Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de sanitária, em relação à locomoção intermunicipal.
2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:
§ 6º-C. (VETADO).
“Art. 3º Para enfrentamento da emergência
de saúde pública de importância internacional § 6º-D. (VETADO).
de que trata esta Lei, as autoridades poderão
adotar, no âmbito de suas competências, entre § 7º .................................................................
outras, as seguintes medidas:
II – pelos gestores locais de saúde, desde
........................................................................ que autorizados pelo Ministério da Saúde, nas
hipóteses dos incisos I, II, III-A, V e VI do caput
VI – restrição excepcional e temporária, por deste artigo;
rodovias, portos ou aeroportos, de:
........................................................................
a) entrada e saída do País; e
§ 8º Na ausência da adoção de medidas de
b) locomoção interestadual e intermunicipal; que trata o inciso II do § 7º deste artigo, ou até sua
superveniência, prevalecerão as determinações:
........................................................................

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449
Direito Administrativo

I – do Ministério da Saúde em relação aos in- ........................................................................


cisos I, II, III, IV, V e VII do caput deste artigo; e
§ 2º Todas as aquisições ou contratações reali-
II – do ato conjunto de que trata o § 6º em re- zadas com base nesta Lei serão disponibilizadas,
lação às medidas previstas no inciso VI do caput no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, contado
deste artigo. da realização do ato, em site oficial específico na
internet, observados, no que couber, os requisitos
§ 9º A adoção das medidas previstas neste arti- previstos no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de
go deverá resguardar o abastecimento de produtos 18 de novembro de 2011, com o nome do con-
e o exercício e o funcionamento de serviços públi- tratado, o número de sua inscrição na Secretaria
cos e de atividades essenciais, assim definidos em da Receita Federal do Brasil, o prazo contratual,
decreto da respectiva autoridade federativa. o valor e o respectivo processo de aquisição ou
contratação, além das seguintes informações:
§ 10. As medidas a que se referem os incisos
I, II e VI do caput, observado o disposto nos inci- I – o ato que autoriza a contratação direta ou
sos I e II do § 6º-B deste artigo, quando afetarem o extrato decorrente do contrato;
a execução de serviços públicos e de atividades
essenciais, inclusive os regulados, concedidos II – a discriminação do bem adquirido ou do
ou autorizados, somente poderão ser adotadas serviço contratado e o local de entrega ou de
em ato específico e desde que haja articulação prestação;
prévia com o órgão regulador ou o poder conce-
dente ou autorizador. III – o valor global do contrato, as parcelas do
objeto, os montantes pagos e o saldo disponível
§ 11. É vedada a restrição à ação de traba- ou bloqueado, caso exista;
lhadores que possa afetar o funcionamento de
serviços públicos e de atividades essenciais, de- IV – as informações sobre eventuais aditi-
finidos conforme previsto no § 9º deste artigo, e vos contratuais;
as cargas de qualquer espécie que possam acar-
retar desabastecimento de gêneros necessários V – a quantidade entregue em cada unidade
à população.” (NR) da Federação durante a execução do contrato,
nas contratações de bens e serviços.
“Art. 4º É dispensável a licitação para aquisi-
ção ou contratação de bens, serviços, inclusive § 3º Na situação excepcional de, comprova-
de engenharia, e insumos destinados ao enfren- damente, haver uma única fornecedora do bem
tamento da emergência de saúde pública de im- ou prestadora do serviço, será possível a sua
portância internacional de que trata esta Lei. contratação, independentemente da existência

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450
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

de sanção de impedimento ou de suspensão de cia de saúde pública de que trata esta Lei, não
contratar com o poder público. será exigida a elaboração de estudos preliminares
quando se tratar de bens e de serviços comuns.”
§ 3º-A. No caso de que trata o § 3º deste ar-
tigo, é obrigatória a prestação de garantia nas “Art. 4º-D. O gerenciamento de riscos da con-
modalidades previstas no art. 56 da Lei nº 8.666, tratação somente será exigível durante a gestão
de 21 de junho de 1993, que não poderá exceder do contrato.”
a 10% (dez por cento) do valor do contrato.
“Art. 4º-E. Nas aquisições ou contratações de
...............................................................” (NR) bens, serviços e insumos necessários ao enfren-
tamento da emergência de saúde pública de im-
“Art. 4º-A. A aquisição ou contratação de bens portância internacional de que trata esta Lei, será
e serviços, inclusive de engenharia, a que se re- admitida a apresentação de termo de referência
fere o caput do art. 4º desta Lei, não se restringe simplificado ou de projeto básico simplificado.
a equipamentos novos, desde que o fornecedor
se responsabilize pelas plenas condições de uso § 1º O termo de referência simplificado ou o
e de funcionamento do objeto contratado.” projeto básico simplificado referidos no caput
deste artigo conterá:
“Art. 4º-B. Nas dispensas de licitação de-
correntes do disposto nesta Lei, presumem-se I – declaração do objeto;
comprovadas as condições de:
II – fundamentação simplificada da contratação;
I – ocorrência de situação de emergência;
III – descrição resumida da solução apresentada;
II – necessidade de pronto atendimento da si-
tuação de emergência; IV – requisitos da contratação;

III – existência de risco à segurança de pessoas, V – critérios de medição e de pagamento;


de obras, de prestação de serviços, de equipamen-
tos e de outros bens, públicos ou particulares; e VI – estimativa de preços obtida por meio de,
no mínimo, 1 (um) dos seguintes parâmetros:
IV – limitação da contratação à parcela neces-
sária ao atendimento da situação de emergência.” a) Portal de Compras do Governo Federal;

“Art. 4º-C. Para a aquisição ou contratação de b) pesquisa publicada em mídia especializada;


bens, serviços, inclusive de engenharia, e insu-
mos necessários ao enfrentamento da emergên- c) sites especializados ou de domínio amplo;

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451
Direito Administrativo

d) contratações similares de outros entes pú- no inciso XXXIII do caput do art. 7º da Constitui-
blicos; ou ção Federal.”

e) pesquisa realizada com os potenciais for- “Art. 4º-G. Nos casos de licitação na moda-
necedores; lidade pregão, eletrônico ou presencial, cujo
objeto seja a aquisição ou contratação de bens,
VII – adequação orçamentária. serviços e insumos necessários ao enfrentamen-
to da emergência de saúde pública de importân-
§ 2º Excepcionalmente, mediante justificativa cia internacional de que trata esta Lei, os prazos
da autoridade competente, será dispensada a dos procedimentos licitatórios serão reduzidos
estimativa de preços de que trata o inciso VI do pela metade.
§ 1º deste artigo.
§ 1º Quando o prazo original de que trata o
§ 3º Os preços obtidos a partir da estimativa caput deste artigo for número ímpar, este será
de que trata o inciso VI do § 1º deste artigo não arredondado para o número inteiro antecedente.
impedem a contratação pelo poder público por
valores superiores decorrentes de oscilações § 2º Os recursos dos procedimentos licitató-
ocasionadas pela variação de preços, desde que rios somente terão efeito devolutivo.
observadas as seguintes condições:
§ 3º Fica dispensada a realização de audiên-
I – negociação prévia com os demais fornece- cia pública a que se refere o art. 39 da Lei nº
dores, segundo a ordem de classificação, para 8.666, de 21 de junho de 1993, para as licitações
obtenção de condições mais vantajosas; e de que trata o caput deste artigo.”

II – efetiva fundamentação, nos autos da con- “Art. 4º-H. Os contratos regidos por esta Lei te-
tratação correspondente, da variação de preços rão prazo de duração de até 6 (seis) meses e pode-
praticados no mercado por motivo superveniente.” rão ser prorrogados por períodos sucessivos, en-
quanto vigorar o Decreto Legislativo nº 6, de 20 de
“Art. 4º-F. Na hipótese de haver restrição de março de 2020, respeitados os prazos pactuados.”
fornecedores ou de prestadores de serviço, a
autoridade competente, excepcionalmente e “Art. 4º-I. Para os contratos decorrentes dos
mediante justificativa, poderá dispensar a apre- procedimentos previstos nesta Lei, a administra-
sentação de documentação relativa à regulari- ção pública poderá prever que os contratados
dade fiscal ou, ainda, o cumprimento de 1 (um) fiquem obrigados a aceitar, nas mesmas condi-
ou mais requisitos de habilitação, ressalvados a ções contratuais, acréscimos ou supressões ao
exigência de apresentação de prova de regula- objeto contratado de até 50% (cinquenta por
ridade trabalhista e o cumprimento do disposto cento) do valor inicial atualizado do contrato.”

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452
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

“Art. 6º-A. Para a concessão de suprimento de


fundos e por item de despesa, e para as aquisi-
ções e as contratações a que se refere o caput do
art. 4º desta Lei, quando a movimentação for rea-
lizada por meio de Cartão de Pagamento do Go-
verno, ficam estabelecidos os seguintes limites:

I – na execução de serviços de engenharia,


o valor estabelecido na alínea “a” do inciso I do
caput do art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho
de 1993; e

II – nas compras em geral e em outros servi-


ços, o valor estabelecido na alínea “a” do inciso
II do caput do art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993.”

“Art. 8º Esta Lei vigorará enquanto estiver vi-


gente o Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março
de 2020, observado o disposto no art. 4º-H des-
ta Lei.” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 11 de agosto de 2020; 199o da Inde-


pendência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Eduardo Pazuello
Wagner de Campos Rosário
Walter Souza Braga Netto
José Levi Mello do Amaral Júnior

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 12.8.2020.

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453
Direito Civil e Consumidor

DIREITO CIVIL E CONSUMIDOR I - a remarcação dos serviços, das reservas e


dos eventos adiados; ou

Lei nº 14.046, de 24 de agosto de 2020 II - a disponibilização de crédito para uso


ou abatimento na compra de outros serviços,
Dispõe sobre o adiamento e o cancelamento reservas e eventos disponíveis nas respecti-
de serviços, de reservas e de eventos dos seto- vas empresas.
res de turismo e de cultura em razão do estado
de calamidade pública reconhecido pelo Decreto § 1º As operações de que trata o caput des-
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da te artigo ocorrerão sem custo adicional, taxa ou
emergência de saúde pública de importância in- multa ao consumidor, em qualquer data a partir
ternacional decorrente da pandemia da Covid-19. de 1º de janeiro de 2020, e estender-se-ão pelo
prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado da co-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber municação do adiamento ou do cancelamento
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- dos serviços, ou 30 (trinta) dias antes da realiza-
no a seguinte Lei: ção do evento, o que ocorrer antes.

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o adiamento e § 2º Se o consumidor não fizer a solicitação
o cancelamento de serviços, de reservas e de a que se refere o § 1º deste artigo no prazo as-
eventos dos setores de turismo e de cultura, em sinalado de 120 (cento e vinte) dias, por motivo
razão do estado de calamidade pública reconhe- de falecimento, de internação ou de força maior,
cido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de mar- o prazo será restituído em proveito da parte, do
ço de 2020, e da emergência de saúde pública herdeiro ou do sucessor, a contar da data de
de importância internacional decorrente da pan- ocorrência do fato impeditivo da solicitação.
demia da Covid-19.
§ 3º (VETADO).
Art. 2º Na hipótese de adiamento ou de cance-
lamento de serviços, de reservas e de eventos, in- § 4º O crédito a que se refere o inciso II do
cluídos shows e espetáculos, em razão do estado caput deste artigo poderá ser utilizado pelo con-
de calamidade pública reconhecido pelo Decreto sumidor no prazo de 12 (doze) meses, contado
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da da data de encerramento do estado de calami-
emergência de saúde pública de importância in- dade pública reconhecido pelo Decreto Legisla-
ternacional decorrente da pandemia da Covid-19, tivo nº 6, de 20 de março de 2020.
o prestador de serviços ou a sociedade empresá-
ria não serão obrigados a reembolsar os valores § 5º Na hipótese prevista no inciso I do caput
pagos pelo consumidor, desde que assegurem: deste artigo, serão respeitados:

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

I - os valores e as condições dos serviços ori- adiado tiver que ser novamente adiado, em ra-
ginalmente contratados; e zão de não terem cessado os efeitos da emer-
gência de saúde pública referida no art. 1º desta
II - o prazo de 18 (dezoito) meses, contado da Lei na data da remarcação originária, bem como
data do encerramento do estado de calamidade aplica-se aos novos eventos lançados no decor-
pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº rer do período sob os efeitos da emergência em
6, de 20 de março de 2020. saúde pública e que não puderem ser realizados
pelo mesmo motivo.
§ 6º O prestador de serviço ou a sociedade
empresária deverão restituir o valor recebido ao Art. 3º O disposto no art. 2º desta Lei aplica-se a:
consumidor no prazo de 12 (doze) meses, conta-
do da data de encerramento do estado de cala- I - prestadores de serviços turísticos e socie-
midade pública reconhecido pelo Decreto Legis- dades empresárias a que se refere o art. 21 da
lativo nº 6, de 20 de março de 2020, somente na Lei nº 11.771, de 17 de setembro de 2008; e
hipótese de ficarem impossibilitados de oferecer
uma das duas alternativas referidas nos incisos I II - cinemas, teatros e plataformas digitais de
e II do caput deste artigo. vendas de ingressos pela internet.

§ 7º Os valores referentes aos serviços de agen- Art. 4º Os artistas, os palestrantes ou outros


ciamento e de intermediação já prestados, tais profissionais detentores do conteúdo já contra-
como taxa de conveniência e/ou de entrega, serão tados até a data de edição desta Lei que forem
deduzidos do crédito a ser disponibilizado ao con- impactados por adiamento ou por cancelamentos
sumidor, nos termos do inciso II do caput deste ar- de eventos, incluídos shows, rodeios, espetácu-
tigo, ou do valor a que se refere o § 6º deste artigo. los musicais e de artes cênicas, e os profissionais
contratados para a realização desses eventos não
§ 8º As regras para adiamento da prestação terão obrigação de reembolsar imediatamente
do serviço, para disponibilização de crédito ou, os valores dos serviços ou cachês, desde que o
na impossibilidade de oferecimento da remarca- evento seja remarcado, no prazo de 12 (doze) me-
ção dos serviços ou da disponibilização de cré- ses, contado da data de encerramento do estado
dito referidas nos incisos I e II do caput deste de calamidade pública reconhecido pelo Decreto
artigo, para reembolso aos consumidores, apli- Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.
car-se-ão ao prestador de serviço ou à socieda-
de empresária que tiverem recursos a serem de- § 1º Na hipótese de os artistas, os palestran-
volvidos por produtores culturais ou por artistas. tes ou outros profissionais detentores do con-
teúdo e demais profissionais contratados para a
§ 9º O disposto neste artigo aplica-se aos realização dos eventos de que trata o caput des-
casos em que o serviço, a reserva ou o evento te artigo não prestarem os serviços contratados

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455
Direito Civil e Consumidor

no prazo previsto, o valor recebido será restitu- Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de
ído, atualizado monetariamente pelo Índice Na- sua publicação.
cional de Preços ao Consumidor Amplo Especial
(IPCA-E), no prazo de 12 (doze) meses, contado Brasília, 24 de agosto de 2020; 199o da Inde-
da data de encerramento do estado de calami- pendência e 132o da República.
dade pública reconhecido pelo Decreto Legisla-
tivo nº 6, de 20 de março de 2020, observadas as JAIR MESSIAS BOLSONARO
seguintes disposições: André Luiz de Almeida Mendonça
Marcelo Henrique Teixeira Dias
I – o valor deve ser imediatamente restituído,
na ausência de nova data pactuada de comum Este texto não substitui o publicado no DOU
acordo entre as partes; e de 25.8.2020.

II – a correção monetária prevista neste pará- *


grafo deve ser aplicada de imediato nos casos
delimitados no inciso I deste parágrafo em que
não for feita a restituição imediata.

§ 2º Serão anuladas as multas por cancela-


mentos dos contratos de que trata este artigo,
enquanto vigorar o estado de calamidade públi-
ca reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de
20 de março de 2020.

Art. 5º Eventuais cancelamentos ou adiamen-


tos dos contratos de natureza consumerista re-
gidos por esta Lei caracterizam hipótese de caso
fortuito ou de força maior, e não são cabíveis re-
paração por danos morais, aplicação de multas
ou imposição das penalidades previstas no art.
56 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990,
ressalvadas as situações previstas no § 7º do art.
2º e no § 1º do art. 4º desta Lei, desde que ca-
racterizada má-fé do prestador de serviço ou da
sociedade empresária.

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

DIREITO CONSTITUCIONAL II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acor-


do com o que dispuser lei estadual, observada,
obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo,
Emenda Constitucional nº 108, de 26 de 10 (dez) pontos percentuais com base em indi-
agosto de 2020 cadores de melhoria nos resultados de aprendi-
zagem e de aumento da equidade, considerado
Altera a Constituição Federal para estabele- o nível socioeconômico dos educandos.” (NR)
cer critérios de distribuição da cota municipal do
Imposto sobre Operações Relativas à Circula- “Art. 163-A. A União, os Estados, o Distrito Fe-
ção de Mercadorias e sobre Prestações de Ser- deral e os Municípios disponibilizarão suas infor-
viços de Transporte Interestadual e Intermunici- mações e dados contábeis, orçamentários e fis-
pal e de Comunicação (ICMS), para disciplinar a cais, conforme periodicidade, formato e sistema
disponibilização de dados contábeis pelos entes estabelecidos pelo órgão central de contabilida-
federados, para tratar do planejamento na ordem de da União, de forma a garantir a rastreabilida-
social e para dispor sobre o Fundo de Manuten- de, a comparabilidade e a publicidade dos dados
ção e Desenvolvimento da Educação Básica e coletados, os quais deverão ser divulgados em
de Valorização dos Profissionais da Educação meio eletrônico de amplo acesso público.”
(Fundeb); altera o Ato das Disposições Consti-
tucionais Transitórias; e dá outras providências. “Art. 193. ........................................................

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Parágrafo único. O Estado exercerá a função


Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 de planejamento das políticas sociais, assegura-
da Constituição Federal, promulgam a seguinte da, na forma da lei, a participação da sociedade
Emenda ao texto constitucional: nos processos de formulação, de monitoramento,
de controle e de avaliação dessas políticas.”(NR)
Art. 1º A Constituição Federal passa a vigorar
com as seguintes alterações: “Art. 206. ........................................................

“Art. 158. ........................................................ IX - garantia do direito à educação e à apren-


dizagem ao longo da vida.
Parágrafo único. .............................................
...............................................................” (NR)
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mí-
nimo, na proporção do valor adicionado nas “Art. 211. ........................................................
operações relativas à circulação de mercado-
rias e nas prestações de serviços, realizadas § 4º Na organização de seus sistemas de en-
em seus territórios; sino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os

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457
Direito Constitucional

Municípios definirão formas de colaboração, de com educação nas esferas estadual, distrital e
forma a assegurar a universalização, a qualidade municipal.” (NR)
e a equidade do ensino obrigatório.
“Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os
........................................................................ Municípios destinarão parte dos recursos a que se
refere o caput do art. 212 desta Constituição à ma-
§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e nutenção e ao desenvolvimento do ensino na edu-
os Municípios exercerão ação redistributiva em cação básica e à remuneração condigna de seus
relação a suas escolas. profissionais, respeitadas as seguintes disposições:

§ 7º O padrão mínimo de qualidade de que I - a distribuição dos recursos e de responsabi-


trata o § 1º deste artigo considerará as condi- lidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus
ções adequadas de oferta e terá como referência Municípios é assegurada mediante a instituição, no
o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de
regime de colaboração na forma disposta em lei um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
complementar, conforme o parágrafo único do Educação Básica e de Valorização dos Profissio-
art. 23 desta Constituição.” (NR) nais da Educação (Fundeb), de natureza contábil;

“Art. 212. ........................................................ II - os fundos referidos no inciso I do caput


deste artigo serão constituídos por 20% (vinte
§ 7º É vedado o uso dos recursos referidos por cento) dos recursos a que se referem os in-
no caput e nos §§ 5º e 6º deste artigo para paga- cisos I, II e III do caput do art. 155, o inciso II do
mento de aposentadorias e de pensões. caput do art. 157, os incisos II, III e IV do caput
do art. 158 e as alíneas “a” e “b” do inciso I e o
§ 8º Na hipótese de extinção ou de substitui- inciso II do caput do art. 159 desta Constituição;
ção de impostos, serão redefinidos os percentu-
ais referidos no caput deste artigo e no inciso II III - os recursos referidos no inciso II do caput
do caput do art. 212-A, de modo que resultem deste artigo serão distribuídos entre cada Estado
recursos vinculados à manutenção e ao desen- e seus Municípios, proporcionalmente ao núme-
volvimento do ensino, bem como os recursos ro de alunos das diversas etapas e modalidades
subvinculados aos fundos de que trata o art. da educação básica presencial matriculados nas
212-A desta Constituição, em aplicações equi- respectivas redes, nos âmbitos de atuação prio-
valentes às anteriormente praticadas. ritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do
art. 211 desta Constituição, observadas as pon-
§ 9º A lei disporá sobre normas de fiscaliza- derações referidas na alínea “a” do inciso X do
ção, de avaliação e de controle das despesas caput e no § 2º deste artigo;

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

IV - a União complementará os recursos dos fun- VII - os recursos de que tratam os incisos II e IV
dos a que se refere o inciso II do caput deste artigo; do caput deste artigo serão aplicados pelos Estados
e pelos Municípios exclusivamente nos respectivos
V - a complementação da União será equiva- âmbitos de atuação prioritária, conforme estabele-
lente a, no mínimo, 23% (vinte e três por cento) cido nos §§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição;
do total de recursos a que se refere o inciso II do
caput deste artigo, distribuída da seguinte forma: VIII - a vinculação de recursos à manutenção
e ao desenvolvimento do ensino estabelecida no
a) 10 (dez) pontos percentuais no âmbito de art. 212 desta Constituição suportará, no máxi-
cada Estado e do Distrito Federal, sempre que mo, 30% (trinta por cento) da complementação da
o valor anual por aluno (VAAF), nos termos do União, considerados para os fins deste inciso os
inciso III do caput deste artigo, não alcançar o valores previstos no inciso V do caput deste artigo;
mínimo definido nacionalmente;
IX - o disposto no caput do art. 160 desta
b) no mínimo, 10,5 (dez inteiros e cinco dé- Constituição aplica-se aos recursos referidos
cimos) pontos percentuais em cada rede pú- nos incisos II e IV do caput deste artigo, e seu
blica de ensino municipal, estadual ou distrital, descumprimento pela autoridade competente
sempre que o valor anual total por aluno (VAAT), importará em crime de responsabilidade;
referido no inciso VI do caput deste artigo, não
alcançar o mínimo definido nacionalmente; X - a lei disporá, observadas as garantias es-
tabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput e no
c) 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos § 1º do art. 208 e as metas pertinentes do plano
percentuais nas redes públicas que, cumpridas nacional de educação, nos termos previstos no
condicionalidades de melhoria de gestão previs- art. 214 desta Constituição, sobre:
tas em lei, alcançarem evolução de indicadores
a serem definidos, de atendimento e melhoria da a) a organização dos fundos referidos no in-
aprendizagem com redução das desigualdades, ciso I do caput deste artigo e a distribuição pro-
nos termos do sistema nacional de avaliação da porcional de seus recursos, as diferenças e as
educação básica; ponderações quanto ao valor anual por aluno
entre etapas, modalidades, duração da jornada
VI - o VAAT será calculado, na forma da lei de e tipos de estabelecimento de ensino, observa-
que trata o inciso X do caput deste artigo, com dos as respectivas especificidades e os insumos
base nos recursos a que se refere o inciso II do necessários para a garantia de sua qualidade;
caput deste artigo, acrescidos de outras receitas e
de transferências vinculadas à educação, observa- b) a forma de cálculo do VAAF decorrente do
do o disposto no § 1º e consideradas as matrículas inciso III do caput deste artigo e do VAAT referi-
nos termos do inciso III do caput deste artigo; do no inciso VI do caput deste artigo;

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459
Direito Constitucional

c) a forma de cálculo para distribuição previs- § 1º O cálculo do VAAT, referido no inciso VI do


ta na alínea “c” do inciso V do caput deste artigo; caput deste artigo, deverá considerar, além dos
recursos previstos no inciso II do caput deste ar-
d) a transparência, o monitoramento, a fis- tigo, pelo menos, as seguintes disponibilidades:
calização e o controle interno, externo e social
dos fundos referidos no inciso I do caput des- I - receitas de Estados, do Distrito Federal e de
te artigo, assegurada a criação, a autonomia, a Municípios vinculadas à manutenção e ao desen-
manutenção e a consolidação de conselhos de volvimento do ensino não integrantes dos fundos
acompanhamento e controle social, admitida referidos no inciso I do caput deste artigo;
sua integração aos conselhos de educação;
II - cotas estaduais e municipais da arrecada-
e) o conteúdo e a periodicidade da avaliação, ção do salário-educação de que trata o § 6º do
por parte do órgão responsável, dos efeitos re- art. 212 desta Constituição;
distributivos, da melhoria dos indicadores edu-
cacionais e da ampliação do atendimento; III - complementação da União transferida a Es-
tados, ao Distrito Federal e a Municípios nos ter-
XI - proporção não inferior a 70% (setenta mos da alínea “a” do inciso V do caput deste artigo.
por cento) de cada fundo referido no inciso I
do caput deste artigo, excluídos os recursos de § 2º Além das ponderações previstas na alí-
que trata a alínea “c” do inciso V do caput deste nea “a” do inciso X do caput deste artigo, a
artigo, será destinada ao pagamento dos profis- lei definirá outras relativas ao nível socioeco-
sionais da educação básica em efetivo exercício, nômico dos educandos e aos indicadores de
observado, em relação aos recursos previstos disponibilidade de recursos vinculados à edu-
na alínea “b” do inciso V do caput deste artigo, cação e de potencial de arrecadação tributária
o percentual mínimo de 15% (quinze por cento) de cada ente federado, bem como seus prazos
para despesas de capital; de implementação.

XII - lei específica disporá sobre o piso sala- § 3º Será destinada à educação infantil a pro-
rial profissional nacional para os profissionais do porção de 50% (cinquenta por cento) dos recur-
magistério da educação básica pública; sos globais a que se refere a alínea “b” do inciso
V do caput deste artigo, nos termos da lei.”
XIII - a utilização dos recursos a que se refe-
re o § 5º do art. 212 desta Constituição para a Art. 2º O Ato das Disposições Constitucio-
complementação da União ao Fundeb, referida nais Transitórias passa a vigorar com as seguin-
no inciso V do caput deste artigo, é vedada. tes alterações:

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

“Art. 60. A complementação da União referida VI - 10,5 (dez inteiros e cinco décimos) pontos
no inciso IV do caput do art. 212-A da Constitui- percentuais, no sexto ano.
ção Federal será implementada progressivamen-
te até alcançar a proporção estabelecida no inci- § 2º A parcela da complementação de que
so V do caput do mesmo artigo, a partir de 1º de trata a alínea “c” do inciso V do caput do art.
janeiro de 2021, nos seguintes valores mínimos: 212-A da Constituição Federal observará os se-
guintes valores:
I - 12% (doze por cento), no primeiro ano;
I - 0,75 (setenta e cinco centésimos) ponto
II - 15% (quinze por cento), no segundo ano; percentual, no terceiro ano;

III - 17% (dezessete por cento), no terceiro ano; II - 1,5 (um inteiro e cinco décimos) ponto per-
centual, no quarto ano;
IV - 19% (dezenove por cento), no quarto ano;
III - 2 (dois) pontos percentuais, no quinto ano;
V - 21% (vinte e um por cento), no quinto ano;
IV - 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos
VI - 23% (vinte e três por cento), no sexto ano. percentuais, no sexto ano.” (NR)

§ 1º A parcela da complementação de que “Art. 60-A. Os critérios de distribuição da


trata a alínea “b” do inciso V do caput do art. complementação da União e dos fundos a que
212-A da Constituição Federal observará, no mí- se refere o inciso I do caput do art. 212-A da
nimo, os seguintes valores: Constituição Federal serão revistos em seu sexto
ano de vigência e, a partir dessa primeira revisão,
I - 2 (dois) pontos percentuais, no primeiro periodicamente, a cada 10 (dez) anos.”
ano;
“Art. 107. ........................................................
II - 5 (cinco) pontos percentuais, no segundo ano;
§ 6º .................................................................
III - 6,25 (seis inteiros e vinte e cinco centési-
mos) pontos percentuais, no terceiro ano; I - transferências constitucionais estabeleci-
das no § 1º do art. 20, no inciso III do parágrafo
IV - 7,5 (sete inteiros e cinco décimos) pontos único do art. 146, no § 5º do art. 153, no art. 157,
percentuais, no quarto ano; nos incisos I e II do caput do art. 158, no art. 159
e no § 6º do art. 212, as despesas referentes ao
V - 9 (nove) pontos percentuais, no quinto ano; inciso XIV do caput do art. 21 e as complementa-

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461
Direito Constitucional

Deputado Senador
ções de que tratam os incisos IV e V do caput do
MÁRIO HERINGER EDUARDO GOMES
art. 212-A, todos da Constituição Federal;
2º Secretário 2º Secretário
Deputado Senador
...............................................................” (NR)
EXPEDITO NETTO FLÁVIO BOLSONARO
3º Secretário 3º Secretário
Art. 3º Os Estados terão prazo de 2 (dois)
Deputado Senador
anos, contado da data da promulgação desta
ANDRÉ FUFUCA LUIS CARLOS HEINZE
Emenda Constitucional, para aprovar lei estadu-
4º Secretário 4º Secretário
al prevista no inciso II do parágrafo único do art.
158 da Constituição Federal.
Este texto não substitui o publicado no DOU
Art. 4º Esta Emenda Constitucional entra em 27.8.2020
vigor na data de sua publicação e produzirá efei-
tos financeiros a partir de 1º de janeiro de 2021.

Parágrafo único. Ficam mantidos os efeitos


do art. 60 do Ato das Disposições Constitucio-
nais Transitórias, conforme estabelecido pela
Emenda Constitucional nº 53, de 19 de dezem-
bro de 2006, até o início dos efeitos financeiros
desta Emenda Constitucional.

Brasília, em 26 de agosto de 2020

Mesa da Câmara Mesa do


dos Deputados Senado Federal
Deputado Senador
RODRIGO MAIA DAVI ALCOLUMBRE
Presidente Presidente
Deputado Senador
MARCOS PEREIRA ANTONIO ANASTASIA
1º Vice-Presidente 1º Vice-Presidente
Deputado Senador
LUCIANO BIVAR LASIER MARTINS
2º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente
Deputada Senador
SORAYA SANTOS SÉRGIO PETECÃO
1ª Secretária 1º Secretário

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462
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

DIREITO DO TRABALHO V - empregadores rurais, definidos no art. 3º


da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973.

Lei nº 14.043, de 19 de agosto de 2020 Capítulo II


Do programa emergencial de
Institui o Programa Emergencial de Suporte suporte a empregos
a Empregos; altera as Leis nos 9.430, de 27 de
dezembro de 1996, e 13.999, de 18 de maio de Art. 2º O Programa Emergencial de Suporte a
2020; e dá outras providências. Empregos é destinado aos agentes econômicos
a que se refere o art. 1º desta Lei com receita
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber bruta anual superior a R$ 360.000,00 (trezen-
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- tos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$
no a seguinte Lei: 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), cal-
culada com base no exercício de 2019.
Capítulo I
Disposições preliminares § 1º As linhas de crédito concedidas no âmbi-
to do Programa:
Art. 1º Fica instituído o Programa Emergencial
de Suporte a Empregos, destinado à realização I - abrangerão até 100% (cem por cento) da folha
de operações de crédito com os seguintes agen- de pagamento do contratante, pelo período de 4
tes econômicos, com a finalidade de pagamento (quatro) meses, limitadas ao valor equivalente a até
de folha salarial de seus empregados ou de ver- 2 (duas) vezes o salário-mínimo por empregado; e
bas trabalhistas, na forma desta Lei:
II - serão destinadas exclusivamente às finali-
I - empresários; dades previstas no art. 1º desta Lei.

II - sociedades simples; § 2º Poderão participar do Programa todas as


instituições financeiras sujeitas à supervisão do
III - sociedades empresárias e sociedades co- Banco Central do Brasil.
operativas, exceto as sociedades de crédito;
§ 3º As pessoas a que se refere o art. 1º desta
IV - organizações da sociedade civil, definidas Lei que contratarem as linhas de crédito no âm-
no inciso I do caput do art. 2º da Lei nº 13.019, bito do Programa assumirão contratualmente as
de 31 de julho de 2014, e no inciso IV do caput seguintes obrigações:
do art. 44 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil); e I - fornecer informações verídicas;

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463
Direito do Trabalho

II - não utilizar os recursos para finalidade dis- I - (VETADO);


tinta do pagamento de seus empregados;
II - (VETADO); e
III - efetuar o pagamento de seus emprega-
dos com os recursos do Programa, por meio de III - verbas rescisórias pagas ou pendentes de
transferência para a conta de depósito, para a adimplemento decorrentes de demissões sem
conta-salário ou para a conta de pagamento pré- justa causa ocorridas entre a data de publicação
-paga de titularidade de cada um deles, mantida da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, e a
em instituição autorizada a funcionar pelo Banco data de publicação desta Lei, incluídos os even-
Central do Brasil; e tuais débitos relativos ao Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) correspondentes, para
IV - não rescindir sem justa causa o contra- fins de recontratação do empregado demitido.
to de trabalho de seus empregados, no período
compreendido entre a data da contratação da § 1º Os contratantes que optarem pela moda-
linha de crédito e o sexagésimo dia após a libe- lidade de financiamento de que trata este artigo
ração dos valores referentes à última parcela da não poderão estar com suas atividades encer-
linha de crédito pela instituição financeira. radas, com falência decretada ou em estado de
insolvência civil.
§ 4º Caso a folha de pagamento seja processada
por instituição financeira participante do Programa, § 2º Não estão sujeitas ao financiamento de que
o pagamento de que trata o inciso III do § 3º deste trata este artigo as verbas trabalhistas de natureza
artigo dar-se-á mediante depósito direto feito pela exclusivamente indenizatória ou que tenham como
instituição financeira nas contas dos empregados. fato gerador o trabalho escravo ou infantil.

§ 5º A vedação a que se refere o inciso IV do § 3º § 3º (VETADO).


deste artigo incidirá na mesma proporção do total
da folha de pagamento que, por opção do contra- § 4º (VETADO).
tante, tiver sido paga com recursos do Programa.
§ 5º (VETADO).
§ 6º O não atendimento a qualquer das obri-
gações de que tratam os §§ 3º, 4º e 5º deste ar- § 6º (VETADO).
tigo implica o vencimento antecipado da dívida.
§ 7º A contratação das linhas de crédito pre-
Art. 3º O Programa Emergencial de Suporte vistas neste artigo, observado o disposto no §
a Empregos poderá ser utilizado para financiar a 6º deste artigo, constitui confissão de dívida
quitação das seguintes verbas trabalhistas devi- irrevogável e irretratável e implica a renúncia
das pelos contratantes: tácita a qualquer impugnação ou recurso em

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464
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

relação ao montante principal devido, às verbas ções financeiras participantes do Programa por
sucumbenciais e às respectivas contribuições meio da inclusão das obrigações de que tratam
previdenciárias decorrentes da condenação ou o § 3º do art. 2º e o § 10 do art. 3º desta Lei
do acordo homologado. no instrumento que formalizar a contratação da
operação de crédito.
§ 8º (VETADO).
Art. 5º Nas operações de crédito contratadas
§ 9º (VETADO). no âmbito do Programa Emergencial de Suporte
a Empregos:
§ 10. Os agentes econômicos a que se refere
o art. 1º desta Lei que contratarem o financia- I - 15% (quinze por cento) do valor de cada fi-
mento para os fins de que trata este artigo assu- nanciamento serão custeados com recursos pró-
mirão contratualmente as seguintes obrigações: prios das instituições financeiras participantes; e

I - fornecer informações atualizadas e verídicas; II - 85% (oitenta e cinco por cento) do valor de
cada financiamento serão custeados com recur-
II - não utilizar os recursos para finalidade dis- sos da União alocados ao Programa.
tinta da quitação dos débitos referidos no caput
deste artigo; e Parágrafo único. O risco de inadimplemento
das operações de crédito e as eventuais perdas
III - manter, na hipótese prevista no inciso III financeiras decorrentes serão suportados na
do caput deste artigo, o vínculo empregatício do mesma proporção da participação estabelecida
trabalhador readmitido pelo período de, no míni- no caput deste artigo.
mo, 60 (sessenta) dias.
Art. 6º As instituições financeiras participan-
§ 11. O não atendimento a qualquer das obri- tes do Programa Emergencial de Suporte a Em-
gações de que trata o § 10 deste artigo implica o pregos poderão formalizar operações de crédito
vencimento antecipado da dívida. no âmbito do Programa até 31 de outubro de
2020, observados os seguintes requisitos:
Art. 4º As instituições financeiras participan-
tes do Programa Emergencial de Suporte a Em- I - taxa de juros de 3,75% (três inteiros e se-
pregos deverão assegurar que os recursos sejam tenta e cinco centésimos por cento) ao ano so-
utilizados exclusivamente para os fins previstos bre o valor concedido;
nos arts. 2º e 3º desta Lei.
II - carência de 6 (seis) meses para início do
Parágrafo único. A obrigação de que trata o pagamento, com capitalização de juros durante
caput deste artigo será cumprida pelas institui- esse período; e

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Direito do Trabalho

III - prazo de 36 (trinta e seis) meses para o IV - alínea a do inciso I do caput do art. 47 da
pagamento, já incluído o prazo de carência de Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;
que trata o inciso II do caput deste artigo.
V - art. 10 da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994;
Parágrafo único. É vedada às instituições fi-
nanceiras participantes do Programa a cobrança VI - art. 1º da Lei nº 9.012, de 30 de março
de tarifas por saques, totais ou parciais, ou pela de 1995;
transferência a outras contas dos valores credi-
tados nas contas dos empregados com recursos VII - art. 20 da Lei nº 9.393, de 19 de dezem-
do Programa. bro de 1996; e

Art. 7º Para fins de concessão de crédito no VIII - art. 6º da Lei nº 10.522, de 19 de julho
âmbito do Programa Emergencial de Suporte a de 2002.
Empregos, as instituições financeiras dele parti-
cipantes observarão políticas próprias de crédi- § 2º Aplica-se às instituições financeiras pú-
to e poderão considerar eventuais restrições em blicas federais a dispensa prevista no § 1º deste
sistemas de proteção ao crédito na data da con- artigo, observado o disposto na Lei nº 13.898, de
tratação e registros de inadimplência no sistema 11 de novembro de 2019.
de informações de crédito mantido pelo Banco
Central do Brasil nos 6 (seis) meses anteriores à Art. 8º Na hipótese de inadimplemento do
contratação, sem prejuízo do disposto na legis- contratante, as instituições financeiras partici-
lação vigente. pantes do Programa Emergencial de Suporte a
Empregos farão a cobrança da dívida em nome
§ 1º Para fins de contratação das operações próprio, em conformidade com as suas políticas
de crédito no âmbito do Programa, as institui- de crédito, e recolherão os valores recuperados
ções financeiras privadas e públicas estaduais ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-
dele participantes ficam dispensadas de obser- mico e Social (BNDES), que os restituirá à União,
var as seguintes disposições: observados os mesmos critérios de atualização
previstos no § 1º do art. 9º desta Lei.
I - § 1º do art. 362 da CLT, aprovada pelo De-
creto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943; § 1º Na cobrança do crédito inadimplido, las-
treado em recursos públicos, não se admitirá,
II - inciso IV do § 1º do art. 7º da Lei nº 4.737, por parte das instituições financeiras participan-
de 15 de julho de 1965; tes do Programa, a adoção de procedimento
para recuperação de crédito menos rigoroso do
III - alíneas b e c do caput do art. 27 da Lei nº que aqueles usualmente empregados nas pró-
8.036, de 11 de maio de 1990; prias operações de crédito.

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466
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

§ 2º As instituições financeiras participan- mente não alienada será considerada extinta de


tes do Programa arcarão com todas as despe- pleno direito.
sas necessárias para a recuperação dos crédi-
tos inadimplidos. § 8º Ato do Conselho Monetário Nacional esta-
belecerá mecanismos de controle e de aferição de
§ 3º As instituições financeiras participantes resultados quanto ao cumprimento do disposto nos
do Programa, em conformidade com as suas po- §§ 4º, 5º, 6º e 7º deste artigo e os limites, as con-
líticas de crédito, deverão empregar os melhores dições e os prazos para a realização de leilão dos
esforços e adotar os procedimentos necessários créditos de que tratam os §§ 6º e 7º deste artigo.
à recuperação dos créditos no âmbito do Pro-
grama e não poderão interromper ou negligen- Capítulo III
ciar o acompanhamento. Da transferência de recursos da união para
o Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-
§ 4º As instituições financeiras participantes nômico e Social (BNDES) e da atuação do
do Programa serão responsáveis pela veracida- BNDES como agente financeiro da união
de das informações fornecidas e pela exatidão
dos valores a serem reembolsados à União, por Art. 9º Fica o Poder Executivo autorizado a
intermédio do BNDES. transferir até R$ 17.000.000.000,00 (dezessete
bilhões de reais) da União para o BNDES, desti-
§ 5º A repartição dos recursos recuperados nados à execução do Programa Emergencial de
observará a proporção de participação estabele- Suporte a Empregos.
cida no art. 5º desta Lei.
§ 1º Os recursos transferidos ao BNDES são
§ 6º As instituições financeiras participantes de titularidade da União e serão remunerados,
do Programa deverão leiloar, após o período de pro rata die, pela:
amortização da última parcela passível de venci-
mento no âmbito do Programa, observados os I - taxa média referencial do Sistema Especial
limites, as condições e os prazos estabelecidos de Liquidação e de Custódia (Selic), enquanto
no ato de que trata o § 8º deste artigo, todos os mantidos nas disponibilidades do BNDES; e
créditos eventualmente remanescentes a título
de recuperação e recolher o saldo final à União II - taxa de juros de 3,75% (três inteiros e se-
por intermédio do BNDES. tenta e cinco centésimos por cento) ao ano, en-
quanto aplicados nas operações de crédito con-
§ 7º Após a realização do último leilão de que tratadas no âmbito do Programa.
trata o § 6º deste artigo pelas instituições finan-
ceiras participantes do Programa, a parcela do § 2º O aporte de que trata o caput deste ar-
crédito lastreado em recursos públicos eventual- tigo não transferirá a propriedade dos recursos

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467
Direito do Trabalho

ao BNDES, que permanecerão de titularidade da financeiras participantes para o Programa até


União, de acordo com instrumento firmado entre o término do prazo para formalização dos con-
as partes. tratos serão devolvidos à União no prazo de 30
(trinta) dias, observado o disposto no inciso I do
Art. 10. O BNDES atuará como agente finan- § 1º do art. 9º desta Lei.
ceiro da União no Programa Emergencial de Su-
porte a Empregos. § 5º A partir de 30 de setembro de 2020, a União
poderá demandar a devolução de até 50% (cin-
§ 1º A atuação do BNDES será a título gratuito. quenta por cento) dos recursos não repassados às
instituições financeiras, os quais deverão ser de-
§ 2º Caberá ao BNDES, na condição de agen- volvidos em até 30 (trinta) dias após a solicitação.
te financeiro da União:
Art. 11. Na hipótese de a operação de crédito
I - realizar os repasses dos recursos da União protocolada no BNDES atender aos requisitos
às instituições financeiras que protocolarem no formais do Programa Emergencial de Suporte a
BNDES operações de crédito a serem contrata- Empregos, não haverá cláusula del credere nem
das no âmbito do Programa; remuneração às instituições financeiras parti-
cipantes do Programa, e o risco de crédito da
II - receber os reembolsos de recursos das parcela das operações de crédito lastreadas em
instituições financeiras participantes do Progra- recursos públicos ficará a cargo da União.
ma decorrentes dos repasses;
Art. 12. O BNDES não se responsabilizará
III - repassar à União, no prazo de 30 (trinta) pela solvabilidade das instituições financeiras
dias, contado da data do recebimento, os reem- participantes do Programa Emergencial de Su-
bolsos de recursos recebidos; e porte a Empregos nem pela sua atuação na rea-
lização das operações de crédito, especialmen-
IV - prestar as informações solicitadas pela te quanto ao cumprimento da finalidade dessas
Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria operações, dos requisitos exigidos para a sua
Especial de Fazenda do Ministério da Economia realização e das condições de recuperação dos
e pelo Banco Central do Brasil. créditos lastreados em recursos públicos.

