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índice

Lição 1 - A F a m í l i a ............................................................ 13

Lição 2 - 0 Papel da E s p o s a ...........................................41

Lição 3 - 0 Pape l do M a r i d o ...........................................65

Lição 4 - Pais e Filhos ..................................................... 91

Lição 5 - A Igreja e a F a m í l i a ..................................... 1 19

R eferênc ia s Bibliog ráfica s 147


Lição 1
A Fam ília

O m a ra vilh os o Deus que instit uiu a família


criando o prim eir o home m, Adão, e a pri m ei r a mulher,
Eva, foi o m e sm o que instituiu a Igreja.
Exi ste uma grande e pro fu nda rela ção entre
essas duas instituições:
A Igreja é fo rm ada pelas diversas fa mí lia s que
tiveram o priv ilégio de e nco ntr ar a salvaç ão em
nosso Se nho r Jesus Cristo.
Ao m e sm o tempo, a Igreja se torna na grande
fam íli a de De us que um dia estará co m Jes us para
sempre.
A famíl ia ne ce s si ta da Igreja, tanto qua nt o esta,
daquela. Am ba s têm uma tarefa em c o m u m aqui na
terra:

E v a n g e li z a r os po vos e p r opo r ci on a r e nsi no bíblico


gen uíno para o c r e sc im e nto e d e s e n v o lv im e n to do
cristão.

13
A Origem da Família

Com base nas Escritu ras Sagradas pode mo s


afirm ar que a famíl ia é uma instituição de origem
divina (Gn 5.1,2). Após ter criado o homem, Deus fez
uma av aliação de toda a Sua Obra e “viu D eu s tudo
quanto tinha fe ito , e eis que era muito bom ’'’ (Gn 1.31).
Deus abençoou todas as coisas criadas,
plantou um ja rd im , fez brota r todas as árvores, cercou
aq uele lugar de águas cris talina s e coloco u ali o hom em
para que desfr uta sse de toda aq uela beleza.
Deus obs ervou o hom em e viu que não era
bom que ele esti vesse só (Gn 2.18), portanto criou a
m u lh e r para ser-lhe uma adjutora.

1. Os pr op ós ito s divinos.
1.1. A criação do homem.
O hom em foi criado à imagem e s em el ha nça
de Deus (Gn 1.26) para que tivesse domí nio sobre toda
a terra. O pro pósi to divino incluía uma vida de
felicida de e prazer. M e s m o c om trabalho (Gn 2.15),
po ré m sem p reoc up açõ es, me do ou ansiedade.
Esse h om e m de ver ia esta r per m a n en te m e n te
na pr es enç a de Deus, goz and o da Sua ma ra vilh os a
com pan hi a.

1.2. A criação da mulher.


Tudo aquilo que A dã o ne ce ssi ta va para sua
s ub si s tê nc ia havia ali na quele ja rd im . Contudo, faltava-
lhe algo. Deus notou a sua solidão e então lhe
pro vi de nc io u uma co mp anh ei ra.
Deus re c onhec eu a n e ces sid ad e de Adão e
disse “não é bom que o hom em esteja só; f a r - l h e - e i
uma adj uto ra que esteja como diante d e l e ” (Gn 2.18).

14
Em outra versão (ARA) diz “ «ma aux il ia d o r a que lhe
seja iclônea".

I d ô n e a : sig nif ic a capaz, que lhe fosse c o n v en ie n te


com o um c o m p le m e n to em sua vida, s em el han te , nem
infer ior e nem su per io r em qual ida de. Po r essa razão
Deus tomou da c o st e la do hom em e fo rm ou a m u lh e r
(Gn 2.21,22).________________________________________

O p ro pós ito divino, porém, não era tão-


somente te rm in a r com a solidão de Adão. Ele tinha
propós itos mais firmes e mais profu ndos. Por essa
razão “ma c ho e fê m e a os c r i o u ” (Gn 1.27).

I g u a l d a d e s . Na sab ed ori a infinita de D eus, o


hom em e a mulher, apesar das dife re nc ia ç õe s, têm
aspectos iguais, a saber:
■S A c on di çã o de am bos serem feitos à ima ge m e
se m e lh a n ç a de Deus;
■S A mb os re ceb eram do C ria do r a grande pa rcela
de co nf ia nç a, qua nd o os c olo cou com o
m o r d o m o s 1 para d o m in a re m sobre grande parte
da criação;
U ma vez criados, am bos foram co ns id e ra dos
por Deus com o muito bons. Deus e nco ntr ou
p razer em tê-los criado.

D i f e r e n ç a s . Com as diferen ças Deus pre st ig io u ao


casal com a p o s si bil id ad e de se comp le tar ,
p e rm it in d o - lh e s um c re sc im e n to ha rm onios o

1 Admi ni str ad or dos bens de uma casa, de uma i rmandade, de


uma confrari a, etc.; ecónomo.

15
dentro de um respeito de i n d i v i d u a ç ã o 1. H o m e m e
mulh er são criados co m a co nst it uiç ão diferente,
ind ep end en te um do outro, na form a de ser, de
pe rcebe r e de reagir. É esta diferença, no entanto,
que ap ro xim a o hom e m da mu lh e r est ab el ece ndo
perfeita relação entre am bos para se tornarem
“dois em uma só c a r n e ”. T oda essa diferen ci açã o é
enten did a em termos de c om p le m e n ta ç ã o e não de
co mpetição.

Teorias errôneas.
Muitos homens ilustres e estudiosos criaram
teorias acerca da orig em do homem. Pod em os afirmar,
sem medo de errar, que tudo o que for escrito a esse
respeito que e xced a ou se co n tr a p o n h a à Palavra de
Deus, é falso e mentiroso. P o r essa razão não tem base
para desp erta r credibilidade.

Conceitos Básicos Sobre a Família

1. Conc ei tos de família.


A palav ra fa mí lia é de origem latina
(f a m i l i a , a e ), e é usada para definir um conj unto de
pe sso as que ma nt ê m um vínc ulo doméstico, íntimo.
Ao est a be le c e r seu projeto de criação, Deus
fez tudo perfeito e numa cade ia seqüencial. Por último,
criou o ho me m e a m ulh e r co mo o arremate, o ponto
final.
O livro de G ênesis traz duas narrativas sobre
a criação do h o m e m e da mulher:
1) U ma no cap ítulo 1, si ntética e geral;
2) Outra no capít ulo 2, mais detalhada.

1 Narrar ou expor minuci osament e; especificar. Distinguir,


individualizar.

16
O fato é que Deus percebeu que o ser
humano precisa de co nvi vê nc ia humana. Ao cria r o
primeiro casal, de u-lhe o pote nci al rep ro d u to r , de
forma que Deus estava lhe dizendo: “D ou-l he s
co ndi ção de g e r a r seres p a r a que não est ej am s ó s ”.
Deus é um ser c o m uni c at iv o, e c o m o o ser
humano é a sua im a ge m e semel ha nça , h e rd a m o s dEle
esta qualidade. Só há c o m u n ic a ç ã o qua ndo exi st e o
outro. Por isso De us fez a fam íli a co mo o prim eir o
centro co m u n ic ad o r, fac ilitand o desta fo rm a a saúde
c o m ple ta do indivíduo.
A fa mí lia é o sist em a social básico, fun da do
dir e ta m e nt e por Deu s, me dia nte o c as a m e n to , para
c ons ti tui r a s oc ie dad e humana.
S A fam íli a é o sist em a social menor;
v'' A soci ed ad e é o sist em a social maior;
•/ O que oc orr er ao si stema social m e n o r afetará o
si stema social maior.

As famílias r e gu la rm e nt e c onst it uíd as


fo rm am estru turas sociais; as est ru tur as sociais fo rm am
c om u n id a d es ; as c o m u n id a d e s fo rm am cidades; as
ci dades f o r m a m países; os países fo r m a m o globo.
Portanto, a soci ed ad e h um a na é uma e st ru tu ra maior,
c o m p o st a de famílias, que são as est ru tur as me nores;
logo, se as famí lia s de sin te gra m- se , a sociedade
hu m a n a vem à ruína. 2

2. Conc ei to de c as am en to .
O c a s a m e n to é uma ins tit uiç ão social de
origem divina, fu n d a d a dir e ta m e nte por Deu s, no
princ ípio da raça humana, para dar orig em e
suste nta ção à família. D eu s m esm o pro ve u o prim eiro
m a tr im ôn io entre A dã o e Eva, qua ndo aind a estava m no
Éden (Gn 2.1 8,22-24).

17
3. Conc ei tos de amor e de amar.
S A m a r é viver para o outro, para fazê-lo feliz e
vice-versa. É um aut o-s acr if ício mútuo entre duas
pessoas. Sacrifício este a lim e nta do pela c om u n h ã o
am oro sa entre ambas as partes.
'A A m o r é uma au to ded ic a çã o voluntária, am oro sa e
recíproc a entre duas pessoas, sendo essa
au tod edi caçã o ma nt id a pela c om u n h ã o entre estas
duas pessoas.
S A m o r e a m a r são, portanto, mais do que um
senti men to, mais do que suspirar, mais do que
sonhar, mais do que um ato i n s t i n t i v o 1.2

O amor é a m a io r tera pêu ti ca que se conhece,


pr in c ip a lm e n te o am or de Deus operan do em nós, e,
através de nós para c om o próxim o. É bom que fique
clar o que o amor p ura m e nte humano, por mais
de se n v o lv id o e puro que for, é limitado, ex clusivista,
s e c tá r io 2, pos ses si vo e c o st u m a situar-se bem perto do
ódio e da vingança.
O amor hum a no por mais a bundant e e
p ro f un do que for, não é eterno; ele pode estagnar-se,
e sf ria r e mo rr er se não for cultivado. Se o amor não for
c ult iva do, surgirá a c arênc ia afetiva, gerando tensões e
po d e n d o criar um triâng ulo pe rig os o e d e st ru id or de
cas am ent os .
O a mo r com o princípio, quan do na sua
es s ê nci a e pureza, é parte da nat ure za e caráter de De.us
( U o 4.8,16; Jr 31.3; Jo 13.1).

1 Aut omát ico, maquinal; natural.


2 Intolerante, intransigente.

18
A Instituição do Matrimônio

A ins tit uiç ão do m a tr im ô n i o data dos


prim órdio s da c ria ção e reflete ne ce ssi da de s de ord em
moral, social, física e ta m bé m espiritual, n e ce s si da de s
essas que estão in eren tes à nat ure za humana.
O m a tr im ô n i o não se constitui apenas de uma
cer im ôni a e uma festa para dar satisfação à so ciedade.
Mas é a união de duas pessoas dif erentes que pa s s a m a
ser uma unidade.

1. O pr in c íp io da união.
O m a tr im ô n i o foi uma obra c o m p l e m e n t a r de
Deus. C o n st i tu iu -s e na união le gítima de um ho m e m
com uma m u lh e r (Gn 2.24; Ef 5.31; Mt 19.5,6; Mc 10.7).
Pelo c a s a m e n to o h om e m une-se à mulher,
num e nt e n d i m e n to perfeito, n u m a c o m u n h ã o gen uín a,
numa a pr ox im a çã o e id en tif ic açã o tal que j á não são
mais dois, “ma s uma só c a r n e ”. P a s sa m então a
co nst it uir uma só unidade. E ss e sen ti m en to de unidade
que se est ab el ece no m a tr im ô n i o é tão p ro f u n d o e tão
importante que é c o m p a r a d o co m a união da Igreja com
Cristo. (Ef 5.31,32).

2. Fi nal ida des da união.


Deus verificou que não era bo m para o
home m que ele pe rm a n e c e s s e sozinho. Isso nos faz
c nle nder que sozi nho o h om e m não en co n tr ar ia
snlisfação c o m p le ta e nem co n se g u ir ia re a li z a r- se na
vida.

2.1. S a t i s f a ç ã o m ú t u a .
O h o m e m é de na tu re za g r e g á r i a 1. Nasceu
pura receber e p ro ve r c o m p a n h i a para outr em . Ele se

(Ji k* faz parte de grei ou rebanho; que vive em bando.

19
sente satisfeito qua ndo po de viver partil ha ndo suas
tri stezas e alegrias com alguém. É no cas a m en to que
ho m e m e mulher c on so li dam tal satisfação, porque a
base do ma tri mô ni o é o am or (Gn 2.24; Am 3.3).
Esta relação de amor trará e quilí bri o nas
ações de ambos os c ônjug es e tornará mais fácil a
c om u n ic a ç ã o que é o veículo para a ex pre ssã o dos
sen ti me nt os de ambos.

2.2. Pro criação.


E pelo cas am ent o que a espécie hum an a se
pe rp e tu a (Gn 1.28; 4.1). O pecado cauter iz ou a
c o n s c iê n c ia do hom em de tal fo r m a que ele torno u- se
insen síve l à vontade de Deus.
O hom em torno u- se um cego espiritual em
c o n s e q u ê n c ia do pecado. D e ss a forma, pratica toda
espécie de ab om in a çã o dest r u in d o -s e a si próprio,
d e ix an do de obs ervar os precei tos divinos. Outros, por
se re m mal in for ma dos , não querem ass um ir
c o m p r o m is s o s sérios, porém, se pro st itu e m e
d e s o b e d e c e m as ordens divinas ( l T m 4.1-3).
As verdades bíblicas de vem ser ensina da s e
vivid as, m esm o que a muitos pa re ça m coisas do
pass ad o. Hoje em dia se dá m uita ênfa se ao amor livre.
Po r essa razão os jo v e n s c o n c lu e m que não há
n e ce s si d a d e de casam ento . Mas não é assim que a
B íb lia ensin a ( I C o 7.1-5).
O cas a m en to é um me io de preser va r a
p u re z a moral, tanto na famíl ia co mo na sociedade.

2.3. C o m p a n h e i r i s m o .
O c a s a m en to acaba com o is ola me nto do ser
h u m a n o (Gn 2.18; IC o 11.9,11). U m a das ne ces sidades
do ser hum a no é a de ser c om pr e en di do. Deus criou o
h o m e m com suas ne ce ssi da de s pe culiares, mas ta mbé m

20
concedeu form as para que essas ne ce s si da de s sejam
satisfeitas, isto para que haja procura, a p ro x im a ç ã o e
vivência que dê co nd iç õe s à pe rp e tu aç ã o da espécie.
S C o m p a n h e ir is m o é co m pre en s ã o;
•f É negar-se a si m esm o em favor do outro;
S É aceitação mútua;
■S É saber di a lo g a r sem se alterar por coisas
mínimas;
■S É saber ou vi r e saber ta m b é m resp eita r os direitos
alheios;
■S É c o m p a r ti lh a r de um amor verdadeiro.

A Vida Conjugal
A vida con juga l deve se ap oiar num
fundame nto invisível que c onsi st e no a m o r e
obe diê nc ia aos pr ec eitos divinos. Este é o alic erc e do
lar cristão. Esse é o pri m eir o m a n d a m e n to que Jesus
nos deixou e que vem seguido de um outro que o
c o m p le m e n ta (Mt 22.37-39).

O relacionamento dos cônjuges.


A un id a de da família d e pe nde rá do
re la c io n a m e n to que é ma nti do pelos c ônjug es. Um
c a s a m en to po de rá fra c as s ar ou pode rá se torna r uma
bênção se cada um, ma rid o e mulher, to m a r e m a
inic ia tiv a de c ol oc a r o Se nho r em prim eir o lug ar em
todas as suas atitudes.
O a m o r deve n o r t e a r 1 a vida do casal (Tt 2.4;
Cl 3.19; l T s 3.12). O a mo r é a e ssê nci a que dá o
aspecto agradável ao casam ento . O casal que anda
unido resiste com m a io r facilida de e mais fi r m e z a os
m om e nt os difíceis da vida.

1 Dirigir, orientar, guiar.

21
E neces sár io que haja comu nic aç ão. O
p ro bl e m a da s obreviv ênc ia tem levado tanto o home m
com o a m ulh e r a pass arem uma grande parte do seu
tempo, separados. Em muitos lares é difícil a famíl ia se
reunir para uma refeição ou para alguns m om en tos de
lazer. Essa falta de c o m u n ic a ç ã o está de sen c ad e an do
sérios pr obl em as para a vida familiar.
Cada vez dis ta nci a nd o- s e um do outro, cada
qual vai tor na ndo -s e mais i n d e pe nde nt e e então
c om eç a m as acusações mútuas.
A Bíblia tem re c o m e n d a ç õ e s para esses casos
(Lc 6.31; Ef 4.27). Se alguém de sej a ser conside rado,
ver seus sentim ento s res pei ta dos , ver seu ponto de vista
aceito, faça uma análise do seu co m p o rt a m e n to e
esfo rce -s e para d e m o n s t ra r apreço e c onsid eraç ão aos
s en ti me nto s do seu (sua) esposo (a).
E n t a b u l e 1 uma conv ersa , discuta algum
assunto, por mais simples que seja, escute, use de
f r an qu e za e de sinceridade. Ta nto o marido com o a
m ulh e r tem o direito de saber o que pe nsa m a respeito
de tudo o que interessa ao re la ci o n a m e n to do casal
( I C o 1.10). Esses en te n d i m en to s fortificam os laços
fami lia res e evitam c onte ndas , de sac ord os, desunião,
d is cu s s ão e eg oí sm o (Fp 2.3).

A posição dos membros da família.


Todas as vezes que o h om e m mu da a ordem
das coisas de ter mi na da s por Deus, sofre c onse qüên cia s
desastrosas. Q ua ndo o marido de ix a de ofe recer a Deus
0 p rim ei ro lugar na sua vida e não c um pre as
r e s p on sa bi lid a des impo st as pelo c asa me nto , surgem
tensões, conflitos e ansiedades. Da me sm a form a
a co nte ce com relação à e sp os a e aos filhos.

1 P reparar, dispor, pôr em ordem. Encet ar, iniciar (conversa,


negociação, ent endi ment o).

22
Qua nto ao p a p e l do h o m e m (Ef 5.23), no lar
é o responsável pela família. A ele pertence o lugar de
líder. O marido é a cab eç a da mulher. Isto não si gnifica
ser um ditad or e sim e x ercer uma posição de li deran ça
na família. Ele foi criado prim ei ro ( l T m 2.13, 14).
O ma rid o é rep re se nta do com o o p r o v e d o r da
família e tam bé m com o pro te to r (Mc 3.27). Foi o
próprio Deus quem deu essa posiçã o ao home m. Ela
não precisa ser toma da a força ( I P e 3.7).
A r e c o m en d a ç ão para o marido é que ame a
sua espos a p ro f un dam e nte . O hom em deve toma r, para
com sua esposa, a me sm a pos içã o que Cristo tem em
relação à Igreja. A m a r sign ifi ca ta mbé m liderar com
co mp reens ão , isto é, de m o n st ra n d o sab e dor ia e
di sce rni m ent o, en te n d e n d o que a m u lh e r tem
nece ssi da de de sentir-se segura e abrigada.
O marido deve resp eita r a p os iç ã o de
au toridade e go ve rn a r bem a sua casa, re s pei ta ndo os
interesses e as ne ce ssi da de s dos demais me mbros.
Como líder, o marido deve prov er não só o su stento
material, mas tam bé m o espiritual, que é o mais
necessário. Ele se torna resp onsáv el diante de De us por
toda a sua família.
Qua nto ao p a p e l da m u l h e r (Ef 5.22),
at ual me nte exi st em muitas idéias, teorias e m o v im e n to s
que q ue st io na m a pos içã o da mulh er mod erna,
pr oc ura ndo c ol ocá- la em pé de igualda de com o
homem. C on vém que a m u lh e r cristã tenha por base a
Pala vra de Deus, e dela fo rm ul e seus conceitos. E uma
questã o de c om p re e n s ã o apenas.
Deus quis e sc o lh e r o home m para ser o líder
da famíl ia em virtude de ord en ar as coisas e tam bé m
pelo fato de o c a s a m e n to e n v o lv e r duas pessoas. E
claro que uma delas tem de ser a resp onsáv el direta
pela orient açã o e pelo bom d e s e n v o lv im e n to da
família.

23
A mul he r deve su bm et er-s e à lider an ça do
marido assim com o a Igreja é s u b m is s a a Cristo (Ef
5.24). A mulh er cristã não se deve c onsi de rar uma
escrava pelo fato de estar s ubm is s a ao marido porque
de fato, ela é uma co mp anh ei ra, uma ajudadora.
Deus criou Eva para suprir uma neces sidad e
de Adão. Isto significa que ele e sta va inc omp leto. E um
lar não pode se c on st it uir sem a ne ce s sá ri a pres enç a da
mulher. Ela é esc olh id a por De us para a tarefa mais
ex traordinária: a de s er mãe.
Portanto, cada m e m bro é tão neces sár io em
uma famíl ia quanto o outro. O h o m e m e a mul he r se
com ple tam . A posiçã o de ambos é de honra (a cabeça
nunc a pod erá decidir sem a pa rt ic ipa ção do corpo).
O bom êxito da famíl ia de pende, em grande
parte, da co m pre en s ã o e aceitação dos princípios e
normas instituídas por Deus. S u b m i ss ão ao marido não
si gnifica que a mu lh e r não tenha opin iã o for mada, ou
que não possa e xpl an a r suas opiniões. A mul he r
tam bé m c om pa r til ha das r e s p ons a bili da des do lar (Pv
31.10-31).
Já os filhos de vem ser co nsid erad os como
bênçã os recebidas do Senho r (SI 127.3; 128.3); Deus
tem planos para os filhos dos seus servos. Há na Bíblia
pro m e s sa s para os filhos obed ient es (Éx 20.12; Ef 6.2).
Os filhos pre ci sam e nc o n tr a r em seus pais
um e x em p l o de vida que os leve a cre sc er (Pv 22.6). Os
pais de vem “c re s c e r” j u n ta m e n te com seus filhos. Isto
si gnifica c o m pre en s ã o e orient açã o ad eq uad a a cada
fase do c resci me nto e de sen vo lv im en to .
S Os filhos precisam ser disciplinados e admoestados
a fim de que cresçam firmes e fiéis a Deus.

D i s c i p l i n a : significa e nsi na r “no c am in ho em que


deve a n d a r " .

24
Os pais de vem portar-se co m s ab e dori a ao
deter min ar um castigo para seu filho (Ef 6.4), levá-los
a Jesus deve ser um c uida do co ns ta nte (2Tm 1.5; 3.14-
17; SI 78.1-4) e p ro pic ia r um amb ie nte de paz,
satisfação e amor.

Questionário

■ Assina le com “X ” as alternativas corretas

1. Qua nto aos conce ito s de família e sociedade, é certo


dizer que:
a ) |_] A famíl ia é o sistema social ma ior
b ) 0 A famíl ia é o sist em a social básico, fu n d a d o
di reta me nte por D eu s me di a nt e o cas am ent o
c ) D A so ciedade é o sistema social me nor
d ) D A pal avra fam íli a é defini da com o uma reuniã o
de coisas que fo r m a m um todo

2. É incorreto diz er que:


a ) | I O c a s a m e n to é uma instituiç ão social de
orig em divina
b ) D O m a tr im ôn io é a união de duas pess oa s
diferente s que pa ssa m a ser uma unidade
c ) | J O c a s a m en to serve para dar ori ge m e
sust en ta ção à famíl ia
d) 1x1 O m a tr im ô n i o é apenas uma c er im ôni a e uma
festa para dar sati sfa ção à sociedade 3

3. Qua nto às posições dos m e m bro s da família


a) fx1 A m u lh e r ta mbé m divide os en cargos do lar
b) |______ I O ma rid o s om en te é o resp onsáv el pelos filhos
c) D a mul her é a c abeça do mari do
d) I I O marido só deve p ro ve r o sustento ma terial

25
M ar qu e “ C ” para Certo e “E ” para Errado

4.|E| O am or huma no é muito a bun dan te e prof undo, é


eterno
5 . 0 São fin alidad es da união conjugal: satisfação
mútua; procriação e co m p an h e ir i sm o

26
A Importância da Família

A fam íli a é o fator mais im por ta nte na


formação de um ser huma no; ou ela o prepa ra para que
chegue ao seu destino final e à real ização pess oa l, ou
ela o m ut ila e cerceia , im p e di ndo -o de atingir todo o
seu potencial original.
Q ua ndo uma soci ed ad e começa a
de sv al ori za r a família, sofre uma perda irreparável. E
se a de sv a lo riz a r por muito tempo, tal soci ed ad e acaba
ficando no e s que c im en to , com o j á s uced eram com
muitas outras do passado.
A p rim eir a ins tituiçã o que Deus fun dou foi a
família. Aliás, Ele estab el ece u apenas três in stituiçõ es
- o la r (ou a fa m íli a), o go v er n o e a Igreja. Essas três
con stitue m os e le m ent os básicos de uma soci ed ad e
sólida e bem ordenada.

1) Família.
A famíl ia (Gn 2.18-25) dev eria pro p o r c io n a r
a seus m em bro s um abrigo, onde se pre pa rari am para
en tra r na soci ed ad e e depois servirem a Deus e ao
próximo.

2) Go verno.
O gov erno hum a no foi esta be lec id o por Deus
(Gn 9.4-7; 10.5; Rm 13.1-8) co m objetivo de proteg er
o h om e m de in div íd uos de pra vad os que, ou não
ti nha m sido pr ep arado s em suas famílias, ou se
re cu sav am a o b e d ec e r aos princ ípios de Deus
relativos ao respeito aos outros e à civilização. 1

1 Pri var de algum membro ou de alguma parte do corpo. Cort ar


ou dest rui r qual quer parte de; truncar.
“ Cortar cerce, rente, pela base ou pela raiz.

27
3) Igreja.
A Igreja foi ins tituída muitos anos depois,
devido ao fato de a família e o governo terem
fracass ado na função de pro te ge r o h om e m de si
m e sm o e do próximo.
O pecado básico do eg oísm o ou da vontade
própria, que d o m in a va o coração do home m, havia
levado a so ciedade a uma c ond içã o terrível, de tal
fo rm a que a m ai ori a dos seres hu m a n o s eram escravos
de outros. E foi a esse am bie nte pe c a m in o s o que Deus
enviou seu Filho, Jesus Cristo, para morr er pelos
pecados do home m, a fim de que este pudesse
“ r e n a s c e r ” e obter uma nova natureza.
Es sa nat ure za o c apa ci tar ia a obed ece r aos
prin cíp ios , prov ad os pelo tempo, e que o fariam
chega r à felicidade e à re al iza ção pessoal: os
prin cí pio s revelad os na Pala vra de Deus. E foi para
ensiná -lo s aos homens que Ele fun dou a Igreja.
O objetivo básico da Igreja que Jesus Cristo
pr o m e te u fu nda r era en si nar o E v an ge lh o e os
m a n d a m e n t o s de D eu s (Mt 28.18-20).
S em pre que uma Igreja realiza sua obra de
m a ne ir a positiva, ela fortalece as famílias que a
c o m p õ e m , e elas atuam com o fator de e st ab ili da de da
so ciedade, dando com o resu ltad o liberdade e
o p or tu ni dad e s, que ainda não for am igua ladas pelas
cu lturas pagãs exist ent es no mundo. Q ua ndo a Igreja
falha em sua função de ensinar, tanto a famíl ia como
a s oc ie dad e sofrem as co ns e quê nci a s disso.
Os melhores c as am en to s e famílias que há
hoje em dia são os de lares cristãos, cujos memb ros
fr e q ü e n ta m ass id ua m en te uma igreja que ensina os
pri nc íp io s bíblicos para o viver cristão. Os jo v e n s que
saem desses lares são a esp e ra nça do mun do, para a
lider an ça do futuro.

28
O lar e a Igreja não são inst itu iç õe s situadas
em camp os opos tos , mas, sim, instituições que se
sustentam mu tu am en te. Na verdade, se não fosse pela
Igreja, os h um an is tas de nossos dias - com suas
doutrinas de que não exi st em valores absolutos e de
que cada ind iví duo deve fazer o que tem vontade - já
teriam destruído no ssa cultura.
Dando pou co ou ne nhu m valor ao lar, eles j á
o teriam abolido se pu de sse m , pa ssa ndo ao go v e rn o a
tarefa de criar os filhos menores. Isso poderia dar certo
no que diz resp eito ao co ntrole da mente, mas
cer tame nte de str uir ia a liberdade do h om e m , sua
felicidade e re al iza ção pessoal.
Q ua lq ue r coisa que for nociva ao lar é
inimiga da sociedade, e o h u m a ni s m o se tornou o m a io r
fator de destru ição da família em nossa cultura.

A Família é de Importância Vital para os


Adultos

A família foi a prim eir a instituição de Deus,


porque é essencial para o homem. So zi nho ele é
incompleto.
Quase todos c onh ece m bem o relato de
Gênesis 2, onde lemos que Adão, sozinho, e sta va dando
nome aos animais que p ass av am diante dele. E o trecho
se encer ra com as segu intes palavras: “Para o homem,
todavia, não se ac ha va uma auxi lia dor a que lhe f o s s e
idônea".
Em s eg uid a temos a história de co mo Deus
ícz uma pro vis ão especial para Adão. Ret iro u uma
costela dele, criou a mulher, e “lha tr o u x e ” (Gn 2.20-
22). Os teólogos de espír ito mais ro mâ ntic o gos tam de
dizer que este foi o prim eir o cas a m en to do mu nd o, e
que a c er im ôni a foi re a liz a da por Deus. E da q u el e dia

29
até hoje, ne nhum outro fator tem tido maior
impo rt ânc ia para o home m do que o lar.
Um estudo sobre o stress humano,
e m p re en d id o pelo Dr. T hom as Ho lmes, da
U ni ve rs id ad e de Oregam, durante vinte cinco anos,
apre sen ta uma relação de quaren ta e três crises que
ocorrem em nossa vida, por ord em de gravidade, para a
pr odu çã o do stress.
A prim eir a metade dos pro ble m a s causa dores
de stress acham -se dire ta me nte relacion ad os com o lar.
O b se rv e m o s os primeiros dez fatores que se segue
adiante:

Crise Pts
I a Morte de um dos cônjuges 100
2a Divórcio 73
3a Separação do casal 65
4a Cadeia 63
5a Morte de um parente próximo 63
6a Doença ou ferimento grave 53
7a Casamento 50
8a Perda do emprego 47
9a Reconciliação entre casal 45
10a Aposentadoria 45

A não ser pelo ferim en to físico (ao qual ele


atribuiu cinqüenta e três pontos) seis dos primeiros sete
tra um as me nci ona do s têm relação com afastamento
fa m ili a r (le mb rando que a cadeia separa uma pess oa de
seus entes queridos).
Segundo o Dr. H olm es, os probl em as
familiares são duas vezes mais preju dic ia is que os
outros fatores c aus ad ores de stress - em alguns casos

30
até três ou quatro vezes mais. Dos quaren ta e três
problemas citados por ele, há vinte e três que se acham
relacionados co m a família.
Uma co nc lu s ã o a que pod e m os chega r pela
análise desse quad ro é que os pro ble m a s de famíl ia nos
causam mais stress, porqu e a famíl ia é o fator mais
im portante de nossa vida. Na verdade, a re al iza ção na
família co nduz à rea liza ção pessoal. Se faltar a
realização no meio familiar, nada mais im po rt a na vida.

