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NORMATÉCNICA
Procedimento
1.1 Esta Norma fixa as condições gerais que devem ser Estado em que as fissuras se apresentam com aber-
obedecidas no projeto, na execução e no controle de tura prejudicial ao uso ou à durabilidade da peça.
obras de concreto armado, excluídas aquelas em que se
emprega concreto leve ou outros concretos especiais.
2.1.2.3 Estado de deformação excessiva
Além das condições desta Norma, deverão ser obe-
decidas as de outras normas especiais e as exigências
Estado em que as deformações ultrapassam os limites
peculiares a cada caso.
aceitáveis para a utilização da estrutura.
1ª Parte
2.2 Projeto de obras
Projeto
As obras a serem executadas total ou parcialmente com
2 Generalidades
concreto armado deverão obedecer a projeto, elaborado
2.1 Estados limites por profissional legalmente habilitado, que compreende-
rá cálculos, desenhos, programa de execução (abrangen-
Diz-se que uma estrutura ou parte dela atinge um estado do programa de lançamento do concreto, retirada de
limite quando, de modo efetivo ou convencional, se torna escoramentos e de formas) e memorial justificativo. A cate-
inutilizável ou quando deixa de satisfazer às condições goria e a classe do aço, bem como o valor da resistência
previstas para sua utilização. Nesta Norma são característica do concreto, fck deverão constar nos de-
considerados os seguintes estados limites, devendo ser senhos de armaduras e de formas, de modo bem des-
levados em conta outros, além destes, em casos especiais tacado. Deverão também ser indicadas, quando for o caso,
que assim exijam. as opções para localização das juntas de concretagem.
No caso de construções industriais, o memorial justifica-
2.1.1 Estado limite último (de ruína)
tivo deverá incluir esquema de localização das cargas,
Estado correspondente à ruína por ruptura, por defor- com indicação dos percursos para montagem e manu-
mação plástica excessiva ou por instabilidade. tenção.
Asw - área da seção transversal das barras da ar- 2.3.2 Letras romanas minúsculas
madura de cisalhamento
a - distância; flecha
At - área da seção fictícia da armadura de cinta-
mento (volume da armadura de cintamento b - largura
por unidade de comprimento da peça)
bf - largura da mesa das vigas de seção T
C - momento de inércia à torção
bw - largura das vigas de seção retangular ou da
E - módulo de deformação longitudinal nervura das vigas de seção T
Mu - momento fletor último (máximo momento fletor fcd - resistência de cálculo do concreto à compres-
que a seção pode resistir) são
Pode-se usar plica (‘) nos símbolos geométricos referentes rompida por junta de dilatação maior que 30 m, será dis-
à região comprimida. pensado o cálculo da influência da variação de tempe-
ratura.
3 Esforços solicitantes
3.1.1.5 Retração
3.1 Disposições gerais
A deformação específica de retração do concreto será
3.1.1 Ações a considerar
considerada como prescrito na NBR 7197; para as peças
de concreto armado, nos casos correntes, a deforma-
No cálculo dos esforços solicitantes deverá ser considerada
ção específica poderá ser considerada igual a 15 x 10-5,
a influência das cargas permanentes e acidentais e de todas
salvo nos arcos e abóbadas com menos de 0,5% e 0,1%
as ações que possam produzir esforços importantes. Estas
de armadura, onde este valor será aumentado respectiva-
ações serão consideradas de acordo com as normas e
mente para 20 x 10-5 e 25 x 10-5.
com as condições peculiares a cada obra, aplicando-se à
variação de temperatura, à retração e à deformação lenta o
3.1.1.6 Deformação lenta
disposto em 3.1.1.4, 3.1.1.5 e 3.1.1.6.
3.1.1.1 Carga permanente Quando for necessário levar em conta a deformação lenta
do concreto, na determinação dos esforços solicitan-
A carga permanente é constituída pelo peso próprio da tes, poderá ela ser considerada como estipulado na
estrutura e por todas as sobrecargas fixas. Na avalia- NBR 7197. Para o cálculo do deslocamento transversal,
ção do peso próprio, admite-se o peso específico de permite-se a simplificação de 4.2.3.1B. A consideração
25 kN/m3 para o concreto armado. da deformação lenta será obrigatória nos arcos e abóba-
das com coeficiente de segurança à flambagem menor
3.1.1.2 Carga acidental que 5.
A carga acidental é constituída pelas cargas fixadas nas 3.1.1.7 Choques, vibrações e esforços repetidos
respectivas normas, dispostas na posição mais desfavo-
rável para o elemento estudado, ressalvado o caso da Quando a estrutura, pelas suas condições de uso, for su-
alínea b) do item 3.2.2.3B. Havendo cargas móveis im- jeita a choques ou vibrações, deverá sua influência ser
portantes, devem ser aplicados os dispositivos da levada em conta na determinação dos esforços solici-
NBR 7187 , no que couber, respeitadas as demais tantes. No caso de vibrações, deverá ser verificada a possi-
prescrições desta Norma. bilidade de ressonância, com relação à estrutura ou parte
dela. Havendo possibilidade de fadiga, deverá esta ser
3.1.1.3 Ação do vento considerada no cálculo das peças.
Figura 1
3.2.2 Vigas
A - Permite-se considerar as vigas como contínuas, sem
ligações rígidas com os apoios, devendo-se, porém,
3.2.2.1 Vão teórico
observar o seguinte:
O vão teórico é a distância entre os centros dos apoios,
não sendo necessário adotar valores maiores que: a) não serão considerados momentos positivos, nos
vãos intermediários, menores que os que se ob-
teriam se houvesse engastamento perfeito da viga
a) em viga isolada: 1,05 l o ;
nas extremidades dos referidos vãos, ou nos vãos
extremos, menores que os obtidos com engasta-
b) em vão extremo de viga contínua: o vão livre
mento perfeito no apoio interno;
acrescido da semi-largura do apoio interno é de
0,03 l o .
b) quando a viga for solidária com o pilar intermediá-
Nas vigas em balanço, o comprimento teórico é o rio e a relação entre a largura do apoio, medida na
comprimento da extremidade até o centro do apoio, não direção da viga, e a altura do pilar for maior que
sendo necessário considerar valores superiores a 1,03 1:5, não poderá ser considerado momento
vezes o comprimento livre. negativo de valor absoluto menor do que o do en-
gastamento perfeito neste apoio;
3.2.2.2 Vigas de seção T
c) quando não se fizer o cálculo exato da influência
No cálculo das vigas de seção T só poderão ser consi- da solidariedade dos pilares com a viga, deverá
deradas lajes que obedeçam, no que for aplicável, as ser considerado obrigatoriamente nos apoios
prescrições desta Norma. No que segue, bw designa a externos momento fletor igual a:
largura real da nervura; ba a largura da nervura fictícia
obtida, aumentando-se a largura real para cada lado de
rinf + rsup
valor igual ao do menor cateto do triângulo da mísula Meng
correspondente; b2 a distância entre as faces das nervuras rvig + rinf + rsup
NBR 6118/1980 7
Figura 2
B - Permite-se, nas vigas contínuas em edifícios: transmitidos pelas vigas, aplicado o disposto em
3.2.2.3B, alínea d);
a) arredondar o diagrama dos momentos fletores sobre
os apoios monolíticos, tomando-se para valor b) os momentos fletores nos nós dos pilares extre-
máximo do momento negativo a média entre o má- mos, transmitidos pelas vigas, deverão obrigato-
ximo calculado e a semi-soma dos momentos que riamente ser considerados e podem ser calculados
se verificam nas faces do pilar; a altura útil da se- pelas fórmulas seguintes, verificando-se os pilares
ção sobre o pilar será fixada de acordo com o dis- à flexão composta:
posto em 3.1.3;
rinf
b) supor que a posição das cargas acidentais uni- pilar inferior Meng
formemente distribuídas, com a qual se obtém a rvig + rinf + rsup
combinação mais desfavorável para a seção consi-
derada, se determina com cada tramo totalmente rsup
carregado ou totalmente descarregado; pilar superior Meng
rvig + rinf + rsup
c) supor que a carga total sobre o tramo, calculada
de acordo com 3.3.2.9, se distribua uniformemente; Quando a extremidade oposta ao pilar for engastada, o
momento fletor nesta extremidade será suposto igual ao
d) determinar as reações das vigas de dois ou mais
valor calculado por uma das fórmulas anteriores, dividido
tramos para o cálculo dos pilares, desde que o
por -2.
menor índice de rigidez I/ l não seja inferior a 80%
do maior, considerando-se cada tramo independente 3.3 Estruturas laminares
e livremente apoiado; se houver balanço, o efeito de
suas cargas será calculado considerando-se a 3.3.1 Estruturas laminares planas, solicitadas
continuidade existente. predominantemente por cargas paralelas ao seu plano médio
C - Permite-se, observado o disposto em 3.2.2.3A e Para o efeito das cargas atuantes em plano paralelo ao
3.2.2.3B, calcular as vigas contínuas em edifícios por plano médio das estruturas planas, serão estas calculadas
processo simplificado, em regime elasto-plástico, como chapa no regime elástico com os valores do módulo
unicamente alterando-se a posição da linha de fecho de deformação e do coeficiente de Poisson prescritos em
determinada no regime elástico, de modo a reduzir os 8.2.5 e 8.2.6.
momentos sobre os apoios no máximo de 15%.
3.3.1.1 Paredes estruturais
3.2.2.4 Momento de 2ª ordem
Paredes estruturais são estruturas laminares planas ver-
No cálculo das vigas, deve ser considerado, quando for ticais, apoiadas de modo contínuo em toda a sua base, com
o caso, o momento fletor devido ao efeito de 2ª or- comprimento maior que 5 vezes a espessura. Nas paredes
dem nos pilares a que ela esteja rigidamente ligada estruturais, uma carga concentrada ou parcialmente
(ver 4.1.1.3C). distribuída na situação da Figura 3 poderá ser suposta
3.2.3 Pilares em edifícios
repartida uniformemente em seções horizontais limitadas
por dois planos inclinados a 45º sobre a vertical e passando
Permitem-se, nas estruturas de edifícios em que só atuem pelo ponto de aplicação da carga ou pelas extremidades da
cargas previstas na NBR 6120 e em que não seja neces- faixa de aplicação.
sário considerar a ação do vento, as seguintes simplifica-
ções: Nas seções horizontais acima e abaixo de eventuais
aberturas, a distribuição da carga será feita excluindo as
a) os pilares intermediários poderão ser calculados sem zonas limitadas por planos inclinados a 45º, tangentes às
consideração de momentos fletores a eles bordas da abertura (ver Figura 4).
8 NBR 6118/1980
Figura 3
Figura 4
A carga deve ser sempre considerada excêntrica em re- 3.3.2.1 Cálculo no regime elástico
lação ao plano médio da parede. A excentricidade a con-
siderar será a soma das seguintes parcelas: As lajes poderão ser calculadas como placa no regime
elástico, com os valores do módulo de deformação e do
- excentricidade estrutural resultante da posição coeficiente de Poisson, prescritos em 8.2.5 e 8.2.6, per-
prevista para a carga; mitindo-se processos simplificados devidamente
justificados.
- excentricidade acidental resultante de impreci-são
na execução, variando de 1,5 cm a 2,5 cm, de 3.3.2.2 Cálculo no regime rígido-plástico
acordo com o cuidado de execução;
Quando as cargas atuarem sempre no mesmo sentido e as
- excentricidade correspondente ao efeito de flexão deformações das seções da laje estiverem nos do-mínios 2
em plano perpendicular à parede (efeito de 2ª ou 3 da Figura 7, as lajes poderão ser calcula-das no regime
ordem). rígido-plástico pela teoria das charneiras plásticas,
adotando-se as seguintes hipóteses:
3.3.1.2 Vigas parede
a) que o momento de plastificação seja o calculado de
Vigas-parede são estruturas laminares planas verticais, acordo com 4.1.1.1, desprezadas as influências da
apoiadas de modo descontínuo , cuja altura total, no caso força cortante, da força normal, do momento volvente
de peças de tramo único livremente apoiadas, seja no mínimo e do momento fletor na direção ortogonal;
igual à metade do vão, e nos demais casos, seja no mínimo
igual a 0,4 do vão. b) que os momentos de plastificação nas seções não
perpendiculares à armadura variem com o quadrado
3.3.2 Estruturas laminares planas, solicitadas do coseno do respectivo ângulo;
predominantemente por cargas normais ao seu plano médio
(lajes) c) que nas lajes com armaduras resistentes em
mais de uma direção o momento de plastificação em
Para efeito das cargas atuantes normalmente ao plano médio uma seção qualquer seja igual à soma dos momentos
das lajes, estas devem ser calculadas como placa em regime de plastificação, calculados conforme a alínea
elástico ou em regime rígido-plástico. anterior e correspondentes a cada uma das direções.