§ 3º Ato do BNDES regulamentará os aspec- Art. 13. Nas hipóteses de falência, de liquida-
tos operacionais referentes ao protocolo das ção extrajudicial ou de intervenção em institui-
operações de crédito. ção financeira participante do Programa Emer-
gencial de Suporte a Empregos, a União ficará
§ 4º Os eventuais recursos aportados ao BN- sub-rogada automaticamente, de pleno direito,
DES pela União e não repassados às instituições na proporção estabelecida no inciso II do caput

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

do art. 5º desta Lei, nos créditos e garantias instituições financeiras participantes do Progra-
constituídos em favor da instituição financeira, ma Emergencial de Suporte a Empregos quanto
decorrentes das respectivas operações de cré- ao disposto nesta Lei, observado o disposto na
dito lastreadas em recursos públicos realizadas Lei nº 13.506, de 13 de novembro de 2017.
no âmbito do Programa.
Parágrafo único. A regulamentação prevista no
Parágrafo único. Caberá ao BNDES informar caput deste artigo deverá prever um sistema de
à União os dados relativos às operações de cré- garantia mínima e suficiente para as operações,
dito lastreadas em recursos públicos realizadas de forma simplificada e sem entraves burocráti-
no âmbito do Programa, com vistas ao seu enca- cos, de modo a facilitar o acesso ao crédito.
minhamento ao liquidante, ao interventor ou ao
juízo responsável ou, ainda, à cobrança judicial Capítulo V
dos valores envolvidos. Disposições finais

Art. 14. As receitas provenientes do retorno Art. 17. (VETADO).


dos empréstimos à União, nos termos desta Lei,
serão integralmente utilizadas para pagamento Art. 18. A Lei nº 9.430, de 27 de dezembro
da dívida pública de responsabilidade do Tesou- de 1996, passa a vigorar acrescida do seguinte
ro Nacional. art. 9º-A:

Capítulo IV “Art. 9º-A. Na hipótese de inadimplência do


Da regulação e da supervisão das operações débito, as exigências de judicialização de que
de crédito realizadas no âmbito do programa tratam a alínea c do inciso II e a alínea b do inciso
emergencial de suporte a empregos III do § 7º do art. 9º e o art. 11 desta Lei poderão
ser substituídas pelo instrumento de que trata a
Art. 15. Compete ao Banco Central do Bra- Lei nº 9.492, de 10 de setembro de 1997, e os
sil fiscalizar o cumprimento, pelas instituições credores deverão arcar, nesse caso, com o pa-
financeiras participantes do Programa Emergen- gamento antecipado de taxas, de emolumentos,
cial de Suporte a Empregos, das condições es- de acréscimos legais e de demais despesas por
tabelecidas para as operações de crédito realiza- ocasião da protocolização e dos demais atos.”
das no âmbito do Programa.
Art. 19. O art. 2º da Lei nº 13.999, de 18 de
Art. 16. O Conselho Monetário Nacional e o maio de 2020, passa a vigorar acrescido do se-
Banco Central do Brasil, no âmbito de suas com- guinte § 11:
petências, poderão regulamentar os aspectos ne-
cessários para operacionalizar e para fiscalizar as “Art. 2º ............................................................

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469
Direito do Trabalho

§ 11. As instituições financeiras que utilizem


recursos do Fundo Geral de Turismo (Fungetur),
de que trata o art. 11 do Decreto-Lei nº 1.191,
de 27 de outubro de 1971, poderão aderir ao
Pronampe e requerer garantia do FGO para es-
sas operações, as quais, para fins do disposto
nos §§ 4º e 4º-A do art. 6º desta Lei, deverão ser
agrupadas como carteira específica no âmbito
de cada instituição.” (NR)

Art. 20. A União poderá aumentar sua par-


ticipação no Fundo Garantidor de Operações
(FGO), adicionalmente aos recursos previstos no
art. 6º da Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020,
em R$ 12.000.000.000,00 (doze bilhões de re-
ais), para a concessão de garantias no âmbito do
Programa Nacional de Apoio às Microempresas
e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 19 de agosto de 2020; 199o da Inde-


pendência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Roberto de Oliveira Campos Neto

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 20.8.2020

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

Lei nº 14.047, de 24 de agosto de 2020 Art. 2º Para fins do disposto nesta Lei, o órgão
gestor de mão de obra não poderá escalar traba-
Dispõe sobre medidas temporárias para en- lhador portuário avulso nas seguintes hipóteses:
frentamento da pandemia da Covid-19 no âmbi- (Produção de efeito)
to do setor portuário, sobre a cessão de pátios
da administração pública e sobre o custeio das I - quando o trabalhador apresentar os se-
despesas com serviços de estacionamento para guintes sintomas, acompanhados ou não de fe-
a permanência de aeronaves de empresas na- bre, ou outros estabelecidos em ato do Poder
cionais de transporte aéreo regular de passagei- Executivo federal, compatíveis com a Covid-19:
ros em pátios da Empresa Brasileira de Infraes-
trutura Aeroportuária (Infraero); e altera as Leis a) tosse seca;
nºs 9.719, de 27 de novembro de 1998, 7.783,
de 28 de junho de 1989, 12.815, de 5 de junho b) perda do olfato;
de 2013, 7.565, de 19 de dezembro de 1986, e
10.233, de 5 de junho de 2001. c) dor de garganta; ou

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber d) dificuldade respiratória;


que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei: II - quando o trabalhador for diagnosticado
com a Covid-19 ou submetido a medidas de iso-
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre: lamento domiciliar por coabitação com pessoa
diagnosticada com a Covid-19;
I - medidas especiais para enfrentamento da
pandemia da Covid-19 com o objetivo de garan- III - quando a trabalhadora estiver gestante
tir a preservação das atividades portuárias, con- ou lactante;
sideradas essenciais;
IV - quando o trabalhador tiver idade igual ou
II - cessão de uso especial de pátios sob ad- superior a 65 (sessenta e cinco) anos e não com-
ministração militar; e provar estar apto ao exercício de suas ativida-
des; ou
III - custeio das despesas com serviços de es-
tacionamento para a permanência de aeronaves V - quando o trabalhador tiver sido diagnos-
de empresas nacionais de transporte aéreo re- ticado com:
gular de passageiros em pátios da Empresa Bra-
sileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). a) imunodeficiência;

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471
Direito do Trabalho

b) doença respiratória; ou de que possui condições de saúde para exercer


suas atividades laborais.
c) doença preexistente crônica ou grave, como
doença cardiovascular, respiratória ou metabólica. Art. 3º Enquanto persistir o impedimento de es-
calação com fundamento em qualquer das hipó-
§ 1º O órgão gestor de mão de obra deverá teses previstas no art. 2º desta Lei, o trabalhador
encaminhar à autoridade portuária semanalmen- portuário avulso terá direito ao recebimento de in-
te lista atualizada de trabalhadores portuários denização compensatória mensal no valor corres-
avulsos que estejam impedidos de ser escala- pondente a 70% (setenta por cento) sobre a média
dos, acompanhada de documentação que com- mensal recebida por ele, por intermédio do órgão
prove o enquadramento dos trabalhadores em gestor de mão de obra, entre 1º de abril de 2019 e
alguma das hipóteses previstas neste artigo. 31 de março de 2020, a qual não poderá ser infe-
rior ao salário-mínimo para os que possuem vínculo
§ 2º A comprovação dos sintomas de que trata apenas com o referido órgão. (Produção de efeito)
o inciso I do caput deste artigo poderá ser realizada
por meio de atestado médico ou por outra forma § 1º O pagamento da indenização de que tra-
estabelecida em ato do Poder Executivo federal. ta o caput deste artigo será custeado pelo ope-
rador portuário ou por qualquer tomador de ser-
§ 3º Os trabalhadores que se enquadrarem em viço que requisitar trabalhador portuário avulso
alguma das hipóteses previstas nos incisos I, II, ao órgão gestor de mão de obra.
III, IV e V do caput deste artigo poderão enviar a
documentação comprobatória de sua situação ao § 2º O valor pago por cada operador portuário
órgão gestor de mão de obra por meio eletrônico. ou tomador de serviço, para fins de repasse aos
beneficiários da indenização, será proporcional
§ 4º Nas hipóteses previstas nos incisos I, II e à quantidade de serviço demandado ao órgão
III do caput deste artigo, os trabalhadores ficarão gestor de mão de obra.
obrigados a informar imediatamente ao órgão
gestor de mão de obra qualquer alteração em § 3º O órgão gestor de mão de obra deverá
sua situação. calcular, arrecadar e repassar aos beneficiários o
valor de suas indenizações.
§ 5º O trabalhador com idade igual ou supe-
rior a 65 (sessenta e cinco) anos que não esteja § 4º Na hipótese de o aumento de custos com
enquadrado em qualquer das situações previs- o trabalho portuário avulso decorrente da indeni-
tas nos incisos I, II, III e V do caput deste artigo zação de que trata este artigo ter impacto sobre
poderá ser escalado pelo órgão gestor de mão os contratos de arrendamento já firmados, estes
de obra, condicionada a escalação à livre ini- deverão ser alterados de maneira a promover o
ciativa do trabalhador e à comprovação médica reequilíbrio econômico-financeiro.

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

§ 5º A administração do porto concederá I - estiverem em gozo de qualquer bene-


desconto tarifário aos operadores portuários fício do Regime Geral de Previdência Social
pré-qualificados que não sejam arrendatários (RGPS) ou de regime próprio de previdência
de instalação portuária em valor equivalente ao social, observado o disposto no parágrafo úni-
acréscimo de custo decorrente do pagamento co do art. 124 da Lei nº 8.213, de 24 de julho
da indenização de que trata este artigo. de 1991; ou

§ 6º O benefício a ser pago aos trabalhadores II - perceberem o benefício assistencial de


portuários avulsos de que trata o caput deste artigo: que trata o art. 10-A da Lei nº 9.719, de 27 de
novembro de 1998.
I - terá natureza indenizatória;
§ 8º Para os trabalhadores portuários avulsos
II - não integrará a base de cálculo do impos- que estiveram afastados e em gozo de benefício
to sobre a renda retido na fonte ou da declara- pelo INSS no período de apuração da média a
ção de ajuste anual do imposto sobre a renda da que se refere o caput deste artigo, considerar-
pessoa física do empregado; -se-á o valor dele para o referido cálculo no perí-
odo de afastamento.
III - não integrará a base de cálculo da contri-
buição previdenciária e dos demais tributos inci- Art. 4º Na hipótese de indisponibilidade de
dentes sobre a folha de salários; trabalhadores portuários avulsos para aten-
dimento das requisições ao órgão gestor de
IV - não integrará a base de cálculo do valor mão de obra, os operadores portuários que
devido ao Fundo de Garantia do Tempo de Ser- não forem atendidos poderão contratar livre-
viço (FGTS), disciplinado na Lei nº 8.036, de 11 mente trabalhadores com vínculo empregatí-
de maio de 1990, e na Lei Complementar nº 150, cio por tempo determinado para a realização
de 1º de junho de 2015; e de serviços de capatazia, de bloco, de estiva,
de conferência de carga, de conserto de car-
V - poderá ser excluído do lucro líquido para ga e de vigilância de embarcações. (Produção
fins de determinação do imposto sobre a renda de efeito)
da pessoa jurídica e da Contribuição Social so-
bre o Lucro Líquido (CSLL) das pessoas jurídicas § 1º Para fins do disposto neste artigo, consi-
tributadas pelo lucro real. dera-se indisponibilidade de trabalhadores por-
tuários qualquer causa que resulte no não aten-
§ 7º Não terão direito à indenização de que dimento imediato às requisições apresentadas
trata este artigo, ainda que estejam impedidos pelos operadores portuários ao órgão gestor de
de concorrer à escala, os trabalhadores portuá- mão de obra, tal como greve, movimento de pa-
rios avulsos que: ralisação e operação-padrão.

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473
Direito do Trabalho

§ 2º A contratação de trabalhadores portuá- ........................................................................


rios com vínculo empregatício com fundamento
no disposto no caput deste artigo não poderá § 5º Desde que possuam a qualificação ne-
exceder o prazo de 12 (doze) meses. cessária, os trabalhadores portuários avulsos
registrados e cadastrados poderão desempe-
Art. 5º O art. 5º da Lei nº 9.719, de 27 de no- nhar quaisquer das atividades de que trata o § 1º
vembro de 1998, passa a vigorar acrescido dos deste artigo, vedada a exigência de novo registro
seguintes §§ 1º, 2º e 3º: ou cadastro específico, independentemente de
acordo ou convenção coletiva.” (NR)
“Art. 5º ...........................................................
Art. 8º O art. 95 da Lei nº 7.565, de 19 de de-
§ 1º O órgão gestor de mão de obra fará a esca- zembro de 1986, passa a vigorar com as seguin-
lação de trabalhadores portuários avulsos por meio tes alterações:
eletrônico, de modo que o trabalhador possa ha-
bilitar-se sem comparecer ao posto de escalação. “Art. 95. O Poder Executivo deverá instituir e re-
gular comissão que tenha os seguintes objetivos:
§ 2º O meio eletrônico adotado para a escala-
ção de trabalhadores portuários avulsos deverá I - assessorar os órgãos governamentais, relati-
ser inviolável e tecnicamente seguro. vamente à política e aos critérios de segurança; e

§ 3º Fica vedada a escalação presencial de II - promover a coordenação entre:


trabalhadores portuários.” (NR)
a) os serviços de controle de passageiros;
Art. 6º O caput do art. 10 da Lei nº 7.783, de
28 de junho de 1989, passa a vigorar acrescido b) a administração aeroportuária;
do seguinte inciso XV:
c) o policiamento;
“Art. 10. ..........................................................
d) as empresas de transporte aéreo; e
XV - atividades portuárias.” (NR)
e) as empresas de serviços auxiliares.
Art. 7º O art. 40 da Lei nº 12.815, de 5 de ju-
nho de 2013, passa a vigorar acrescido do se- § 1º (Revogado).
guinte § 5º:
§ 2º Compete, ainda, à comissão de que trata
“Art. 40. .......................................................... o caput deste artigo propor diretrizes destinadas

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

a prevenir e a enfrentar ameaças e atos contra § 6º A União não se responsabilizará por da-
a aviação civil e as instalações correlatas.” (NR) nos eventuais causados a aeronaves ou a tercei-
ros em decorrência da cessão de uso especial
Art. 9º Fica autorizada a cessão de uso especial prevista no caput deste artigo.
de pátios sob administração militar, a título gratui-
to, às pessoas jurídicas prestadoras de serviço de § 7º A cessionária será obrigada a zelar pela
transporte aéreo público, nacionais, a título pre- conservação do imóvel e será responsável pelos
cário, durante o período do estado de calamidade danos ou prejuízos a que tenha dado causa.
pública decorrente da pandemia da Covid-19.
Art. 10. Fica a União autorizada a custear
§ 1º A cessão de que trata o caput deste arti- as despesas com serviços de estacionamento
go comportará apenas o uso de células de espa- para a permanência de aeronaves de empre-
ço físico, a serem determinadas pelo Comando sas nacionais de transporte aéreo regular de
da Aeronáutica. passageiros em pátios da Infraero, no período
de 1º de abril a 30 de setembro de 2020, em
§ 2º A cessão de que trata o caput deste artigo razão dos efeitos da pandemia da Covid-19 no
será formalizada por meio de termo, que conterá transporte aéreo.
as condições estabelecidas e a finalidade de sua
realização e que será subscrito pela cessionária, Parágrafo único. As despesas decorrentes do
hipótese que implicará sua anuência. caput deste artigo serão realizadas com recur-
sos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC),
§ 3º Na hipótese de aplicação do imóvel, par- limitadas ao montante de R$ 9.048.912,40 (nove
cial ou integral, em finalidade diversa da prevista milhões, quarenta e oito mil, novecentos e doze
nesta Lei e no termo de que trata o § 2º deste reais e quarenta centavos), e o seu pagamento
artigo, a cessão tornar-se-á nula, independente- será realizado diretamente à Infraero, condicio-
mente de ato especial. nado à efetiva comprovação da utilização do ser-
viço, nos limites e nas condições estabelecidos
§ 4º A cessão de que trata o caput deste ar- por portaria do Ministério da Infraestrutura.
tigo não acarretará ônus para a União, e as ati-
vidades necessárias à movimentação de pátio, à Art. 11. (VETADO).
manutenção e à utilização das aeronaves corre-
rão à custa da cessionária. Art. 12. A Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013,
passa a vigorar com as seguintes alterações:
§ 5º A cessionária ficará sujeita às condições exis-
tentes e às condições estabelecidas pelo Comando “Art. 3º ............................................................
da Aeronáutica para acesso às áreas cedidas, com
vistas à segurança das instalações militares. II - (VETADO);

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475
Direito do Trabalho

........................................................................ ‘Art. 5º-A. Os contratos celebrados entre a con-


cessionária e terceiros, inclusive os que tenham
IV - promoção da segurança da navegação na por objeto a exploração das instalações portuárias,
entrada e na saída das embarcações dos portos; serão regidos pelas normas de direito privado, não
se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os
V - estímulo à concorrência, por meio do in- terceiros e o poder concedente, sem prejuízo das
centivo à participação do setor privado e da ga- atividades regulatória e fiscalizatória da Antaq.’”
rantia de amplo acesso aos portos organizados,
às instalações e às atividades portuárias; e “‘Subseção II
Do Arrendamento de Instalação Portuária’
VI - liberdade de preços nas operações por-
tuárias, reprimidos qualquer prática prejudicial à ‘Art. 5º-B. O arrendamento de bem público
competição e o abuso do poder econômico.” (NR) destinado à atividade portuária será realizado
mediante a celebração de contrato, precedida
“Capítulo II de licitação, em conformidade com o disposto
Da concessão de porto organizado, do nesta Lei e no seu regulamento.
arrendamento e do uso temporário de
instalação portuária” Parágrafo único. Poderá ser dispensada a
realização da licitação de área no porto organi-
“‘Seção I zado, nos termos do regulamento, quando for
............................................................................. comprovada a existência de um único interessa-
do em sua exploração e estiverem presentes os
Subseção I seguintes requisitos:
Da Concessão de Porto Organizado’
I - realização de chamamento público pela
‘Art. 4º A concessão de bem público destina- autoridade portuária com vistas a identificar in-
do à exploração do porto organizado será reali- teressados na exploração econômica da área; e
zada mediante a celebração de contrato, sempre
precedida de licitação, em conformidade com o II - conformidade com o plano de desenvolvi-
disposto nesta Lei e no seu regulamento.’ (NR) mento e zoneamento do porto.’

‘Art. 5º São essenciais aos contratos de con- ‘Art. 5º-C. São essenciais aos contratos de ar-
cessão as cláusulas relativas: rendamento as cláusulas relativas:

................................................................’ (NR) I - ao objeto, à área e ao prazo;

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

II - ao modo, à forma e às condições da ex- ‘Art. 5º-D. A administração do porto organi-


ploração da instalação portuária; zado poderá pactuar com o interessado na mo-
vimentação de cargas com mercado não conso-
III - ao valor do contrato e aos critérios e pro- lidado o uso temporário de áreas e instalações
cedimentos de revisão e reajuste; portuárias localizadas na poligonal do porto or-
ganizado, dispensada a realização de licitação.
IV - aos investimentos de responsabilidade
do contratado; § 1º O contrato de uso temporário terá o prazo
improrrogável de até 48 (quarenta e oito) meses.
V - às responsabilidades das partes;
§ 2º Na hipótese de haver mais de um inte-
VI - aos direitos, às garantias e às obrigações ressado na utilização de áreas e instalações por-
do contratante e do contratado; tuárias e inexistir disponibilidade física para alo-
car todos os interessados concomitantemente,
VII - à responsabilidade do titular da instala- a administração do porto organizado promoverá
ção portuária pela inexecução ou deficiente exe- processo seletivo simplificado para a escolha do
cução das atividades; projeto que melhor atenda ao interesse público e
do porto, assegurados os princípios da isonomia
VIII - às hipóteses de extinção do contrato; e da impessoalidade na realização do certame.

IX - à obrigatoriedade da prestação de informa- § 3º Os investimentos vinculados ao contrato


ções de interesse do poder concedente, da An- de uso temporário ocorrerão exclusivamente a
taq e das demais autoridades que atuam no setor expensas do interessado, sem direito a indeniza-
portuário, inclusive as de interesse específico da ção de qualquer natureza.
defesa nacional, para efeitos de mobilização;
§ 4º Após 24 (vinte e quatro) meses de eficá-
X - ao acesso à instalação portuária pelo po- cia do uso temporário da área e da instalação
der concedente, pela Antaq e pelas demais au- portuária, ou, em prazo inferior, por solicitação
toridades que atuam no setor portuário; do contratado, e verificada a viabilidade do uso
da área e da instalação, a administração do por-
XI - às penalidades e sua forma de aplicação; e to organizado adotará as medidas necessárias
ao encaminhamento de proposta de licitação da
XII - ao foro.’” área e das instalações existentes.

“‘Subseção III § 5º Decreto regulamentador disporá sobre os


Do Uso Temporário e das Licitações’ termos, os procedimentos e as condições para o

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477
Direito do Trabalho

uso temporário de áreas e instalações portuárias perdure por prazo superior a 120 (cento e vinte)
localizadas na poligonal do porto organizado.’” dias, contado da data de publicação desta Lei.

“Art. 8º ............................................................ Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.
§ 1º A autorização será formalizada por meio
de contrato de adesão, que conterá as cláusulas Brasília, 24 de agosto de 2020; 199o da Inde-
essenciais previstas no caput do art. 5º-C desta pendência e 132o da República.
Lei, com exceção da cláusula prevista em seu
inciso III. JAIR MESSIAS BOLSONARO
Fernando Azevedo e Silva
...............................................................” (NR) Paulo Guedes
Tarcisio Gomes de Freitas
Art. 13. O art. 27 da Lei nº 10.233, de 5 de
junho de 2001, passa a vigorar acrescido do se- Este texto não substitui o publicado no DOU
guinte inciso XXIX: de 25.8.2020.

“Art. 27. ..........................................................

XXIX - regulamentar outras formas de ocupa-


ção e exploração de áreas e instalações portuá-
rias não previstas na legislação específica.

...............................................................” (NR)

Art. 14. Revoga-se o § 1º do art. 95 da Lei nº


7.565, de 19 de dezembro de 1986.

Art. 15. As disposições constantes dos arts.


2º, 3º e 4º desta Lei produzirão efeitos pelo prazo
de 120 (cento e vinte) dias, contado da data de
publicação desta Lei.

Parágrafo único. Considerar-se-á prorrogado o


prazo estabelecido no caput deste artigo caso o
estado de calamidade pública reconhecido pelo
Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020,

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

DIREITO INTERNACIONAL e Estados Associados para a Criação de Equipes


Conjuntas de Investigação, firmado em San Juan,
em 2 de agosto de 2010, anexo a este Decreto.
Decreto nº 10.452, de 10 de agosto de 2020
Art. 2º São sujeitos à aprovação do Congres-
Promulga o texto do Acordo Quadro de Coo- so Nacional atos que possam resultar em revisão
peração entre os Estados Partes do Mercosul e do Acordo e ajustes complementares que acar-
Estados Associados para a Criação de Equipes retem encargos ou compromissos gravosos ao
Conjuntas de Investigação, firmado pela Repú- patrimônio nacional, nos termos do inciso I do
blica Federativa do Brasil, em San Juan, em 2 de caput do art. 49 da Constituição.
agosto de 2010.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da sua publicação.
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso
IV, da Constituição, e Brasília, 10 de agosto de 2020; 199º da Inde-
pendência e 132º da República.
Considerando que a República Federativa do
Brasil firmou o Acordo Quadro de Cooperação en- JAIR MESSIAS BOLSONARO
tre os Estados Partes do Mercosul e Estados Asso- Ernesto Henrique Fraga Araújo
ciados para a Criação de Equipes Conjuntas de In-
vestigação, em San Juan, em 2 de agosto de 2010; Este texto não substitui o publicado no DOU
de 11.8.2020.
Considerando que o Congresso Nacional
aprovou o Acordo, por meio do Decreto Legisla- ##ANE Acordo quadro de cooperação en-
tivo nº 162, de 19 de outubro de 2018; e tre os estados partes do Mercosul e Estados
associados para a criação de equipes conjun-
Considerando que o Governo brasileiro de- tas de investigacão
positou, junto à República do Paraguai, em 11
de janeiro de 2019, o instrumento de ratificação A República Argentina, a República Federa-
ao Acordo, e que este entrou em vigor para a tiva do Brasil, a República do Paraguai e a Re-
República Federativa do Brasil, no plano jurídico pública Oriental do Uruguai, Estados Partes do
externo, em 22 de maio de 2020; Mercosul, e o Estado Plurinacional da Bolívia e
a República do Equador, Estados Associados ao
DECRETA: Mercosul, doravante denominados as Partes;

Art. 1º Fica promulgado o Acordo Quadro de Recordando que a Convenção das Nações
Cooperação entre os Estados Partes do Mercosul Unidas contra o Tráfico ilícito de Entorpecentes

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479
Direito Internacional

e Substancias Psicotrópicas (Convenção de Vie- nal, poderão solicitar a criação de uma Equipe
na); a Convenção das Nações Unidas contra o Conjunta de Investigação às autoridades com-
Crime Organizado Transnacional (Convenção petentes de outra Parte, quando essa investiga-
de Palermo) e seus Protocolos Adicionais; e a ção tiver por objeto condutas delituosas que por
Convenção das Nações Unidas contra a Corrup- suas características exijam a atuação coordena-
ção (Convenção de Mérida), já preveem a instru- da de mais de uma Parte.
mentação de investigações conjuntas;
Artigo 2º
Preocupados com delitos como o tráfico ilícito Faculdades
de entorpecentes, a corrupção, a lavagem de ati-
vos, o tráfico de pessoas, o tráfico de migrantes, A Equipe Conjunta de Investigação terá facul-
o tráfico de armas e todos aqueles que integram dades para atuar dentro dos territórios das Par-
o chamado crime organizado transnacional, bem tes que as criaram, conforme a legislação interna
como os atos de terrorismo, ou delitos cujas ca- das Partes onde estiver atuando a Equipe.
racterísticas tornem necessária a atuação e o
combate coordenados de mais de uma Parte; Artigo 3º
Definições
Desejosos de reforçar a cooperação em
matéria penal a fim de chegar a uma efetiva Para os fins do presente Acordo Quadro, en-
investigação de todas aquelas condutas referi- tender-se-á por:
das precedentemente;
3.1. Equipe Conjunta de Investigação (ECI): É a
Convencidos de que as equipes conjuntas de constituída por meio de um instrumento de coo-
investigação constituirão uma ferramenta eficaz peração técnica específico que se celebra entre as
de cooperação internacional em matéria penal; e Autoridades Competentes de duas ou mais Partes,
para levar adiante investigações penais em seus
Entendendo necessário contar com mecanismos territórios, por um tempo e fim determinados.
apropriados de cooperação que permitam uma efe-
tiva coordenação entre as autoridades das Partes. 3.2 Instrumento de Cooperação Técnica: É o do-
cumento assinado entre as Autoridades Competen-
ACORDAM: tes, pelo qual se constitui uma ECI. Deverá conter
os requisitos exigidos no presente Acordo Quadro.
Artigo 1º
Âmbito 3.3. Autoridades Competentes: São aquelas
designadas em cada uma das Partes, conforme
As autoridades competentes de uma Parte, sua normativa interna, para propor a criação e
que estiverem a cargo de uma investigação pe- para a respectiva aprovação de uma ECI.

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

3.4. Autoridade Central: É aquela designada g) O prazo estimado que demandará a ativida-
por cada Parte, conforme sua legislação interna, de de investigação da ECI; e
para receber, analisar e transmitir as solicitações
de constituição de uma ECI. h) O projeto de Instrumento de Cooperação
Técnica para consideração da Autoridade Com-
3.5 Integrantes da ECI: São os indicados no petente da Parte Requerida.
Instrumento de Cooperação Técnica, designa-
dos pelas Autoridades Competentes das Partes. 4.3 A solicitação deverá ser redigida no idioma da
Parte Requerente e será acompanhada de uma tra-
Artigo 4º dução ao idioma da Parte Requerida, se for o caso.
Solicitação
Artigo 5º
4.1 As solicitações de criação de uma ECI Tramitação
serão tramitadas através das Autoridades Cen-
trais designadas por cada Parte, mediante o Formalizada a solicitação pela Autoridade Com-
formulário que consta em Anexo e faz parte do petente da Parte Requerente, ela a remeterá a sua
presente Acordo. Autoridade Central. A Autoridade Central analisará
se a solicitação reúne as condições estabelecidas
4.2 Tais solicitações deverão conter: no presente Acordo e, nesse caso, encaminhará o
pedido à Autoridade Central da Parte Requerida.
a) A identificação da Parte Requerida;
A Autoridade Central da Parte Requerida, me-
b) A identificação das autoridades a cargo da diante prévio controle das condições do presen-
investigação na Parte Requerente; te Acordo encaminhará, em seu caso, o pedido a
sua Autoridade Competente a fim de que esta se
c) Uma exposição sucinta dos fatos e descri- pronuncie sobre a criação de uma ECI, conforme
ção dos motivos que justificam a necessidade da sua legislação interna.
criação de uma ECI;
As Autoridades Centrais tramitarão as solici-
d) As normas penais aplicáveis na Parte Re- tações pelos meios mais expeditos e no menor
querente ao fato objeto da investigação; prazo possível.

e) A descrição dos procedimentos de investi- Artigo 6º


gação que se proponham realizar; Aceitação

f) A identificação dos funcionários da Parte A aceitação da criação de uma ECI será co-
Requerente para a integração da ECI; municada por meio das Autoridades Centrais, a

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Direito Internacional

fim de formalizar o Instrumento de Cooperação as Autoridades Competentes entendam necessá-


Técnica definitivo, que será assinado por ambas rio para o desenvolvimento eficaz da investigação.
as Autoridades Competentes.
7.2 O Instrumento de Cooperação Técnica
Na hipótese de a Autoridade Competente da deverá ser redigido, conforme o caso, nos idio-
Parte Requerida indeferir a solicitação de criação mas das Partes Requerente e Requerida.
da ECI, ela o comunicará a sua Autoridade Cen-
tral, a qual, por sua vez, imediatamente o transmi- 7.3 A finalidade específica do Instrumento de
tirá à Autoridade Central da Parte Requerente. O Cooperação Técnica, o prazo de funcionamen-
indeferimento deverá ser sempre fundamentado. to e as medidas ou procedimentos a realizar,
poderão ser modificados por acordo das Auto-
Artigo 7º ridades Competentes.
Instrumento de Cooperação Técnica
Artigo 8º
7.1 O Instrumento de Cooperação Técnica Direção da Investigação
deverá conter:
O Chefe da Equipe terá amplas atribuições,
a) A identificação das Autoridades que assinam no âmbito do objeto acordado, para desenhar as
o Instrumento e dos Estados nos quais atuará a ECI; diretrizes da investigação e adotar as medidas
que estimar pertinentes, consoante as normas
b) A finalidade específica e o prazo de funcio- de seu próprio Estado.
namento da ECI;
Artigo 9º
c) A identificação do Chefe da Equipe pela Responsabilidade
Autoridade Competente do Estado no qual atue
a ECI. Caso a Equipe atue em mais de um Esta- A responsabilidade civil e penal pela atuação
do, cada Parte identificará um Chefe de Equipe; da ECI estará sujeita às normas do Estado de
sua atuação. A responsabilidade administrativa
d) A identificação dos demais integrantes da estará determinada pela legislação da Parte à
ECI, designados pelas Autoridades Competen- qual pertençam os integrantes da ECI.
tes das Partes envolvidas;
Artigo 10
e) As medidas ou procedimentos que será ne- Gastos da investigação
cessário realizar;
Salvo acordo em contrário, os gastos decor-
f) Qualquer outra disposição especifica em ma- rentes da investigação serão cobertos pela Par-
téria de funcionamento, organização e logística que te Requerente, em tudo o que não for salários e

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

retribuições pela atuação dos integrantes da ECI Disposicões finais


da Parte Requerida. Artigo 14
Solução de Controvérsias
Artigo 11
Utilização da Prova e Informação As controvérsias que surgirem sobre a inter-
pretação, a aplicação ou descumprimento das
A prova e a informação obtidas em virtude disposições contidas no presente Acordo entre
da atuação da ECI somente poderão ser uti- os Estados Partes do Mercosul serão resolvidas
lizadas nas investigações que motivaram sua pelo sistema de solução de controvérsias vigen-
criação, salvo acordo em contrário das Autori- te no Mercosul.
dades Competentes.
As controvérsias que surgirem sobre a inter-
As Autoridades Competentes poderão acordar pretação, a aplicação ou descumprimento das
que a informação e a prova obtidas, em virtude da disposições contidas no presente Acordo entre
atuação da ECI, tenham caráter confidencial. um ou mais Estados Partes do Mercosul e um ou
mais Estados Associados, bem como entre um ou
Artigo 12 mais Estados Associados serão resolvidas conso-
Isenção de legalização ante o mecanismo de Solução de Controvérsias
vigente entre as partes envolvidas no conflito.
Os documentos que forem tramitados por
intermédio das Autoridades Centrais ficam dis- Artigo 15
pensados de toda legalização ou outra formali- Vigência
dade análoga.
O presente Acordo entrará em vigor trinta (30)
Artigo 13 dias após o depósito do instrumento de ratifica-
Autoridades Centrais ção pelo quarto Estado Parte do Mercosul. Na
mesma data entrará em vigor para os Estados As-
As Partes, ao depositar o instrumento de rati- sociados que o tiverem ratificado anteriormente.
ficação do presente Acordo, comunicarão a de-
signação da Autoridade Central ao Estado depo- Para os Estados Associados que não o tiverem
sitário, quem informará as demais Partes. ratificado com anterioridade a essa data, o Acor-
do entrará em vigor no mesmo dia em que for de-
A Autoridade Central poderá ser alterada a positado o respectivo instrumento de ratificação.
qualquer momento, devendo a Parte comunicá-
-lo, no menor tempo possível, ao Estado depo- Os direitos e obrigações derivados do Acor-
sitário do presente Acordo, a fim de que informe do, somente serão aplicados aos Estados que o
as demais Partes da mudança efetuada. tiverem ratificado.

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483
Direito Internacional

Artigo 16 ção de uma EQUIPE CONJUNTA DE INVESTI-


Depósito GAÇÃO (ECI) no âmbito de um procedimento
penal cujos detalhes são estabelecidos no pre-
A República do Paraguai será Depositária do sente formulário.
presente Acordo e dos respectivos instrumentos
de ratificação, devendo notificar às Partes as da- a) Autoridade competente que requer a for-
tas dos depósitos desses instrumentos e da en- mação da ECI:
trada em vigor do Acordo, bem como enviar-lhes
cópia devidamente autenticada do mesmo. .......... (Dados da Autoridade Competente que
requereu a criação da ECI, incluindo os dados
FEITO na cidade de San Juan, República Ar- de contato)
gentina, aos 2 dias do mês de agosto de 2010, em
um original, nos idiomas espanhol e português, b) Procedimento penal no qual interessa a
sendo ambos os textos igualmente autênticos. criação da ECI:

Anexo .......... (Descrição sintética da causa incluindo


os dados tendentes à identificação, fato investi-
Formulário do acordo quadro de coope- gado, normas aplicáveis, imputações, se couber,
ração entre os estados partes do Mercosul e e, especialmente, conexões do caso com a Par-
Estados associados para a criação de equi- te Requerida)
pes conjuntas de investigação
c) Objetivos da ECI:
DE:............................... (Autoridade Central
da Parte Requerente) ........... (Finalidade da ECI no que diz respeito
às informações, provas ou medidas que se de-
PARA:.......................... (Autoridade Central seja obter)
da Parte Requerida)
d) Procedimentos de investigação a reali-
Em virtude do estabelecido no Acordo Qua- zar pela ECI.
dro de Cooperação entre os Estados Partes do
Mercosul e Estados Associados para a Criação ...... (Descrição de tais procedimentos)
de Equipes Conjuntas de Investigação, leva-
mos ao conhecimento dessa Autoridade Cen- e) Funcionários que irão integrar a ECI
tral que a autoridade competente (identificação pela Parte Requerente:
da autoridade competente) de.......... (Parte
Requerente) entendeu conveniente propor às .............. (Nomes e dados de contato da tota-
autoridades competentes de seu país, a cria- lidade dos funcionários que irão integrar a ECI)

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

f) Prazo de duração da ECI: 1)- No segundo considerando:

........... (Prazo estimado de atuação da ECI) Onde se lê:

Em virtude do estabelecido no Acordo Qua- “delitos como o tráfico ilícito de entorpecen-


dro de Cooperação entre os Estados Partes do tes, a corrupção, a lavagem de ativos, o comér-
Mercosul e Estados Associados para a Criação cio de pessoas, o tráfico de migrantes”.
de Equipes Conjuntas de Investigação, a Autori-
dade Central de .......... encaminha a solicitação Leia-se:
da criação de uma ECI à Autoridade Central de
............. nas condições que oportunamente se- “delitos como o tráfico ilícito de entorpecen-
rão acordadas no Instrumento de Cooperação tes, a corrupção, a lavagem de ativos, o tráfico
Técnica, cujo projeto vai em anexo. de pessoas, o tráfico de migrantes”.

Em ........ aos ......... dias do mês de ........ de 2)- No artigo 8º


............ ATA DE RETIFICAÇÃO
Onde se lê:
Na cidade de Assunção, aos 7 dias do mês
de novembro de 2016, o Ministério das Rela- “O Chefe da Equipe terá amplas atribuições,
ções Exteriores da República do Paraguai, no no âmbito do objeto acordado, para desenhar os
uso das faculdades que lhe confere a resolução lineamentos da investigação”.
MERCOSUL/RES/GMC/Nº 80/00 e em virtude
do procedimento estabelecido na Convenção de Leia-se:
Viena sobre o Direito dos Tratados, referente à
correção de erros em textos ou cópias autentica- “O Chefe da Equipe terá amplas atribuições,
das dos tratados, faz constar: no âmbito do objeto acordado, para desenhar as
diretrizes da investigação”.
Que foram detectados erros de tradução na
versão no idioma português do “Acordo Quadro Em consequência e considerando que a corre-
de Cooperação entre os Estados Partes do Mer- ção destes erros não afeta o âmbito de aplicação
cosul e Estados Associados para a Criação de do disposto pelos Estados Signatários, efetua-se
Equipes Conjuntas de Investigação”, assinado a retificação de acordo com o acima exposto.
na cidade de San Juan, República Argentina, em
02 de agosto de 2010, conforme abaixo: E para constar, o Ministério das Relações
Exteriores da República do Paraguai estende
Correção ao texto do Acordo Quadro em a presente Ata de Retificação no lugar e data
português: acima, para efeitos de emissão de novas có-

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485
Direito Internacional

pias autenticadas aos Estados Partes e Esta-


dos Associados.

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486
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

DIREITO PREVIDENCIÁRIO II - (VETADO).

Art. 4º (VETADO).
Lei nº 14.048, de 24 de agosto de 2020
Art. 5º (VETADO).
Dispõe sobre medidas emergenciais de am-
paro aos agricultores familiares do Brasil para Art. 6º (VETADO).
mitigar os impactos socioeconômicos da Co-
vid-19; altera as Leis nos 13.340, de 28 de setem- Art. 7º (VETADO).
bro de 2016, e 13.606, de 9 de janeiro de 2018; e
dá outras providências (Lei Assis Carvalho). Art. 8º (VETADO).

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber Art. 9º (VETADO).


que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei: Art. 10. (VETADO).

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre medidas emer- Art. 11. Fica autorizada, no âmbito do PAA,
genciais de amparo à agricultura familiar com a quitação em produto de parcelas vencidas ou
o objetivo de mitigar os impactos socioeconô- vincendas de Cédulas de Produto Rural (CPRs)
micos da emergência de saúde pública de im- emitidas em favor da Conab por organizações de
portância internacional relacionada à Covid-19, agricultores familiares cuja comercialização da
durante o estado de calamidade pública reco- produção tenha sido prejudicada pela pandemia
nhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de da Covid-19.
março de 2020, incluídas as suas prorrogações.
§ 1º A quitação de que trata o caput deste
Parágrafo único. (VETADO). artigo poderá ser realizada mediante a entrega
dos produtos vinculados, em condições adequa-
Art. 2º (VETADO). das de qualidade e sanidade, pela organização
de agricultores familiares diretamente a entidade
Art. 3º Não descaracteriza a condição de socioassistencial indicada pelo poder público.
segurado especial, aplicável o disposto no in-
ciso IV do § 8º do art. 11 da Lei nº 8.213, de 24 § 2º O disposto no caput deste artigo alcança
de julho de 1991, o recebimento por agriculto- as CPRs com vencimento em 2020 e 2021.
res familiares:
Art. 12. (VETADO).
I - do auxílio emergencial de que trata o art. 2º
da Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020; e Art. 13. (VETADO).

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487
Direito Previdenciário

Art. 14. (VETADO).

Art. 15. (VETADO).

Art. 16. O Tribunal de Contas da União fisca-


lizará a aplicação dos recursos de que trata esta
Lei, sem prejuízo das atribuições dos órgãos de
fiscalização interna e externa dos entes federados.

Art. 17. Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 24 de agosto de 2020; 199o da Inde-


pendência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Tercio Issami Tokano
Paulo Guedes
Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias
Onix Lorenzoni
Rogério Marinho
José Levi Mello do Amaral Júnior

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 25.8.2020.

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488
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

DIREITO TRIBUTÁRIO 2006, em fase de contencioso administrativo ou


judicial ou inscritos em dívida ativa poderão ser
extintos mediante transação resolutiva de litígio,
Lei complementar nº 174, de 5 de agosto nos termos do art. 171 da Lei nº 5.172, de 25 de
de 2020 outubro de 1966 (Código Tributário Nacional).