A Família é de Importância Vital para as


Crianças

A famíl ia de u m a criança é, not ad am ent e, a


influência de m a io r im p o r tâ n c ia em sua vida. N e n h u m a
outra chega tão perto dela. O lar m old a o seu car áte r e
personalidade.
É ve rda de que o te m p e ra m en to herdad o
constitui uma forte co nt rib uiç ã o para sua for ma çã o,
mas a vida e a criação rec eb id a no lar é que
deter mina m a direção que o te m pe ra m en to irá tomar.
A pe sa r de r e c on he c er m os a e norm e
influência que a tele vis ão e a escola ex ercem sobre o
caráter e valores morais de nossos filhos, a ve rdade é
que nada tem ma ior in fl uên c ia que o lar e a família. O
lar é o co ração do pro ce sso de edificaç ão do caráter.
Essa verdade deve ser alta men te tr a nqu ili z a dor a para
os pais crentes, que às vezes se in da gam se poderão
criar bem os filhos, nestes dias de tanta c orr upção e
maldade.
En c a re m os os fatos: o prim eiro século da era
cristã, tam bé m, a vida ofere cia poucas possi bil id ad es
de felicidade, mas os cristãos se c as av am e tinha m
lilhos muitos bons, e eles dom in a ra m o mu nd o
ocidental em me nos de tr ez ent os anos.

31
Muitas famílias cristãs ativas estão
en tregando à sociedade, jo v e n s de e xcel en te caráter.
Na tur al me nt e, os cristãos de hoje contam com
vantagens que os crentes do pri m eir o século não
co nhe ci am , como, por exemplo, a inf luência vital da
Igreja tanto nos pais com o nos jo ve ns.

As influências recebidas na infância.

Família

Primeiros meses de vida:


• Valores morais e caráter;
• i Segurança e autoconfiança.

Primeiros meses: (Aiouns pensam que se recebem nas


.. . . . primeiras horas de vida)
« ss Senso de curiosidades.

3 ou 4 anos:
. ' l“ -á
* Autoconfiança. p-f
3 a 5 anos:
• *. Direção sexual.

6 a 8 anos:
Capacidade sexua futura.

n ; 27
A figur a apresenta algumas das imp ortantes
influências que a criança recebe na infância e que
afetam toda a sua vida.
Os valores morais e o ca rá te r não são
apren dido s dos pais; elas os “c a p t a m ” no conv ívi o do
lar. A criança que vê os pais d e m ons tr an do respeito
pelos direitos dos outros fo rm am u m a atitude correta
para com o próximo. Mas aquela que vê os pais
me nt ire m e en ga na re m fará a m e sm a coisa.

32
A criança que se sente p r o f u n d a m e n te amada
desde o primeiro dia de sua vida, será muito mais
segura (guardadas as pro po rç õe s de seu tem pe ram en to ),
do que a que se sente rejeitada.
Fora feito um estudo com re c ém -n ascid os
li um hospital e ve rif ic ou-s e que aqueles que for am
separados da mãe im e d ia ta m en te após o na sci me nto ,
licando dis ta nci ad os delas até seis horas, e depois
irazidos para a p rim eir a m am ad a, revelaram, um mês
depois, menos senso de c uri os ida de e agilidade mental,
do que os que foram co lo ca dos nos braços da mãe logo
(|iic ambos estavam prontos.
Alguns m éd ic os j á c heg aram à co nc lu s ã o de
i|iic longos pe río dos de separa ção da mãe são
prejudiciais ao estado em oc io na l do bebê. Está claro
ipie a intenção de Deus era que o r e c ém - na s ci do
passasse do ventre da mãe para o contato do seu corpo.
Nessas qu est õe s, a me di c in a m o d e rn a está
longe de ser um au xílio à natu reza, pois p esq uis as já
d e mo nst rar am que as crianças a m am en ta das ao seio
lein m e no r pro pe ns ão para a gagueira, à idade de cinco
ou seis anos, do que aq uelas que são a m a m e n ta d a s na
mamadeira.
Os méd ico s que rea liz a ra m esse e stu do não
es ta va m muito certos se essa diferenç a era c aus ad a
pelo fato de a a m am e n ta ç ã o ao seio for talecer mais os
músculos da boca, ou por terem elas m ai or segur anç a
em ocio nal, devido ao contato, pro xi m id ad e , a mo r e
carinhos da mãe.
U ma me ni na de cinco ou seis anos, que tem
liberdade de correr para os braços do pai, senta r em seu
colo e beijá-lo sempre que quiser, será uma j o v e m
em oci ona lm e nt e pr e pa ra da para ser, daí a quinz e ou
vinte anos, uma e sp os a s e x ua lm e nte ajustada. Mas, se
uma garotinh a vê o pai re je ita r todas as suas express ões

33
espont ân eas de afeto, antes de chega r aos seis ou oito
anos de idade, ela j á estará pre di sp osta à f r i g i d e z 1.2
A m e lh or educação sexual c o m e ç a bem antes
de a criança ir para a escola. Pais que se amam e
de m on st ram sua afeição qua se nunc a têm filhos
frígidos ou homos sex ua is. Muitos jo v e n s aceitam a
me ntira de que j á nasceram hom os sex ua is. É que os
sinais de de svios já surgem logo no início da vida, e
eles então pensam que é algo de nascença. Na verdade,
sua inclinação sexual ge ralmente foi de te r m in a d a antes
dos três anos de idade, devido a uma rejeição do pai ou
à pres enç a de uma mãe do m in a d o ra ou “ s u f o c a n t e ” .
A me lho r preven ção contra o
h o m o s s e x u a li s m o é um re la ci on a m e nt o terno e sadio
com o pai, para a me ni na e com a mãe, para o menino;
e uma figura pos iti va da mãe para a me nin a e do pai
para o menino.
An tig a m e nte , o pai que tinha uma figura
m a sc u li n a positiva, e sempre passava algum tempo na
c o m p a n h i a dos filhos, nunca tinha pro ble ma s com
filhos ho m os se xu a is. U lt im a m e nte tem havido tanta
di vulga ção e incentivo do h o m o s se x u a li s m o , que
muitos jo v e n s reso lve m exper iment ar. A preve nçã o
c ont ra o pr o b le m a é uma boa vida familiar.
Pais irritados e agressivos torn am os filhos
irritados e agressivos. Pessoas ed uca da s e bondosas , da
me sm a forma, rep ro duz em essas qualida des na vida dos
filhos. O ditado diz: “tal mãe, tal f i l h a ” não é apenas
um dito qualquer. E um tr u í s m o “. E se a “ m ã e ” for
co mo deve ser, a “fil ha ” será a me lho r possível.

1Ausência de desejo e/ou prazer sexual.


2 Verdade trivial, tão evidente que não é necessário ser
enunciada.

34
O C asam ento é Im portante para a Fam ília

E m bo ra um bom re la c io n a m e n to entre pais e


filhos seja de grande im po rt ân ci a, não é a base
pri ncipal de um bom lar.
Deus instituiu p rim ei ro o c asa me nto , depois
os filhos. Por alg uma razão, hoje em dia, parece que o
foco mud ou, e temos lares ce n tr al i za d o s nos filhos.
Isso é um grave erro.
Um bom c a s a m e n to é fundamental para que
haja um bom lar. Aq uele que, por engano, sac rificar o
r e la ci on a m e nt o com o c ônjug e em favor dos filhos,
est ará destr uin do a ambos.
As crianças c o m p re e n d e m , in s ti nt iv a m e nte ,
que o c up am o segundo lugar no coraçã o dos pais. E se
an al i sa rm o s sua posição no lar, verem os que é ba stante
tra nsitória. Eles vivem na d e p e n d ê n c ia íntima dos pais
apenas cinco anos, depois disso, dura nte os quinz e anos
segu intes vão g ra d u a lm en t e to rn a ndo- s e indep end en te s.
Os pais, por outro lado, pode m pa ssar até
c in q ü e n t a anos um ao lado do outro, e, em
c ir c uns tâ nc ia s normais , estarão ligados entre si pelo
resto da vida. Por tanto, a criança, desde o m o m e nto em
que inicia a vida, está sendo pre pa rada para o m om e nto
em que se e m an c ip a rá e ela irá de se nvo lv e r-s e
m a r a v il h o s a m e n te no lar onde receb er o segundo lugar
no amor.
Os piores casos de filhos desa jus tad os
e m o c i o n a lm e n te não são os que foram rejeitados pelos
pais, mas aqueles cujos pais os usaram para pre e nc he r
uma c ar ên c ia afetiva, devido a um amor conjugal
deficiente. Por isso, ficaram “ s u f o c a d o s ” de amor
pat erno ou materno.

35
Os F u n d a m e n t o s d a F a m í l i a

Os fu nd a m e nto s são as bases de su stentação


da família co mo instituição. Se esses fun da m e nto s
forem rejeitados, esf acelados, ignorados, a ban dona dos,
arruinados e destr uído s, a famíl ia se ruirá.

1. O c as am en to como um concerto diante de Deus entre


marid o e m u lh e r (MI 2.14; Ez 16.8).
a) É um conce rto feito diante de Deus e da Sua
Pala vra (Ml 2.14; Ez 16.8; Gn 2.22b e Pv 2.17).
b) É um conce rto feito ta mbém diante dos cônjuges,
da família, da Igreja e da sociedade.

2. A lide ra nça do m ar id o no lar ( E f 5.22,23).


a) Co nd iç õe s para o marido e xer ce r esta lide rança (=
governo; direção):
A m a r a e sp os a com amor de Deus (Ef 5.25a);
-> Esta c ond iç ã o é ao m e sm o tempo um
m a n d a m e n to bíblico: “A m a i vo ssa s m u l h e r e s ”
(Ef 5.25);
-» O mari do não tem opção aqui, bib lic a m en te
falando;
A m u lh e r sente-se mais va lor iz ada qua ndo
am ada pelo marido;
■* Não ser violento, cruel, rude com a e sp os a (Cl
3.19b).
b) O mo de lo do am or do marido para com a esposa:
-» “ Como Cristo am ou a Ig r e j a ” (Ef 5.25b).
c) O marido com o dirigente da esp osa e da família,
tem de saber que ele tem um Se nhor sobre si:
Cristo ( I C o 11.3).

36
d) Numa ass em blé ia de duas pe ss oa s não há maioria;
logo, uma delas será res pon sá vel pelas decisões
finais, e, para este papel D eu s de stinou ao marido.

3. A su bm is s ão da esposa ao m a ri d o ( E f 5.22-24).
a) E um m a n d am en to divino: “su jei tai -vos a vossos
m a r i d o s ” (Ef 5.22a). C on d iç õ e s dessa s ubmi ssã o
da esposa:
-*■ S u b m i ss ão ao marido “ co m o ao S e n h o r '1 (Ef
5.22a). Isto é, s ubm is s ã o por amor, e, por
causa da Palavra de Deus.
-» S ub m is s ão total: “ sej am em tudo su jeitas a
seus m a r i d o s ” (Ef 5.24).
b) O marido é o cabeça da m u lh e r (Ef 5.23a). O
marido sente-se mais va lorizado quando
re sp eita do e obe de c id o pela mulher, e tam bé m
amado , tudo de acordo c om a revelação divina: a
Pa la vr a de Deus.

4. A obe di ên c ia dos f i l h o s aos p a i s ( E f 6.1-3).


a) O modo da ob e d iê n c ia dos filhos: “no S e n h o r ” (Ef
6.1b);
b) A razão da ob e di ên c ia dos filhos: “Porque isto é
j u s t o ” (Ef 6.1b);
c) O alcance da obe diê nc ia dos filhos: “em t u d o ” (Cl
3.20);
d) As bênçãos da ob e d iê n c ia dos filhos:
-» Ir bem na vida (Ef 6.3a). V id a em todo sentido;
Ter longa vida (Ef 6.3b). V ida em todo sentido. 5

5. A obe di ên c ia dos p a i s a D eu s ( E f 6.4).


a) Não p r o vo c a nd o a ira dos filhos (Ef 6.4a);

37
b) E ns in a ndo a dou tri na do Se nhor aos filhos (Ef
6.4b; Dt 6.6,7);
c) Ap lic an do a “dis ci pli na do S e n h o r ” aos filhos (Ef
6.4c - ARA).

6. A Palavra de D eu s no lar (Dt 11.18-21; 6.6-9).


a) É a Pa la vr a de Deus na co nsti tu iç ã o e na direção
da família;
b) Para as bases da família, De us esta be le c e a sua
Palavra (E f 5.26,27);
c) Um dos efeitos da Pala vra de Deus na fa mí lia é a
sua santific ação (Ef 5.26). C om o a Pa la vra de
Deus santifica a família?
-» R e v e la n d o im purezas na família;
G ui a nd o a fam íli a à fonte esp iritual de
purificação;
-* Fo r ta l ec en d o a fa mí lia para resisti r ao mal;
En s in a n d o a famíl ia sobre os males esp irituais
que atacam e pro c ur a m destruí-la;
-» Lav an do as im pur ezas da famíl ia - “A lavagem
da água p e l a P a l a v r a ” (Ef 5.26). 7

7. A Igreja de Deus.
a) É o r e la ci on a m e nto família/I gr eja /fa míl ia;
b) Ao tratar da família, Deus incluiu a sua Igreja.
Ver quan tas vezes a Bíblia fala em “Ig r e ja ” (Ef
5. 23- 25,27 ,29,3 2) ;
c) A fam íli a nece ssi ta da Igreja, e a m e s m a neces sita
da família;
d) A Igreja de Deus é um dos grandes fun da m e nto s
da família, é um fund am en to:

38
-» Espiritual;
-> Moral;
Social.

Sem estes fu n d a m e n to s, a família não


resistirá aos ataques dia bólicos diretos e indiretos,
enfraquecerá, se de sin te gra rá e se arruinará. Isso está
ocorrendo cada vez mais por toda parte, pela
inexistência ou de str uiç ão desses fu nda me nto s.

39
Questionário

■ Assinale com “X ” as alternativas corretas

6. Criação de Deus que tem com o um de seus objetivos


proteger o hom em de ind ivíduos deprav ado s
a ) D A Igreja
b ) D O lar
c ) 0 O governo
d) M A escola

7. A única frase incerta é:


a ) D O lar m ol da o caráter e a p e rs onal id a de da
criança
b ) D A família foi a prim eir a instituiç ão de Deus
c ) |_j A televisão e a escola também ex er ce m
influên cia no car áte r e no valor moral dos filhos
d) 0 A Ig reja ex erce uma infl uê nc ia de ma ior
im po rt ân ci a na vida de uma criança

8. A Igreja de Deus é um dos grandes f u nd a m e nto s da


família, é um funda me nto:
a ) |_j Ético, filo sóf ic o e social
b ) R] Esp iritual, moral e social
c ) |_I E c onô m ic o, ético e filosófico
d) |_| Finan cei ro, espiritual e moral

■ Mar que “ C ” para Certo e “E ” para Errado

9.[ eD O lar e a Igreja são inst itu iç õe s situadas em


camp os opostos, se suste nta m sepa ra da m en te
10.[E] E m bo ra um bom r e la ci on a m e nto entre pais e
filhos seja de grande imp or tân ci a, não é a base
principal de um bom lar

40
Lição 2
O Papel da Esposa

A principal c ar ac te rís tic a de uma família não


c felicidade, filhos ou pro sp erid ad e. É ob e d iê n c ia à
1’alavra de Deus. A felicida de e s e n s o 1 de real iza ção
exper iment ado s pela famíl ia re s ul ta m dessa obediência.
O Se nho r afirmo u o seguinte: “Bem-
<iventurados (felizes) são os que ouvem a Pa la vr a de
Deus e a g u a r d a m ” (Lc 11.28; ver SI 119.1 e Jo 13.17).
Os dois requisitos básicos para se ter felicidade são:
ouvir a Pa la vr a de Deus e guardá-la.
Todo mu ndo está bu sca nd o a felicida de
duradoura. Entr et ant o, n u nc a pode rá en co ntr á-la
através da busca, mas, sim, pela ob e d iê n c ia à Palavra
dc Deus. Esta verdade é de grande im p o r tâ n c ia à
Iamília.
Deus revelou c la r am e nt e em sua Pala vra qual
deve ser o papel do ho me m e da mulher. Assim co mo o
organismo do h om e m e da m u lh e r se c o m p le m e n ta
entre si, assim ta m bé m suas resp ectiv as fu nçõ es se
c om ple me nta m. Ass im sendo, o sucesso delas
dependerá da co op er aç ão dos dois. E por isso que o

1 I acuidade de sentir ou apr eciar; sentido.

41
Se nho r p r e f a c i a 1 o te xto de instru çõ es sobre essas
funções em Efésios 5.21: “Suj e it a n d o -v o s uns aos
outros no te m or de C r is to ”.
Os côn juges que sin ce ra m e nte se su jeitam
um ao outro não têm a me nor dif ic uld ad e em aceitar o
ensino bíblico com relação às suas funções e a
ob s er vâ nc ia delas. Assim, eles se auxi lia m m u tu a m e n te
no c u m p ri m e n to de seus papéis dentro do lar.
As funções da esposa estão cheias de
desafios, para que ela se torne uma pe sso a versátil. Ela
é mais do que mãe, amada e c om pan he ira . A j o v e m
senho ra cheia de bons anseios tem no seu papel de
esp os a uma car rei ra variada, um de safio que poucas
prof issões podem oferecer.

As Funções da Esposa

1 Servir de introdução a; começar, iniciar, introduzir.

42
A Esposa como Auxiliadora

A “ a u x il ia d o r a ” é a quela que pode suprir as


ne ces sidades do cônjuge a d eq ua da m en te . Efésios 5.22
apresenta a seg uinte orient açã o para as mulheres: “As
mulhe res sejam su b m i ss a s aos seus p r ó p r io s
m a r i d o s .. .”, isto é, que se su jeitem a eles. Isso não quer
dizer que a e sp os a seja infe rio r ou diferente dele, mas
que ela se acha sob a auto rid ad e do marido.
Neste ponto, é c o n v e n ie n te uma adver tên ci a
para a m u lh e r do século XXL Não se deixe levar nem
se deixe iludir pelos falsos en sin os que c am p e ia m por
aí. A lgu ma s mulh eres mais ousad as estão pre ga ndo que
a e sp os a não deve s ubm et er- se ao ma rido; que deve ser
“ela p r ó p r i a ” , e agir livremente, a ponto de até trocar
de função com o marido.
A lg um as associaç õe s e m o vim e nto s atuais
in te nc io na lm en te dão às líderes femi nis ta s autoridade
para falar em nome de todas as mulhe res. Acontece,
porém, que muita s dessas fe mi nis ta s não são felizes no
c asa me nto , o marido não é feliz, algu ma s são
div orciadas e pouc as d e m o n s t ra m as car act erís tic as da
verdadeira femini li dad e.
Le v a n ta n d o elas co ntra os maridos e família,
na verdade, rebe la m -s e co ntr a Deus. M ulh eres crentes
precisam unir-se e declar ar una n im e m e n te que essas
feministas radicais re pr e se nta m apenas a si mesmas.
A Bíblia ensi na que a atitude da mu lh e r para
com o mari do deve ser de co nsid e ra ç ão , respeito e
submissão. A palavra “ s u b m i s s ã o ” não si gnifica que
ela de va ser dest it uíd a de todos os direitos,
acorrentada, re duzi da à c ond iç ã o de “es c r a v a ” . Pelo
contrário, a su bm is s ã o deve dar-lhe mais liberdade -
pois ela está o be de c e ndo à lei de Deus e segui ndo o

43
camin ho da jus tiç a. Ass im com o nossa liberdade
nacional só pode ser gara ntida se nos su b m et er m o s às
leis do país, assim ta m b é m as pessoas só p o d e m ser
ve rda de ir am e nt e livres, se ob e dec e rem aos pri ncípios
de Deus.
Essas infelizes líderes do “M o v im e n to de
E m a n c ip a ç ã o da M u l h e r ” , que c la m a m por mais
liberdade, nunc a ex p er im en t ar ã o a ve rd ad eir a
libertação, en qua nto não co nh ec e rem , pri m ei r am e n te , a
Cristo com o seu Salva dor, e re s o lv er em a seg uir o
plano dEle para a liberta ção da mulher.
S ubm is s ão não significa repre ssã o e silêncio;
não é en cer rar a m u lh e r em um cam po de concen traç ão.
<.
Ser uma verdadeira auxiliadora significa
ajudar o marido, contribuindo com suas
( idéias, discernimentos e intuições.

T oda m u lh e r possui suas próprias opini õe s e


c on vic çõ es sobre a m a io ria das questões, e nem sempre
elas coi nci dem com as do marido. Su bm e te r-s e não
implica em fech ar a boca, parar de pe nsa r e raciocinar,
ou rend e r sua própria ind ividualidade.
O marido a mo ros o e sábio, antes de to m a r a
de cisão final das coisas, irá proc ura r c o n h ec e r a
opinião da esposa. O Espíri to Santo c onced e uma
sab ed ori a toda especial aos homens que vivem a vida
cheia do Espírito.
Quan do a e sp os a faz suas ob s er vaç ões e
a pr ese nt a sugestões, ela se su bmete, e ntr e ga ndo o
ma rid o a Deus no m o m e n t o de to m a r a decisão. E ela
deve ter uma atitude ain da mais su bmissa, se a decisão
for c on trá ria ao que ela pensa.

44
Q ua ndo a espos a co nfia em Deus, no marido
c a na de cisão tomada, ela está se su bm et en do
plenamente, de ix an do co m o Pai Celestial as
conseqüências, sejam elas boas ou más.
A ve rdadeira s ubm iss ão tem sua força plena,
quando as atitudes da espos a e suas ações acha m- se em
perfeita h a rm on ia com ela. Não se trata, pois, de fingir
submissão. Seu desejo, sua v erda de ir a atitude deve ser
ile submissão.
A de ma is , ela não deve ser su bm iss a ao
marido si m p le sm e n te porque ele é “ uma pessoa
maravilhosa, que m e rece o melhor, pois ama a e sp os a e
sempre ob ed ece a D e u s ” . E nunc a deve dizer: “ Só vou
me s ub m et er a esse homem carnal, quan do ele se
endireitar e rec up era r sua e st a bil id a de e sp i r i t u a l ” . Não.
lila se s ubm et e porqu e deseja o b e d ec e r a Deus e ma nter
mna boa c om u n h ã o com ele.
As atitudes e ações s ubm iss as da espos a
constituem as evi dên ci as de sua c o m u n h ã o com Deus.
I,m Efésios 5.22 ord en a que ela se s ubm et a ao marido,
como ao Senhor. Os dois vers ícu los segu intes fazem
uma c o m pa r aç ã o entre os re la c io n a m e n to s marido-
mulher com o de Cristo e a Igreja. A ss im co mo a Igreja
está sob a auto rid ad e de Cristo e é sujeita a Ele, assim
.1esposa deve estar sob a aut ori da de do marido.
L e m b re m o s que a e sp os a não deve submeter-
se apenas para obter as mu da nç a s que de seja no
marido. A verda dei ra ob e d iê n c ia reside em ela
submeter-se a ele com o aux iliado ra, de ix an do com
Deus as m od if ic a ç õe s e co nse qu ê nc ia s.
As de te rm in a çõ e s de Deus para ma rid o e
c .posa não visam à ca pa c id ad e indivi dua l de cada um,
mas antes à sua d e p en dê nc ia de Deu s, que os c ap ac ita a
cumprir as funções que lhe são desig na da s. Para Deus,
nas funções estão p e rfe ita m en te equ ilibrad as.

45
“No Senhor, todavia, nem a m u l h e r é
in de pen de nte do homem, nem o homem, in de pen de nte
da mulher'’'’ ( I C o 11.11). O ho m e m é o cab eç a da
mu lher, mas é esta que m dá à luz aos homens. N e nhum
dos dois podem viver bem sem o outro.
A Bíblia ord en a que a m u lh e r se s ubm et a ao
ma rid o com o ao Senhor. Por quê? Por que o marido
ocup a o lugar de Cristo em aut ori da de e
resp on sab ili da de. Ele é o cabeça da família, a ima ge m
da glória de Deus, ao passo que “a m u lh e r é glór ia do
h o m e m ” ( I C o 11.7).
N e n h u m a das duas funções, nem a do
home m, nem a da m u lh e r é simples, mas pode m ser
e xe rcida s qua ndo o E sp íri to Santo se acha no con tro le
de suas vidas, e qua nd o seu m a io r desejo é obe de c e r a
Deus.
A s ubmi ssã o é restrita apenas a “seus
p r ó p r i o s m a r i d o s ” . As mulh eres não prec isa m estar
sujeitas a todos os home ns em geral. Alguns têm ido a
e xt re m os nesse en sino bíblico, inc lusiv e ve ic ula ndo a
falsa idéia de que as mulh eres devem estar sujeitas a
todos os homens, ou que as jo v e n s solteiras devem
su bm et er-s e aos na m ora dos. Não ult ra pa sse m os os
limites explícitos deste m a n d a m e n to das Escrituras.
A mulh er tem que re s pe ita r e acatar a seu
pr ópr io marido. T oda via , quan do uma j o v e m está
c o n si de ra nd o a hipóte se de casar-se com de te rm in a do
rapaz, deve pe rgu nta r a si m e sm a se ele é um tipo de
p e ss oa a quem ela pod e ria s ubme te r- se em amor, após
o casam ento .
Ele é o tipo de home m a quem ela poderá
re s pe it a r e honrar? Ela se co lo ca ria de bom grado sob a
aut ori da de dele? Se não, ela estará co rre ndo um grande
risco em casar-se co m ele, pois esse c a s a m en to não
teria a bênção de Deus.

46
A e sp os a deve amar as qu a lid a des do mari do
que o di st ing ue m dos outros home ns. Ela se sente
atraída por seu esp os o, que para ela é o cab eç a do lar,
ou seja, é uma parte dela. Se ela se re cu sar a subm et er-
se a ele, e c o m e ç a r a dominá -lo, estará d e st ru in do uma
f a c e t a 1 dele, cria da por Deus, e próp ri a dele - sua
cap acidade de liderança. D es tr u in d o -a , ela está
praticamente m a ta n d o seu a mo r e resp eito por aquele
homem.
A m u lh e r que implica m u ito com o marido
provoca nele uma das duas reações seguintes:
Ou ele fica mais teimoso, irritado e o b s t i n a d o 2;
S Ou ele cede, para c ons e gu ir a paz em casa, mas
in te ri or m en te c om eç a a re sse nt ir- se dela e a
gu arda r a m ar gur a no coração.

Seja qual for a reação que ele tiver, o fato é


que dei xa de ser aquele h om e m com que ela sonhou
quando se casaram.
Dep ois de algum tempo, suas car act erís tic as
próprias de hom em , que no prin cí pio a a tra íra m para
ele, acaba rão de sap a rec e ndo , d e ix an do am bos infelizes
e frustrados.
A mu lh e r que não ap re nde r a s ubm et er - se ao
marido, mais tarde pro vo c a rá outro problema.
Enquanto os filhos forem pequ eno s, ela os d o m in a r á e
os dirigirá totalm en te. Dep ois que eles c re sc er em , ela,
que até então teve seu imp ul so de d o m in a r e sua
au toc onf ian ça in te ns ifi cad os , passa a diri gir o marido.
Como ela possui certas hab ilidad es e destr eza s mentais,
dese nvo lvi da s através dos anos, o mari do talvez passe a
ser o único objeto de seu domínio. E ss a é p o c a que

Cada um dos aspectos parti culares pelos quais se considera


alguém ou algo.
Firme, relutante, Tei mos o, bi rrento, Inflexível, i rredutível.

47
de ver ia ser de uma vida “tr a nqü ila e d e s c o n tr a íd a ”
q u a nd o goz am da apose nta dor ia , torna-se uma época
“ dura e d if í c il ” . O último p e río do da ex ist ênc ia será
pr odu to da preparação co nj unt a dos dois, no presente.

Por que a esposa deve submeter-se ao marido.


Ela tem no presente, ou terá algu m dia, a
n e ce s si d a d e em ocional de apoi ar-s e no marido. Chega
um m om e nt o em que precisa ap oiar-se na força e
se gur an ç a pro po rcio na das por um marido carinhoso.
A maneira com o se s ubm et er ou não a ele,
nos prim eir os anos do cas a m en to , irá determinar, em
grande parte, a med ida em que o ma rid o co rr e sp onde rá
a essa sua neces sidad e de apoi ar-s e nele, nos anos da
maturidade.
O marido tem ne ce s si da de de que ela se
submeta. Não se trata de uma n ece ssi dad e que o
ho me m cria para si m esm o, ou que ap rende depois. E
um ele m en to inato de sua pe rs onalid ad e, segundo
d e te r m in a çã o divina. Ele tem grande n e ces sid ad e de ser
r e s pei ta do e admirado, ass im co mo ela precisa ser
amada.
O marido pode torn ar-s e o cab eç a da casa de
duas maneiras:
S U m a delas é pela decisão da esposa. Ela resolve
in te rio rm ent e que isso é o certo, e, ao su bmeter-
se a ele, “e le g e - o ” para ser a aut ori da de do lar.
y A seg unda m an ei ra é qua nd o o marido exige ser
o cabeça, e assim torna- se uma espécie de
ditador.