NBR 6118/1980 9
3.3.2.3 Vão teórico menor que o vão teórico l ou que o comprimento teórico
(balanço) e, em caso contrário, igual a b acrescido de:
O vão teórico é a distância entre os centros dos apoios,
não sendo necessário adotar valores maiores que: a) para momentos fletores positivos:
Figura 5
Figura 6
10 NBR 6118/1980
A adoção dos valores indicados de bw está subordinada às - nos dois lados de um apoio de laje contínua,
seguintes condições: 0,25 do maior dos vãos menores das lajes con-
tíguas;
1) que bw não seja maior que a largura da laje, nem
maior que a distância do centro da carga à borda b) em lajes atuando numa só direção:
mais próxima da laje, acrescida de 0,5 bw;
- em uma borda engastada, 0,25 do vão.
2) que a armadura de distribuição por metro não seja
menor que a fração da principal por metro, dada por
3.3.2.8 Armadura nos cantos das lajes retangulares livremente
1 - 0,8b/bw, e que se estenda sobre a largura bw,
apoiadas nas quatro bordas
acrescida dos comprimentos de ancoragem.
3.3.2.6 Lajes contínuas armadas numa única direção Quando, nos cantos das lajes retangulares livremente
apoiadas nas quatro bordas, a armadura para resistir aos
As lajes contínuas armadas numa única direção, com cargas momentos volventes não for calculada, deverão ser dis-
uniformemente distribuídas sobre cada tramo, poderão ser postas duas armaduras, uma superior paralela à bissetriz
calculadas como vigas contínuas livremente apoiadas, com e outra inferior, a ela perpendicular, cada uma delas com
as seguintes modificações: área da seção transversal não inferior à metade da máxima
no centro da laje. Essas armaduras deverão estender-se
a) não serão considerados, nos vãos, momentos até a distância, medida a partir das faces dos apoios, igual
positivos menores que os que se obteriam se hou- a um quinto do vão menor.
vesse engastamento perfeito da laje nas extre-
midades dos referidos vãos; 3.3.2.9 Reações de apoio
Idem, havendo dois tramos As lajes nervuradas, assim consideradas as lajes cuja zona
de tração é constituída por nervuras entre as quais podem
apoio intermediário ....................................... -7 - 8
ser postos materiais inertes, de modo a tornar plana a
Para momentos positivos nos tramos superfície externa, poderão ser calculadas de acordo com
os itens 3.3.2.1 e 3.3.2.3 a 3.3.2.8, desde que se observem
tramos extremos .......................................... 12 11 as prescrições do item 6.1.1.3. A resistência da mesa à
tramos intermediários ................................... 18 15 flexão deverá ser verificada sempre que a distância livre
entre nervuras superar 50 cm ou houver carga concentrada
O momento mínimo no centro dos tramos de lajes nas no painel entre nervuras. As nervuras deverão ser
condições deste item, sendo l o vão maior dentre os verificadas a cisalhamento, como vigas, se a distância livre
contíguos, poderá ser calculado pela fórmula: entre elas for superior a 50 cm e como laje em caso contrário.
27,5% dos momentos positivos para cada uma das compressão ou tração uniforme, excluídas as vigas parede
faixas externas; (item 3.3.1.2), são as seguintes:
25% dos momentos negativos para as duas faixas a) as seções transversais permanecem planas; os
internas; vários casos possíveis são ilustrados na Figura 7;
37,5% dos momentos negativos para cada uma das b) para o encurtamento de ruptura do concreto nas se-
faixas externas. ções não inteiramente comprimidas, considera-se o
valor convencional de 3,5‰ (domínios 3 a 4a
Deverão ser estudadas cuidadosamente as ligações das da Figura 7). Nas seções inteiramente comprimidas
lajes com os pilares, com especial atenção nos casos em (domínio 5 da Figura 7), admite-se que o encurtamento
que não haja simetria de forma ou de carregamento da laje da borda mais comprimida, na ocasião da ruptura,
em relação ao apoio. A punção será verificada de acordo varie de 3,5‰ a 2‰, mantendo-se inalterada e igual
com o item 4.1.5. a 2,0‰ a deformação a 3/7 da altura total da seção,
3.3.3 Estruturas laminares tridimensionais a partir da borda mais comprimida;
As estruturas laminares tridimensionais serão calculadas c) o alongamento máximo permitido ao longo da arma-
como cascas. Os valores do módulo de deformação e do dura de tração é de 10‰ (domínios 1 e 2 da Figura
coeficiente de Poisson a adotar são os prescritos em 8.2.5 7), a fim de prevenir deformação plástica excessiva;
e 8.2.6. d) a distribuição das tensões do concreto na seção se
4 Dimensionamento das peças e esforços faz de acordo com o diagrama parábola-retângulo
resistentes da Figura 8, baseado na hipótese do item 8.2.4. Per-
mite-se a substituição deste diagrama pelo retângulo
4.1 Estado limite último (de ruína) de altura 0,8x, com a seguinte tensão:
Corresponde à ruína por ruptura, por deformação plástica 0,85 fck
0,85 fcd = γc no caso da largura da seção,
excessiva ou por instabilidade.
medida paralelamente à linha
4.1.1 Compressão, tração e flexão neutra, não diminuir a partir
desta para a borda comprimida
4.1.1.1 Hipóteses de cálculo 0,80 fck
0,80 fcd = γc no caso contrário
As hipóteses para o cálculo no estado limite último nos ca-
sos de flexão simples ou composta, normal ou oblíqua, e de A resistência à tração do concreto é desprezada;
Figura 7
12 NBR 6118/1980
Figura 8
e) a tensão na armadura é a correspondente à de- abaixo, onde τd é a tensão com que foi calculada a
formação determinada de acordo com as alíneas armadura transversal.
anteriores e obtida no divagarma tensão-
deformação, indicado em 7.2. Tabela 1 - Valores de a l
- se toda a armadura transversal calculada for Em nenhum caso o índice de esbeltez poderá ultrapas-
inclinada a 45º sobre o eixo da peça: sar 200; se ultrapassar 140, a segurança deverá ser de-
monstrada pelo processo exato (4.1.1.3B), levando em conta
a l = (1,5 - 1,5η ) d ≥ 0,2d a vibração se for o caso, e a força normal Fd será
determinada com γf = 1,4 + 0,01 ( λ - 140).
- nos outros casos: As excentricidades medem-se a partir do centro de gra-
vidade da seção geométrica da peça.
a l = (1,5 - 1,2η ) d ≥ 0,5d
A consideração ou não consideração, no cálculo, do efeito
das deformações obedecerá ao seguinte critério:
onde η é o quociente da área da seção da armadura trans-
versal efetiva, pela área calculada com tensão igual - quando λ ≤ 40, este efeito poderá ser desprezado;
a 1,15 τwd (item 4.1.4.1), isto é, sem se considerar a
redução τc, não se tomando η superior a 1. Para simplifi- - quando λ > 40, o efeito das deformações será
car, permitir-se-á adotar para a l os valores dados no quadro obrigatoriamente considerado (teoria de 2ª ordem).
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Figura 10
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D - Cálculo simplificado de barras retas quando Fd é su- 4.1.2 Instabilidade de arcos e paredes
posta centrada e λ ≤ 40.
4.1.2.1 Arcos
Como alternativa simplificada de cálculo, poderá a barra
ser calculada à compressão, com a força normal aumen- A verificação da instabilidade dos arcos no seu plano po-
tada na proporção de 1 + 6/h, mas não menor que 1,1, onde derá ser feita como se eles fossem peças retas, usando-
h, medido em centímetros, é o menor lado do retângulo se para o cálculo os seguintes comprimentos de flambagem:
mais estreito circunscrito à seção. a) para arcos engastados: le = 0,35 l ;
E - Cálculo simplificado de barras retas com seção trans- b) para arcos articulados nas duas impostas:
versal retangular ou circular (cheia ou vazada) l e = 0,50 l ;
constante (inclusive a armadura), quando Fd é suposta
centrada e 40 < λ ≤ 80. c) para arcos articulados nas duas impostas e no fecho:
l e = 0,58 l .
Como alternativa simplificada de cálculo, nos casos par-
ticulares aqui considerados, quando ν ≥ 0,7, poderá a barra onde l é a soma das cordas que uniriam as impostas ao
ser calculada à compressão simples, com a força normal fecho de um arco de flecha dupla.
aumentada na proporção de 1 + ke/h, mas não menor que
4.1.2.2 Paredes
1,1, onde e = ea + e2, sendo a excentricidade e2 de 2ª ordem
determinada de acordo com 4.1.1.3C, tomando-se κ = 3 O cálculo de paredes fixadas no topo e no pé pode ser feito
para seções retangulares com pelo menos dois terços da como para os pilares, adotados os seguintes comprimentos
armadura dispostos ao longo das bordas perpendiculares de flambagem, onde β é a razão da altura l para a largura:
ao lado de altura h, e κ = 4 para as demais seções
retangulares e para as seções circulares; h e ea são medidas a) dois lados livres: l e = l
na direção correspondente à maior esbeltez.
b) um lado livre e o outro fixo:
4.1.1.4 Cintamento por armadura de projeção circular
l
le > 0,3l
1 + (β / 3)2
Somente será calculadas como cintadas as peças que
obedecerem ao disposto no item 6.4.1, tiverem λ ≤ 40, re-
ferido ao núcleo, e excentricidade, já incluída a acidental, l
inferior a di/8. O cálculo será feito de acordo com o item c) dois lados fixos: l e 1 + β 2 , se β ≤ 1
4.1.1.3, aumentando-se fck de
l
le , se β ≥ 1
2β
At e
2 fyk 1 - 8 ≥ 0 Se o topo e o pé da parede forem engastados e β ≤ 1, os
A ci di
valores de le serão multiplicados por 0,85.
4.1.1.6 Pressão de contato em área reduzida A tensão tangencial oriunda da torção será dada por:
Quando o menor he for maior do que a espessura da pa- a) se todos os ângulos do contorno forem superio-
rede fictícia da seção cheia do mesmo contorno externo, res a 60º, serão considerados os diâmetros b e bs
referida em 4.1.3.2, adotar-se-á esta espessura em lugar dos círculos inscritos neste contorno e no polígono
de he. formado pelos centros das seções das barras de
canto da armadura longitudinal; a seção vazada
4.1.3.2 Tensão na seção cheia
correspondente será a que tem espessura b/6 e é
As seções cheias serão calculadas como seções vaza- limitada pelo contorno externo, se bs ≥ 5b/6, e, em
das, com parede fictícia de espessura h1, de acordo com caso contrário, a espessura bs/5, tendo a parede,
as regras que seguem: por eixo central, o polígono formado pelos centros
das seções das barras de canto da armadura;
A - Seções retangulares
Se b e h ≥ b forem os lados do retângulo e bs e hs as dis- b) se houver ângulos menores ou iguais a 60º, a pa-
tâncias entre os eixos das barras da armadura longitudinal rede da seção vazada será circular e inscrita no
dos cantos, medidas respectivamente nas dire- contorno externo, com espessura igual a 1/6 do seu
ções paralelas aos lados b e h, a seção vazada a conside- diâmetro.
rar será a seguinte:
4.1.3.3 Armadura
a) se bs ≥ 5b/6, a espessura h1 da parede fictícia será
tomada igual a b/6 sobre todo o contorno do retân- A - Torção simples
gulo, considerando-se o contorno externo da pa-
rede fictícia coincidente com o contorno externo da A armadura de torção será toda ela contida na área cor-
seção; respondente à parede fictícia:
b) se bs ≤ 5b/6, a espessura h1 da parede fictícia será a) quando a armadura for composta de barras lon-
tomada igual a bs/5 sobre todo o contorno do re- gitudinais e estribos normais ao eixo da peça, de-
tângulo, a linha média desta parede coincidindo com ver-se-á ter:
o retângulo cujos vértices são os centros das seções
A 90 A sl Td
das barras de canto da armadura longitudinal. = =
s u 2A e fyd
B - Seções compostas de retângulos
onde:
Para as seções compostas de retângulos (ver figura 11),
será aplicadas as regras anteriores a cada um dos re- A90 = área da seção transversal de um estribo,
tângulos justapostos, suprimindo-se depois os elementos simples ou múltiplo, normal ao eixo da
da parede entre os vazamentos que não atinjam o con- peça
torno externo da seção. Obter-se-á, assim, uma parede
contínua envolvendo um único vazamento. Asl = soma das áreas das seções das barras
Quando a razão dos lados dos retângulos não estiver en- longitudinais
tre 1/3 e 3, serão desprezados trechos destes retângulos,
Ae = área limitada pela linha média da pare-
de modo a fazer que a relação fique dentro destes limites.
de, incluindo a parte vazada
C - Seções quaisquer de contorno convexo
u = perímetro de Ae
Para as seções de contorno poligonal convexo, distinguem-
se os seguintes casos: s = afastamento entre os eixos dos estribos
Figura 11
NBR 6118/1980 17
Ntd
b) quando a armadura for inclinada a 45º sobre o eixo σtmd = Ac = tensão média de tração, de cálculo
da peça, dever-se-á ter:
ψ1 = 0,07 para ρ ≤ 0,001
A 45 Td
=
s 2 2A e fyd ψ1 = 0,14 para ρ ≥ 0,015
onde: interpolando-se linearmente para valores intermediá-
rios de ρ1.