Autoriza a extinção de créditos tributários Parágrafo único. Na hipótese do caput deste


apurados na forma do Regime Especial Unifica- artigo, a transação será celebrada nos termos da
do de Arrecadação de Tributos e Contribuições Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020, ressalva-
devidos pelas Microempresas e Empresas de da a hipótese prevista no § 3º do art. 41 da Lei
Pequeno Porte (Simples Nacional), mediante Complementar nº 123, de 14 dezembro de 2006.
celebração de transação resolutiva de litígio; e
prorroga o prazo para enquadramento no Sim- Art. 3º A transação resolutiva de litígio relativo
ples Nacional em todo o território brasileiro, no à cobrança de créditos da Fazenda Pública não
ano de 2020, para microempresas e empresas caracteriza renúncia de receita para fins do dis-
de pequeno porte em início de atividade. posto no art. 14 da Lei Complementar nº 101, de
4 de maio de 2000.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- Art. 4º As microempresas e empresas de pe-
no a seguinte Lei: queno porte em início de atividade inscritas no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)
Art. 1º Esta Lei Complementar autoriza a ex- em 2020 poderão fazer a opção pelo Simples
tinção de créditos tributários apurados na forma Nacional, prevista no art. 16 da Lei Complemen-
do Regime Especial Unificado de Arrecadação tar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, no prazo
de Tributos e Contribuições devidos pelas Mi- de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data de
croempresas e Empresas de Pequeno Porte abertura constante do CNPJ.
(Simples Nacional), mediante celebração de
transação resolutiva de litígio, e prorroga o pra- § 1º A opção prevista no caput deste artigo:
zo para enquadramento no Simples Nacional em
todo o território brasileiro, no ano de 2020, para I – deverá observar o prazo de até 30 (trinta)
microempresas e empresas de pequeno porte dias, contado do último deferimento de inscri-
em início de atividade. ção, seja ela a municipal, seja, caso exigível, a
estadual; e
Art. 2º Os créditos da Fazenda Pública apura-
dos na forma do Simples Nacional, instituído pela II – não afastará as vedações previstas na Lei
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

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489
Direito Tributário

§ 2º O disposto neste artigo será regulamen-


tado por resolução do Comitê Gestor do Sim-
ples Nacional.

Art. 5º Esta Lei Complementar entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 5 de agosto de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


André Luiz de Almeida Mendonça
Paulo Guedes

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 6.8.2020

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490
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

DIREITO URBANÍSTICO IV - dois do Ministério de Minas e Energia; e

V - dois do Ministério da Ciência, Tecnologia


Decreto nº 10.453, de 10 de agosto de 2020 e Inovações.

Altera o Decreto nº 10.117, de 19 de novem- § 1º Os representantes dos órgãos integran-


bro de 2019, que dispõe sobre a qualificação de tes do Comitê Interministerial serão indicados
projetos para ampliação da capacidade de recu- pelos Secretários-Executivos dos Ministérios e,
peração energética de resíduos sólidos urbanos no caso do inciso I do caput, pelo Secretário
no âmbito do Programa de Parcerias de Investi- Especial do Programa de Parcerias de Investi-
mentos da Presidência da República. mentos, e designados pelo Ministro de Estado
da Economia.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das
atribuições que lhe confere o art. 84, caput, incisos ...............................................................” (NR)
IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vis-
ta o disposto na Lei nº 13.334, de 13 de setembro Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de
de 2016, e na Resolução nº 125, de 10 de junho de sua publicação.
2020, do Conselho do Programa de Parcerias de
Investimentos da Presidência da República, Brasília, 10 de agosto de 2020; 199º da Inde-
pendência e 132º da República.
DECRETA:
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Art. 1º O Decreto nº 10.117, de 19 de no- Paulo Guedes
vembro de 2019, passa a vigorar com as se-
guintes alterações: Este texto não substitui o publicado no DOU
de 11.8.2020.
“Art. 3º ............................................................

I - dois do Ministério da Economia, por meio


da Secretaria Especial do Programa de Parcerias
de Investimentos, que o coordenará;

II - dois do Ministério do Meio Ambiente;

III - dois do Ministério do Desenvolvimento


Regional;

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491
Direitos Difusos e Coletivos

DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS 3. do desenvolvimento científico e da inova-


ção tecnológica; e

Decreto nº 10.468, de 18 de agosto de 2020 4. do respeito ao direito internacional, aos tra-


tados pactuados pela República Federativa do
Altera o Decreto nº 9.013, de 29 de março de Brasil e aos acordos bilaterais e multilaterais de
2017, que regulamenta a Lei nº 1.283, de 18 de equivalência; e
dezembro de 1950, e a Lei nº 7.889, de 23 de
novembro de 1989, que dispõem sobre o regula- b) pelos princípios contidos:
mento da inspeção industrial e sanitária de pro-
dutos de origem animal. 1. na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990;

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da 2. na Lei nº 13.874, de 20 de setembro de


atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso 2019; e
IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto
na Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e 3. na Lei Complementar nº 123, de 14 de de-
na Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, zembro de 2006; e

DECRETA: II - terão por objetivo a racionalização, a sim-


plificação e a virtualização de processos e pro-
Art. 1º O Decreto nº 9.013, de 29 de março de cedimentos.” (NR)
2017, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 2º ............................................................
“Art. 1º ............................................................
§ 1º A inspeção e a fiscalização do Ministério da
§ 3º Este Decreto e as normas que o com- Agricultura, Pecuária e Abastecimento se esten-
plementarem: dem às casas atacadistas que recebem e arma-
zenam produtos de origem animal, em caráter su-
I - serão orientados: pletivo às atividades de fiscalização sanitária local,
conforme estabelecido na Lei nº 1.283, de 1950, e
a) entre outros, pelos princípios constitucionais: têm por objetivo reinspecionar produtos de origem
animal procedentes do comércio internacional.
1. do federalismo;
...............................................................” (NR)
2. da promoção das microempresas e das
empresas de pequeno porte; “Art. 10. ..........................................................

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

XX - Regulamento Técnico de Identidade e partamento de Inspeção de Produtos de Origem


Qualidade - RTIQ - ato normativo com o objetivo Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária
de fixar a identidade e as características mínimas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
de qualidade que os produtos de origem animal tecimento e liderada por Auditor Fiscal Federal
devem atender; Agropecuário com formação em Medicina Vete-
rinária, com o objetivo de apurar o desempenho
XXI - inovação tecnológica - produtos ou pro- do serviço e que poderá incluir auditorias por
cessos tecnologicamente novos ou significativa- amostragem em estabelecimentos registrados;
mente aperfeiçoados, não compreendidos no es-
tado da técnica, e que proporcionem a melhoria do XXV - central de certificação - unidade do
objetivo do processo ou da qualidade do produto Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
de origem animal, considerados de acordo com mento apta a emitir certificados sanitários na-
as normas nacionais de propriedade industrial e cionais ou internacionais, guias de trânsito e ou-
as normas e diretrizes internacionais cabíveis; tros documentos definidos pelo Departamento
de Inspeção de Produtos de Origem Animal da
XXII - aproveitamento condicional - destina- Secretaria de Defesa Agropecuária do referido
ção dada pelo serviço oficial à matéria-prima e ao Ministério, para respaldar o trânsito nacional ou
produto que se apresentar em desconformidade internacional de produtos de origem animal;
com a legislação para elaboração de produtos
comestíveis, mediante submissão a tratamentos XXVI - condenação - destinação dada pela
específicos para assegurar sua inocuidade; empresa ou pelo serviço oficial às matérias-pri-
mas e aos produtos que se apresentarem em
XXIII - auditoria - procedimento técnico-ad- desconformidade com a legislação para elabo-
ministrativo conduzido por Auditor Fiscal Federal ração de produtos não comestíveis, assegurada
Agropecuário com formação em Medicina Vete- a inocuidade do produto final, quando couber;
rinária, com o objetivo de:
XXVII - descaracterização - aplicação de
a) apurar o desempenho do serviço de inspe- procedimento ou processo ao produto ou à
ção federal local junto aos estabelecimentos sob matéria-prima de origem animal com o obje-
inspeção em caráter permanente; e tivo de torná-lo visualmente impróprio ao con-
sumo humano;
b) avaliar as condições técnicas e higiênico-
-sanitárias dos estabelecimentos registrados; XXVIII - desnaturação - aplicação de procedi-
mento ou processo ao produto ou à matéria-pri-
XXIV - auditoria de unidade descentralizada ma de origem animal, com o uso de substância
- procedimento técnico-administrativo conduzi- química, com o objetivo de torná-lo visualmente
do por equipe composta por servidores do De- impróprio ao consumo humano;

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493
Direitos Difusos e Coletivos

XXIX - destinação industrial - destinação dada tes espécies de açougue, de caça, de anfíbios
pelo estabelecimento às matérias-primas e aos e répteis nos estabelecimentos, nos termos do
produtos, devidamente identificados, que se disposto no art. 14.
apresentem em desconformidade com a legisla-
ção ou não atendam às especificações previstas § 2º A inspeção federal em caráter periódico
em seus programas de autocontrole, para serem consiste na presença do serviço oficial de ins-
submetidos a tratamentos específicos ou para peção para a realização dos procedimentos de
elaboração de outros produtos comestíveis, as- inspeção e fiscalização nos demais estabeleci-
seguradas a rastreabilidade, a identidade, a ino- mentos registrados ou relacionados e nas outras
cuidade e a qualidade do produto final; instalações industriais dos estabelecimentos de
que trata o § 1º, excetuado o abate.” (NR)
XXX - inutilização - destinação para a destrui-
ção, dada pela empresa ou pelo serviço oficial às “Art. 12. ..........................................................
matérias-primas e aos produtos que se apresen-
tam em desacordo com a legislação; XV - verificação dos controles de rastreabi-
lidade dos animais, das matérias-primas, dos
XXXI - recomendações internacionais - nor- insumos, dos ingredientes e dos produtos ao
mas ou diretrizes editadas pela Organização longo da cadeia produtiva, a partir de seu rece-
Mundial da Saúde Animal ou pela Comissão do bimento nos estabelecimentos;
Codex Alimentarius da Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e a Agricultura relati- ........................................................................
vas a produtos de origem animal; e
Parágrafo único. O Departamento de Inspe-
XXXII - serviço de inspeção federal - SIF - ção de Produtos de Origem Animal da Secre-
unidade técnico-administrativa do Ministério taria de Defesa Agropecuária do Ministério da
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizará
constitui a representação local do serviço de ins- auditorias para avaliar o desempenho do serviço
peção de produtos de origem animal.” (NR) de inspeção federal, nas unidades locais e nas
unidades descentralizadas, quanto à execução
“Art. 11. A inspeção federal será realizada em das atividades de inspeção e fiscalização de que
caráter permanente ou periódico. tratam o caput e o art. 11.” (NR)

§ 1º A inspeção federal em caráter permanen- “Art. 17. ..........................................................


te consiste na presença do serviço oficial de ins-
peção para a realização dos procedimentos de § 1º Para os fins deste Decreto, entende-se
inspeção e fiscalização ante mortem e post mor- por abatedouro frigorífico o estabelecimento
tem, durante as operações de abate das diferen- destinado ao abate dos animais produtores de

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

carne, à recepção, à manipulação, ao acondicio- belecimento destinado ao abate de anfíbios e


namento, à rotulagem, à armazenagem e à expe- répteis, à recepção, à lavagem, à manipulação,
dição dos produtos oriundos do abate, dotado ao acondicionamento, à rotulagem, à armaze-
de instalações de frio industrial, que pode realizar nagem e à expedição dos produtos oriundos do
o recebimento, a manipulação, a industrialização, abate, que pode realizar o recebimento, a mani-
o acondicionamento, a rotulagem, a armazena- pulação, a industrialização, o acondicionamen-
gem e a expedição de produtos comestíveis. to, a rotulagem, a armazenagem e a expedição
de produtos comestíveis.
§ 2º Para os fins deste Decreto, entende-se
por unidade de beneficiamento de carne e pro- § 3º Para os fins deste Decreto, entende-se
dutos cárneos o estabelecimento destinado à por unidade de beneficiamento de pescado e
recepção, à manipulação, ao acondicionamento, produtos de pescado o estabelecimento destina-
à rotulagem, à armazenagem e à expedição de do à recepção, à lavagem do pescado recebido
carne e produtos cárneos, que pode realizar a da produção primária, à manipulação, ao acondi-
industrialização de produtos comestíveis.” (NR) cionamento, à rotulagem, à armazenagem e à ex-
pedição de pescado e de produtos de pescado,
“Art. 18. .......................................................... que pode realizar também sua industrialização.

Parágrafo único. Os estabelecimentos de que ...............................................................” (NR)


trata o caput assegurarão o atendimento aos re-
quisitos estabelecidos no § 2º do art. 313 pelos “Art. 20. ..........................................................
estabelecimentos fornecedores de matérias-pri-
mas para uso em suas atividades.” (NR) § 3º Para os fins deste Decreto, entende-se
por unidade de beneficiamento de ovos e deriva-
“Art. 19. .......................................................... dos o estabelecimento destinado à produção, à
recepção, à ovoscopia, à classificação, à indus-
§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se trialização, ao acondicionamento, à rotulagem, à
por barco-fábrica a embarcação de pesca desti- armazenagem e à expedição de ovos e derivados.
nada à captura ou à recepção, à lavagem, à ma-
nipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à ........................................................................
armazenagem e à expedição de pescado e pro-
dutos de pescado, dotada de instalações de frio § 6º Caso disponha de estrutura e condições
industrial, que pode realizar a industrialização de apropriadas, é facultada a quebra de ovos na
produtos comestíveis. granja avícola, para destinação exclusiva para tra-
tamento adequado em unidade de beneficiamento
§ 2º Para os fins deste Decreto, entende-se de ovos e derivados, nos termos do disposto nes-
por abatedouro frigorífico de pescado o esta- te Decreto e em normas complementares.” (NR)

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Direitos Difusos e Coletivos

“Art. 21. .......................................................... “Art. 22. ..........................................................

III - unidade de beneficiamento de leite e de- II - unidade de beneficiamento de produtos


rivados; e de abelhas.

........................................................................ § 2º Para os fins deste Decreto, entende-se


por unidade de beneficiamento de produtos de
§ 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por abelhas o estabelecimento destinado à recep-
posto de refrigeração o estabelecimento intermedi- ção, à classificação, ao beneficiamento, à indus-
ário entre as propriedades rurais e as unidades de trialização, ao acondicionamento, à rotulagem, à
beneficiamento de leite e derivados destinado à se- armazenagem e à expedição de produtos e ma-
leção, à recepção, à mensuração de peso ou volu- térias-primas pré-beneficiadas provenientes de
me, à filtração, à refrigeração, ao acondicionamen- outros estabelecimentos de produtos de abelhas
to e à expedição de leite cru refrigerado, facultada e derivados, facultada a extração de matérias-
a estocagem temporária do leite até sua expedição. -primas recebidas de produtores rurais.

§ 3º Para os fins deste Decreto, entende-se ...............................................................” (NR)


por unidade de beneficiamento de leite e deri-
vados o estabelecimento destinado à recepção, “Art. 23. ..........................................................
ao pré-beneficiamento, ao beneficiamento, ao
envase, ao acondicionamento, à rotulagem, à § 1º Para os fins deste Decreto, entende-se
armazenagem e à expedição de leite para o con- por entreposto de produtos de origem animal o
sumo humano direto, facultada a transferência, estabelecimento destinado exclusivamente à re-
a manipulação, a fabricação, a maturação, o fra- cepção, à armazenagem e à expedição de pro-
cionamento, a ralação, o acondicionamento, a dutos de origem animal comestíveis, que neces-
rotulagem, a armazenagem e a expedição de de- sitem ou não de conservação pelo emprego de
rivados lácteos, permitida também a expedição frio industrial, dotado de instalações específicas
de leite fluido a granel de uso industrial. para a realização de reinspeção.

§ 5º Para os fins deste Decreto, entende-se § 2º Para os fins deste Decreto, entende-se
por queijaria o estabelecimento destinado à fa- por casa atacadista o estabelecimento registra-
bricação de queijos, que envolva as etapas de do no órgão regulador da saúde que receba e ar-
fabricação, maturação, acondicionamento, rotu- mazene produtos de origem animal procedentes
lagem, armazenagem e expedição, e que, caso do comércio internacional prontos para comer-
não realize o processamento completo do quei- cialização, acondicionados e rotulados, para fins
jo, encaminhe o produto a uma unidade de be- de reinspeção, dotado de instalações específi-
neficiamento de leite e derivados.” (NR) cas para a realização dessa atividade.

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

§ 3º Nos estabelecimentos de que tratam os I- abatedouro frigorífico;


§ 1º e § 2º, não serão permitidos trabalhos de
manipulação, de fracionamento ou de substitui- II - unidade de beneficiamento de carne e
ção de embalagem primária, permitida a subs- produtos cárneos;
tituição da embalagem secundária que se apre-
sentar danificada. III - barco-fábrica;

........................................................................ IV - abatedouro frigorífico de pescado;

§ 5º Nos estabelecimentos de que trata o § 1º, V - unidade de beneficiamento de pescado e


é permitida a agregação de produtos de origem produtos de pescado;
animal rotulados para a formação de kits ou con-
juntos, que não estão sujeitos a registro.” (NR) VI - estação depuradora de moluscos bivalves;

“Art. 28. Para obtenção do registro ou do re- VII - unidade de beneficiamento de ovos e
lacionamento do estabelecimento serão obser- derivados;
vadas as seguintes etapas:
VIII - granja leiteira; e
I- depósito, pelo estabelecimento, da docu-
mentação exigida, nos termos do disposto nas IX - unidade de beneficiamento de leite e
normas complementares; derivados.

II - avaliação e aprovação, pela fiscalização, da § 2º Para os demais estabelecimentos de que


documentação depositada pelo estabelecimento; trata este Decreto, serão obrigatórias as etapas
previstas nos incisos I e IV do caput.
III - vistoria in loco do estabelecimento edi-
ficado, com emissão de parecer conclusivo § 3º O Ministério da Agricultura, Pecuária e
em laudo elaborado por Auditor Fiscal Federal Abastecimento disponibilizará e manterá siste-
Agropecuário com formação em Medicina Ve- ma informatizado específico para atendimento
terinária; e do disposto neste artigo.

IV - concessão do registro ou do relaciona- § 4º Ato do Ministro de Estado da Agricultura,


mento do estabelecimento. Pecuária e Abastecimento poderá estabelecer
os procedimentos simplificados de registro pre-
§ 1º As etapas previstas no caput serão vistos no § 2º para os estabelecimentos a que
obrigatórias para os estabelecimentos classi- se refere o § 1º, de acordo com a natureza das
ficados como: atividades industriais realizadas.” (NR)

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Direitos Difusos e Coletivos

“Art. 30. Atendidas as exigências estabelecidas § 2º Os estabelecimentos atenderão às exi-


neste Decreto e nas normas complementares, o gências ou pendências estabelecidas quando da
Diretor do Departamento de Inspeção de Produ- concessão do título de registro anteriormente ao
tos de Origem Animal da Secretaria de Defesa início de suas atividades industriais.” (NR)
Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecu-
ária e Abastecimento emitirá o título de registro, “Art. 32. O título de relacionamento do esta-
que poderá ter formato digital, no qual constará: belecimento emitido pelo chefe do serviço de
inspeção de produtos de origem animal da juris-
I - o número do registro; dição na qual o estabelecimento está localizado
é o documento hábil para autorizar o início das
II - o nome empresarial; atividades de reinspeção de produtos de origem
animal importados e poderá ser emitido em for-
III - a classificação do estabelecimento; e mato digital.

IV - a localização do estabelecimento. Parágrafo único. O número do relacionamen-


to do estabelecimento será:
Parágrafo único. O número de registro do es-
tabelecimento é único e identifica a unidade fa- I - único para cada Estado ou Distrito Federal;
bril no território nacional.” (NR)
II - indicado pela sigla do Estado ou do Distri-
“Art. 31. O título de registro emitido pelo Di- to e o número do relacionamento.” (NR)
retor do Departamento de Inspeção de Produtos
de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agro- “Art. 33. A ampliação, a remodelação ou a
pecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e construção nas dependências e nas instala-
Abastecimento é o documento hábil para autori- ções dos estabelecimentos registrados, que
zar o funcionamento dos estabelecimentos. implique aumento de capacidade de produção
ou alteração do fluxo de matérias-primas, dos
§ 1º Quando se tratar de estabelecimentos produtos ou dos funcionários, e as alterações
sob inspeção em caráter permanente, além do nas dependências ou instalações dos locais de
título de registro de que trata o caput, o início reinspeção ou de armazenamento de produtos
das atividades industriais está condicionado à de origem animal importados dos estabeleci-
designação de equipe de servidores responsável mentos relacionados poderão ser realizadas
pelas atividades de que trata o inciso I do caput somente após:
do art. 12, pelo chefe do serviço de inspeção de
produtos de origem animal da jurisdição na qual I - aprovação prévia do projeto, nos estabele-
o estabelecimento está localizado. cimentos de que trata o § 1º do art. 28; e

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

II - atualização da documentação depositada, II - registro e relacionamento de estabeleci-


nos estabelecimentos de que trata o § 2º do art. mentos; e
28.” (NR)
III - cancelamento de registro ou relaciona-
“Art. 34. Nos estabelecimentos que realizem mento de estabelecimentos.” (NR)
atividades em instalações independentes, si-
tuadas na mesma área industrial, pertencentes “Art. 39. ..........................................................
ou não à mesma empresa, a construção isolada
de dependências comuns de abastecimento de § 6º As exigências de que trata o § 5º in-
água, tratamento de efluentes, laboratório, almo- cluem aquelas:
xarifado e sociais poderá ser dispensada.
I - relativas ao cumprimento de prazos de:
...............................................................” (NR)
a) planos de ação;
“Art. 35. ..........................................................
b) intimações; ou
§ 2º O registro do estabelecimento que in-
terromper, voluntariamente, seu funcionamento c) determinações sanitárias de qualquer na-
pelo período de um ano será cancelado.” (NR) tureza; e

“Art. 37. O cancelamento de registro será II - de natureza pecuniária, que venham a ser
oficialmente comunicado às autoridades com- estabelecidas em decorrência da apuração admi-
petentes do Estado, do Distrito Federal ou do nistrativa de infrações cometidas pela antecesso-
Município e, quando for o caso, à autoridade fe- ra em processos pendentes de julgamento.” (NR)
deral, na pessoa do chefe do serviço de inspe-
ção de produtos de origem animal da jurisdição “Art. 41. Não será autorizado o funcionamen-
onde o estabelecimento está localizado.” (NR) to de estabelecimento que não esteja completa-
mente instalado e equipado para a finalidade a
“Art. 38. O Ministério da Agricultura, Pecuária que se destina, conforme:
e Abastecimento editará normas complementa-
res sobre os procedimentos e as exigências do- I - o projeto aprovado pelo Departamento de
cumentais para: Inspeção de Produtos de Origem Animal da Se-
cretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da
I - a aprovação prévia de projeto de constru- Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para os es-
ção, reforma e ampliação de estabelecimentos; tabelecimentos a que se refere o § 1º do art. 28; ou

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Direitos Difusos e Coletivos

II - a documentação depositada, para os es- nitárias e da segurança dos produtos sob inspe-
tabelecimentos a que se refere o § 2º do art. 28. ção federal, ficando a permissão condicionada à
avaliação dos perigos associados a cada produto.
...............................................................” (NR)
...............................................................” (NR)
“Art. 42. ..........................................................
“Art. 55. ..........................................................
XXII - água potável nas áreas de produção in-
dustrial de produtos comestíveis; § 2º Quando utilizado, o controle químico
deve ser executado por empresa especializada
........................................................................ ou por pessoal capacitado, conforme legislação
específica, e com produtos aprovados pelo ór-
XXVIII - sede para o SIF, compreendidos a gão regulador da saúde.” (NR)
área administrativa, os vestiários e as instalações
sanitárias, nos estabelecimentos sob inspeção “Art. 66-A. O Ministério da Agricultura, Pe-
em caráter permanente; cuária e Abastecimento definirá o procedimento
para garantir o cumprimento das disposições do
...............................................................” (NR) § 1º do art. 66 pelos servidores que atuam na
inspeção e fiscalização nos estabelecimentos de
“Art. 46. .......................................................... produtos de origem animal.” (NR)

Parágrafo único. Quando a queijaria não re- “Art. 73. ..........................................................


alizar o processamento completo do queijo, a
unidade de beneficiamento de leite e derivados II - disponibilizar, sempre que necessário, nos
será corresponsável por garantir a inocuidade do estabelecimentos sob inspeção em caráter per-
produto por meio da implantação e do monitora- manente, o apoio administrativo e o pessoal para
mento de programas de sanidade do rebanho e auxiliar na execução dos trabalhos de inspeção
de programas de autocontrole.” (NR) post mortem, conforme normas complementa-
res estabelecidas pelo Ministério da Agricultura,
“Art. 51. Será permitida a utilização de instala- Pecuária e Abastecimento;
ções e equipamentos destinados à fabricação ou
ao armazenamento de produtos de origem animal ........................................................................
para a elaboração ou armazenagem de produtos
que não estejam sujeitos à incidência de fiscaliza- V - manter atualizados:
ção de que trata a Lei nº 1.283, de 1950, desde
que não haja prejuízo das condições higiênico-sa- a) os dados cadastrais de interesse do SIF; e

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

b) o projeto aprovado, para os estabelecimen- observância aos critérios de destinação estabe-


tos a que se refere o § 1º do art. 28, ou a docu- lecidos neste Decreto ou em normas comple-
mentação depositada, para os estabelecimentos mentares editadas pelo Ministério da Agricultu-
a que se refere o § 2º do art. 28; ra, Pecuária e Abastecimento, e manter registros
auditáveis de sua realização;
VI - quando se tratar de estabelecimento sob
inspeção em caráter permanente, comunicar ao XVII - manter as instalações, os equipamen-
SIF a realização de atividades de abate e o ho- tos e os utensílios em condições de manutenção
rário de início e de provável conclusão, com an- adequadas para a finalidade a que se destinam;
tecedência de, no mínimo, setenta e duas horas;
XVIII - disponibilizar, nos estabelecimentos
VII - fornecer o material, os utensílios e as sob caráter de inspeção periódica, local reserva-
substâncias específicos para os trabalhos de co- do para uso do SIF durante as fiscalizações;
leta, acondicionamento e inviolabilidade e reme-
ter as amostras fiscais aos laboratórios; XIX - comunicar ao SIF:

........................................................................ a) com antecedência de, no mínimo, cinco


dias úteis, a pretensão de realizar atividades de
X - fornecer as substâncias para a desnatura- abate em dias adicionais à sua regularidade ope-
ção ou realizar a descaracterização visual perma- racional, com vistas à avaliação da autorização,
nente de produtos condenados, quando não hou- quando se tratar de estabelecimento sob caráter
ver instalações para sua transformação imediata; de inspeção permanente;

........................................................................ b) sempre que requisitado, a escala de traba-


lho do estabelecimento, que conterá a natureza
XV - dispor de programa de recolhimento dos das atividades a serem realizadas e os horários
produtos por ele elaborados e eventualmente de início e de provável conclusão, quando se
expedidos, nos casos de: tratar de estabelecimento sob inspeção em ca-
ráter periódico ou, quando se tratar de estabe-
a) constatação de não conformidade que lecimento sob inspeção em caráter permanente,
possa incorrer em risco à saúde; e para as demais atividades, exceto de abate; e

b) adulteração; c) a paralisação ou o reinício, parcial ou total,


das atividades industriais; e
XVI - realizar os tratamentos de aproveita-
mento condicional, de destinação industrial ou XX - comunicar à unidade competente, com
a inutilização de produtos de origem animal, em antecedência de, no mínimo, setenta e duas ho-

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501
Direitos Difusos e Coletivos

ras, a previsão de chegada de produtos de origem tados pelo SIF, de natureza fiscal ou analítica,
animal importados que requeiram reinspeção. e os registros de controle de recepção, esto-
que, produção, expedição ou quaisquer outros
........................................................................ necessários às atividades de inspeção e fisca-
lização.” (NR)
§ 3º A disponibilização de pessoal de que tra-
ta o inciso II do caput poderá ser atendida por “Art. 78. Os estabelecimentos sob SIF não
pessoa jurídica credenciada pelo Ministério da podem receber produto de origem animal des-
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nos ter- tinado ao consumo humano que não esteja cla-
mos do disposto nas normas complementares, ramente identificado como fabricado em outro
para atendimento às exigências específicas de estabelecimento sob SIF.
mercados importadores.
........................................................................
...............................................................” (NR)
§ 2º É permitida a entrada de matérias-primas
“Art. 74. .......................................................... para elaboração de gelatina e produtos colagê-
nicos procedentes de:
§ 2º-A Na hipótese de utilização de sistemas
informatizados para o registro de dados referen- I - estabelecimentos registrados nos serviços
tes ao monitoramento e a verificação dos pro- de inspeção dos Estados, do Distrito Federal e
gramas de autocontrole, a segurança, integrida- dos Municípios; e
de e a disponibilidade da informação devem ser
garantidas pelos estabelecimentos. II - estabelecimentos processadores de peles
vinculados ao órgão de saúde animal competen-
...............................................................” (NR) te.” (NR)

“Art. 75. .......................................................... “Art. 80. Na hipótese de constatação de per-


da das características originais de conservação,
Parágrafo único. Para fins de rastreabilidade da é proibida a recuperação de frio dos produtos
origem do leite, fica proibida a recepção de leite cru e das matérias-primas que permaneceram em
refrigerado, transportado em veículo de proprieda- condições inadequadas de temperatura.
de de pessoas físicas ou jurídicas não vinculadas,
formal e comprovadamente, ao programa de quali- Parágrafo único. Os produtos e as matérias-
ficação de fornecedores de leite.” (NR) -primas que apresentarem sinais de perda de
suas características originais de conservação
“Art. 76. Os estabelecimentos devem apre- devem ser armazenados em condições adequa-
sentar os documentos e as informações solici- das até sua destinação industrial.” (NR)

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

“Art. 81. .......................................................... § 2º Os estabelecimentos de abate que re-


cebem animais da produção primária são res-
II - não tenham sido adulterados; ponsáveis pela implementação de programas
de melhoria da qualidade da matéria-prima e de
III - tenham assegurada a rastreabilidade nas educação continuada dos produtores.” (NR)
fases de obtenção, recepção, fabricação e de
expedição; e “Art. 85. O recebimento de animais para aba-
te em qualquer dependência do estabelecimen-
IV - atendam às especificações aplicáveis to deve ser feito com prévio conhecimento do
estabelecidas neste Decreto ou em normas SIF.” (NR)
complementares.
“Art. 87. ..........................................................
Parágrafo único. Os estabelecimentos ado-
tarão as providências necessárias para o reco- Parágrafo único. Os animais que chegarem
lhimento de lotes de produtos que representem em veículos transportadores lacrados por deter-
risco à saúde pública ou que tenham sido adul- minações sanitárias, conforme definição do ór-
terados.” (NR) gão de saúde animal competente, poderão ser
desembarcados somente na presença de um
“Art. 84. Nos estabelecimentos sob inspe- servidor do SIF.” (NR)
ção federal, é permitido o abate de bovinos,
bubalinos, equídeos, suídeos, ovinos, capri- “Art. 99. ..........................................................
nos, aves domésticas, lagomorfos, animais
exóticos, animais silvestres, anfíbios e répteis, § 2º Confirmada a suspeita, o animal morto e
nos termos do disposto neste Decreto e em os seus resíduos devem ser:
normas complementares.
I - incinerados;
...............................................................” (NR)
II - autoclavados em equipamento próprio; ou
“Art. 84-A. Os estabelecimentos de abate são
responsáveis por garantir a identidade, a qua- III - submetidos a tratamento equivalente, que
lidade e a rastreabilidade dos produtos, desde assegure a destruição do agente.
sua obtenção na produção primária até a recep-
ção no estabelecimento, incluído o transporte. ...............................................................” (NR)

§ 1º Os estabelecimentos de abate que rece- “Art. 100. As necropsias, independentemente


bem animais oriundos da produção primária de- de sua motivação, devem ser realizadas em lo-
vem possuir cadastro atualizado de produtores. cal específico e os animais e seus resíduos serão

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503
Direitos Difusos e Coletivos

destinados nos termos do disposto neste Decre- em que constem as eventuais enfermidades ou
to e nas normas complementares.” (NR) patologias diagnosticadas nas carcaças, mesmo
em caráter presuntivo, durante a inspeção sani-
“Art. 107. O SIF deve coletar material dos ani- tária e suas destinações.” (NR)
mais destinados ao abate de emergência que
apresentem sinais clínicos neurológicos e enviar “Art. 137. ........................................................
aos laboratórios oficiais para fins de diagnóstico
e adotar outras ações determinadas na legisla- Parágrafo único. Incluem-se, mas não se limi-
ção de saúde animal.” (NR) tam às afecções de que trata o caput, os casos de:

“Art. 113. Antes de chegar à dependência de ...............................................................” (NR)


abate, os animais devem passar por banho de
aspersão com água suficiente ou processo equi- “Art. 138. ........................................................
valente para promover a limpeza e a remoção
de sujidades, respeitadas as particularidades de § 1º Os animais reagentes positivos a testes
cada espécie.” (NR) diagnósticos para brucelose devem ser abati-
dos separadamente.
“Art. 117. Quando forem identificadas defici-
ências no curso do abate, o SIF poderá determi- ...............................................................” (NR)
nar a interrupção do abate ou a redução de sua
velocidade.” (NR) “Art. 162. As carcaças e os órgãos de animais
que apresentem mastite devem ser condenadas,
“Art. 120. A insuflação é permitida como mé- sempre que houver comprometimento sistêmico.
todo auxiliar no processo tecnológico da esfola e
desossa das espécies de abate. § 1º As carcaças e os órgãos de animais que
apresentem mastite aguda, quando não houver
...............................................................” (NR) comprometimento sistêmico, depois de removi-
da e condenada a glândula mamária, serão des-
“Art. 121. ........................................................ tinadas à esterilização pelo calor.

Parágrafo único. É obrigatório o resfriamento § 1º-A As carcaças e os órgãos de animais


ou o congelamento dos produtos de que trata o que apresentem mastite crônica, quando não
caput previamente ao seu transporte.” (NR) houver comprometimento sistêmico, depois de
removida e condenada a glândula mamária, po-
“Art. 132. Sempre que requerido pelos pro- dem ser liberados.
prietários dos animais abatidos, o SIF disponi-
bilizará, nos estabelecimentos de abate, laudo ...............................................................” (NR)

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

“Art. 165. As carcaças de animais com neo- “Art. 175-A. Nos casos de fraturas, contusões
plasias extensas, com ou sem metástase e com e sinais de má sangria ocorridos no abate, por
ou sem comprometimento do estado geral, de- falha operacional ou tecnológica, as carcaças de
vem ser condenadas. aves devem ser segregadas pelo estabelecimen-
to para destinação industrial.
...............................................................” (NR)
Parágrafo único. O disposto no caput não
“Art. 172. Os produtos destinados ao apro- se aplica às contusões extensas ou generali-
veitamento condicional em decorrência do julga- zadas e aos casos de áreas sanguinolentas
mento da inspeção ante mortem e post mortem, ou hemorrágicas difusas, hipóteses em que a
nos termos do disposto neste Decreto e nas nor- destinação será realizada pelo SIF nas linhas
mas complementares, devem ser submetidos, a de inspeção.” (NR)
critério do SIF, a um dos seguintes tratamentos:
“Art. 185. ........................................................
...............................................................” (NR)
§ 1º .................................................................
“Art. 175. As carcaças de aves ou os órgãos
que apresentem evidências de processo inflama- I - quatro ou mais cistos em locais de eleição
tório ou lesões características de artrite, aerossa- examinados na linha de inspeção (músculos da
culite, coligranulomatose, dermatose, dermatite, mastigação, língua, coração, diafragma e seus
celulite, pericardite, enterite, ooforite, hepatite, pilares, esôfago e fígado); e
salpingite e síndrome ascítica devem ser julga-
dos de acordo com os seguintes critérios: ........................................................................

........................................................................ § 2º Nas infecções leves ou moderadas, ca-


racterizadas pela detecção de cistos viáveis ou
§ 1º Para os estados anormais ou patológicos calcificados em quantidades que não caracteri-
não previstos no caput a destinação será realiza- zem a infecção intensa, considerada a pesquisa
da a critério do SIF. em todos os locais de eleição examinados na
linha de inspeção e na carcaça corresponden-
§ 2º O critério de destinação de que trata o § te, esta deve ser destinada ao tratamento con-
1º não se aplica aos casos de miopatias e de dis- dicional pelo frio ou pelo calor, após remoção e
condroplasia tibial, hipótese em que as carcaças condenação das áreas atingidas.
de aves devem ser segregadas pelo estabeleci-
mento para destinação industrial.” (NR) ...............................................................” (NR)

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Direitos Difusos e Coletivos

“Art. 190-A. As carcaças de ovinos acome- “Art. 204-C. Nos casos de aproveitamento
tidas por infecção intensa por Sarcocystis spp condicional, o pescado deve ser submetido a um
(sarcocistose) devem ser condenadas. dos seguintes tratamentos:

§ 1º A infecção intensa é caracterizada pela I - congelamento;


presença de cistos em mais de dois pontos da
carcaça ou dos órgãos. II - salga; ou

§ 2º Nos casos de infecção moderada, caracteri- III - tratamento pelo calor.”


zada pela presença de cistos em até dois pontos da
carcaça ou dos órgãos, a carcaça deve ser destina- “Capítulo I-A
da ao cozimento, após remoção da área atingida. Da inspeção industrial e sanitária do pescado
e derivados
§ 3º Nos casos de infecção leve, caracteriza-
da pela presença de cistos em um único ponto Art. 205. ..........................................................
da carcaça ou do órgão, a carcaça deve ser libe-
rada, após remoção da área atingida.” (NR) ...............................................................” (NR)

“Art. 198. As carcaças de suídeos que apre- “Art. 207-A. O estabelecimento é responsável
sentarem odor sexual devem ser segregadas pelo por garantir a identidade, a qualidade e a rastre-
estabelecimento para destinação industrial.” (NR) abilidade do pescado, desde sua obtenção na
produção primária até a recepção no estabeleci-
“Art. 204-A. É vedado o abate e o processa- mento, incluído o transporte.
mento de anfíbios e répteis que não atendam ao
disposto na legislação ambiental.” (NR) § 1º O estabelecimento que recebe pescado
oriundo da produção primária deve possuir ca-
“Art. 204-B. As carcaças, as partes e os ór- dastro atualizado de fornecedores que contem-
gãos de anfíbios e répteis que apresentem lesões plará, conforme o caso, os produtores e as em-
ou anormalidades que possam torná-los impró- barcações de pesca.
prios para consumo devem ser identificados e
conduzidos a um local específico para inspeção. § 2º O estabelecimento que recebe pescado
da produção primária é responsável pela imple-
Parágrafo único. As carcaças, partes e órgãos mentação de programas de melhoria da qualida-
de anfíbios e répteis julgados impróprios para de da matéria-prima e de educação continuada
consumo humano serão condenadas.” (NR) dos fornecedores.” (NR)

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

“Art. 207-B. Quando o desembarque do § 3º Os pescados de que tratam os incisos de


pescado oriundo da produção primária não I a III do caput devem ser avaliados quanto às ca-
for realizado diretamente no estabelecimento racterísticas sensoriais por pessoal capacitado
sob SIF, deve ser realizado em um local inter- pelo estabelecimento, com utilização de tabela
mediário, sob controle higiênico-sanitário do de classificação e pontuação com embasamen-
estabelecimento. to técnico-científico, nos termos do disposto em
normas complementares ou, na sua ausência,
§ 1º O local intermediário de que trata o caput em recomendações internacionais.
deve constar no programa de autocontrole do
estabelecimento ao qual está vinculado. ...............................................................” (NR)

§ 2º O estabelecimento deve assegurar: “Art. 212. ........................................................

I - a rastreabilidade do pescado recebido; e Parágrafo único. A verificação de que trata o


caput deve ser realizada por pessoal capacitado
II - que as operações realizadas no local inter- do estabelecimento, nos termos do disposto em
mediário de que trata o caput: normas complementares ou, na sua ausência,
em recomendações internacionais.” (NR)
a) não gerem prejuízos à qualidade do pes-
cado; e “Art. 213. É autorizada a sangria, a eviscera-
ção e o descabeçamento a bordo do pescado.
b) não sejam de caráter industrial, facultados
a lavagem superficial do pescado com água po- § 1º O estabelecimento deve dispor em seu
tável, sua classificação, seu acondicionamento programa de autocontrole, com embasamento
em caixas de transporte e adição de gelo, desde técnico, sobre:
que haja condições apropriadas para estas fina-
lidades.” (NR) I - o tipo de pesca;

“Art. 209. Sem prejuízo das disposições deste II - o tempo de captura;


Capítulo, os controles do pescado e dos seus
produtos realizados pelo estabelecimento abran- III - o método de conservação;
gem, no que for aplicável:
IV - a espécie de pescado a ser submetida as
...............................................................” (NR) atividades de que trata o caput; e

“Art. 210. ........................................................ V - os requisitos das embarcações que po-


dem realizar as atividades de que trata o caput.

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Direitos Difusos e Coletivos

§ 2º Na recepção, o pescado objeto das “Art. 217. O pescado, suas partes e seus ór-
atividades de que trata o caput deve ser sub- gãos com lesões ou anormalidades que os tor-
metido pelo estabelecimento ao controle de nem impróprios para consumo devem ser segre-
qualidade, com análises sensoriais e avalia- gados e condenados.” (NR)
ção de perigos químicos, físicos e biológi-
cos.” (NR) “Art. 219-A. O estabelecimento é responsável
por garantir a identidade, a qualidade e a ras-
“Art. 214. É permitida a destinação industrial treabilidade dos ovos, desde sua obtenção na
do pescado que se apresentar injuriado, muti- produção primária até a recepção no estabeleci-
lado, deformado, com alterações de cor, com mento, incluído o transporte.
presença de parasitas localizados ou com ou-
tras anormalidades que não o tornem impróprio § 1º O estabelecimento que recebe ovos
para o consumo humano na forma em que se oriundos da produção primária deve possuir ca-
apresenta, nos termos do disposto em normas dastro atualizado de produtores.
complementares ou, na sua ausência, em reco-
mendações internacionais.” (NR) § 2º O estabelecimento que recebe ovos da pro-
dução primária é responsável pela implementação de
“Art. 216.......................................................... programas de melhoria da qualidade da matéria-pri-
ma e de educação continuada dos produtores.” (NR)
§ 1º Nos casos em que o pescado tiver in-
festação por endoparasitas da família Anisaki- “Art. 223. Os estabelecimentos de ovos e deriva-
dae, os produtos poderão ser destinados ao dos devem executar os seguintes procedimentos:
consumo cru somente após serem submetidos
ao congelamento à temperatura de -20oC (vin- ...............................................................” (NR)
te graus Celsius negativos) por sete dias ou a
-35oC (trinta e cinco graus Celsius negativos) “Art. 243. ........................................................
durante quinze horas.
I - pertençam à propriedade que esteja sob
§ 2º Nas hipóteses de que tratam o caput e interdição determinada por órgão de saúde ani-
o § 1º, podem ser utilizados outros processos mal competente;
que, ao final, atinjam as mesmas garantias, com
embasamento técnico-científico e aprovação ........................................................................
do Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal da Secretaria de Defesa Agrope- V- estejam sendo submetidas a tratamento
cuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e com produtos de uso veterinário durante o pe-
Abastecimento.” (NR) ríodo de carência recomendado pelo fabricante;

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

VI - recebam alimentos ou produtos de uso veteri- ........................................................................


nário que possam prejudicar a qualidade do leite; ou
h) densidade relativa a 15°C/15°C (quinze
VII - estejam em propriedade que não atende graus Celsius por quinze graus Celsius) entre
às exigências do órgão de saúde animal compe- 1,028 (um inteiro e vinte e oito milésimos) e 1,034
tente.” (NR) (um inteiro e trinta e quatro milésimos);

“Art. 245. ........................................................ ...............................................................” (NR)

§ 1º O local intermediário de que trata o caput “Art. 250. ........................................................


deve constar formalmente do programa de au-
tocontrole do estabelecimento industrial a que § 1º Somente o leite que atenda às espe-
está vinculado. cificações estabelecidas no art. 249 pode ser
beneficiado.
........................................................................
...............................................................” (NR)
§ 4º Fica dispensada a obrigatoriedade es-
tabelecida no § 1º do art. 483, caso as demais “Art. 255. ........................................................
disposições deste artigo sejam atendidas.” (NR)
§ 5º O leite pasteurizado destinado ao consu-
“Art. 247. ........................................................ mo humano direto deve ser:

II - contagem padrão em placas - CPP; I - refrigerado imediatamente após a pas-


teurização,
...............................................................” (NR)
II - envasado automaticamente em circuito fe-
“Art. 248. ........................................................ chado, no menor prazo possível; e

I - .................................................................... III - expedido ao consumo ou armazenado em


câmara frigorífica em temperatura não superior a
c) teor mínimo de proteína total de 2,9g/100g 5ºC (cinco graus Celsius).
(dois inteiros e nove décimos de gramas por
cem gramas); § 6º É permitido o armazenamento frigorífico
do leite pasteurizado em tanques isotérmicos
d) teor mínimo de lactose anidra de 4,3g/100g providos de termômetros e agitadores automáti-
(quatro inteiros e três décimos de gramas por cos à temperatura entre 2ºC (dois graus Celsius)
cem gramas); e 5ºC (cinco graus Celsius).