A prim eir a ma neira, quan do resulta da


de cisão de duas pessoas desejosas de serem orientadas
pelo Espí ri to Santo, dará com o c o nse qüê nci a um
re la c io n a m e n to terno e harmo nios o.

48
A se gu nd a é mot ivo no ego, e co mo não dá
lugar à direção do Espí ri to Santo, pro duz c onfli tos e
ressentimentos.
O ma rid o não pode co ns ti tu ir- se aut ori da de
para a esposa, a não ser que ela o permita, pela
submissão. E n e ce s sá ri o que ela se su b m e t a ao ma rido,
para que os filhos ve jam a inclinação certa dos sexos, e
tenham o e xe m pl o certo da função de cada um.
A ma ior infl uê nc ia que uma c ria nça pode
receber no sentido de vir a ter no futuro um c a s a m en to
feliz e normal será o e x em p l o dos pais. E no lar que ela
aprenderá m e lh or c o m o o marido deve agir co mo
cabeça da família e a espos a com o uma au x il ia d o ra
submissa.

A submissão ao marido não crente.


No caso de um dos cô nju ges ser de scr en te
torna-se uma si tuação um tanto delicada, mas é muito
comum isso acontecer.
M uitas vezes um dos côn juges aceita a Jesus
c o outro fica relutando. Nesses casos deve ha ver muit a
paciência e to le râ nc ia por parte do crente. O cristão
precisa c o m p r e e n d e r que é ele quem tem algo de bom
para of e re ce r e não o descrente.
A B íblia ta m b é m ensin a co mo re s olv er este
tipo de pro blema. M e s m o em casos dess a n a tu re za não
existe o co ns e lh o para que o ma rid o ab an do ne a mulh er
ou vic e-ver sa ( I C o 7.12-14). A Bíb lia diz que o
descrente recebe as bênçãos por causa do crente.
A esp os a deve ser o e x em p l o de Cristo
dentro do lar, co m c o m p o rt a m e n to e atitudes que
possam ga nh ar seu e sp oso para Cristo ( I P e 3.1,2). Não
serão a sua c on st a nt e pre ga ção e im plic â nci a que irão
conquistá-lo, mas um c o m p o rt a m e n to d e vot ad o e a sua
submissão.

49
Se a espos a se c olo car sob a au toridade do
ma rid o, de m o n st ra n d o - lh e resp eito e honra, com atos
de amor, ele verá Cristo em sua vida com mais clareza
do que nas palavras. Ins istindo em implic ar com ele e
em ficar prega ndo-l he sermões, a e sp os a só conse gui rá
a um en ta r o abismo que o separa de Jesus Cristo.
Algumas esposas pregam mais sermões para
o m a rid o do que os que o pa st or dá à congregação. E,
no entanto, essas mesmas pe ssoas domi na nte s e
im pli ca nte s no lar vão à Igreja e oram publi ca me nte
pela salvação do marido.
A esposa precisa pre oc upar-s e mais com seu
re la ci on a m e nt o com o Senho r e sua subm iss ão ao
marido, do que com os traba lho s da Igreja e as
at ividades sociais cristãs.

Submissão é a palavra-chave.
A única exceção é no caso de o marido lhe
pedir que faça algo co ntrário ao e nsi no bíblico, como,
por exem pl o, roubar ou adulterar. Aí ele não estaria
mais atuando sob a aut ori da de de Deus, que nunc a nos
pe rm ite fazer algo que ele j á proibi u anteriormente.
A Bíblia ensina que “...antes importa
obe d e c e r a Deus do que aos h o m e n s ” (At 5.29).

A Esposa como a Amada

A Bíblia não fala mu ito às esposas com


relação a amar o marido. Para o marido, porém,
exi st em vários ma ndam en to s para que amem a esposa.
Parece que, por sua n a tu re za em oci onal, a
m ulh e r tem mais facilidade para amar. Já o homem,
ap arentemente, tem a me nte inclina da para os negócios
e outras atividades, e, portanto prec isa ser lembrado de
que deve amar a esposa.

50
E ela pode ajudá-lo nisso, mo st ra ndo -s e
sempre bem a rr um a da e atraente. O amor não é
unilateral. Ele nasce de uma e st im a mútua, da
ad miração de um pelo outro.
À medida que esse sen ti me nto se de senvolve,
ele pode ser m a ra v il h o s am e n te ex pr e ss o na intimidade
do ato conjugal. A m ulh e r não precisa ter medo de
agradar-se desse re la c io n a m e n to com o marido, pois
ele foi criado por Deus. O C ri a do r viu que não era bom
que Adão ficasse só e então criou Eva, diz endo-lhes
que se tornas sem em uma só carne.
N o rm a lm e nt e , a m u lh e r deve “r e s p o n d e r” ao
amor do marido, mas é plano de Deus que, vez por
outra, ela seja o inic ia dor do ato.
Em I C or ín t io s 7.3,4 lemos o seguinte: “ D
marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também,
semelhantemente, a esposa ao marido. A m u lh e r não
tem p o d e r sobre o seu p r ó p r i o corpo, e, sim, o marido;
e, também, seme lha nte men te , o m ari do não tem p o d e r
sobre o seu p r ó p ri o corpo, e sim, a m u l h e r ” . E o
versículo seguinte orde na aos dois: “Não vos pri ve is
um ao outro...".
Muitas mulh eres foram criadas numa época
cm que a mul he r direita não adm iti a que tinha prazer
no ato conjugal - e cer ta m e nt e nunca toma va a
iniciativa. En tretanto, se a m ulh e r não pudess e ter
prazer, não faria sentido Deus dizer que ela tem
autoridade sobre o corpo do marido. Não; a espos a
deve c um pr ir seu papel de am ar o marido, assim como
ele recebeu a ordem de am ar a esposa.
Uma form a de o a mo r crescer e desenvolve r-
se é a mu lh e r proc ura r p artic ip ar dos interesses do
marido. Ela pode, por e xem plo , proc ura r ap rend er um
pouco sobre o trabalho dele, de maneira a c onversar
com ele sobre o assunto, co m mais conh eci me nto .

51
Se ela e sta be lec er um re la ci ona m e nto ma ior
com ele na área dos interesses dele, estará lança ndo as
bases para m e lh ora r o seu re la ci ona m e nt o amoroso.
Afinal, o cas a m en to não deve ser resu mido apenas aos
mo me nt os de intimidade.
A mul he r pode de m o n st ra r seu a mo r pelo
marido sendo mais atraente. Com todos os recursos que
ex istem hoje para a m u lh e r m e lho rar sua aparência, não
há desculpas para que ela pareça às sobras de uma
liquidação. Um pou qu in ho de pe rfu me e u m a boa
escovad ela no cabelo darão um novo brilho ao seu
olhar. Ela deve aprese nta r-s e limpa e revigorada , ao
recebe-lo à porta ao fim do dia, pronta para dar-lhe um
beijo carinhoso.
Bastará um brilho diferente no olhar e um
sorriso no rosto, para que ele saiba que ela está feliz
em vê-lo, e se ele sentir o cheiro da co mi da no ar, terá
ainda mais certeza disso.
E o amor tem ainda outras vantagens, além
do praz er que a e sp os a recebe dele. Quan do os filhos
vêem os pais traçando ex pressões de carinho, sentem
uma atmosfera de segur anç a ao seu redor. Mas, por
outro lado, se faltar no lar um rela ci ona m e nt o amo roso
positivo, a irritabilidade, as brigas e as críticas que
resultam disso afetam negativamente o desenvolvimento
emocional dos filhos e geram insegurança. A m e lh or
man eira de ofe recer um futuro feliz aos filhos é criá-
los em um lar onde a mãe e o pai se amem de verdade.
A te ndê nc ia dos cônjuges para crit ic arem -se
e imp licarem um com o outro, re c la m a re m demais, ou
para ter uma atitude negativista, é uma ve rdadeira força
de struidora do amor conjugal. Quem subst it uir essas
atitudes por elogios, palavras de aprova ção e louvor,
estará dando um grande passo no sentido de tornar-se
um grande amoroso.

52
Questionário
■ Assinale com “X ” as alternativas corretas

I Efésios 5.22 apre sen ta a seguinte orient açã o para as


mulheres
a ) |_J “ S u j e i t a n d o - v o s u n s a o s o u t r o s n o t e m o r de
C risto”
b) IH “N ã o v o s p r i v e i s u m a o o u t r o . . . ”
c) KI “Aí m u l h e r e s s e j a m s u b m i s s a s aos seus
próprios m aridos...”
d) |_I “A m u l h e r é g l ó r i a d o h o m e m ”

1 Ser uma mul he r sub mis sa e au x il ia d o ra significa


a) |_| Ser encerr ad a em um ca m po de c onc en tra ção
b) l_I Ficar em repressão e silêncio
c) |_| Obter as muda nças que dese ja no marido
d) ® Ajud ar o marido, co nt ri b u in d o com suas
idéias, dis cer nim ent os e intuições 1

1 Não é uma form a que a mu lh e r deva fazer para fazer


com que o amor em seu lar cresça e se dese nvolv a
a) [ 1Procu rar pa rticipar dos interesses do marido
b) M Evitar de traçar ex pr e ss õe s de carinho no
marido diante dos filhos
c) l______ I Es ta be le c er um re la c io n a m e n to maior com o
marido na área dos interesses dele
d) í______ | D e m o n st r a r seu am or pelo marido sendo mais
atraente

• Marque “ C ” para Certo e “E ” para Errado


I [irj A principal c ar ac te rís tic a de uma fam íli a é:
lelicidade, filhos e pro sp erida de
'i |^_ I A Bíblia não fala muito às esposas com relação a
ninar o marido. Pa ra o ma rido, porém, ex ist em vários
mandamentos para que a me m a esposa.

53
A Esposa como Dona-de-casa

O marido deve ser o s uper vis or do lar, mas a


espos a quem o administrará. Isso não significa que ela
tomará sempre todas as decisões. Ela apenas p orá em
execu ção as det ermi na çõe s gerais que são fo r m ula da s
pelo su pervisor e pela adm ini st radora, c o nj un ta m en te ,
inclusive as que se acham dentro da sua esfera de ação.
A função do marido é dar força e
estab ilidade à família, para que esta p e rm a n eç a unida.
A esposa exerce mais o papel de uma tecelã. Ela usa de
suas habilidades para in co rpo rar aos tecidos da famíl ia
belas estampas, que re s ul ta m em bênçãos e alegria.
Muitas vezes ouvimos as mu lheres dizerem:
“Não passo de uma d o n a -d e -c a s a ” , pa re ce ndo que
pe rderam algo de im po rt an te na vida, apenas porqu e se
limitaram a essa função. Essa é uma das razões por que
preferimos falar em “ a dm in is tr a dora do la r” .
Os desafios dessa tarefa são tantos, que tal
posição deve ser e le va da a um nível gerencial.
Parece que nossa idéia sobre a dm in is tra çã o
do lar ficou bastante reduzida, se a c o m p a r a r m o s com a
função da “mul he r v ir t u o s a ” descrita em Pr ov ér bio s 31.
Se tr a ns por ta rm os as atividades ali indicadas
para as de nossos dias, vemos que elas ap re se nta m um
objetivo muito prático, que podem os c olo car diante de
nós como car acterísticas básicas a serem atingidas. E
cer tamente o trabalho ali env olvid o irá tirar o “ a p e n a s ”
da frase: “ apenas d o n a - d e - c a s a ” .

A mulher de Provérbios 31.10-31.


Analise a figura abaixo e pe rceba o tema
central em torno do qual giram todas as at ividades
dessa mul he r descrita em Provérbios:

54
| 10.. M ulher virtuosa, quem achará? O seu valor excede o de ruòiRS
1 1 . 0 coração do seu m arido esto nela confiado e a ela nenhuma fazenda
f a lf a rá .
12, Elo lhe fQ 2 bem e nãa maí todos os dias da sua vida.
13 Ôusca lã e linho e tra b a lh a de b o a vontade com suas mãos.
1A E como rvavio m ercante- de longe tra z & seu poa
15. ^iinda de noite, se levanto e dá m antim ento à sua casa e a ta re fa às
suas servos.
16 Examina uma herdade e a dq uira -a: planta uma vinha com o fru to de
suas mãos.
17. Cinge os lombos de fo rç a e fo rta le c e os braços
3 8 Prava e vê que é boci suo m e rca do ria ; e a sua lâmpada nao se apaga
de noite
19 Estende as mãos ao fuso, e as palmas dos suas mãos pegam na
roca 1
20, A bre a mão ao a flita , e ao necessitado estende os mãos.
j 2 1 . Noa tem erá, por cousa da neve. porque tada sua casa anda
fo rre d a de roupa dobrada
22 Faz para si tapeçaria, de linho fin o e de purpura é a suo veste
23 Conhece-se a seu m arido nas partas, qu^nda se assenta com as
anciãos da te rra
24 Faz panos de linho fino. e vende-os e da cintas oas mercadores
25. A força e a glória são as suas vestes, e r í- se do dia futuro
26 Abre a boco c«m sabedoria, e o lei da beneficência está rva suo
Iíngua
27. Olha pelo governa de s-ua caso e não come o pão da preguiço,
28 Levontom -se seus filh o s, e cham am -na b em -o ve n tu ra d o : como
tam bém seu marido., que a louva. Dizendo:
29 M uitas filh a s agirom virtuosam ente, irias tu o todas és superior
30. Enganosa è a graça E vaidade o form osura^ mas a m ulher
que teme ao SENHOR, essa será louvado
31. b a i-lb e da fru to das suas maos. e louvem -na nos p orto s as
suas obras.

1 liaste de madeira ou de cana com bojo na e xt re mida de, no qua


se enrola a rama do linho, do algodão, da lã, etc., para ser fiada

55
Sua carreira está cen tr ali zad a no lar e na
família. Tudo que ela faz é com o objetivo de m e lh ora r
o lar e a família. Ela é a “te c e lã ” que entretece os
diversos fios que c o m p õ e m o lar, para obter com o
resultado final esse bel ís sim o tecido que é sua família.
Que carreira gratificante - pois ao final todos se
levantarão e a louvarão.
Algumas das caracte rís tic as da m ul he r com o
a dm ini st radora do lar são as seguintes:
■S Es pe lha a beleza interior que possui, produto do
seu c am in har com Deus;
■S É c om pa nhe ira fiel;
■S Planeja sab iamen te os gastos da família; em vez
de gastar ex tra va ga nte m e nt e;
v' É esposa submissa, auxiliadora, dedicada, m ul he r
amorosa, dona-de -ca sa, alegre e cuid ado sa ,
de coradora de interiores, “ g e re nte ” de compras;
■S Administra s ab ia me nt e seu tempo;
■S É uma cozin he ira inteligente, m oto ri sta e sabe
negociar;
S Investe dinheiro com sabedoria;
S Sabe bem como c o n se rv a r sua saúde física;
S Faz trabalhos à mão;
■S D e sen ha roupas e ta m b é m costura;
■S M ulh er de um h om e m muito ocupado;
v' Est uda a Pala vra de Deus e c am i nh a com Deus
dia riamente - um e xem plo de mul he r espiritual,
cheia da graça de Deus.

Seu marido j á entregou a ela a a dmi nis tra ção


do lar - uma esfera de ação em que ela pode to ma r
decisões e aguçar seu intelecto. E cer tame nte ela não se
sentirá inferior a ele ou subjugada.

56
Na verdade, haverá m o m e n to s em que se
achará que aquilo é demais para ela, ou pode encar ar
ludo com o o desafio de vida que ela e st a va pro curando.
Seu sucesso como a d m in is tr a d o ra do lar
dependerá em grande parte de sua atitude de co ração
para com o trabalho.
E x i s te m vários c am po s para um
aperf eiço am en to pessoal em todas as áreas de vida
abordadas pela “ m u lh e r vir tu osa ” de Prov érbios. Ou
então, ela tomar á a atitude de que aquilo tudo é uma
rotina desagradáv el , e dirá: “Sou uma pris ion ei ra
dentro de mi nh a própria c a s a ” .

A Esposa como Ideal de Beleza Feminina

Esse papel da m u lh e r é de ma ior


importância. E aqui que se esconde sua verda dei ra
força. É aquilo que c h a m a m de “ a mí s tic a f e m i n i n a ” .
A belez a física, com o tempo, f e n e c e 1 e
acaba, mas a interior se torna maior, á m e d id a que ela
amadurece em Cristo. Es sa beleza inte rior só lhe ad vém
ilc um c am i n h ar co ns ta nt e com Deus.
A beleza, tanto a inte rior co mo a exterior,
deve ser um te st em unh o do poder de Jesus Cristo. A
.iparência ex ter io r deve ser uma ma nife st aç ão do que
ícalmente se passa em nosso coração.

O cuidado com a aparência. Discipline seu corpo.


Esta questã o é bastante co nt ro ve rs a, mas,
mesmo assim, deve ser abordada, pois é muito mal
i em pr een di da e tem uma função muito im por ta nte na
vida da mulher. T od a mu lh e r tem que e nc o n tr a r o que é
i u lo para ela, diante de Deus.

l u m i n a , acaba, extinguir-se.

57
Qual é a im p o r tâ n c ia do cuidad o co m a
apar ênc ia? Isso im por ta e muito, pois a ap arência da
mu lher, o modo com o ela se arru ma e o seu peso,
revel am se está no con tro le de sua vida - se é Jes us ou
ela mesma. A mesma dis ci pl in a que preci sam os ter para
ler a Pala vra de Deus e orar diariame nte, ta mbé m serve
de ajuda para c ontro la r o peso.
Será que existe alg uma diferenç a entre
fumar, beber ou c o m er de m ai s? A Bíblia c onden a a
glutonaria, a bebida e o abuso do próprio corpo. F u m a r
e c o m e r demais são há bitos igu a lm e nte prejud iciais ao
corpo, e ambos são co n si d e ra d o s pecados.
Quan do a m u lh e r é c on tr ola da por Cristo, ela
de seja ter uma vida dis ci pli nad a, que por sua vez
afetará sua aparência.
O cuidad o com a aparên cia não deve ser
levado a extre mos , nem deve c h am a r a atenção para o
nosso exterior. Isso não que r dizer que todo e qua lq uer
cuidad o da ap arência é errado. Todavia, se pass ar à
frente do adorno interior, é pe caminoso.
Quando se dá a m á x im a pri or ida de a esses
enfeites externos, rele gan do a segundo plano a atitude
do coração para com as coisas espirituais, age-se
erradamente.
Está claro que não é errado vestir uma roup a
bonita, nem tampouco p e nte a r o cabelo. Tudo de pend e
do lugar que essas coisas o c upam no viver da mulher.
O cuidad o nunc a deve ser apenas exterior.
Em outras palavras, é bom cu id ar um pouco do
exterior, mas dar mais im p o r tâ n c ia à mu lh e r “interior,
do c o ra ç ã o ” . A ap arênc ia ex te ri or deve ser com o a
m old ur a de um belo quadro, que é a pess oa “interior,
do c o ra ç ã o ” .
Um quad ro b e la m en te e mo ldu rado, não é
aquele em que nossa atenção se c once ntra na moldura,

58
mas, sim, aquele cuja m old ur a leva o a pre ci a d o r a fixar
sua atenção no quad ro em si. A m o ld u r a não deve
servir para di m in u ir o verdadeiro ser interior. Pelo
contrário, ela deve co ntri bui r para que a atenção dos
outros se volte para o verdadeiro ser da m u lh e r
interior.
Parece que existe em nos so país uma
tendência cada vez ma ior entre as jo v e n s , para buscar
uma “ bel eza n a t u r a l ” . Pode ser muito atraente, se for
feito com bom gosto, mas às vezes a lg um a s exag eram
nessa beleza natural, e o resultado é uma ap arência
pálida, de sl ei xa da e enrugad a, que ta mbé m não
representa o tipo de m u lh e r santa que a Pa la vra de
Deus dá co mo exemplo.
Aliás, uma ap arênc ia assim está dizend o a
todos que o Cristo que aq uela p e ss oa serve não
consegue c um pr ir a p ro m e s sa de Fil ip en s e s 4.19: “E o
meu Deus, segun do a sua riqueza em glória, há de
suprir em Cristo Jesus cada um a de vossas
ne ce s si d a d e s ”.
A mu lh e r que vem os d esc rit a em Prov érbios
está vestida com belas roupas de linho fino e de
púrpura, e, no entan to é uma pe sso a mu ito espiritual,
que teme e adora a Deus.
O cuidad o com a ap arênc ia não tem
prioridade sobre o cu ltivo do ser inte rior do coração.

A beleza interior.
Ela é ch am a da em I P e d r o 3.4 de “ o hom em
interior do c o r a ç ã o ” . A B íblia ensina c la r am e nte que a
primeira preoc up aç ão é c ul tiv a r a pesso a interior. E
essa qu al ida de de um esp írito man so e calm o, que é
precisa aos olhos de Deus.
Um espírito m an so e tranq üilo é:
'C Aquele que j á apren deu a co ns e rv a r-s e calmo e
firme diante de q u a is q u e r circu nstân cias.

59
S C on se q u ê n c ia do dis ci pl in am en to das atitudes e de
um andar no Espírito.
“Tu, Senhor, c o nse r va r ás em p e rf e it a p a z
aque le cujo p r o p ó si to é f i r m e ; p o r q u e ele confia em ti”
(Is 26.3). E é nesse ponto que c om eç a m os a perceb er
quais são rea lment e as prioridades.
A maioria das pe ssoas conta com um períod o
de tempo bem limitado para decidir o que quer fazer.
São poucas as mulh eres que podem fre qüe nta r um
estudo bíblico domic iliar, ou pa rticipar do traba lho
semanal de visitação da Igreja - tudo ao m esm o tempo.
Assim sendo, temos que fazer opções e definir nossas
prioridades. Pode a con te cer que se ten ha te mp o apenas
para uma dessas at ividades extras.
Qual delas seria a escolh a ideal? Alguém
pode racio nal iz ar e pensar: “ Bem, estou preci san do de
u m a ... ” ou então: “Essa aqui vai a ju dar-m e a ser uma
pess oa mais v e r s á t i l 1...” . Mas precisa-se c onsi de ra r as
co nse qu ê nc ia s que essa e sc o lh a terá sobre a mul he r
interior do coração. Será que ela ajud ará a ter um
espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante
de Deus?
A beleza da m u lh e r só é vista, qua ndo ela
produz o fruto do Espírito. E isso só se obté m
cam in ha nd o em c om u n h ã o com Jesus Cristo. “Digo,
por ém : A n d a i no Espírito, e j a m a i s s ati sf are is à
co nc up is cên ci a da c a r n e ” (G1 5.16).
A m ulh e r que anda no Es pírito irá re ve lar o
fruto do Espírito - amor, alegria, paz, lon ga nim id ad e,
benignidade, bondade, fidelidade , ma nsi dã o e domí nio
próprio. Sejam quais forem seus traços físicos, ela
pos suirá um brilho e u m a beleza interior que
so brepujarão a aparên cia exterior.

1 Que tem qual idades variadas e numerosas em um det er minado


gênero de atividades, ou mesmo de modo geral.

60
O segredo da mul he r interi or do coração é
seu c a m i n h a r diário. Se ela viver pro c u ra n d o satisfazer
os desejos da carne, sua vida refletirá nisso. Mas se ela
vive sob o co ntrole do Espíri to Santo, p ro d u z ir á sempre
o fruto do Espírito. E isso só se co n se g u e e st udan do a
Palavra de Deus, m a nte nd o co mu nhã o c o m Ele pela
oração, e co nse rv a nd o firme a inte nç ão de dei xar que a
vontade de Deus se realize na vida. Isso tr a ns fo rm a as
atitudes, ações e reações.
Esse mod o de an dar não de p e n d e de com o os
pés e pernas se m ovem - gra c io sa m e nt e ou não. Uma
senhora pode andar com toda a leveza e a graça de uma
mode lo pa risiense, e ainda assim ter um “ an dar d iá ri o ”
que revela um ser interior aleijado e mutila do. A beleza
interior não depen de de um corpo gracioso, mas de uma
co mu nh ão íntima e co ns ta nte com Jesus Cristo.

A Esposa como Mãe e Mestra


As crianças não preci sam das mães apenas
para dar-lhes vida. Isso é apenas o c om eço . Quando
aquela criatura entra em cena, vem toda c er cad a de
uma aura de mistério. Ela possui todas car acterísticas
de um adulto, mas em miniatura.
O rec ém -n as ci do entra no m un d o rod ea do de
muito a l a r d e 1 e ex pectativas. Entr et ant o, ele nada faz
para retri bu ir o amor da própria pe sso a que lhe deu a
vida. E total me nte de pend en te dos cu ida dos de outrem,
c nada tem para retribuir a isso.
Que desafio e dedi caç ão ele exige da mãe! A
criança prec isa dos ternos cu ida dos da mãe, que terá de
servi-la in c an s a v el m en te e com todo de sp re ndim e nto ,
sem esp erar muita coisa de volta, nos prim eir os meses
de vida.

1 Ostentação, j act ânci a, alardeio.

61
“Os f i l h o s são um p r e s e n te de Deus; é a
rec om pe ns a que ele d á ” (SI 127.3).
Depois de c am i n h a r a noite toda de um lado
para outro, car regan do nos braços uma c ria nça aos
berros, ou de ouvir a direto ra da escola dizer que ela
está com nota baix a em todas as matérias, ou de saber
que o filho está se to rna ndo viciado em drogas, não é
difícil e nte nde r por que alguns pais acham que ele é um
castigo e não um presente. No entanto, os filhos são
uma dád iva de Deus, e j u n t a m e n t e com essa dá div a ele
nos envia um manual de ins truções, para a criação
deles e sua preparação para a vida.

Um completo manual de instruções.


O C ria dor das crianças nos manda,
ju n ta m e n te com os filhos, um manual de instruções,
para que sua dádiva seja de vi d a m e n te apreciada.
Quan do os pais seguem essas instruções,
po de m estar certos de que vão d e se nvol ve r o potencial
e as ha bilidades do filho, for ma ndo um ser belo e
co m pl e xo, com um obje tiv o verdad eiro e total
gra tificação sua. Mães e pais pre ci sam estar de acordo
sobre com o irão agir, antes de fazê-lo, se quis erem
obter resultados positivos.
O livro de P ro vé rb io s é, na Bíblia, o que
mais instruções con tém sobre a criação e e ducaç ão dos
filhos. Os pais dev eriam ler um capítulo deste livro
todos os dias - e devem lê-lo várias e várias vezes.
É difícil sep arar as funções de mãe e mestra,
pois grande parte da tarefa da mãe acaba sendo sempr e
a de ensinar. O texto de Efésios 6 de te rm in a que o pai
seja o su pervisor da dis ci plin a e da ins trução dos
filhos. Mas é a mãe, na função de aux iliado ra, quem
aplica os princípios sobre os quais os dois j á se acham
de acordo, pa rticipando da tarefa da criação dos filhos.

62
A mãe passa mais tempo na c o m p a n h i a dos
filhos do que do pai, portanto é esse ncia l que os dois
operem em equipe.

Pais unidos.
Os pais jo v e n s p ode ri a m ev itar muitos
problemas, se apenas c on co r da s se m entre si sobre a
disciplina dos filhos, desde a mais te nra idade.
A in da bem pe quenas, as cria nça s pe rc e b e m a
d esa rm on ia entre m a m ã e e papai, e c o m eç a m a j o g a r
um co ntra o outro. As normas e reg ula m en to s seriam
bem mais eficazes, se os pais se un is se m fi r m em en te
em torno delas.
Eis aí u m a fór mula muito simples, que pode
ser aplic ada co m bons resultados por todas as mães:
Instrução
+
Amor = Boa Criação
+ dos Filhos
Persistência

Para uma boa criação dos filhos são


necessários todos os três elem ento s. Se aplic armo s
apenas dois deles, de ix arem os de fora o outro, com
isso, a e du caç ão será inadequada.
A alegria de uma boa criação c om eç a qua ndo
são vistos os re su ltad os dela. Isso pode levar meses e
até anos, mas sejam diligentes, “e não nos ca ns e m os de
fazer o b e m ” , pois chegará o dia em que pode rá
abandonar o papel de me stra e c o m e ç a r a apre cia r os
prêmios dessa dádiva.
Se de sistir logo no início, vive rá sempr e com
a sensação de que dev eria ter pe rs ist id o - e se ti ve s se m
feito, os filhos p od e ri a m ser diferentes.

63
Questionário

■ Assina le com “ X ” as alternat iva s corretas

6. Tr ech o bíblico que e x p la n a o e xem plo de uma


“m ulh e r vir t u o sa ”
ajfxl Prov érbios 31.10-31
b ) |_j IC or ín t io s 7.12-14
c ) 0 D e ute r onô m io 11.18-21
d ) Q Efésios 5.22-33

7. A belez a interior da m u lh e r só é vista


a ) |_| Quando ela pro duz os dons do Espírito
b ) D Quan do ela se e sf or ça na e va ngel iz açã o
c ) |_J Quan do ela zela da beleza física
d ) H Q u a n d o ela pro du z o fruto do Espírito

8. N e cessá rio s e esse ncia is para uma boa criação dos


filhos:
a ) |_| Alimento, roup a e mor ad ia
b ) {3. Instrução, am or e persistência
c ) |_| Escola, exér cito e prof issão
d ) l_| Instrução, am or e resist ên ci a

■ M ar qu e “C ” para Certo e “E ” para Errado

9 . |c~] Quan do a m ulh e r é co nt ro la da por Cristo, ela


de seja ter uma vida disci pli nad a, que por sua vez
afetará sua aparência
10. [£] O livro de Jó é, na Bíblia, o que mais instruções
contém sobre a criação e e duc aç ão dos filhos

64
Lição 3
O Papel do M arido

C om o o Se n h o r exerce os -ofícios de profeta,


sacerdote e rei, ass im o pai de fam íli a deve ser o
profeta no seu lar, en sin an do e e x o rt a n d o co m a
Palavra de Deus, semp re que tenha opor tu ni da de ,
con so li da nd o a vida pi ed osa dos seus depen de nte s.
C om o sa cerd o te, deve in te rc ed e r co m o Jó,
que: “ ...levan tav a-se de m ad rug ada, e ofe rec ia
ho lo ca ust os s eg un do o núm ero de todos eles e dizia:
talvez tenham p e c a d o os me us fi lh o s , e bla s fe m a d o
contra D eu s em seus c o r a ç õ e s ” (Jó 1.5).
É de ver sagrado dos pais, orar d ia ri a m e nte
por seus familiares. Davi orou por seus filhos (SI
144.12); assim tam bé m fez Jacó (Gn 48.15,16).
C om o rei, o pai deve agir c om toda
autoridade, ord en an do o seu lar. O trono que lhe
pertence, não deve ser oc up ad o por outra pessoa, nem
mesmo pela esposa, que tem o de ver de acata r em tudo
a orientação do mari do; a auto rid ad e do pai não deve
ser desres pei tad a, pois, se isto acontecer, j a m a i s se
est ab elecerá o respeito e a ordem no lar.
A famíl ia deve estar semp re at enta ao
manual divino sobre a co n d u ta humana, que é a Bíblia,
e que nos fornece inst ruç ões expl íc itas sobre com o a
família deve funcionar.