A45 = área da seção da barra inclinada a 45º
A tensão determinada com a carga de cálculo não poderá dos os segmentos do contorno C’ contidos entre as 2 pa-
ultrapassar o valor último dado em 5.3.1.2b, mesmo quan- ralelas aos lados menores b e destes distantes 1,5b.
do for colocada armadura (item 4.1.5.2).
Se existir na laje uma abertura situada a menos de 2d
do contorno C, não será considerado o trecho do contorno
Se o contorno C apresentar reentrâncias (ver figura 13), o
C’ entre as 2 retas que passam pelo centro de gravidade da
contorno C' será paralelo ao polígono convexo circuns-
área de aplicação da carga e tangenciam o contorno da
crito ao contorno C.
abertura (ver figura 15).
No caso em que o maior lado a do mais estreito retângu- Em qualquer caso, os segmentos do contorno C’ situa-
lo circunscrito ao contorno C (ver figura 14) for maior que dos a uma distância inferior a 3d de uma borda livre da laje
3 vezes o lado b desse retângulo, não serão considera- não serão considerados no valor de u.
Figura 12 Figura 13
Figura 14 Figura 15
esforços de tração oriundos do cisalhamento, será permi- ancoragem se estenderá pelo menos até 10 Φ além do
tido reduzir a tensão de aderência nas barras ainda não ponto B. Quando CC’for maior que dois terços de AA’, o
dobradas, multiplicando-as por: trecho de ancoragem terá início em B, dispensando-se, neste
caso, o acréscimo 10 Φ. Se a barra for dobrada, o início do
χ dobramento poderá coincidir com o ponto B. Se o ponto A
1 - estiver na face do apoio ou além dela (ver figura 17) e a
1 + tgα
força Rst diminuir em direção ao centro do apoio, o trecho de
ancoragem será medido a partir desta face e poderá ter
4.1.6.2 Ancoragem
apenas o comprimento necessário dado em 4.1.6.2B, com
Todas as barras das armaduras deverão ser ancoradas no a força a ancorar determinada por:
concreto, de modo a garantir que possam resistir, com a a
RS1 l Vd ≥ 0,5 Vd
segurança prevista, aos esforços para os quais foram d
calculadas. em que Vd é o valor de cálculo, não reduzido, conforme
4.1.4.3, da força cortante na face do apoio considerado
A - Ancoragem por aderência a l /d é determinado segundo o item 4.1.1.2.
O trecho da extremidade da barra de tração, considera-
As barras prolongadas até o apoio, de acordo com o item
do como de ancoragem, tem início na seção onde sua
6.3.1.2, deverão ultrapassar a face do apoio de um com-
tensão σs começa a diminuir (o esforço da armadura começa
primento no mínimo igual a 10 Φ, respeitado o comprimen-
a ser transferido para o concreto) e deve prolongar-se pelo
to necessário de ancoragem (ver figura 18). A ancoragem
menos 10 Φ além do ponto teórico de tensão σ s nula, não
dos estribos deverá ser garantida por meio de ganchos nas
podendo, em nenhum caso, ser inferior ao comprimento
extremidades, que se apoiem em barra longitudinal de
necessário estipulado em 4.1.6.2B. De acordo com o acima
diâmetro adequado. As extremidades de cada anel de
exposto, na armadura longitudinal de tração das peças
cintamento deverão ser emendadas de acordo com o
fletidas, o trecho de ancoragem da barra tem início no ponto
prescrito em 6.3.5. As extremidades das armaduras he-
A (ver figura 16) do diagrama de forças Rst deslocado (ver
licoidais, de torção ou cintamento deverão ser prolonga-
item 4.1.1.2). Se a barra não for dobrada, o trecho de
das até o núcleo do concreto e aí terminadas em gancho.
Figura 16
20 NBR 6118/1980
Figura 17 Figura 18
B - Comprimento necessário de ancoragem por gamento de comprimento l1 , de acordo com a figura 20,
aderência das barras tracionadas igual a 0,6 lb , no caso de ancoragem em zona compri-
mida, e 1,3 lb em zona tracionada, não se tomando
As barras lisas tracionadas de bitola maior que 6,3 de- l1 < 0,5 lb1 ; não se considerará redução devido ao gancho.
verão sempre ter ganchos.
C - Ancoragem em laço
O comprimento necessário de ancoragem retilínea (sem
gancho) das barras tracionadas será: Nas ancoragens em laço (ver figura 21), o raio de curva-
tura deve obedecer à seguinte condição, com lbe ≤ lb1
Φ fyd A s cal
lb = . . fyk lb - lbe
4 τ bu A se Φ
r ≥ 0,35 + 0,7 Φ
a fck lb
em que A s cal é a área da seção da armadura, calculada
com o esforço a ancorar; e Ase é a área existente; τbu terá o onde a é distância entre eixos de laços adjacentes ou en-
valor prescrito em 5.3.1.2c para a ancoragem. tre o eixo do primeiro laço e a face mais próxima da pe-
ça e lbe é o comprimento de ancoragem efetivo medido
O comprimento lb não poderá ser inferior a lb1 /3, 10 Φ a partir da face do apoio, no caso de vigas (ver figura 22).
e 10 cm, sendo lb1 o valor de lb , calculado com Se não houver compressão transversal suficiente para
A s cal = Ase. impedir a fissuração do concreto por ação do laço, deve
ser disposta uma armadura normal ao plano da curva do
O comprimento necessário de ancoragem será aumen-
laço, bem ancorada, calculada para resistir a um esforço
tado de 20%, no caso de feixe de 2 barras e em 33%, para
igual a um quarto do esforço total 2Rs que age na anco-
mais de 2 barras, usando-se para Φ o diâmetro do círculo
ragem, com um mínimo de duas barras de bitola 6,3.
de área igual.
D - Comprimento de ancoragem por aderência das bar-
Quando a barra terminar em gancho fora do apoio o com-
ras comprimidas
primento necessário de ancoragem, medido na forma da
figura 19a, será: As barras que forem somente comprimidas deverão ser
lb1 / 3 ancoradas apenas com ancoragem retilínea (sem gancho)
lb - 15 Φ ≥ para ηb < 1,5 e o comprimento de ancoragem será calculado como no
10 cm caso de tração, não podendo, porém, ser inferior a 0,6 lb1 ,
lb1 / 3 nem a 10 Φ e nem a 15 cm.
lb - 10 Φ ≥ para ηb ≥ 1,5
10 cm
E - Armadura transversal nas ancoragens
No caso em que a barra termina em gancho no apoio, o
comprimento necessário de ancoragem será o mesmo dado Quando não houver compressão do concreto transver-
acima, mas a barra deverá prolongar-se além salmente à armadura no trecho de ancoragem, suficien-
da face do apoio de um comprimento no mínimo igual a te para impedir a fissuração do concreto, deve ser dis-
r + 5,5 Φ ≥ 6 cm (ver figura 19b), onde r é o raio interno posta armadura transversal ao longo do terço extremo
efetivo do gancho. do trecho de ancoragem, capaz de resistir a esforço igual
a 40% do esforço transmitido pela barra ancorada; to-
Se houver cobrimento da barra no trecho do gancho, me- das as barras que atravessem o plano de possível fissu-
dido normalmente ao plano do gancho, de pelo menos ração, no trecho de ancoragem, poderão ser considera-
7 cm e as ações acidentais não ocorrerem com grande das naquela armadura.
freqüência com seu valor máximo, para a ancoragem
da barra será suficiente que ela penetre no apoio, a partir da Além disto, logo depois das extremidades das ancora-
face deste (ver figura 19b), de um comprimento igual gens de barras comprimidas, deverá haver armadura
a r + 5,5 Φ ≥ 6 cm. transversal destinada a proteger o concreto contra os efei-
tos do esforço concentrado na ponta, a qual será dimen-
A ancoragem das barras dobradas que façam parte da sionada para resistir a um quinto do esforço ancorado,
armadura transversal será assegurada por um prolon- podendo nela ser incluídos os estribos aí existentes.
NBR 6118/1980 21
Figura 19
Figura 20
Figura 21
Figura 22
c) as seções transversais planas permanecem planas. No cálculo das deformações deverão ser levadas em con-
ta a retração e a deformação lenta.
Deverá ser sempre levado em conta o efeito da retração.
Como simplificação, nas condições correntes, este efeito 4.2.3.1 Flexão
pode ser considerado supondo-se a tensão de tração igual
a 0,75 ftk e desprezando-se a armadura. Salvo cálculo rigoroso, a determinação das deformações
das peças fletidas deverá ser feita considerando-se ape-
4.2.2 Estado de fissuração inaceitável nas o estádio II para barras, permitindo-se o estádio I pa-
ra lajes, podendo proceder-se de acordo com os itens
Considera-se que a fissuração é nociva quando a aber-
seguintes A e B.
tura das fissuras na superfície do concreto ultrapassa os
seguintes valores:
A - Ações de curta duração
a) 0,1 mm, para peças não protegidas em meio agres-
Quando a deformação lenta for nula ou desprezível, por
sivo;
serem as ações de curta duração, o módulo de deforma-
b) 0,2 mm, para peças não protegidas em meio não ção Ec a adotar é o módulo secante do concreto, suposto
agressivo; igual a 0,9 do módulo na origem dado no item 8.2.5.
Supõe-se que, com razoável probabilidade, a condição acima Para levar em conta o efeito da deformação lenta, permi-
ocorre quando se verificam simultaneamente as seguintes te-se avaliar a flecha final devido às ações de longa du-
desigualdades: ração, aplicadas logo após o término da construção, como
1 para a alínea a
Φ σs 4 o produto do valor da flecha imediata respectiva pe-
. + 45 > 2 para a alínea b la relação das curvaturas final e inicial na seção de maior
2 ηb - 0,75 Es ρr 3 para a alínea c
momento em valor absoluto, calculadas através de:
1 para a alínea a 1 εc + εs
Φ σs 3 σs =
. > 2 para a alínea b r d
2 ηb - 0,75 Es ftk 3 para a alínea c
fazendo εc final igual a três vezes o valor de εc inicial e εs
constante e igual ao seu valor inicial. No caso de ações de
onde: longa duração, aplicadas seis meses ou mais após a
concretagem, εc final pode ser tomada igual a duas vezes o
σ s = tensão na armadura sob a solicitação dada em valor inicial.