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Direitos Difusos e Coletivos

...............................................................” (NR) § 2º Os estabelecimentos que recebem pro-


dutos da produção primária são responsáveis
“Art. 258. Na conservação do leite devem ser pela implementação de programas de melhoria
atendidos os seguintes limites máximos de tem- da qualidade da matéria-prima e de educação
peratura do produto: continuada dos produtores.” (NR)

I - conservação e expedição no posto de refri- “Art. 267-A. A extração da matéria-prima por


geração: 5º C (cinco graus Celsius); produtor rural deve ser realizada em local pró-
prio, inclusive em unidades móveis, que pos-
II - conservação na unidade de beneficiamen- sibilite os trabalhos de manipulação e acondi-
to de leite e derivados antes da pasteurização: 5º cionamento da matéria-prima em condições de
C (cinco graus Celsius); higiene.” (NR)

IV - estocagem em câmara frigorífica do leite “Art. 292. ........................................................


pasteurizado: 5º C (cinco graus Celsius);
Parágrafo único. O processo de esterilização
........................................................................ comercial deve assegurar um valor de F0 igual
ou maior que três minutos ou a redução de doze
Parágrafo único. A temperatura de conserva- ciclos logarítmicos (12 log10) de Clostridium bo-
ção do leite cru refrigerado na unidade de bene- tulinum.” (NR)
ficiamento de leite e derivados pode ser de até 7º
C (sete graus Celsius), quando o leite estocado “Art. 295. ........................................................
apresentar contagem microbiológica máxima de
300.000 UFC/mL (trezentas mil unidades forma- Parágrafo único. O hambúrguer poderá ser
doras de colônia por mililitro) anteriormente ao moldado em outros formatos mediante espe-
beneficiamento.” (NR) cificação no registro e na rotulagem do produ-
to.” (NR)
“Art. 267. Os estabelecimentos de produtos
de abelhas são responsáveis por garantir a iden- “Art. 308-A. Para os fins deste Decreto, pu-
tidade, a qualidade e a rastreabilidade dos pro- ruruca é o produto cárneo obtido da pele de su-
dutos, desde sua obtenção na produção primá- ínos, com adição ou não de ingredientes, sub-
ria até a recepção no estabelecimento, incluído metido ao processamento térmico adequado, e
o transporte. que pode ser fabricado com gordura ou carne
aderidas.” (NR)
§ 1º Os estabelecimentos que recebem pro-
dutos oriundos da produção primária devem “Art. 308-B. Para os fins deste Decreto, tor-
possuir cadastro atualizado de produtores. resmo é o produto cárneo obtido da gordura de

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

suínos, com adição ou não de ingredientes, sub- § 1º As disposições deste Decreto não se
metido ao processamento térmico adequado, e aplicam aos produtos fabricados a partir do pro-
que pode ser fabricado com pele ou carne ade- cessamento posterior dos produtos de que trata
ridas.” (NR) o caput, tais como:

“Art. 313. ........................................................ I - as enzimas e os produtos enzimáticos;

........................................................................ II - os produtos opoterápicos;

§ 3º Para fins do controle documental da ras- III - os produtos farmoquímicos ou seus pro-
treabilidade para atendimento ao disposto no § dutos intermediários;
2º serão aceitos:
IV - os insumos laboratoriais;
I - a certificação sanitária ou documento equi-
valente expedido ou autorizado pela autoridade V - os produtos para saúde;
sanitária competente dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios; ou VI - os produtos destinados à alimentação
animal com ou sem finalidade nutricional;
II - a documentação comercial, no caso dos
estabelecimentos processadores de peles vincula- VII -os produtos gordurosos;
dos ao órgão de saúde animal competente.” (NR)
VIII - os fertilizantes;
“Art. 322. Para os fins deste Decreto, produ-
tos não comestíveis são os resíduos da produ- IX - os biocombustíveis;
ção industrial e os demais produtos não aptos ao
consumo humano, incluídos aqueles: X - os sanitizantes;

I - oriundos da condenação de produtos de XI - os produtos de higiene e limpeza;


origem animal; ou
XII - a cola animal;
II - cuja obtenção é indissociável do proces-
so de abate, incluídos os cascos, os chifres, os XIII - o couro e produtos derivados; e
pelos, as peles, as penas, as plumas, os bicos, o
sangue, o sangue fetal, as carapaças, os ossos, XIV - os produtos químicos.
as cartilagens, a mucosa intestinal, a bile, os cál-
culos biliares, as glândulas, os resíduos animais § 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e
e quaisquer outras partes animais. Abastecimento estabelecerá procedimentos

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Direitos Difusos e Coletivos

simplificados para respaldar o trânsito e a cer- “Art. 325. Quando os produtos não comes-
tificação sanitária dos produtos previstos no tíveis se destinarem à transformação em outro
caput e no § 1º, sob os aspectos de saúde ani- estabelecimento, devem ser:
mal, inclusive para o atendimento às exigências
de exportação. I - armazenados e expedidos em local exclusi-
vo para esta finalidade; e
§ 3º O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento estabelecerá procedimentos II - transportados em veículos vedados e que
simplificados para migração ou regularização do possam ser completamente higienizados após a
registro, quando cabível, dos estabelecimentos operação.” (NR)
fabricantes dos produtos de que trata o § 1º que
tenham sido registrados no Departamento de “Art. 330. Após sua obtenção, os produtos de
Inspeção de Produtos de Origem Animal da Se- origem animal não comestíveis não podem ser
cretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da manipulados em seções de elaboração de pro-
Agricultura, Pecuária e Abastecimento perante o dutos comestíveis.” (NR)
órgão competente, assegurada a continuidade
do exercício da atividade econômica.” (NR) “Art. 333. Para os fins deste Decreto, pesca-
do fresco é aquele que não foi submetido a qual-
§ 4º Não se incluem na definição do caput os quer processo de conservação, a não ser pela
produtos de que trata o inciso II do caput cujo ação do gelo, mantido em temperaturas próxi-
uso seja autorizado para consumo humano, nos mas à do gelo fundente, com exceção daqueles
termos do disposto neste Decreto ou em normas comercializados vivos.” (NR)
complementares.” (NR)
“Art. 334. ........................................................
“Art. 324. ........................................................
Parágrafo único. A temperatura máxima de
§ 2º Os materiais condenados destinados à conservação do pescado resfriado deve atender
transformação em outro estabelecimento devem ao disposto em normas complementares ou, na
ser previamente descaracterizados, vedada sua sua ausência, ao disposto em recomendações
comercialização e seu uso, sob qualquer forma, internacionais.” (NR)
para alimentação humana, observado o disposto
nos art. 129 e art. 493. “Art. 335. ........................................................

§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º aos produtos § 2º É permitida a utilização de congelador


condenados de que trata o art. 481.” (NR) salmourador nas embarcações quando o pes-

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

cado for destinado como matéria-prima para a outras enzimas coagulantes apropriadas, com-
elaboração de conservas, desde que seja aten- plementada pela ação de bactérias lácticas es-
dido o conceito de congelamento rápido e atin- pecíficas, com a obtenção de uma massa filada,
ja temperatura não superior a -9ºC (nove graus não prensada, que pode ser fresco ou maturado.
Celsius negativos), devendo ter como limite
máximo esta temperatura durante o seu trans- ...............................................................” (NR)
porte e armazenagem.
“Art. 385-A. O uso e a comercialização, exclu-
§ 3º É permitida a utilização de equipamento sivamente para fins industriais, da gordura láctea
congelador salmourador em instalações indus- extraída da água utilizada na operação de fila-
triais em terra, desde que haja: gem durante a elaboração de queijos são permi-
tidos, asseguradas a identidade e a qualidade do
I - controle sobre o tempo e a temperatura produto final no qual será utilizada.” (NR)
de congelamento no equipamento e controle de
absorção de sal no produto; e “Art. 427. Todo produto de origem animal co-
mestível produzido no País ou importado deve
II - finalização do congelamento em túneis até ser registrado no Departamento de Inspeção de
que o produto alcance a temperatura de -18ºC Produtos de Origem Animal da Secretaria de De-
(dezoito graus Celsius negativos). fesa Agropecuária do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
§ 4º O produto de que trata o § 2º será de-
nominado peixe salmourado congelado para ...............................................................” (NR)
conserva e o produto de que trata o § 3º será
denominado peixe salmourado congelado.” (NR) “Art. 427-A. O registro dos produtos será re-
alizado em sistema informatizado específico dis-
“Art. 379. Para os fins deste Decreto, queijo ponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pe-
minas padrão é o queijo de massa crua ou se- cuária e Abastecimento.
micozida obtido por meio da coagulação do leite
pasteurizado com coalho ou com outras enzimas § 1º O registro será concedido de forma auto-
coagulantes apropriadas, complementada pela mática, mediante depósito da documentação de
ação de bactérias lácticas específicas, com a ob- exigência no sistema de que trata o caput, nos
tenção de uma massa coalhada, dessorada, pren- seguintes casos:
sada mecanicamente, salgada e maturada.” (NR)
I - produtos regulamentados; e
“Art. 383. Para os fins deste Decreto, queijo
provolone é o queijo obtido por meio da coagu- II - produtos destinados exclusivamente à
lação do leite pasteurizado com coalho ou com exportação.

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Direitos Difusos e Coletivos

§ 2º O registro de produtos comestíveis não II - especificação dos parâmetros físico-quí-


regulamentados será concedido mediante apro- micos e microbiológicos do produto, seus requi-
vação prévia da formulação e do processo de sitos de identidade e de qualidade e seus méto-
fabricação do produto. dos de avaliação da conformidade, observadas
as particularidades de cada produto;
§ 3º O croqui do rótulo não será objeto de
análise prévia.” (NR) ...............................................................” (NR)

“Art. 427-B. Os produtos definidos nos art. “Art. 431. Todos os ingredientes e os aditivos
308-A, art. 308-B, art. 322, art. 410, art. 416, apresentados de forma combinada devem dis-
art. 418, art. 420, art. 422 e art. 423 são isentos por de informação clara sobre sua composição
de registro. e seus percentuais nas solicitações de registro.

§ 1º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Parágrafo único. Os coadjuvantes de tecnolo-


Abastecimento poderá isentar de registro outros gia empregados na fabricação devem ser discri-
produtos previstos neste Decreto ou em normas minados no processo de fabricação.” (NR)
complementares, conforme a classificação de
risco dos produtos. “Art. 437. É permitida a reutilização de recipien-
tes para o envase ou o acondicionamento de pro-
§ 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e dutos e de matérias-primas utilizadas na alimenta-
Abastecimento estabelecerá procedimentos ção humana quando íntegros e higienizados.
simplificados para respaldar o trânsito e certifi-
cação sanitária dos produtos tratados neste ar- ...............................................................” (NR)
tigo para o atendimento às exigências de expor-
tação.” (NR) “Art. 439. Os estabelecimentos podem expe-
dir ou comercializar somente matérias-primas e
“Art. 428. ........................................................ produtos de origem animal registrados ou isen-
tos de registro pelo Departamento de Inspeção
IV - croqui do rótulo a ser utilizado. de Produtos de Origem Animal da Secretaria de
Defesa Agropecuária do Ministério da Agricul-
...............................................................” (NR) tura, Pecuária e Abastecimento e identificados
por meio de rótulos, dispostos em local visível,
“Art. 429. ........................................................ quando forem destinados diretamente ao con-
sumo ou enviados a outros estabelecimentos em
§ 1º ................................................................. que serão processados.

........................................................................ ........................................................................

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

§ 4º Fica dispensada a aposição de rótulos § 5º Na rotulagem dos produtos isentos de


em produtos não comestíveis comercializados a registro deverá constar a expressão “Produto
granel, quando forem transportados em veículos Isento de Registro no Ministério da Agricultura,
cuja lacração não seja viável ou nos quais o pro- Pecuária e Abastecimento”, em substituição à in-
cedimento não confira garantia adicional à invio- formação de que trata o inciso IX do caput.” (NR)
labilidade dos produtos.” (NR)
“Art. 444. Nos rótulos podem constar referên-
“Art. 442. Os rótulos podem ser utilizados so- cias a prêmios ou a menções honrosas, desde
mente nos produtos registrados ou isentos de que sejam devidamente comprovadas as suas
registro aos quais correspondam. concessões na solicitação de registro e mediante
inclusão na rotulagem de texto informativo ao con-
§ 1º As informações expressas na rotulagem de- sumidor para esclarecimento sobre os critérios, o
vem retratar fidedignamente a verdadeira natureza, responsável pela concessão e o período.” (NR)
a composição e as características do produto.
“Art. 446-A. É facultada a aposição no rótulo de
§ 2º Na venda direta ao consumidor final, é informações que remetam a sistema de produção
vedado o uso do mesmo rótulo para mais de específico ou a características específicas de pro-
um produto. dução no âmbito da produção primária, observadas
as regras estabelecidas pelo órgão competente.
§ 3º Para os fins do § 2º, entende-se por consu-
midor final a pessoa física que adquire um produto § 1º Na hipótese de inexistência de regras ou
de origem animal para consumo próprio.” (NR) de regulamentação específica sobre os sistemas
ou as características de produção de que trata o
“Art. 443. ........................................................ caput, o estabelecimento deverá apor texto ex-
plicativo na rotulagem, em local de visualização
VII - prazo de validade e identificação do lote; fácil, que informará ao consumidor as caracterís-
ticas do sistema de produção.
........................................................................
§ 2º A veracidade das informações prestadas
§ 1º O prazo de validade e a identificação do na rotulagem nos termos do disposto no § 1º
lote devem ser impressos, gravados ou declara- perante os órgãos de defesa dos interesses do
dos por meio de carimbo, conforme a natureza consumidor é de responsabilidade exclusiva do
do continente ou do envoltório, observadas as estabelecimento.” (NR)
normas complementares.
“Art. 446-B. Poderão constar expressões de
........................................................................ qualidade na rotulagem quando estabelecidas es-

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Direitos Difusos e Coletivos

pecificações correspondentes para um determi- em diferentes unidades da mesma empresa,


nado produto de origem animal em regulamento desde que cada estabelecimento tenha o produ-
técnico de identidade e qualidade específico. to registrado.

§ 1º Na hipótese de inexistência de especifi- § 1º Na hipótese do caput, as informações de


cações de qualidade em regulamentação espe- que tratam os incisos II, III, IV, V e IX do caput do
cífica de que trata o caput e observado o dis- art. 443 deverão ser indicados na rotulagem para
posto no art. 446, a indicação de expressões de as unidades fabricantes envolvidas.
qualidade na rotulagem é facultada, desde que
sejam seguidas de texto informativo ao consu- § 2º A unidade fabricante do produto deve ser
midor para esclarecimento sobre os critérios uti- identificada claramente na rotulagem, por meio
lizados para sua definição. de texto informativo, código ou outra forma que
assegure a informação correta.
§ 2º Os parâmetros ou os critérios utilizados
devem ser baseados em evidências técnico- § 3º Alternativamente à indicação dos carim-
-científicas, mensuráveis e auditáveis, e devem bos de inspeção das unidades fabricantes en-
ser descritos na solicitação de registro. volvidas, a empresa poderá optar pela indicação
na rotulagem de um único carimbo de inspeção
§ 3º A veracidade das informações prestadas referente à unidade fabricante.” (NR)
na rotulagem nos termos do disposto nos § 1º e
§ 2º perante os órgãos de defesa dos interesses “Art. 455. ........................................................
do consumidor é de responsabilidade exclusiva
do estabelecimento.” (NR) Parágrafo único. O disposto no caput não se
aplica aos condimentos e às especiarias.” (NR)
“Art. 446-C. O uso de informações atribuíveis
aos aspectos sensoriais, ao tipo de condimen- “Art. 458. Quando se tratar de pescado fres-
tação, menções a receitas específicas ou outras co, respeitadas as peculiaridades inerentes à
que não remetam às características de qualidade espécie e às formas de apresentação do produ-
é facultado na rotulagem, nos termos do dispos- to, o uso de embalagem pode ser dispensado,
to no inciso XVIII do caput do art. 10. desde o produto seja identificado nos conten-
tores de transporte.
Parágrafo único. As informações de que trata o
caput não se enquadram no conceito de expres- Parágrafo único. O disposto no caput não se
sões de qualidade de que trata o art. 446-B.” (NR) aplica ao pescado recebido diretamente da pro-
dução primária.” (NR)
“Art. 447. O mesmo rótulo pode ser usado
para produtos idênticos que sejam fabricados “Art. 467. ........................................................

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

........................................................................ sária é de responsabilidade dos estabelecimentos,


exceto em situações específicas determinadas pelo
II - ................................................................... órgão de saúde animal competente.” (NR)

c) uso: para carcaças de suídeos, de ovinos e “Art. 470. ........................................................


de caprinos em condições de consumo em na-
tureza, aplicado sobre as carcaças ou sobre os § 3º .................................................................
quartos das carcaças;
III - se tratar de análises fiscais realizadas duran-
........................................................................ te os procedimentos de rotina de inspeção oficial;

IV - .................................................................. IV - forem destinadas à realização de análises


microbiológicas, por ser considerada imperti-
a) ..................................................................... nente a análise de contraprova nestes casos; e

........................................................................ V - se tratar de ensaios para detecção de ana-


litos que não se mantenham estáveis ao longo
2. 15cm (quinze centímetros) de lado quando do tempo.
aplicado em sacarias impressas;
§ 4º Para os fins do inciso II do § 3º, conside-
........................................................................ ra-se que o produto apresenta prazo de valida-
de exíguo quando possuir prazo de validade re-
VII - ................................................................. manescente igual ou inferior a quarenta e cinco
dias, contado da data da coleta.” (NR)
d) uso: em lacres utilizados no fechamento
e na identificação de contentores e meios de “Art. 474. ........................................................
transporte de matérias-primas e produtos que
necessitem de certificação sanitária e nas ações § 6º Na hipótese de que trata o § 5º, deve ser
fiscais de interdição de equipamentos, de de- considerado o resultado da análise fiscal.
pendências e de estabelecimentos, e pode ser
de material plástico ou metálico. ...............................................................” (NR)

........................................................................ “Art. 474-A. O solicitante, quando indicar as-


sistente técnico ou substituto para acompanhar
§ 3º A aplicação e controle do uso de lacres e de análises periciais, deverá comprovar que os indi-
etiquetas-lacre em produtos, contentores ou veícu- cados possuem formação e competência técni-
los de transporte em que sua aposição seja neces- ca para acompanhar a análise pericial, conforme

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Direitos Difusos e Coletivos

os critérios definidos pelo Ministério da Agricul- ........................................................................


tura, Pecuária e Abastecimento.
II - a rotulagem, as marcas oficiais de inspe-
§ 1º Na hipótese de o assistente técnico ou subs- ção e os prazos de validade;
tituto indicado não atender aos requisitos de forma-
ção e competência técnica de que trata o caput, o ........................................................................
pedido de realização de análise pericial da amostra
de contraprova será considerado protelatório. V - a documentação fiscal e sanitária de respal-
do ao trânsito e à comercialização, quando couber;
§ 2º Na hipótese de que trata o § 1º, o pedido
de realização de análise pericial da amostra de ...............................................................” (NR)
contraprova será indeferido e será considerado
o resultado da análise fiscal.” (NR) “Art. 481. Na reinspeção de matérias-primas
ou de produtos que apresentem evidências de
“Art. 474-B. O interessado poderá apresen- alterações ou de adulterações, devem ser apli-
tar manifestação adicional quanto ao resultado cados os procedimentos previstos neste Decre-
da análise pericial da amostra de contraprova no to e em normas complementares.
processo de apuração de infrações no prazo de
dez dias, contado da data de assinatura da ata § 1º Na reinspeção, os produtos que forem
de análise pericial de contraprova. julgados impróprios para o consumo humano
devem ser condenados, vedada a sua destina-
§ 1º Aplica-se à contagem do prazo de que ção a outros estabelecimentos sem autorização
trata o caput o disposto nos § 1º e § 2º do art. prévia do SIF.
525, considerada, para este fim, como data da
cientificação oficial a data de assinatura da ata ...............................................................” (NR)
de análise pericial de contraprova.
“Art. 482. É permitido o aproveitamento con-
§ 2º O resultado da análise pericial da amos- dicional ou a destinação industrial de matérias-
tra de contraprova e a manifestação adicional do -primas e de produtos de origem animal em ou-
interessado quanto ao resultado, caso apresen- tro estabelecimento sob inspeção federal ou em
tado, serão avaliados e considerados na motiva- estabelecimentos registrados nos serviços de
ção da decisão administrativa.” (NR) inspeção dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, desde que:
“Art. 480. ........................................................
I - haja autorização prévia do serviço oficial do
Parágrafo único. ............................................. estabelecimento de destino;

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

II - haja controle efetivo de sua rastreabilida- a) as exigências do órgão de saúde animal


de, contemplando a comprovação de recebi- quanto ao trânsito de produtos; e
mento no destino; e
b) as demais exigências previstas neste De-
III - seja observado o disposto no inciso XVI creto e em normas complementares; e
do caput do art. 73.” (NR)
II - podem ser objeto de comércio internacio-
“Art. 482-A. As disposições dos art. 481 e art. nal para países que não possuem requisitos sa-
482 não se aplicam aos produtos de origem ani- nitários específicos.
mal importados não internalizados, cuja destina-
ção observará o disposto no art. 489.” (NR) ...............................................................” (NR)

“Art. 482-B. A reinspeção de produtos de ori- “Art. 487. ........................................................


gem animal nacionais que tenham sido exporta-
dos e retornarem ao Brasil, por processo regular II - reinspeção pela área competente da vi-
de importação, será realizada obrigatoriamente gilância agropecuária internacional, exceto nas
em estabelecimento sob SIF.” (NR) hipóteses dos art. 482-B e art. 482-C.

“Art. 482-C. A critério do Departamento de ........................................................................


Inspeção de Produtos de Origem Animal da Se-
cretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da § 2º A critério do Departamento de Inspeção
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em casos de Produtos de Origem Animal da Secretaria de
de emergência sanitária ou de desabastecimento, Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultu-
por tempo determinado, poderá ser autorizado ra, Pecuária e Abastecimento, a reinspeção de
que a reinspeção de matérias-primas e de pro- matérias-primas e de produtos de origem animal
dutos de origem animal importados seja realizada importados pode ser dispensada e sua circula-
em estabelecimentos registrados ou relaciona- ção fica autorizada após a fiscalização de que
dos, observado o disposto no art. 487.” (NR) trata o inciso I do caput, observado o disposto
no art. 479.” (NR)
“Art. 484. As matérias-primas e os produtos
de origem animal fabricados em estabelecimen- “Art. 489. ........................................................
tos sob inspeção federal, quando devidamente
registrados ou isentos de registro: ........................................................................

I - têm livre comércio em território nacional, § 4º A internalização de produtos de que trata


observadas: o caput poderá ser autorizada para a realização

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Direitos Difusos e Coletivos

de correção dos dados apostos na rotulagem, III - pelas centrais de certificação definidas
especificamente em relação ao importador, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
quando tecnicamente cabível, exclusivamente tecimento.” (NR)
em estabelecimento sob SIF.” (NR)
“Art. 491. Os certificados sanitários para pro-
“Art. 490. Os certificados sanitários nacionais dutos de origem animal destinados ao comércio
ou internacionais, as guias de trânsito e as decla- internacional devem ser redigidos em vernáculo
rações de conformidade ou de destinação indus- e em idioma aceito pelo país de destino.
trial ou condenação emitidos para os produtos
de origem animal devem atender aos modelos ........................................................................
estabelecidos pelo Departamento de Inspeção
de Produtos de Origem Animal da Secretaria de § 2º Ao solicitar a emissão de certificado sani-
Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultu- tário para produtos de origem animal destinados
ra, Pecuária e Abastecimento. ao comércio internacional, o estabelecimento
deve apresentar:
§ 1º Os procedimentos de emissão dos docu-
mentos de que trata o caput serão definidos em I - a declaração de conformidade de que o
normas complementares. produto a ser certificado atende aos requisitos
do país importador; e
§ 2º A certificação sanitária de produtos não
comestíveis observará ainda as disposições do II - a documentação comprobatória de res-
art. 322. paldo da certificação, conforme estabelecido em
normas complementares.” (NR)
§ 3º O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento disponibilizará e manterá sistema “Art. 493. É obrigatória a emissão de certifica-
informatizado específico para emissão e controle ção sanitária para o trânsito de matérias-primas
da emissão dos documentos de que trata o caput. ou de produtos de origem animal destinados ao
aproveitamento condicional ou à condenação
§ 4º Os certificados sanitários nacionais ou determinados pelo SIF e a emissão de docu-
internacionais e as guias de trânsito poderão mentação de destinação industrial ou de conde-
ser emitidas: nação determinadas pelo estabelecimento.

I - pelos serviços de inspeção de produtos de § 1º Nas hipóteses do caput, é obrigatória a


origem animal; comprovação do recebimento das matérias-pri-
mas e dos produtos pelo estabelecimento de
I - pelas unidades do sistema de vigilância destino junto ao emitente, no prazo de quarenta
agropecuária internacional; e e oito horas, contado do recebimento da carga.

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

§ 3º Não serão expedidas novas partidas de § 2º As medidas cautelares adotadas devem


matérias-primas ou de produtos até que seja ser proporcionais e tecnicamente relacionadas
atendido o disposto no § 1º. aos fatos que as motivaram.

§ 4º Nos estabelecimentos de abate em que § 3º Quando a apreensão de produtos for mo-


não seja possível separar o material condenado tivada por deficiências de controle do processo
oriundo do Departamento de Inspeção Final e de produção, as medidas cautelares poderão ser
das linhas de inspeção de post mortem do mate- estendidas a outros lotes de produtos fabricados
rial condenado pelo estabelecimento nas demais sob as mesmas condições.
operações industriais, a certificação sanitária de
que trata o caput fica dispensada e o trânsito § 4º As medidas cautelares adotadas cujas
desses produtos será respaldado pela declara- suspeitas que levaram à sua aplicação não forem
ção de condenação de que trata o art. 490 emi- confirmadas serão levantadas.
tida pelo estabelecimento.” (NR)
§ 5º Após a identificação da causa da irre-
“Art. 495. Se houver evidência ou suspeita de gularidade e a adoção das medidas corretivas
que um produto de origem animal represente cabíveis, a retomada do processo de fabricação
risco à saúde pública ou tenha sido adulterado, será autorizada.
o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento adotará, isolada ou cumulativamente, as § 6º Quando for tecnicamente pertinente, a li-
seguintes medidas cautelares: beração de produtos apreendidos poderá ser con-
dicionada à apresentação de laudos laboratoriais
I - apreensão do produto, dos rótulos ou que evidenciem a inexistência da irregularidade.
das embalagens;
§ 7º O disposto no caput não afasta as com-
II - suspensão provisória do processo de fa- petências de outros órgãos fiscalizadores, na
bricação ou de suas etapas; forma da legislação.” (NR)

III - coleta de amostras do produto para reali- “Art. 495-A. O SIF poderá determinar que o
zação de análises laboratoriais; ou estabelecimento desenvolva e aplique um plano
de amostragem delineado com base em critérios
IV - determinar a realização, pela empresa, de científicos para realização de análises laborato-
coleta de amostras para análises laboratoriais, a riais, cujos resultados respaldarão a manutenção
serem realizadas em laboratório próprio ou cre- da retomada do processo de fabricação quando
denciado, observado o disposto no art. 475. a causa que motivou a adoção da medida caute-
lar for relacionada às deficiências do controle de
........................................................................ processo de produção.

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Direitos Difusos e Coletivos

Parágrafo único. As amostras de que trata o da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou que


caput serão coletadas pela empresa e as análises não conste no cadastro geral do Sistema Brasi-
serão realizadas em laboratório próprio ou cre- leiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal;
denciado, observado o disposto no art. 475.” (NR)
XV - fabricar, expedir ou distribuir produtos de
“Art. 496. ........................................................ origem animal com rotulagem falsificada;

I - construir, ampliar, remodelar ou reformar ........................................................................


instalações sem a prévia aprovação do projeto,
para os estabelecimentos de que trata o § 1º XVII - utilizar produtos com prazo de validade
do art. 28, ou sem prévia atualização da docu- vencida, em desacordo com os critérios estabeleci-
mentação depositada, para os estabelecimentos dos neste Decreto ou em normas complementares;
de que trata o § 2º do referido artigo, quando
houver aumento de capacidade de produção ou XVIII - sonegar informação que, direta ou indi-
alteração do fluxo de matérias-primas, dos pro- retamente, interesse ao Departamento de Inspe-
dutos ou dos funcionários; ção de Produtos de Origem Animal da Secretaria
de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricul-
........................................................................ tura, Pecuária e Abastecimento e ao consumidor;

VII - expedir produtos sem rótulos ou produtos ........................................................................


que não tenham sido registrados no Departamen-
to de Inspeção de Produtos de Origem Animal da XXI - adulterar matéria-prima, ingrediente ou
Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério produto de origem animal;
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
........................................................................
........................................................................
XXIII - expedir para o comércio internacional
XIII - não cumprir os prazos previstos nos do- produtos elaborados sem atenção ao disposto
cumentos expedidos em resposta ao SIF relati- nas normas complementares relativas à exporta-
vos a planos de ação, fiscalizações, autuações, ção de produtos de origem animal;
intimações ou notificações;
........................................................................
XIV - adquirir, manipular, expedir ou distribuir
produtos de origem animal fabricados em es- XXVIII - utilizar matérias-primas e produtos
tabelecimento não registrado no Departamento condenados, não inspecionados ou sem proce-
de Inspeção de Produtos de Origem Animal da dência conhecida no preparo de produtos usa-
Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério dos na alimentação humana;

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

........................................................................ XL - não apresentar para reinspeção os produtos


de origem animal sujeitos à reinspeção obrigatória;
XXXI - não realizar o recolhimento de produ-
tos que possam incorrer em risco à saúde ou XLI - expedir ou comercializar produtos de
que tenham sido adulterados; origem animal sujeitos à reinspeção obrigatória
anteriormente à realização da reinspeção;
XXXII - deixar de fornecer os dados estatísticos
de interesse do SIF nos prazos regulamentares; XLII - receber, manipular, beneficiar, indus-
trializar, fracionar, conservar, armazenar, acondi-
XXXIII - prestar ou apresentar informações in- cionar, embalar, rotular ou expedir produtos de
corretas ou inexatas referentes à quantidade, à origem animal sem possuir registro no órgão de
qualidade e à procedência das matérias-primas, fiscalização competente;
dos ingredientes e dos produtos ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento; XLIII - descumprir determinações sanitárias
de interdição total ou parcial de instalações ou
XXXIV - apor aos produtos novos prazos de- equipamentos, de suspensão de atividades ou
pois de expirada a sua validade; outras impostas em decorrência de fiscalizações
ou autuações, incluídas aquelas determinadas
XXXV - importar matérias-primas ou produtos por medidas cautelares; e
de origem animal adulterados;
XLIV - não realizar os tratamentos de desti-
XXXVI - iniciar atividade sem atender exigên- nação industrial ou de aproveitamento condicio-
cias ou pendências estabelecidas por ocasião da nal estabelecidos neste Decreto ou em normas
concessão do título de registro; complementares ou não dar a destinação ade-
quada aos produtos condenados.” (NR)
XXXVII - não apresentar produtos de origem
animal sujeitos à reinspeção obrigatória no local “Art. 497. ........................................................
de reinspeção autorizado;
II - apresentem-se adulterados;
XXXVIII - utilizar de forma irregular ou inserir
informações ou documentação falsas, enganosas ...............................................................” (NR)
ou inexatas nos sistemas informatizados do Mi-
nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; “Art. 504. Para efeito das infrações previstas
neste Decreto, as matérias-primas e os produtos
XXXIX - prestar ou apresentar informações, podem ser considerados alterados ou adulterados.
declarações ou documentos falsos ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; § 1º São considerados alterados as matérias-

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Direitos Difusos e Coletivos

-primas ou os produtos que não apresentem con- II - falsificados:


dições higiênico-sanitárias adequadas ao fim a que
se destinam e incorrem em risco à saúde pública. a) as matérias-primas e os produtos em que te-
nham sido utilizadas denominações diferentes das
§ 2º São considerados adulterados as maté- previstas neste Decreto, em normas complemen-
rias-primas ou os produtos de origem animal: tares ou no registro de produtos junto ao Departa-
mento de Inspeção de Produtos de Origem Animal
I - fraudados: da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministé-
rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
a) as matérias-primas e os produtos que te-
nham sido privados parcial ou totalmente de seus b) as matérias-primas e os produtos que te-
componentes característicos em razão da subs- nham sido elaborados, fracionados ou reem-
tituição por outros inertes ou estranhos e não balados, expostos ou não ao consumo, com a
atendem ao disposto na legislação específica; aparência e as características gerais de outro
produto registrado junto ao Departamento de
b) as matérias-primas e os produtos com Inspeção de Produtos de Origem Animal da Se-
adição de ingredientes, de aditivos, de coadju- cretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da
vantes de tecnologia ou de substâncias com o Agricultura, Pecuária e Abastecimento e que se
objetivo de dissimular ou de ocultar alterações, denominem como este, sem que o seja;
deficiências de qualidade da matéria-prima ou
defeitos na elaboração do produto; c) as matérias-primas e os produtos que te-
nham sido elaborados de espécie diferente da
c) as matérias-primas e os produtos elabora- declarada no rótulo ou divergente da indicada no
dos com adição de ingredientes, de aditivos, de registro do produto;
coadjuvantes de tecnologia ou de substâncias
com o objetivo de aumentar o volume ou o peso d) as matérias-primas e os produtos que não
do produto; ou tenham sofrido o processamento especificado em
seu registro, expostos ou não ao consumo, e que
d) as matérias-primas e os produtos elabo- estejam indicados como um produto processado;
rados ou comercializados em desacordo com a
tecnologia ou o processo de fabricação estabe- e) as matérias-primas e os produtos que so-
lecido em normas complementares ou em desa- fram alterações no prazo de validade; ou
cordo com o processo de fabricação registrado,
mediante supressão, abreviação ou substituição f) as matérias-primas e os produtos que não
de etapas essenciais para qualidade ou identida- atendam às especificações referentes à natureza
de do produto; ou ou à origem indicadas na rotulagem.” (NR)

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

“Art. 505. O Ministério da Agricultura, Pecu- b) para infrações moderadas, multa de vinte a
ária e Abastecimento estabelecerá, em normas quarenta por cento do valor máximo;
complementares, os critérios de destinação de
matérias-primas e de produtos julgados impró- ........................................................................
prios para o consumo humano, na forma em que
se apresentem, incluídos sua inutilização, o seu § 2º A suspensão de atividades de que trata
aproveitamento condicional ou sua destinação o inciso IV do caput e a interdição de que trata
industrial, quando seja tecnicamente viável. o inciso V do caput serão levantadas nos termos
do disposto no art. 517 e art. 517-A.
§ 1º Enquanto as normas de que trata o caput
não forem editadas, o Departamento de Inspe- ........................................................................
ção de Produtos de Origem Animal da Secretaria
de Defesa Agropecuária do Ministério da Agri- § 4º As sanções de que tratam os incisos IV e
cultura, Pecuária e Abastecimento poderá: V do caput poderão ser aplicadas de forma cau-
telar, sem prejuízo às medidas cautelares previs-
I - autorizar que produtos julgados impróprios tas no art. 495.” (NR)
para o consumo, na forma que se apresentam,
sejam submetidos a tratamentos específicos de “Art. 508-A. Os produtos apreendidos nos
aproveitamento condicional ou de destinação in- termos do disposto no inciso III do caput do art.
dustrial que assegurem a eliminação das causas 508 e perdidos em favor da União, que, apesar
que os motivaram, mediante solicitação tecnica- das adulterações que resultaram em sua apre-
mente fundamentada; ou ensão, apresentarem condições apropriadas ao
consumo humano, serão destinados prioritaria-
II - determinar a condenação dos produtos a mente aos programas de segurança alimentar e
que se refere o inciso I. combate à fome.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos Parágrafo único. O Ministério da Agricultura,
casos de aproveitamento condicional de que tra- Pecuária e Abastecimento estabelecerá, em nor-
tam o art. 172 e o art. 204-C.” (NR) mas complementares, os procedimentos para
aplicação da sanção de perdimento de produ-
“Art. 508. ........................................................ tos.” (NR)

II - ................................................................... “Art. 509. ........................................................

a) para infrações leves, multa de dez a vinte I - infrações leves as compreendidas nos in-
por cento do valor máximo; cisos I a VII e inciso XXXII do caput do art. 496;

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525
Direitos Difusos e Coletivos

II - infrações moderadas as compreendidas VIII - o infrator comprovar que corrigiu a irre-


nos incisos VIII a XVI, inciso XXXIII e inciso XXXIV gularidade que motivou a infração, até o prazo
do caput do art. 496; de apresentação da defesa;

III - infrações graves as compreendidas nos IX - o infrator ser estabelecimento agroindus-


incisos XVII a XXIII e incisos XXXV a XXXVII do trial de pequeno porte de produtos agropecuá-
caput do art. 496; e rios que se enquadra nas definições dos incisos
I ou II do caput do art. 3º ou do § 1º do art. 18-A
IV - infrações gravíssimas as compreendidas da Lei Complementar nº 123, de 2006.
nos incisos XXIV a XXXI e incisos XXXVIII a XLIV
do caput do art. 496. § 2º .................................................................

........................................................................ I - o infrator ser reincidente específico;

§ 2º Aos que cometerem outras infrações a ........................................................................


este Decreto ou às normas complementares,
será aplicada multa no valor compreendido entre § 8º O disposto no inciso IX do § 1º não se
dez e cem por cento do valor máximo da multa, aplica aos casos de reincidência, fraude, resis-
de acordo com a gravidade da falta e seu impac- tência ou embaraço à fiscalização.” (NR)
to na saúde pública ou na saúde animal, obser-
vadas as circunstâncias atenuantes e agravantes “Art. 511. ........................................................
previstas no art. 510.” (NR)
§ 1º A cassação do relacionamento será apli-
“Art. 510. ........................................................ cada pelo chefe do serviço de inspeção de pro-
dutos de origem animal na unidade da jurisdição
§ 1º ................................................................. na qual o estabelecimento está localizado.

I - o infrator ser primário na mesma infração; ...............................................................” (NR)

........................................................................ “Art. 512. Na hipótese de apuração da prática


de duas ou mais infrações em um processo admi-
VI - a infração não acarretar vantagem econô- nistrativo, as penalidades serão aplicadas cumu-
mica para o infrator; lativamente para cada infração praticada.” (NR)

VII - a infração não afetar a qualidade do “Art. 513. Para fins de aplicação das san-
produto; ções de que trata o inciso III do caput do art.

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526
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

508, será considerado que as matérias primas e XIII - prestação ou apresentação ao Ministé-
os produtos de origem animal não apresentam rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de
condições higiênico-sanitárias adequadas ao informações incorretas ou inexatas referentes à
fim a que se destinam ou que se encontram al- quantidade, à qualidade e à procedência das ma-
terados ou adulterados, sem prejuízo de outras térias-primas, dos ingredientes e dos produtos;
previsões deste Decreto, nos casos definidos
no art. 504. XIV - fraude de registros sujeitos à verificação
pelo SIF;
...............................................................” (NR)
........................................................................
“Art. 514. A sanção de que trata o inciso IV
do caput do art. 508 será aplicada nos seguintes XVIII - aquisição, manipulação, expedição ou
casos, sem prejuízo a outras previsões deste De- distribuição de produtos de origem animal oriun-
creto, quando caracterizado risco ou ameaça de dos de estabelecimento não registrado ou rela-
natureza higiênico-sanitária: cionado no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento ou que não conste do cadastro
........................................................................ geral do Sistema Brasileiro de Inspeção de Pro-
dutos de Origem Animal;
III - alteração de qualquer matéria-prima, in-
grediente ou produto de origem animal; XIX - não realização de recolhimento de pro-
dutos que possam incorrer em risco à saúde ou
........................................................................ que tenham sido adulterados;

VII - utilização de produtos com prazo de XX - início de atividade sem atendimentos às


validade expirado em desacordo com os crité- exigências ou às pendências estabelecidas por
rios estabelecidos neste Decreto ou em normas ocasião da concessão do título de registro;
complementares ou apor aos produtos novos
prazos depois de expirada a validade; XXI - expedição ou comercialização de pro-
dutos de origem animal sujeitos à reinspeção
........................................................................ obrigatória anteriormente à sua realização;

X - utilização de matérias-primas e produtos XXII - recebimento, manipulação, beneficia-


condenados, não inspecionados ou sem proce- mento, industrialização, fracionamento, conser-
dência conhecida no preparo de produtos usa- vação, armazenamento, acondicionamento, em-
dos na alimentação humana; balagem, rotulagem ou expedição de produtos
de origem animal que não possuam registro no
........................................................................ órgão de fiscalização competente;

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Direitos Difusos e Coletivos

XXIII - descumprimento de determinações Parágrafo único. A penalidade de que trata o


sanitárias de interdição total ou parcial de insta- inciso IV do caput do art. 508 será aplicada tam-
lações ou equipamentos, de suspensão de ati- bém, nos termos do disposto no art. 517, sem
vidades ou de outras impostas em decorrência prejuízo de outras previsões deste Decreto, nos
de fiscalizações ou autuações, incluídas aquelas seguintes casos, quando caracterizado o emba-
determinadas por medidas cautelares; e raço à ação fiscalizadora:

XXIV - não realização de tratamentos de desti- I- não cumprimento dos prazos estabelecidos
nação industrial ou de aproveitamento condicio- nos documentos expedidos ao SIF, em atendi-
nal estabelecidos neste Decreto ou em normas mento a planos de ação, fiscalizações, autua-
complementares ou não destinação adequada a ções, intimações ou notificações de forma deli-
produtos condenados.” (NR) berada ou de forma recorrente;

“Art. 515. A sanção de que trata o inciso IV do II - expedição para o comércio internacional
caput do art. 508 será aplicada, nos termos do de produtos elaborados sem atenção ao dispos-
disposto no art. 517, quando o infrator: to nas normas complementares relativas à ex-
portação de produtos de origem animal;
........................................................................
III - prestação ou apresentação ao Ministério
XII - descumprir determinações sanitárias de da Agricultura, Pecuária e Abastecimento infor-
interdição total ou parcial de instalações ou equi- mações incorretas ou inexatas referentes à quan-
pamentos, de suspensão de atividades ou de tidade, à qualidade e à procedência das maté-
outras impostas em decorrência de fiscalizações rias-primas, dos ingredientes e dos produtos;
ou autuações, incluídas aquelas determinadas
por medidas cautelares; IV - não apresentação dos produtos de ori-
gem animal sujeitos à reinspeção obrigatória no
XIII - prestar ou apresentar ao Ministério da local de reinspeção autorizado;
Agricultura, Pecuária e Abastecimento informa-
ções, declarações ou documentos falsos; V - utilização de forma irregular ou inserção
de informações ou documentação falsas, enga-
XIV - não apresentar para reinspeção produ- nosas ou inexatas nos sistemas informatizados
tos de origem animal sujeitos à reinspeção obri- do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
gatória; e cimento; e

XV - expedir ou comercializar produtos de VI - prestação ou apresentação de infor-


origem animal sujeitos à reinspeção obrigatória mações, declarações ou documentos falsos ou
anteriormente à realização da reinspeção. inexatos perante o órgão fiscalizador, referente

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

à quantidade, à qualidade e à procedência das § 4º A suspensão de atividades de que trata o


matérias-primas, dos ingredientes e dos produ- caput abrange as atividades produtivas e a cer-
tos, ou sonegação de informação que, direta ou tificação sanitária, permitida, quando aplicável, a
indiretamente, interesse ao Ministério da Agri- conclusão do processo de fabricação de produ-
cultura, Pecuária e Abastecimento e ao consu- tos de fabricação prolongada cuja produção tenha
midor.” (NR) sido iniciada antes do início dos efeitos da sanção.