65
A figura a seguir ilustra os diversos papéis
do h o m e m , segundo o p la n e j a m e n to divino. A man ei ra
co mo ele assume e se d e s i n c u m b e 1 dessas tarefas irá
de te r m in a r sua co ntri bui ç ã o para a felicidade e o bem-
estar da família.

As Funções do H omem

O Homem como Cabeça da Família

A primeira de te r m in a ç ã o de Deus para o


ho me m foi a de chefe da família. Efésios 5.23 afirma
cl aram en te que Lío m ar id o é o cabeça da mulher, como
també m Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo
sa lv a d o r do c o r p o ”.
Isso está em h a r m o n ia com G ênesis 3.16,
onde Deus diz à mulher: “ ... o teu desejo será p a r a o
teu marido, e ele te g o v e r n a r á ”.

1 Dar cumpri ment o a uma i n cu mbênc ia (encargo).

66
Este m e sm o prin cíp io é repet id o em
IC or ín ti os 11.3: “Quero, entretanto, que sa ib ais ser
Cristo o cabeça de todo homem, e o h om e m o cabeça
da mulher, e D eu s o ca beç a de C ri s to ”.
Q ua lq u e r rapaz, antes de retirar uma j o v e m
da prote tora cu st ód ia da casa dos pais, faria m e lh o r se
primeiro se pr e pa ras se para ass umi r o papel de cabeça
dela. M e s m o que ela seja uma pess oa c o lé r ic a 1, sempre
ativa, e ele, fle u m á tic o 2 - é bom para ela que ele seja o
cabeça.
As m ulh eres mais fr ustradas de nosso s dias
são aquelas que interpr et am as orie nta çõe s do
mo vi me nt o de e m a n c ip a ç ã o fem in in a co mo um apelo
para d om in a r o marido.
No livro de Gênesis, onde Deus e st a be le c e as
regras de vida para o povo, Ele diz que o desejo da
mulher será para o seu marido. Isto é, sua for ma çã o
psíquica bá sica in cl ina -a para ser s eg uid or a daquele
homem que lhe oferece sua vida, seu lar e suas posses.
Uma vez cas a da com ele, sua inc lin açã o
natural será segui-lo. Se ele não e x ercer a fun çã o de
cabeça, que r por negligên cia, ou por ig nora r o fato
(pois não viu seu pai e x ercer essa função ou não
conhece o ensino bíblico), quer por fr aq ue za de
personalidade, ele está c on d e n a n d o a e sp os a a toda uma
existência de fr ust ração em oci onal. Com o pa ss a r dos
anos, essa mul he r vai-se tor na ndo carnal, dom in a nte ,
neurótica e agressiva.
É muito difícil para a m u lh e r s ubm et er - se a
um ho me m que não que r ser o cabeça. A m e lh o r coisa
que um j o v e m ma rid o pode faz er para servir a Deus, à
esposa e a si m e sm o é c o m e ç a r im e d ia ta m e n te a
nssumir o papel de cab eç a do lar.

1 liado, enfurecido, raivoso, encolerizado.


Oue tem fleuma; sereno, impassível.

67
U m a esposa colérica, de vonta de forte, terá
in úm eras op ortu nid ad es de usar essas suas tendências,
mas, cert ame nte , não com o cab eç a da família.
O respeito não é natural na m u lh e r com o o
amor. Ele tem que ser co nq uis ta do, e, todo mari do deve
lembra r-s e disso. Se os filhos não re sp eita m o pai como
cab eç a do lar, toda a famíl ia corre sérios riscos. Seja o
que for que o pai faça, se ele não a ssu m ir o papel de
cabeça do lar, todos os m e mb ros da famíl ia sofrerão
c on seq uê ncia s desastrosas.
Semp re que falamos sobre o hom e m com o o
cabe ça do lar, há uma te ndê nc ia para se co n fu n d ir esse
papel com a velha idéia pater nal ís tic a, das famílias da
E ur opa Setentrional, onde o pai era prati cam ent e um
ditador. Essa idéia, e m bor a muito c om um ainda nos
lares da que la região, não c oinc id e com o ensino
bíblico.
O princípio da liderança divina sempre é
colo cad o diante de nós m esc la do em amor, como
veremos mais adiante.
O marido deve atuar com o ca be ç a da mulher
- assim com o Cristo é o cabeça da Igreja. O Senhor
Jesus nos guia, orienta, toma decisões para nós e
ass ume res ponsa bil ida des por nós, sempr e com um
espírito de amor e alta c onsi de ração , m a nte ndo em todo
o mo m e nt o um supremo interesse pelo nosso bem.
A diferença entre o simples exer cíc io da
chefia no lar e uma chefia ex er ci da em amor, é que,
quando o marido é obrigado a to m a r uma de cisão que
co ntraria o desejo da espos a e dos filhos, ele deve
exer cer essa prerrogativa co m amor.
“Mas como a famíl ia pode saber d i s s o ? ” .
Indagará alguém. Muito simples. A de cisão tomada
teve em vista os interesses de que m? Do ma rido? O
ego ísm o não pode ter vez num lar cheio do Espírito.

68
Um chefe que ama os seus to m a rá suas
decisões tendo s em pr e em vista o bem da família.
Como ele é hum ano, ha ver á m ome nto s em que errará,
mas sua mo tivação deve ser sempre o bem de todos.
A função de cab eç a do lar e xe r ci da pelo
homem é bem s em e lh a n te à do p resi den te de uma
co mpanhia. Mui tos fun c io ná rio s tr ab al ham sob suas
ordens, sendo que alguns deles - com o é o caso da
esposa - acha m- se no m esm o nível, e outros são
superiores a ele intelectu almen te.
Andrew C ar ne gie co st um av a afirm ar que seu
sucesso não deveria ser atribuído apenas à sua
capacidade, mas ao fato de que ele se cerca de
fun cionários ainda mais capaz es do que ele.
Será que um adm ini st rador, em tal situação,
iria agir di ta to ria lm en te para com as pessoas que lhe
são su periores? Nunca. Para obter deles o m á x im o de
produ tivid ade , ele iria pe rm iti r- lhe s plena lib erda de de
ação, dentro das estru turas impostas pela c om pan hi a,
levando sempre em c ons id e ra ç ão a opin iã o e os
pen sam en to s deles, antes de to ma r decisões.
Da me sm a forma, o marido deve levar em
conta os sent im ent os e idéias de sua e sp os a e dos filhos
(quando estes j á estão adultos). E muitas vezes ele irá
c oncor dar com os a rgu me nto s deles, o que
a bso lut am en te não diminui sua autoridade.
Em outras ocasiões, porém, ele pode rá
rejeitar a c on tri bui çã o deles, e to ma r uma decisão, que
afinal não será bem acatada. Nesse caso, há
neces sidad e de fazer cinco observações:
1) N unca tome uma de cisão sem ouvir e e x a m i n a r as
opiniões da esposa;
2) Ore sempre, ped in do a Deus sab ed ori a próp ri a
para se tomar decisões, é o que ele pro me te em sua
Pala vra (Tg 1.5);

69
3) A na lis e sempre a sua m otiv a ç ão ao to m a r uma
decisão. Será ela para o bem da família, ou estaria
sendo insp irad a por um desejo egoísta ou por
p reco nc ei to s?
4) Use sempr e tato na to m a d a de decisões - um pai
int eligente não irá alienar de si os familiare s que
ama;
5) U m a vez tom a da à decisão, não volte atrás,
c ed en do a pressões ( a m u o s 1, acessos de raiva,
frieza ou qua lqu er outra ma nife st aç ão carnal).
Entr et ant o, ma nte nha-s e acessível a outras
evi dên ci as que po s sa m m os tra r que a decisão
tom a da tornou- se o b s o le t a 2, e uma m u da nça se faz
necessária. Pelo plano de Deus, o mari do deve
to m a r as decisões finais.

Ser o cabeça do lar não é uma função fácil,


e, por vezes, após uma tom a da de decisão, o chefe pode
sentir-se um pouco rejeitado.
Deus re sp onsab ili za o ho m e m pela chefia
total do lar. À medida que a famíl ia cresce, a toma da
de decisões se torna mais difícil.
C om o vemos na tabela abaixo, a mãe, que
atua co mo um gerente do lar - estand o em ma ior
contato com os filhos e as questões de casa - tende a
tomar decisões com base nessa pe rs pectiva. O pai tem
que anali sar as sugestões dela, mas de uma persp ect iva
mais ampla.

1 Mau humor, enfado, traduzido no aspecto, nos gestos ou no


silêncio.
2 Que caiu em desuso; arcaica. Antiquado: t ornado antigo;
desusado.

70
As posições de autoridade designadas por Deus.

Persoecti va Deus: enxerga a família em sua totalidade -


divina passado, presente e futuro.

Marido: acha-se na dependência de Deus para
PersDecti va
prover as necessidades da família - esposa,
do homem
filhos, trabalho, igreja, vizinhança e governo.

EsDera de
Esposa: preocupa-se basicamente com o bem-
interesses da
estar do marido e dos filhos.
esposa

A espos a sábia saberá e nte nde r a de cis ão do


marido, se não p ud e re m fa z er uma viagem de férias, ou
comprar roupas novas para os filhos, ou uma nova peça
de mobília. Pode ser que ele esteja pen san do em gastos
futuros com im pos tos ou c onse rto s neces sár ios na casa.
Um dos mais difíceis aspectos do
relacionamento hum a no é j u s ta m e n te esse, de ten tar
enxergar as coisas pelos olhos de outrem. O ideal é que
o casal, na me di da em que o amor amadu rece , ap renda
a ver as coisas do m e sm o modo, a de spe ito das
diferenças de te mp e ram en to .

Uma observação para os homens: A outra f a c e da


submissão.
Duas ob s er va ç ões para o marido. A p rim eir a
diz respeito à s ub mi ssã o da espos a pela pe rs pec tiv a
dela. Não é fácil para uma mu lh e r de vontade forte
submeter-se a um ho me m “em t u d o ” .
Se ela for te m pe ram en ta l, mesm o que seja
cheia do Espírito Santo, terá que se e sf or çar muito para
submeter-se a ele.
O marido pode c ola bor ar com isso,
procurando ser j u s to e ex am i n an d o o ponto de vista
dela, e às vezes aceita ndo -o, qua ndo for possível, sem
ceder em seu papel de cabe ça da família. Se ac onte c er

71
de o ma rid o ser m e la nc ól ic o e a e sp os a colérica, ele
não deve espantar-se, se muitas das su gestões dela
for em mais práticas que as dele.
O marido sábio é h om e m bast an te para
r e c on he c er que, muitas vezes, as idéias dela são
me lhores que as dele.
O certo é dar o m á xim o de si para adaptar
sua atitude de liderança ao te m p e ra m en to da e sp os a e
às carências de sua pe rsonalidade. Não é preciso que
ela se subm eta e co ncorde com tudo, às custas de sua
aut o-e sti ma - se o marido deixar que ela se ex presse, e
mos trar que dá valor às opiniões dela.
É bom lembrar, por e xem pl o, que ela é mais
au toridade do que ele no que diz respeito às
nece ssi da de s dos filhos. Quan do eles e sti verem lá pelos
cinco anos, ela j á passou dez vezes mais te mp o com
eles do que o pai, e, co n se q ü e n te m e n te , co nhece -os
bem melhor.
As mulheres não fazem tanta questã o de que
co nco rd em com elas; desde que pos sam e mi tir sua
opinião. Todos nós podem os tirar lições pessoais de
uma en quete internacional feita pela Liga das Famílias
Grandes, em Bruxelas (citada em The Seven Stu m bli ng
Blocks A h e a d o f H us b a n d s - As Sete Pedras de
Tro peç o dos Maridos - uma pub lic açã o do Instituto
Am eric ano de R e la c io na m en to Familiar). Ela mostra os
sete erros mais comuns dos maridos, na opinião das
esposas:
S Falta de ternura;
S Falta de educação;
S Falta de sociabilidade;
■S Falta de c o m pre en s ã o do te m p e ra m e n to e das
pe culiaridades da esposa;
S Injustiça em que stões financeiras;

72
S Freqüentes ob s er v aç õ es irônicas ou a r r e m e d o 1
das esposas em pr e s en ç a dos filhos ou de visitas;
S Falta de sin ce rid a de e lealdade.

Um bom cabeça.
A s egu nda o bs er vaç ão que deseja mos faz er
com relação à su bm is s ã o da esposa, é que ela terá mais
facilidade para re s pe ita r o marido, se ele for um bom
líder. Em todos os t e m p e ra m e n to s existe um ponto
fraco no que se refere à liderança, e que o hom e m
prec isará fortalecer.
-» C oléricos: têm uma lid erança agressiva e forte,
prec isa m cu lti va r mais c om pai xão e c onsi de ra ç ão
pelos outros.
Sa n g ü ín eo s: te nd em a ser incoerentes, t om a ndo
decisões pr e c ip it a d am e n te , que, às vezes, a e sp os a
tem difi cul da de de ex ecutar. Pr eci sam a p re n d e r a
tomar menos decisõe s, porém decisões mais
de liberadas, e im p r im i- la s com mais sabedoria.
M ela n có lico s: te n d em a ser legalistas exi gen te s,
que até talvez g os ta s s em de retor na r ao re gi me do
AT ou às leis farisaicas com a família, e m e sm o
assim ainda a cha ria a lg um a coisa para criticar.
Eles prec isa m pro c ura r ser líderes rec onhec id os
pela sua “doce s e n s a t e z ” .
•* F leu m á tico s: pre c is a m se esfor çar para e x ercer
uma liderança mais agressiva. M uitas vezes,
qua ndo os filhos estão na adoles cên ci a, é poca em
que praticam t o m a r decisões e avali açõ es
impor tan te s para a vida, o pai prefere c h eg a r do
serviço, ir direto para o seu cantin ho e tra ba lh ar
no seu pa ss a te m po de marc ena ria, ab di ca ndo da
posição de chefe da família, em favor da esposa.

1 Ato de arremedar. Cópia, imit ação ridícula ou grosseira.

73
Embora Deus tenha dotado o homem com um
registro de voz mais grave, e uma figura masc uli na
dom ina nte , o que torna mais fácil para ele do que para
a e sp os a a dis ci pli na dos filhos crescidos. O am or e o
respeito andam sempre ju nto s: um não pode persistir
por muito tempo sem o outro. Para m a nte r o amor da
esposa, o marido tem que co n q u is t ar o resp eito dela.

O Marido como o Amado da Esposa

Dep ois de Deus, o grande am or da vida de


um h om e m deve ser sua esposa. O m a n d a m e n to diz que
ele deve amá-la mais que a seu próx im o, pois lemos em
Efésios 5.25 que ele deve amá-la co mo Cristo amou a
Igreja. E, com relação ao pró xim o, deve amá- lo “como
a si m e s m o ”.
O termo grego que aqui é tr a duz id o como
amar é o m e sm o em pr eg ad o em João 3.16 e outras
passagens onde se fala do a m o r de Deus pelo home m, a
ponto de sac rificar seu Filho. Por essa razão,
afirm am os que o marido deve am ar a espos a
sacrificialmente.
N e n h u m a outra em oçã o é mais ne cessária,
mais c o m en t ad a e me nos c o m p re e n d id a do que o amor.
Poema s e mais poem as são escritos a resp eito dele;
histórias, film es e peças teatrais ten ta m dar uma
descrição dele; a hum an id ad e nunc a se cansa de ouvir
falar dele - e, no entanto, com ex ce ç ão do amor
materno, a verda dei ra ex pr e ssã o do am or rara m e nte é
exper imen ta da .
O ve rdadeiro a mo r do marido é de origem
sobrenatural, isto é, resulta do fruto do Espírito . Esse
tipo de amor é um tesouro que cresce e a m ad u r ec e com
o pa ssar dos anos, e não d e pen de de um fato qualquer.
É nece ssária uma ex ist ênc ia inteira para ma nifestar-se.

74
Quando um h o m e m e uma m ulh e r se dao um
ao outro, de todo o ser, in co n d ic io n al m en te , o amor
pode ne utr al iz ar confli tos , d is co r dâ nc ia s, de cepções,
tragédias e até o ego ísm o. Não é preci so que sejam
duas pessoas perfeitas, mas duas pe ssoas cheias do
E sp íri to de Deus.
O amor é a fo rm a ideal de se e nfre nta r o
futuro, essa estr ada d e sc o n h e ci d a e po s si v e lm e n te
acidentada. O ho me m que nutre um am or assim pela
e sp os a pode estar certo de re ceb er frutos de seu
in v e st im en to (Gl 6.7,8).

O Marido como Provedor

Após o pr im ei r o pecado oc or rid o no Éden,


Deus de ter mi nou ao h o m e m a re sp o n sa b il id a d e de ser o
ga n h a d o r do sustento da família. D isse Deus a Adão:
“No s u o r do teu rosto c om er ás o teu p ã o ” (Gn 3.19).
D esd e aquele dia, o h o m e m tem sido o resp ons áv el
tanto pelo sustento fin a nc ei ro da família, com o pela
pro te ção física e p s ic oló gi ca dos seus.
No NT, há o seguin te e n s in a m e n to para os
homens: “Ora, se al g u é m não tem c u id ado dos seus e
e s pe c ia lm en te dos de sua p r ó p r i a casa, tem neg a d o a
fé, e é p i o r do que o d e s c r e n t e ” ( l T m 5.8).
Tem surgido pro b le m a na família, q u a ndo o
mari do não é o su st e n ta d o r principal, isso porqu e
constitui e sp e c ia lm en te uma am eaça à sua pos içã o de
chefe da casa e à sua au to-e stima . Ex is te m ex ce ç ões a
essa regra, com o no caso em que a mu lh e r trabalha,
segundo um con sen so mú tuo , para que o ma rid o estude,
faça algum curso e sp e c ia li za d o , ou coi sa seme lha nte .
Trat a-se de um esfo rço especial da esposa,
um inv e st im en to para o bem do casal. A regra bási ca é
que, co m a renda do marido, sejam adqu iri dos

75
alime nto s, casa e vestuários. En tr et an to , se a e sp os a
trabalha, deve ter co mo alvo pri nc ipa l, a
c o m p le m e n ta ç ã o do orç a m en to familiar. Seu salário
passa a in c o rp o ra r este orçam ento , para inclusive
m e lho rar o padrão de vida.
O h o m e m prec isa ter aq uele senso de
res po ns a bili da de , que lhe advém do fato de saber que
sua fam íli a d e pen de dele para as ne ce ssi da de s da vida.
A te cn ol og ia m od e rn a tem c o m p li c a d o o
papel do h om e m com o pro v e d o r de sua casa. Se ele não
obteve uma e sp e c ia li za ç ão antes de cas ar-se, o casal é
obrigad o a retardar a vinda dos filhos mais do que o
tempo plan ej ado por Deus, a fim de que ele a obtenha.
Agora, o sempr e pres ente f a n ta s m a da
inflação c o m plic a ainda mais a situação, pois o preço
de uma casa está muito acim a das pos si b il id a d e s da
média dos recém- casad os . Mas, apesar de todos estes
pr obl em as da at ualidade, e de outros ainda mais sérios,
a B íblia c o m p ar a a um descrente o crente que não
confia em Deus para cap ac itá- lo a e nc o n tr a r algum
meio de p ro ve r o su stento de sua e sp os a e filhos.
O pr o v e d o r co nt ro la do pelo Es píri to Santo
não pode ser um hom em pre gui ço so, mas ta m bé m não
pode estar o b c e c a d o 1 pela idéia de a dquiri r bens.
Antes, ele deve buscar “em p r i m e i r o lu ga r o reino de
D eu s e a sua ju s tiç a, e todas estas co usa s vos serão
a c r e s c e n t a d a s ” (Mt 6.33).
Nest e texto há duas coisas que pre c is a m os
lembrar. Prim ei ro, não é errado um crente in te re ssa r-s e
em obter sucesso nos negócios. Mas, se este seu
interesse super ar o amor pelas coisas e sp ir itu ai s, aí
tanto ele com o a famíl ia estão sujeitos a e nfr en ta r
graves proble ma s.

1 Tei moso, obstinado.

76
Em segundo lugar, Deus não irá dar-lhe tudo,
num a ba nd ej a de prata, sem que trabalhe. O
m a n d a m e n to divino feito a Adão ainda é o básico para
nós: o ho me m deve ga nhar o pão no suor do seu rosto.
O homem é ex tr e m is ta por natureza, e
Satanás pro curará sua dest ru içã o de uma form a ou de
outra - primeiro pela preguiça. Há pessoas que
s im p le sm e n te se c on te nt am em pa ssa r pela vida como
que flu tu and o ao acaso, por c aus a da preguiça.
O outro ex tre mo é bem mais comum: o
hom e m crente esc onde -se atrás do trabalho, para não
ter que cu ltivar sua vida espiritual e a de sua família.
Ess es “ v ic ia d o s ” não são c on tro la dos pelo Espírito; são
diri gidos pelo ego.
Uma das car act erís tic as do ma rid o e pai
c o n tr ol a do pelo Espíri to é que, e m b o ra ele trabalhe
muito e, vez por outra, te nh a pe ríodos de trabalho
intenso, seu serviço não tem pri or id ad e sobre a família.
Não há nada de erra do de um crente trab alhar
vez por outra no domingo. O AT m esm o e nsi na va que,
se um boi caísse n u m a vala no dia do sábado, o seu
dono devia ir buscá-lo, m e s m o que fosse um serviço
muito trabalhoso. Mas, se um ind iví duo tem que
tra ba lh ar todos os do m in go s - o que o obriga a estar
c on st a n te m e n te ausente da casa de Deus - esse serviço
não serve.
Ten ho visto pessoas c onf ia re m em Deus com
relação a essa questão, para que ele supra suas
n ece ssi da de s, e ele sempr e o faz. Feliz é o home m que
c o m p re e n d e que o em pr eg o é um bem que Deus lhe
confiou. Seus talentos, ener gia e cria tiv ida de são dons
de Deus e de vem ser e m pr e gad os para a sua glória.
Ainda não vi n in gué m ficar privad o do seu
su stento, qua nd o c olo ca o Se n h o r em pri m eir o lugar, à
frente do seu trabalho.

77
Questionário

■ Assinale com “X ” as alternativas corretas

1. Três ofícios ess en cia is que o homem deve exercer


em seu lar:
a ) [ I Ancião, rei e sacerdote
b ) [ ] Rei, ancião e levita
c ) [' ] Profeta, sacerdote e rei
d ) | J Levita, prof eta e sacerdote

2. Quanto às tomada s de decisões do marido, é errado


afirmar que:
a ) l I Ore sempre, ped indo a Deus sab ed ori a própr ia
para se tomar decisões
b ) M Sempre tome decisões sem pre ci sar ouvir e
e x am i n ar as opiniões da esposa
c ) D Uma vez tom a da à decisão, não volte atrás,
ceden do a pressões
d ) |_| Analise semp re a sua moti va ção ao tom ar uma
decisão 543

3. Deus deter mino u ao hom em a r e s ponsa bil id a de de


ser o ga nh ad or do sustento da família:
a) Q Ap ós o Dilúv io
b) |______ j Nos tempos patriarcais
c) |______ | Na criação do hom em
d) IX] Após o pecado de Adão e Eva

Mar que “C ” para Certo e “E ” para Errado

4. [£] Depois de Deus e da igreja, o grande a mo r da vida


de um h o m e m deve ser sua esposa
5. [cl “ Ora, se alguém não tem cuidad o dos seus e
espe c ia lm en te dos de sua pró pr ia casa, tem ne gad o a
fé, e é pior do que o d e s c re n te ” ( l T m 5.8)

78
O Marido como Pai e Mestre

O primeiro m a n d a m e n to que Deus deu a


Adão e Ev a foi: “Sede fecund os , m ultiplic ai-vo s, en chei
a t e r r a ...” (Gn 1.28). Desde então, a pa ter nid ad e tem
sido uma das principais funções do hom em , e uma rica
fonte de bênçãos para aqueles que levarem a sério este
outro papel do homem.
Nos últimos anos, a ciênc ia está co lo ca ndo
ao alcance dos casais rec ursos a ntic onc ep ci onais , que
possi bil itam a lim itação dos filhos, e até, em muitos
casos, a au sên ci a total deles.
Os ed uca dores m odernos, e e nt en di do s em
aumen to popula ci onal, in fl ue nc ia dos por idéias
human ís ticas , estão semp re a dvertin do o mund o de que
preci sam os reduzir o ta ma nho das famílias, e isso foi
tão bem recebido, que a mé dia de filhos nas famílias
caiu ass us ta do ra me nte . Essa atitude mental está
at ingindo até os casais crentes, ap es a r de toda a
priorid ade que a Bíblia dá à família.
Todo pai e mãe em p e rs pe c tiv a de vem
m ed ita r nas palavras do salmista: “H e ra nç a do S e n h o r
são os filhos; o f r u t o do ventre o seu galardão... f e l i z o
homem que enche deles a sua a l j a v a ” (SI 127.3,5).
Uma antiga tradição h eb raica ensi na que a
“al ja va ” que os so ldados ca rr eg a va m para a guerra era
de dim e ns ão suficiente para c on te r cinco flechas. Será
que ele está sug erind o que, para um hom em ser
c o m p le ta m e n te feliz, teria que ter cinco filhos, j á que
co nst it uem uma bênção?
Q ua lq ue r pe sso a pode ter um filho, mas criá-
lo j á é outra coisa. A p a te r nid ad e é uma função
trabalhosa, sacrificial e que toma muito de nosso
tempo, mas ela traz em si m e s m a suas co m pe nsa çõ e s.

79
A Natureza da Paternidade

O homem c o n tr ola do pelo Espírito en co ntr a


na Palavra de Deus instruções espe cí fic as sobre a
verdadeira na tureza dessa sua função.
Lemos em Efésios 6.4 o seguinte: “ E vós,
pais, não p r o v o q u e is vo sso s f i l h o s à ira, ruas criai-os
na disci pli na e na a d m o e s ta ç ã o do S e n h o r " .
Este ve rsículo contém três ord en an ças
clássicas, que p re ci sam os analisar separa dam ente .

O p a i deve amar os filhos.


“Nã o p r o v o q u e is vossos f i l h o s à i r a " . T oda
criança precisa de amor, e, int uit iv am en te , busca isso
nos pais. Se seu a mo r é rejeitado, ou se os pais não lhe
de mo nst ram afeição, ele se en che de ira.
Q ua lq uer um que estud a bem a j u v e n t u d e de
hoje, ob ser va ndo a ho st ili dad e que e m a n a dos
adolesc ente s e o alto índice de rejeição e ne glig ê nci a
revelad o pelos pais, deve r e c on hec er que e sta mo s no
meio de uma geração de filhos carentes de afeto.
Um h om e m que de m ons tr a amor pelos filhos,
que en con tr a tempo para ensina r- lhes algu ma s coisas,
por mais oc upa do que esteja, desf ruta mais da pres enç a
e do amor dos filhos, depois que estes se torn am
adultos. Isso não quer dizer que esses filhos nunc a irão
criar prob le ma s, ou m a n if e st ar sua nat ure za humana.
Entr et ant o, o sábio escritor do livro de
Pr ové rb ios nos garante que e m bor a a e s t u l t í c i a 1 esteja
uligada ao co ração da cri an ç a" , p ode m os ter certeza
de que “a vara da dis ci plin a a afas tar á d e l a ” (Pv
22.15).

1 Quali dade de estulto: Tolo, imbecil, insensato; estúpido.

80
Até m esm o um j o v e m cujo pai é uma pesso a
a mo ro sa e ch eia do Espírito, irá g u a rd a r no co ração um
pouco de estultícia, que, mais cedo ou mais tarde, se
ma ni fe st ará em raiva. Mas esse esp írito de raiva será
bem menos grave e de duração mais cu rta do que o de
outro, cujo pai o pro voco u à ira, d e ix a n d o de su pri r sua
ne ce s si da de de afeto.

Os pais devem instruir os filhos.


Uma coisa que os pais estão ne gli ge nci a ndo
hoje em dia, mesm o os mais c o nsc ie nci os os , é a
r e s po nsa bili da de de instruir os filhos. C om o a mãe é a
p rim eir a mestra da criança, nos prim eir os anos, muitos
homens nunc a a ssu me m sua função de ensinar, depois
que eles crescem mais.
A Bíblia ensin a cl aramente: “P a i s ... criai-os
na di sci pli na e na adm o e st a ç ã o do S e n h o r ” . Isto é,
instruí-os pelo e xem pl o e pelo e nsi no dos ca m in hos de
Deus.
Não é por na tu re za que as crianças ap rendem
a falar a verdade, nem se tornam re sp ons áv ei s
a u to ma ticam en te . Esses prin cí pio s devem ser
i n s t i l a d o s 1 nelas pelo e x em p l o dos pais e pelo ensino.
Além disso, os pais devem en sin a r- lh es habilidades,
ob v ia m e n te de acordo com sua idade e sexo.
Inf elizm en te, a tec nol og ia e le tr ônic a tem
criado fe rra me nta s que são por demais com pli cad as ,
para o uso da criança na fase de apre ndiz ad o.
A nti ga me nte , a vida era mais simples. O pai
tinha poucas ferram en ta s e o filho podia utilizar todas
elas, ap re nde nd o a ma nejá-las ainda bem pequeno. Mas
hoje, os ins tru m e nt os são mais co m p li c ad o s e mais
pote ntes, e ap resentam certas dif ic uld ad es no m a n ej o -

1 Induzir, persuadir.

81
mas, m esm o assim, os filhos prec isa m ap re nd er a usá-
los, e o pai é o me lho r instrutor.
Se ele se der ao trabalho de ensina r- lhes o
traba lho manual e os hábitos sociais, eles o ouvirão
aten ta m e nt e e assim re ceb erão os pri nc ípi os de
for maç ão de caráter e os estatu tos de Deus.