5.4.2.2 (tensão em serviço)
C - Em estruturas de edifícios
Φ = diâmetro das barras, em mm
ρr = taxa geométrica da armadura na seção trans- Nas vigas e nas lajes das estruturas de edifícios deve-
versal de concreto Acr interessada pela fissu- rão ser obedecidas as seguintes limitações, com as
ração = As/Acr ações de acordo com 5.4.2.2:
- para os tirantes: Acr = área da seção transversal a) as flechas medidas a partir do plano que contém os
do tirante; apoios, quando atuarem todas as ações, não
ultrapassarão 1/300 do vão teórico, exceto no caso
- para as peças de seção retangular ou T, subme- de balanços para os quais não ultrapassarão 1/150
tidas à flexão simples: Acr = 0,25 bwh; do seu comprimento teórico;
- para as peças de seção retangular ou T, subme- b) o deslocamento causado pelas cargas acidentais
tidas à flexão composta: Acr = 0,4 bw (h - x). não será superior a 1/500 do vão teórico e 1/250 do
comprimento teórico dos balanços.
Quando o cobrimento c da armadura longitudinal de tra-
ção for superior ao mínimo exigido em 6.3.3.1, é permitido Os deslocamentos transversais não poderão atingir o va-
aumentar o valor limite da abertura das fissuras (ver alí- lor do qual possam resultar danos a elementos da cons-
neas a, b ou c), - e portanto, os valores correspondentes 1, trução apoiados na estrutura ou situados sob peças des-
2 e 3, nas desigualdades acima - em até 25%, propor- ta, prevendo-se, nestes casos, quando necessário, os
cionalmente ao valor do quociente c/c min. Para o emprego dispositivos adequados para evitar as conseqüências in-
das expressões acima não se tomará ηb > 1,8. desejáveis.
4.2.3 Estado de deformação excessiva
No cálculo das flechas das lajes, deve ser considerado, se
No projeto, especial atenção deverá ser dada à verificação for o caso, o efeito da rotação das vigas perimetrais.
da possibilidade de ser atingido o estado de deformação
excessiva, a fim de que as deformações não possam ser Em vigas de seção retangular ou T e lajes maciças retan-
prejudiciais à estrutura ou a outras partes da construção. gulares de edifícios serão consideradas atendidas as
condições a e b e dispensar-se-á o cálculo das flechas
Deverão ser estudadas as possíveis conseqüências in- quando a altura útil d não for inferior ao valor l /ψ2 ψ3,
desejáveis das deformações e previstos os dispositivos devendo-se tomar para ψ2 e ψ3 os valores abaixo (nas lajes
necessários para evitá-las, adotando-se contra-flechas armadas em cruz, l é o menor vão). Em qualquer caso,
quando conveniente. deverão ser respeitados os limites do item 6.1.1.1.
NBR 6118/1980 23
Valores de ψ2
- simplesmente apoiadas 1,0
- contínuas 1,2
- duplamente engastadas 1,7
- em balanço 0,5
Tabela 2 - Valores de ψ2
l y = vão menor
l x = vão maior
número inferior: ψ2 para l x / l y = 2, podendo usar-se para razão entre lados maior que 2, exceto nos casos assi-
nalados com asterisco
para 1 < l x / l y < 2: interpolar linearmente
Valores de ψ3
Tensão na armadura para solicitação de cálculo (σsd) Em vigas e Em lajes maciças
215 MPa lajes nervuradas
280 MPa 25 35
350 MPa 22 33
435 MPa 20 30
520 MPa 17 25
15 20
24 NBR 6118/1980
Para as lajes com mais de 4 m de vão teórico, que supor- tido desfavorável. Para os materiais, é considerada a
tarem paredes na direção do vão suscetíveis de fissura- dispersão dos resultados dos ensaios dos materiais a se-
ção, as alturas úteis mínimas calculadas por este item rem empregados. Para as ações e solicitações, é con-
deverão ser multiplicadas por l /4 ( l em metros). siderada a incerteza na previsão ou no cálculo do seu valor.
Não se dispondo de tais dados, o valor característico da Torção simples com armadura inclinada a 45º
ação será o valor nominal fixado pelas normas ou pela
especificação referente à obra em apreço. τtu = 0,27 fcd ≤ 5 MPa
5.3.1.2 Valores últimos das tensões de cálculo Tratando-se de punção, o valor último da tensão
tangencial de cálculo é 0,63 fck /γc, em MPa.
Para torção, cisalhamento, aderência, estado múltiplo de
tensões com uma das tensões principais nula ou de tra- c) Aderência
ção, e pressões em área reduzida, os valores últimos das
tensões de cálculo (valores limites das tensões determi- (τbu e fcd em MPa)
nadas com as solicitações atuantes de cálculo) são os
Em situação de boa aderência (ver item 4.1.6):
dados a seguir.
Quando a peça estiver exposta à ação prejudicial de agentes - na ancoragem e nas emendas por traspasse:
externos, tais como ácidos, álcalis, águas agressivas, óleos
τbu = 0,28 fcd , para ηb ≤ 1,0
e gases nocivos, temperatura muito alta ou muito baixa, os
valores últimos das tensões de cálculo serão divididos por τbu = 0,42 3
f 2cd , para ηb ≥ 1,5
1,2, mantidos, porém, os limites absolutos.
- para escorregamento (ver item 4.1.6.1)
a) Torção
τbu = 0,51 fcd , para ηb ≤ 1,0
Torção simples com armaduras paralela e normal
ao eixo da peça: τbu = 0,74 3
f 2cd , para ηb ≥ 1,5
τtu = 0,22 fcd ≤ 4 MPa interpolando-se linearmente para 1,0 < ηb < 1,5.
26 NBR 6118/1980
No cálculo de τbu, não se tomará, portanto, ηb Se o cálculo da solicitação for feito por processo linear
maior que 1,5. (elástico ou pseudo-elástico), o coeficiente γf poderá ser
aplicado à ação característica ou diretamente à solicita-
- Em situação de má aderência (ver item 4.1.6): ção característica:
Os valores de τbu indicados acima devem ser di- Sd = efeito de γfFk ou Sd = γfSk = γf. (efeito de Fk)
vididos por 1,5.
Se o cálculo da solicitação for feito por processo não li-
d) Estado múltiplo de tensões, com uma das tensões near, o coeficiente γf será aplicado à ação característica:
principais nula ou de tração
Sd = efeito de γfFk
Dispensa-se a verificação pela envoltória de Mohr
quando uma das tensões principais for nula ou de Os valores de cálculo das ações são, de modo geral, as
tração e as tensões σId e σIId, calculadas com o ações características multiplicadas pelos coeficientes
valor de cálculo das ações, não ultrapassarem os de segurança γf do item 5.4.2:
seguintes valores últimos:
Fd = γfFk
- quando σId ≤ 0,125 fcd:
5.4 Coeficientes de minoração e de segurança
σIIu = fcd - 4 σId
5.4.1 Materiais
- quando σId > 0,125 fcd:
Os coeficientes de minoração dos materiais, para o cálculo
σIu = 0,25 fcd no estado limite último são:
f 2 cd - concreto: γ c = 1,4 (em geral)
σIIu = 0,0625
σ Id
- aço: γ s = 1,15, desde que sejam obede-
Veja-se o final do item 5.1.
cidas as prescrições da
e) Pressões em áreas reduzidas NBR 7480 quanto ao controle de
qualidade
Nas peças com carga em área reduzida Ao em uma
das faces e altura não inferior à maior largura, e nas γ s = 1,25, quando não for realizado
peças com carga em área reduzida Ao em duas o controle de qualidade, de
faces opostas e altura não inferior ao dobro da maior acordo com a NBR 7480, per-
largura, o valor último da tensão de cálculo é: mitindo-se essa situação apenas
em obras de pequena impor-
Ac tância, nas quais se empregam
fcd 3 ≤ 21 MPa
Ao aços das categorias CA-25 e
CA-32.
tomando-se para Ac a área da figura geométrica que,
tendo o mesmo centro de gravidade de Ao, seja a No cálculo das peças para cuja execução sejam previs-
máxima que caiba na superfície da peça. tas condições desfavoráveis (por exemplo, más condi-
ções de transporte, ou adensamento manual, ou concre-
se Ao e Ac tiverem contornos homotéticos em re- tagem deficiente pela concentração da armadura), γc de-
lação ao centro de gravidade comum, o valor último ve ser elevado para 1,5.
é:
Para peças pré-moldadas em usina, executadas com cui-
Ac
fcd ≤ 26 MPa dados rigorosos, γc pode ser reduzido para 1,3.
Ao
Os coeficientes de minoração serão multiplicados por 1,2
Nas articulações Freyssinet e nas articulações de concreto quando a peça estiver exposta à ação prejudicial de agen-
calculadas pela fórmula de Hertz, desde que a lagura da tes externos, tais como ácidos, álcalis, águas agressivas,
zona de contato não seja maior que 1/5 da do bloco e que óleos e gases nocivos, temperatura muito alta ou muito
fck ≥ 22,5 MPa, permite-se elevar os limites de 21 MPa e baixa.
26 MPa para 40 MPa.
5.4.2 Solicitações
5.3.2 Ações e solicitações
Os coeficientes de segurança γf das solicitações são os
Os valores de cálculo das solicitações para o estado limite incluídos nas expressões dos dois itens seguintes.
último são os que, através do coeficiente de segurança γf,
levam em conta a possibilidade de desvios desfavorá- 5.4.2.1 Estado limite último
veis das ações em relação aos valores característicos
(γf > 1), ou a probabilidade de redução desfavorável da Será considerado o mais desfavorável dos seguintes va-
solicitação devida à carga permanente (γf < 1) e ainda as lores de cálculo da solicitação:
aproximações inevitáveis nas hipóteses de cálculo das
Sd = 1,4 Sgk + 1,4 Sqk + 1,2 S εk
solicitações e as inexatidões geométricas na construção.
Para os estados de utilização, os valores de cálculo das Sd = 0,9 Sgk + 1,4 Sqk + 1,2 S εk
solicitações são os próprios valores característicos, po-
dendo ser menores do que estes nos casos de que trata o No caso de estruturas de edifícios, pode ser considerada
item 5.4.2.2. apenas a primeira destas expressões.
NBR 6118/1980 27
Quando existirem ações acidentais de diferentes ori- b) a espessura das nervuras não deve ser inferior a
gens, com pouca probabilidade de ocorrência simultâ- 4 cm e a da mesa não deve ser menor que 4 cm,
nea, que causem solicitações Sqk1 ≥ Sqk2 ≥ Sqk3...,poderá nem que 1/15 da distância livre entre nervuras;
Sqk nas expressões anteriores ser substituída por:
c) o apoio das lajes deve ser feito ao longo de uma
Sqk1 + 0,8 (Sqk2 + Sqk3 + ...) nervura;
Nos casos a e b do item 6.1.3.1 e para paredes com d) nas lajes armadas em uma só direção, são neces-
espessura inferior a 20 cm, o coeficiente 1,4 deverá ser sárias nervuras transversais sempre que haja
aumentado para 1,8. cargas concentradas a distribuir ou quando o vão
teórico for superior a 4 m, exigindo-se duas ner-
5.4.2.2 Estados limites de utilização vuras, no mínimo, se esse vão ultrapassar 6 m;
Em geral, deverá ser considerada a solicitação de cálculo: e) nas nervuras com espessura inferior a 8 cm não
é permitido colocar armadura de compressão no lado
Sd = Sgk + χSqk + S εk oposto à mesa.
Sd = Sgk + χSqk1 + 0,8 (χSqk2 + χSqk3 +...) + S εk As vigas da seção retangular, as nervuras das vigas de
seção T e as paredes das vigas de seção caixão não de-
O valor do coeficiente χ será 0,7 para as estruturas de edi- vem ter largura menor que 8 cm.
fícios e 0,5 para as demais. Em geral, não é necessário
considerar a ação do vento nos estados limites de utilização 6.1.2.2 Extensão dos apoios
(χ = 0).
A extensão dos apoios das vigas sobre a alvenaria deve
ser tal que a tensão admissível desta não seja ultrapas-
5.4.3 Ações
sada.
Os coeficientes de segurança γf das ações são os incluí-
6.1.3 Pilares
dos nas expressões de 5.4.2, substituindo-se S por F.
6.1.3.1 Dimensões mínimas
6 Disposições construtivas
A menor dimensão dos pilares não cintados não deve ser
6.1 Dimensões externas das peças inferior a 20 cm, nem a 1/25 da sua altura livre. O diâme-
tro do núcleo dos pilares cintados não deve ser inferior a
No caso de estruturas que devam ser resistentes ao fogo,
20 cm nem a 1/10 de sua altura livre.
as dimensões mínimas das peças deverão atender às
exigências da NBR 5627,além das especificadas nesta Se os pilares suportem lajes cogumelo, esse limites pas-
Norma. sam a ser 30 cm e 1/15 para os não cintados e 30 cm e
1/10 para os cintados, devendo ainda a espessura em
6.1.1 Lajes
cada direção não ser inferior a 1/20 da distância entre ei-
6.1.1.1 Espessura
xos dos pilares nessa direção.