“Art. 517. As sanções de interdição total ou § 5º A interdição de que trata o caput será
parcial do estabelecimento em decorrência de aplicada de forma parcial ao setor no qual ocor-
adulteração ou falsificação habitual do produto ou reu a adulteração, quando for possível delimitar
de suspensão de atividades oriundas de embara- ou identificar o local da ocorrência, ou de forma
ço à ação fiscalizadora serão aplicadas pelo prazo total, quando não for possível delimitar ou identi-
de, no mínimo, sete dias, que poderá ser prorro- ficar o local da ocorrência, mediante especifica-
gado em quinze, trinta ou sessenta dias, de acor- ção no termo de julgamento.
do com o histórico de infrações, as sucessivas
reincidências e as demais circunstâncias agravan- § 6º Caso as sanções de que trata o caput
tes previstas no art. 510, independentemente da tenham sido aplicadas por medida cautelar, o
correção das irregularidades que as motivaram. período de duração das ações cautelares, quan-
do superior a um dia, será deduzido do prazo de
§ 1º A suspensão de atividades oriunda de aplicação das sanções ao término da apuração
embaraço à ação fiscalizadora poderá ter seu administrativa.” (NR)
prazo de aplicação reduzido para, no mínimo,
três dias, em infrações classificadas como le- “Art. 517-A. As sanções de interdição, total ou
ves ou moderadas ou na preponderância de cir- parcial, do estabelecimento em decorrência da
cunstâncias atenuantes, excetuados os casos de constatação de inexistência de condições higi-
reincidência específica. ênico-sanitárias adequadas, e de suspensão de
atividade, decorrente de risco ou ameaça de na-
§ 2º As penalidades tratadas no caput terão tureza higiênico-sanitária, serão levantadas após
seus efeitos iniciados no prazo de trinta dias, a o atendimento das exigências que as motivaram.
partir da data da cientificação do estabelecimento.
§ 1º A sanção de interdição de que trata o
§ 3º Após início dos efeitos das sanções de caput será aplicada de forma:
que trata o caput, o prazo de aplicação será con-
tado em dias corridos, exceto nos casos de que I - parcial aos setores ou equipamentos que
trata o § 1º, em que a contagem do prazo será não apresentam condições higiênico-sanitárias
feita em dias úteis subsequentes. adequadas de funcionamento; ou

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529
Direitos Difusos e Coletivos

II - total, caso as condições inadequadas se produtos de origem animal e aplicação de pe-


estendam a todo o estabelecimento ou quando a nalidades, será considerada como data do fato
natureza do risco identificado não permita a de- gerador da infração a data em que foi iniciada
limitação do setor ou equipamento envolvidos. a ação fiscalizatória que permitiu a detecção da
irregularidade, da seguinte forma:
§ 2º A suspensão de atividade de que trata o
caput será aplicada ao setor, ao equipamento ou I- a data da fiscalização, no caso de infrações
à operação que ocasiona o risco ou a ameaça de constatadas em inspeções, fiscalizações ou au-
natureza higiênico-sanitária. ditorias realizadas nos estabelecimentos ou na
análise de documentação ou informações cons-
§ 3º As sanções de que trata este artigo dei- tantes nos sistemas eletrônicos oficiais; ou
xarão de ser aplicadas ao término do processo
de apuração, caso já tenham sido aplicadas por II - a data da coleta, no caso de produtos sub-
medida cautelar.” (NR) metidos a análises laboratoriais.” (NR)

“Art. 518. A habitualidade na adulteração ou “Art. 524. ........................................................


na falsificação de produtos caracteriza-se quan-
do for constatada idêntica infração por três vezes, § 3º No caso de infratores indeterminados,
consecutivas ou não, no período de doze meses. desconhecidos ou com domicílio indefinido ou
na impossibilidade da cientificação de que tra-
§ 1º Para os fins de deste artigo, considera-se ta o § 2º, a ciência será efetuada por publica-
idêntica infração aquela que tenha por objeto o ção oficial.
mesmo fato motivador, independentemente do
enquadramento legal, que tenha sido constatada § 4º A cientificação será nula quando feita
pela fiscalização. sem observância das prescrições legais.

§ 2º Para contagem do número de infrações § 5º A manifestação do administrado quanto


para caracterização da habitualidade, serão con- ao conteúdo da cientificação supre a falta ou a
sideradas a primeira infração e duas outras que irregularidade.” (NR)
venham a ser constatadas, após a adoção, pelo
estabelecimento, de medidas corretivas e preven- “Art. 525. A defesa e o recurso do autuado
tivas para sanar a primeira irregularidade.” (NR) devem ser apresentados por escrito, em verná-
culo e protocolizados na representação do Mi-
“Art. 521. ........................................................ nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
to mais próxima junto à unidade da federação
Parágrafo único. Para fins de apuração admi- onde ocorreu a infração, no prazo de dez dias,
nistrativa de infrações à legislação referente aos contado da data da cientificação oficial.

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Atualização Legislativa | Agosto de 2020

§ 1º A contagem do prazo de que trata o caput Parágrafo único. Na hipótese de não apresen-
será realizada de modo contínuo e se iniciará no tação de defesa, a informação constará do rela-
primeiro dia útil subsequente à data da cientifi- tório de instrução.” (NR)
cação oficial.
“Art. 530. ........................................................
§ 2º O prazo será prorrogado até o primeiro
dia útil subsequente caso o vencimento ocorra Parágrafo único. O recolhimento de produ-
em data que não houver expediente ou o expe- tos que coloquem em risco a saúde ou que te-
diente for encerrado antes da hora normal.” (NR) nham sido adulterados também poderá ser di-
vulgado.” (NR)
“Art. 525-A. Não serão conhecidos a defesa
ou recurso interpostos: “Art. 531-A. Para fins do disposto no art. 55
da Lei Complementar nº 123, de 2006, conside-
I - fora do prazo; ram-se atividades e situações de alto risco as in-
frações classificadas como grave ou gravíssima,
II - perante órgão incompetente; nos termos estabelecidos neste Decreto ou em
normas complementares, praticadas por micro-
III - por pessoa não legitimada; empresas ou empresas de pequeno porte de
produtos agropecuários.” (NR)
IV - após exaurida a esfera administrativa.
“Art. 532-A. O Ministério da Agricultura, Pe-
§ 1º Na hipótese do inciso II do caput, a au- cuária e Abastecimento deve atuar em conjunto
toridade competente será indicada ao autuado e com o órgão competente da saúde para o de-
o prazo para defesa ou recurso será devolvido. senvolvimento de:

§ 2º O não conhecimento do recurso não im- I - ações e programas de saúde animal e saú-
pede a administração pública de rever de ofício de humana para a mitigação ou a redução de
o ato ilegal, desde que não tenha ocorrido a pre- doenças infectocontagiosas ou parasitárias que
clusão administrativa.” (NR) possam ser transmitidas entre os homens e os
animais; e
“Art. 526. O Serviço de Inspeção de Produtos
de Origem Animal da unidade da jurisdição na II - ações de educação sanitária.” (NR)
qual a infração seja constatada, após juntada ao
processo a defesa, deve instruí-lo com relatório “Art. 532-B. O Ministério da Agricultura, Pecu-
e o Chefe do Serviço deve proceder ao julga- ária e Abastecimento estabelecerá procedimen-
mento em primeira instância. tos simplificados para migração ou regularização

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531
Direitos Difusos e Coletivos

do registro junto ao órgão competente, quando II - do art. 21:


cabível, dos estabelecimentos fabricantes dos
produtos não abrangidos por este Decreto que a) o inciso IV caput; e
tenham sido registrados no Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal da Se- b) o § 4º;
cretaria de Defesa Agropecuária do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, asse- III - do art. 22:
gurada a continuidade do exercício da atividade
econômica.” (NR) a) o inciso I do caput; e

“Art. 536. Os casos omissos ou as dúvidas b) o § 1º;


que forem suscitadas na execução deste Decre-
to serão resolvidos pelo Departamento de Inspe- IV - o Capítulo VII do Título II;
ção de Produtos de Origem Animal da Secretaria
de Defesa Agropecuária do Ministério da Agri- V - o parágrafo único do art. 28;
cultura, Pecuária e Abastecimento.” (NR)
VI - o § 1º do art. 35;
“Art. 538-A. O Ministério da Agricultura, Pe-
cuária e Abastecimento e os estabelecimentos VII - o art. 47;
registrados ou relacionados no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento se ade- VIII - o art. 79;
quarão às disposições dos art. 28, art. 84-A, art.
207-A, art. 207-B, art. 219-A, art. 267 e art. 487, IX - o art. 94;
no prazo de um ano, contado da data de publi-
cação do Decreto nº 10.468, de 18 de agosto de X - o art. 104;
2020.” (NR)
XI - o inciso VI do parágrafo único do art. 137;
Art. 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento atualizará e editará as normas XII - os § 1º a § 3º do art. 165;
complementares necessárias à implementação
das alterações promovidas por este Decreto no XIII - os § 3º e § 4º do art. 185;
prazo de 365 dias.
XIV - o parágrafo único do art. 198;
Art. 3º Ficam revogados os seguintes disposi-
tivos do Decreto nº 9.013, de 2017: XV - o parágrafo único do art. 204;

I - o inciso VII do caput do art. 16; XVI - o art. 215;

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532
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

XVII - § 2º do art. 240; XXXVI - os incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII do
caput do art. 513;
XVIII - inciso III do caput do art. 258;
XXXVII - os incisos IX, XV e XVII do caput do
XIX - o parágrafo único do art. 267; art. 514;

XX - o parágrafo único do art. 322; XXXVIII - os inciso V, VII, X e XI do caput do


art. 515;
XXI - o art. 323;
XXXIX - o art. 516;
XXII - o art. 327;
XL - o inciso I do caput do art. 519; e
XXIII - o art. 331;
XLI - o art. 523.
XXIV - o § 2º do art. 332;
Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de
XXV - a Seção II do Capítulo III do Título VI; sua publicação.

XXVI - os § 2º e § 3ºdo art. 427; Brasília, 18 de agosto de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.
XXVII - o inciso III do caput do art. 428;
JAIR MESSIAS BOLSONARO
XXVIII - o § 1º do art. 434; Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias

XXIX - o parágrafo único do art. 442; Este texto não substitui o publicado no DOU
de 19.8.2020.
XXX - o § 2º do art. 492;
*
XXXI - o § 2º do art. 493;

XXXII - o inciso XXVII do caput do art. 496;

XXXIII - os incisos VI e IX do caput do art. 497;

XXXIV - o inciso I do caput do art. 502;

XXXV - o parágrafo único do art. 504;

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533
Direitos Humanos

DIREITOS HUMANOS II – no ensino fundamental e no ensino médio,


da obrigatoriedade de observância do mínimo
de dias de efetivo trabalho escolar, nos termos
Lei nº 14.040, de 18 de agosto de 2020 do inciso I do caput e do § 1º do art. 24 da Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, desde que
Estabelece normas educacionais excepcio- cumprida a carga horária mínima anual estabele-
nais a serem adotadas durante o estado de cala- cida nos referidos dispositivos, sem prejuízo da
midade pública reconhecido pelo Decreto Legis- qualidade do ensino e da garantia dos direitos e
lativo nº 6, de 20 de março de 2020; e altera a Lei objetivos de aprendizagem, observado o dispos-
nº 11.947, de 16 de junho de 2009. to no § 3º deste artigo.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber § 1º A dispensa de que trata o caput deste ar-
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- tigo aplicar-se-á ao ano letivo afetado pelo estado
no a seguinte Lei: de calamidade pública referido no art. 1º desta Lei.

Art. 1º Esta Lei estabelece normas educacio- § 2º A reorganização do calendário escolar do


nais a serem adotadas, em caráter excepcional, ano letivo afetado pelo estado de calamidade pú-
durante o estado de calamidade pública reco- blica referido no art. 1º desta Lei obedecerá aos
nhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de princípios dispostos no art. 206 da Constituição
março de 2020. Federal, notadamente a igualdade de condições
para o acesso e a permanência nas escolas, e
Parágrafo único. O Conselho Nacional de contará com a participação das comunidades
Educação (CNE) editará diretrizes nacionais com escolares para sua definição.
vistas à implementação do disposto nesta Lei.
§ 3º Para o cumprimento dos objetivos de
Art. 2º Os estabelecimentos de ensino de edu- aprendizagem e desenvolvimento, a integraliza-
cação básica, observadas as diretrizes nacionais ção da carga horária mínima do ano letivo afe-
editadas pelo CNE, a Base Nacional Comum tado pelo estado de calamidade pública referido
Curricular (BNCC) e as normas a serem editadas no art. 1º desta Lei poderá ser feita no ano sub-
pelos respectivos sistemas de ensino, ficam dis- sequente, inclusive por meio da adoção de um
pensados, em caráter excepcional: continuum de 2 (duas) séries ou anos escolares,
observadas as diretrizes nacionais editadas pelo
I – na educação infantil, da obrigatoriedade de CNE, a BNCC e as normas dos respectivos sis-
observância do mínimo de dias de trabalho edu- temas de ensino.
cacional e do cumprimento da carga horária mí-
nima anual previstos no inciso II do caput do art. § 4º A critério dos sistemas de ensino, no ano
31 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; letivo afetado pelo estado de calamidade pública

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534
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

referido no art. 1º desta Lei, poderão ser desen- § 8º (VETADO).


volvidas atividades pedagógicas não presenciais:
§ 9º A União, os Estados, os Municípios e o
I – na educação infantil, de acordo com os Distrito Federal implementarão, em regime de
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento colaboração, estratégias intersetoriais de retor-
dessa etapa da educação básica e com as orien- no às atividades escolares regulares nas áreas
tações pediátricas pertinentes quanto ao uso de de educação, de saúde e de assistência social.
tecnologias da informação e comunicação;
§ 10. Fica facultado aos sistemas de ensino,
II – no ensino fundamental e no ensino médio, em caráter excepcional e mediante disponibili-
vinculadas aos conteúdos curriculares de cada dade de vagas na rede pública, possibilitar ao
etapa e modalidade, inclusive por meio do uso aluno concluinte do ensino médio matricular-se
de tecnologias da informação e comunicação, para períodos de estudos de até 1 (um) ano es-
cujo cômputo, para efeitos de integralização da colar suplementar, relativos aos conteúdos cur-
carga horária mínima anual, obedecerá a crité- riculares do último ano escolar do ensino mé-
rios objetivos estabelecidos pelo CNE. dio, no ano letivo subsequente ao afetado pelo
estado de calamidade pública referido no art.
§ 5º Os sistemas de ensino que optarem por 1º desta Lei.
adotar atividades pedagógicas não presenciais
como parte do cumprimento da carga horária Art. 3º As instituições de educação superior
anual deverão assegurar em suas normas que os ficam dispensadas, em caráter excepcional, da
alunos e os professores tenham acesso aos meios obrigatoriedade de observância do mínimo de
necessários para a realização dessas atividades. dias de efetivo trabalho acadêmico, nos termos
do caput e do § 3º do art. 47 da Lei nº 9.394,
§ 6º As diretrizes nacionais editadas pelo CNE de 20 de dezembro de 1996, para o ano letivo
e as normas dos sistemas de ensino, no que se afetado pelo estado de calamidade pública re-
refere a atividades pedagógicas não presenciais, ferido no art. 1º desta Lei, observadas as dire-
considerarão as especificidades de cada faixa trizes nacionais editadas pelo CNE e as normas
etária dos estudantes e de cada modalidade de a serem editadas pelos respectivos sistemas de
ensino, em especial quanto à adequação da uti- ensino, desde que:
lização de tecnologias da informação e comuni-
cação, e a autonomia pedagógica das escolas I – seja mantida a carga horária prevista na
assegurada pelos arts. 12 e 14 da Lei nº 9.394, grade curricular para cada curso; e
de 20 de dezembro de 1996.
II – não haja prejuízo aos conteúdos essen-
§ 7º (VETADO). ciais para o exercício da profissão.

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535
Direitos Humanos

§ 1º Poderão ser desenvolvidas atividades tema de ensino, caso o aluno cumpra, no mínimo,
pedagógicas não presenciais vinculadas aos 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária
conteúdos curriculares de cada curso, por meio dos estágios curriculares obrigatórios.
do uso de tecnologias da informação e comuni-
cação, para fins de integralização da respectiva Art. 5º (VETADO).
carga horária exigida.
Art. 6º O retorno às atividades escolares regu-
§ 2º Na hipótese de que trata o caput deste lares observará as diretrizes das autoridades sa-
artigo, a instituição de educação superior poderá nitárias e as regras estabelecidas pelo respectivo
antecipar a conclusão dos cursos superiores de sistema de ensino.
medicina, farmácia, enfermagem, fisioterapia e
odontologia, desde que o aluno, observadas as § 1º (VETADO).
normas a serem editadas pelo respectivo siste-
ma de ensino e pelos órgãos superiores da insti- § 2º (VETADO).
tuição, cumpra, no mínimo:
§ 3º Será assegurado, observado o disposto
I – 75 % (setenta e cinco por cento) da carga no caput deste artigo, o acesso dos estudantes
horária do internato do curso de medicina; ou da educação básica e da educação superior em
situação excepcional de risco epidemiológico
II – 75% (setenta e cinco por cento) da car- decorrente da pandemia da Covid-19 a atendi-
ga horária dos estágios curriculares obrigatórios mento educacional adequado à sua condição
dos cursos de enfermagem, farmácia, fisiotera- em termos equivalentes ao previsto no art. 4º-A
pia e odontologia. da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
garantidos aos estudantes das redes públicas
§ 3º Fica o Poder Executivo autorizado a am- programas de apoio, de alimentação e de assis-
pliar, ouvido o CNE, a lista de cursos referida no tência à saúde, entre outros.
inciso II do § 2º deste artigo, nos mesmos termos
previstos nesta Lei, para outros cursos superio- Art. 7º No ano letivo afetado pelo estado de
res da área da saúde, desde que diretamente re- calamidade pública referido no art. 1º desta Lei,
lacionados ao combate à pandemia da Covid-19. serão mantidos os programas públicos suple-
mentares de atendimento aos estudantes da
Art. 4º Ficam os sistemas de ensino autorizados educação básica e os programas públicos de
a antecipar, em caráter excepcional, a conclusão assistência estudantil da educação superior.
dos cursos de educação profissional técnica de
nível médio, desde que diretamente relacionados Parágrafo único. No ano letivo referido no
ao combate à pandemia da Covid-19, observadas caput deste artigo, para efeito de cálculo dos re-
as normas a serem editadas pelo respectivo sis- passes da União aos entes federativos subnacio-

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536
Atualização Legislativa | Agosto de 2020

nais, relativos a programas nacionais instituídos


pelas Leis nºs 11.947, de 16 de junho de 2009, e
10.880, de 9 de junho de 2004, serão considera-
dos, no mínimo, 200 (duzentos) dias letivos.

Art. 8º (VETADO).

Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação

Brasília, 18 de agosto de 2020; 199o da Inde-


pendência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Milton Ribeiro
Walter Souza Braga Netto
Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 19.8.2020.

Texto original disponível para consulta no site:www.planalto.gov.br.

537
Atualizações Legislativas
Setembro de 2020

Direito Administrativo 541


Direito Ambiental 557
Direito das Pessoas com Deficiência 558
Direito Internacional 567
Direito Previdenciário 570
Direito Tributário 573
Direitos Difusos e Coletivos 579
Direitos Humanos 581
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

DIREITO ADMINISTRATIVO § 1º A multa prevista no caput:

I - será aplicável quando for superado o va-


Lei nº 14.052, de 08 de setembro de 2020 lor limite de indicadores de qualidade do ser-
viço prestado;
Altera a Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de
1996, para estabelecer multa a ser paga aos II - não será devida, entre outras situações a
usuários do serviço de energia elétrica, a Lei nº serem definidas na forma do regulamento:
13.203, de 8 de dezembro de 2015, para esta-
belecer novas condições para a repactuação do a) quando a interrupção for causada por falha
risco hidrológico de geração de energia elétrica, a nas instalações da unidade consumidora;
Lei nº 11.909, de 4 de março de 2009, para criar
o Fundo de Expansão dos Gasodutos de Trans- b) em caso de suspensão por inadimplemen-
porte e de Escoamento da Produção (Brasduto), to do usuário;
a Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010, para
dispor sobre a destinação da receita advinda da III - estará sujeita a um valor mínimo e a um
comercialização do petróleo, do gás natural e valor máximo;
de outros hidrocarbonetos fluidos destinados à
União, e a Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, IV - poderá ser paga sob a forma de crédito
para reduzir o prazo para solicitação de prorroga- na fatura de energia elétrica ou em espécie,
ção de concessões de que trata essa Lei. em prazo não superior a 3 (três) meses após o
período de apuração;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- V - não inibe a aplicação de qualquer outra
no a seguinte Lei: penalidade prevista em lei.

Art. 1º A Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de § 2º Deverão ser implantadas ferramentas que


1996, passa a vigorar acrescida do seguinte art. permitam a auditoria dos indicadores referidos
16-A: no inciso I do § 1º independentemente de infor-
mações da empresa prestadora do serviço pú-
“Art. 16-A. A interrupção no fornecimento de blico de distribuição de energia elétrica.”
energia elétrica pela empresa prestadora do serviço
público de distribuição de energia elétrica, observa- Art. 2º A Lei nº 13.203, de 8 de dezembro de
do o disposto no § 1º, importa na aplicação de mul- 2015, passa a vigorar com as seguintes alterações:
ta em benefício dos usuários finais que forem di-
retamente prejudicados, na forma do regulamento. “Art. 2º (VETADO).” (NR)

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541
Direito Administrativo

“Art. 2º-A. Os titulares das usinas hidrelétri- II - a energia natural afluente, observada a
cas participantes do MRE serão compensados produtividade cadastral; e
pelos efeitos causados pelos empreendimentos
hidrelétricos com prioridade de licitação e im- III - a existência de restrições operativas,
plantação indicados pelo Conselho Nacional de verificadas na operação real, associadas às
Política Energética (CNPE), nos termos do inciso características técnicas dos empreendimen-
VI do caput do art. 2º da Lei nº 9.478, de 6 de tos estruturantes.
agosto de 1997, decorrentes:
§ 3º Os efeitos decorrentes da diferença de
I - de restrições ao escoamento da energia que trata o inciso II do caput deste artigo serão
em função de atraso na entrada em operação ou calculados pela Aneel considerando:
de entrada em operação em condição técnica
insatisfatória das instalações de transmissão de I - a diferença entre a garantia física outorga-
energia elétrica destinadas ao escoamento; e da e a agregação de cada unidade geradora mo-
torizada ao SIN, a ser informada pela Empresa
II - da diferença entre a garantia física ou- de Pesquisa Energética (EPE); e
torgada na fase de motorização e os valores da
agregação efetiva de cada unidade geradora II - o preço da energia no mercado de curto
motorizada ao SIN, conforme critérios técnicos prazo no período em que persistir a diferença de
aplicados pelo poder concedente às demais usi- que trata o inciso I deste parágrafo.
nas hidrelétricas.
§ 4º A compensação de que trata o caput
§ 1º Os efeitos decorrentes das restrições de deste artigo deverá considerar a atualização do
que trata o inciso I do caput deste artigo serão capital despendido, tanto pelo Índice Nacional
calculados pela Aneel considerando a geração de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como
potencial de energia elétrica dos empreendi- pela taxa de desconto de que trata o § 2º do art.
mentos estruturantes caso não houvesse res- 1º desta Lei, e dar-se-á mediante extensão do
trição ao escoamento da energia e o preço da prazo de outorga dos empreendimentos partici-
energia no mercado de curto prazo no momento pantes do MRE, limitada a 7 (sete) anos, calcu-
da restrição. lada com base nos valores dos parâmetros apli-
cados pela Aneel para as extensões decorrentes
§ 2º O cálculo da geração potencial de que do inciso II do § 2º do art. 1º desta Lei, dispondo
trata o § 1º deste artigo, a ser feito pela Aneel, o gerador livremente da energia.
deverá considerar:
§ 5º A extensão de prazo de que trata o § 4º
I - a disponibilidade das unidades geradoras; deste artigo será efetivada:

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542
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

I - em até 90 (noventa) dias após a edição de ato de limitação percentual de riscos hidrológicos
específico pela Aneel que ateste o esgotamento relacionados ao MRE.
dos efeitos apurados nos termos deste artigo; ou
§ 2º A desistência e a renúncia de que trata o
II - na data de término originalmente previs- inciso I do caput deste artigo serão comprova-
ta para a outorga, caso essa data seja anterior das por meio de cópia do protocolo do requeri-
ao esgotamento dos efeitos previstos no inciso I mento de extinção do processo com resolução
deste parágrafo. de mérito, nos termos da alínea “c” do inciso III
do caput do art. 487 da Lei nº 13.105, de 16 de
§ 6º A extensão de prazo de que trata o in- março de 2015 (Código de Processo Civil).
ciso II do § 5º deste artigo deverá incorporar
estimativa dos efeitos previstos neste artigo até § 3º A desistência e a renúncia de que trata o
seus esgotamentos.” inciso I do caput deste artigo eximem as partes da
ação do pagamento dos honorários advocatícios.
“Art. 2º-B. Os parâmetros de que tratam os
arts. 2º e 2º-A desta Lei serão aplicados retro- § 4º O valor a ser apurado decorrente da
ativamente sobre a parcela de energia, desde aplicação retroativa dos parâmetros referidos
que o agente titular da outorga vigente de gera- no caput deste artigo deverá considerar a atu-
ção, cumulativamente: alização do capital despendido, tanto pelo IPCA
como pela taxa de desconto de que trata o § 2º
I - tenha desistido da ação judicial cujo objeto do art. 1º desta Lei, e será ressarcido ao agente
seja a isenção ou a mitigação de riscos hidrológi- de geração mediante extensão do prazo das ou-
cos relacionados ao MRE e renunciado a qualquer torgas vigentes, limitada a 7 (sete) anos, calcu-
alegação de direito sobre o qual se funda a ação; lada com base nos valores dos parâmetros apli-
cados pela Aneel para as extensões decorrentes
II - não tenha repactuado o risco hidrológico, do inciso II do § 2º do art. 1º desta Lei, dispondo
nos termos do art. 1º desta Lei, para a respectiva o gerador livremente da energia.
parcela de energia.
§ 5º O termo inicial para o cálculo da retroa-
§ 1º Na hipótese em que o agente não seja ção será:
litigante ou que não seja apontado como benefi-
ciário na inicial da ação ajuizada por associação I - o dia 1º de janeiro de 2013, para o disposto
representativa de classe da qual o titular faça no art. 2º desta Lei;
parte, a aplicação do disposto no caput deste ar-
tigo fica condicionada à assinatura de termo de II - a data em que se iniciaram as restrições
compromisso elaborado pela Aneel, com decla- de escoamento, para o disposto no inciso I do
ração de renúncia a qualquer pretensão judicial caput do art. 2º-A desta Lei; e

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543
Direito Administrativo

III - a data em que se iniciaram as diferenças ou judicial, contra o agente de geração em de-
de garantia física, para o disposto no inciso II do corrência do regime de exploração de conces-
caput do art. 2º-A desta Lei. sões alcançadas pelo art. 1º da Lei nº 12.783, de
11 de janeiro de 2013.
§ 6º Os termos iniciais para o cálculo da retro-
ação serão limitados à data de início da outorga, § 1º (VETADO).
caso esta seja posterior às datas apuradas con-
forme o § 5º deste artigo. § 2º Caso o agente de geração, ou grupo eco-
nômico de que faça parte, tenha permanecido
§ 7º O cálculo da retroação terá como termo como concessionário do empreendimento por
final a data de eficácia das regras aprovadas pela meio de novo contrato de concessão, os valores
Aneel, conforme disposto no art. 2º-C desta Lei, apurados serão ressarcidos por meio de exten-
e deverá ser publicado em até 30 (trinta) dias são de prazos das novas concessões, conforme
contados a partir dessa data. o § 4º do art. 2º-B desta Lei.”

§ 8º A aplicação do disposto neste artigo é Art. 3º (VETADO).


condicionada a pedido do interessado em até
60 (sessenta) dias contados da publicação pela Art. 4º (VETADO).
Aneel dos cálculos de que trata este artigo, bem
como ao cumprimento das condições de que Art. 5º O art. 11 da Lei nº 12.783, de 11 de
tratam os incisos I e II do caput deste artigo.” janeiro de 2013, passa a vigorar com a seguin-
te redação:
“Art. 2º-C. A Aneel deverá regulamentar o dis-
posto nos arts. 2º, 2º-A e 2º-B desta Lei em até “Art. 11. As prorrogações referidas nesta
90 (noventa) dias.” Lei deverão ser requeridas pelo concessionário
com antecedência mínima de 36 (trinta e seis)
“Art. 2º-D. Na hipótese de o agente de gera- meses da data final do respectivo contrato ou
ção não ser mais o detentor da outorga do em- ato de outorga, ressalvado o disposto no art. 5º
preendimento que teve a geração hidrelétrica desta Lei.
deslocada, do qual mantinha titularidade no pe-
ríodo indicado pelos §§ 5º e 7º do art. 2º-B desta § 1º Nos casos em que, na data da entrada
Lei, e que tenha sido licitado no ano de 2017, os em vigor do prazo estabelecido no caput, o pra-
valores apurados conforme o art. 2º-B desta Lei zo remanescente da concessão for inferior a 36
serão ressarcidos mediante quitação de débitos (trinta e seis) meses, o pedido de prorrogação
do agente de geração em face de eventual pre- deverá ser apresentado em até 210 (duzentos e
tensão de ressarcimento da União, de qualquer dez) dias da data do início da vigência do prazo
natureza, aduzida ou não em sede administrativa estabelecido no caput.

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544
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

...............................................................” (NR)

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Parágrafo único. A contagem do prazo de que


trata o art. 2º-C da Lei nº 13.203, de 8 de de-
zembro de 2015, inicia-se na data de entrada em
vigor desta Lei.

Brasília, 8 de setembro de 2020; 199o da In-


dependência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Eduardo Pazuello
Bento Albuquerque
Ricardo de Aquino Salles

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 9.9.2020.

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545
Direito Administrativo

Lei nº 14.063, de 23 de setembro de 2020 Seção I


Do Objeto, do Âmbito de Aplicação e
Dispõe sobre o uso de assinaturas eletrôni- das Definições
cas em interações com entes públicos, em atos
de pessoas jurídicas e em questões de saúde Art. 2º Este Capítulo estabelece regras e pro-
e sobre as licenças de softwares desenvolvidos cedimentos sobre o uso de assinaturas eletrôni-
por entes públicos; e altera a Lei nº 9.096, de cas no âmbito da:
19 de setembro de 1995, a Lei nº 5.991, de 17
de dezembro de 1973, e a Medida Provisória nº I - interação interna dos órgãos e entidades
2.200-2, de 24 de agosto de 2001. da administração direta, autárquica e fundacio-
nal dos Poderes e órgãos constitucionalmente
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber autônomos dos entes federativos;
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei: II - interação entre pessoas naturais ou pesso-
as jurídicas de direito privado e os entes públicos
Capítulo I de que trata o inciso I do caput deste artigo;
Disposição preliminar
III - interação entre os entes públicos de que
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o uso de as- trata o inciso I do caput deste artigo.
sinaturas eletrônicas em interações com entes
públicos, em atos de pessoas jurídicas e em Parágrafo único. O disposto neste Capítulo
questões de saúde e sobre as licenças de sof- não se aplica:
twares desenvolvidos por entes públicos, com
o objetivo de proteger as informações pessoais I - aos processos judiciais;
e sensíveis dos cidadãos, com base nos inci-
sos X e XII do caput do art. 5º da Constituição II - à interação:
Federal e na Lei nº 13.709, de 14 de agosto de
2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pesso- a) entre pessoas naturais ou entre pessoas ju-
ais), bem como de atribuir eficiência e seguran- rídicas de direito privado;
ça aos serviços públicos prestados sobretudo
em ambiente eletrônico. b) na qual seja permitido o anonimato;

Capítulo II c) na qual seja dispensada a identificação


Da assinatura eletrônica em interações com do particular;
entes públicos
III - aos sistemas de ouvidoria de entes públicos;

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546
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

IV - aos programas de assistência a vítimas e a) a que permite identificar o seu signatário;


a testemunhas ameaçadas;
b) a que anexa ou associa dados a outros da-
V - às outras hipóteses nas quais deva ser dada dos em formato eletrônico do signatário;
garantia de preservação de sigilo da identidade
do particular na atuação perante o ente público. II - assinatura eletrônica avançada: a que uti-
liza certificados não emitidos pela ICP-Brasil ou
Art. 3º Para os fins desta Lei, considera-se: outro meio de comprovação da autoria e da in-
tegridade de documentos em forma eletrônica,
I - autenticação: o processo eletrônico que desde que admitido pelas partes como válido ou
permite a identificação eletrônica de uma pessoa aceito pela pessoa a quem for oposto o docu-
natural ou jurídica; mento, com as seguintes características:

II - assinatura eletrônica: os dados em formato a) está associada ao signatário de maneira


eletrônico que se ligam ou estão logicamente as- unívoca;
sociados a outros dados em formato eletrônico
e que são utilizados pelo signatário para assinar, b) utiliza dados para a criação de assinatura
observados os níveis de assinaturas apropriados eletrônica cujo signatário pode, com elevado nível
para os atos previstos nesta Lei; de confiança, operar sob o seu controle exclusivo;

III - certificado digital: atestado eletrônico que c) está relacionada aos dados a ela associa-
associa os dados de validação da assinatura ele- dos de tal modo que qualquer modificação pos-
trônica a uma pessoa natural ou jurídica; terior é detectável;

IV - certificado digital ICP-Brasil: certificado III - assinatura eletrônica qualificada: a que


digital emitido por uma Autoridade Certificado- utiliza certificado digital, nos termos do § 1º do
ra (AC) credenciada na Infraestrutura de Chaves art. 10 da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de
Públicas Brasileira (ICP-Brasil), na forma da le- agosto de 2001.
gislação vigente.
§ 1º Os 3 (três) tipos de assinatura referidos
Seção II nos incisos I, II e III do caput deste artigo carac-
Da Classificação das Assinaturas Eletrônicas terizam o nível de confiança sobre a identidade
e a manifestação de vontade de seu titular, e a
Art. 4º Para efeitos desta Lei, as assinaturas assinatura eletrônica qualificada é a que possui
eletrônicas são classificadas em: nível mais elevado de confiabilidade a partir de
suas normas, de seus padrões e de seus proce-
I - assinatura eletrônica simples: dimentos específicos.

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547
Direito Administrativo

§ 2º Devem ser asseguradas formas de revo- ente público, independentemente de cadastra-


gação ou de cancelamento definitivo do meio mento prévio, inclusive nas hipóteses menciona-
utilizado para as assinaturas previstas nesta Lei, das nos incisos I e II deste parágrafo.
sobretudo em casos de comprometimento de
sua segurança ou de vazamento de dados. § 2º É obrigatório o uso de assinatura eletrô-
nica qualificada:
Seção III
Da Aceitação e da Utilização de Assinaturas I - nos atos assinados por chefes de Poder,
Eletrônicas pelos Entes Públicos por Ministros de Estado ou por titulares de Poder
ou de órgão constitucionalmente autônomo de
Art. 5º No âmbito de suas competências, ato do ente federativo;
titular do Poder ou do órgão constitucionalmente
autônomo de cada ente federativo estabelecerá o II - (VETADO);
nível mínimo exigido para a assinatura eletrônica em
documentos e em interações com o ente público. III - nas emissões de notas fiscais eletrôni-
cas, com exceção daquelas cujos emitentes
§ 1º O ato de que trata o caput deste artigo sejam pessoas físicas ou Microempreendedo-
observará o seguinte: res Individuais (MEIs), situações em que o uso
torna-se facultativo;
I - a assinatura eletrônica simples poderá ser
admitida nas interações com ente público de IV - nos atos de transferência e de registro
menor impacto e que não envolvam informações de bens imóveis, ressalvado o disposto na alínea
protegidas por grau de sigilo; “c” do inciso II do § 1º deste artigo;

II - a assinatura eletrônica avançada poderá V – (VETADO);


ser admitida, inclusive:
VI - nas demais hipóteses previstas em lei.
a) nas hipóteses de que trata o inciso I deste
parágrafo; § 3º (VETADO).

b) (VETADO); § 4º O ente público informará em seu site os


requisitos e os mecanismos estabelecidos inter-
c) no registro de atos perante as juntas co- namente para reconhecimento de assinatura ele-
merciais; trônica avançada.

III - a assinatura eletrônica qualificada será § 5º No caso de conflito entre normas vigen-
admitida em qualquer interação eletrônica com tes ou de conflito entre normas editadas por en-

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548
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

tes distintos, prevalecerá o uso de assinaturas nal Superior Eleitoral, na condição de unidade
eletrônicas qualificadas. cadastradora, deverá proceder à inscrição, ao
restabelecimento e à alteração de dados cadas-
§ 6º As certidões emitidas por sistema eletrôni- trais e da situação cadastral perante o CNPJ na
co da Justiça Eleitoral possuem fé pública e, nos Secretaria Especial da Receita Federal do Bra-
casos dos órgãos partidários, substituem os cartó- sil.” (NR)
rios de registro de pessoas jurídicas para constitui-
ção dos órgãos partidários estaduais e municipais, “Art. 32. ..........................................................
dispensados quaisquer registros em cartórios da
circunscrição do respectivo órgão partidário. § 6º O Tribunal Superior Eleitoral, na condi-
ção de unidade cadastradora, deverá proceder
Art. 6º O art. 7º da Medida Provisória nº 2.200- à reativação da inscrição perante o CNPJ na
2, de 24 de agosto de 2001, passa a vigorar com Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
a seguinte redação: dos órgãos partidários municipais referidos no
§ 4º deste artigo que estejam com a inscrição
“Art. 7º Compete às AR, entidades operacio- baixada ou inativada, após o recebimento da
nalmente vinculadas a determinada AC, identi- comunicação de constituição de seus órgãos
ficar e cadastrar usuários, encaminhar solicita- de direção regionais e municipais, definitivos
ções de certificados às AC e manter registros de ou provisórios.
suas operações.
...............................................................” (NR)
Parágrafo único. A identificação a que se re-
fere o caput deste artigo será feita presencial- Seção IV
mente, mediante comparecimento pessoal do Dos Atos Praticados por Particulares perante
usuário, ou por outra forma que garanta nível de Entes Públicos
segurança equivalente, observadas as normas
técnicas da ICP-Brasil.” (NR) Art. 8º As assinaturas eletrônicas qualificadas
contidas em atas deliberativas de assembleias,
Art. 7º O § 2º do art. 10 e o § 6º do art. 32 da de convenções e de reuniões das pessoas jurí-
Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995, pas- dicas de direito privado constantes do art. 44 da
sam a vigorar com a seguinte redação: Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil), devem ser aceitas pelas pessoas jurídicas
“Art. 10. .......................................................... de direito público e pela administração pública
direta e indireta pertencentes aos Poderes Exe-
§ 2º Após o recebimento da comunicação de cutivo, Legislativo e Judiciário.
constituição dos órgãos de direção regionais e
municipais, definitivos ou provisórios, o Tribu- Art. 9º (VETADO).

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549
Direito Administrativo

Seção V deste artigo e no art. 14 desta Lei não se aplicam


Dos Atos Realizados durante a Pandemia aos atos internos do ambiente hospitalar.

Art. 10. O ato de que trata o caput do art. Art. 14. Com exceção do disposto no art. 13
5º desta Lei poderá prever nível de assinatura desta Lei, os documentos eletrônicos subscritos
eletrônica incompatível com o previsto no § por profissionais de saúde e relacionados à sua
1º do art. 5º para os atos realizados durante área de atuação são válidos para todos os fins
o período da emergência de saúde pública quando assinados por meio de:
de importância internacional decorrente da
pandemia da Covid-19, de que trata a Lei nº I - assinatura eletrônica avançada; ou
13.979, de 6 de fevereiro de 2020, com vistas
à redução de contatos presenciais ou para a II - assinatura eletrônica qualificada.
realização de atos que, de outro modo, fica-
riam impossibilitados. Parágrafo único. Observada a legislação
específica, o art. 13 desta Lei e o caput deste
Capítulo III artigo, ato do Ministro de Estado da Saúde ou
Da atuação do comitê gestor e do Instituto da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de
Nacional de Tecnologia da Informação Vigilância Sanitária (Anvisa), no âmbito de suas
perante entes públicos competências, especificará as hipóteses e os
critérios para a validação dos documentos de
Art. 11. (VETADO). que trata o caput deste artigo.

Art. 12. (VETADO). Art. 15. O art. 35 da Lei nº 5.991, de 17 de de-


zembro de 1973, passa vigorar com as seguintes
Capítulo IV alterações, numerando-se o atual parágrafo úni-
Da assinatura eletrônica em questão co como § 1º:
de saúde pública
“Art. 35. ..........................................................
Art. 13. Os receituários de medicamentos su-
jeitos a controle especial e os atestados médicos a) (revogada);
em meio eletrônico, previstos em ato do Minis-
tério da Saúde, somente serão válidos quando b) (revogada);
subscritos com assinatura eletrônica qualificada
do profissional de saúde. c) (revogada).

Parágrafo único. As exigências de nível míni- I - que seja escrita no vernáculo, redigida
mo de assinatura eletrônica previstas no caput sem abreviações e de forma legível e que ob-

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550
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

serve a nomenclatura e o sistema de pesos e Capítulo V


medidas oficiais; Dos sistemas de informação e de
comunicação dos entes públicos
II - que contenha o nome e o endereço resi-
dencial do paciente e, expressamente, o modo Art. 16. Os sistemas de informação e de co-
de usar a medicação; e municação desenvolvidos exclusivamente por
órgãos e entidades da administração direta,
III - que contenha a data e a assinatura do autárquica e fundacional dos Poderes e órgãos
profissional de saúde, o endereço do seu con- constitucionalmente autônomos dos entes fede-
sultório ou da sua residência e o seu número de rativos são regidos por licença de código aberto,
inscrição no conselho profissional. permitida a sua utilização, cópia, alteração e dis-
tribuição sem restrições por todos os órgãos e
§ 1º O receituário de medicamentos terá va- entidades abrangidos por este artigo.
lidade em todo o território nacional, indepen-
dentemente do ente federativo em que tenha § 1º O disposto no caput deste artigo apli-
sido emitido, inclusive o de medicamentos su- ca-se, inclusive, aos sistemas de informação e
jeitos ao controle sanitário especial, nos ter- de comunicação em operação na data de en-
mos da regulação. trada em vigor desta Lei.