Os pais devem disciplinar os filhos.


O aspecto mais difícil da tarefa do pai é a
disciplina. Sem ela, porém, o pai não obterá êxito em
sua missão.
U lti ma me nte , temos ouvido falar mu ito sobre
maus tratos em crianças. E tanto aqueles que fo r m am a
opinião pública pelos meios de c omu nic ação , com o os
burocratas gove rna me nta is , desc obr ir am mais um ponto
falho, através do qual pod e m levar o povo a acatar mais
leis que venham interferir em sua vida pessoal.
C om o atestam os médicos da ala de
e m er gên c ia de qua lq ue r hospital, a agressão co ntra
crianças está a um en ta nd o c ad a vez mais.
O que faz com que um adulto se e nfu re ça a
ponto de agredir uma cr ia n ci n h a indefesa? A frustração
da raiva, numa pesso a ind is c ip lin a da que perdeu o
controle. G eralmente, um pai ou mãe que p ro vé m de
um lar pe rmissivo, onde sofreu rejeição, não co nse gue
su portar a tensão c aus ad a por um choro inte rm iná ve l,
ou pelas pequenas irritações infantis.
Das pessoas que e spa nc am os filhos, apenas
umas poucas são assassinas em potencial, mas todas
são egoístas, irritadas e ind is ciplinadas. São qua se tão
dignas de pena, com o os filhos a quem e spa nc am .
Entr et ant o, por mais trágico que seja esse tipo de maus
tratos, existe um outro que é bem mais c o m u m e me nos
divulgado.

82
Pe ns em os um pouco nas cria nça s cujas vidas
são de struídas devido à falta de dis ciplina. O núme ro
delas é incontável. Muitas pe nit en ciá ria s, ju iz a d o s,
casas de corre ção e cem it érios estão cheio s deles.
Outros estão tendo uma ex ist ên c ia
de sastrosa, pois se c asa m e se d iv or c ia m várias vezes,
têm filhos e os ab an do na m , não c o n s e g u e m parar em
empregos. Essas tragédias h u m a n as pode ria m
faci lm en te ter sido evitadas, se seus pais tivesse m dado
ouvidos à ordem bíbli ca de que o pai que re al me nte
ama o filho deve castigá-lo ou dis ci pliná-lo.

-i
Autodisriplina, autonegaçâo e* autocontrole )
são características essenciais para que *\
uma pessoa seja u m adulto
» am adurecido. i —

É co m pre en s ív e l que um pai não consig a


prepa rar os filhos no aspecto e ducac ion al ou em sua
vocação, para que ele esteja pronto a e nf re nta r todas as
co m pl e xa s mu da nç a s que o a guardam no século XXL
Mu itos dos serviços e x ec uta dos pelo h om e m
hoje, por exem pl o, até lá j á estarão a ut om a ti za dos e
não exi st irã o mais. Entr et ant o, uma coisa que o pai
pode faz er pelos filhos é inst ila r neles algo de que
prec isarão sejam quais forem as c ir c un st â nc ia s em que
vivam - pode en sin ar-l hes disciplina.
A base da a u to dis ci pl in a é a que lhes é
im po s ta pelos pais. A criança que é dis ci p li n ad a co m
amor em seu lar, mais tarde, qua nd o adulto, terá mais
facilidade para fazer a trans ição da dis ci plin a e xter na
para a au todis ciplin a.
O pai que não usa de dis ci plin a não s om ent e
está pr o v o c a n d o os filhos à ira, co mo ta m b é m está
co nt rib ui nd o para sua au to des tru iç ã o ou a uto lim ita ção ,
devido à a usê nc ia de autocontrole.

83
É verdade que o c on h e c im e n to é impo rtante ,
mas o caráter é mais ainda, pois é ele que d et ermi nará
a fo rm a como u til iz arem os os c o n h e c im e n to s que
temos. Não im por ta a vastidão de nossos
c o n he c im e nt os , nada é mais im por tan te do que aquilo
que somos.
Nada é mais e sse nci al do que ter um caráter
cristão. Mas, se um pai es pe ra que o filho cresça, para
então ma nd á-lo a uma e sco la cristã, na esp e ra nça de
que esta lhe forme o caráter, o que ele próprio não
conseguiu , está abdica ndo de sua função de pai.

O Homem como Sacerdote da Família

A função do h o m e m mais n e gl ig e nci a da nos


dias de hoje é ex at a m e nte aq uela que era p re dom in a nte
nos tempos antigos - o s ac erdote da família.
A Bíblia nos diz, em Efésios 5, que o marido
está para a esposa, assim com o Cristo está para a
Igreja. Se Cristo é nos so s umo -s ace rd ote , então o
marido é o sacerdote de sua casa. A ins tru ção religiosa
da famíl ia é r e s pon sa bil id a de dele.
Nós todos s abe mo s que, na m a io ria dos lares,
na ve rdade é a mãe quem cu id a do ensino religioso dos
filhos dur an te os prim eir os anos. Mas, se o pai não
mostra interesse pelas coisa s espirituais, qua ndo os
filhos atingem a ad ole sc ên c ia a p ro ba bili da de de morte
espiritual é e x tr e m am en te elevada.
Quan do a e sp os a teve esses filhos, que
trazem o nome do pai, não foi apenas corpo, mente e
e mo çõ es que vieram ao mundo.
O hom em possui um aspecto espiritual em
sua pe rs onalid ad e que pre c isa ser cu lti va do pelo
e ns in a m e nto e pelos e xer cí c io s espirituais. Mui tos pais
crentes acr edi ta m que, da ndo aos filhos alimento, casa,

84
amor e disciplina, j á c um pr ira m sua re s p o n s a b il id a d e
para com eles. Mas isso implica em ig nor a r o potencial
espiritual tanto da e s p o s a como dos filhos.
E re s p o n s a b il id a d e do h om e m guiá-los pelos
ca mi nh os de Deus. C on si de re m os alguns mo dos pelos
quais o home m c um pre sua função de sace rdo te do lar:
•* Ele deve ser um hom em co ntro la do p e l o Espírito.
N a tu ralm en te , isso é a base do sac e rd óci o do
ho m e m cristão, com o de resto, de todas as suas
outras funções;
Ele deve ter di s ci pl in a no estudo diário da Bíblia.
Já ap re nd em os que, qua ndo os filhos vêem o pai
a li me nt ar-s e d ia ri a m e nte da P a la v ra de Deus e
in c or po ra r os ensi nos dela à sua vida, eles
ap re nde m fa c ilm e nte a obs er va r essa práti ca
diária. N e ssa quest ão , eles a pr e ndem mais pelo
e xe m pl o do que por palavras;
-» Ele deve d ir ig ir o culto dom éstico . É acon se lhá ve l
que a fam íli a ten ha um m o m e n to diário de leitura
da Bíblia e oração. A m e lh o r ma ne ir a de fazê- lo é
ajustá-lo à idade dos filhos. Q ua ndo são pe queno s,
leia um p e q ue no texto da Bíblia, ensin e um deles a
orar, e depois encerre o culto com um a oração. À
me di da que eles vão c rescend o, au m en te o trecho
lido e deixe que eles pa rti c ip e m do culto. Nos
anos da pr é -a d o le sc ê n c ia e da ad ole sc ên c ia , já
po de m de bat er sobre o texto lido, e dei xe que pelo
menos eles orem. P od e m fazer uso de livros
de voc io na is e outras pub lic açõ es que e n c o n tr a m
nas livrarias e van gé lic as para esse fim. E x i s te m
ta mbé m livros de histórias infantis que pode m
c o n q u is t a r o in te resse até dos p e q ue nin os . Esses
livros são ex ce le nt es para a hora da his tor inh a, ou
para serem lidos ao deitarem.

85
Mas esse m o m e nt o de oração e estudo
bíblico, que c ha m a m os de “cu lto d o m é s t i c o ” , ou então
de “d e v o c i o n a l ” , tem no pai o seu me lh or dirigente. Ele
tem mais voz de autoridade, e é bom que os filhos
sa ib a m que o pai apóia cem por cento o cultivo da
e s p ir itu a lid ad e deles.
A família precisa da lid erança sacerdotal do
pai na leitura bíblica e na oração, pois ele é a pessoa
mais impo rt ant e do mund o para eles. Não é a maneira
co mo ele o faz que importa; im p o r ta n te que ele é o pai.

O H omem como Protetor da Família

Nas pe squisas dos a ntr opó log os , eles estão


sem pr e de sco bri ndo que, por mais prim iti vo que seja o
ho me m, o pai é sempre o pro te to r da família.
A nece ssi da de da proteç ão física varia muito
de acordo com a c o m u n id a d e em que se vive e com os
meios e op or tu ni dad es do homem. Ela é cl aram en te
c o m p r e e n d id a em nos sa socied ad e, e por isso não a
de bat erem os . Iremos m e n c i o n a r apenas outros tipos de
pr ote ção menos claros, mas tão impor tan te s com o a
pr ote ção física, nos quais o ma rid o deve atuar como
pr o te to r de sua família.

O marido deverá proteger a esposa psicologicamente.


Já dis sem os aqui que a a uto -acei ta ção e o
respeito próprio são esse ncia is a todo ser humano.
Aq uilo que p e n sa m o s de nós m esm os, irá
in fl uen c ia r tudo que fazemos. Aliás, o que p e nsa m os de
nós me sm os é mais im por tan te do que o que su pomo s
que os outros pensam. Mas, para a esposa, a opinião do
ma rid o a seu resp eito é de i m p o r tâ n c ia vital.
Se ele tiver para c om ela uma atitude
positiva, aprova tiva, pouco im p o r ta r á que outros não a

86
tenham. Mas, se ele não a estimar, não im p o r ta r á nad a
que as outras pe ssoas o façam.
O marido sábio deve fa z er tudo para
incen tivar a esposa, com palavras e atitudes de
aprovação. A B íblia diz que o ma rid o deve ter
“c ons id e r aç ão p a r a com a vossa m u lh e r co mo pa r te
mais f r á g i l ” ( I P e 3.7).
Cer ta m en te , todos nós j á vimos um h o m e m
hu mi lha r p u b lic a m en te a esposa, fala ndo de suas
fraquezas diante de amigos, ou s u b m e t e n d o - a a outras
formas de ridi cu la riz a çã o, que nada têm de sabedoria.
Um sentido colateral da pa lav ra bíblica
s ubm iss ão é “ re a ç ã o ” ou “ re a g e n te ” . A m u lh e r reage,
positiva ou n e g at iv am e nt e , ao tra ta m e nt o que recebe do
marido. Nunca soube de uma mu lh e r que não reag isse
po s iti va m en te a um tra ta me nto amo ros o, bo ndos o,
abun dan te em elogios.

Deverá proteg er os fil h os psicologicamente.


N e nh um outro home m é mais im p o r ta n te
para uma c ria nça do que seu pai. C o n s e q u e n te m e n te , o
que o pai pensa dos filhos é de s uprema im p o r tâ n c ia
para eles, na fase de formação.
E essencial que o pai a pre nda a c olo ca r- se ao
nível da criança, a inc en ti vá- la e elogiá-la em tudo que
faz. C om o acontece à esposa, as crianças reag em
po si tiv a m en te ao elogio, mas não à crítica.
A m ai ori a das pe ssoas com graves p ro ble m a s
psicol ógi cos , nu nc a e x p e r im e n t a r a m uma ap ro va çã o
quando criança.
Qua se todas as noções ne gat iv as que temos a
respeito de nós me sm os c o m e ç a ra m na infância. Um
pai atencioso é um m ar a v il h o s o an tídoto para as
frustrações.

87
Deverá proteger a f a m ília de filosofias erradas.
O inundo em que vive mos acha-se
e m p e n h a d o numa batalha pelo con tro le da mente
huma na, e todo pai crente deve ficar ci ente disso.
Deus está usando a Bíblia, a Igreja e o lar
para pla nta r na mente das crianças os pri ncípios de que
elas ne ce ssi ta m para viver de m a nei ra ad eq uad a nesta
vida e na eternidade.
Por outro lado, Satan ás está us and o todos os
meios de que dispõe, para co rr o m p e r a mente de nossos
filhos, e acirrar suas paixões ju v e n is , com o objetivo de
afastá-los dos planos e pro pó s ito s de Deus.
* Ele j á tomou conta de nos so sist em a escolar, que
a nt ig am en te era excele nte, e agora o utiliza para
p r opa ga r o ateísmo, a teoria da evo luç ão , a
amora lid ad e, o am or livre, as drogas que
e n fra qu ece m o j o v e m , e ide ologias in criv el me nte
ímpias.
x Ele con tro la tam bé m a telev isão , o cinema, os
livros e revistas, e outros meios de c o m un ic aç ão
que ch egam à mente do povo.
O home m cheio do Espírito Santo saberá
r e c on he c er essas fontes de maldad e, e as m an te rá fora
de sua casa. C om o as cria nça s não sabem
ins tin tiv a m e nt e fazer a dis cr im in a çã o do que é bom ou
mau; Deus de te rm in ou que os pais tom a s se m as
decisões por elas.
O modo com o a te levisão exalta a
imo ralid ad e, o lesbi anismo e o h o m o s s e x u a li s m o não
fazem mais que revelar a po drid ã o que ela sempr e foi.
“Os ca m in ho s dos h o m e n s não são os
c a m in h o s de D e u s ” , e os pais cren tes prec isa m encar ar
essa verdade. Não pod e m os de ix ar que Satanás se
e nca rre gue do en tre te nim en to ou da e ducaç ão de nossos
filhos.

88
Todo pai deve pre oc upar- se co m o tipo de
en sin a me nt o que seu filho está recebendo. Se a escola
estiver e xer cen do sobre ele uma in fl uên c ia negativa,
ele deve fazer tudo que estiver ao seu al cance para
pro po rcion ar-l he uma e duc aç ão cristã.
Estou c o n v e n c id o de que todas as nossas
igrejas dev eriam e st uda r a possibi li dad e de m a nte r uma
escola e van gé lic a em suas dependências.
De acordo com as últimas pesq uis as, essas
escolas co ns e gu e m melhor es resultados do que as
escolas públicas, e nosso s filhos se a cha m mais
seguros, a salvo de perigos físicos, morais e
filosóficos. Além disso, ali podem os e nsi na r a B íblia
também. Se uma igreja não possui a co m o d a ç õ es para
muitas classes, deve pro c ur a r entrar em c oope ra ç ão
com outras igrejas que tenham os me sm os ideais.

Deverá proteger a f a m ília do problema da rebeldia.


A rebeldia que está esc ond id a no co ração das
crianças, mais cedo ou mais tarde virá à tona.
G eralmente, suas p rim eir as ma ni fe st aç ões são sob a
forma de desr esp ei to para co m a mãe.
Quan do os filhos ainda são pe qu en os , as
pequenas má-cri açõ es p ode m ser tratadas pe la mãe
com o desobe diê nci as . Mas, se não forem r e pri m id as o
quanto antes, po de m tor nar-se um hábito que s om en te o
pai pode corrigir.
Se ele não o fizer, e v en tu a lm e nte eles serão
de sr esp ei tos os com ele ta m bé m , e depois com os de
fora, e, por fim, a c ria nça se voltará contra a soci ed ad e
e contra a polícia.
R ar am en te a po líc ia tem que pre n d e r um
filho que res peita os pais. So me nte o pai pode
co ns eg ui r que os filhos re s pe ite m a mãe - desde que
ela também tenha respeito por si mesma.

89
O home m que ama a Deus e à sua esposa
deve ass egurar a ela o resp eito dos filhos. O Senhor
exige isso, qua ndo diz: “M a r i d o s , vós, igualmente,
vivei a vida comum do lar, com dis cer nim ent o; e, lendo
c o ns id e r aç ão p a r a com a vossa m ulh e r como parte
mais fr ági l.. . p a r a que não se int er rom pam as vossas
o r a ç õ e s ” ( I P e 3.7).

Questionário
■ Assina le com “X ” as alternativas corretas
6. É o aspecto mais difícil na tare fa do pai com relação
à e du caç ão dos filhos
a ) 1 1Carinho
b ) H 1Segurança
c)| 1A mo r
d) IX;1Dis cip li na
7. A função pr ed omi na nt e nos te mp os antigos que nos
dias de hoje é ne gl ige nci ad a pelo h om e m
a ) h(J O sacerdote da família
b ) |_| O príncipe da família
c ) |_| O levita da família
d ) D O ju iz da família 8

8. É incerto dizer que, o ma rid o dev erá proteger:


a) | I A famíl ia de filosofias erradas
b) lX! Som en te os filhos p s ic olo gi ca m e nte
c) |_ | Os filhos e a espos a p s ic olo gi ca m e nte
d) |______ J A espos a e os filhos do p ro ble m a da rebeldi

■ M arque “C ” para Certo e “E ” para Errado


9-fgl E verdade que o car áte r é impo rtante , mas o
c on he c im e nt o é mais ainda
1 0 . 0 Um pai atencioso é um ma ra vilh oso antídoto
para as frustrações

90
Lição 4
Pais e Filhos

Logo depois da criação, Deus instruiu Adão


e Eva a “serem fe c u n d o s , se m ul tip lic ar em e encherem
a t e r r a De modo contrário à m ai ori a dos
m a n d a m e n to s divinos, este foi obe de c id o e o mundo
logo se ench eu de gente.
No AT uma famíl ia grande era c on si de ra da
como um a fonte de benção especial pôr parte de Deus e
a esteril ida de tida com o o p r ó b r i o 1. Em te mp os mais
mode rno s, nu ma era de su per pop ula ç ã o, muitas
limit aram o ta ma nho de suas famílias, mas as crianças
con tin ua m sendo impor tan te s. Jesus mo st ro u- lh es
especial atenção e louvou sua s im plic id ad e e confiança.
Os ensinos bíblicos sobre os filhos e sua
educação pod em ser dividid os em duas categorias:
-» Co m e nt ár io s sobre os filhos;
C om e nt ár io s sobre os pais e sua missão.

Filhos

Na Bíblia, os filhos são vistos com o dons de


Deus e po de m trazer tanto alegria co mo tristeza. Eles
de vem ser amados, honrados e resp eita dos como
pessoas; são im por tan te s no Rein o de Deus e não
de vem ser prejudicados.

1 Ignomínia, desonra. Afronta infamante; injúria.

91
As crianças ta mbé m recebem
resp onsab ilidad es: honr ar e respeitar os pais, c uid ar
deles, ouvir suas palavras e obedecê-los. Isto é
de clarado muito c o n ci s a m en te em Efésios 6.1-3:
“F i lh o s , obedecei a vossos pa is no Senhor, p o i s
isto é justo. H onr a a teu p a i e a tua mãe que é
ma nd am en to com pro mes sa, p a r a que te vá bem, e
sejas de longa vida s obre a t e r r a ”.
Em escritos anteriores, Paulo criticara
fort eme nte a de so b e d iê n ci a infantil e nesta seguinte
p ass ag em ele está falando a filhos que j á devem ter
idade suficiente para e n te n d e r e seguir ordens. Não se
dedu z daí que os filhos de vam obed ece r para sempre.
Se os pais e xig ire m obe diê nc ia em alguma
coisa não-bíblica é preciso le m bra r que as leis divinas
sempr e têm pre ced ên ci a sobre as ordens humanas.
Ao que parece também , os adultos que
de ix am os pais para unir-se a um cônjuge estabe lec erão
novas famílias - mas tais famílias devem c onti nuar
hon rando os pais mais velhos.

Quanto à situação dos filhos:


Os filhos devem ser co ns id erad os co mo bênçãos
recebidas do Senho r (SI 127.3; 128.3); Deus tem
plano para os filhos dos seus servos;
■S Há na Bíblia pro m e s sa s para os filhos obedientes
(Êx 20.12; Ef 6.2);
■/ Os filhos prec isa m en co nt rar em seus pais um
e xe m pl o de vida que os leve a crescer (Pv 22.6);
'd Os pais devem “c r e s c e r ” ju n t a m e n t e co m seus
filhos. Isto si gnifica co m pre en s ã o e orientação
ad eq ua da a cada fase do cre sc im e nto e
dese nvo lv im en to ;

92
S Os filhos de vem ser d is ci pl in ad os e ad m oe st a do s,
a fim de que c resçam firmes e fiéis a Deus.
D is ci p l in a significa e nsi na r “no c am in ho em que
deve a n d a r ”.
^ Os pais de ve m portar-se co m s ab e do ri a ao
de te r m in a r um castigo para seu filho (E f 6.4).
Levá-los a Jesus deve ser um c ui dad o co nsta nte
(2Tm 1.5; 3.14-17; SI 78.1-4). D e v e m pro p ic ia r
um am bie nte de paz, satisfação e amor.

Pais

Os pais e as mães têm a re s p o n s a b i l i d a d e de


amar seus filhos, dar e xem plo do c o m p o r t a m e n t o
cristão a ma du reci do , cu id ar das ne c e s si d a d e s deles,
en sin ar os filhos e dis ci pli ná- los com jus tiç a.
“Não p r o v o q u e vossos f i l h o s à ira, mas
criai-os na disci pli na e na a d m o e s ta ç ã o do S e n h o r ” ,
lemos em Efésios 6.4. C o m e n ta n d o sob re este
versículo, Gene A. Getz nota que os pais “c r i a m ” os
filhos pelo exem pl o, ins tru ção direta e e nco r a ja m e n to .
“P r o v o c a m o s os f i l h o s ” a ira e ao de s â n im o
qua ndo ab usa mos deles fisic am ent e, p s i c o l o g ic a m e n te
(hu mi lh an do -o s e de ix an do de tratá-los c om respei to) ,
ne gl ige nci an do- os , não tentan do c o m p r e e n d ê - lo s ,
esp eran do muito deles, rete ndo nos so amor.
Trein ar a c ria nç a no ca m i n h o em q u e deve
andar é mais faci lm en te discu ti do do que r e a liz a do . Os
filhos, como, os pais, têm diferentes p e r s o n a li d a d e s e
as diretrizes bíblicas para a sua e duc a ç ão não são tão
específicas quanto algu ma s pe ssoas g o s t a r i a m que
fossem.
Mas existe uma seção no AT que re ú n e todos
os princípios. Ray St ed ma n a c h a m a de “ Carta M a g n a ”
do lar - um resumo s el ec ion ado dos grandes pri nc íp io s

93
de se nv ol vi do s mais tarde nas Escrituras e que
ap resentam uma visão geral de e du caç ão cristã dos
filhos.
Embora tenham sido escritos para os
israelitas antes de sua entra da na terra prome tida, eles
têm relevância prática para a ed ucação de filhos e
orientação dos pais nos tempos modernos:
^ “Estes, p o i s são os m and am ent os, os estat utos e os
j u í z o s que ma ndo u o Senhor, vosso Deus, p a r a vos
ensinar, p a r a que os f i z é s s e i s na terra a que
p a s s a is a possuir; p a r a que temas ao Senhor, teu
Deus, e gu ard es todo s os seus estat utos e
ma ndam entos, que eu te ordeno, tu, e teu fil h o , e o
f i l h o de teu fil h o , todos os dias da tua vida; e que
teus dias sejam pro lo n g a d o s. Ouve, pois, ó Israel,
e ate nta que os guardes, par a que bem te suceda,
e muito te multipliques, como te disse o Senhor,
Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.
Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único
Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo
o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o
teu poder. E estas p a l a v r a s que hoje te ordeno,
estarão no teu co ração; e as inti ma rá s a teus
fi lh o s , e delas f a l a r á s a s se nta do em tua casa, e
and an do pe lo caminho, e deitando-te, e
levantando-te. Tamb ém as atarás p o r sinal na tua
mão, e te serão p o r testeiras entre os teus
o l h o s ”(Dt 6.1-8).

Pais e filhos

E obrigação solene dos pais (gr. p a te r e s ) dar


aos filhos a instrução e a dis ci pli na c ondiz en te com a
for maç ão cristã.

94
Os pais de ve m ser e x em pl os de vida e
c on du ta cristãs, e se im po r ta r mais com a s alv aç ão dos
filhos do que co m seu emprego, prof iss ão , traba lho na
Igreja ou posiçã o social (SI 127.3).
Seg un do a pa lav ra de Paulo em Ef ési os 6.4 e
C olo ss e ns e s 3.21, bem com o as in st ruç ões de Deus
em muitos trechos do AT (Gn 18.19; Dt 6.7; SI
78.5; Pv 4.1-4; 6.20), é r e s p o n s a b il id a d e dos pais
dar aos filhos criação que os pre pa re para uma vida
do agrado do Senhor. É a família, e não a Igreja ou
a E sc ola D o m in ic a l, que tem a pri ncipal
re sp o n sa b il id a d e do ensino bíblico e espiritual dos
filhos. A Igreja e a Esco la D om in ic a l apenas aj udam
aos pais no en sino dos filhos.
A e ssê nci a da e duca ção cristã dos filhos c onsis te
nisto: o pai voltar-se para o co ração dos filhos, a
fim de levar o coração dos filhos ao coraçã o do
Sa lv a do r (Lc 1.17).
•* Na criação dos filhos, os pais não devem ter
favorit is mo; de vem ajudar, com o ta m b é m c orri gir e
ca st ig a r somen te faltas in te nc ion ais , e d e dic a r sua
vida aos filhos com o amor c o m pas s iv o, bondad e,
hum ild ad e, ma ns id ão e p aci ên ci a (Cl 3.12-14, 21).
-» Se gu e m -s e qu inz e passos que os pais de vem dar
para levar os filhos a uma vida d e v o ta d a a Cristo:
■S D e di qu em seus filhos a Deus no c o m eç o da vida
deles ( I S m 1.28; Lc 2.22);
•/ E ns in e m seus filhos a te m e re m ao Se nhor e
de sv ia re m -s e do mal, a am ar em a j u s t i ç a e a
od ia re m a iniqü idad e. I n c u t a m 1 neles a
c o n sc iê n ci a da atitude de Deus para co m o
pecado e do seu j u l g a m e n t o co ntra ele (Hb 1.9);

1 Infundir no ânimo de; insinuar, sugerir, inspirar, suscitar.

95
S Ensi ne m seus filhos a obe dec erem aos pais,
m ed ia nt e a dis ci pl in a bíblica co m amor (Dt 8.5;
Pv 3.11,12; 13.24; 23.13,1 4; 29.15,17; Hb 12.7);
S Pr ote ja m seus filhos da influên cia pecam inos a,
sab endo que Satanás procurará destruí-los
m ed ia nt e a atração ao mund o ou através de
co mp an he iro s imor ais (Pv 13.20; 28.7; 2.15-17);
^ Faç am saber a seus filhos que Deus e,stá sempre
ob ser va nd o e a vali and o aquilo que fazem,
p en sam e dizem (SI 139.1-12);
S Levem seus filhos bem cedo na vida à fé pessoal
em Cristo, ao ar re p en d i m en to e ao ba tismo em
água (Mt 19.14);
S H a bi tu em seus filhos nu m a Igreja espiritual,
onde se fala a P a la v ra de Deus, se m a n té m aos
padrões de retidão e o Espíri to Santo se
manifesta. Ens ine m seus filhos a obs er var o
princípio: “C om pan he ir o sou de todos os que te
te m e m ” (SI 119.63; At 12.5);
'd Mo tiv em seus filhos a pe rm a n e c e re m separados
do mundo, a t e s t e m u n h a r e tra ba lha r para Deus
(2Co 6.14-7.1; Tg 4.4). E n s in e m -l he s que são
forasteiros e pereg rin os neste mu ndo (Hb 11.13-
16), que seu verdad eiro lar e c id ad an ia estão no
céu com Cristo (Fp 3.20; Cl 3.1-3);
S Instr ua m-n os sobre a im p o r tâ n c ia do ba tis mo no
Espíri to Santo (At 1.4,5,8; 2.4,39);
'd Diga a seus filhos que De us os ama e tem um
propó si to esp ecífico para as suas vidas (Lc 1.13-
17; Rm 8.29,30; IP e 1.3-9);
S Ins truam seus filhos dia ria m e nte nas Sagradas
Escrituras, na co nve rs a çã o e no culto domé st ico
(Dt 4.9; 6.5,7; l T m 4.6; 2Tm 3.15);

96
•S M ed ia nt e o e xem pl o e co nse lho s, e n c o r a je m seus
filhos a uma vida de oração (At 6.4; Rm 12.12;
Ef 6.18; Tg 5.16);
■S Pr evi na m seus filhos sobre su por ta r perseg uiç õe s
por a mo r à ju s t i ç a (Mt 5.10-12). Eles devem
saber que “todos os que p i a m e n t e quere m viver
em Cristo Jesus p a d e c e r ã o p e r s e g u i ç õ e s ” (2Tm
3.12);
'C Lev em seus filhos diante de D eu s em interc ess ão
con stan te e ferv or os a (Ef 6.18; Tg 5.16-18; Jo
17.1);
S Te nha m tanto a mo r e d e s v e l o 1 pelos filhos, que
esteja m dispostos a co n su m i r suas vidas com o
sacrifício ao Senhor, para que se a p ro fu n d e m na
fé e se cu m pra m em suas vidas a vontade do
Se nh or (Fp 2.17).

A Educação de Filhos

A educação de filhos envolve o seguinte:


1. O uvir.
O bom pai procura os m a n d a m e n to s de Deus
e com pre end e-os tão bem que eles “esta rã o no
c o r a ç ã o ” - uma parte de nosso ser.
Este aprend izad o é feito através do estudo
regular da Palavra de Deus, a Bíblia, in te rp re ta da
para nós pelo Espírito Santo.

2. O bedecer.
O co nh ec im e nto não basta. Além de ouvir é
preciso praticar os m a nd am en to s de Deus. Q uan do os
pais deixam de obed ece r a D eu s é mais difícil para os
filhos obedecê-los.

