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Direito Processual Penal – Das Provas

(CESPE/MPE-PI/2019)
01) No âmbito do processo penal, considera-se prova não repetível
A) o processo administrativo sancionador conduzido por autoridade competente e submetido a amplo
contraditório.
B) a gravação de conversa informal entre indiciado e policial.
C) o depoimento de testemunha internada em hospital e em grave risco de morte.
D) o depoimento de testemunha prestado no inquérito policial, ainda que esta se recuse a comparecer em juízo.
E) o reconhecimento do acusado feito pela vítima na delegacia.
Comentário:

CPP/41. Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

Provas
Provas produzidas imediatamente, pois a demora de sua produção pode acarretar no
Provas
desaparecimento do objeto da prova. Contraditório postergado; Dependem de autorização judicial.
Cautelares
Ex: Interceptação Telefônica.
Provas, que só são produzidas, apenas uma única vez, não sendo possível nova produção. Não
Provas
dependem de autorização judicial e o contraditório é postergado.
Não Repetíveis
Ex: Exame de corpo delito.
Provas que possuem o contraditório real, sendo realizadas em situação processual diversa (pré-
Provas
processual) daquela legalmente prevista. Depende de autorização judicial.
Antecipadas
Ex: testemunha em estado terminal.
Fonte: https://taisailana.jusbrasil.com.br/artigos/325557392/qual-a-diferenca-entre-provas-cautelares-nao-repetiveis-e-antecipadas

Gabarito: Letra A.
(CESPE/PC-PE/2016)
02) Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo, embora indispensável a perícia
técnica que descreva os vestígios materiais e indique os instrumentos utilizados, ela pode ser suprida pela
confissão espontânea do acusado.
Comentário:

CPP/41. Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto
(o perito realiza o exame de corpo delito diretamente sobre o vestígio deixado) ou indireto (o perito realiza
o exame com base em informações verossímeis fornecidas a ele), não podendo supri-lo a confissão do
acusado.

CPP/41. Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa,
ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por
que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado.

Gabarito: Errado.
(FUMARC/PC-MG/2018)
03) A prova testemunhal não poderá ser determinada de ofício pelo juiz.
Comentário:

CPP/41. Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas
pelas partes.

Gabarito: Errado.
(FEPESE/PC-SC/2017)
04) Em matéria de prova processual penal, assinale a alternativa correta acerca dos documentos.
A) Terá o mesmo valor que o original, a fotografia devidamente autenticada.
B) Por documento se entende apenas o escrito, em papel, produzido ou subscrito por particular.
C) Para ter validade, os documentos em língua estrangeira devem estar traduzidos por tradutor público.
D) As cartas particulares, mesmo que obtidas de forma ilícita, serão consideradas como documentos hábeis para
prova em juízo.
E) Os documentos, para servirem como provas hábeis, deverão ser submetidos a exame pericial.
Comentário:

Letra A: Correta.

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CPP/41. Art. 232. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou
particulares.

Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original.

Letra B: Errada.

CPP/41. Art. 232. Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo
valor do original.

Letra C: Errada.

CPP/41. Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se
necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade.

Letra D: Errada.

CPP/41. Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, não serão
admitidas em juízo.

Letra E: Errada.

CPP/41. Art. 235. A letra e firma dos documentos particulares serão submetidas a exame pericial, quando
contestada a sua autenticidade.

Gabarito: Letra A.
(MPE-MS/MPE-MS/2018)
05) Indício, no Código de Processo Penal, possui, exclusivamente, o significado de prova indireta, como
elemento de prova.
Comentário:

CPP/41. Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato,
autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.

O indício pode ser tanto uma prova indireta, quanto uma prova semiplena.

Prova Indireta
No sentido de prova indireta, a palavra indício deve ser compreendida como uma das espécies do gênero
prova, ao lado da prova direta, funcionando como um dado objetivo que serve para confirmar ou negar
uma asserção a respeito de um fato que interessa à decisão judicial. É exatamente nesse sentido que a
palavra indício é utilizada no art. 239 do CPP, onde se diz: 'considera-se indício a circunstância conhecida
e provada que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras
circunstâncias'.
Prova Semiplena
Apesar de grande parte da doutrina referir-se aos indícios apenas com o significado de prova indireta, nos
termos do Art. 239 do CPP, a palavra indício também é usada no ordenamento processual penal pátrio com
o significado de uma prova semiplena, ou seja, no sentido de um elemento de prova mais tênue, com
menor valor persuasivo. E com esse significado que a palavra indício é utilizada nos arts. 126, 312 e 413,
caput, todos do CPP.
Fonte: DE LIMA, Renato Brasileiro. Manual de Processo Penal. 2017. P. 592/593

Gabarito: Errado.

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