6.2 Aberturas e canalizações embutidas mento de ruptura calculado, sem se considerar a resis-
tência à tração do concreto, é igual ao momento de ruptura
6.2.1 Aberturas da seção sem armadura.
Quando forem previstas aberturas em qualquer peça de Nos casos de seção retangular e seção T, pode-se consi-
concreto armado, deve-se verificar o seu efeito na resis- derar como valor desta área mínima 0,25% de bwh, quando
tência e na deformação, de modo que não sejam ultra- a armadura for constituída de barras de aço
passados os limites exigidos nesta Norma. CA-25 ou CA-32, e 0,15% se a armadura for de aço
CA-40, CA-50 ou CA-60.
A verificação de que trata este item deve ser dispensa-
da nos seguintes casos: 6.3.1.1 Lajes
a) aberturas em vigas que as atravessem na dire- O diâmetro das barras não deve ultrapassar 1/10 da es-
ção de sua espessura, havendo apenas uma em pessura da laje.
cada meio tramo, situadas a uma distância da face
do apoio maior que 2 h e em zona de tração, com Nas lajes armadas numa só direção e nas lajes nervu-
dimensão transversal não superior a 12 cm, nem radas, a armadura de distribuição por metro de largura da
a h/2, não interceptando qualquer barra da arma- laje deve ter seção transversal de área igual ou superior a
dura e respeitando as exigências de cobrimento da 1/5 da área da armadura principal, com um mínimo de 0,9
armadura; cm2, e ser composta de pelo menos três barras.
b) aberturas normais ao plano médio das lajes ar- A armadura transversal, quando necessária, poderá ser
madas em uma só direção, se na direção perpen- constituída só por barras dobradas.
dicular à armadura principal a maior dimensão da
abertura não ultrapassar 1/10 da largura útil (ver 6.3.1.2 Vigas
item 3.3.2.5), e nem 1/10 do vão, não havendo en-
tre 2 aberturas consecutivas distância inferior a Os esforços na armadura de tração ou na de compressão
1/2 do vão e entre uma abertura e a borda livre da só podem ser considerados concentrados no centro de
laje distância inferior a 1/4 do vão; gravidade de As, ou de A’s, se a distância deste centro ao
ponto da seção da armadura mais afastado da linha neutra,
c) aberturas normais ao plano médio das lajes ar- medida normalmente a ela, for menor que 5%
madas em cruz, se a dimensão da abertura em cada de h.
direção da armadura não ultrapassar 1/10 do menor
vão e não houver entre 2 aberturas distância inferior Nas mesas de vigas de seção T deve haver armadu-
a 1/2 do vão e entre uma abertura e a borda livre da ra perpendicular à nervura, que se estenda por toda sua
laje distância inferior a 1/4 do vão; largura útil, com seção transversal de no mínimo 1,5 cm2
por metro.
d) aberturas paralelas ao plano médio das lajes, se a
sua maior dimensão transversal for inferior a 1/3 da A armadura transversal das vigas de seção T ou caixão
espessura da laje e o espaçamento entre duas deve ser prolongada dentro da mesa, de modo a garantir a
aberturas consecutivas de centro a centro for su- solidariedade da mesa com a nervura.
perior a 4 vezes aquela maior dimensão.
A seção transversal total de cada estribo, compreendendo
6.2.2 Canalizações embutidas todos os ramos que cortam o plano neutro, não deve ser
menor que 0,25% de bws, senα (α = ângulo entre o estribo e
Salvo quando as canalizações embutidas atravessam pe- o eixo da peça) para aços CA-25 e CA-32 ou 0,14% para
ças da estrutura de fora a fora, na direção da espessura, aços CA-40, CA-50 e CA-60, não se tomando para bw va-
não são elas permitidas nos seguintes casos: lores maiores que d.
a) canalizações sem isolamento adequado ou veri- Na armadura de torção, o volume das barras longitudinais,
ficação especial quando destinadas à passagem de o volume dos estribos ou o volume das barras inclinadas a
fluidos com temperatura que se afaste de mais de 45º, em determinado trecho da peça, não deve ser inferior,
15ºC da temperatura ambiente; cada um deles, a 0,25% do volume do concreto neste tre-
cho, considerada apenas a parede, real ou fictícia, para os
b) canalizações destinadas a suportar pressões inter- aços CA-25 e CA-32, ou a 0,14% deste volume para os
nas que ultrapassam 3 kgf/cm2. aços CA-40, CA-50 e CA-60.
Não são permitidas canalizações embutidas longitudinal- Quando a altura útil da viga ultrapassar 60 cm e o aço
mente nos pilares, quer no concreto, quer em espaços vazios da armadura de tração for CA-40, CA-50 ou CA-60, deve
internos à peça, que não tenham aberturas de drenagem. dispor-se, longitudinalmente e próxima a cada face lateral
da viga, na zona tracionada, uma armadura de pele. Essa
6.3 Armadura armadura, de aço com resistência igual ou superior à do
aço da armadura de tração, deve ter, em cada face, seção
6.3.1 Seção transversal transversal igual a 0,05% de bwh. O afastamento entre as
barras não deve ultrapassar d/3 e 30 cm, e a barra mais
A área da seção transversal da armadura longitudinal próxima da armadura de tração deve desta distar mais de
de tração não deve ser inferior àquela com a qual o mo- 6 cm e menos de 20 cm.
NBR 6118/1980 29
O diâmetro das barras dos estribos não deve ultrapassar 1/ Se a porcentagem da seção da armadura comprimida
12 da largura da alma, nem, exceto no caso de telas for superior a 2% ou a bitola das suas barras for maior que
soldadas, ser inferior a 5 mm. 12,5, deverão ser previstos estribos, de acordo com os
itens 6.3.2.4 e 6.3.4.3.
Deve-se prolongar até cada um dos apoios das vigas
simples ou contínuas uma parte da armadura de tração, 6.3.2 Espaçamento das barras
correspondente a 1/3 da área desta na seção de momento
máximo no tramo, se o momento no apoio for nulo ou 6.3.2.1 Lajes
negativo de valor absoluto inferior a 1/2 do máximo positivo
do tramo, e em caso contrário correspondente a 1/4 daquela Na região dos maiores momentos nos vãos das lajes, o
área. Essas barras devem ser ancoradas de acordo com o espaçamento das barras da armadura principal não deve
disposto no item 4.1.6.2. ser maior que 20 cm. Nas lajes armadas numa única di-
reção, esse espaçamento não deve, também, ser maior
Nos cantos dos estribos fechados e nos ganchos dos es- que 2 h.
tribos abertos, se não houver barras longitudinais deter-
minadas pelo cálculo, devem ser colocadas barras de Os estribos nas lajes nervuradas, sempre que necessá-
amarração de bitola pelo menos igual à do estribo. rio, não devem ter espaçamento maior que 20 cm.
A armadura transversal pode ser constituída só de estribos; O espaçamento das barras de distribuição não deve ser
se houver barras dobradas, a estas não poderá caber mais maior que 33 cm.
de 60% do esforço total a absorver por armadura transver-
sal. 6.3.2.2 Vigas
Deverão ser sempre colocados estribos em toda a exten- A armadura longitudinal das vigas pode ser constituída
são das peças fletidas (excetuadas as lajes, no caso pre- de barras isoladas ou de feixes formados por 2, 3 ou 4
visto no final do item 4.1.4.2), respeitados os mínimos barras, não sendo permitidos feixes de barra de bitola su-
prescritos neste item e no item 6.3.2.2. perior a 25.
6.3.1.3 Pilares não cintados O espaço livre entre duas barras, dois feixes ou duas
luvas da armadura longitudinal não deve ser menor
A armadura longitudinal de um pilar não cintado, que te- que 2 cm, menor que o diâmetro das próprias barras ou
nha todas as suas barras comprimidas, deve ter seção das luvas, ou do círculo de mesma área, no caso de feixes,
transversal compreendida entre 0,8% e 6% da seção do nem menor que 1,2 vezes a dimensão máxima do agre-
pilar, inclusive no trecho de emenda por traspasse. gado, nas camadas horizontais, e 0,5 vezes a mesma
dimensão no plano vertical. Se as barras, luvas ou feixes
Permite-se reduzir o primeiro desses limites para 0,5% forem de diâmetros diferentes, será considerado o maior
quando l e /i ≤ 30. Quando por motivo construtivos, as deles. No caso de serem previstas emendas por tras-
dimensões da seção transversal do pilar forem aumen- passe, o afastamento entre as barras, em toda a extensão
tadas em relação às da seção calculada, a porcentagem da peça, deve ser tal que permita o espaço livre entre
mínima, de 0,8% ou 0,5%, será referida apenas à seção emendas, prescrito em 6.3.5.2.
calculada. Em nenhum caso a porcentagem será inferior a
0,5% da área da seção real. O espaçamento dos estribos, medido paralelamente ao
eixo da peça, deve ser no máximo igual a 0,5d, não po-
A bitola das barras da armadura longitudinal dos pilares não dendo ser maior que 30 cm. Se houver armadura longi-
poderá ser inferior a 10 e a dos estribos inferior a 5. tudinal de compressão exigida pelo cálculo, o espaçamen-
to dos estribos, medido ao longo daquela armadura, não
6.3.1.4 Paredes estruturais pode, também, ser maior que 21 vezes o diâmetro das bar-
ras longitudinais, no caso de aço CA-25 ou CA-32, e 12
A armadura principal das paredes, paralela à direção da vezes este diâmetro, no caso de aço CA-40, CA-50 ou
carga, quando a razão entre o comprimento e a espessura CA-60.
da seção da parede for igual ou superior a 6, deverá ter
seção transversal no mínimo igual a 0,4% da seção da 6.3.2.3 Peças submetidas à torção
parede. Quando, por motivos construtivos, as dimensões
da seção transversal da parede forem aumentadas em Quando τtd ≥ 0,6 τtu, o espaçamento das barras da arma-
relação às da seção calculada, a porcentagem mínima será dura transversal, medido paralelamente ao eixo longitu-
referida apenas à seção calculada, não podendo, entretanto, dinal da peça, não deve ser superior ao menor dos três
ser inferior a 0,2% da seção real. valores seguintes:
Para razões entre comprimento e espessura de 5 a 6, o - metade da menor dimensão transversal da peça;
valor mínimo será obtido por interpolação linear entre o aqui
indicado e o prescrito para pilares no item 6.3.1.3. - um terço da maior dimensão transversal da peça;
Se a tensão na armadura de tração, determinada com a te envolverá um estribo principal em ponto junto a uma
solicitação de cálculo, for inferior à tensão de cálculo es- das barras, o que deverá ser indicado no projeto de modo
pecificada para o aço utilizado, estes diâmetros da curva- bem destacado; ele garantirá contra a flambagem essa
tura poderão ser reduzidos proporcionalmente, mas nunca barra e mais duas para cada lado, não distantes dela mais
a valores inferiores aos exigidos para os ganchos. de 20 Φt (Φt do estribo principal).
Se houver barras de tração curvadas no mesmo plano e o No caso de estribos curvilíneos, cuja concavidade esteja
afastamento entre elas for inferior ao dobro do mínimo voltada para o interior do concreto, não haverá necessi-
permitido (ver item 6.3.2.2), o valor mínimo do diâmetro da dade de estribos suplementares; se as seções das barras
curvatura estabelecido neste item será multiplicado pelo longitudinais se situarem em uma curva de concavidade
número de barras nestas condições. voltada para fora do concreto, cada barra longitudinal se-
rá ancorada pelo gancho de um estribo reto ou pela quina
No caso de barras curvadas pertencentes a uma mesma de um estribo poligonal, não podendo o lado deste estribo
camada da armadura longitudinal, devem ser tomadas abranger mais de duas barras longitudinais.
precauções para evitar possível fendilhamento do con-
creto por excessiva concentração de esforços. 6.3.5 Emendas das barras
Quando houver mais de duas barras nesse trecho ou ψ 5lb - 15 Φ para ηb < 1,5
barras fora dele, deverá haver estribos suplementares,
com diâmetro e espaçamento também de acordo com o ψ 5lb - 10 Φ para ηb ≥ 1,5
item 6.3.2.4. Se esses estribos suplementares forem poli-
gonais, a eles se aplica a mesma regra acima enunciada. não podendo este comprimento, em nenhum caso, ser
inferior a 20 cm, 15 Φ e 0,5 lb1 ;
Se o estribo suplementar for constituído por uma barra
reta terminada em ganchos, ele deverá atravessar a seção lb e lb1 serão calculados como em 4.1.6.2B.
da peça e o seu gancho envolverá a barra longitudinal.