1 Grande cuidado; carinho; vigilância, dedi cação.

97
3. A m ar.
De ve m os a m ar o Se nhor e nos e ntre garmo s a
Ele de todo o coração, alma e força. Note que a
ênfase aqui está no c o m p o rt a m e n to dos pais. Apesar
de sua imp ortância, os filhos não são tão
pro e m in e nte s na Bíblia.
E m b o ra leiamos que Jesus cresceu
p s ic ol og ic a m e nte (em sabedoria), fi si cam ent e (em
estatura), esp ir itu a lm en te (em graça diante de Deu s) e
socia lm en te (ao favor dos homens), sabemos bem
pouco sobre a sua infância. A infância é importante,
mas as crianças só ficam c onosc o te m po ra ri a m e n te e
depois nos deixam - c o m o plan ej ado por Deus.
Parece ser verdade, portanto, que os pais não
devem exi st ir u nic am en te para os filhos. Eles ex ist em
prim eiro com o ind ivíduos diante de Deus.

4. E nsinar.
Quatro manei ras de tra ns m iti r este ensino:
■* D ilig e n te m e n te . E m b o r a a educa ção dos filhos
não seja a única tare fa dos pais na vida, ela é
uma tarefa imp ortante, não de vendo ser re a liz a da
levianamente.
-» R e p e tid a m e n te . A p ass ag em indica que o en sino
não é um esforço único, mas deveria pre o c u p ar
os pais repe tid am ent e, dia e noite.
-* N a tu r a lm e n te . Q ua ndo nos sentamos , and amo s,
deita mos e le van ta mo s, de vem os pro c ura r
op or tu ni da de s para ensinar. Cultos d omé st ico s
diários são ocasiões excel en tes , mas os pais
ensin am sempre que a o p or tu ni da de aparece.
-» P e s so a lm e n te . Isto nos leva de volta ao início da
pass ag em em D e u te r o n ô m io 6.1-8. Q ua nd o os
pais ouvem, o be dec e m e amam, eles for ne c em
um e xe m pl o para os filhos que reforça o que está

98
sendo dito no lar. Note essas palav ras “no la r” .
Os c om pa nh e ir os e professores são importantes,
mas o ensino mais si gnificativo para a educa ção
dos filhos ocorre no lar.

Causas dos Problemas na Educação dos Filhos

Filhos e pais nem sempr e co nco rd am quanto


ao que repre senta um problema. Um pai, por exem pl o,
pode c on si de ra r a d e so be diê nci a um prob le ma , mas o
filho a bs ol uta m e nt e não tem a m e sm a idéia.
Assim sendo, qua ndo os pro ble ma s são
rec onh eci dos , as causas pode m ser tão variadas quanto
às inúm eras teorias sobre o de se n v o lv im e n to da
criança.

Instabilidade no lar.
Q uando os pais não estão se dando bem, os
filhos sentem -s e ansiosos, cu lp ad os e irados.
S F ic a m ansiosos devido à in st ab ili dad e do lar, por
ver a sua segurança ameaçada;
S Cul pa dos por te m e re m ter cau sa do o conflito;
Z Zang ad os porque muitas vezes sen te m- se
de ixa dos de fora, e sq ue c id os e algumas vezes
m an ipu la dos para to m a re m partido - o que não
que rem fazer.
Eles tam bé m ficam oc as io n a lm e n te com
medo de serem a ban dona dos. Os lares instáveis,
portanto, com frequ ên ci a (mas não sempre) pro d u z e m
filhos instáveis.

Falhas dos pais.


Em anos recentes, o pro b le m a de ab uso de
crianças tem atraído co ns id eráv el atenção nos meios de

99
c om un ic aç ão . Mas que diz er dos pais que nunca
m a ltr a ta m seus filhos fisic am ent e, mas abu sam dele
p s ic ol ogi ca m e nt e?
Q uando os filhos são rejeitados sutil ou
aber tame nte , e x c e s si v a m e n te criticados, punidos sem
co rr e sp o n d ê n c ia com a rea lid ade (ou nunc a castigados),
di sci pli nad os in c on si st e nte m en te , e receb em amor
e s p or ad ic a m en te (caso o rec eba m), então eles no geral
ap re se nt a m probl em as pe ssoais ou co m p o rt a m e n to
ne gat iv o que, por sua vez, ab orr ece m os pais.

Necessidades não satisfeitas.


Os psicól ogos nem sempre c o n co r d am
qua nto ao que devem ser inc luído em q ua lq ue r lista de
ne ce ssi da de s humanas básicas, mas algumas delas
repe te m -s e c on tin ua me nte .
Num livro recente John D re sch er identifica
“sete das n ece ssi da des bási cas da crianç a em
c r e s c i m e n t o ” (e de todos nós através da vida) -
ne ce s si da de de significado, segurança, aceitação, amor,
louvor, disci plina e a n ece ssi dad e de Deus. Q ua nd o as
me sm as não são satisfeitas, o am ad u r ec im e n to é
pr e jud ic ado e fr eq üe nt e m en te surgem problemas.

Negligência da parte espiritual.


E m b o ra a B íblia não fale muito sobre
crianças, ela en fatiza a im po rt ân c ia de en siná-la s a
respeito de Deus. Salmos 78.1-8, por exem pl o, salienta
que as crianças devem receb er ins trução espiritual para
que co lo qu em sua fé em Deus, se le m bre m da
fidelida de e não se torn em in su bm is sas , o b s t i n a d a s 1 ou
rebeldes.

1 Pertinaz, firme, relutante. Tei moso, Dirrento. Inflexível,


irredutível.

100
Tal ve z não haja qua lq ue r pe sq u is a espiritual
bem in te n c io n ad a c o m par an do o c o m p o r t a m e n t o adulto
de crianças que tiveram tr ei nam en to religio so com o
das que não tiveram, mas as Es c rit ur a s ensinam
c la r am e nt e que a e du caç ão bíblica é b e néf ic a para as
crianças; sua ausência é cer tam en te prejudicial.

Outras influências.
As doenças e defeitos físicos, a doe nça grave
ou morte de pessoas queridas (inclu si ve um dos pais)
e xpe ri ênc ia s traum át ic as prema tura s (tais como
acidentes, um inc êndio grave no lar, um quase
afoga me nto , etc), rejeição dos c o m p a n h e ir o s , e a
e xpe r iê nc ia de um fracasso, pode m criar pro ble ma s
mais tarde na vida.
C om o res ult ado desses ac o n te c im e n to s, as
crianças podem de se n v o lv e r a uto co nc e ito s pouco
sadios, pre oc up aç ões com perigos e temores de
fracassar, ferir-se ou ser criticadas.
Dois fatos pre ci sam ser le mb rados ao
co n si d e ra r esta questão:
^ É preciso notar que a ma ioria das crianças crescem
n o rm a lm e n te apesar dos erros e fr acassos dos pais.
M es m o qua ndo o lar tem “pais psi cót ico s, abusivos,
ou te rri ve lm en te p o b r e s ” , algumas crianças (muitas
vezes ch am ad as de “i n v u l n e r á v e i s 1” ou
“ s u p e r c r i a n ç a s ” ) rea gem d e s e n v o lv e n d o e xpre ss iv a
c om pet ênc ia . Os lares pobres nem sempr e pro duz e m
c ria nças -p ro bl em as.
0 Ex i st e m ocasiões em que os pro ble m a s surgem
in d e p e n d e n te m e n te dos atos dos pais. Mui tos pais
vivem sob o peso da idéia de que todos os
p ro bl e m a s ma ni fe st ad os pelos filhos re su ltam de

1 Inatacável, i rrespondível. Imaculado, puro.

101
algum erro por parte deles ou são vistos co mo tal
pela criança. Tal tipo de p e ss oa deve ter dificuldad e
em c o m p r e e n d e r que a vida mental a u tô n o m a do
filho pode o c as io na lm e nte m a nife st ar pro ble ma s
que nada têm a ver com os pais. A criança talvez até
se e nv olv a numa ativida de ap ar en te m e nte hostil aos
pais, com o um meio c o n ve nie nt e de re so lve r um
p ro bl e m a que ba sic am ent e tem pouco ou nada a ver
com os pais e não é ac om pa nha do de uma
ve rdadeira ho stilidad e co ntra eles. É im port an te
ajudar os pais a c o m p re e n d e re m em tais ocasiões
que não existe “nada de p e s s o a l” na atitude ou
co m p o rt a m e n to da criança. Isto pode aliviar os pais,
fazendo com que se m os tr e m mais objetivos e úteis
à criança.

M e s m o que os pais fossem perfeitos haveria


ainda po ssi bil ida de de re bel ião e probl em as porqu e as
crianças têm mente e vonta des próprias. N in gué m
pode ria ser mais perfeito do que Deus, en tretanto , a
profecia de Isaías tem início com estas palavras. “ O
S e n h o r é quem fa l a : Criei, f i l h o s , e os engrandeci, mas
eles estão contra m i m ”. Esta co m pre en s ã o pode ser
uma fonte de e nc or aj a m e nto e um desafio para os pais.

102
Questionário

■ Assina le com “X ” as al ternativas corretas

1. É incoer ent e a fi rm ar que


a ) |_I Os filhos ta m b é m recebem re s p o n sa b il id a d es
como: honrar e re sp ei ta r os pais
b ) |_j Os filhos devem ser amados, honrados e
resp eita dos com o pessoas
c ) |_] Os filhos são im por tan te s no R ei no de Deus e
não de vem ser prejud ic ado s
d ) 0 Na Bíbl ia, os filhos são vistos co mo dons de
Deus e só podem traz er alegria

2. “Nã o p r o v o q u e vossos f i l h o s à ira, mas criai -os na


disci pli na e na ad m o e st a ç ã o do Se n h o r
a ) IX] Efésios 6.4
b ) I_j Co lo ss e ns e s 3.21
c ) |_j Ê x o d o 20.12
d ) |_J Prov érbios 6.20 543

3. A base para se obter uma ed uc a ç ão eficaz nos filhos


a) |______j Corrigir, ced er e e nsi na r
b) |______ J Obe dec er, surrar, ac ons e lh ar e am ar
c) R] Ouvir, obedecer, a m ar e en sin ar
d) D Não surrar, ouvir, e n si n a r e ceder

■ Mar que “ C ” para Certo e “E ” para Er rado

4. [£] E a Igreja ou a E s c ol a D o m in ic a l, que tem a


principal re s p o n sa b il id a d e do en sino bíblico e
espiritual dos filhos
5. [cl D e d ic a r os filhos a De us no c o m eç o da vida é um
dos passos que os pais de vem dar para levar os filhos
a uma vida de vo tad a a Cristo

103
Efeitos dos Problemas na Educação dos Filhos

Quase todos os cris tão s lembra m a história


de Samu el, o profeta do AT, que quan do me nino
receb eu certa noite uma m e n sa g e m de Deus referente
ao sace rdo te Eli.
“Estou p r e s te s a j u l g a r E l i”, disse Deus,
“p o r q u e seus f i l h o s se f i z e r a m e x e c r á v e i s 132e ele os não
r e p r e e n d e u ”. Eli deixara de dis ci pli nar os filhos,
e m bo ra Deus o tivesse ad vertid o a nter ior me nte a
resp eito disso.
Eli e seus filhos m orr er am , e Samuel passou
a ter uma posição de liderança, mas seus filhos foram
ta m b é m uma fonte de ab orre ci m en to . Eles não andaram
no c am in ho de Deus, “antes se inclinaram á avareza', e
acei ta ra m s ubo rn os e p e r v e r t e r a m o d ir e i to ”.
Não se tem a im pr es sã o que Samuel tivesse
ne gli ge nci ad o seus deveres de pai, mas os filhos
m e sm o assim se afastaram de Deus e c om por ta ra m -s e
de so ne st am en te . Quan do oc orr em pro ble ma s entre pais
e filhos, isto pode in fl ue nc ia r tanto um com o outros - e
algumas vezes o res ult ado na cria nça é p a to ló g ic o 3.

Efeitos nos pais.


Não é fácil quan do os filhos não saem como
os pais esperavam. Os pais e as mães sentem por vezes
- co m ou sem boa e vid ê n c ia de apoio - que os
pro bl e m a s na infância são um sinal de in c om pe tên ci a
dos pais.

1 Que merece execração; abomi nável, abomi nando, execrando.


2 Excessivo e sórdido apego ao dinhei ro; esganação. Falta de
g eneros idade; mesquinhez.
3 Ramo da medicina que se ocupa da nat ureza e das modi fi cações
estruturais e/ou funcionais p rod uz id as por doença no organismo.

104
Isto pode levar à frustr ação íntima,
hostilida de entre ma rid o e esposa, ira ex pre ss a em
relação aos filhos, culpa, medo do que p os sa ac onte c er
em seguida, e oc as io n a lm e n te tentat iva s de se sp era da s
de afirmar a a ut ori da de e reto ma r o controle.
Algu ma s vezes haverá uma te nta tiv a de
defen der ou pr ote ge r a criança, mas isto se a presen ta
frequ en te me nte ass oc iad o à ira pelo fato do filho
neces sit ar ser de fe nd id o ou protegido.

Efeitos sobre os filhos.


Q uando surgem probl em as entre pais e
filhos, os filhos algu ma s vezes agem de ma nei ra
sem el ha nte à dos pais. Ira, agressão dirig ida aos pais
ou a irmãos e irmãs, cul pa e medo, tudo isso pode
ocorrer.
De modo dif erente dos pais que pode m
ex pre ssa r- se verbal men te , as crianças qua se sempre
recorrem a meios de ex pr e ssã o nã o-verbais. A ce s so s de
raiva, rebelião, in su ce sso nos e m p r e e n d im e n to s
(esp eci al me nt e na escola), de li nqü ên cia , briga - e até
mesm o choro e xc es siv o, tolices, v a d i a g e m 1 e outros
c om p o rt a m e n to s para c h am a r atenção, pode m ser
maneiras de dizer: “ Olhe para mim, eu ta m b é m estou
s o fr e n d o !” .
C om o é natural, nad a disto é c o n sc ie n te ou
de liberado, e nem sempr e pod em os supor que esses
co m p o rt a m e n to s sign ifi que m que a criança sinta que
alguma co isa está errada.
Nem a a usê nc ia de tal atitude indica que ela
ignore o problema. A lg uma s crianças não pa ssa m de
ser frac ass ado s inc om pe te nte s. As raízes da
inferi or ida de e baixa a ut o-e st im a estão c o m e ç a n d o a

1 Que não tem ocu pa ção, ou que não faz nada; ocioso,
desocupado, vagabundo.

105
surgir desde cedo em sua vida e m b o ra não venham
torn ar-s e aparentes a outros senão muito mais tarde.

Efeitos patológicos.
Os jov e ns às vezes d e s e nv olv e m distúrbios
e m o c i o n a is mais graves ind icando a exi st ênc ia de
pr o b le m a s íntimos, e alguns (mas nem todos) implicam
que ex is t em problemas no lar.
M e s m o qua ndo os r e la ci ona m e nto s entre pais
e filhos são bons, essas c ondiç õe s pato lógic as criam
tensão na famíl ia e com o resu ltado o co nse lh o é sempre
útil.

Evitando os Problemas na Educação dos Filhos

Não existe em q u a lq uer sociedade, uma


ins tit uiç ão que possa c o m p a r a r à Igreja no seu
pot encial de inf lu ênc ia sobre a infân cia e o
d e s e n v o lv im e n to familiar.
Fam ílias inteiras vão à Igreja. Eles levam
seus filhos pe que nos para serem c ons a gra dos e no geral
voltam para os cultos e para as aulas da Escola
Do m in ic a l. A Igreja, portanto, pode in fl uen ci ar a
e du caç ão dos filhos de diversas maneiras.

•" Treinamento espiritual.


Através dos serm ões , aulas na Escola
D o m in ic a l, sem inários e retiros, a Igreja pode en sinar
aos pais a terem um lar cristão.
Os pais podem ser aj udados a serem crentes
exemp la res. Eles podem e nsi na r aos filhos os
princ ípios d e l i n e a d o s 1 em D e u te r o n ô m io 6, fa zen do dos
assuntos esp irituais uma parte normal das con ver sas em
família.

1 De sc rev er de modo sucinto; expor em linhas gerais.

106
O lar é a e sp in ha dorsal da soci ed ad e e os
lares cristãos estáve is são const ru ído s co nfo rm e a
orient açã o contida na Bíblia, no geral tra nsm iti da pela
Igreja.

Enriquecimento conjugal.
Quando os c as am en to s são bons e
progr ess ivo s, isto inf lu en c ia po s iti va m en te os fil hos
pr oduz ind o est ab ili da de e segur anç a no lar.
Os pro ble m a s com os filhos pode m
pr ej udi car o cas a m en to dos pais, pro vo c a ndo tensão. Se
os pais c o nse gu ir e m discu ti r os pro ble m a s dos filhos
ju n to s , sem ter de en fr e n ta r com isso dif ic ul da de s
conjugais, tudo ficará mais fácil.
E s tim ul a r bons ca s a m en to s é, porta nto , um
meio de evitar pr ob le m a s na e duc aç ão dos filhos.

Treinamento dos pais.


O fato de torn ar-s e pai pode ser uma e norm e
respo nsa bil ida de. Qua se todos os pais sentem, em certo
ponto da vida, que falh aram em sua missão e a m ai ori a
passa por período de d e sâ nim o e confusão. N ess as
ocasiões os pais prec isa m de c o m pr e en s ã o,
e nc ora ja m e nt o e ori en ta ção sobre as ne ce s si da de s e
carac terís ticas das crianças.
Os líderes cristãos têm c ondiç õe s de dar essa
ajuda.
S Mostre aos pais onde obter in for ma çã o pos it iv a
sobre a e du caç ão dos filhos.
S Alerte-os para a ne ce s si da de que a cria nça tem
de amor, disci pli na, segurança, a uto -esti ma ,
aceitação e pe rcep ç ão da pre s en ç a de Deus.
S Apo nte os perigos da s uperpro te ção , ex ce s so de
pe rm is si vi da de , res tri ção e m et ic ulo si dad e.

107
A seguir, com o parte do tr ei nam en to dos
pais, pode ser útil, consid erar os pri ncípios da
co m un ic aç ão eficaz entre pais e filhos, en sin ar meios
de disciplinar, falar sobre co ntrole do c o m p o rt a m e n to e
discu tir co mo sati sfazer as ne ce ssi da de s das crianças.
Tudo isso pode ser discu ti do em locais na
Igreja onde os pais possam trocar idéias jun tos . Tenha
cuidad o em enfat iza r que e m b o ra a e du caç ão de filhos
seja uma grave resp on sab ili dad e, todos c o m et em erros
e os pais que são d e m a s ia d a m e n te rígidos ou
pr e oc upa dos , criarão cer ta m e nt e prob le ma s devido à
sua ansi ed ad e e inflexibilidade.
Criar filhos pode ser difícil e de safiador, mas
pode ser tam bé m uma fonte de alegria - espe c ia lm en te
quan do os pais podem discutir suas pre oc upa çõ es
mú tua s in fo r m al m en te com outros pais, inclusive
co nse lh e iro s cristãos.

Encorajamento.
C ont a -se a his tória de um pre ga dor que,
quan do c on vid ad o a falar num a reunião de pré-
adoles cen te s, pergunto u à filha qual dev eria ser o tema
de sua palestra. “Diga-lhes, p a p a i ” , r e s pond eu ela, “que
de vem ser pacientes porque seus pais estão ainda
a p re nde nd o co mo educa r os f il h o s ” .
Esta me nsa ge m apes ar de simples, talvez
deves se ser en sin ad a tanto a pais com o a filhos. E
bíblico e nc or aja r-s e m utua me nte , e há ocasiões em que
é neces sár io encorajar, orar e apoiar ve rba lm ent e os
m e m br os da família.

Jesus e as Crianças
Te nd o sido criança, Jesus viv en ci ou a
infância em seus diversos m o m e n to s , c re scendo ao lado
de seus pais, e recebe ndo a inst ruç ão dev ida na lei do

108
Senhor. Já em seu ministério, Ele ap resen to u preciosas
lições, toma ndo as crianças co mo ex em p l o a ser
seguido pelos seus discípulos. A seguir abo rda rem os
alguns aspectos impor tan te s dos e nsi n a m e n to s de Jesus
sobre as crianças.

I. Jesus vivenciou a infância.


1.1. Foi circuncidado ao oitavo dia.
C um pr in do a Lei (Lv 12.3), os pais de Jesus
o le varam ao Te m plo para ser ci rc unc id a do ao oitavo
dia, após o seu na sci me nto (Lc 2.21).
Após aquela ceri môn ia , M aria teve de ficar
trinta e três dias em casa, até que se c um pri s se o
períod o de sua pu rificação (ver Lv 12.4). Qua nto a esse
período higiênico, vemos o c uida do de Deus, tam bé m,
com a mãe, pois, fica ndo em casa em repouso, seu
corpo m e lh o r se re cu pe raria do de sgaste natural,
sofrido com o parto.

1.2. Foi apresentado ao Senhor.


Tr in ta e três dias após a c irc unc is ão de
Jesus, ele foi levado pelos pais ao Te mp lo, para ser
ap resen ta do ao Se nho r (Lc 2.22). N o rm a lm e nte , os pais
teriam que oferecer, na que la c erim ônia , um cordeiro e
um p o m b in h o ou uma rola para ex pia ç ã o do pecado
(ver Lv 12.6,7). Sendo pobres, ap resen ta ram apenas
“um p a r de rolas e dois p o m b i n h o s ” (Lc 2.24; Lv 12.8).
Assim com o os pais de Jesus fizeram,
levando-o nos prim eiros dias ao Te mp lo, hoje, é
im po r ta nt e que os pais levem seus filhos para os
ap re se nta re m na Casa do Senhor.

1.3. Aprendeu as Escrituras em casa.


Sem que seus pais so ubes se m , o me nin o
achou -se no meio dos doutores , “o u v in do-o s e
inte rro gan do- os , e todos os que o ou v ia m a d m ir a v a m a

109
sua inteligência e r e s p o s t a s ” (Lc 2.46,47). Cer tame nte ,
Jesus aprendeu com seus pais as Escritura s Sagradas.
Ele podia citar ve rsículos de cor (Mt 4.4-7,10;
5.21,2 7,33,38 e outros). Sem dúvida, José e Mar ia
p ro cu raram obe dec er ao que foi ordenado, segundo
D eu te r o n ô m io 11.18-21.
É indis pe nsá vel , hoje, que os pais crentes
tenham o cuidado de faz er o culto dom éstico, reunind o
os filhos para louvar a Deus, ler as Escritura s ju nt os , e
orarem uns pelos outros. A c o m p a n h a v a seus pais ao
templo. Era c ost um e dos pais levarem os filhos ao
T e m p lo (Lc 2.41,42).
Nos dias em que vivemos, a famíl ia está
a m ea ç ad a de destr uiçã o, é necessário que os pais,
desde cedo, e nsin em aos filhos o valor da Casa do
Senhor, para a adoração coletiva. Há muitos que estão
pe rm iti nd o que seus filhos fiquem em casa, ensi na dos
pela “ babá e l e t r ô n ic a ” , dia nte da qual, norm a lm e nte ,
não a pre ndem nada que os edifique.

1.3. Deu trabalho a seus pais.


Jesus foi uma c ria nç a normal, que deu prazer
e alegria, mas ta m b é m deu pre oc upação a seus pais.
Por ocasião do retorno, após a Festa da Páscoa, Jesus
ficou em J erusa lé m, e “não o so ubera m seus p a i s ” (Lc
2 . 4 3 ) . Isso é coisa de criança.
Os pais pe ns a va m que Ele est ivesse “entre os
pa r e n te s e c o n h e c i d o s ”, após um dia de c am i n h ad a (Lc
2 . 4 4 ) . Q ua ndo o pro c ur a ra m , durante um dia, e não o
e nc on tr aram , voltaram a Jeru sal ém , “p a s s a d o s três
d i a s ” de busca (Lc 2.46). E foram e o e nco ntr am , muito
tranqüilo, “ as se nt ad o no meio dos d o u t o r e s ”.
Ao vê-lo, ali, sua mãe lhe disse: “Filho,
p o r q u e f i z e s t e assim p a r a co nos co ? Eis que teu p a i e
eu, ansiosos, te p r o c u r á v a m o s ” (Lc 2.48). E pro va de
sua huma nid ad e.

110
2. Jesus fic ou ao lado das crianças.
2.1. Repreendeu os discípulos p o r causa das crianças.
Os pais lev ava m as crianças a Jes us para que
as toc asse (Mc 10.13-16; Lc 18.15-17), lhes imp us ess e
as mãos (Mt 19.13-15) e os dis cí pul os não gostavam,
talvez por causa do barulho que elas faziam.
Nas três referências, Jesus fica ao lado das
crianças e acrescenta: “Quem não r e c e b e r o Reino de
Deus c om o uma criança de m a n e ir a n e n h u m a entrará
n e l e ” (Mc 10.15).

2.2. Repreendeu os sacerdotes p o r causa das crianças.


Q ua nd o diversas cria nça s c la m ava m
“H o s a n a 1 ao Filho de D a v i ” , os principais dos
sace rdote s e os escribas fica ram ind ig na dos por causa
das ma ravil ha s que Jesus ope rava, e pelo fato de
o uv ir e m o barulho do lo uvo r das crianças. E
p e rg u n ta ra m a Jesus se Ele não o uvia o cântico das
crianças. O Mestre, então, re sp ond eu: “Sim; nunca
lestes: Pela boca dos m e ni no s e das c r ia nc in ha s de
pe it o tiraste o p e r fe it o louvor?'’'’ (Mt 21.15,16).
Esse en sino é s ign ifi ca tiv o, pois, hoje, há
pe ssoas que não se sentem à vontade com as crianças,
no templo , por causa do barulho que fazem. Mas é
e xa ta m e n te delas que sai o perfeito louvor.

3. Jesus valorizou as crianças.


3.1. Destacou as crianças (Mt 18.1,2).
Em Ca fa rn au m, Jes us foi ind a gad o pelos
dis cí pu lo s sobre que m seria “ o m a i o r no Reino dos
C é u s ”. Sem rodeios, Jesus pre feriu dar uma lição
prática, co m uma ilustração c o n vi nc e nt e . Ch am ou uma

1 Quer dizer: “Sal va-nos, te p e d i m o s ” . Acl ama ção de louvor,


t irada do Salmo 118.25.

111
criança e “a pôs no meio deles". Notem os que Jesus
coloco u o menino “ no m e i o ” , no centro das atenções.
É uma grande lição para nós. D e v e m o s dar
m e lh or atenção às crianças. Elas são almas limpas que
Deus colocou em nossas mãos, para que sejam salvas
desde cedo, antes que o Mal ig no as atraia para o
mundo.

3.2. Jesus valorizou os meninos.


Após c olo car o m en ino “no m e i o ” , Jesus
re sp ond eu aos discí pul os, mo st rand o que, se alguém
que r entrar no Reino dos Céus, tem que se fazer co mo
menino, desta can do os segu intes aspectos:
-» C o nversão (Mt 18.3). “Se não vos c onve r te r de s e
não vos fiz e rd e s co m o meninos, de mo do algum
entrareis no reino dos c é u s " . Uma criança, qua ndo
de vi dam en te c o n d u z id a ao Senhor, ela segue a
Cristo. Ela crê em De us co m simpli ci da de, de todo
o coração.
-* H u m ild a d e (Mt 18.4). “Portanto, aque le que se
tor na r hu m ild e co m o este menino, esse é o m a io r
no Reino dos Céus". A criança, em geral, é
humilde. M uitas vezes, quan do se mos tra
orgulhosa, é por ver o mau e xem plo dos pais ou de
parentes, a quem imita. Jesus ensinou que “os
h u m ilh ado s serão ex alt ado s" (Mt 23.12).
-» O rela c io n a m en to com os m enin os (Mt 18.5). “E
qu a lq u e r que r ec eb er em meu notne um m e n in o tal
como este, a mim me r e c e b e " . Que bom seria que,
nas Igrejas, fosse ob se rv ad o esse ensino de Jesus!
Que os líderes trata sse m melhor es as crianças,
c uid and o do e nsi no a pro pri ad o para as crianças.
-» N ão e sc a n d a liz a r os m en in o s (Mt 18.6). “M as
qu a lq u e r que e sc a n d a li z a r um destes p e q uen in os ,
que creem em mim, m e l h o r lhe f o r a que se lha

112
p e n d u r a s s e ao p e s c o ç o uma m ó 1 de a z e n h a 2, e se
s u b m e r g is s e na p r o f u n d e z a do m a r " . Este ensino
d e m o n s t ra quan to o Senhor Jesus valo rizo u os
men inos . Os pais pre ci sam c ui dar para que seus
filhos não se e s c a nda liz e m , não s ofr am influência
da imo ralid ad e que c am pe ia por toda parte,
pr in c ip a lm e n te nos meios de co m u n ic aç ão . Os pais
devem edificar seus filhos com a Pa la vr a de Deus.
-» N ão d e sp r ez a r os m en in o s (Mt 18.10). “Vec/<?,
não de sp re ze is algum destes p e q u e n in o s , po r q u e
eu vos digo que os seus anjo s nos céus semp re
veem a f a c e de meu Pai que está nos c é u s " . Com
esse ensino, Jesus fez saber que é pecado
d e sp r ez ar ou su b es ti m a r as crianças. A ex pre ssã o
“ seus a n jo s ” tem levado alguns a co n cl u i r que
cada c ria nça tem seu anjo da guarda. Aliás, era
c rença antiga entre os ju d e u s. C ontu do , não
p o d e m o s e ns in a r isso com o doutrina. Se assim
fosse, qua nd o uma c ria nça se a cid en ta sse , poder-
se-ia di z er que o anjo tinha-se desc uid ad o. O que
p ode m os ensinar, é que “ o anjo do S e nh or
a c a m p a -s e ao r ed or dos que o temem, e os livra"
(SI 34.7).

A B íblia re gis tra e pis ódio s notá vei s, em que


Jesus uti lizou crianças para dar en si nos de grande
sign ifica do espiritual e moral para os que o ouviam.
Ent re os s ace rdo te s legalistas e as crianças,
que c an ta va m no T e m pl o, Jesus ficou ao lado dos
pe que nin os . Q ua ndo os dis cí pul os quis er am ver-se
livres da pr e s en ç a dos me nin os, Jesus os repre end eu ,
c o lo ca nd o as cria nça s nos seus braços para as
abençoar.