§ 2º As receitas em meio eletrônico, res- § 2º Não estão sujeitos ao disposto neste artigo:
salvados os atos internos no ambiente hospi-
talar, somente serão válidas se contiverem a I - os sistemas de informação e de comunica-
assinatura eletrônica avançada ou qualificada ção cujo código-fonte possua restrição de aces-
do profissional e atenderem aos requisitos de so à informação, nos termos do Capítulo IV da
ato da Diretoria Colegiada da Agência Nacio- Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011;
nal de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou do Mi-
nistro de Estado da Saúde, conforme as res- II - os dados armazenados pelos sistemas de
pectivas competências. informação e de comunicação;

§ 3º É obrigatória a utilização de assinatu- III - os componentes de propriedade de ter-


ras eletrônicas qualificadas para receituários ceiros; e
de medicamentos sujeitos a controle especial
e para atestados médicos em meio eletrôni- IV - os contratos de desenvolvimento de sis-
co.” (NR) temas de informação e de comunicação que te-

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551
Direito Administrativo

nham sido firmados com terceiros antes da data Este texto não substitui o publicado no DOU
de entrada em vigor desta Lei e que contenham de 24.9.2020.
cláusula de propriedade intelectual divergente
do disposto no caput deste artigo. *

Capítulo VI
Disposições finais e transitórias

Art. 17. O disposto nesta Lei não estabelece


obrigação aos órgãos e entidades da adminis-
tração direta, indireta, autárquica e fundacional
dos Poderes e órgãos constitucionalmente autô-
nomos dos entes federativos de disponibilizarem
mecanismos de comunicação eletrônica em to-
das as hipóteses de interação com pessoas na-
turais ou jurídicas.

Art. 18. Os sistemas em uso na data de en-


trada em vigor desta Lei que utilizem assinatu-
ras eletrônicas e que não atendam ao disposto
no art. 5º desta Lei serão adaptados até 1º de
julho de 2021.

Art. 19. Revogam-se as alíneas “a”, “b” e “c”


do caput do art. 35 da Lei nº 5.991, de 17 de
dezembro de 1973.

Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 23 de setembro de 2020; 199º da In-


dependência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes
Eduardo Pazuello
Walter Souza Braga Netto

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552
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

Lei nº 14.065, de 30 de setembro de 2020 II - promover o pagamento antecipado nas li-


citações e nos contratos, desde que:
Autoriza pagamentos antecipados nas lici-
tações e nos contratos realizados no âmbito a) represente condição indispensável para ob-
da administração pública; adequa os limites de ter o bem ou assegurar a prestação do serviço; ou
dispensa de licitação; amplia o uso do Regime
Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) b) propicie significativa economia de recursos; e
durante o estado de calamidade pública reco-
nhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de III - aplicar o Regime Diferenciado de Con-
março de 2020; e altera a Lei nº 13.979, de 6 de tratações Públicas (RDC), de que trata a Lei nº
fevereiro de 2020. 12.462, de 4 de agosto de 2011, para licitações e
contratações de quaisquer obras, serviços, com-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber pras, alienações e locações.
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei: § 1º Na hipótese de que trata o inciso II do
caput deste artigo, a Administração deverá:
Art. 1º A administração pública dos entes fe-
derativos, de todos os Poderes e órgãos consti- I - prever a antecipação de pagamento em edital
tucionalmente autônomos fica autorizada a: ou em instrumento formal de adjudicação direta; e

I - dispensar a licitação de que tratam os inci- II - exigir a devolução integral do valor anteci-
sos I e II do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de pado na hipótese de inexecução do objeto, atua-
21 de junho de 1993, até o limite de: lizado monetariamente pela variação acumulada
do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
a) R$ 100.000,00 (cem mil reais), para obras Amplo (IPCA), ou índice que venha a substituí-lo,
e serviços de engenharia, desde que não se re- desde a data do pagamento da antecipação até
firam a parcelas de uma mesma obra ou serviço, a data da devolução.
ou para obras e serviços da mesma natureza e
no mesmo local que possam ser realizados con- § 2º Sem prejuízo do disposto no § 1º deste
junta e concomitantemente; e artigo, a Administração deverá prever cautelas
aptas a reduzir o risco de inadimplemento con-
b) R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), para tratual, tais como:
outros serviços e compras, desde que não se
refiram a parcelas de um mesmo serviço ou de I - a comprovação da execução de parte ou
compra de maior vulto, que possam ser realiza- de etapa inicial do objeto pelo contratado, para a
dos de uma só vez; antecipação do valor remanescente;

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553
Direito Administrativo

II - a prestação de garantia nas modalidades de 23 de março de 1999, como pontos ou pon-


de que trata o art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de tões de cultura, na forma da Lei nº 13.018, de
junho de 1993, de até 30% (trinta por cento) do 22 de julho de 2014, ou como organizações da
valor do objeto; sociedade civil, na forma da Lei nº 13.019, de
31 de julho de 2014, relativamente aos recursos
III - a emissão de título de crédito pelo con- públicos por elas administrados em decorrên-
tratado; cia dos respectivos contratos de gestão, termos
de parceria, termos de compromisso cultural,
IV - o acompanhamento da mercadoria, em termos de colaboração, termos de fomento ou
qualquer momento do transporte, por represen- contrato equivalente.
tante da Administração; ou
Art. 4º Todos os atos decorrentes desta Lei se-
V - a exigência de certificação do produto ou rão disponibilizados em sítio oficial da internet, ob-
do fornecedor. servados, no que couber, os requisitos previstos no
§ 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro
§ 3º É vedado o pagamento antecipado pela de 2011, com o nome do contratado, o número
Administração na hipótese de prestação de ser- de sua inscrição na Secretaria Especial da Receita
viços com regime de dedicação exclusiva de Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o
mão de obra. respectivo processo de aquisição ou contratação.

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se aos atos Art. 5º A Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de
realizados durante o estado de calamidade pú- 2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:
blica reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6,
de 20 de março de 2020. “Art. 4º ............................................................

Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica- § 2º. ................................................................


-se aos contratos firmados no período de que
trata o caput deste artigo independentemente VI - as atas de registros de preços das quais a
do seu prazo ou do prazo de suas prorrogações. contratação se origine.

Art. 3º O disposto nesta Lei aplica-se, no ........................................................................


que couber, às escolas de que trata o art. 77
da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, § 4º Na hipótese de dispensa de licitação a
e às entidades qualificadas como organizações que se refere o caput deste artigo, quando se
sociais, na forma da Lei nº 9.637, de 15 de maio tratar de compra ou de contratação por mais de
de 1998, como organizações da sociedade civil um órgão ou entidade, poderá ser utilizado o sis-
de interesse público, na forma da Lei nº 9.790, tema de registro de preços, previsto no inciso

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554
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

II do caput do art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de “Art. 4º-J. Os órgãos e entidades da adminis-


junho de 1993. tração pública federal poderão aderir a ata de
registro de preços gerenciada por órgão ou en-
§ 5º Nas situações abrangidas pelo § 4º des- tidade estadual, distrital ou municipal em proce-
te artigo, o ente federativo poderá aplicar o re- dimentos realizados nos termos desta Lei, até o
gulamento federal sobre registro de preços se limite, por órgão ou entidade, de 50% (cinquenta
não houver regulamento que lhe seja especifi- por cento) dos quantitativos dos itens do instru-
camente aplicável. mento convocatório e registrados na ata de re-
gistro de preços para o órgão gerenciador e para
§ 6º O órgão ou entidade gerenciador da os órgãos participantes.
compra estabelecerá prazo entre 2 (dois) e 8
(oito) dias úteis, contado da data de divulgação Parágrafo único. As contratações decorrentes
da intenção de registro de preço, para que ou- das adesões à ata de registro de preços de que
tros órgãos e entidades manifestem interesse trata o caput deste artigo não poderão exceder,
em participar do sistema de registro de preços na totalidade, ao dobro do quantitativo de cada
realizado nos termos dos §§ 4º e 5º deste artigo. item registrado na ata de registro de preços para
o órgão gerenciador e para os órgãos participan-
§ 7º O disposto nos §§ 2º e 3º do art. 4º-E tes, independentemente do número de órgãos
desta Lei não se aplica a sistema de registro de não participantes que aderirem.”
preços fundamentado nesta Lei.
“Art. 4º-K. Os órgãos de controle interno e
§ 8º Nas contratações celebradas após 30 (trin- externo priorizarão a análise e a manifestação
ta) dias da assinatura da ata de registro de preços, quanto à legalidade, à legitimidade e à economi-
a estimativa de preços será refeita, com o intuito cidade das despesas decorrentes dos contratos
de verificar se os preços registrados permanecem ou das aquisições realizadas com fundamento
compatíveis com os praticados no âmbito dos ór- nesta Lei.
gãos e entidades da administração pública, nos ter-
mos do inciso VI do § 1º do art. 4º-E desta Lei.” (NR) Parágrafo único. Os tribunais de contas de-
vem atuar para aumentar a segurança jurídica
“Art. 4º-G. ....................................................... na aplicação das normas desta Lei, inclusive por
meio de respostas a consultas.”
§ 4º As licitações de que trata o caput deste
artigo realizadas por meio de sistema de registro Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de
de preços serão consideradas compras nacionais sua publicação.
e observarão o disposto em regulamento editado
pelo Poder Executivo federal, observado o prazo Brasília, 30 de setembro de 2020; 199o da In-
estabelecido no § 6º do art. 4º desta Lei.” (NR) dependência e 132o da República.

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555
Direito Administrativo

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 1º.10 de 2020

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556
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

DIREITO AMBIENTAL JAIR MESSIAS BOLSONARO


André Luiz de Almeida Mendonça

Lei nº 14.064, de 29 de setembro de 2020 Este texto não substitui o publicado no DOU
de 30.9.2020.
Altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de
1998, para aumentar as penas cominadas ao cri- *
me de maus-tratos aos animais quando se tratar
de cão ou gato.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber


que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei:

Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 9.605, de 12


de fevereiro de 1998, para aumentar as penas
cominadas ao crime de maus-tratos aos animais
quando se tratar de cão ou gato.

Art. 2º O art. 32 da Lei nº 9.605, de 12 de fe-


vereiro de 1998, passa a vigorar acrescido do
seguinte § 1º-A:

“Art. 32. ..........................................................

§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a


pena para as condutas descritas no caput deste
artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos, multa e proibição da guarda.

...............................................................” (NR)

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 29 de setembro de 2020; 199o da In-


dependência e 132o da República.

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557
Direitos das Pessoas com Deficiência

DIREITOS DAS PESSOAS COM


DEFICIÊNCIA

Lei nº 14.062, de 23 de setembro de 2020

Institui o Dia Nacional da Pessoa com Atrofia


Muscular Espinhal (AME).

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber


que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído o dia 8 de agosto como


Dia Nacional da Pessoa com Atrofia Muscular
Espinhal (AME).

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 23 de setembro de 2020; 199o da In-


dependência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Eduardo Pazuello
Onyx Lorenzoni
Marcelo Henrique Teixeira Dias
Damares Regina Alves

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 24.9.2020.

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558
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

Decreto nº 10.502, de 30 de setembro de 2020 II - educação bilíngue de surdos - modalida-


de de educação escolar que promove a espe-
Institui a Política Nacional de Educação Espe- cificidade linguística e cultural dos educandos
cial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao surdos, deficientes auditivos e surdocegos que
Longo da Vida. optam pelo uso da Língua Brasileira de Sinais -
Libras, por meio de recursos e de serviços edu-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da cacionais especializados, disponíveis em esco-
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso las bilíngues de surdos e em classes bilíngues
IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto de surdos nas escolas regulares inclusivas, a
no art. 8º, § 1º, da Lei nº 9.394, de 20 de dezem- partir da adoção da Libras como primeira língua
bro de 1996, e como língua de instrução, comunicação, inte-
ração e ensino, e da língua portuguesa na mo-
DECRETA: dalidade escrita como segunda língua;

Capítulo I III - política educacional equitativa - conjun-


Disposições gerais to de medidas planejadas e implementadas com
vistas a orientar as práticas necessárias e dife-
Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de renciadas para que todos tenham oportunidades
Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com iguais e alcancem os seus melhores resultados,
Aprendizado ao Longo da Vida, por meio da de modo a valorizar ao máximo cada potencia-
qual a União, em colaboração com os Estados, lidade, e eliminar ou minimizar as barreiras que
o Distrito Federal e os Municípios, implementará possam obstruir a participação plena e efetiva do
programas e ações com vistas à garantia dos di- educando na sociedade;
reitos à educação e ao atendimento educacional
especializado aos educandos com deficiência, IV - política educacional inclusiva - conjunto
transtornos globais do desenvolvimento e altas de medidas planejadas e implementadas com
habilidades ou superdotação. vistas a orientar as práticas necessárias para
desenvolver, facilitar o desenvolvimento, super-
Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto, visionar a efetividade e reorientar, sempre que
considera-se: necessário, as estratégias, os procedimentos, as
ações, os recursos e os serviços que promovem
I - educação especial - modalidade de edu- a inclusão social, intelectual, profissional, políti-
cação escolar oferecida, preferencialmente, na ca e os demais aspectos da vida humana, da ci-
rede regular de ensino aos educandos com defi- dadania e da cultura, o que envolve não apenas
ciência, transtornos globais do desenvolvimento as demandas do educando, mas, igualmente,
e altas habilidades ou superdotação; suas potencialidades, suas habilidades e seus

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559
Direitos das Pessoas com Deficiência

talentos, e resulta em benefício para a sociedade surdos, que optam pelo uso da Libras, com defi-
como um todo; ciência auditiva, surdocegos, surdos com outras
deficiências associadas e surdos com altas ha-
V - política de educação com aprendizado ao bilidades ou superdotação;
longo da vida - conjunto de medidas planejadas
e implementadas para garantir oportunidades IX - classes bilíngues de surdos - classes com
de desenvolvimento e aprendizado ao longo da enturmação de educandos surdos, com deficiên-
existência do educando, com a percepção de cia auditiva e surdocegos, que optam pelo uso da
que a educação não acontece apenas no âmbi- Libras, organizadas em escolas regulares inclusi-
to escolar, e de que o aprendizado pode ocorrer vas, em que a Libras é reconhecida como primei-
em outros momentos e contextos, formais ou ra língua e utilizada como língua de comunicação,
informais, planejados ou casuais, em um pro- interação, instrução e ensino, em todo o processo
cesso ininterrupto; educativo, e a língua portuguesa na modalidade
escrita é ensinada como segunda língua;
VI - escolas especializadas - instituições de
ensino planejadas para o atendimento educa- X - escolas regulares inclusivas - instituições
cional aos educandos da educação especial que de ensino que oferecem atendimento educacio-
não se beneficiam, em seu desenvolvimento, nal especializado aos educandos da educação
quando incluídos em escolas regulares inclusi- especial em classes regulares, classes especiali-
vas e que apresentam demanda por apoios múl- zadas ou salas de recursos; e
tiplos e contínuos;
XI - planos de desenvolvimento individual e es-
VII - classes especializadas - classes organiza- colar - instrumentos de planejamento e de orga-
das em escolas regulares inclusivas, com acessi- nização de ações, cuja elaboração, acompanha-
bilidade de arquitetura, equipamentos, mobiliário, mento e avaliação envolvam a escola, a família,
projeto pedagógico e material didático, planeja- os profissionais do serviço de atendimento edu-
dos com vistas ao atendimento das especifici- cacional especializado, e que possam contar com
dades do público ao qual são destinadas, e que outros profissionais que atendam educandos
devem ser regidas por profissionais qualificados com deficiência, transtornos globais do desenvol-
para o cumprimento de sua finalidade; vimento e altas habilidades ou superdotação.

VIII - escolas bilíngues de surdos - institui- Capítulo II


ções de ensino da rede regular nas quais a co- Dos princípios e dos objetivos
municação, a instrução, a interação e o ensino
são realizados em Libras como primeira língua Art. 3º São princípios da Política Nacional de
e em língua portuguesa na modalidade escrita Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com
como segunda língua, destinadas a educandos Aprendizado ao Longo da Vida:

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Atualização Legislativa | Setembro de 2020

I - educação como direito para todos em um globais do desenvolvimento e altas habilidades


sistema educacional equitativo e inclusivo; ou superdotação;

II - aprendizado ao longo da vida; II - promover ensino de excelência aos edu-


candos da educação especial, em todas as eta-
III - ambiente escolar acolhedor e inclusivo; pas, níveis e modalidades de educação, em um
sistema educacional equitativo, inclusivo e com
IV - desenvolvimento pleno das potencialida- aprendizado ao longo da vida, sem a prática de
des do educando; qualquer forma de discriminação ou preconceito;

V - acessibilidade ao currículo e aos espa- III - assegurar o atendimento educacional espe-


ços escolares; cializado como diretriz constitucional, para além da
institucionalização de tempos e espaços reserva-
VI - participação de equipe multidisciplinar no dos para atividade complementar ou suplementar;
processo de decisão da família ou do educando
quanto à alternativa educacional mais adequada; IV - assegurar aos educandos da educação
especial acessibilidade a sistemas de apoio
VII - garantia de implementação de escolas adequados, consideradas as suas singularida-
bilíngues de surdos e surdocegos; des e especificidades;

VIII - atendimento aos educandos com defi- V - assegurar aos profissionais da educação
ciência, transtornos globais do desenvolvimento a formação profissional de orientação equitativa,
e altas habilidades ou superdotação no território inclusiva e com aprendizado ao longo da vida,
nacional, incluída a garantia da oferta de serviços com vistas à atuação efetiva em espaços co-
e de recursos da educação especial aos educan- muns ou especializados;
dos indígenas, quilombolas e do campo; e
VI - valorizar a educação especial como pro-
IX - qualificação para professores e demais cesso que contribui para a autonomia e o de-
profissionais da educação. senvolvimento da pessoa e também para a sua
participação efetiva no desenvolvimento da so-
Art. 4º São objetivos da Política Nacional de ciedade, no âmbito da cultura, das ciências, das
Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com artes e das demais áreas da vida; e
Aprendizado ao Longo da Vida:
VII - assegurar aos educandos com deficiên-
I - garantir os direitos constitucionais de edu- cia, transtornos globais do desenvolvimento e al-
cação e de atendimento educacional especializa- tas habilidades ou superdotação oportunidades
do aos educandos com deficiência, transtornos de educação e aprendizado ao longo da vida, de

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561
Direitos das Pessoas com Deficiência

modo sustentável e compatível com as diversi- Capítulo IV


dades locais e culturais. Das diretrizes

Capítulo III Art. 6º São diretrizes para a implementação da


Do público-alvo Política Nacional de Educação Especial: Equitativa,
Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida:
Art. 5º A Política Nacional de Educação Es-
pecial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendiza- I - oferecer atendimento educacional espe-
do ao Longo da Vida tem como público-alvo cializado e de qualidade, em classes e escolas
os educandos que, nas diferentes etapas, ní- regulares inclusivas, classes e escolas especia-
veis e modalidades de educação, em contex- lizadas ou classes e escolas bilíngues de surdos
tos diversos, nos espaços urbanos e rurais, a todos que demandarem esse tipo de serviço,
demandem a oferta de serviços e recursos da para que lhes seja assegurada a inclusão so-
educação especial. cial, cultural, acadêmica e profissional, de forma
equitativa e com a possibilidade de aprendizado
Parágrafo único. São considerados público- ao longo da vida;
-alvo da Política Nacional de Educação Especial:
Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Lon- II - garantir a viabilização da oferta de escolas
go da Vida: ou classes bilíngues de surdos aos educandos
surdos, surdocegos, com deficiência auditiva,
I - educandos com deficiência, conforme de- outras deficiências ou altas habilidades e super-
finido pela Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 dotação associadas;
- Estatuto da Pessoa com Deficiência;
III - garantir, nas escolas ou classes bilíngues
II - educandos com transtornos globais do de surdos, a Libras como parte do currículo for-
desenvolvimento, incluídos os educados com mal em todos os níveis e etapas de ensino e a
transtorno do espectro autista, conforme de- organização do trabalho pedagógico para o en-
finido pela Lei nº 12.764, de 27 de dezembro sino da língua portuguesa na modalidade escrita
de 2012; e como segunda língua; e

III - educandos com altas habilidades ou su- IV - priorizar a participação do educando e de


perdotação que apresentem desenvolvimento sua família no processo de decisão sobre os ser-
ou potencial elevado em qualquer área de domí- viços e os recursos do atendimento educacional
nio, isolada ou combinada, criatividade e envol- especializado, considerados o impedimento de
vimento com as atividades escolares. longo prazo e as barreiras a serem eliminadas

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562
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

ou minimizadas para que ele tenha as melhores X - escolas especializadas;


condições de participação na sociedade, em
igualdade de condições com as demais pessoas. XI - escolas-polo de atendimento educacio-
nal especializado;
Capítulo V
Dos serviços e dos recursos XII - materiais didático-pedagógicos adequa-
da educação especial dos e acessíveis ao público-alvo desta Política
Nacional de Educação Especial;
Art. 7º São considerados serviços e recursos
da educação especial: XIII - núcleos de acessibilidade;

I - centros de apoio às pessoas com deficiên- XIV - salas de recursos;


cia visual;
XV - serviços de atendimento educacional es-
II - centros de atendimento educacional especia- pecializado para crianças de zero a três anos;
lizado aos educandos com deficiência intelectual,
mental e transtornos globais do desenvolvimento; XVI - serviços de atendimento educacional
especializado; e
III - centros de atendimento educacional es-
pecializado aos educandos com deficiência físi- XVII - tecnologia assistiva.
co-motora;
Parágrafo único. Poderão ser constituídos
IV - centros de atendimento educacional outros serviços e recursos para atender os edu-
especializado; candos da educação especial, ainda que sejam
utilizados de forma temporária ou para finalida-
V - centros de atividades de altas habilidades de específica.
e superdotação;
Capítulo VI
VI - centros de capacitação de profissionais Dos atores
da educação e de atendimento às pessoas
com surdez; Art. 8º Atuarão, de forma colaborativa, na
prestação de serviços da educação especial:
VII - classes bilíngues de surdos;
I - equipes multiprofissionais e interdisciplina-
VIII - classes especializadas; res de educação especial;

IX - escolas bilíngues de surdos; II - guias-intérpretes;

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563
Direitos das Pessoas com Deficiência

III - professores bilíngues em Libras e lín- III - definição de critérios de identificação,


gua portuguesa; acolhimento e acompanhamento dos educan-
dos que não se beneficiam das escolas regu-
IV - professores da educação especial; lares inclusivas, de modo a proporcionar o
atendimento educacional mais adequado, em
V - profissionais de apoio escolar ou acompa- ambiente o menos restritivo possível, com vis-
nhantes especializados, de que tratam o inciso tas à inclusão social, acadêmica, cultural e pro-
XIII do caput do art. 3º da Lei nº 13.146, de 2015 fissional, de forma equitativa, inclusiva e com
- Estatuto da Pessoa com Deficiência, e o pará- aprendizado ao longo da vida;
grafo único do art. 2º da Lei nº 12.764, de 2012; e
IV - definição de diretrizes da educação espe-
VI - tradutores-intérpretes de Libras e língua cial para o estabelecimento dos serviços e dos
portuguesa. recursos de atendimento educacional especiali-
zado aos educandos público-alvo desta Política
Capítulo VII Nacional de Educação Especial;
Da implementação
V - definição de estratégias e de orientações
Art. 9º A Política Nacional de Educação Espe- para as instituições de ensino superior com vis-
cial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao tas a garantir a prestação de serviços ao pú-
Longo da Vida será implementada por meio das blico-alvo desta Política Nacional de Educação
seguintes ações: Especial, para incentivar projetos de ensino,
pesquisa e extensão destinados à temática da
I - elaboração de estratégias de gestão dos educação especial e estruturar a formação de
sistemas de ensino para as escolas regulares profissionais especializados para cumprir os
inclusivas, as escolas especializadas e as esco- objetivos da Política Nacional de Educação Es-
las bilíngues de surdos, que contemplarão tam- pecial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado
bém a orientação sobre o papel da família, do ao Longo da Vida; e
educando, da escola, dos profissionais espe-
cializados e da comunidade, e a normatização VI - definição de critérios objetivos, opera-
dos procedimentos de elaboração de material cionalizáveis e mensuráveis, a serem cumpridos
didático especializado; pelos entes federativos, com vistas à obtenção
de apoio técnico e financeiro da União na im-
II - definição de estratégias para a implemen- plementação de ações e programas relaciona-
tação de escolas e classes bilíngues de surdos e dos à Política Nacional de Educação Especial:
o fortalecimento das escolas e classes bilíngues Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao
de surdos já existentes; Longo da Vida.

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564
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

Capítulo VIII das ações decorrentes da Política Nacional de


Da avaliação e do monitoramento Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com
Aprendizado ao Longo da Vida.
Art. 10. São mecanismos de avaliação e de
monitoramento da Política Nacional de Educa- Art. 13. A colaboração dos entes federativos
ção Especial: Equitativa, Inclusiva e com Apren- na Política Nacional de Educação Especial: Equi-
dizado ao Longo da Vida: tativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da
Vida ocorrerá por meio de adesão voluntária, na
I - Censo Escolar; forma a ser definida em instrumentos específicos
dos respectivos programas e ações do Ministé-
II - Exame Nacional do Ensino Médio; rio da Educação e de suas entidades vinculadas.

III - indicadores que permitam identificar os Art. 14. Para fins de implementação da Polí-
pontos estratégicos na execução da Política Na- tica Nacional de Educação Especial: Equitativa,
cional de Educação Especial: Equitativa, Inclu- Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida,
siva e com Aprendizado ao Longo da Vida e os a União poderá prestar aos entes federativos
seus resultados esperados e alcançados; apoio técnico e assistência financeira, na forma
a ser definida em instrumento específico de cada
IV - planos de desenvolvimento individual programa ou ação.
e escolar;
Art. 15. A assistência financeira da União de
V - Prova Brasil; e que trata o art. 14 ocorrerá por meio de dotações
orçamentárias consignadas na Lei Orçamentária
VI - Sistema de Avaliação da Educação Básica. Anual ao Ministério da Educação e às suas enti-
dades vinculadas, respeitada a sua área de atu-
Art. 11. Serão incorporados aos mecanismos ação, observados a disponibilidade financeira e
de avaliação e de monitoramento de que tratam os os limites de movimentação e empenho.
incisos II ao V do caput do art. 10 indicadores que
permitam identificar resultados obtidos com a imple- Art. 16. Compete ao Conselho Nacional de Edu-
mentação da Política Nacional de Educação Equita- cação elaborar as diretrizes nacionais da educação
tiva, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida. especial, em conformidade com o disposto na Po-
lítica Nacional de Educação Especial: Equitativa,
Capítulo IX Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida.
Disposições finais
Parágrafo único. As diretrizes nacionais da
Art. 12. Compete ao Ministério da Educação educação especial serão homologadas em ato
a coordenação estratégica dos programas e do Ministro de Estado da Educação.

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565
Direitos das Pessoas com Deficiência

Art. 17. A Política Nacional de Educação Es-


pecial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado
ao Longo da Vida deverá ser utilizada, também,
como referência para a Base Nacional Comum
Curricular, de que trata o art. 26 da Lei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996.

Art. 18. Este Decreto entra em vigor na data


de sua publicação.

Brasília, 30 de setembro de 2020; 199º da In-


dependência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Milton Ribeiro
Damares Regina Alves

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 1º.10.2020

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566
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

DIREITO INTERNACIONAL Unidos Mexicanos, com base no Tratado de


Montevidéu de 1980, firmaram, em 6 de julho de
2020, em Montevidéu, o Sétimo Protocolo Adi-
Decreto nº 10.495, de 23 de setembro cional ao Apêndice II do Acordo de Complemen-
de 2020 tação Econômica nº 55;

Dispõe sobre a execução do Sétimo Protocolo DECRETA:


Adicional ao Apêndice II do Acordo de Comple-
mentação Econômica nº 55 (7PA-APII-ACE55), Art. 1º O Sétimo Protocolo Adicional ao Apên-
firmado pela República Federativa do Brasil e dice II do Acordo de Complementação Econômica
pelos Estados Unidos Mexicanos. nº 55, firmado pela República Federativa do Brasil
e pelos Estados Unidos Mexicanos, em 6 de julho
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da de 2020, anexo a este Decreto, será executado e
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso cumprido integralmente em seus termos.
IV, da Constituição, e
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de
Considerando que o Tratado de Montevidéu sua publicação.
de 1980, que criou a Associação Latino-Ameri-
cana de Integração - Aladi, firmado pela Repúbli- Brasília, 23 de setembro de 2020; 199º da In-
ca Federativa do Brasil em 12 de agosto de 1980 dependência e 132º da República.
e promulgado pelo Decreto nº 87.054, de 23 de
março de 1982, prevê a modalidade de Acordo JAIR MESSIAS BOLSONARO
de Complementação Econômica; Ernesto Henrique Fraga Araújo
Paulo Guedes
Considerando que os Plenipotenciários da
República Federativa do Brasil, da República Este texto não substitui o publicado no DOU
Argentina, da República do Paraguai e da Re- de 24.9.2020 e retificado no D.O.U, de 24.9.2020
pública Oriental do Uruguai, Estados Partes do - Edição extra
Mercosul, e dos Estados Unidos Mexicanos,
com base no Tratado de Montevidéu de 1980,
firmaram em 27 de setembro de 2002, em Mon-
tevidéu, o Acordo de Complementação Econô-
mica nº 55, promulgado pelo Decreto nº 4.458,
de 5 de novembro de 2002; e

Considerando que os Plenipotenciários da


República Federativa do Brasil e dos Estados

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567
Direito Internacional

Medida Provisória nº 1.003, de 24 de se- tos de aquisições dele decorrentes, dispensada a


tembro de 2020 realização de procedimentos licitatórios.

Autoriza o Poder Executivo federal a aderir ao § 2º A adesão ao Instrumento Covax Facility


Instrumento de Acesso Global de Vacinas Co- não implica a obrigatoriedade da aquisição das
vid-19 - Covax Facility. vacinas, que dependerá de análise técnica e fi-
nanceira para cada caso, observadas as regras
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da de reembolso dos valores aportados previstas
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- no acordo de compromisso, na modalidade de
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com acordo de compra opcional.
força de lei:
§ 3º A dispensa da realização de procedi-
Art. 1º Fica autorizado o Poder Executivo fe- mentos licitatórios para celebração de contratos
deral a aderir ao Instrumento de Acesso Global de aquisição de vacinas de que trata o § 1º não
de Vacinas Covid-19 - Covax Facility, administra- afasta a necessidade de processo administrativo
do pela Aliança Gavi (Gavi Alliance), com a finali- que contenha os elementos técnicos referentes:
dade de adquirir vacinas contra a covid-19.
I - à escolha quanto à opção de compra por
Parágrafo único. O objetivo da adesão ao Ins- meio do Instrumento Covax Facility;
trumento Covax Facility é proporcionar, no âmbi-
to internacional, o acesso do País a vacinas se- II - à justificativa do preço; e
guras e eficazes contra a covid-19, sem prejuízo
a eventual adesão futura a outros mecanismos ou III - ao atendimento às exigências sanitárias.
à aquisição de vacinas por outras modalidades.
§ 4º Ficam autorizados os aportes de recur-
Art. 2º A adesão ao Instrumento Covax Facility sos financeiros exigidos para a adesão ao Ins-
e a aquisição de vacinas por meio do referido Ins- trumento Covax Facility, inclusive para a garan-
trumento observarão as normas contratuais esta- tia de compartilhamento de riscos, e para as
belecidas pela Aliança Gavi, inclusive aquelas re- aquisições de vacinas, conforme estabelecido
lativas à responsabilidade das partes, e não serão no acordo de compromisso, na modalidade de
aplicáveis as disposições da Lei nº 8.666, de 21 acordo de compra opcional, e nos contratos de
de junho de 1993, da Lei nº 10.742, de 6 de ou- aquisição a serem celebrados.
tubro de 2003, e de outras normas em contrário.
§ 5º Os recursos destinados ao Instrumen-
§ 1º As disposições do caput aplicam-se à ce- to Covax Facility poderão englobar o custo de
lebração de acordo de compromisso, na modali- compra de vacinas, eventuais tributos associa-
dade de acordo de compra opcional, e de contra- dos, o prêmio de acesso, a mitigação de risco e

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568
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

os custos operacionais do referido Instrumento,


inclusive por meio de taxa de administração.

Art. 3º O Ministério da Saúde adotará as me-


didas necessárias para a execução do disposto
nesta Medida Provisória, inclusive para a cele-
bração do acordo de compromisso, na modali-
dade de acordo de compra opcional, e dos con-
tratos de aquisição de que trata o § 1º do art. 2º.

Parágrafo único. O Ministério das Relações


Exteriores adotará as medidas necessárias ao
cumprimento do disposto nesta Medida Provi-
sória, no âmbito de suas competências.

Art. 4º Esta Medida Provisória entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 24 de setembro de 2020; 199º da In-


dependência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Ernesto Henrique Fraga Araújo
Eduardo Pazuello
José Levi Mello do Amaral Júnior

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 24.9.2020 - Edição extra

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569
Direito Previdenciário

DIREITO PREVIDENCIÁRIO anos de contribuição, para os homens, ou de quin-


ze anos de contribuição, para as mulheres.” (NR)

Decreto nº 10.491, de 23 de setembro “Art. 173. O segurado em gozo de aposen-


de 2020 tadoria que voltar a exercer atividade abrangida
pelo RGPS, observados o disposto no art. 168 e,
Altera o Regulamento da Previdência Social, nos casos de aposentadoria especial, o disposto
aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio no parágrafo único do art. 69, fará jus:
de 1999.
I - ao salário-família e à reabilitação profissio-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das nal, quando empregado, inclusive o doméstico,
atribuições que lhe confere o art. 84, caput, inci- ou trabalhador avulso; e
sos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo
em vista o disposto na legislação da previdência II - ao salário-maternidade.” (NR)
social, em especial na Lei nº 8.212, de 24 de julho
de 1991, e na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, “Art. 188-E. .....................................................

DECRETA: § 8º .................................................................

Art. 1º O Regulamento da Previdência So- I - a partir de 18 de junho de 2015 até 30 de


cial, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de dezembro de 2018:
maio de 1999, passa a vigorar com as seguin-
tes alterações: ........................................................................

“Art. 13. .......................................................... II - de 31 de dezembro de 2018 até 13 de no-


vembro de 2019:
II - até doze meses após a cessação de bene-
fício por incapacidade ou das contribuições, ob- ...............................................................” (NR)
servado o disposto nos § 7º e § 8º e no art. 19-E;
“Art. 214. ........................................................
...............................................................” (NR)
§ 3º O limite mínimo do salário de contribui-
“Art. 53. O valor da aposentadoria programada ção corresponde:
corresponderá a sessenta por cento do salário de
benefício definido na forma prevista no art. 32, com I - para os segurados contribuinte individual
acréscimo de dois pontos percentuais para cada e facultativo, ao salário-mínimo, tomado no seu
ano de contribuição que exceder o tempo de vinte valor mensal; e

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570
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

........................................................................ ...............................................................” (NR)

§ 19. O salário de contribuição do condutor “Art. 337. O acidente do trabalho será carac-
autônomo de veículo rodoviário, inclusive o ta- terizado tecnicamente pela Perícia Médica Fede-
xista e o motorista de transporte remunerado ral, por meio da identificação do nexo entre o
privado individual de passageiros, do auxiliar trabalho e o agravo.
de condutor autônomo e do operador de trator,
máquina de terraplanagem, colheitadeira e asse- ........................................................................
melhados, sem vínculo empregatício, a que se
referem os incisos I e II do § 15 do art. 9º, e do § 5º Reconhecidos pela Perícia Médica Fede-
cooperado filiado a cooperativa de transportado- ral a incapacidade para o trabalho e o nexo entre
res autônomos corresponde a vinte por cento do o trabalho e o agravo, na forma prevista no § 3º,
valor bruto auferido pelo frete, carreto ou trans- serão devidas as prestações acidentárias a que
porte e não se admite a dedução de qualquer o beneficiário tiver direito.
valor relativo aos dispêndios com combustível e
manutenção do veículo.” (NR) § 6º A Perícia Médica Federal deixará de apli-
car o disposto no § 3º quando demonstrada a
“Art. 303. ........................................................ inexistência de nexo entre o trabalho e o agravo,
sem prejuízo do disposto no § 7º e no § 12.
§ 1º .................................................................
...............................................................” (NR)
I - Juntas de Recursos, com a competência
para julgar: Art. 2º O Anexo V ao Regulamento da Previ-
dência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048,
........................................................................ de 1999, passa a vigorar com as alterações
constantes do Anexo a este Decreto.
II - Câmaras de Julgamento, com sede em
Brasília, Distrito Federal, com a competência Art. 3º Ficam revogados os seguintes dispo-
para julgar os recursos interpostos contra as de- sitivos do Regulamento da Previdência Social,
cisões proferidas pelas Juntas de Recursos; aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999:

........................................................................ I - § 20 do art. 214; e

§ 1º-A A quantidade de Juntas de Recursos e II - § 37 do art. 216.


de Câmaras de Julgamento do CRPS será esta-
belecida no decreto que aprovar a estrutura re- Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data da
gimental do Ministério da Economia. sua publicação.

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571
Direito Previdenciário

Brasília, 23 de setembro de 2020; 199º da In-


dependência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 24.9.2020

Anexo

(Anexo V ao Regulamento da Previdência


Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de
maio de 1999)

........................................................................
...........................................................................................
Edição de jornais
5812-3/01 2
diários
Edição de jornais
5812-3/02 2
não diários
5813-1/00 Edição de revistas 3
...........................................................................................

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572
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

DIREITO TRIBUTÁRIO pio do domicílio do tomador relativamente aos


serviços de que trata, cujo período de apuração
esteja compreendido entre a data de publicação
Lei Complementar nº 175, de 23 de se- desta Lei Complementar e o último dia do exercí-
tembro de 2020 cio financeiro de 2022; e dá outras providências.

Dispõe sobre o padrão nacional de obrigação Art. 2º O ISSQN devido em razão dos serviços
acessória do Imposto Sobre Serviços de Qual- referidos no art. 1º será apurado pelo contribuin-
quer Natureza (ISSQN), de competência dos Mu- te e declarado por meio de sistema eletrônico de
nicípios e do Distrito Federal, incidente sobre os padrão unificado em todo o território nacional.
serviços previstos nos subitens 4.22, 4.23, 5.09,
15.01 e 15.09 da lista de serviços anexa à Lei § 1º O sistema eletrônico de padrão unifica-
Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003; do de que trata o caput será desenvolvido pelo
altera dispositivos da referida Lei Complementar; contribuinte, individualmente ou em conjunto
prevê regra de transição para a partilha do pro- com outros contribuintes sujeitos às disposições
duto da arrecadação do ISSQN entre o Município desta Lei Complementar, e seguirá leiautes e pa-
do local do estabelecimento prestador e o Muni- drões definidos pelo Comitê Gestor das Obriga-
cípio do domicílio do tomador relativamente aos ções Acessórias do ISSQN (CGOA), nos termos
serviços de que trata; e dá outras providências. dos arts. 9º a 11 desta Lei Complementar.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber § 2º O contribuinte deverá franquear aos Mu-


que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- nicípios e ao Distrito Federal acesso mensal e
no a seguinte Lei Complementar: gratuito ao sistema eletrônico de padrão unifi-
cado utilizado para cumprimento da obrigação
Art. 1º Esta Lei Complementar dispõe sobre acessória padronizada.
o padrão nacional de obrigação acessória do
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Nature- § 3º Quando o sistema eletrônico de padrão
za (ISSQN), de competência dos Municípios e unificado for desenvolvido em conjunto por mais
do Distrito Federal, incidente sobre os serviços de um contribuinte, cada contribuinte acessará o
previstos nos subitens 4.22, 4.23, 5.09, 15.01 e sistema exclusivamente em relação às suas pró-
15.09 da lista de serviços anexa à Lei Comple- prias informações.
mentar nº 116, de 31 de julho de 2003; altera
dispositivos da referida Lei Complementar; pre- § 4º Os Municípios e o Distrito Federal aces-
vê regra de transição para a partilha do produto sarão o sistema eletrônico de padrão unificado
da arrecadação do ISSQN entre o Município do dos contribuintes exclusivamente em relação às
local do estabelecimento prestador e o Municí- informações de suas respectivas competências.

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573
Direito Tributário

Art. 3º O contribuinte do ISSQN declarará as § 2º Na hipótese de atualização, pelos Muni-


informações objeto da obrigação acessória de cípios e pelo Distrito Federal, das informações
que trata esta Lei Complementar de forma pa- de que trata o caput, essas somente produzirão
dronizada, exclusivamente por meio do sistema efeitos no período de competência mensal se-
eletrônico de que trata o art. 2º, até o 25º (vigési- guinte ao de sua inserção no sistema, observado
mo quinto) dia do mês seguinte ao de ocorrência o disposto no art. 150, inciso III, alíneas “b” e “c”,
dos fatos geradores. da Constituição Federal, no que se refere à base
de cálculo e à alíquota, bem como ao previsto no
Parágrafo único. A falta da declaração, na § 1º deste artigo.
forma do caput, das informações relativas a
determinado Município ou ao Distrito Federal § 3º É de responsabilidade dos Municípios
sujeitará o contribuinte às disposições da res- e do Distrito Federal a higidez dos dados que
pectiva legislação. esses prestarem no sistema previsto no caput,
sendo vedada a imposição de penalidades ao
Art. 4º Cabe aos Municípios e ao Distrito Fe- contribuinte em caso de omissão, de inconsis-
deral fornecer as seguintes informações dire- tência ou de inexatidão de tais dados.
tamente no sistema eletrônico do contribuinte,
conforme definições do CGOA: Art. 5º Ressalvadas as hipóteses previstas nes-
ta Lei Complementar, é vedada aos Municípios e
I - alíquotas, conforme o período de vigência, ao Distrito Federal a imposição a contribuintes não
aplicadas aos serviços referidos no art. 1º desta estabelecidos em seu território de qualquer outra
Lei Complementar; obrigação acessória com relação aos serviços re-
feridos no art. 1º, inclusive a exigência de inscrição
II - arquivos da legislação vigente no Município nos cadastros municipais e distritais ou de licen-
ou no Distrito Federal que versem sobre os servi- ças e alvarás de abertura de estabelecimentos nos
ços referidos no art. 1º desta Lei Complementar; respectivos Municípios e no Distrito Federal.