Se houver mais de uma barra longitudinal a ser protegi- Em cada uma das extremidades da emenda deve ser co-
da junto à mesma extremidade do estribo, o gancho des- locada a armadura transversal prevista em 4.1.6.2E.
Tabela 3 - Valores de ψ5
ψ5
Distância transversal entre eixos de Proporção de barras emendadas na mesma seção transversal
emendas mais próximas na mesma (emendas superpostas ou conforme a figura 25).
seção (distância a da figura 23)
≤ 1/5 > 1/5 > 1/4 > 1/3 > 1/2
≤ 1/4 ≤ 1/3 ≤ 1/2
Figura 23 Figura 24
A distância livre entre duas emendas por traspasse deve transversal útil das barras e das luvas será determina-
respeitar o mínimo dado em 6.3.2.2, 2º parágrafo substi- da descontando-se os filetes. É permitido engrossar as
tuindo-se o diâmetro pelo dobro do seu valor (ver fi- extremidades das barras, mas a geratriz do cone de
gura 24). transição deverá ter inclinação não maior que 1 para 3. O
comprimento do trecho rosqueado deve ser suficiente para
A proporção máxima de barras tracionadas emendadas transmitir o esforço.
na mesma seção transversal da peça será a indicada na
Tabela 4. Não é permitido rosquear barras de aço classe B, sal-
vo se demonstrado experimentalmente que o aumento
Tabela 4 - Proporção de Barras Emendadas de resistência por encruamento é uniforme em toda a se-
ção transversal.
com Sqk > Sqk com Sgk ≤ Sgk
Bitola 6.3.5.4 Emendas com solda
ηb ≥ 1,5 ηb < 1,5 ηb ≥ 1,5 ηb < 1,5
As emendas com solda, obedecido o disposto no item 10.4.1,
≤ 12,5 todas 1/2 1/2 1/4 podem ser (ver figura 26):
(**) Se houver mais de uma camada de armadura - por traspasse com pelo menos 2 cordões de sol-
da longitudinais, cada um deles com compri-
Consideram-se como na mesma seção transversal as mento não inferior a 5 Φ , afastados no mínimo
emendas que se superpõem ou cujas extremidades mais 5 Φ;
próximas estejam afastadas em menos que 0,20 do com-
primento do trecho de traspasse, tomando-se o maior dos - com outras barras justapostas (cobrejuntas), com
dois comprimentos, quando diferentes (ver figura 25). cordões de solda longitudinais, fazendo coincidir o
eixo baricêntrico do conjunto com o eixo longi-
tudinal das barras emendadas, devendo cada
cordão ter comprimento de pelo menos 5 Φ.
Figura 26
6.4 Peças cintadas te à direção da carga; cada camada será formada por 2
barras, em posição ortogonal, dobradas como indicado na
O cintamento poderá ser obtido por armadura de projeção figura 27. Deverão ser obedecidas as seguintes con-
circular ou em malha. dições:
6.4.1 Armadura de projeção circular
a) as extremidades das barras serão bem ancoradas
A armadura de cintamento será constituída por barras no núcleo do concreto;
em hélice ou estribos, de projeção circular sobre a se- b) as barras não serão de bitola inferior a 5;
ção transversal da peça, obedecendo às seguintes con-
dições: c) o espaçamento entre 2 camadas e entre 2 ramos
sucessivos da barra não deverá ser superior a
a) a relação entre o comprimento da peça e o diâme- 8 cm, nem ultrapassar 1/5 do diâmetro do círculo
tro do núcleo será: inscrito na seção transversal do núcleo cintado;
l
≤ 10
d1 d) o volume da armadura de cintamento não deverá ser
b) as extremidades das barras ou dos estribos se- inferior a 0,6% do volume do núcleo cintado;
rão bem ancoradas no núcleo do concreto; e) o diâmetro referido na alínea c) não deverá ser in-
c) as barras helicoidais ou estribos não serão de bito- ferior a 20 cm.
la inferior a 5; 2ª Parte
d) o espaçamento entre 2 espirais ou 2 estribos será: Materiais
d1 / 5
Φ t + 3 cm ≤ s ≤
8 cm 7 Aço
onde Φt é o diâmetro da barra da espiral ou dos 7.1 Qualidade
estribos;
Somente barras e fios de aço que satisfaçam às especi-
e) a seção fictícia At do cintamento será: ficações da ABNT são considerados nesta Norma. Pode-
0,005 Aci ≤ At ≤ 3A’s rão ser usados aços de outra qualidade, desde que suas
propriedades sejam suficientemente estudadas por
f) a armadura longitudinal deverá constar no míni- laboratório nacional idôneo.
mo em 6 barras dispostas uniformemente no con-
Nesta Norma são designados por barras da armadura tanto
torno do núcleo e a área da sua seção transver-
as barras laminadas como os fios trefilados.
sal não deverá ultrapassar 0,08 Aci, inclusive no
trecho de emenda por traspasse; a bitola das bar- 7.2 Diagrama tensão-deformação
ras longitudinais não será inferior a 10.
Para o aço Classe A, será adotado o diagrama de cálculo
6.4.2 Armadura em malha da figura 28, com os valores de Es, fyd e fycd indicados adiante.
A armadura de cintamento em malha, só permitida em Para o aço classe B, o diagrama de cálculo a adotar será
blocos de apoio e articulações, será constituída de obtido dividindo-se por γs as ordenadas oblíquas, pa-
camadas duplas de barras dispostas perpendicularmen- ralelas à reta de Hooke, da curva experimental que con-
34 NBR 6118/1980
tém a resistência característica f yk, calculada estatisti- Não sendo conhecida a curva experimental, poder-se-á
camente com base em ensaios realizados em laboratório adotar o diagrama simplificado da figura 30.
nacional idôneo (ver figura 29).
Figura 27
Figura 28
Figura 29 Figura 30
NBR 6118/1980 35
O concreto, quer preparado no canteiro quer pré-mistu- As formas e os escoramentos deverão ser dimensionados
rado, deverá apresentar uma resistência característica e construídos obedecendo às prescrições das NBR 7190 e
fck, não inferior a 9 MPa e compatível com a adotada no NBR 8800, respectivamente para Estruturas de Madeira e
projeto. O concreto pré-misturado deverá ser fornecido com para Estruturas Metálicas.
base na resistência característica.
9.2.1 Formas
8.2.4 Diagrama tensão-deformação
As formas deverão ser dimensionadas de modo que não
O diagrama tensão-deformação à compressão, a ser usado possam sofrer deformações prejudiciais, quer sob a ação
no cálculo, de acordo com o item 4.1.1.1, será suposto dos fatores ambientes, quer sob a carga, especialmente a
como sendo o diagrama simplificado da figura 31, composto do concreto fresco, considerado nesta o efeito do aden-
de uma parábola do 2º grau que passa pela origem e tem samento sobre o empuxo do concreto.
seu vértice no ponto de abscissa 2‰ e ordenada 0,85 fcd, e
de uma reta entre as deformações 2‰ e 3,5‰, tangente à Nas peças de grande vão, dever-se-á dar às formas a
parábola e paralela ao eixo das abscissas. contra-flecha eventualmente necessária para compen-
sar a deformação provocada pelo peso do material ne-
8.2.5 Módulo de deformação longitudinal à compressão las introduzido, se já não tiver sido prevista no projeto, de
acordo com o item 4.2.3.
Na falta de determinação experimental, o módulo de defor-
mação longitudinal à compressão, no início da curva 9.2.2 Escoramento
tensão-deformação efetiva, correspondente ao primeiro
carregamento, será suposto igual a: O escoramento deverá ser projetado de modo a não sofrer,
fcj (MPa) sob a ação de seu peso, do peso da estrutura e das car-
6.600 gas acidentais que possam atuar durante a execução da
obra, deformações prejudiciais à forma da estrutura ou que
No projeto, tomar-se-á para o cálculo do módulo de de-
possam causar esforços no concreto, na fase de en-
formação:
durecimento. Não se admitem pontaletes de madeira
com diâmetro ou menor lado da seção retangular inferior a
fcj = fck + 3,5 MPa
5 cm, para madeiras duras, e 7 cm para madeiras moles.
8.2.6 Coeficiente de Poisson
Os pontaletes com mais de 3 m de comprimento deverão
O coeficiente de Poisson relativo às deformações elásti- ser contra-ventados, salvo se for demonstrada
cas será suposto igual a 0,2. desnecessidade desta medida para evitar a flambagem.
36 NBR 6118/1980
Figura 31
9.2.3 Ações sobre os apoios do escoramento rar que a geometria da estrutura corresponda ao projeto,
com as tolerâncias previstas no item 11.
Devem ser tomadas as precauções necessárias para evi-
tar recalques prejudiciais, provocados no solo ou na parte Proceder-se-á a limpeza do interior das formas e a veda-
da estrutura que suporta o escoramento, pelas cargas por ção das juntas, de modo a evitar a fuga de pasta. Nas for-
este transmitidas. mas de paredes, pilares e vigas estreitas e altas, dever-
se-á deixar aberturas próximas ao fundo, para limpeza.
9.3 Madeira
As formas absorventes deverão ser molhadas até a satu-
O teor de umidade natural da madeira deverá ser com- ração, fazendo-se furos para escoamento da água em
patível com o tempo a decorrer entre a execução das for- excesso.
mas e do escoramento e a concretagem da estrutura.
No caso em que as superfícies das formas sejam trata-
No caso de se prever que esse tempo ultrapasse 2 meses, das com produtos anti-aderentes, destinados a facilitar a
a madeira a ser empregada deverá ter o teor de umidade desmoldagem, esse tratamento deverá ser feito antes da
correspondente ao estado seco do ar. colocação da armadura. Os produtos empregados não
deverão deixar, na superfície do concreto, resíduos que
9.3.1 Emendas nos pontaletes sejam prejudiciais ou que possam dificultar a retomada da
concretagem ou a aplicação de revestimento.
Cada pontalete de madeira só poderá ter uma emenda, a
qual não deverá ser feita no terço médio do seu compri- 10 Armadura
mento. Nas emendas, os topos das duas peças a emendar
deverão ser planos e normais ao eixo comum. Deverão ser 10.1 Emprego de diferentes classes e categorias de aço
pregadas cobrejuntas em toda a volta das emendas.
Não poderão ser empregados na obra aços de qualida-
des diferentes das especificadas no projeto, sem apro-
9.3.2 Precauções contra incêndio
vação prévia do projetista.
Deverão ser tomadas nas obras as devidas precauções
Quando previsto o emprego de aços de qualidades diver-
para proteger as formas e o escoramento contra os riscos
sas, deverão ser tomadas as necessárias precauções para
de incêndio, tais como cuidados nas instalações elétricas
evitar a troca involuntária.
provisórias, remoção de resíduos combustíveis e limitação
no emprego de fontes de calor. 10.2 Limpeza
9.4 Dispositivos para retirada das formas e do As barras de aço deverão ser convenientemente lim-
escoramento pas de qualquer substância prejudicial à aderência, reti-
rando-se as escamas eventualmente destacadas por oxi-
A construção das formas e do escoramento deverá ser dação.
feita de modo a haver facilidade na retirada de seus di-
versos elementos, separadamente, se necessário. Para 10.3 Dobramento
que se possa fazer esta retirada sem choques, o escora-
mento deverá ser apoiado sobre cunhas, caixas de areia O dobramento das barras, inclusive para os ganchos, de-
ou outros dispositivos apropriados para esse fim. verá ser feito com os raios de curvatura previstos no pro-
jeto, respeitados os mínimos dos itens 6.3.4.1 e 6.3.4.2.