1 Corpo sólido, r edondo e chato, que serve para triturar, afiar.


“ Moi nho de roda, movi do à água; atafona.

113
Educação e Orientação dos Pais
Foi sugerido que m uito s acham fácil falar
sobre a arte de ser pai - até que te nham filhos. As
teorias sobre com o ed uc a r filhos são então r a pid a m en te
de scartadas à medida que as mães e pais c o m eç a m uma
tarefa para a qual no geral não têm qu a lq u e r preparo e
que difi cilm ent e dominam.
Depois de ter e du ca do seus filhos, um ex-
p resi de nt e de faculdade reve lo u suas regras “ feitas em
casa, tateantes e a ma do ri st as sobre como ap rend er a ser
pai ne sta era d e s c o n c e r t a n t e ” . Essas regras valem a
pena serem lembra das e c om pa r til ha das en quan to
e nfre nt a m os os desafios da missão.
•S Aceite o fato de que ser pai é uma das tarefas mais
im por tan te s que você j a m a i s e m p re e n d e rá - e
divida o seu tempo e e ne r gia de acordo com ela;
V Refl ita ba stante sobre o papel que você vai agora
de se mp en har ;
V Não co ns id e re seu filho uma ex ten sã o de si
mesmo;
V Sinta praz er em seus filhos;
V A me -os e creia neles;
•S Esp ere algo de seus filhos;
■S Seja sincero com eles;
V Li berte-os. Não po s su ím o s nosso s filhos. No final,
o melh or que po dem os fazer por eles é de ixá-los
livres nas mãos de Deus.

Transcrição literária sobre a televisão.


P e s q u is a feita pelos alunos da “E C A e U S P ” ,
de 28 de maio a 3 de j u n h o de 1990, c o m p re e n d e n d o a
pr o g r am a ç ão das quatro p rin c ip a is redes de TV das 8
horas da m a n h ã à meia-noite.

114
Coisas R ela ciona d as ao Sexo
1
E s tu p ro s 003
N u d e z to ta l m a s c u lin a 0 2S
N u d e z to ta l fe m in in a 083
T r e je it o s 1 ou r e fe rê n c ia s a h o m o s s e x u a lis m o fe m in in o 061
T re je ito s ou r e fe rê n c ia s a h o m o s s e x u a lis m o m a s c u lin o 127
R e la ç õ e s s e x u a is e x p líc ita s 114
R e la ç õ e s s e x u a is im p líc ita s 162
R e fe rê n c ia s a s e x o ou p ia d a s s o b re o te m a 180
N u d e z p a rcia l m a s c u lin a 212
N u d e z p a rcia l fe m in in a 8 22
A f r o d is ía c o 23 0 03
V ir g in d a d e 007
G e n it á lia 1 024
Im p o tê n c ia s e x u a l 030
T e r m o s c h u lo s 4 ou P a la v r õ e s 072

Coisas R e la ciona d as à Violência

C e n a s d e to rtu ra s 0023
Facadas 0056
T r o m b a d a s d e c a rro 0023

B rig a s 065 1
E x p lo s õ e s 0886
T iro s 1940

1 Gesto, movimento. Careta, esgar, gaifona, momice.


2 Exci tant e dos apetites sexuais.
3 O conjunto dos órgãos r e produt ores , especi al ment e os órgãos
sexuais externos.
4 Grosseiro, baixo, rude.

115
Uma criança de 5 anos que fica na frente do
aparelho duas horas por dia, ao fim de um ano terá sido
e xp os ta a: 1168 piadas sobre sexo; 7446 cenas de
nude z e a mais de 12600 e s t a m p i d o s 1 de tiros.
Até atingir a maiorida de , essa cria nça teria
to m a do contato co m 15184 a n e d o t a s 2 de sexo, 96798
cenas de nudez e mais de 163000 tiros.
Razoável s upor que uma criança, m esm o
vive ndo num país em guerra, ou fazend o o trajeto entre
So d o m a e Go morr a, j a m a is terá op ortu nid ad e de chega r
a tais núme ros. Vale re s sa lta r que a pe sq uis a foi
e la b o r ad a no início da d é ca da de 90. Será que a
tele vis ão br asileira tenha m e lh or a do nesse aspecto?
Haim G rün sp un, P r o fe s s o r de Ps iq ui a tri a na
PUC Paulista, é um crítico severo e cobra
res po nsa bi lid a de s: “A tele vis ão brasil ei ra en veredou
p o r um c am in ho que não está ligado à e duca çã o do
pov o, nela ni ngué m se p r e o c u p a com as crianças, seu
f u t u r o sexual e com as g e ra ç õ e s que estão se f o r m a n d o
na f r e n t e do v í d e o ”.

' Grande ruído; estrondo. Tiro, disparo, detonação.


2 Piadas.

116
Questionário

■ Ass ina le com “ X ” as alternativas corretas


6. De ix ou de d is ci plin ar os filhos, e m b o r a Deus o
tivesse ad vertido an teriorm en te.
a ) | I O profeta Samuel
b ) E ] 0 sacerdote Eli
c ) [ 1 O profeta Natã
d ) [ ] 0 sacerdote El ea za r

7. Ins tituição que mais ajuda a ev ita r pro ble ma s


familiares, pr in c ip a lm e n te na e duc aç ão dos filhos
a ) | ] A escola
b ) | ] A so ciedade
c ) [ ] A Igreja
d ) | ] A un ive rs ida de

8. Foi usado por Jes us co mo ilustra ção em Ca fa rn au m,


para re ba te r as in da gaç õe s dos dis cí pulo s a respeito
de que é m a io r no “R ei no dos C é u s ”
a ) | J Um tesouro e sc ondi do
b ) [ ] Um grão de m os ta rd a
c ) | j Um ho me m que s em ei a boa sem ente
d ) | | Uma criança

■ Mar que “ C ” para Certo e “E ” para Er rado

9.1 j De m od o dif erente dos pais que pod e m ex pressar-


se ve rba lm ent e, as crianças quase sempr e re c or re m a
meios de e xp re ss ão não -v erba is
10.[ ] Jesus nun c a deu p re o c u p aç ão a seus pais, sempre
deu pr a z er e alegria

117
Lição 5
A Igreja e a Fam ília

G e ralm en te , a escolh a da Igreja a ser


fre qüe nt a da pela fam íli a ocup a o quin to lugar, de ntre
as de cisões mais im por ta nt e s da vida.
As quatro p rim ei ra s são:
■f Aceit ar a Cristo com o Se nhor e Salvador;
■S E s c ol her a profi ssã o;
■S E s c ol her o c ônjug e; e
•f O lugar para morar.
In feliz me nt e, a m a io ri a dos crentes não
c o m p re en d e a grande infl uên c ia que a Igreja e xer ce
sobre a família. Das três inst itu iç õe s fundada s por Deus
(família, go ve rno civil e Igreja) s om ent e ela é fator de
suste nta ção da família.
A pa rti c ip a çã o ativa de m em bro s n u m a Igreja
que re a lm en te pre gue a B íb lia fo rn ece- lhe s al va guarda s
co ntra a erosão do grupo familiar. Ela é a m e lh o r
escola para inst rui r as pe ssoas quanto aos prin cí pio s de
uma boa relação familiar. E por isso que a c o m u n id a d e
da Igreja a pr ese nta um índice de divórc io bem in fe rio r
ao da secular.
E m outras pa lavras, em cada vinte e duas
famílias, apenas um a sofreu a sep aração - ao pass o que
na c o m u n id a d e secula r essa pro po rção é de uma em
cada duas. Isso sig nif ic a que o c a s a m en to cristão é

119
onze vezes mais firme do que os não cristãos. E se o
índice de divórcio é onze vezes mais baixo, podem os
su por que a felicidade é m a io r na me sm a proporção.
Alguns crentes não c o m p r e e n d e m que a
Igreja que fre qüe nta m pode ter uma influência
d in âm ic a sobre toda a família. Pod e ajudá-los a crescer
e s p ir itu a lm en te , m e lho rar seu re la ci o n a m e n to conjugal
e preparar os filhos para os nece ssá rio s a ju st am en to s à
vida. Ou então, pode esfriá-los esp ir it u a lm en t e e
m u ti la r s er iam en te várias áreas de sua vida.
U m a Igreja que prega a Bíblia, aplican do-a
na prática, pode facilitar ba stante a tarefa dos pais de
criar os filhos no te mo r do Senhor.
Onde quer que o E v a n g e lh o seja pregado,
igrejas têm surgido. Nos tempos do NT, era muito
c o m u m os crentes se reunirem em casas de famílias ou
em salões, re gul arme nt e, para e st uda r a Bíblia, ter
c o m u n h ã o uns com os outros e para o “partir do p ã o ” .
N ess as reuniões, os crentes novos podia m cre sc er na
fé, a fim de estarem aptos para e nfr en ta r as
pe rs eg ui ç õe s, e depois saírem e t e s t e m u n h a re m de sua
fé no po de r do Espíri to Santo.
Dura nte esses d e ze no ve séculos de História
da Igreja, vários e vários grupos de crentes se uniram
em c o m un hã o. Essas ass em blé ia s ou igrejas têm sido os
in s tr u m e n to s pelos quais Deus tem ma nti do viva a sua
m e n sa g e m e a tem ap resen ta do ao mundo.
Satanás está c o n s ta n te m e n te pro cu rando
de str uí- los por meio de p erseg uiç ões, heresias,
div is õe s, apostasia, co nflitos, c onf o rm id a d e co m o
mu nd o e inúm eras formas de ataques sutis e terríveis.
No de cor rer dos séculos, Deus tem levantado
certos grupos e org an iz açõ es que foram pode ro s am e nte
usados por Ele em traba lho s es pe c ia li za dos tais com o
de jo v e n s , missõ es , e duca ção reli gio sa e outras.

120
Algumas delas ch eg a ra m a atingir um ponto m á xi m o de
operação e depois retr oc ed era m. Mas há uma arma que
Deus tem usado todos estes séculos, e ainda está
usando: a Igreja.
O último livro da Bíblia fala das sete igrejas
da Ásia, c om pa r an do- as a “ c a n d e e ir o s ” (ou faróis) do
Ev a nge lh o (Ap 1-3). Ele a presen ta Cristo ca m i n h an d o
entre os sete cande ei ros , ou igrejas, dese jos o de dar-
lhes poder, dar-lhes sua luz, e de a ben ço ar qu al qu er
igreja que quis er fazer sua vontade.
Esse grande livro de prof ecia m os tra que o
Se nh or estab el ece u o m in is té rio das igrejas, cada uma
em seu lugar. E, a resp eito da Igreja, ele disse o
seguinte no Ev a ng e lh o de Mateus: “ ... e as p o r ta s do
inferno não p r e v a le c e r ã o co ntra e l a ” (Mt 16.18).
A Igreja é a única instituição pe rm a ne nte , na
qual a famíl ia pode c on fi a r de fato. Hoje em dia, a
Igreja é um dos pouco s lugares em que uma pessoa
pode alim en tar -s e e s p ir itu a lm en te . A televisão, o rádio,
as revistas, jo rn ai s e outros meios de co m u n ic aç ão ,
bem com o as escolas pública s não ofere cem quase
n e nh um a co nt rib ui ç ã o espir itu al para nossa vida. Pelo
contrário, elas pro p a g a m filosofias mundanas,
to ta lm en te co ntrárias à Pa la vra de Deus.
A queles que de sej am que seus filhos
ap renda m alg uma coisa c onc e rn e n te a Deus não podem
esp erar ne nh um auxílio das escolas. O me lh or lugar
para eles receberem e n s in a m e n to s cristãos, depois do
lar, é a Igreja.
C om os cultos de pregação da Palavra, a
E B D 1, as reuniões de jo v e n s, os estudos bíblicos e
outras atividades, a Igreja acha-se pre pa rada para
rea lizar a ins tru ção esp iritual de toda a família.

i
Es col a Bíblica Dominical.

121
A não ser pelos livros e publi ca çõe s
ev angélicas, se um pai ne gl ige nci a a fr eq üê nci a à
Igreja com sua família, os filhos irão c r e s c e r recebendo
uma for ma çã o e uma fil osofia de vida total me nte
secular.
Pr ovav e lm e nt e , a Igreja hoje é a organiz açã o
mais de sv a lo riz a da do mundo. R e c o n h e c e m o s que ela
não é pe rfeita - mas é um in s tru m e nto cria do por Deus
e sp e c ia lm en te para ga nhar o mund o para Cristo. Ela é
indispe nsá vel para o crente e sua família.
A relação Igr eja-fa mília e n q u ad r a- s e no
plano de Deus e tem por obje tiv o a fo r m aç ã o espiritual
e moral de uma sociedade próspera, feliz e abençoada.

A Importância da Igreja

A Igreja comparada a uma família ( E f 2.19).


Q ua ndo gerados segundo a carne, nascemos
em um lar e pass am os, nat ura lm en te, a int e gra r uma
família. N oss os pais, por dev er e por amor, tudo fazem
para pr op o r ci o n a r- n o s uma e x is tê nc ia feliz.
E n qu a nt o deles de pe nde m os , fo rn ecem -no s
alimento, vestuário, instrução, ed ucação, etc, e têm
interesses em ma nte r-n os sob o m esm o teto. Quan do
ju lg a m ne cessários, s u bm et em - nos a dis ci pli nas e
provas.
Em efeito, por direito, somos herdeiros; não
somente dos bens materiais, mas mui e s pe c ia lm en te , de
sua natureza.
A Igreja é c o m p a r a d a a um a família, no
versículo em apreço o ap óstolo diz ex pre ssa m ent e:
“assim j á não sois e s tr ang e ir os e p e r e g r i n o s mas
co nc id a d ã o s dos santos e da f a m í l i a de D e u s " . Graças
a Deus por esta m a ra vil hos a realidade: a Igreja é a
famíl ia de Deus.

122
É necessário que c o m p re e n d a m o s o seguinte:
somente os que n a sc e ra m da água (a Pala vra de Deu s) e
do Espírito, isto é, pela ope ração do Espíri to Santo (Jo
3.3-5) pertencem à famíl ia de Deus.
Não nos c o n fu n d a m o s com os que apenas
ad erem à Igreja (e dela se afastam, por qua lq uer
prete xto ), como c o s tu m a m a con te cer nos pa rtidos
políticos; por isso está escrito: “saíram de nós, mas
não eram de nós"; “ ... e vós tendes a unção do Santo e
sa bei s t u d o ’' ( l J o 2.19,20).
A Igreja é c o m p o s t a daqueles a respeito dos
quais disse o apóstolo: “De us s eg undo a sua
m is er ic ó rd ia nos gero u de n o v o ...” ( I P e 1.3). Isto
acont ec e porque a p rim eir a geração, segundo a carne,
se c or ro m pe u e a que deve pre va le c e r aos olhos de
Deus é a Segunda , pela ope ração do Espíri to Santo
( I P e 2.9,10).
Quan do os pais co n sc ie n te m en te ori e nta m
aos filhos m o s tr a ndo -l he s a im po rt ân c ia da Igreja na
fo rm açã o moral e espiritual da família, podem dizer: eu
e a m in h a casa ser vir em os ao Se n h o r (Js 24.15).

A Igreja é uma f a m ília unida (Cl 3.11).


Na Igreja não deve haver dis crim ina ção . Para
D eu s não im po rt a posiçã o social ou q ua lq uer outra
dif e re nc ia ç ã o humana.
Seria tri stí ss im o se ho uve sse distinç ão entre
ricos e pobres, negros e brancos, intele ctua is e
an alf abe tos ; lemos o que está c ons ta ndo do texto em
epígrafe: “ onde não há g r eg o nem jud eu , ci rc unc isã o
nem incircuncisão, b á r b a r o 1, cita, servo ou livre; mas
Cristo é tudo em todos'".

1 Pessoa fora da cultura grega-romana.

123
Graças a Deus que na Igreja todos se sentem
felizes e os que dantes eram org ulh os os ju lg a n d o - s e
superiores, a pre nde m que foram resg atados pelo mesm o
preço - o sangue de nosso Se nhor Jesus Cristo ( I P e
1.17-19), com o os demais, estava m e nce rra dos debaixo
do pecado, e extra via dos; suas obras eram imundas
(Rm 11.32; 3.12,23; Is 64.4). Mas agora temos paz com
Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1).

A Importância da Disciplina no Lar (Hb 12.6-9)

A for m aç ã o de hábitos sau dáveis, e bons


co stu m es são desejos de todos os pais; a dis ci pli na
deve ser rec ebi da pelos filhos com toda humilda de .
D is ci pli na não significa castigo, mas
instrução, se refere ao discipulado. A corre ção qua ndo
neces sária , deve ser aplicada com e nte n d i m e n to e
una ni m id a de , entre os pais, se um dos dois tomar
partido, a c ria nça se sentirá injustiçada. Nas boas ações
elas sin ta m-s e apoiadas e amadas (Pv 3.1-6; 4.1-6).
Isso posto, e n te n d e m o s que a dis ci pli na m a ni fest a-s e
na vida do crente qua nd o ele põe em práti ca os
seguintes requisitos:

Respeito à liderança da Igreja.


No lar deve haver o ma ior cuidad o dos pais
no sentido de ins truir seus filhos a resp ei ta re m aqueles
que foram c olo cad os por Deus à frente do rebanho.
Triste é, qua ndo em casa, sen tados à mesa,
os pais tecem críticas ne gativas e não raro injuriosas,
co ntra pastores, pre sbíteros e diáconos, na p resen ça dos
próprios filhos, gerando em seus corações desprezo,
de sc onfia nç a, e desr esp ei to à lid erança da Igreja.
Isto tem sido a causa de muitas famílias
verem hoje seus filhos de sviados por que não so ub eram

124
dar o d e v id o valor àqueles que lhes m in is tra v a m a
P a l a v r a d e D e u s . ( L e ia : N m 1 6 . 4 1 - 5 0 ; H b 1 3 . 1 7) .

Assistir assiduamente ao culto.


O Espírito Santo gera no coração do crente
um ardente amor pela casa do Se nhor (SI 122.1). Nas
Es crituras Sagradas, em Hebr eus 10.24,25 nos esti mul a
ao amor e às boas obras, dizendo: Não a ban do na ndo
nossas co ngr eg açõ es com o é c ost um e de alguns.
Parece-nos que os crentes hebreus estavam
n e gl ig e nc ia nd o as reuniõe s da Igreja. Oco rrem em
nossos dias fe nôme nos sem el ha nte s. Alguns crentes são
verdadeiros andarilhos. A n d a m visitando m o vim e nto s
e s p ú r i o s 1, be bendo em cisternas, rotas que co ntê m
águas poluí da s - doutr in as falsas, in to xic an do-s e
e sp ir itu a lm en te , a p re nd en do doutr in as que são de
hom en s e não raras vezes de d e m ôn io s , trazendo graves
c o n se qu ê nc ia s que afetam a si próprios, a família e a
Igreja a que estão vin cu la dos ( l T m 4.1,2).

O Lar, uma Extensão da Igreja

A Igreja infl uen ci a a vida espiritual no lar. O


sa lm ist a enfa tizou o valor da união fraternal de modo
m a ra v il h o s o no Salmo 133; e, rea lment e, este salmo
dis pen s a com ent ári o, dado a sua cla re z a qua ndo fala da
se m e lh a n ç a da união do sumo sacerdote, que era o tipo
de Cristo, e bem assim ao orvalho que regav a o
H e r m o m e suas encostas, tr az end o a bênção a todos.
Do m esm o modo, o escrit or aos H e breus
e nf oc a o valor da c o m u n h ã o dos irmãos dizendo:
C o n s id e ra n d o -n o s uns aos outros, para nos
e st i m u la r m o s à car idade e às boas obras (Hb 10.24).

1 Não genuíno; suposto, hipotético.

125
Jiii o d e v i d o v a l o r à q u e l e s q u e l h e s m i n i s t r a v a m a
I' ii1.1 vra de D e u s . (L ei a: N m 1 6 . 4 1 - 5 0 ; H b 1 3 . 1 7 ).

• Assistir assiduamente ao culto.


O Espírito Santo gera no coraçã o do crente
um ui dente amor pela casa do Senhor (SI 122.1). Nas
I ■m u r a s Sagradas, em H e breus 10.24,25 nos esti mula
i" nmor e às boas obras, dizendo: Não a ba ndo na ndo
n*i '.as co ngregações com o é c ost um e de alguns.
Parece-nos que os crentes hebreus est av am
ii' I'ligcnciando as reuniõe s da Igreja. O co rre m em
ii" nos dias fe nôme nos sem el ha nte s. Alguns crentes são
■idndciros andarilhos. A n d a m visitando m o vim e nto s
■ ui io s 1, be bendo em ci sternas, rotas que co ntê m
1 1

■*!■H;is poluídas - doutr in as falsas, in to xic a nd o-s e


- Mitualmente, ap re nde nd o doutrin as que são de
1 1

1 ■- ■ s e não raras vezes de de mô nio s, tr az end o graves


1 1 1 1 1 1 1

• "ii rqiiências que afetam a si próprios, a família e a


l' n |.i a que estão vi nc ula dos ( l T m 4.1,2).

O Lar, uma Extensão da Igreja

A Igreja infl uen c ia a vida espiritual no lar. O


oIui i st a enfa tizou o valor da união fraternal de mo do
..... .ivilhoso no Salmo 133; e, rea lment e, este salmo
ill pensa com ent ário , dado a sua clar eza qua ndo fala da
■nu lliança da união do sumo sacerdote, que era o tipo
it< ( nsto, e be m assim ao orvalho que rega va o
I f niiom e suas encostas, tra z en do a bênção a todos.
Do m e sm o modo, o escrit or aos Hebr eus
Miliua o valor da c o m u n h ã o dos irmãos dizendo:
• "ii .ulerando-nos uns aos outros, para nos
i iimularmos à car ida de e às boas obras (Hb 10.24).

hl" 1'i'Muíno; suposto, hipotético.

125
Sim, dev em os r e c on he c er o im p o r ta n te lugar
que a Igreja e todos os seus m em bro s o c upam na vida
de todos nós, e assim pro ce den do, dev em os c o o p e r a r na
me lho r maneira possível com a nossa porção de
efic iênc ia para que a fr ate rni da de cresça com o passar
dos dias.

A Bíblia, o Guia Infalível da Família

O c on h e c im e n to da Palavra de D eu s é
indispe nsá vel à perfeita união da família cristã.
Sendo a Bíblia a Palavra de Deus, e o
Espírito Santo o seu intérprete, é nosso dev er anuncia-
la a todos os povos. Ela co m p ro v a a e x is tê nc ia de
Deus, de G ênesis a Apocalipse.

A Bíblia para toda a fam ília (Dt 6.1-9).


É mis são de todos os pais de família,
en sin a re m os filhos a o bed ece rem a Pal av ra de Deus,
com o m a n d am en to (SI 148.12,13; Pv 3.13; 6.20-25).
Sem a Bíblia, não há co n h ec im e n to de Cristo
(Jo 1.1,2). Sem Cristo, não há c o nhe c im e nt o de Deus
(Jo 10.30; 14.9; 17.11,22).
Ela, a revelação escrita de Deus, ap resenta
Jes us com o C ria dor de todas as coisas (Cl 1.17,18). Ela
é tudo, e sp e c ia lm en te para a j u v e n tu d e ( U o 2.14).

A Bíblia, o manual da família.


S Ela ensin a com o o marido deve pro c e de r com
sua e sp os a e seus filhos (Ec 9.9; l T m 5.8; Cl
3.19; IPe 3.7);
■S C om o as mu lheres mais velhas de vem orie nta r as
mais novas (Tt 2.3-5);
S C om o as “ verdadeiras v iú v a s ” de vem se
c o m p o r ta r ( l T m 5.5,6);

126
S C om o o patrão deve tratar seu em pregad o e
com o o em pr eg ad o deve p ro c e der com seu patrão
(Ef 6.5-9; Cl 3.22-25; 4.1).

A Bíblia e o nosso desenvolvimento espiritual.


O que seria da famíl ia se não fosse a Bíblia
com o manual de doutrina, regra de fé e prática, neste
mun do? Ela dá c on h e c im e n to e ilu mi na os camin hos
(SI 119.105); é a base de n os sa moral e c onduta ( I P e
2.2; 2Tm 3.16).
A santificação bíblica se fosse praticada,
obedec ida , não teriam tantos pro ble ma s na família,
com o ino vações, m u n d a n is m o na Igreja, etc. (SI 119.9;
Hb 12.14).

O Objetivo da Igreja
A Igreja que prega a Bíblia oc upa uma
po si ção singular, pois oferece co nt rib uiç ões vitais para
cada m e m br o da família.
A Bíblia foi escrita para ajudar a
“fi lh in ho s ... Pais... e j o v e n s ” esp irituais ( l J o 2.12-14).
Q ua nd o ela é en sin ad a de m an ei ra adequada, fornece
al im en to espiritual para cada pessoa, segundo as suas
neces sid ad es.
A Igreja ta mbé m atende a uma nece ssi da de
básica de todo ser huma no, a de servir ao próxim o.
Todo aquele que de seja a ux ili a r a outrem, pode fazê-lo
em sua própria Igreja - ins tru in do , tr a ba lha ndo com
jo v e n s , visitando, etc.
Além disso, a Igreja oferece oport unid ade s
de uma agradável c o m u n h ã o c om outros, e a chance de
fazer novas am izades. Ali, podem iniciar
rela ci o n a m e n to s sadios. As crian ças, os jo v e n s, os
rec ém -c a sa do s, os pais e as pe ssoas idosas sempre irão
fo r m a r amizad es em algum lugar.

127
C om o E sc o lh e r a Igreja

A escolha da Igreja é de im p o r tâ n c ia vital


para família. A prim eir a coisa que se deve levar em
co nsideração , gera lment e, é a deno min açã o. Mas a
decisão final deve basear-se mais na m e n sa g e m
pregada, e nas opor tu ni da de s que ela oferece para o
estudo bíblico, para adoração e culto, bem com o o
potencial da infl uên ci a que ela pode caus ar a toda a
família.
Algumas sugestões que podem ser valiosas
para au xiliar na escolh a da Igreja:

1) Orar p e d in d o sabedoria.
Deus prom ete dar sabedoria àqueles que
pe dem sua orient açã o na tom a da de decisões (Tg 1.5).
T oda a família deve orar ness e sentido, j á que a Igreja
e sc olh ida será o lar espiritual de todos. O bom senso
humano é impo rt ant e, mas só Deus sabe co mo uma
Igreja será daqui a dois, cinco, ou vinte anos. 2

2) Uma c a ra ct erí st ic a básica de uma boa Igr eja é a


f i d e l i d a d e à Bíblia.
Ao visitar várias igrejas, é bom que verifique
c u id ad o s a m en t e com o será o e ns in a m e nto bíblico que a
famíl ia poderá receb er ali. E x a m i n a r a literatura usada
na Esc ol a D o m in ic a l, para sentir seu co nte údo bíblico.
Por mais que a Igreja seja vibrante,
entusi ast a e bem org anizada, ela não deve c olo car essas
coisas no lugar de um bom en sino bíblico.
Os cultos variam de uma Igreja para outra,
d e p en de nd o da d e nom in a çã o e da região do país. Os
gostos e prefe rênci as pro v a v e lm e n t e ba se ia m -s e na
for maç ão e no temperam ent o.

128
As igrejas, co mo as pessoas, possuem
person alida de s. E impor tan te sentir-se bem na Igreja
que freqüenta, mas se sentir bem ou gostar da
aparência não são tão im por tan te s quanto ao
en sin a me nt o bíblico.
E possível uma pesso a d orm ir prof un dam e nte
n u m a Igreja em que se sente bem, e, antes que o
perceba, estará d esc am ba nd o espiri tua lment e.

3) A Igreja deve of ere cer ali m en to p a r a toda a fa m íli a.


Algu ma s igrejas têm com o ponto mais forte
0 trabalho de jo ve ns ; outras, a área infantil; e outras
ofere cem mais vantagens para os adultos.
Pr ecisa-se visitar as reuniões de jo v e n s, a
E sc ola Do m in ic a l, ou de p ar ta m e n to s de treinamen to
que os m e m bro s da fam íli a irão fr equentar, para
c onhe c e r p e ss oa lm en te o que está sendo ensinado, e
quem está ensinando.
Se qu is er que os filhos c on ti n u e m sempre
abertos e acessíveis à ori en ta ção do Espíri to Santo,
para que toda a sua vida seja de serviço cristão,
precisa-se e x a m i n a r be m a Igreja que pretende
freqü en tar, para ver qua nto s dos seus jo v e n s se acham
no trabalho do Senhor, ou estão pre pa rando -s e para ele.
Ex is te uma e st im at iv a de que 85% dos
pa stores e missi oná ri os que hoje estão no ministério
a te nderam ao ch am a do de Deus em Escolas
D om in ic a is , na Igreja, ou num a c a m p a m e n t o de jove ns.
Muitas igrejas estão c o m p re e n d e n d o que
pre ci sam abrir escolas evangé lic as. A atual
d e g e n e r e s c ê n c i a 1 das escolas públicas, nas esferas
moral, espiritual, fil osó fi ca e, segundo testes
re c en te m e nte publ ic ad os, até ed uc a c io nal , têm levado
mui tos pais crentes a volt arem -s e para a Igreja,

1 Degen era ção , decai ment o, definhament o.

129
bus can do nela um e nsi no mais adequa do para seus
filhos. A in c id ê n c ia 1 de violência, estupros e drogas em
um núme ro cada vez ma ior de escolas públicas, estão
tornan do- as to ta lm en te inaceitáveis para a co m u n id a d e
cristã.

4) A Igreja deve ofe re c er opo r tu nid ad e s de tr a b a lh a r


p a r a Deus.
É verdade que existem outras áreas de
serviço cristão fora da Igreja, mas é nela que o crente
ge ralmente pode tra ba lh ar melhor.
Na maioria das igrejas é preciso que a pesso a
seja me mbr o para ter um cargo, ou e ns in a r uma classe
de E s c ol a D omin ica l. O pa sto r ou s upe ri nte nde nt e da
E sc ola Dominical pode orientar cada m e m bro da
famíl ia a ser útil nos dep artam en to s, de acordo com a
vocação e o ch ama do de cada um.