III - dados do domicílio bancário para recebi- Art. 6º A emissão, pelo contribuinte, de notas
mento do ISSQN. fiscais de serviços referidos no art. 1º pode ser
exigida, nos termos da legislação de cada Mu-
§ 1º Os Municípios e o Distrito Federal terão nicípio e do Distrito Federal, exceto para os ser-
até o último dia do mês subsequente ao da dis- viços descritos nos subitens 15.01 e 15.09, que
ponibilização do sistema de cadastro para for- são dispensados da emissão de notas fiscais.
necer as informações de que trata o caput, sem
prejuízo do recebimento do imposto devido re- Art. 7º O ISSQN de que trata esta Lei Com-
troativo a janeiro de 2021. plementar será pago até o 15º (décimo quinto)

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574
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

dia do mês subsequente ao de ocorrência dos § 2º A alteração do leiaute ou da forma de


fatos geradores, exclusivamente por meio de fornecimento das informações será comunicada
transferência bancária, no âmbito do Sistema de pelo CGOA com o prazo de pelo menos 1 (um)
Pagamentos Brasileiro (SPB), ao domicílio ban- ano antes de sua entrada em vigor.
cário informado pelos Municípios e pelo Distrito
Federal, nos termos do inciso III do art. 4º. Art. 11. O CGOA será composto de 10 (dez)
membros, representando as regiões Sul, Sudes-
§ 1º Quando não houver expediente bancário te, Centro-Oeste, Nordeste e Norte do Brasil, da
no 15º (décimo quinto) dia do mês subsequente seguinte forma:
ao de ocorrência dos fatos geradores, o venci-
mento do ISSQN será antecipado para o 1º (pri- I - 1 (um) representante de Município capital
meiro) dia anterior com expediente bancário. ou do Distrito Federal por região;

§ 2º O comprovante da transferência bancária II - 1 (um) representante de Município não ca-


emitido segundo as regras do SPB é documento pital por região.
hábil para comprovar o pagamento do ISSQN.
§ 1º Para cada representante titular será indi-
Art. 8º É vedada a atribuição, a terceira pes- cado 1 (um) suplente, observado o critério regio-
soa, de responsabilidade pelo crédito tributário nal adotado nos incisos I e II do caput.
relativa aos serviços referidos no art. 1º desta Lei
Complementar, permanecendo a responsabili- § 2º Os representantes dos Municípios pre-
dade exclusiva do contribuinte. vistos no inciso I do caput serão indicados pela
Frente Nacional de Prefeitos (FNP), e os repre-
Art. 9º É instituído o Comitê Gestor das Obri- sentantes previstos no inciso II do caput, pela
gações Acessórias do ISSQN (CGOA). Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Art. 10. Compete ao CGOA regular a aplica- § 3º O CGOA elaborará seu regimento interno
ção do padrão nacional da obrigação acessória mediante resolução.
dos serviços referidos no art. 1º.
Art. 12. É instituído o Grupo Técnico do Co-
§ 1º O leiaute, o acesso e a forma de forne- mitê Gestor das Obrigações Acessórias do IS-
cimento das informações serão definidos pelo SQN (GTCGOA), que auxiliará o CGOA e terá
CGOA e somente poderão ser alterados após a participação de representantes dos contri-
decorrido o prazo de 3 (três) anos, contado da buintes dos serviços referidos no art. 1º desta
definição inicial ou da última alteração. Lei Complementar.

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575
Direito Tributário

§ 1º O GTCGOA será composto de 4 (qua- ........................................................................


tro) membros:
XXV - do domicílio do tomador do serviço do
I - 2 (dois) membros indicados pelas entida- subitem 15.09.
des municipalistas que compõem o CGOA;
........................................................................
II - 2 (dois) membros indicados pela Confe-
deração Nacional das Instituições Financeiras § 5º Ressalvadas as exceções e especifica-
(CNF), representando os contribuintes. ções estabelecidas nos §§ 6º a 12 deste artigo,
considera-se tomador dos serviços referidos nos
§ 2º O GTCGOA terá suas atribuições defini- incisos XXIII, XXIV e XXV do caput deste artigo
das pelo CGOA mediante resolução. o contratante do serviço e, no caso de negócio
jurídico que envolva estipulação em favor de uni-
Art. 13. Em relação às competências de ja- dade da pessoa jurídica contratante, a unidade
neiro, fevereiro e março de 2021, é assegurada em favor da qual o serviço foi estipulado, sendo
ao contribuinte a possibilidade de recolher o irrelevantes para caracterizá-la as denominações
ISSQN e de declarar as informações objeto da de sede, filial, agência, posto de atendimento,
obrigação acessória de que trata o art. 2º desta sucursal, escritório de representação ou contato
Lei Complementar até o 15º (décimo quinto) dia ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas.
do mês de abril de 2021, sem a imposição de
nenhuma penalidade. § 6º No caso dos serviços de planos de saú-
de ou de medicina e congêneres, referidos nos
Parágrafo único. O ISSQN de que trata o subitens 4.22 e 4.23 da lista de serviços anexa a
caput será atualizado pela taxa referencial do esta Lei Complementar, o tomador do serviço é a
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia pessoa física beneficiária vinculada à operadora
(Selic) para títulos federais, a partir do 1º (primei- por meio de convênio ou contrato de plano de
ro) dia do mês subsequente ao mês de seu ven- saúde individual, familiar, coletivo empresarial ou
cimento normal até o mês anterior ao do paga- coletivo por adesão.
mento, e pela taxa de 1% (um por cento) no mês
de pagamento. § 7º Nos casos em que houver dependentes
vinculados ao titular do plano, será considerado
Art. 14. A Lei Complementar nº 116, de 31 apenas o domicílio do titular para fins do dispos-
de julho de 2003, passa a vigorar com as se- to no § 6º deste artigo.
guintes alterações:
§ 8º No caso dos serviços de administração
“Art. 3º ............................................................ de cartão de crédito ou débito e congêneres,

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576
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

referidos no subitem 15.01 da lista de serviços “Art. 6º ............................................................


anexa a esta Lei Complementar, prestados di-
retamente aos portadores de cartões de crédito § 2º .................................................................
ou débito e congêneres, o tomador é o primeiro
titular do cartão. IV - as pessoas referidas nos incisos II ou III
do § 9º do art. 3º desta Lei Complementar, pelo
§ 9º O local do estabelecimento credenciado imposto devido pelas pessoas a que se refere o
é considerado o domicílio do tomador dos de- inciso I do mesmo parágrafo, em decorrência dos
mais serviços referidos no subitem 15.01 da lista serviços prestados na forma do subitem 15.01 da
de serviços anexa a esta Lei Complementar re- lista de serviços anexa a esta Lei Complementar.
lativos às transferências realizadas por meio de
cartão de crédito ou débito, ou a eles conexos, § 3º (Revogado).
que sejam prestados ao tomador, direta ou indi-
retamente, por: ...............................................................” (NR)

I - bandeiras; Art. 15. O produto da arrecadação do ISSQN


relativo aos serviços descritos nos subitens 4.22,
II - credenciadoras; ou 4.23, 5.09, 15.01 e 15.09 da lista de serviços
anexa à Lei Complementar nº 116, de 31 de julho
III - emissoras de cartões de crédito e débito. de 2003, cujo período de apuração esteja com-
preendido entre a data de publicação desta Lei
§ 10. No caso dos serviços de administração Complementar e o último dia do exercício finan-
de carteira de valores mobiliários e dos serviços ceiro de 2022 será partilhado entre o Município
de administração e gestão de fundos e clubes do local do estabelecimento prestador e o Muni-
de investimento, referidos no subitem 15.01 da cípio do domicílio do tomador desses serviços,
lista de serviços anexa a esta Lei Complementar, da seguinte forma:
o tomador é o cotista.
I - relativamente aos períodos de apuração
§ 11. No caso dos serviços de administração de ocorridos no exercício de 2021, 33,5% (trinta e
consórcios, o tomador de serviço é o consorciado. três inteiros e cinco décimos por cento) do produ-
to da arrecadação pertencerão ao Município do
§ 12. No caso dos serviços de arrendamento local do estabelecimento prestador do serviço, e
mercantil, o tomador do serviço é o arrendatário, 66,5% (sessenta e seis inteiros e cinco décimos
pessoa física ou a unidade beneficiária da pes- por cento), ao Município do domicílio do tomador;
soa jurídica, domiciliado no País, e, no caso de
arrendatário não domiciliado no País, o tomador II - relativamente aos períodos de apuração
é o beneficiário do serviço no País.” (NR) ocorridos no exercício de 2022, 15% (quinze por

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577
Direito Tributário

cento) do produto da arrecadação pertencerão José Levi Mello do Amaral Júnior


ao Município do local do estabelecimento pres-
tador do serviço, e 85% (oitenta e cinco por cen- Este texto não substitui o publicado no DOU
to), ao Município do domicílio do tomador; de 24.9.2020

III - relativamente aos períodos de apuração


ocorridos a partir do exercício de 2023, 100%
(cem por cento) do produto da arrecadação per-
tencerão ao Município do domicílio do tomador.

§ 1º Na ausência de convênio, ajuste ou proto-


colo firmado entre os Municípios interessados ou
entre esses e o CGOA para regulamentação do
disposto no caput deste artigo, o Município do
domicílio do tomador do serviço deverá transferir
ao Município do local do estabelecimento pres-
tador a parcela do imposto que lhe cabe até o 5º
(quinto) dia útil seguinte ao seu recolhimento.

§ 2º O Município do domicílio do tomador do


serviço poderá atribuir às instituições financeiras ar-
recadadoras a obrigação de reter e de transferir ao
Município do estabelecimento prestador do serviço
os valores correspondentes à respectiva participa-
ção no produto da arrecadação do ISSQN.

Art. 16. Revoga-se o § 3º do art. 6º da Lei


Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.

Art. 17. Esta Lei Complementar entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 23 de setembro de 2020; 199o da In-


dependência e 132o da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Jorge Antonio de Oliveira Francisco

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578
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS diretamente o pagamento de diárias a servidores


públicos e militares integrantes dos órgãos de
segurança pública estaduais e distritais que atu-
Medida Provisória nº 1.005, de 30 de se- arão na proteção de as barreiras sanitárias, de
tembro de 2020 acordo com o disposto no art. 2º.

Dispõe sobre o estabelecimento de barreiras § 1º Os servidores públicos civis e militares


sanitárias protetivas de áreas indígenas. integrantes dos órgãos de segurança pública es-
taduais e distritais farão jus ao recebimento das
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da diárias a que se refere o caput na condição de
atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti- colaboradores eventuais, nos termos do disposto
tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com no art. 4º da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991.
força de lei:
§ 2º Os custos com as diárias a que se refere
Art. 1º As barreiras sanitárias protetivas de o caput correrão à conta da dotação orçamentá-
áreas indígenas têm a finalidade de controlar o ria da FUNAI.
trânsito de pessoas e mercadorias que se dirijam
a essas áreas com o objetivo de evitar o contágio § 3º Os valores e os procedimentos para o
e a disseminação da covid-19. pagamento de diárias a que se refere o caput
observarão a legislação federal aplicável.
Art. 2º As barreiras sanitárias de que trata o
art. 1º serão compostas por servidores públicos Art. 4º A FUNAI será responsável pelo plane-
federais, prioritariamente, ou por militares e, com jamento e pela operacionalização das ações de
a anuência do respectivo Chefe do Poder Execu- controle das barreiras sanitárias de que trata o
tivo, por servidores públicos e militares dos Esta- art. 1º.
dos, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 5º O Ministro de Estado da Justiça e Se-
Parágrafo único. Para a anuência a que se re- gurança Pública poderá editar atos complemen-
fere o caput, a solicitação para o emprego dos tares para o cumprimento do disposto nesta Me-
servidores públicos e militares dos Estados, do dida Provisória.
Distrito Federal e dos Municípios será realizada
pelo Ministro de Estado da Justiça e Segurança Art. 6º Esta Medida Provisória vigorará en-
Pública, permitida a delegação. quanto estiver vigente o Decreto Legislativo nº 6,
de 20 de março de 2020.
Art. 3º A Fundação Nacional do Índio - FUNAI
fica autorizada, de forma excepcional e tempo- Art. 7º Esta Medida Provisória entra em vigor
rária, observado o disposto no art. 6º, a efetuar na data de sua publicação.

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579
Direitos Difusos e Coletivos

Brasília, 30 de setembro de 2020; 199º da In-


dependência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


André Luiz de Almeida Mendonça
Paulo Guedes
Augusto Heleno Ribeiro Pereira

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 1º.10 de 2020

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580
Atualização Legislativa | Setembro de 2020

DIREITOS HUMANOS Art. 3º A Comissão é composta por represen-


tantes dos seguintes órgãos:

Decreto nº 10.482, de 9 de setembro de 2020 I - Ministério da Mulher, da Família e dos Direi-


tos Humanos, que o coordenará;
Institui a Comissão Intersetorial de Enfren-
tamento à Violência Sexual contra Crianças e II - Ministério da Justiça e Segurança Pública;
Adolescentes.
III - Ministério da Educação;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV - Ministério da Cidadania;
VI, alínea “a”, da Constituição,
V - Ministério da Saúde;
DECRETA:
VI - Ministério do Turismo; e
Art. 1º Fica instituída a Comissão Interseto-
rial de Enfrentamento à Violência Sexual contra VII - Conselho Nacional dos Direitos da Crian-
Crianças e Adolescentes no âmbito do Ministério ça e do Adolescente - Conanda.
da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
§ 1º Cada membro da Comissão terá um su-
Art. 2º A Comissão é órgão de consulta, de plente, que o substituirá em suas ausências e
estudos e de articulação, ao qual compete for- seus impedimentos.
mular propostas de:
§ 2º Os membros da Comissão e os respec-
I - ações e de políticas públicas relacionadas tivos suplentes serão indicados pelos titulares
ao Plano Nacional de Enfrentamento à Violência dos órgãos que representam e designados em
Sexual contra Crianças e Adolescentes; ato do Ministro de Estado da Mulher, da Família
e dos Direitos Humanos.
II - políticas, de programas, de projetos e de
ações relacionadas ao enfrentamento à violência § 3º O Coordenador da Comissão poderá
sexual contra crianças e adolescentes; e convidar agentes públicos, especialistas e pes-
quisadores de instituições públicas e privadas e
III - sistematização e de divulgação de ma- representantes de associações que incluam en-
teriais teórico-metodológicos sobre enfren- tre seus fins institucionais a defesa dos interes-
tamento à violência sexual contra crianças e ses e direitos das crianças e adolescentes, para
adolescentes. participar de suas reuniões, sem direito a voto.

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581
Direitos Humanos

Art. 4º A Comissão se reunirá, em caráter or- Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de
dinário, mensalmente e, em caráter extraordiná- sua publicação.
rio, mediante convocação de seu Coordenador.
Brasília, 9 de setembro de 2020; 199º da In-
§ 1º O quórum de reunião da Comissão é de dependência e 132º da República.
maioria absoluta e o quórum de aprovação é de
maioria simples. JAIR MESSIAS BOLSONARO
Damares Regina Alves
§ 2º Na hipótese de empate, além do voto or-
dinário, o Coordenador da Comissão terá o voto Este texto não substitui o publicado no DOU
de qualidade. de 10.9.2020.

Art. 5º Os membros da Comissão que se en-


contrarem no Distrito Federal se reunirão pre-
sencialmente ou por meio de videoconferência,
nos termos do disposto no Decreto nº 10.416,
de 7 de julho de 2020, e os membros que se
encontrarem em outros entes federativos partici-
parão da reunião por meio de videoconferência.

Art. 6º A Secretaria-Executiva da Comissão


será exercida pelo Departamento de Enfrenta-
mento de Violações aos Direitos da Criança e do
Adolescente da Secretaria Nacional dos Direitos
da Criança e do Adolescente do Ministério da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Art. 7º A participação na Comissão será con-


siderada prestação de serviço público relevante,
não remunerada.

Art. 8º Fica revogado o Decreto de 11 de ou-


tubro de 2007, que institui a Comissão Interse-
torial de Enfretamento à Violência Sexual contra
Crianças e Adolescentes.

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582
Atualizações Legislativas
Outubro de 2020

Direito Administrativo 585


Direito do Trabalho 591
Direito Penal 593
Direitos Humanos 594
Legislação Penal Especial 598
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

DIREITO ADMINISTRATIVO deral serão planejados por escolas de governo


do Poder Executivo federal.” (NR)

Decreto nº 10.506, de 2 de outubro de 2020 “Art. 1º-B São escolas de governo:

Altera o Decreto nº 9.991, de 28 de agosto de I - aquelas previstas em lei ou decreto; e


2019, que dispõe sobre a Política Nacional de
Desenvolvimento de Pessoas da administração II - aquelas reconhecidas em ato do Ministro
pública federal direta, autárquica e fundacional, de Estado da Economia, observado o disposto
e regulamenta dispositivos da Lei nº 8.112, de 11 no inciso III do caput do art. 13.
de dezembro de 1990, quanto a licenças e afas-
tamentos para ações de desenvolvimento. Parágrafo único. Ato do Ministro de Estado da
Economia reconhecerá os órgãos e as entidades
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das de que trata o inciso II do caput como escolas de
atribuições que lhe confere o art. 84, caput, inci- governo do Poder Executivo federal, permitida a
sos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo delegação a titular de cargo de natureza espe-
em vista o disposto no art. 39, § 2º, da Consti- cial, vedada a subdelegação.” (NR)
tuição e nos art. 87, art. 95, art. 96-A e art. 102,
caput, incisos IV, VII e VIII, alínea “e”, da Lei nº “Art. 3º Cada órgão e entidade integrante do
8.112, de 11 de dezembro de 1990, SIPEC elaborará anualmente o respectivo PDP,
que vigorará no exercício seguinte, a partir do
DECRETA: levantamento das necessidades de desenvolvi-
mento relacionadas à consecução dos objeti-
Art. 1º O Decreto nº 9.991, de 28 de agosto de vos institucionais.
2019, passa a vigorar com as seguintes alterações:
§ 1º .................................................................
“Art. 1º-A O Poder Executivo federal manterá
escolas de governo com a finalidade de promo- I - alinhar as necessidades de desenvolvimen-
ver o desenvolvimento de servidores públicos. to com a estratégia do órgão ou da entidade;

Parágrafo único. Exceto se houver disposição ...............................................................” (NR)


legal em contrário, observado o disposto no in-
ciso IV do caput do art. 13, os cursos de desen- “Art. 4º O PDP conterá, no mínimo:
volvimento cuja participação constitua requisito
para aprovação em estágio probatório, remoção, ........................................................................
progressão ou promoção no serviço público fe-

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585
Direito Administrativo

II - o público-alvo de cada necessidade de § 4º A competência de que trata o caput e o §


desenvolvimento; 1º poderá ser delegada à autoridade máxima da
escola de governo do órgão ou da entidade.” (NR)
........................................................................
“Art. 7º-A As atribuições de que tratam os art.
Parágrafo único. O PDP também conterá as 5º, art. 6º e art. 7º, em relação aos PDP, poderão
ações de desenvolvimento, caso já tenham sido ser delegadas pela autoridade máxima do órgão
definidas, com respectiva carga horária estima- ou da entidade a até duas autoridades.” (NR)
da, que atenderão cada necessidade de desen-
volvimento identificada, previstas para o exercí- “Art. 8º O órgão central do SIPEC disponibili-
cio seguinte.” (NR) zará manifestação técnica para orientar a elabo-
ração das ações de desenvolvimento relaciona-
“Art. 5º Os órgãos e as entidades elaborarão e das ao PDP.” (NR)
encaminharão a sua proposta de PDP ao órgão
central do SIPEC, para ciência e eventuais su- “Art. 10. Os órgãos e as entidades encami-
gestões de alteração. nharão ao órgão central do SIPEC, para análise
e consolidação das informações dos diversos
§ 1º O encaminhamento de que trata o caput órgãos e entidades, os seus relatórios anuais de
será feito até o dia 30 de setembro de cada ano execução dos PDP.” (NR)
pela autoridade máxima do órgão ou da entida-
de, permitida a delegação aos dois níveis hierár- “Art. 13. ..........................................................
quicos imediatos, com competência sobre a área
de gestão de pessoas, vedada a subdelegação. I - articular as ações da rede de escolas de
governo do Poder Executivo federal e o sistema
§ 2º A partir de 30 de novembro de cada ano, de escolas de governo da União;
a autoridade máxima de que trata § 1º aprovará
o PDP e poderá acolher ou não as sugestões re- II - definir as formas de incentivo para que as
cebidas do órgão central do SIPEC no período. instituições de ensino superior sem fins lucrati-
vos atuem como centros de desenvolvimento de
§ 3º A unidade de gestão de pessoas do ór- servidores, com a utilização parcial da estrutura
gão ou da entidade e as suas escolas de gover- existente, de forma a contribuir com a PNDP;
no, quando houver, são responsáveis pelo PDP
perante o órgão central do SIPEC e apoiarão os ........................................................................
gestores e a autoridade máxima do órgão ou da
entidade na gestão do desenvolvimento de seus IV - uniformizar diretrizes para competências
servidores, desde o planejamento até a avaliação. transversais de desenvolvimento de pessoas em

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586
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

articulação com as demais escolas de governo e ........................................................................


unidades administrativas competentes do Poder
Executivo federal. Parágrafo único. O disposto neste artigo não
exclui a possibilidade de contratação direta pe-
........................................................................ los órgãos ou pelas entidades de ações de de-
senvolvimento junto a terceiros, desde que em
§ 1º O disposto no inciso IV do caput não consonância com o disposto no PNDP.” (NR)
afasta atividades de elaboração, de contratação,
de oferta, de administração e de coordenação “Art. 14-A. As escolas de governo terão auto-
específica de ações de desenvolvimento das nomia para:
competências transversais e finalísticas pelas
escolas de governo. I - decidir sobre a priorização das necessida-
des de desenvolvimento de competências espe-
§ 2º As diretrizes a que se refere o inciso IV cíficas contidas nos respectivos PDP; e
do caput contemplarão a inovação e a transfor-
mação do Estado e a melhoria dos serviços pú- II - planejar, organizar e executar a elaboração
blicos, com foco no cidadão, e, entre outras, as e a oferta de ações, a fim de atender às neces-
seguintes atividades: sidades mais relevantes de desenvolvimento de
competências transversais e finalísticas contidas
I - o desenvolvimento continuado de servido- em seus PDP.
res públicos;
Parágrafo único. As escolas de governo ofer-
II - programas de pós-graduação, lato sensu e tarão, sempre que possível, vagas em sua grade
stricto sensu, inclusive pós-doutorado; de cursos para servidores que não pertençam ao
quadro de pessoal do órgão ou da entidade ao
III - fomento e desenvolvimento de pesquisa qual a escola está vinculada.” (NR)
e inovação;
“Art. 16. Despesas com ações de desenvolvi-
IV - prospecção, promoção e difusão de co- mento de pessoas para a contratação, a prorroga-
nhecimento; e ção ou a substituição contratual, a inscrição, o pa-
gamento da mensalidade, as diárias e as passagens
V - desenvolvimento do empreendedorismo e poderão ser realizadas somente após a aprovação
da liderança no setor público.” (NR) do PDP, observado o disposto no § 2º do art. 5º.

“Art. 14. Caberá às escolas de governo do Po- § 1º As despesas com ações de desenvolvi-
der Executivo federal, em articulação com a Enap: mento de pessoas serão divulgadas na internet,

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587
Direito Administrativo

de forma transparente e objetiva, incluídas as ...............................................................” (NR)


despesas com manutenção de remuneração nos
afastamentos para ações de desenvolvimento. “Art. 19. ..........................................................

§ 2º O disposto no caput poderá ser excep- II - ...................................................................


cionado pela autoridade máxima do órgão ou da
entidade, registrado em processo administrati- b) à sua carreira ou cargo efetivo; ou
vo específico que contenha a justificativa para a
execução da ação de desenvolvimento. ........................................................................

§ 3º As ações de desenvolvimento contratadas III - o horário ou o local da ação de desenvol-


na forma prevista no § 2º serão registradas nas re- vimento inviabilizar o cumprimento das ativida-
visões do PDP dos órgãos e das entidades, ainda des previstas ou a jornada semanal de trabalho
que posteriormente à sua realização.” (NR) do servidor.

“Art. 17. .......................................................... § 1º Os pedidos de afastamento formulados


pelos servidores poderão ser processados a
Parágrafo único. Exceções ao disposto no partir da data de aprovação do PDP do órgão
caput poderão ser aprovadas pela unidade de ou da entidade.
gestão de pessoas, por meio de justificativa e de
aprovação da autoridade máxima do órgão ou da § 2º As ações de desenvolvimento que não
entidade, permitida a delegação aos dois níveis necessitarem de afastamento e que ocorrerem
hierárquicos imediatos, com competência sobre durante o horário de jornada de trabalho do ser-
a área de gestão de pessoas, vedada a subdele- vidor também deverão ser registradas nos rela-
gação.” (NR) tórios anuais de execução para fins de gestão
das competências dos servidores em exercício
“Art. 18. .......................................................... nos órgãos e nas entidades.

§ 1º ................................................................. § 3º Cabe à autoridade máxima do órgão ou


da entidade de exercício do servidor autorizar
II - terá suspenso, sem implicar na dispensa o afastamento, permitida a delegação aos dois
da concessão, o pagamento das parcelas refe- níveis hierárquicos imediatos, com competência
rentes às gratificações e aos adicionais vincula- sobre a área de gestão de pessoas, vedada a
dos à atividade ou ao local de trabalho e que não subdelegação.” (NR)
façam parte da estrutura remuneratória básica
do seu cargo efetivo, contado da data de início “Art. 20. Os afastamentos poderão ser inter-
do afastamento. rompidos, a qualquer tempo, a pedido do ser-

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588
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

vidor ou no interesse da administração, con- terior, e quando recomendável ao exercício das


dicionado à edição de ato da autoridade que atividades do servidor, conforme atestado no
concedeu o afastamento, permitida a delega- âmbito do órgão ou da entidade.” (NR)
ção aos dois níveis hierárquicos imediatos, com
competência sobre a área de gestão de pessoas, “Art. 26. O órgão ou a entidade poderá con-
vedada a subdelegação. ceder licença para capacitação somente quando
a carga horária total da ação de desenvolvimento
........................................................................ ou do conjunto de ações seja igual ou superior a
trinta horas semanais.” (NR)
§ 2º As justificativas e a comprovação da
participação ou do aproveitamento dos dias de “Art. 27. ..........................................................
licença na hipótese prevista no § 1º serão ava-
liadas pela autoridade máxima do órgão ou da Parágrafo único. O quantitativo previsto pelo
entidade em que o servidor estiver em exercício, órgão ou pela entidade não poderá ser superior
permitida a delegação aos dois níveis hierárqui- a cinco por cento dos servidores em exercício no
cos imediatos, com competência sobre a área órgão ou na entidade e eventual resultado fra-
de gestão de pessoas, vedada a subdelegação. cionário será arredondado para o número inteiro
imediatamente superior.” (NR)
...............................................................” (NR)
“Art. 28. A concessão de licença para capaci-
“Art. 25. .......................................................... tação caberá à autoridade máxima do órgão ou
da entidade em que o servidor estiver em exercí-
II - elaboração de monografia, trabalho de cio, permitida a delegação aos dois níveis hierár-
conclusão de curso, dissertação de mestrado, quicos imediatos, com competência sobre a área
tese de doutorado, de livre-docência ou estágio de gestão de pessoas, vedada a subdelegação.
pós-doutoral; ou
...............................................................” (NR)
IV - ..................................................................
“Art. 29. ..........................................................
b) realização de atividade voluntária em enti-
dade que preste serviços dessa natureza no País. Parágrafo único. O prazo para a decisão sobre
o pedido e a publicação do eventual deferimento
........................................................................ é de trinta dias, contado da data de apresenta-
ção dos documentos necessários.” (NR)
§ 5º A ação de desenvolvimento para apren-
dizado de língua estrangeira somente poderá “Art. 30. A autoridade máxima do órgão ou da
ocorrer de modo presencial, no País ou no ex- entidade poderá, em caráter excepcional, deferir

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589
Direito Administrativo

o reembolso da inscrição e da mensalidade pa- JAIR MESSIAS BOLSONARO


gas pelo servidor em ações de desenvolvimento, Paulo Guedes
atendidas as seguintes condições:
Este texto não substitui o publicado no DOU
...............................................................” (NR) de 5.10.2020.

Art. 2º Fica dispensada a entrega do PDP no *


ano de 2020 e a sua observância para o exercício
de 2021 aos órgãos e às entidades que não o
entregaram ao órgão central do SIPEC até a data
de publicação deste Decreto.

Art. 3º Ficam revogados os seguintes disposi-


tivos do Decreto nº 9.991, de 2019:

I - o inciso III do caput do art. 4º;

II - os incisos I e II do caput do art. 10;

III - o parágrafo único do art. 11;

IV - o parágrafo único do art. 13;

V - o parágrafo único do art. 16;

VI - o parágrafo único do art. 19;

VII - o inciso III do caput do art. 25; e

VIII - o inciso I do caput do art. 30.

Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 2 de outubro de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

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590
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

DIREITO DO TRABALHO duzentos e quarenta dias, limitados à duração do


estado de calamidade pública a que se refere o
art. 1º da Lei nº 14.020, de 2020.
Decreto nº 10.517, de 13 de outubro de 2020
Art. 3º Os prazos máximos para celebrar acor-
Prorroga os prazos para celebrar acordos de do de redução proporcional de jornada de tra-
redução proporcional de jornada de trabalho e balho e de salário e de suspensão temporária
de salário e de suspensão temporária de contra- de contrato de trabalho, ainda que em períodos
to de trabalho e para efetuar o pagamento dos sucessivos ou intercalados, de que trata o art.
benefícios emergenciais de que trata a Lei nº 16 da Lei nº 14.020, de 2020, consideradas as
14.020, de 6 de julho de 2020. prorrogações do Decreto nº 10.422, de 2020, e
do Decreto nº 10.470, de 2020, ficam acrescidos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da de sessenta dias, de modo a completar o total de
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso duzentos e quarenta dias, limitados à duração do
IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto estado de calamidade pública a que se refere o
na Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020, art. 1º da Lei nº 14.020, de 2020.

DECRETA: Art. 4º Os períodos de redução proporcional de


jornada de trabalho e de salário e de suspensão
Art. 1º Este Decreto prorroga os prazos para temporária de contrato de trabalho utilizados até
celebrar acordos de redução proporcional de a data de publicação deste Decreto serão com-
jornada de trabalho e de salário e de suspensão putados para fins de contagem dos limites máxi-
temporária de contrato de trabalho e para efetu- mos resultantes dos acréscimos de prazos de que
ar o pagamento dos benefícios emergenciais de tratam o art. 2º e o art. 3º, o Decreto nº 10.422, de
que tratam a Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020, 2020, e o Decreto nº 10.470, de 2020, limitados à
o Decreto nº 10.422, de 13 de julho de 2020, e duração do estado de calamidade pública a que
o Decreto nº 10.470, de 24 de agosto de 2020. se refere o art. 1º da Lei nº 14.020, de 2020.

Art. 2º Os prazos máximos para celebrar acor- Art. 5º O empregado com contrato de traba-
do de redução proporcional da jornada de tra- lho intermitente, nos termos do disposto no § 3º
balho e de salário e de suspensão temporária do art. 443 da Consolidação das Leis do Traba-
de contrato de trabalho, de que tratam, respec- lho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º
tivamente, o caput do art. 7º e o caput do art. de maio de 1943, formalizado até 1º de abril de
8º da Lei nº 14.020, de 2020, consideradas as 2020 fará jus ao benefício emergencial mensal
prorrogações do Decreto nº 10.422, de 2020, e no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), pelo
do Decreto nº 10.470, de 2020, ficam acrescidos período adicional de dois meses, contado da
de sessenta dias, de modo a completar o total de data de encerramento do período total de seis

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591
Direito do Trabalho

meses de que tratam o art. 18 da Lei nº 14.020,


de 2020, o art. 6º do Decreto nº 10.422, de 2020,
e o art. 5º do Decreto 10.470, de 2020.

Art. 6º A concessão e o pagamento do Be-


nefício Emergencial de Preservação do Emprego
e da Renda e do benefício emergencial mensal
de que tratam, respectivamente, o art. 5º e o
art. 18 da Lei nº 14.020, de 2020, observadas as
prorrogações de prazos previstas no Decreto nº
10.422, de 2020, no Decreto nº 10.470, de 2020,
e neste Decreto, ficam condicionados às dispo-
nibilidades orçamentárias e à duração do estado
de calamidade pública a que se refere o art. 1º
da Lei nº 14.020, de 2020.

Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de


sua publicação.

Brasília, 13 de outubro de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

Este texto não substitui o publicado no DOU


de 14.10.2020.

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592
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

DIREITO PENAL na base de dados do Cadastro de que trata


esta Lei.

Lei nº 14.069, de 1º de outubro de 2020 Art. 3º Os custos relativos ao desenvolvimen-


to, à instalação e à manutenção da base de dados
Cria o Cadastro Nacional de Pessoas Conde- do Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas
nadas por Crime de Estupro. por Crime de Estupro serão suportados por re-
cursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio- Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua
no a seguinte Lei: publicação

Art. 1º Fica criado, no âmbito da União, o Ca- Brasília, 1º de outubro de 2020; 199o da Inde-
dastro Nacional de Pessoas Condenadas por pendência e 132o da República.
Crime de Estupro, o qual conterá, no mínimo, as
seguintes informações sobre as pessoas conde- JAIR MESSIAS BOLSONARO
nadas por esse crime: André Luiz de Almeida Mendonça
Damares Regina Alves
I – características físicas e dados de identifi-
cação datiloscópica; Este texto não substitui o publicado no DOU
de 2.10 de 2020
II – identificação do perfil genético;

III – fotos;

IV – local de moradia e atividade laboral de-


senvolvida, nos últimos 3 (três) anos, em caso de
concessão de livramento condicional.

Art. 2º Instrumento de cooperação celebrado


entre a União e os entes federados definirá:

I – o acesso às informações constantes da


base de dados do Cadastro de que trata esta Lei;

II – as responsabilidades pelo processo de


atualização e de validação dos dados inseridos

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593
Direitos Humanos

DIREITOS HUMANOS VII - dos povos e das comunidades tradicionais.

Art. 2º Poderão participar do Pró-DH:


Decreto nº 10.509, de 6 de outubro de 2020
I - os órgãos e as entidades públicas de pro-
Institui o Programa de Equipagem e de Moderni- moção e de defesa dos direitos humanos em
zação da Infraestrutura dos Órgãos, das Entidades âmbito estadual, distrital e municipal;
e das Instâncias Colegiadas de Promoção e de De-
fesa dos Direitos Humanos, no âmbito do Ministério II - os conselhos estaduais, distritais e munici-
da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. pais de direitos; e

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da III - os conselhos tutelares.


atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso
VI, alínea “a”, da Constituição, Art. 3º São objetivos do Pró-DH:

DECRETA: I - modernizar a infraestrutura dos espaços e


os equipamentos utilizados para a promoção e a
Art. 1º Fica instituído o Programa de Equipagem defesa dos direitos humanos;
e de Modernização da Infraestrutura dos Órgãos,
das Entidades e das Instâncias Colegiadas de Pro- II - ampliar os serviços destinados à promo-
moção e de Defesa dos Direitos Humanos - Pró- ção e à defesa dos direitos humanos; e
-DH, no âmbito do Ministério da Mulher, da Família
e dos Direitos Humanos, com a finalidade de de- III - colaborar para a integração e o fortaleci-
senvolver a capacidade operacional da administra- mento das políticas públicas que utilizam espa-
ção pública para promover e defender os direitos: ços e equipamentos para a promoção e a defesa
dos direitos humanos.
I - das famílias;
Art. 4º Para fins do disposto no art. 3º, o Pró-
II - das crianças, dos adolescentes e dos jovens; -DH disponibilizará, por meio de doação, os bens
móveis necessários.
III - das mulheres;
§ 1º Os bens de que trata o caput serão ad-
IV - das pessoas idosas; quiridos por meio de:

V - das pessoas com deficiência; I - processos licitatórios realizados pelo Minis-


tério da Mulher, da Família e dos Direitos Huma-
VI - da população negra; e nos, nos termos do disposto na Lei nº 8.666, de

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594
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

21 de junho de 1993, e na Lei nº 10.520, de 17 III - a avaliação do valor econômico do bem; e


de julho de 2002, de acordo com a disponibilida-
de orçamentária; IV - a destinação do bem, com vistas ao al-
cance dos objetivos estabelecidos no art. 3º.
II - doações recebidas de pessoas físicas ou
pessoas jurídicas de direito privado, nos termos § 4º A doação dos bens móveis poderá ser
do disposto no Decreto nº 9.764, de 11 de abril realizada somente se houver parecer da área
de 2019; e competente do Ministério da Mulher, da Família
e dos Direitos Humanos, aprovado pela autori-
III - transferências externas de bens inser- dade competente, que contenha:
víveis, nos termos do disposto no Decreto nº
9.373, de 11 de maio de 2018. I - a justificativa do interesse público;

§ 2º O processo licitatório de que trata o in- II - a avaliação da oportunidade e da conveni-


ciso I do § 1º será precedido de estudo técnico, ência socioeconômica;
elaborado pela área competente do Ministério
da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, III - a avaliação do valor econômico do bem;
que contenha:
IV - a justificativa de utilização do bem para o
I - as especificações técnicas do bem; uso e os fins de interesse social.

II - o quantitativo necessário; § 5º A doação dos bens de que trata o caput


ocorrerá por meio de subscrição entre as partes
III - a justificativa da necessidade do bem; e de termo de doação com encargos, na forma a
ser disciplinada em ato do Ministro de Estado da
IV - a relevância da aquisição para o alcance Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
dos objetivos do Pró-DH.
Art. 5º O Pró-DH será implementado de forma
§ 3º Para fins de recebimento dos bens de que descentralizada e integrada, por meio da articula-
tratam os incisos II e III do § 1º, a Secretaria-Exe- ção entre os órgãos e as entidades federais, esta-
cutiva do Ministério da Mulher, da Família e dos duais, distritais e municipais, cujas políticas públi-
Direitos Humanos emitirá parecer que contenha: cas promovam e defendam os direitos humanos.

I - a justificativa do interesse público; Art. 6º O Ministério da Mulher, da Família e


dos Direitos Humanos manterá sistema infor-
II - a avaliação da oportunidade e da conveni- matizado, para registro, controle e monitora-
ência socioeconômica; mento da implementação e do desenvolvimen-

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595
Direitos Humanos

to do Pró-DH, que deverá possibilitar, entre IV - que o respectivo cadastro no sistema in-
outras funcionalidades: formatizado de que trata o art. 6º está atualizado.

I - o diagnóstico da necessidade de bens e § 2º Para fins do disposto no inciso II do § 1º,


equipamentos nos órgãos, nas entidades e nas quando se tratar de doação de computadores, a
instâncias colegiadas de que trata o art. 2º, com disponibilidade de internet banda larga no local
vistas à finalidade do Pró-DH de instalação deverá ser comprovada.

II - a avaliação das ações executadas; e § 3º As instâncias colegiadas de que trata o


inciso II do caput do art. 2º deverão ainda apre-
III - a emissão de relatório a ser analisado sentar a ata de sua última reunião ordinária.
semestralmente.
Art. 8º As doações para os órgãos, as entida-
Art. 7º A participação dos órgãos, das enti- des e das instâncias colegiadas habilitados prio-
dades e das instâncias colegiadas de que trata rizarão, na seguinte ordem, os participantes:
o art. 2º no Pró-DH ocorrerá por meio de solici-
tação de adesão a chamamentos públicos reali- I - situados em Estados ou Municípios em
zados pelas áreas competentes do Ministério da situação de emergência ou em estado de cala-
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. midade pública, reconhecido pelo Sistema Na-
cional de Proteção e Defesa Civil, nos termos do
§ 1º Para participar do Pró-DH, os órgãos, as disposto no Decreto nº 7.257, de 4 de agosto de
entidades e as instâncias colegiadas de que trata 2010, e decretado pela autoridade competente;
o art. 2º deverão comprovar:
II - situados em Municípios que registraram os
I - que desenvolvem ações destinadas à pro- índices mais elevados de violação dos direitos a
moção e à defesa de direitos humanos; que se refere o art. 1º, de acordo com os dados
oficiais dos Poderes Públicos;
II - por meio de declaração, acompanhada de
registro fotográfico, que possuem espaço segu- III - situados em Municípios que registra-
ro, acessível e adequado para o recebimento e a ram os menores valores do Índice de Desen-
instalação dos equipamentos; volvimento Humano para o público-alvo da
política pública;
III - que possuem capacidade para custear
as despesas associadas ao uso e à manutenção IV - situados em Municípios que registraram
dos bens com recursos próprios ou do ente fe- os menores valores do Índice de Desenvolvi-
derativo a que esteja vinculado; e mento Humano; e

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596
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

V - que demonstrarem maior necessidade de JAIR MESSIAS BOLSONARO


bens, de acordo com o diagnóstico elaborado Damares Regina Alves
pela área competente do Ministério da Mulher,
da Família e dos Direitos Humanos. Este texto não substitui o publicado no DOU
de 7.10.2020.
Parágrafo único. O Ministro de Estado da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos po-
derá editar atos complementares para detalhar
os processos de elegibilidade e de classificação
estabelecidos no caput.

Art. 9º Os recursos financeiros necessários à


execução do Pró-DH serão oriundos:

I - do Orçamento Geral da União;

II - de parcerias com a iniciativa privada; e

III - de parcerias com os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios.

Art. 10. Aplicam-se, no que couber, as normas


relativas à doação de bens da administração pú-
blica federal, incluídas as vedações estabelecidas
pela Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997.

Parágrafo único. O Ministério da Mulher, da


Família e dos Direitos Humanos adotará as me-
didas necessárias para a conformidade legal dos
processos destinados à doação de bens nos
anos em que se realizarem as eleições.

Art. 11. Este Decreto entra em vigor no primeiro


dia do mês subsequente à data de sua publicação.

Brasília, 6 de outubro de 2020; 199º da Inde-


pendência e 132º da República.

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597
Legislação Penal Especial

LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL VII - (revogado);

........................................................................
Lei nº 14.071, de 13 de outubro de 2020
XX - (revogado);
Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para mo- ........................................................................
dificar a composição do Conselho Nacional de
Trânsito e ampliar o prazo de validade das habi- XXII - Ministro de Estado da Saúde;
litações; e dá outras providências.
XXIII - Ministro de Estado da Justiça e Segu-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber rança Pública;
que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-
no a seguinte Lei: XXIV - Ministro de Estado das Relações Ex-
teriores;
Art. 1º A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
1997 (Código de Trânsito Brasileiro), passa a vi- XXV - (revogado);
gorar com as seguintes alterações:
XXVI - Ministro de Estado da Economia; e
“Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito
(Contran), com sede no Distrito Federal, tem a XXVII - Ministro de Estado da Agricultura, Pe-
seguinte composição: cuária e Abastecimento.

........................................................................ ........................................................................

II-A - Ministro de Estado da Infraestrutura, § 4º Os Ministros de Estado deverão indicar su-


que o presidirá; plente, que será servidor de nível hierárquico igual
ou superior ao nível 6 do Grupo-Direção e Asses-
III - Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia soramento Superiores - DAS ou, no caso do Minis-
e Inovações; tério da Defesa, alternativamente, Oficial-General.

IV - Ministro de Estado da Educação; § 5º Compete ao dirigente do órgão máximo


executivo de trânsito da União atuar como Se-
V - Ministro de Estado da Defesa; cretário-Executivo do Contran.

VI - Ministro de Estado do Meio Ambiente; § 6º O quórum de votação e de aprovação no


Contran é o de maioria absoluta.” (NR)

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598
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

“Art. 10-A. Poderão ser convidados a partici- e com prazo de validade máximo de 90 (noventa)
par de reuniões do Contran, sem direito a voto, dias, para estabelecer norma regulamentar pre-
representantes de órgãos e entidades setoriais vista no inciso I do caput, dispensado o cumpri-
responsáveis ou impactados pelas propostas ou mento do disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo,
matérias em exame.” vedada a reedição.

