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Warthog Special Operations

Nha Trang Base Camp


Curso Básico de Airsoft Scout Sniper nível 2
Plano de Ensino do SSR-DI-002 20/1

Nota de Instrução UD15


Módulo 05 – Orientação e Navegação Terrestre
UD15 Generalidades sobre Orientação e Navegação Terrestre (ONT)
Carga Horária 01 hora-aula Escopo Teórico

Objetivos
Esta Unidade Didática específica visa os seguintes objetivos:

• Apresentar os conceitos básicos sobre Orientação e Navegação Terrestre;


• Padronizar as atitudes e procedimentos em ONT;
• Apresentar algumas técnicas de navegação;

Pré-requisitos
Não há.

Desenvolvimento da Sessão de Instrução

5.1 Generalidades sobre Orientação e Navegação Terrestre


5-1. O operador scout sniper, ao ver-se isolado na selva ou em áreas de cobertura vegetal de alto risco e
tendo necessidade de sobreviver, tenderá naturalmente a movimentar-se em uma direção qualquer, em busca
de socorro.
5-2. Será normal esta precipitação, mas totalmente errada, pois muitos já perderam a vida por se terem
deixado dominar pela ânsia de salvar-se, anda a esmo e entrará, fatalmente, em pânico.
5-3. Nessa situação de emergência é essencial que sejam observadas rigorosamente as seguintes regras,
mnemonicamente expressas pela palavra E - S - A - O - N:
• “E” - ESTACIONE - fique parado, não ande à toa.
• “S” - SENTE-SE - para descansar e pensar.
• “A” - ALIMENTE-SE - saciando a fome e a sede, qualquer um terá melhores condições para
raciocinar.
• “O” - ORIENTE-SE - procure saber onde está, de onde veio, por onde veio ou para onde quer ir,
utilizando-se do processo que melhor se aplique à situação.
• “N” - NAVEGUE - desloque-se na direção selecionada.
5-4. O “estacionar” e “sentar-se” independerão de maiores conhecimentos; o “alimentar-se” exigirá, na falta
de víveres e água, a aplicação de recursos de emergência para obtê-los da própria selva, o que o que é
apresentado no nosso Curso de Adaptação ao Ambiente de Selva ou Áreas de Cobertura Vegetal de Alto Risco.
5-5. Quanto ao “orientar-se” e “navegar”, estes assuntos serão abordados nas aulas seguintes, os seus
diferentes processos.

5.1.1 ORIENTAÇÃO
5-6. Como visto no EASON, a orientação nada mais é do que se “localizar”, ou seja, o operador deve
identificar onde se encontra em um determinado espaço físico, a localidade em si.
5-7. Mais ainda, orientação visa, em uma situação de emergência, resgate ou salvamento, o principal em
uma atividade de “Orientação” é localizar onde se está, localizar também seu objetivo, ou seja, para onde se
quer ir e o mais importante, que é o como e por onde se irá até o objetivo proposto.
5-8. Durante a fase de “planejamento” na Orientação se deve considerar todas as rotas possíveis, para que o
objetivo seja atingido.
5-9. Essa consideração leva em conta:
• Distância a ser percorrida;
• Grau de dificuldade do deslocamento;
• Tipo de terreno a ser coberto;
• Tipo de cobertura vegetal;
• Obstáculos pelo caminho;
• Segurança, Segurança e Segurança no deslocamento.
• Onde estou? Para onde eu vou? Como e por onde eu vou?
5-10. A Orientação pode ser feita através de:
• Conhecimento cabal do terreno;
• Conhecimento de guias locais e mateiros;
• Através de Cartas Topográficas e Mapas;
• Através de Pictomapas;
• Através de Fotografias Aéreas ou Imagens de Satélites;
• Uso de programas com mapeamento georreferenciado.

5.1.2 NAVEGAÇÃO
5-11. A Navegação nada mais é do que escolher o melhor caminho que irá de onde eu estou até para onde eu
devo ir.
5-12. A forma mais básica de navegação é a operacional, em que temos um ponto de referência (que
podemos chamar de PC – Ponto de Controle) e a partir daí, temos uma direção em “azimute” e uma “distância”
a ser percorrida.
5-13. O azimute é dado através do uso da bússola e suas graduações dadas em “graus”.
5-14. Já o deslocamento é medido em “metros”, através de um sistema referencial, que pode ser:
• Passos simples ou passos duplos;
• Trena improvisada.
5-15. Para a navegação “expedita”, independente do método de medida escolhido, temos que considerar a
necessidade de uma “Equipe de Navegação”. Teoricamente uma equipe de navegação na selva compor-se-á de
4 homens:
(1) Homem-ponto: será aquele lançado à frente para servir de ponto de referência; portará um facão para
abrir a picada e uma vara ou bastão descascado;
(2) Homem-bússola: será o portador da bússola e deslocar-se-á imediatamente à retaguarda do homem-
ponto; deverá manter a bússola amarrada ao corpo para não perdê-la; quando não estiver sendo utilizada,
deverá estar fechada. Fazendo uso da bússola no interior da selva, observa-se que os homens tendem a
apresentar um desvio diferente para uma mesma distância e azimutes percorridos;

(3) Homem-passo: será aquele que se deslocará atrás do homem-bússola, com a missão de contar os passos
percorridos e transformá-los em metros. Para desempenhar esta função, deverá ter passo aferido com
antecedência, o que deve ser feito do seguinte modo:

(a) Em terreno de selva, medir e marcar, aleatoriamente, a distância de 300 metros, sendo 100 metros em
terreno plano, 100 metros em descida e 100 metros em subida.

(b) Percorrer esta distância contando o número de passos simples para cada trecho de 100 metros.

(c) Obter a média e concluir: 100 metros são percorridos em P passos simples.

OBSERVAÇÃO: A utilização do passo simples é mais conveniente do que a do passo duplo. Nos
deslocamentos haverá necessidade de parar, visando escolher caminhos, sendo assim é desejável ter sido
obtido um número inteiro até então.

(4) Homem-carta: será o que conduzirá a carta (se houver) e auxiliará na identificação de pontos de referência,
ao mesmo tempo lançará nessa carta pontos que mereçam ser locados. É interessante que o homem-carta
procure sempre o deslocamento através da “linha seca”, pois isto evitará o desgaste próprio e/ou do grupo no
sobe e desce dos socavões.

5-16. OBSERVAÇÃO: Caso não exista carta, a equipe de navegação será reduzida a três homens. Existindo
apenas 2, um será o homem-ponto e o outro acumulará as funções do homem-bússola com as do homem-
passo. Será interessante e muito aconselhável que todos os homens que integram um grupo tenham
conhecimentos do emprego da bússola e possuam o passo aferido, o que possibilitará o rodízio de funções. O
uso do facão de mato será restrito quando não se quiser deixar pistas.

5.1.2.1 Métodos básicos de navegação


5-17. Resumidamente, seguem algumas técnicas de navegação.

Fig. 5-1. Técnica do Quadrado Crescente


Fig. 5-2. Processo Retangular

Fig. 5-3. Processo do Leque

Fig. 5-4. Desvio de obstáculo pelo processo de compensação com passos e ângulos retos.

Referencial *
Os materiais constantes no Referencial do curso.

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