5) A Igreja deve ser aque la que po d e ser rec o m en d a d a


a outros.
Tod o crente deve saber de an temão que Deus
o usará como te st e m u n h a sua - no trabalho, no seu
bairro, ou em outros co ntatos pessoais. Não basta
ga nhar um indivídu o para Cristo. O novo crente precisa
de c om un hã o cristã e ins trução bíblica, num amb ie nte
de calor espiritual. É mais fácil levá-lo para a Igreja
freq ue nt a da pela família, do que e nca m in há -l o para
outra, sozinho.

' Recair; pesar. Cair, incorrer. Acometer, atacar.

130
Questionário
■ Ass ina le com “X ” as alternativas corretas

1. Qua nto à Igreja, é inc oerente afirm ar que:


a ) Ixl G eral me nte , ocupa o terceiro lugar, dentre as
de cisões mais impor tan te s da vida
b ) |_| Das in stituiçõ es fundada s por Deus som ent e
ela é fator de su stentação da famíl ia
c ) ID É a me lh or escola para ins tru ir as pessoas a
terem princ ípios de uma boa relação familiar
d ) |_| Seus m e m bro s que e nsin am a Bíblia for necem
s al va gua rda s co ntra erosões do grupo familiar

2. “A s s im j á não sois e st r ange ir os e pe re gri nos , mas


c o n c id a d ã o s dos sa nto s e da fa m íl ia de Deus":
a ) |_J Versí cul o do apóstolo Tiago (Tg 2.19)
b ) l I V ersí cul o do apóstolo João ( l J o 2.19)
c ) |_J V ersí cu lo do apóst ol o P ed ro (2Pe 2.19)
d ) RJ V ersí cul o do apóstolo Paulo (Ef 2.19) 543

3. Su ge st ão im p o r ta n tí ss im a na esc olh a da Igreja:


a) |______ | D e v e- s e analisar se oferece al im en to espiritual
pelo menos para os pais
b) |______ J D e v e- s e usar o bom senso h u m a no na escolha
c) lxj D e ve -s e verificar com o será o en sin a me nto
bíb lic o que a famíl ia pod e rá re ceb er ali
d) !______ | D eve-se sentir bem e gostar da aparên cia

■ M ar q u e “ C ” para Certo e “E ” para Errado

4. ÍÊ1 D is ci p l in a não si gnifica instruç ão, mas castigo,


não se refere ao disci pulad o
5. [ç] A Igreja que prega a B íblia oc up a uma posição
singular; oferece co nt rib uiç õe s vitais para a famíl ia

131
T ir e o M á x i m o P r o v e i t o d a I g r e j a

Depois que nos firm armos na Igreja onde,


segundo cremos, Deus quer que fiquemos, tor ne mo -n os
m e mb ros dela. Ela deve passar a ser nosso lar
espiritual.
Há um velho ditado que diz o seguinte: “ Só
po de m os retirar de uma coisa aquilo que c oloc am os
n e l a ” . Alguns crentes se m e ia m tão pouco, que não
ceifam quase nada.
A ma ioria das igrejas espera que seus
m em bro s assu ma m r e s p ons a bili da des - tanto para o
bem deles próprios, co mo para o benefício da Igreja. Se
nós tam bé m pro c u ra rm o s c um pri r nossas
re s po ns a bi lid a des com fidelidade , pode remo s receber
muitas bênçãos.
Em toda Igreja há um certo núme ro de
m e m br os que assistem a todos os trabalhos; ge ralmente
são estes os que co lhe m os maiores dividendos. Outros
f r eq üe nt a m os cultos de dom ing o, pela man hã e à noite,
mas nunca vão aos cultos do meio da semana. Mas, a
grande ma ioria dos m e m bro s recebe poucas bênçã os da
Igreja, pois só assistem aos cultos de doming o à noite.
Qua nto mais secular se torna nossa
so ciedade, mais os crentes precisam ouvi r as
ex pos iç õe s da Pala vra de Deus - o que grande número
dos crentes só obtém nos cultos da Igreja.
U ma semana tem cento e sessenta e oito
horas. É lógico que uma ou duas horas que pa ssa mo s na
casa de Deus, estu dan do sua Palavra, re pr ese nt am
muito pouco, co m pa ra da s com o tempo que dev ota mo s
às outras at ividades da vida. E m b o ra a B íblia seja o
mais im por tan te objeto de estudos para um crente, a
ma ioria deles não lhe c o nsa gra o m esm o tempo que dá
à leitura do jornal.

132
U ma idéia que tem pre ju d ic a d o muito a
freq üê nci a aos cultos da famíl ia é a de que, se
forçarmos os filhos, pri n c ip a lm e n te na a doles cên ci a, a
irem à Igreja, eles se tornarão re volta dos c ontr a ela.
Não te nha m os me do de tom ar a decisão por
nossos filhos, de que eles de vem fr e q ü e n ta r aos cultos.
Q uando se trata de estudar, não he sit am os em man dá-
los para a escola, quer que ira m ou não. E qua ndo é que
nossos filhos que rem ir a um dentista ou ao mé dico?
No entanto, nós os ob rig a m os a ir, qua nd o precisam.
Pois no sso s filhos prec isa m muito da Igreja e da
o p or tu ni da de que ela lhes ofe recem para ado rar a Deus
e e n te n d e r sua vontade.
O br ig a r uma cria nça a assistir aos cultos não
faz com que ela se volte co ntra a Igreja. M uitas vezes,
é a hi poc ris ia dos pais que torna a Igreja uma farsa.
Tenho visto poucos filhos de casais crentes, com uma
vida c oe rente no lar, a fa sta rem- se de Deus. E entre
esses pou cos, a ma ioria volta à fé mais tarde (Pv 22.6).
Ou tra atividade que é de grande bê nçã o para
os m e m b ro s da Igreja é a c o ntr ib ui ç ã o e os dízimos. O
Se nho r Jesus disse que “onde está o teu tesouro, a í
estará ta m bé m o teu c o r a ç ã o ” (Mt 6.21).
N un c a p ode re m os ter um verdadeiro
interesse e a m or por nossa Igreja, se não inve st irm os
nela uma pa rc el a de nós me sm os. É verdade que ela
pre c isa de nosso apoio fin anceiro, mas nós ta mbé m
p reci sam os c o n h ec e r a alegria de c on tr ib ui r para a obra
do Se n h o r com regularidade. A base para a
c o nt ri bu iç ã o é o diz imo , ou a dé ci m a parte da renda.
Q ua ndo dam os os díz imos , obte mo s uma van tag em toda
esp ecial, a be nçã o de D eu s (Ml 3.10).
E x i s te m áreas de trabalho na Igreja em que
haverá n e ce s si d a d e de nossa c ontr ibu iç ão , e Deus
pode rá ori e nt a r-n os co rre ta m en te , se nos co lo ca rm o s à
dis posiç ão dEle.

133
• ” Não existe Igreja perfeita.
O falecido Dr. Harry A. Ir onside co st u m av a
dizer o seguinte: “ Se você en co ntr ar uma Igreja
perfeita, não se filie a ela - você irá a t r a p a lh á -l a !” .
A verdade é que sempre iremos en co ntr ar
coisas erradas na Igreja. Mas nun ca de vem os criticá-la,
nem ao pastor, aos líderes e a outros m e m bro s diante
das crianças. Muitas vezes, palavras imp e nsa da s de
crítica contra algum det al he fazem as crianças se
voltarem contra toda a Igreja.
Em casos com o esses quem perde são os
pais, nu nc a a Igreja - e ta m b é m os filhos. Em vez de
criticar a Igreja, c o lo q u e m o s mãos à obra, e
pr oc ure mo s mo di fi car as situações. E se o erro que
criti ca mo s não se acha dentro da nossa alçada, o que
de vem os fazer é en tre gar o p r o b le m a a Deus. Afinal, na
verdade, a Igreja é dEle. Ele sabe muito bem cuidar dela.

Vida Social e a Igreja

Deus nos criou com um desejo de conv ívi o


social. Q ue rem os ser am ados, pro cu rados e co nvid ad os
para seja lá o que for que esteja acontec endo.
A Igreja possui potencial para ser uma das
me lhores fontes de c ontat os sociais. Inf elizm en te,
porém, a atitude im pe sso al e eg oí st a do mu nd o atinge a
vida social da Igreja.
Muitas pe sso as se sentem solitárias e
anseiam por um pouc o de c o m u n h ã o com outros.
Vis ita m nossas igrejas, e sp e ra n d o fazer amizad es ali,
mas muitas vezes aqueles a q u e m re co rre m nada fazem
para atend er a essa carência. Vo c ê alg uma vez j á abriu
seu lar para receb er essas pe ss oa s? Muitos m e m bro s de
Igreja nun c a agem assim. A c h a m - se por demais

134
voltados para os amigos que j á possu em . Dá um pouco
de trabalho - talvez te nha m os que p repa rar um lanche -
mas é notável o sentimento gratificante que isso produz.
Você j á pe nso u no vácuo social em que estão
muitos novos co nv er tid os, qua ndo se une m a uma
Igreja? Se eram pe ssoas muito ativas na socied ad e, em
muitos casos estarão en fre nta nd o uma ex per iê nc ia
d ece pc io nan te , pois pe rderão o interesse em algumas
das antigas at ividades mu nda nas , e se voltarão para os
crentes, à pr oc ura de amparo social.
Na m a io ri a das vezes, é muito difícil para
esses nova tos p e net r ar em nos gru pin hos já
es ta be le c id os na Igreja. Não é muito agra dáv el ter de
r e c onh ec er isso, mas esses gru pin hos se fo r m am com
muit a facilidade, qua nd o pro cu ramo s a c o m p a n h i a de
nossos amigos. Le m br e -s e de que os novos crentes ou
intere ssa dos pr ec isa m mais de seu am or e interesse, do
que os velhos amigos!
U ma senhora cheia do E sp íri to Santo
res olv eu a pre sen ta r-s e v olu nta ria m e nte para liderar o
trabalho social de uma classe de adultos da Esc ola
D om ini ca l. O estudo bíblico no dom in g o era muito
bom, mas os alunos da classe mo s tr a vam -s e
indifer en te s e d e sin te ressa do s uns dos outros.
D en tro em pouco, ela já estava
m o v im e n ta n d o o grupo, com um p la n e j a m e n to bem
feito, c om o auxílio de várias pess oa s que haviam
estado apenas esp eran do que alg uém as c onvid as s e a
deix ar a tribu na de honra e ent rar no jogo.
Em vez de org a niz ar uma grande reunião
social por mês, ela fazia várias reuniõe s pe quen as , com
oito ou dez grupos de pessoas, r e un in do- s e em diversos
locais da cidade. As vezes, ela ped ia aos crentes de um
certo ba irro que se e nc a rr e g a ss e m de ser vir uma
m eren da após o culto e de c o n v id a r os vis itante s da
classe.

135
Seu d e se m p e n h o co mo dir igente do trabalho
social da Escola Dom ini ca l afetou a fr eq üê nci a de toda
a escola. Pessoas que eram visitantes apenas
espor ádi co s, passaram a fr e q ü e n ta r as classes com
regularidade. Alguns co n v id ar am amigos não salvos, e
vários deles re ceb eram a Cristo durante os dois anos
em que essa senhora dirigiu esse trabalho.
Com o havia mais adultos assis tin do à Esc ola
Do mi nic al com regularida de, tr az end o seus filhos, toda
a escola cresceu bastante, tendo e x p e r im e n t a d o seu
ma ior índice de cre sc im e nto desde a fund ação da Igreja
- e é bem provável que o fator mais impo rt ant e tenha
sido aq uela senhora.
N aq uela classe, fo r m a r a m - se amizad es para
toda a vida, e ela foi das que mais teve amigos.

Hospitalidade com Objetivo Certo

Os crentes devem ser pes soas hospitaleiras.


Hoje em dia há um grande núme ro de crentes
que p os su e m boas casas, onde pod e m re ceb er be m as
pessoas. No entanto, outros interesse s e objetivos estão
te ndo prio ri dad e sobre a atençã o para com aqueles que
pr e c is a m de no ssa hosp italidade .
Mui tos crentes de todas as parte do país
estão abrindo sua casa para o e van ge lis mo . Alguns
re a liz a m estudos bíblicos infor mais , e e ncer ram com
um lanche. Outros to cam fitas gravadas, ou co nvid am
preletores.
A ex per iê nc ia dessas pe ssoas tem mos trado
que há muit a gente com fom e da Pala vra de Deus. Um
e stu do bíblico num lar constitui um lugar “n e u t r o ” ,
onde p od e m os levar am igos não crentes que que rem
e st u d a r a Palavra. Esses in te ressa dos podem não querer
ir a uma Igreja, mas em geral não se recu sam em ir a
um estudo bíblico num lar cristão hospitaleiro.

136
A “h o s pita lid ade com obje tivo c e r to ” é uma
form a de serviço que tem suas raízes na Igreja, mas é
baseado no lar, e com vistas à obra de ga n h a r almas.
Muitos crentes talvez pen sem que sua casa
não é muito boa, e que não podem re ceb er visitas, mas
a verdade é que o interesse principal das outras pessoas
não são os móve is que temos, nem o lanche que
po de mo s servir. Elas nos amam pelo fato de as
haver mos c on vid ad o à nossa casa. E ss a é a razão por
que esse ministé rio po de ter um alto grau de eficiência:
a carên cia que todos têm de ser amad os e aceitos.
G a n h am - se mais pe ssoas para Cristo pelo amor, do que
pela lógica.
Se você está in teressado em abrir sua casa
para pr at ic ar essa “h o s p ita lid ade com um objetivo
c e r to ” ofere ça seu lar a Deus em oração, e c om ec e a
pôr em prática algumas das sugestões aqui ventiladas,
ou outras que Deus pos sa dar-lhe. Não de m ora rá muito,
e você se verá bem à vontade no m ini st ério da
hos pitalidade.

A Melhor Maneira de Servir

A Igreja constitui uma das me lho res


o por tu ni da de s de traba lho no mundo, pois é um lugar
onde todos pode m, e devem, trabalhar.
O crente c o nsa gra do que deseja ser usado
por Deus pode e nc o n tr a r alg uma forma de ser vi-Lo ou
na E sc ola D o m in ic a l, ou no berçário, nos grupos de
jo v e n s, ou diri gindo um ônibus, fa zen do visitas,
diri gindo uma classe de estu dos bíblicos, e etc.
O serviço cristão fornece opo rt u n i d ad e s de
uma e n o rm e terapia. Todo ser huma no prec isa dedicar-
se a alg uma atividade, para o ben efício do pró xim o. E
nisso, na da se c o m p ar a ao serviço cristão, pois nele não

137
s om ent e ajudamos uma pe sso a a ter uma vida melhor,
mas ta m b é m a preparar-s e para a eternidade.
Hoje em dia, pra ti c a m e n te todas as pessoas
se p re o c u p am com os pro ble m a s que e n vo lv em a
j u v e n t u d e - rebeldia, drogas, sexo e mui tos outros. Mas
são bem poucas as que se d is põe m a lutar para reso lve r
a situação. O m esm o acont ec e na Igreja. Todo s desejam
que o trabalho de jov e ns seja forte e dinâ mico, mas é
mais difícil enco ntr ar crentes disp ostos a liderar o
trabalho de jov en s, do que se enca rre ga r dos outros
min is té rio s da Igreja.
Alguns têm a idéia errada de que é preciso
tr e in a m e nt o especial e grande talento, para se trab alhar
com jo ve ns . Na verdade, os jo v e n s de hoje não são
assim tão diferentes. A e xi gê nc ia básica para uma
pe sso a que vá tra ba lha r com jo v e n s ou crianças é amor.
Até m e s m o os mais difíceis rea gem po s it iv a m en t e a um
a m or cristão paciente e sábio.
A m e lh or m a nei ra de apren derm os a
tr a ba lh ar com jo v e n s é trab alh and o. E x i st e m bons
livros, sem inários para líderes, que e nsin am técnicas
e spe ci ais para esse traba lho - mas a e xper iê nc ia e a
ne ce s si da de ta mbé m são ex ce le nt es mestres.
Já de sc ob rim os que os pais que têm filhos
jo v e n s em certo d ep artam en to , pod e m ajudar muito no
grupo de jo v e n s da idade de seus filhos. Esses, em vez
de se senti rem co ns tr an gi do s no grupo, gera lmen te
fica m satisfeitos de ver os pais en vol vi do s na obra.
Mais cedo ou mais tarde, a m ai ori a dos
jo v e n s pass am por uma fase de de sin te resse e dizem:
“ Não vou m a i s ” . Se o pai ceder, estará c om et en do um
grave erro. Q uando os jo v e n s para m de assistir aos
cultos e reuniões sociais do grupo, daí a pouco
c o m e ç a m a d e sc a m b ar para o m un d o , e a fazer amiz ade
c om outros que os afastam da Igreja.

138
Caso seja necessário, é m e lh o r insist ir em
que os jo v e n s fre qüe nte m todas as at ividades
pro gr am ad as para eles, e, vez por outra, le vem seus
amigos não salvos. Mui tos crentes de hoje for am
co nvertid os na adol esc ênc ia , por amigos que os
le varam a reuniões de jove ns.
Pr ec is am os e nsi na r a nossos jo v e n s o
interesse pelos outros com nosso pró pr io e xem plo
nesse sentido. Alg ué m j á c om pa ro u a Igreja a uma
im en sa peneira. Cent ena s de almas famintas vêm aqui,
à pr oc ura de auxílio para seus p ro ble m a s, mas rec ebe m
tão p o uc a atenção, que pass am direto, sem deix ar
vestígios de sua passa gem .
Se os jo v e n s enx ergarem seus pais fazendo
todo esfo rço para acolh er com a m iz ad e os visitantes na
Igreja, será mais fácil para eles faz ere m o m esm o em
suas reuniõ es, nas quais, in feliz me nte , ta m b é m falta
um pouco de a mo r cristão e aceitação.
O espáço de que dis pomo s não nos permite
m e n c i o n a r todas as outras facetas do trabalho da Igreja
que of erece m op ort u n i d ad e s para ser vir mos a Deus.
Mas uma coisa é certa: se a pre se nta rm os nossos
talentos a Deus, ele nos guiará para um im port an te
ministério.
Não ig no re m os certos traba lho s tais como
be rçário e grupos de p r é -a dol e sc en t es ou o coro. Quem
não sabe cantar, talvez possa ser assis ten te do coro
infantil ou ju ve ni l. Os home ns pode m faz er outros
traba lhos co mo c on ser tos e limpezas, c uid ado s com o
j a r d i m ou quintal da Igreja. Outras opções de serviço
são vis itação e classes de Esc ol a Do mi nic al .
Hoje em dia ouve-se falar muito em
e n v o lv im e n to pessoal, e é e xa ta m e n te isso que os
crentes de ve r ia m fazer na Igreja. N esse en volv im e n to
cristão, eles não apenas aj uda m a outros mas ta m b é m
estão pa rt ic ip a n d o da ma ior obra do mundo.

139
En si na r é uma coisa que fa zem os com
resul tad os eternos. A Igreja oferece muitos trabalhos
para o crente cheio do Espírito.

A Igreja e o Trabalho Feminino

O e n volv im e nto das mulheres cristãs nas


atividades da Igreja tem apoio bíblico e repre sen ta uma
e no rm e con quist a do cris tia nis mo .
É c om pre ens íve l - mas não aceitável - que
os co nd ic i o n am e n to s cu lturais da soci ed ad e tenham
favo re ci do posturas d is cr im in a tó ri a s co ntra a
pa rt ic ipa ção da mul he r nas ativida des eclesiásticas. No
entanto, este não é o e nsi no da Pala vra de Deus.

1. O resgate da mulher no cristianismo.


Uma das grandes c onq uis ta s do c ris tia nis mo
foi resg ata r a mul he r e el evá -la à sua ve rdadeira
c on diç ão diante de Deus.
Vê-se este pro pó si to , ini cialmente, na
pró pr ia li nha ge m de Cristo (Mt 1.3,5,6,16). Mate us na
sua gen eal og ia refere-se aos ancestrais som ent e pelo
lado paterno, mas de início dá destaque a quatro
mulheres:

Tamar Raabe B at e -S e b a M aria

M a r ia - das quais apenas sobre a última não


pesa va n e n h u m deslize moral. Ta m a r preva ric ou com o
sogro (Gn 38.12-30) , Ra abe vivia como pro s tit uta em
Jericó (Js 2.1; Hb 11.31) e Ba te -S e ba cedeu aos
enlevo s de Davi (2Sm 11.1-4).
Tais registros e n ce rr a m algumas razões:

140
-» Deus não oculta as trans gressõ es dos pe rs on ag e ns
bíblicos. É tão claro esse p ro pós ito que Mateu s
substitui o nome de B at e- S eb a pela seguinte
declaração: “ a que f o i m ulh e r de Urias". Deus
assim o fez porqu e isso serve de a dvertên ci a para
os crentes h o d i e r n o s 1 quanto à sua fali bili dad e e
co nse qü e nt e d e p en dê nc ia da graça divina;
-» Fica sub en te nd id o nas Sagradas Escritu ras que
elas se a rr ep end eram de suas falhas morais e
m u d a ra m de atitude porque creram na obra
rede nto ra futur a de Cristo, que alcançou todos os
fiéis do Antigo Te s ta m e n to (cf. Hb 11.1,2,32-40).
-> O a p ar ec im e nt o de seus nome s na ge nea lo gia de
Cristo, com o e x ce ç ão à regra, em na da o dim inui,
antes ex alta a Sua e nca rna ção com o nosso
c o m p a s s iv o e graci oso R e d e n to r e dign if ica a
m u lh e r com o parte da lin ha ge m que su scitou o
R e d e n to r da de caí da raça humana.

2. O resgate no ministério de Cristo.


Este e nfo qu e é visto, tam bé m, no minist ério
de Jesus. Além dos 12 discípulos, a parecem diversas
mu lheres que o seguem por onde que r que vá (Lc 8.1-
3). A lg um as são citadas até pelo nome - M ar ia
M a dal e na , J oa na e Suz an a - co mo pessoas que não só
o a c om pa nh a ra m , mas co ntri buí ram co m seus bens para
a m a nu te nçã o do seu ministério.
No episó di o da ressurr eição, por sua vez,
para co n fr o n ta r o fato de o pecado ter ent rado no
mu nd o pela pr im ei r a mu lher, Deus pe rmite que duas
das seguidor as de Cristo - M aria M ad a le n a e a outra
M aria - sejam as prim eir as a vê-lo res su s ci ta do e
ten ham o pr ivi lég io de dar a boa nova em pri m ei r a mão
aos discí pulo s (Mt 28.1-10).

1 Rel at ivo aos dias de hoje; atual.

141
Por que elas primeir o, e não eles? Para
deix ar nítida a sua ve rdadeira posição no crist ia nis mo
i n c i p i e n t e 1.

3. A posição da mulher na Igreja Primitiva.


Com a ascensão de Cristo, inicia-se o
pr oce sso de inauguração da Igreja, que cu lm in ou no dia
de Pe nte cos te s, e mais uma vez as mulheres são
pa rti ci pa nte s desde a p ri m ei r a hora, inc lui ndo-s e no
grupo a mãe de Jesus (At 1.14).
S ub en te nde -s e que elas viram o Senhor subir
ao céu, participa ra da a ss e m blé ia que escolheu o
s uc e s so r de Judas e est a va m pre sen te s no dia em que o
Espí ri to Santo desceu sobre a Igreja.
Se foi assim desd e o princípio, por que
ne gar-lhes, hoje, o direito de serem usadas pelo Senhor
no papel que lhe c ouber dentro do Reino de D eu s? Não
se trata, aqui, de sub sti tu ir o hom e m em sua função
dentro da estr utura social, fa m ili a r e religiosa, mas
p e rm it ir que a mul he r preste a sua efetiva contribuição,
co mo indiv íduo , na obra de Deus.
As mu lheres se de sta cam , tam bé m, na Igreja
Pr im iti va , pelo seu e n v o lv im e n to no serviço de
ass is tê nc ia social.
A prim eir a a ser m e n c i o n a d a é D orc as (At
9.36-42) , que m ovid a pelo a mo r de Deus, emp regou sua
vida a servir ao próxim o, na ci dad e de Jope, com atos
de caridade. É tanto, que sua morte trouxe grande
trist ez a a pont o de Pedro ser c h a m a d o para orar em
fa vo r de sua ressurreição. U m fato c ham a a atenção na
história: ela é ta mbé m c h a m a d a de discípu la (At 9.36).
A s egu nda aparece na ep ísto la de Paulo aos
R o m a no s. Tr ata-se de Febe, da Igreja em Cencréia,
re c o m e n d a d a pelo apóstolo para que fosse rec ebi da

1 Que está no começo; principiante.

142
com a me sm a ho s pit al ida de com a qual h o n ra v a m -s e os
servos de Deus (Rm 16.1.2).
No grego, o termo em pr eg ad o para servir é
d ia k o n o n , que im pl ic a em afirmar, sem ne nhum a
sombra de dúvida, que ela ex ercia uma perfeita
diaconia. No original o referido termo no ve rsículo 1,
da referência anterior, está na form a m a sc u li n a e sem
artigo definido, co nc e rn e nte ao trabalho de Febe na
Igreja de Cencréia, porto oriental de Corinto, da qual
distava uns 13km.
Toda via , o texto de Paulo vai mais além,
quando lista uma série de outras mulh eres co operad ora s
do seu minist ério apostólico.
Inicia lme nte aparece o casal Pris ci la e
Áquila, em cuja casa tam bé m se reunia uma Igreja (Rm
16.3). Seg un do alguns eruditos, o fato de a e sp os a ter
sido citada prim eiro não é mera regra proto co lar, pois a
literatura de então não adm iti a esse tipo de gesto. E
tanto que na hora de saudar o casal A ndr ônic o e Júnia,
Paulo o faz na ordem marido e m u lh e r (Rm 16.7).
Pr ess upõe -s e, portanto, que Priscila ex ercia algu ma
função de liderança.
M e n c io n a m -s e , ainda, de fo rm a específica,
Maria, Trifena, Trifosa e P ér sid e co mo mul he res
de dicadas ao serviço de Deus (Rm 16.6,12). O que elas
faziam o texto não esclarece, mas é um det al he de
me nor impo rtânc ia. O que conta é o re c o n h e c im e n to de
Paulo pelo traba lho que prestavam.

4. A importância do trabalho fe m in in o na Igreja.


4.1. A Bíblia respalda o trabalho f em inin o na Igreja.
Os que ap elam para IC o rí n t io s 14.34 - “as
mulh ere s esteja m cala das nas ig r ej a s ” - fazem uma
he rm e nê uti ca errada e isolada do texto, que c ontr a ri a a
atitude do apóstolo em re c o n h e c e r a de dic aç ão

143
feminina, bem como co nflita com o IC o rí n t io s 11.5,
onde ele admite que elas orem ou profetizem.
Segundo Do na ld Stamps, “<? v. 34 (de IC o
14) p o d e ser interpretado pe lo 35, i.e; a pro ib iç ã o das
m ulh ere s int erromperem o culto com p e r g u n t a s que
p o d ia m ser feitas em casa".

4.2. A Igreja necessita do trabalho feminino.


Além das razões bíblicas já apresentadas, há
outras que reforçam a tese em favor do trabalho
femin ino na Igreja.
'A Foge à lógica pen sar que um segme nto tão
grande, maior do que o dos homens, não tenha
n e nhu m a co ntribuição a prest ar na obra de Deus.
S As mulheres têm m a io r sens ibilida de para atuar
em áreas nas quais o sexo m asc uli no pouco
produz.
S Nem sempre os homens se mo st ra m dispo stos a
agir. Nessas horas, elas se revel am mais corajosas
e se con stitue m em fonte de estí mu lo na Igreja.
S Sem ne nh um s u b t e r f ú g i o 1, qua ndo eles não querem
m esm o fazer, são elas a que m Deus usará para
levar adiante o seu propósito.

4.3. O cristianismo resgatou a mulher e a elevou à


sua verdadeira condição diante de Deus.
Na Igreja Primitiva, ela ocupou o seu espaço
e teve o seu trabalho reconhecido. Cabe à Igreja, hoje,
c o m p re e n d e r que a dedicação fe m in in a na obra do
Se n h o r não é menos im po rt an te do que o trabalho
e m p re en d id o pelos homens.

1 Ardil empregado para se esqui var a dificuldades; pretexto,


evasiva.

144
Questionário
■ Assinale com “X ” as alternativas corretas

6. É incoerente dizer que


a)|_j Obrigar uma cria nça a assistir aos cultos não
faz com que ela se volte co ntra a Igreja
b')|__| Não tenh amo s me do de tom ar a decisão por
nossos filhos, de que eles devem ir aos cultos
c)lxl Se for çarmos os filhos, na adoles cên ci a, a irem
à Igreja, eles se tornarã o revoltados c ontra ela
d O Os filhos prec isa m muito da Igreja e da chance
que ela lhes oferecem para adorar a Deus

7. A “ho sp ita lid ad e com objetivo c e r t o ” é uma fo rm a


de serviço que tem suas raízes na-»__ , _ i . , m a s é
base ad o no ", \ ___, e com vistas à obra de
j í ,,
a ) IX] Igreja, 1ar e ga nhar almas
b ) M Família, a mo r e faz er amigos
c ) I__ I Caridade, car inho e gratidao
d ) 0 Anti guidade, e va ng e lis m o e dar con sel hos 8

8. T r aba lho difícil de e nco ntr ar crentes dis posto s a


liderar do que os outros minis tério s da Igreja
a) |______ | E sc ola D om in ic al
b) |_J Li deran ça das crianças
c) I I Li deran ça das irmãs
d) [xj L id era nç a de jo v e n s

M arque “ C ” para Certo e “E ” para Errado

9.|(g| Na gen eal ogia e xp ost a no Ev a ng e lh o de M ate us é


m e n ci o n ad o quatro mulhe res, a saber: Pérside, Febe,
B at e- S eb a e Mar ia
10 . O cris tia ni sm o resgatou a m ulh e r e a el ev ou à
sua v erda de ir a c ond içã o diante de Deus

145
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