“Art. 12. .......................................................... § 4º Encerrado o prazo previsto no § 3º deste


artigo sem o referendo do Contran, a delibera-
VIII - estabelecer e normatizar os procedi- ção perderá a sua eficácia, e permanecerão váli-
mentos para o enquadramento das condutas dos os efeitos dela decorrentes.
expressamente referidas neste Código, para a
fiscalização e a aplicação das medidas adminis- § 5º Norma do Contran poderá dispor sobre o
trativas e das penalidades por infrações e para uso de sinalização horizontal ou vertical que uti-
a arrecadação das multas aplicadas e o repasse lize técnicas de estímulos comportamentais para
dos valores arrecadados; a redução de acidentes de trânsito.” (NR)

........................................................................ “Art. 13. ..........................................................

XII - (revogado); § 3º A coordenação das Câmaras Temáticas


será exercida por representantes do órgão máxi-
........................................................................ mo executivo de trânsito da União ou dos Ministé-
rios representados no Contran, conforme definido
§ 1º As propostas de normas regulamentares no ato de criação de cada Câmara Temática.
de que trata o inciso I do caput deste artigo serão
submetidas a prévia consulta pública, por meio .............................................................. ” (NR)
da rede mundial de computadores, pelo período
mínimo de 30 (trinta) dias, antes do exame da “Art. 19. ..........................................................
matéria pelo Contran.
XXXI - organizar, manter e atualizar o Registro
§ 2º As contribuições recebidas na consulta pú- Nacional Positivo de Condutores (RNPC).
blica de que trata o § 1º deste artigo ficarão à dispo-
sição do público pelo prazo de 2 (dois) anos, con- .............................................................. ” (NR)
tado da data de encerramento da consulta pública.
“Art. 20. ..........................................................
§ 3º Em caso de urgência e de relevante inte-
resse público, o Presidente do Contran poderá III - executar a fiscalização de trânsito, aplicar
editar deliberação, ad referendum do Conselho as penalidades de advertência por escrito e mul-

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599
Legislação Penal Especial

ta e as medidas administrativas cabíveis, com a Registro de Veículo e de Licenciamento Anual,


notificação dos infratores e a arrecadação das mediante delegação do órgão máximo executivo
multas aplicadas e dos valores provenientes de de trânsito da União;
estadia e remoção de veículos, objetos e animais
e de escolta de veículos de cargas superdimen- ........................................................................
sionadas ou perigosas;
XVII - criar, implantar e manter escolas públi-
........................................................................ cas de trânsito, destinadas à educação de crian-
ças e adolescentes, por meio de aulas teóricas e
XII - aplicar a penalidade de suspensão do práticas sobre legislação, sinalização e compor-
direito de dirigir, quando prevista de forma es- tamento no trânsito.
pecífica para a infração cometida, e comunicar a
aplicação da penalidade ao órgão máximo exe- Parágrafo único. As competências descritas
cutivo de trânsito da União.” (NR) no inciso II do caput deste artigo relativas ao
processo de suspensão de condutores serão
“Art. 21. .......................................................... exercidas quando:

XV - aplicar a penalidade de suspensão do I - o condutor atingir o limite de pontos es-


direito de dirigir, quando prevista de forma es- tabelecido no inciso I do art. 261 deste Código;
pecífica para a infração cometida, e comunicar a
aplicação da penalidade ao órgão máximo exe- II - a infração previr a penalidade de suspen-
cutivo de trânsito da União. são do direito de dirigir de forma específica e a
autuação tiver sido efetuada pelo próprio órgão
...............................................................” (NR) executivo estadual de trânsito.” (NR)

“Art. 22. .......................................................... “Art. 24. ..........................................................

II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de II - planejar, projetar, regulamentar e operar o


formação, de aperfeiçoamento, de reciclagem e de trânsito de veículos, de pedestres e de animais e
suspensão de condutores e expedir e cassar Licen- promover o desenvolvimento, temporário ou de-
ça de Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Car- finitivo, da circulação, da segurança e das áreas
teira Nacional de Habilitação, mediante delegação de proteção de ciclistas;
do órgão máximo executivo de trânsito da União;
........................................................................
III - vistoriar, inspecionar as condições de se-
gurança veicular, registrar, emplacar e licenciar XXII - aplicar a penalidade de suspensão do
veículos, com a expedição dos Certificados de direito de dirigir, quando prevista de forma es-

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600
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

pecífica para a infração cometida, e comunicar a cunscrição sobre a via, poderão lavrar auto de
aplicação da penalidade ao órgão máximo exe- infração de trânsito e remetê-lo ao órgão com-
cutivo de trânsito da União; petente, nos casos em que a infração cometida
nas adjacências do Congresso Nacional ou nos
XXIII - criar, implantar e manter escolas públi- locais sob sua responsabilidade comprometer
cas de trânsito, destinadas à educação de crian- objetivamente os serviços ou colocar em risco a
ças e adolescentes, por meio de aulas teóricas e incolumidade das pessoas ou o patrimônio das
práticas sobre legislação, sinalização e compor- respectivas Casas Legislativas.
tamento no trânsito.
Parágrafo único. Para atuarem na fiscalização
........................................................................ de trânsito, os agentes mencionados no caput
deste artigo deverão receber treinamento espe-
§ 2º Para exercer as competências estabeleci- cífico para o exercício das atividades, conforme
das neste artigo, os Municípios deverão integrar- regulamentação do Contran.”
-se ao Sistema Nacional de Trânsito, por meio de
órgão ou entidade executivos de trânsito ou di- “Art. 29. ..........................................................
retamente por meio da prefeitura municipal, con-
forme previsto no art. 333 deste Código.” (NR) VII - os veículos destinados a socorro de in-
cêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscali-
Art. 25. ............................................................ zação e operação de trânsito e as ambulâncias,
além de prioridade no trânsito, gozam de livre
§ 1º ................................................................. circulação, estacionamento e parada, quando
em serviço de urgência, de policiamento osten-
§ 2º Quando não houver órgão ou entidade sivo ou de preservação da ordem pública, obser-
executivos de trânsito no respectivo Município, vadas as seguintes disposições:
o convênio de que trata o caput deste artigo po-
derá ser celebrado diretamente pela prefeitura a) quando os dispositivos regulamentares de
municipal com órgão ou entidade que integre o alarme sonoro e iluminação intermitente estive-
Sistema Nacional de Trânsito, permitido, inclusi- rem acionados, indicando a proximidade dos ve-
ve, o consórcio com outro ente federativo.” (NR) ículos, todos os condutores deverão deixar livre
a passagem pela faixa da esquerda, indo para a
“Art. 25-A. Os agentes dos órgãos policiais da direita da via e parando, se necessário;
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a
que se referem o inciso IV do caput do art. 51 e b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro
o inciso XIII do caput do art. 52 da Constituição ou avistarem a luz intermitente, deverão aguar-
Federal, respectivamente, mediante convênio dar no passeio e somente atravessar a via quan-
com o órgão ou entidade de trânsito com cir- do o veículo já tiver passado pelo local;

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601
Legislação Penal Especial

........................................................................ ........................................................................

e) as prerrogativas de livre circulação e de pa- § 1º Os veículos de transporte coletivo de pas-


rada serão aplicadas somente quando os veículos sageiros, quando circularem em faixas ou pistas
estiverem identificados por dispositivos regulamen- a eles destinadas, e as motocicletas, motonetas
tares de alarme sonoro e iluminação intermitente; e ciclomotores deverão utilizar-se de farol de luz
baixa durante o dia e à noite.
f) a prerrogativa de livre estacionamento será
aplicada somente quando os veículos estiverem § 2º Os veículos que não dispuserem de luzes
identificados por dispositivos regulamentares de de rodagem diurna deverão manter acesos os fa-
iluminação intermitente; róis nas rodovias de pista simples situadas fora dos
perímetros urbanos, mesmo durante o dia.” (NR)
........................................................................
“Art. 44-A. É livre o movimento de conversão
§ 3º Compete ao Contran regulamentar os dis- à direita diante de sinal vermelho do semáforo
positivos de alarme sonoro e iluminação intermi- onde houver sinalização indicativa que permita
tente previstos no inciso VII do caput deste artigo. essa conversão, observados os arts. 44, 45 e 70
deste Código.”
§ 4º Em situações especiais, ato da autorida-
de máxima federal de segurança pública poderá “Art. 56-A. (VETADO).”
dispor sobre a aplicação das exceções tratadas
no inciso VII do caput deste artigo aos veículos “Art. 64. As crianças com idade inferior a 10
oficiais descaracterizados.” (NR) (dez) anos que não tenham atingido 1,45 m (um
metro e quarenta e cinco centímetros) de altura
“Art. 40. .......................................................... devem ser transportadas nos bancos traseiros,
em dispositivo de retenção adequado para cada
I - o condutor manterá acesos os faróis do ve- idade, peso e altura, salvo exceções relaciona-
ículo, por meio da utilização da luz baixa: das a tipos específicos de veículos regulamenta-
das pelo Contran.
a) à noite;
Parágrafo único. O Contran disciplinará o
b) mesmo durante o dia, em túneis e sob chu- uso excepcional de dispositivos de retenção no
va, neblina ou cerração; banco dianteiro do veículo e as especificações
técnicas dos dispositivos de retenção a que se
........................................................................ refere o caput deste artigo.” (NR)

IV - (revogado); “Art. 98 ...........................................................

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602
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

§ 1º ................................................................. meio físico e/ou digital, à escolha do proprietá-


rio, de acordo com os modelos e com as especi-
§ 2º Veículos classificados na espécie misto, ficações estabelecidos pelo Contran, com as ca-
tipo utilitário, carroçaria jipe poderão ter alterado racterísticas e as condições de invulnerabilidade
o diâmetro externo do conjunto formado por roda à falsificação e à adulteração.” (NR)
e pneu, observadas restrições impostas pelo fa-
bricante e exigências fixadas pelo Contran.” (NR) “Art. 129-B. O registro de contratos de ga-
rantias de alienação fiduciária em operações fi-
“Art. 101. Ao veículo ou à combinação de ve- nanceiras, consórcio, arrendamento mercantil,
ículos utilizados no transporte de carga que não reserva de domínio ou penhor será realizado nos
se enquadre nos limites de peso e dimensões es- órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
tabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, Estados e do Distrito Federal, em observância ao
pela autoridade com circunscrição sobre a via, disposto no § 1º do art. 1.361 da Lei nº 10.406,
autorização especial de trânsito, com prazo certo, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e na Lei
válida para cada viagem ou por período, atendi- nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de
das as medidas de segurança consideradas ne- Proteção de Dados Pessoais).”
cessárias, conforme regulamentação do Contran.
“Art. 131. O Certificado de Licenciamento
§ 1º (VETADO). Anual será expedido ao veículo licenciado, vin-
culado ao Certificado de Registro de Veículo, em
...............................................................” (NR) meio físico e/ou digital, à escolha do proprietá-
rio, de acordo com o modelo e com as especifi-
“Art. 105. ........................................................ cações estabelecidos pelo Contran.

VIII - luzes de rodagem diurna. ........................................................................

...............................................................” (NR) § 4º As informações referentes às campanhas


de chamamento de consumidores para substi-
“Art. 106. ........................................................ tuição ou reparo de veículos não atendidas no
prazo de 1 (um) ano, contado da data de sua co-
Parágrafo único. Quando se tratar de blinda- municação, deverão constar do Certificado de
gem de veículo, não será exigido qualquer outro Licenciamento Anual.
documento ou autorização para o registro ou o
licenciamento.” (NR) § 5º Após a inclusão das informações de que
trata o § 4º deste artigo no Certificado de Licen-
“Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á ciamento Anual, o veículo somente será licencia-
o Certificado de Registro de Veículo (CRV), em do mediante comprovação do atendimento às

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603
Legislação Penal Especial

campanhas de chamamento de consumidores III - não ter cometido mais de uma infração
para substituição ou reparo de veículos.” (NR) gravíssima nos últimos 12 (doze) meses;

“Art. 134. No caso de transferência de pro- ...............................................................” (NR)


priedade, expirado o prazo previsto no § 1º do
art. 123 deste Código sem que o novo proprie- “Art. 147. (VETADO):
tário tenha tomado as providências necessárias
à efetivação da expedição do novo Certificado ........................................................................
de Registro de Veículo, o antigo proprietário de-
verá encaminhar ao órgão executivo de trânsito § 2º O exame de aptidão física e mental, a ser
do Estado ou do Distrito Federal, no prazo de 60 realizado no local de residência ou domicílio do
(sessenta) dias, cópia autenticada do compro- examinado, será preliminar e renovável com a
vante de transferência de propriedade, devida- seguinte periodicidade:
mente assinado e datado, sob pena de ter que
se responsabilizar solidariamente pelas penali- I - a cada 10 (dez) anos, para condutores com
dades impostas e suas reincidências até a data idade inferior a 50 (cinquenta) anos;
da comunicação.
II - a cada 5 (cinco) anos, para condutores
Parágrafo único. O comprovante de transfe- com idade igual ou superior a 50 (cinquenta)
rência de propriedade de que trata o caput des- anos e inferior a 70 (setenta) anos;
te artigo poderá ser substituído por documento
eletrônico com assinatura eletrônica válida, na III - a cada 3 (três) anos, para condutores com
forma regulamentada pelo Contran.” (NR) idade igual ou superior a 70 (setenta) anos.

“Art. 134-A. O Contran especificará as bici- ........................................................................


cletas motorizadas e equiparados não sujeitos
ao registro, ao licenciamento e ao emplacamen- § 4º Quando houver indícios de deficiência fí-
to para circulação nas vias”. sica ou mental, ou de progressividade de doença
que possa diminuir a capacidade para conduzir
“Art. 138. ........................................................ o veículo, os prazos previstos nos incisos I, II e III
do § 2º deste artigo poderão ser diminuídos por
IV - não ter cometido mais de uma infração proposta do perito examinador.
gravíssima nos 12 (doze) últimos meses;
........................................................................
...............................................................” (NR)
§ 6º Os exames de aptidão física e mental e a
“Art. 145. ........................................................ avaliação psicológica deverão ser analisados ob-

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604
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

jetivamente pelos examinados, limitados aos as- § 5º O resultado positivo no exame previsto
pectos técnicos dos procedimentos realizados, no § 2º deste artigo acarretará a suspensão do
conforme regulamentação do Contran, e subsi- direito de dirigir pelo período de 3 (três) meses,
diarão a fiscalização prevista no § 7º deste artigo. condicionado o levantamento da suspensão à
inclusão, no Renach, de resultado negativo em
§ 7º Os órgãos ou entidades executivos de novo exame, e vedada a aplicação de outras pe-
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, com nalidades, ainda que acessórias.
a colaboração dos conselhos profissionais de
medicina e psicologia, deverão fiscalizar as enti- ...............................................................” (NR)
dades e os profissionais responsáveis pelos exa-
mes de aptidão física e mental e pela avaliação “Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação,
psicológica no mínimo 1 (uma) vez por ano.” (NR) expedida em meio físico e/ou digital, à escolha
do condutor, em modelo único e de acordo com
“Art. 148-A. Os condutores das categorias C, as especificações do Contran, atendidos os pré-
D e E deverão comprovar resultado negativo em -requisitos estabelecidos neste Código, conterá
exame toxicológico para a obtenção e a renova- fotografia, identificação e número de inscrição
ção da Carteira Nacional de Habilitação. no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do con-
dutor, terá fé pública e equivalerá a documento
........................................................................ de identidade em todo o território nacional.

§ 2º Além da realização do exame previsto no ........................................................................


caput deste artigo, os condutores das categorias
C, D e E com idade inferior a 70 (setenta) anos § 1º-A O porte do documento de habilita-
serão submetidos a novo exame a cada perío- ção será dispensado quando, no momento da
do de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, a partir da fiscalização, for possível ter acesso ao siste-
obtenção ou renovação da Carteira Nacional de ma informatizado para verificar se o condutor
Habilitação, independentemente da validade dos está habilitado.
demais exames de que trata o inciso I do caput
do art. 147 deste Código. ........................................................................

§ 3º (Revogado). § 11. (Revogado).

§ 4º É garantido o direito de contraprova e de § 12. Os órgãos ou entidades executivos de


recurso administrativo, sem efeito suspensivo, trânsito dos Estados e do Distrito Federal envia-
no caso de resultado positivo para os exames rão por meio eletrônico, com 30 (trinta) dias de
de que trata este artigo, nos termos das normas antecedência, aviso de vencimento da validade
do Contran. da Carteira Nacional de Habilitação a todos os

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605
Legislação Penal Especial

condutores cadastrados no Renach com ende- Infração - grave;


reço na respectiva unidade da Federação.” (NR)
Penalidade - multa.” (NR)
“Art. 161. Constitui infração de trânsito a inob-
servância de qualquer preceito deste Código ou “Art. 208. Avançar o sinal vermelho do se-
da legislação complementar, e o infrator sujeita- máforo ou o de parada obrigatória, exceto onde
-se às penalidades e às medidas administrativas houver sinalização que permita a livre conversão
indicadas em cada artigo deste Capítulo e às pu- à direita prevista no art. 44-A deste Código:
nições previstas no Capítulo XIX deste Código.
...............................................................” (NR)
Parágrafo único. (Revogado).” (NR)
“Art. 211. ........................................................
“Art. 165-B. Conduzir veículo para o qual seja
exigida habilitação nas categorias C, D ou E sem Parágrafo único. (VETADO).” (NR)
realizar o exame toxicológico previsto no § 2º do
art. 148-A deste Código, após 30 (trinta) dias do “Art. 218. ........................................................
vencimento do prazo estabelecido:
III - ..................................................................
Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspen-
são do direito de dirigir por 3 (três) meses, Penalidade - multa (três vezes) e suspensão
condicionado o levantamento da suspensão à do direito de dirigir.” (NR)
inclusão no Renach de resultado negativo em
novo exame. “Art. 220. ........................................................

Parágrafo único. Incorre na mesma penalida- XII - .................................................................


de o condutor que exerce atividade remunerada
ao veículo e não comprova a realização de exa- Infração - grave;
me toxicológico periódico exigido pelo § 2º do
art. 148-A deste Código por ocasião da renova- Penalidade - multa;
ção do documento de habilitação nas categorias
C, D ou E.” XIII - ................................................................

“Art. 182. ........................................................ Infração - gravíssima;

XI - sobre ciclovia ou ciclofaixa: Penalidade - multa;

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606
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

...............................................................” (NR) ........................................................................

“Art. 233. ........................................................ X - com a utilização de capacete de seguran-


ça sem viseira ou óculos de proteção ou com vi-
Infração - média; seira ou óculos de proteção em desacordo com
a regulamentação do Contran;
Penalidade - multa;
XI - transportando passageiro com o capace-
Medida administrativa - remoção do veículo.” (NR) te de segurança utilizado na forma prevista no
inciso X do caput deste artigo:
“Art. 233-A. (VETADO).”
Infração - média;
“Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou
ciclomotor: Penalidade - multa;

I - sem usar capacete de segurança ou vestu- Medida administrativa - retenção do veículo


ário de acordo com as normas e as especifica- até regularização;
ções aprovadas pelo Contran;
XII – (VETADO).
........................................................................
...............................................................” (NR)
IV - (revogado);
“Art. 250. ........................................................
V - transportando criança menor de 10 (dez)
anos de idade ou que não tenha, nas circunstân- I - ....................................................................
cias, condições de cuidar da própria segurança:
b) de dia, em túneis e sob chuva, neblina
Infração - gravíssima; ou cerração;

Penalidade - multa e suspensão do direito c) de dia, no caso de veículos de transporte


de dirigir; coletivo de passageiros em circulação em faixas
ou pistas a eles destinadas;
Medida administrativa - retenção do veículo
até regularização e recolhimento do documento d) de dia, no caso de motocicletas, motonetas
de habilitação; e ciclomotores;

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607
Legislação Penal Especial

e) de dia, em rodovias de pista simples situa- II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI
das fora dos perímetros urbanos, no caso de ve- do art. 230 e nos arts. 232, 233, 233-A, 240 e
ículos desprovidos de luzes de rodagem diurna; 241 deste Código, sem prejuízo da aplicação das
penalidades e medidas administrativas cabíveis;
II - (revogado);
III - puníveis de forma específica com suspen-
...............................................................” (NR) são do direito de dirigir.” (NR)

“Art. 257. ........................................................ “Art. 261. ........................................................

§ 7º Quando não for imediata a identificação I - sempre que, conforme a pontuação previs-
do infrator, o principal condutor ou o proprietário ta no art. 259 deste Código, o infrator atingir, no
do veículo terá o prazo de 30 (trinta) dias, contado período de 12 (doze) meses, a seguinte conta-
da notificação da autuação, para apresentá-lo, na gem de pontos:
forma em que dispuser o Contran, e, transcorrido
o prazo, se não o fizer, será considerado respon- a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou
sável pela infração o principal condutor ou, em mais infrações gravíssimas na pontuação;
sua ausência, o proprietário do veículo.
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) in-
...............................................................” (NR) fração gravíssima na pontuação;

“Art. 259. ........................................................ c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste ne-


nhuma infração gravíssima na pontuação;
§ 4º Ao condutor identificado será atribuída
pontuação pelas infrações de sua responsabili- ........................................................................
dade, nos termos previstos no § 3º do art. 257
deste Código, exceto aquelas: § 3º A imposição da penalidade de suspen-
são do direito de dirigir elimina a quantidade
I - praticadas por passageiros usuários do ser- de pontos computados, prevista no inciso I do
viço de transporte rodoviário de passageiros em caput ou no § 5º deste artigo, para fins de con-
viagens de longa distância transitando em rodo- tagem subsequente.
vias com a utilização de ônibus, em linhas regu-
lares intermunicipal, interestadual, internacional e ........................................................................
aquelas em viagem de longa distância por freta-
mento e turismo ou de qualquer modalidade, ex- § 5º No caso do condutor que exerce ativida-
cluídas as situações regulamentadas pelo Con- de remunerada ao veículo, a penalidade de sus-
tran conforme disposto no art. 65 deste Código; pensão do direito de dirigir de que trata o caput

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608
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

deste artigo será imposta quando o infrator atin- VI - (revogado).


gir o limite de pontos previsto na alínea c do in-
ciso I do caput deste artigo, independentemente Parágrafo único. (VETADO).” (NR)
da natureza das infrações cometidas, facultado a
ele participar de curso preventivo de reciclagem “Art. 268-A. Fica criado o Registro Nacional
sempre que, no período de 12 (doze) meses, Positivo de Condutores (RNPC), administra-
atingir 30 (trinta) pontos, conforme regulamenta- do pelo órgão máximo executivo de trânsito da
ção do Contran. União, com a finalidade de cadastrar os condu-
tores que não cometeram infração de trânsito
........................................................................ sujeita à pontuação prevista no art. 259 deste
Código, nos últimos 12 (doze) meses, conforme
§ 10. O processo de suspensão do direito de regulamentação do Contran.
dirigir a que se refere o inciso II do caput deste
artigo deverá ser instaurado concomitantemente § 1º O RNPC deverá ser atualizado men-
ao processo de aplicação da penalidade de mul- salmente.
ta, e ambos serão de competência do órgão ou
entidade responsável pela aplicação da multa, § 2º A abertura de cadastro requer autoriza-
na forma definida pelo Contran. ção prévia e expressa do potencial cadastrado.

...............................................................” (NR) § 3º Após a abertura do cadastro, a anotação


de informação no RNPC independe de autoriza-
“Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade ção e de comunicação ao cadastrado.
de advertência por escrito à infração de natureza
leve ou média, passível de ser punida com multa, § 4º A exclusão do RNPC dar-se-á:
caso o infrator não tenha cometido nenhuma ou-
tra infração nos últimos 12 (doze) meses. I - por solicitação do cadastrado;

§ 1º (Revogado). II - quando for atribuída ao cadastrado pontu-


ação por infração;
§ 2º (Revogado).” (NR)
III - quando o cadastrado tiver o direito de di-
“Art. 268. ........................................................ rigir suspenso;

I - (revogado); IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação


do cadastrado estiver cassada ou com validade
........................................................................ vencida há mais de 30 (trinta) dias;

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609
Legislação Penal Especial

V - quando o cadastrado estiver cumprindo “Art. 271. ........................................................


pena privativa de liberdade.
§ 9º Não caberá remoção nos casos em que
§ 5º A consulta ao RNPC é garantida a to- a irregularidade for sanada no local da infração.
dos os cidadãos, nos termos da regulamenta-
ção do Contran. ...............................................................” (NR)

§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e “Art. 281-A. Na notificação de autuação e no


os Municípios poderão utilizar o RNPC para con- auto de infração, quando valer como notificação
ceder benefícios fiscais ou tarifários aos condu- de autuação, deverá constar o prazo para apre-
tores cadastrados, na forma da legislação espe- sentação de defesa prévia, que não será inferior
cífica de cada ente da Federação.” a 30 (trinta) dias, contado da data de expedição
da notificação.”
“Art. 269. ........................................................
“Art. 282. Caso a defesa prévia seja indeferida
§ 5º No caso de documentos em meio digital, ou não seja apresentada no prazo estabelecido,
as medidas administrativas previstas nos incisos será aplicada a penalidade e expedida notifica-
III, IV, V e VI do caput deste artigo serão reali- ção ao proprietário do veículo ou ao infrator, no
zadas por meio de registro no Renach ou Re- prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, con-
navam, conforme o caso, na forma estabelecida tado da data do cometimento da infração, por
pelo Contran.” (NR) remessa postal ou por qualquer outro meio tec-
nológico hábil que assegure a ciência da imposi-
“Art. 270. ........................................................ ção da penalidade.

§ 2º Quando não for possível sanar a falha no ........................................................................


local da infração, o veículo, desde que ofereça
condições de segurança para circulação, deverá § 6º Em caso de apresentação da defesa prévia
ser liberado e entregue a condutor regularmente em tempo hábil, o prazo previsto no caput deste
habilitado, mediante recolhimento do Certificado artigo será de 360 (trezentos e sessenta) dias.
de Licenciamento Anual, contra apresentação
de recibo, assinalando-se ao condutor prazo ra- § 7º O descumprimento dos prazos previstos
zoável, não superior a 30 (trinta) dias, para regu- no caput ou no § 6º deste artigo implicará a de-
larizar a situação, e será considerado notificado cadência do direito de aplicar a penalidade.” (NR)
para essa finalidade na mesma ocasião.
“Art. 282-A. O órgão do Sistema Nacional de
...............................................................” (NR) Trânsito responsável pela autuação deverá ofe-

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610
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

recer ao proprietário do veículo ou ao condutor § 4º Na apresentação de defesa ou recurso,


autuado a opção de notificação por meio eletrô- em qualquer fase do processo, para efeitos de
nico, na forma definida pelo Contran. admissibilidade, não serão exigidos documentos
ou cópia de documentos emitidos pelo órgão
§ 1º O proprietário e o condutor autuado deve- responsável pela autuação.” (NR)
rão manter seu cadastro atualizado no órgão exe-
cutivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. “Art. 289. ........................................................

§ 2º Na hipótese de notificação prevista no I - tratando-se de penalidade imposta por ór-


caput deste artigo, o proprietário ou o condutor gão ou entidade da União, por colegiado espe-
autuado será considerado notificado 30 (trinta) cial integrado pelo Coordenador-Geral da Jari,
dias após a inclusão da informação no sistema pelo Presidente da Junta que apreciou o recurso
eletrônico e do envio da respectiva mensagem. e por mais um Presidente de Junta;

...............................................................” (NR) a) (revogada);

“Art. 284. ........................................................ b) (revogada);

§ 1º Caso o infrator opte pelo sistema de no- ........................................................................


tificação eletrônica, conforme regulamentação
do Contran, e opte por não apresentar defesa Parágrafo único. No caso do inciso I do caput
prévia nem recurso, reconhecendo o cometi- deste artigo, quando houver apenas uma Jari, o
mento da infração, poderá efetuar o pagamento recurso será julgado por seus membros.” (NR)
da multa por 60% (sessenta por cento) do seu
valor, em qualquer fase do processo, até o ven- “Art. 312-B. Aos crimes previstos no § 3º do
cimento da multa. art. 302 e no § 2º do art. 303 deste Código não
se aplica o disposto no inciso I do caput do art.
........................................................................ 44 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 (Código Penal).”
§ 5º O sistema de notificação eletrônica, refe-
rido no § 1º deste artigo, deve disponibilizar, na Art. 2º O Anexo I da Lei nº 9.503, de 23 de se-
mesma plataforma, campo destinado à apresen- tembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro),
tação de defesa prévia e de recurso, quando o passa a vigorar com as alterações dispostas no
condutor não reconhecer o cometimento da infra- Anexo desta Lei.
ção, na forma regulamentada pelo Contran.” (NR)
Art. 3º As luzes de rodagem diurna, de que
“Art. 285. ........................................................ trata o inciso VIII do caput do art. 105 da Lei nº

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611
Legislação Penal Especial

9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de XI - §§ 1º e 2º do art. 267;


Trânsito Brasileiro), serão incorporadas progres-
sivamente aos novos veículos automotores, fa- XII - incisos I e VI do caput do art. 268; e
bricados no País ou importados, na forma e nos
prazos estabelecidos pelo Conselho Nacional de XIII - alíneas a e b do inciso I do caput do art. 289.
Trânsito (Contran).
Art. 7º Esta Lei entra em vigor após decorridos
Art. 4º Fica mantido o prazo de validade dos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.
documentos de habilitação expedidos antes da
data de entrada em vigor desta Lei. Brasília, 13 de outubro de 2020; 199o da Inde-
pendência e 132o da República.
Art. 5º (VETADO).
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Art. 6º Ficam revogados os seguintes disposi- Paulo Guedes
tivos da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 Tarcisio Gomes de Freitas
(Código de Trânsito Brasileiro): Walter Souza Braga Netto

I - incisos VII, XX e XXV do art. 10; Este texto não substitui o publicado no DOU
de 14.10 de 2020
II - inciso XII do caput do art. 12;
Anexo
III - inciso IV do caput do art. 40;
Alterações do Anexo I da Lei nº 9.503, de 23 de
IV - § 3º do art. 148-A; setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro)

V - art. 151; “Anexo I


Dos conceitos e definições
VI - § 2º do art. 158;
........................................................................
VII - § 11 do art. 159;
Área de espera - área delimitada por 2
VIII - parágrafo único do art. 161; (duas) linhas de retenção, destinada exclusiva-
mente à espera de motocicletas, motonetas e
IX - inciso IV do caput do art. 244; ciclomotores, junto à aproximação semafórica,
imediatamente à frente da linha de retenção
X - inciso II do caput do art. 250; dos demais veículos.

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612
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

.........................................................................

Ciclomotor - veículo de 2 (duas) ou 3 (três)


rodas, provido de motor de combustão interna,
cuja cilindrada não exceda a 50 cm3 (cinquen-
ta centímetros cúbicos), equivalente a 3,05 pol3
(três polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou
de motor de propulsão elétrica com potência má-
xima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velo-
cidade máxima de fabricação não exceda a 50
Km/h (cinquenta quilômetros por hora).

.........................................................................

Veículo de coleção - veículo fabricado há


mais de 30 (trinta) anos, original ou modificado,
que possui valor histórico próprio.

.........................................................................

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613
Atualizações Legislativas
Novembro de 2020

Direito Administrativo 617


Atualização Legislativa | Outubro de 2020

DIREITO ADMINISTRATIVO II - interação entre pessoas naturais ou pes-


soas jurídicas de direito privado, diretamente ou
por meio de procurador ou de representante le-
Decreto nº 10.543, de 13 de novembro gal, e os entes públicos de que trata o inciso I; e
de 2020
III - interação eletrônica entre os entes públi-
Dispõe sobre o uso de assinaturas eletrônicas cos de que trata o inciso I e outros entes públi-
na administração pública federal e regulamenta o cos de qualquer Poder ou ente federativo.
art. 5º da Lei nº 14.063, de 23 de setembro de 2020,
quanto ao nível mínimo exigido para a assinatura Parágrafo único. O disposto neste Decreto
eletrônica em interações com o ente público. não se aplica:

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da I - aos processos judiciais;


atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inci-
sos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo II - à interação eletrônica:
em vista o disposto no art. 5º da Lei nº 14.063, de
23 de setembro de 2020, a) entre pessoas naturais ou entre pessoas ju-
rídicas de direito privado;
DECRETA:
b) na qual seja permitido o anonimato; e
Objeto
c) na qual seja dispensada a identificação
Art. 1º Este Decreto dispõe sobre o uso de do particular;
assinaturas eletrônicas na administração pública
federal e regulamenta o art. 5º da Lei nº 14.063, III - aos sistemas de ouvidoria de entes públicos;
de 23 de setembro de 2020, quanto ao nível mí-
nimo exigido para a assinatura eletrônica em in- IV - aos programas de assistência a vítimas e
terações com o ente público. a testemunhas ameaçadas;

Âmbito de aplicação V - às outras hipóteses nas quais deva ser dada


garantia de preservação de sigilo da identidade
Art. 2º Este Decreto aplica-se à: do particular na atuação perante o ente público; e

I - interação eletrônica interna dos órgãos e VI - às interações, sem participação da ad-


entidades da administração pública federal dire- ministração pública federal, direta, autárquica e
ta, autárquica e fundacional; fundacional, que envolvam:

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617
Direito Administrativo

a) outros Poderes; III - validação biográfica - confirmação da


identidade da pessoa natural mediante compa-
b) órgãos constitucionalmente autônomos; ração de fatos da sua vida, tais como nome civil
ou social, data de nascimento, filiação, natura-
c) outros entes federativos; lidade, nacionalidade, sexo, estado civil, grupo
familiar, endereço e vínculos profissionais, com o
d) empresas públicas; ou objetivo de identificá-la unicamente com médio
grau de segurança; e
e) sociedades de economia mista.
IV - validador de acesso digital - órgão ou entida-
Conceitos de, pública ou privada, autorizada a fornecer meios
seguros de validação de identidade biométrica ou
Art. 3º Para os fins deste Decreto, considera-se: biográfica em processos de identificação digital.

I - interação eletrônica - o ato praticado por Níveis mínimos para assinatura eletrônica
particular ou por agente público, por meio de
edição eletrônica de documentos ou de ações Art. 4º Os níveis mínimos para as assinaturas em
eletrônicas, com a finalidade de: interações eletrônicas com a administração públi-
ca federal direta, autárquica e fundacional são:
a) adquirir, resguardar, transferir, modificar,
extinguir ou declarar direitos; I - assinatura simples - admitida para as hi-
póteses cujo conteúdo da interação não envolva
b) impor obrigações; ou informações protegidas por grau de sigilo e não
ofereça risco direto de dano a bens, serviços e
c) requerer, peticionar, solicitar, relatar, comu- interesses do ente público, incluídos:
nicar, informar, movimentar, consultar, analisar
ou avaliar documentos, procedimentos, proces- a) a solicitação de agendamentos, atendimen-
sos, expedientes, situações ou fatos; tos, anuências, autorizações e licenças para a
prática de ato ou exercício de atividade;
II - validação biométrica - confirmação da
identidade da pessoa natural mediante aplica- b) a realização de autenticação ou solicitação
ção de método de comparação estatístico de de acesso a sítio eletrônico oficial que contenha
medição biológica das características físicas de informações de interesse particular, coletivo ou
um indivíduo com objetivo de identificá-lo unica- geral, mesmo que tais informações não sejam
mente com alto grau de segurança; disponibilizadas publicamente;

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618
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

c) o envio de documentos digitais ou digitali- e) as decisões administrativas referentes à


zados e o recebimento de número de protocolo concessão de benefícios assistenciais, trabalhis-
decorrente da ação; tas, previdenciários e tributários que envolvam
dispêndio direto ou renúncia de receita pela ad-
d) a participação em pesquisa pública; e ministração pública;

e) o requerimento de benefícios assisten- f) as declarações prestadas em virtude de lei


ciais, trabalhistas ou previdenciários diretamen- que constituam reconhecimento de fatos e as-
te pelo interessado; sunção de obrigações;

II - assinatura eletrônica avançada - admitida g) o envio de documentos digitais ou digita-


para as hipóteses previstas no inciso I e nas hi- lizados em atendimento a procedimentos admi-
póteses de interação com o ente público que, nistrativos ou medidas de fiscalização; e
considerada a natureza da relação jurídica, exi-
jam maior garantia quanto à autoria, incluídos: h) a apresentação de defesa e interposição de
recursos administrativos; e
a) as interações eletrônicas entre pessoas
naturais ou pessoas jurídicas de direito privado III - assinatura eletrônica qualificada - aceita
e os entes públicos que envolvam informações em qualquer interação eletrônica com entes pú-
classificadas ou protegidas por grau de sigilo; blicos e obrigatória para:

b) os requerimentos de particulares e as deci- a) os atos de transferência e de registro de


sões administrativas para o registro ou a transfe- bens imóveis, ressalvados os atos realizados pe-
rência de propriedade ou de posse empresariais, rante as juntas comerciais;
de marcas ou de patentes;
b) os atos assinados pelo Presidente da Re-
c) a manifestação de vontade para a celebra- pública e pelos Ministros de Estado; e
ção de contratos, convênios, acordos, termos e
outros instrumentos sinalagmáticos bilaterais ou c) as demais hipóteses previstas em lei.
plurilaterais congêneres;
§ 1º A autoridade máxima do órgão ou da en-
d) os atos relacionados a autocadastro, como tidade poderá estabelecer o uso de assinatura
usuário particular ou como agente público, para eletrônica em nível superior ao mínimo exigido
o exercício de atribuições, em sistema informa- no caput, caso as especificidades da interação
tizado de processo administrativo eletrônico ou eletrônica em questão o exijam.
de serviços;

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619
Direito Administrativo

§ 2º A exigência de níveis mínimos de assinatura c) validação biométrica, biográfica ou documen-


eletrônica não poderá ser invocada como funda- tal, presencial ou remota, conferida por validador
mento para a não aceitação de assinaturas realiza- de acesso digital que demonstre elevado grau de
das presencialmente ou derivadas de procedimen- segurança em seus processos de identificação; e
tos presenciais para a identificação do interessado.
III - para utilização de assinatura qualificada,
§ 3º A assinatura simples de que trata o inciso o usuário utilizará certificado digital, nos ter-
I do caput será admitida para interações eletrô- mos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de
nicas em sistemas informatizados de processo agosto de 2001.
administrativo ou de atendimento a serviços pú-
blicos, por parte de agente público, exceto nas § 1º Compete à Secretaria de Governo Digi-
hipóteses do inciso III do caput. tal da Secretaria Especial de Desburocratização,
Gestão e Governo Digital do Ministério da Eco-
Fornecimento dos meios de acesso nomia autorizar os validadores de acesso digital
previstos no inciso II do caput.
Art. 5º A administração pública federal direta,
autárquica e fundacional adotará mecanismos § 2º O órgão ou entidade informará em seu
para prover aos usuários a capacidade de utilizar sítio eletrônico os requisitos e os mecanismos
assinaturas eletrônicas para as interações com estabelecidos internamente para reconhecimen-
entes públicos, respeitados os seguintes critérios: to de assinatura eletrônica avançada.

I - para a utilização de assinatura simples, o § 3º Constarão dos termos de uso dos me-
usuário poderá fazer seu cadastro pela internet, canismos previstos no caput as orientações ao
mediante autodeclaração validada em bases de usuário quanto à previsão legal, à finalidade, aos
dados governamentais; procedimentos e às práticas utilizadas para as
assinaturas eletrônicas, nos termos do inciso I
II - para a utilização de assinatura avançada, do caput do art. 23 da Lei nº 13.709, de 14 de
o usuário deverá realizar o cadastro com garan- agosto de 2018.
tia de identidade a partir de validador de acesso
digital, incluída a: Assinaturas na Plataforma de Cidadania Digital

a) validação biográfica e documental, presen- Art. 6º As contas digitais na Plataforma de Ci-


cial ou remota, conferida por agente público; dadania Digital, prevista no Decreto nº 8.936, de
19 de dezembro de 2016, podem realizar assina-
b) validação biométrica conferida em base de turas eletrônicas, respeitados os níveis mínimos
dados governamental; ou previstos no art. 4º deste Decreto.

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620
Atualização Legislativa | Outubro de 2020

Responsabilidade dos usuários apoio técnico e operacional relacionado à crip-


tografia, à assinatura eletrônica, à identificação
Art. 7º Os usuários são responsáveis: eletrônica e às tecnologias correlatas.

I - pela guarda, pelo sigilo e pela utilização de Normas complementares


suas credenciais de acesso, de seus dispositivos
e dos sistemas que provêm os meios de autenti- Art. 10. O Secretário Especial de Desburocrati-
cação e de assinatura; e zação, Gestão e Governo Digital do Ministério da
Economia poderá expedir atos complementares
II - por informar ao ente público possíveis para o cumprimento do disposto neste Decreto.
usos ou tentativas de uso indevido.
Parágrafo único. Em caso de dúvida ou diver-
Suspensão de acesso gência quanto aos critérios definidos no art. 4º,
caberá à Secretaria de Governo Digital da Se-
Art. 8º Em caso de suspeição de uso indevi- cretaria Especial de Desburocratização, Gestão
do das assinaturas eletrônicas de que trata este e Governo Digital do Ministério da Economia
Decreto, a administração pública federal poderá orientar e esclarecer junto aos órgãos e às enti-
suspender os meios de acesso das assinaturas dades da administração pública federal os níveis
eletrônicas possivelmente comprometidas, de mínimos para assinatura admitidos.
forma individual ou coletiva.
Atos durante a pandemia
Competências do ITI
Art. 11. A utilização da assinatura simples será
Art. 9º O Instituto Nacional de Tecnologia da admitida nos casos previstos nas alíneas “b” e
Informação - ITI: “c” do inciso II do caput do art. 4º durante o pe-
ríodo da emergência de saúde pública de impor-
I - em ato conjunto com a Secretaria de Go- tância internacional decorrente da pandemia da
verno Digital da Secretaria Especial de Desburo- covid-19 de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fe-
cratização, Gestão e Governo Digital do Ministério vereiro de 2020, se necessário para a redução de
da Economia, definirá os padrões criptográficos contatos presenciais ou para a realização de atos
referenciais para as assinaturas avançadas nas que, de outro modo, ficariam impossibilitados.
comunicações que envolvam a administração pú-
blica federal direta, autárquica e fundacional; e Adaptação do processo
administrativo eletrônico
II - poderá atuar, em conformidade com as
políticas e as diretrizes do Governo federal, junto Art. 12. O Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de
a pessoas jurídicas de direito público interno no 2015, passa a vigorar com as seguintes alterações:

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Direito Administrativo

“Art. 6º A autoria, a autenticidade e a integri- Brasília, 13 de novembro de 2020; 199º da In-


dade dos documentos e da assinatura, nos pro- dependência e 132º da República.
cessos administrativos eletrônicos, poderão ser
obtidas por meio dos padrões de assinatura ele- JAIR MESSIAS BOLSONARO
trônica definidos no Decreto nº 10.543, de 13 de Paulo Guedes
novembro de 2020.” (NR) Walter Souza Braga Netto
Jorge Antonio de Oliveira Francisco
Regras transitórias
Este texto não substitui o publicado no DOU
Art. 13. Até 1º de julho de 2021, os órgãos e as de 16.11.2020.
entidades da administração pública federal deverão:
*
I - adequar os sistemas de tecnologia da infor-
mação em uso, para que a utilização de assinatu-
ras eletrônicas atenda ao previsto neste Decreto; e

II - divulgar na Carta de Serviços ao Usuário


os níveis de assinatura eletrônica exigidos nos
seus serviços, nos termos do art. 11 do Decreto
nº 9.094, de 17 de julho de 2017.

Revogações

Art. 14. Ficam revogados:

I - o Decreto nº 3.996, de 31 de outubro de 2001;

II - o Decreto nº 4.414, de 7 de outubro de


2002; e

III - os § 1º e § 2º do art. 6º do Decreto nº


8.539, de 2015.

Vigência

Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data


de sua publicação.

Texto original disponível para consulta no site:www.planalto.gov.br.

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