9.5 Precauções anteriores ao lançamento do concreto
As barras de aço Classe B deverão ser sempre dobra-
Antes do lançamento do concreto, deverão ser conferi- das a frio. As barras não podem ser dobradas junto às
das as medidas e a posição das formas, a fim de assegu- emendas com solda.
NBR 6118/1980 37
10.4 Emendas internas das formas. Permite-se, para isso, o uso de arame
e de tarugos de aço ou de tacos de concreto ou argamas-
As emendas de barras da armadura deverão ser feitas sa, nunca, porém, será admitido o emprego de calços de
de acordo com o previsto no projeto; as não previstas aço, cujo cobrimento, depois de lançado o concreto, te-
só poderão ser localizadas e executadas conforme o item nha espessura menor que a prescrita em 6.3.3.1.
6.3.5.
Nas lajes, deverá ser feita amarração das barras, de mo-
10.4.1 Emendas com solda do que em cada uma destas o afastamento entre duas
amarrações não exceda 35 cm.
A solda só pode ser:
10.6 Proteção
- por pressão (caldeamento);
As máquinas soldadoras deverão ter característicos elé- Antes e durante o lançamento do concreto, as platafor-
tricos e mecânicos apropriados à qualidade do aço e à mas de serviço deverão estar dispostas de modo a não
bitola da barra, e ser de regulagem automática. acarretarem deslocamento das armaduras.
Nas emendas por pressão, as extremidades das barras 10.6.2 Barras de espera
deverão ser planas e normais aos eixos, e nas com ele-
trodo, as extremidades serão chanfradas, devendo-se limpar
As barras de espera deverão ser devidamente protegi-
perfeitamente as superfícies.
das contra a oxidação; ao ser retomada a concretagem,
deverão elas ser perfeitamente limpas (ver item 10.2), de
As barras de aço Classe B só poderão ser soldadas com
modo a permitir boa aderência.
eletrodo, executando-se a solda por etapas e com aque-
cimento controlado, de modo a não prejudicar a qualida-
de do aço. A solda de barras de aço CA-50A deverá ser 11 Tolerâncias
feita com eletrodos adequados, preaquecimento e resfria-
mento gradual. 11.1 Valores das tolerâncias
Deverão ser realizados ensaios prévios da solda na forma A execução das obras deverá ser a mais cuidadosa, a fim
e com o equipamento e o pessoal a serem emprega- de que as dimensões, a forma e a posição das peças e as
dos na obra, assim como ensaios posteriores para con- dimensões e posição da armadura obedeçam às indica-
trole, de acordo com a NBR 11919. ções do projeto com a maior precisão possível.
Quer a dosagem para o preparo do concreto na obra, No caso de transporte por bombas, o diâmetro interno do
quer a encomenda e o fornecimento de concreto pré- tubo deverá ser no mínimo três vezes o diâmetro máximo
misturado, deverão ter por base a resistência caracte- do agregado.
rística, fck nos termos desta Norma.
12.2 Medida dos materiais O sistema de transporte deverá, sempre que possível,
permitir o lançamento direto nas formas, evitando-se
Sempre que se fizer dosagem experimental deverão ser depósito intermediário; se este for necessário, no manu-
obedecidas as seguintes condições: seio do concreto deverão ser tomadas precauções para
evitar desagregação.
a) quando o aglomerante for usado a granel, deve-
rá ser medido em peso com tolerância de 3%; no 13.2 Lançamento
caso de cimento ensacado, pode ser considera-
do o peso nominal do saco, atendidas as exigên- O concreto deverá ser lançado logo após o amassamen-
cias das Especificações Brasileiras; to, não sendo permitido entre o fim deste e o do lançamen-
to, intervalo superior a uma hora; se for utilizada agita-
b) os agregados miúdo e graúdo deverão ser medi- ção mecânica, este prazo será contado a partir do fim da
dos em peso ou volume com tolerância de 3%, de- agitação.
vendo-se sempre levar em conta a influência da
umidade;
Com o uso de retardadores de pega, o prazo poderá ser
c) a água poderá ser medida em volume ou peso aumentado, de acordo com os característicos do aditivo.
com tolerância de 3%;
Em nenhuma hipótese se fará o lançamento após o início
d) o aditivo poderá ser medido em volume ou peso da pega.
com tolerância de 5%.
Para os lançamentos que tenham que ser feitos a seco, em
12.3 Amassamento manual recintos sujeitos à penetração de água, deverão ser tomadas
as precauções necessárias para que não haja água no
O amassamento manual do concreto, a empregar-se-á local em que se lança o concreto, nem possa o concreto
excepcionalmente em pequenos volumes ou em obras fresco vir a ser por ela lavado.
de pouca importância, deverá ser realizado sobre um
estrado ou superfície plana impermeável e resistente. Mis-
O concreto deverá ser lançado o mais próximo possível de
turar-se-ão, primeiramente a seco, os agregados e o
sua posição final, evitando incrustação de argamassa
cimento, de maneira a obter-se cor uniforme; em segui-
nas paredes das formas e nas armaduras.
da adicionar-se-á aos poucos a água necessária, prosse-
guindo-se a mistura até conseguir-se massa de aspecto
uniforme. Não será permitido amassar-se, de cada vez, Deverão ser tomadas precauções para manter a homo-
volume de concreto superior ao correspondente a 100 kg geneidade do concreto. A altura de queda livre não pode
de cimento. ultrapassar 2 m. Para peças estreitas e altas, o concreto
deverá ser lançado por janelas abertas na parte lateral,
12.4 Amassamento mecânico ou por meio de funis ou trombas.
O amassamento mecânico em canteiro deverá durar, sem Cuidados especiais deverão ser tomados quando o lan-
interrupção, o tempo necessário para permitir a homo- çamento se der em ambiente com temperatura inferior a
geneização da mistura de todos os elementos, inclusive 10ºC ou superior a 40ºC.
eventuais aditivos; a duração necessária aumenta com o
volume da amassada e será tanto maior, quanto mais 13.2.1 Lançamento submerso
seco o concreto. O tempo mínimo de amassamento, em
segundos, deve ser de 120 d , 60 d , ou 30 d , con-
Quando o lançamento for submerso, o concreto deverá
forme o eixo da misturadora seja inclinado, horizontal ou
ter no munido 350 kg de cimento por m3, ser de consis-
vertical, sendo d o diâmetro máximo da misturadora (em
tência plástica e ser levado dentro da água por uma
metros). Nas misturadoras de produção contínua, deverão
tubulação, mantendo a ponta do tubo imersa no concreto já
ser descartadas as primeiras amassadas, até se alcançar
lançado, a fim de evitar que ele caia através da água e que
a homogeneização necessária. No caso de concreto pré-
provoque agitação prejudicial; o lançamento poderá também
misturado, aplica-se a NBR 7212.
ser feito por processo especial, de eficiência devidamente
comprovada. Após o lançamento, o concreto não deverá
13 Concretagem
ser manuseado, para se lhe dar a forma definitiva.
13.1 Transporte
Não se deverá lançar concreto submerso quando a tem-
O concreto deverá ser transportado do local do amassa- peratura da água seja inferior a 5ºC, estando o concreto
mento para o de lançamento, em um tempo compatível com temperatura normal, nem quando a velocidade da água
com o prescrito em 13.2, e o meio utilizado deverá ser tal superar 2m/s.
NBR 6118/1980 39
14.1 Cura e outros cuidados Quando não houver aceitação automática na forma de
16.1, a decisão basear-se-á em uma ou mais das se-
Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o con- guintes verificações: revisão do projeto, ensaios especiais
creto deverá ser protegido contra agentes prejudiciais, do concreto e ensaios da estrutura.
40 NBR 6118/1980
16.2.1 Revisão do projeto rimidas por investigações analítica, a decisão a ser to-
mada poderá ser baseada nos resultados obtidos em en-
O projeto da estrutura será revisto, adotando-se para o saio da estrutura, realizado de acordo com método prees-
lote de concreto em exame fck = fck est. tabelecido.
Quando houver dúvidas de qualquer natureza sobre uma c) a estrutura será aproveitada com restrições quan-
ou mais partes da estrutura, as quais não possam ser di- to ao seu carregamento ou ao seu uso.
NBR 6118/1980 41
Índice alfabético
Dimensões externas
de lajes ............................................................................................................................................. 6.1.1
de paredes estruturais ...................................................................................................................... 6.1.4
de pilares .......................................................................................................................................... 6.1.3
de vigas ............................................................................................................................................ 6.1.2
Distribuição de cargas
nas lajes ........................................................................................................................................... 3.3.2.4
nas paredes estruturais .................................................................................................................... 3.3.1.1
Dobramento das barras ............................................................................................................................. 6.3.4; 10.3
Durabilidade do concreto ........................................................................................................................... 8.2.2
Efeito de 2ª ordem na flexo-compressão .................................................................................................... 4.1.1.3B
Emendas das barras
com luvas rosqueadas ...................................................................................................................... 6.3.5.3
com solda ......................................................................................................................................... 6.3.5.4; 10.4.1
tipos ................................................................................................................................................. 6.3.5.1
por traspasse ................................................................................................................................... 6.3.5.2
Emendas dos pontaletes ........................................................................................................................... 9.3.1
Encurtamento de ruptura do concreto ........................................................................................................ 4.1.1.1
Engastamento parcial
influência do ..................................................................................................................................... 3.1.2
Ensaios
especiais do concreto ....................................................................................................................... 16.2.2
da estrutura ...................................................................................................................................... 16.2.3
Escoramento
das formas ....................................................................................................................................... 9.2.2; 9.2.3
retirado do ........................................................................................................................................ 9.4; 14.2.1; 14.2.2
Escorregamento ....................................................................................................................................... 4.1.6.1
Esforços
repetidos .......................................................................................................................................... 3.1.1.7
resistentes ....................................................................................................................................... 4
solicitantes ....................................................................................................................................... 3
Espaçamento da armadura
entre espirais ou estribos (concreto cintado) ..................................................................................... 6.4.1
em lajes ............................................................................................................................................ 6.3.2.1
em peças comprimidas não cintadas ................................................................................................. 6.3.2.4
em peças a torção ............................................................................................................................ 6.3.2.3
em vigas ........................................................................................................................................... 6.3.2.2
Espessura das lajes .................................................................................................................................. 6.1.1.1
Estado múltiplo de tensões
segurança ........................................................................................................................................ 5.1
valores últimos das tensões .............................................................................................................. 5.3.1.2d
Estado limite
definição ........................................................................................................................................... 2.1
de fissuração inaceitável ................................................................................................................... 2.1.2.2; 4.2.2
de formação de fissuras .................................................................................................................... 2.1.2.1; 4.2.1
de deformação excessiva ................................................................................................................. 2.1.2.3; 4.2.3
último (de ruína) ................................................................................................................................ 2.1.1; 4.1
de utilização (de serviço) .................................................................................................................. 2.1.2; 4.2
Estribos
diâmetro dos ..................................................................................................................................... 6.3.1.2
dobramento ...................................................................................................................................... 6.3.4.1
espaçamento em peças comprimidas não cintadas ........................................................................... 6.3.2.4
espaçamento em peças torcidas ....................................................................................................... 6.3.2.3
espaçamento em vigas ..................................................................................................................... 6.3.2.2
seção mínima dos ............................................................................................................................. 6.3.1.2
NBR 6118/1980 45
Estrutura
aceitação da ..................................................................................................................................... 16
ensaios da ........................................................................................................................................ 16.2.3
Estruturas
laminares .......................................................................................................................................... 3.3
laminares tridimensionais .................................................................................................................. 3.3.3
lineares em regime elástico ............................................................................................................... 3.2.1.1
lineares em regime elasto-plástico .................................................................................................... 3.2.1.2
Fadiga ....................................................................................................................................................... 3.1.1.7
Feixes de barras ....................................................................................................................................... 6.3.2.2
Fissuração inaceitável .............................................................................................................................. 6.3.2.2
estado de .......................................................................................................................................... 2.1.2.2; 4.2.2
Fissuras
estado de formação de ...................................................................................................................... 2.1.2.1; 4.2.1
abertura das ..................................................................................................................................... 4.2.2
Fixação das barras ................................................................................................................................... 6.3.4
Flambagem
das barras da armadura .................................................................................................................... 6.3.4.3
segurança contra .............................................................................................................................. 5.1
Flechas
limites das ........................................................................................................................................ 4.2.3.2A
dispensa de cálculo em edifícios ....................................................................................................... 4.2.3.2A
Flexão
com compressão .............................................................................................................................. 4.1.1.3
hipóteses de cálculo ......................................................................................................................... 4.1.1.1
Força cortante ........................................................................................................................................... 4.1.4
Formas
dimensionamento das ....................................................................................................................... 9.2.1
escoramento das .............................................................................................................................. 9.2.2; 9.2.3
madeira das ...................................................................................................................................... 9.3
pontaletes das .................................................................................................................................. 9.3.1
retiradas das ..................................................................................................................................... 9.4; 14.2.1; 14.2.2
Ganchos
tipos dos ........................................................................................................................................... 6.3.4.1
diâmetro interno dos ......................................................................................................................... 6.3.4.1
Incêndio
precauções contra, nas formas ......................................................................................................... 9.3.2
índice de esbeltez
limites do .......................................................................................................................................... 4.1.1.3
Instabilidade
de arcos ........................................................................................................................................... 4.1.2.1
cálculo da ......................................................................................................................................... 4.1.1.3B
momento complementar ................................................................................................................... 4.1.1.3C
de paredes ....................................................................................................................................... 4.1.2.2
segurança na .................................................................................................................................... 5.1
Junta
de concretagem, execução ............................................................................................................... 13.2.3
de concretagem, localização ............................................................................................................. 2.2
de dilatação ...................................................................................................................................... 3.1.1.4
Lajes
armadura sobre os apoios de ............................................................................................................ 3.3.2.7
armadura nos cantos das .................................................................................................................. 3.3.2.8
armadas em uma direção .................................................................................................................. 3.3.2.6
cogumelo .......................................................................................................................................... 3.3.2.11
distribuição de cargas nas ................................................................................................................ 3.3.2.4
espessura das .................................................................................................................................. 6.1.1.1
46 NBR 6118/1980
Processo de construção
influência do ..................................................................................................................................... 3.1.1.8
Profissional habilitado ............................................................................................................................... 2.2
Programa
de execução ..................................................................................................................................... 2.2; 3.1.1.8
de lançamento do concreto ................................................................................................................ 2.2; 13.2.4
Projeto de obras ........................................................................................................................................ 2.2
Proteção da armadura ............................................................................................................................... 6.3.3; 10.6
contra flambagem das barras ............................................................................................................ 6.3.4.3
medidas especiais de ....................................................................................................................... 6.3.3.2
Punção
armadura .......................................................................................................................................... 4.1.5.2
tensão no concreto ........................................................................................................................... 4.1.5.1
Reação
de apoio nas lajes ............................................................................................................................. 3.3.2.9
das vigas .......................................................................................................................................... 3.2.2.3B
Resistência
controle da ........................................................................................................................................ 15
mecânica do concreto ....................................................................................................................... 8.2.3
Ressonância ............................................................................................................................................ 3.1.1.7
Retirada do escoramento .......................................................................................................................... 2.2; 3.1.1.8; 9.4
Retração ................................................................................................................................................... 3.1.1.5; 8.2.8
Rótula plástica .......................................................................................................................................... 3.2.1.2
Ruína
critério de segurança no estado limite de ........................................................................................... 5.1
estado limite de ................................................................................................................................. 2.1.1; 4.1
Ruptura
ruína por ........................................................................................................................................... 2.1.1
Seção
cheia, na torção ................................................................................................................................ 4.1.3.2
de contorno convexo, na torção ........................................................................................................ 4.1.3.2C
retangular, na torção ......................................................................................................................... 4.1.3.2A
vazada, na torção ............................................................................................................................. 4.1.3.1
Segurança
aceitação da estrutura ...................................................................................................................... 16.2.4
critérios de ........................................................................................................................................ 5.1
valores de cálculo ............................................................................................................................. 5.3
valores característicos ..................................................................................................................... 5.2
valores últimos das tensões .............................................................................................................. 5.3.1.2
Serviço
estado limite de ................................................................................................................................. 2.1.2
Solda
emendas com ................................................................................................................................... 6.3.5.4; 10.4.1
Solicitações
valores de cálculo das ...................................................................................................................... 5.2.2
valores característicos das ............................................................................................................... 5.3.2
Suspensão
armadura de ..................................................................................................................................... 6.3.6
Temperatura
variação de (ação) ............................................................................................................................ 3.1.1.4
Tolerâncias ............................................................................................................................................... 11
Torção
armadura na ..................................................................................................................................... 4.1.3.3
deformações .................................................................................................................................... 4.2.3.1
limitações das prescrições para ........................................................................................................ 4.1.3
48 NBR 6118/1980
Índice
1 Objetivo ...................................................................................................................................................... 1
2 Generalidades ............................................................................................................................................ 1
2.1 Estados limites ........................................................................................................................................... 1
2.1.1 Estado limites último (de ruína) .................................................................................................................... 1
2.1.2 Estados limites de utilização (de serviço) .................................................................................................... 1
2.1.2.1 Estado de formação de fissuras .................................................................................................................. 1
2.1.2.2 Estado de fissuração inaceitável ................................................................................................................ 1
2.1.2.3 Estado de deformação excessiva .............................................................................................................. 1
2.2 Projeto de obras .......................................................................................................................................... 1
2.3 Notações .................................................................................................................................................... 1
2.3.1 Letras romanas maiúsculas ........................................................................................................................ 2
2.3.2 Letras romanas minúsculas ........................................................................................................................ 2
2.3.3 Letra grega maiúscula ................................................................................................................................. 3
2.3.4 Letras gregas minúsculas ........................................................................................................................... 3
2.3.5 índices gerais ............................................................................................................................................. 4
2.3.6 índice das ações e solicitações ................................................................................................................... 4
2.3.7 índices formados de abreviações ................................................................................................................ 4
3 Esforços solicitantes .................................................................................................................................. 5
3.1 Disposições gerais ..................................................................................................................................... 5
3.1.1 Ações a considerar ..................................................................................................................................... 5
3.1.1.1 Carga permanente ...................................................................................................................................... 5
3.1.1.2 Carga acidental ........................................................................................................................................... 5
3.1.1.3 Ação do vento ............................................................................................................................................. 5
3.1.1.4 Variação de temperatura ............................................................................................................................. 5
3.1.1.5 Retração .................................................................................................................................................... 5
3.1.1.6 Deformação lenta ........................................................................................................................................ 5
3.1.1.7 Choques, vibrações e esforços repetidos .................................................................................................... 5
3.1.1.8 Influência do processo de construção ......................................................................................................... 5
3.1.1.9 Deslocamento de apoio ............................................................................................................................... 5
3.1.2 Engastamento parcial ................................................................................................................................. 5
3.1.3 Mísulas ....................................................................................................................................................... 5
3.2 Estruturas lineares ..................................................................................................................................... 6
3.2.1 Método de cálculo ....................................................................................................................................... 6
3.2.1.1 Cálculo em regime elástico ......................................................................................................................... 6
3.2.1.2 Cálculo em regime elasto-plástico .............................................................................................................. 6
3.2.2 Vigas ......................................................................................................................................................... 6
3.2.2.1 Vão teórico ................................................................................................................................................ 6
3.2.2.2 Vigas de seção T ....................................................................................................................................... 6
3.2.2.3 Vigas contínuas em edifícios ...................................................................................................................... 6
3.2.2.4 Momento de 2ª ordem ................................................................................................................................ 7
3.2.3 Pilares em edifícios .................................................................................................................................... 7
3.3 Estruturas laminares .................................................................................................................................. 7
3.3.1 Estruturas laminares planas solicitadas predominantemente por cargas paralelas ao seu plano médio ........ 7
3.3.1.1 Paredes estruturais ................................................................................................................................... 7
3.3.1.2 Vigas parede ............................................................................................................................................. 8
3.3.2 Estruturas laminares planas, solicitadas predominantemente por cargas normais ao seu plano
médio (lajes) ............................................................................................................................................... 8
3.3.2.1 Cálculo no regime elástico .......................................................................................................................... 8
3.3.2.2 Cálculo no regime rígido-plástico ................................................................................................................ 8
3.3.2.3 Vão teórico ................................................................................................................................................ 9
3.3.2.4 Distribuição de cargas ............................................................................................................................... 9
3.3.2.5 Largura útil ................................................................................................................................................. 9
3.3.2.6 Lajes contínuas armadas numa única direção ........................................................................................... 10
3.3.2.7 Armadura de tração sobre os apoios ......................................................................................................... 10
3.3.2.8 Armadura nos cantos das lajes retangulares livremente apoiadas nas quatro bordas ................................. 10
50 NBR 6118/1980
5 Segurança ................................................................................................................................................ 24
5.1 Critérios de segurança .............................................................................................................................. 24
5.2 Valores característicos ............................................................................................................................. 24
5.2.1 Materiais ................................................................................................................................................... 24
5.2.1.1 Concreto à compressão ............................................................................................................................ 24
5.2.1.2 Concreto à tração ..................................................................................................................................... 24
5.2.1.3 Aço à tração ............................................................................................................................................. 24
5.2.1.4 Aço à compressão .................................................................................................................................... 24
5.2.2 Ações e solicitações ................................................................................................................................. 24
5.3 Valores de cálculo ..................................................................................................................................... 25
5.3.1 Materiais ................................................................................................................................................... 25
5.3.1.1 Resistência de cálculo .............................................................................................................................. 25
5.3.1.2 Valores últimos das tensões de cálculo ..................................................................................................... 25
5.3.2 Ações e solicitações ................................................................................................................................. 26
5.4 Coeficientes de minoração e de segurança ............................................................................................... 26
5.4.1 Materiais ................................................................................................................................................... 26
5.4.2 Solicitações .............................................................................................................................................. 26
5.4.2.1 Estado limite último ................................................................................................................................... 26
5.4.2.2 Estados limites de utilização ..................................................................................................................... 27
5.4.3 Ações ....................................................................................................................................................... 27
6 Disposições construtivas .......................................................................................................................... 27
6.1 Dimensões externas das peças ................................................................................................................ 27
6.1.1 Lajes ........................................................................................................................................................ 27
6.1.1.1 Espessura ................................................................................................................................................ 27
6.1.1.2 Extensão dos apoios extremos ................................................................................................................. 27
6.1.1.3 Lajes nervuradas ...................................................................................................................................... 27
6.1.2 Vigas ........................................................................................................................................................ 27
6.1.2.1 Largura ..................................................................................................................................................... 27
6.1.2.2 Extensão dos apoios ................................................................................................................................ 27
6.1.3 Pilares ...................................................................................................................................................... 27
6.1.3.1 Dimensões mínimas ................................................................................................................................. 27
6.1.4 Paredes estruturais .................................................................................................................................. 27
6.2 Aberturas e canalizações embutidas ......................................................................................................... 28
6.2.1 Aberturas .................................................................................................................................................. 28
6.2.2 Canalizações embutidas ........................................................................................................................... 28
6.3 Armadura .................................................................................................................................................. 28
6.3.1 Seção transversal ..................................................................................................................................... 28
6.3.1.1 Lajes ........................................................................................................................................................ 28
6.3.1.2 Vigas ........................................................................................................................................................ 28
6.3.1.3 Pilares não cintados .................................................................................................................................. 29
6.3.1.4 Paredes estruturais .................................................................................................................................. 29
6.3.2 Espaçamento das barras .......................................................................................................................... 29
6.3.2.1 Lajes ........................................................................................................................................................ 29
6.3.2.2 Vigas ........................................................................................................................................................ 29
6.3.2.3 Peças submetidas à torção ....................................................................................................................... 29
6.3.2.4 Peças comprimidas, não cintadas ............................................................................................................. 30
6.3.3 Proteção ................................................................................................................................................... 30
6.3.3.1 Cobrimento ............................................................................................................................................... 30
6.3.3.2 Medidas especiais .................................................................................................................................... 30
6.3.4 Dobramento e fixação das barras .............................................................................................................. 30
6.3.4.1 Ganchos e estribos ................................................................................................................................... 30
6.3.4.2 Barras curvadas ....................................................................................................................................... 30
6.3.4.3 Proteção contra flambagem das barras ..................................................................................................... 31
6.3.5 Emendas das barras ................................................................................................................................. 31
6.3.5.1 Tipos ........................................................................................................................................................ 31
6.3.5.2 Emenda por traspasse .............................................................................................................................. 31
52 NBR 6118/1980