RIMA

Relatório de Impacto Ambiental

PROJETO
PEDRA BRANCA

2017
RIMA
Relatório de Impacto Ambiental

PROJETO
PEDRA BRANCA
 Sumário
EMPREENDEDOR
Vale Dourado Mineração Ltda. APRESENTAÇÃO 7
CNPJ: 14.732.559/0003-82
Sítio Anapolino, Lote 14 Qd 51. Bairro Gleba Marabá
Água Azul do Norte . PA . Brasil
O EMPREENDIMENTO 8
CONTATO
Luis Maurício F. Azevedo
Representante legal
ÁREAS DE INFLUÊNCIA 18
+55 (021) 2439-5700 / (021) 98876-9802

EMPRESA RESPONSÁVEL PELO RIMA COMO É A REGIÃO ? 28

TERRA LTDA
CNPJ: 04.015.340/0001-47
Av. Governador José Malcher, 2306. 3° Andar O QUE VAI MUDAR E O QUE PODE SER FEITO ?
Belém. PA. Brasil
65

CONTATO
Tony Carlos Dias da Costa RESUMINDO
Diretor executivo 72
+55 (091) 3212 0294

GLOSSÁRIO 73

EQUIPE 78
 Apresentação
Este Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) foi elaborado com base no Estudo de
Impacto Ambiental (EIA), reunindo as principais informações sobre o Projeto Pedra
Branca, cada etapa do mesmo, o porquê da sua implantação, as informações de
localização, características ambientais locais e aspectos socioeconômicos da região.

O RIMA tem o objetivo de disponibilizar as conclusões do Estudo de Impacto Ambien-

tal (EIA), com uma linguagem objetiva e acessível à população para que a sociedade
civil, grupos ou entidades afetadas e interessadas tenham um melhor entendimento
sobre o empreendimento e todos os aspectos estudados no EIA.

O EIA e o RIMA foram construídos para subsidiar o processo de licenciamento am-

biental do Projeto Pedra Branca, junto ao órgão ambiental competente, nesse caso
a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS-PA, e outras
partes interessadas como a população local, para que possam avaliar a viabilidade
do projeto e conhecer as principais alterações, positivas e negativas, que ele deverá
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

causar no ambiente, na sociedade e na economia da região.

De modo geral, o EIA abordou os temas abaixo identificados:

Projeto Pedra Branca

1. Descrição das etapas de implantação, operação e desativação do empreendimen-
to, com destaque para as atividades que possam causar alterações ambientais.

2. Diagnóstico Ambiental das condições físicas, bióticas, sociais, culturais e econô-

micas encontradas na região e que poderão ser atingidas pelo empreendimento.

3. Avaliação das potenciais alterações (impactos) de provável ocorrência no ambien-

6 te durante as obras de construção, operação e desativação da atividade mineral. 7

4. A partir dos impactos ambientais, foram propostas ações, na forma de programas

e medidas, para amenizar as alterações negativas e aumentar o efeito dos benefí-
cios decorrentes do empreendimento.

Portanto, cabe ao RIMA apresentar de forma objetiva as principais informações e

conclusões do EIA do Projeto Pedra Branca.
 O Empreendimento

O Empreendimento LOCALIZAÇÃO

Trata-se de um empreendimento de exploração mineral, mais especificamen-

te de cobre, ouro e prata, denominado Projeto Pedra Branca, localizado no
município de Água Azul do Norte, na Região Norte do Brasil, Estado do Pará
em uma área de 3.195,07 hectares.

O projeto Pedra Branca deve integrar o Plano de Mineração do Estado do

Pará 2013-2030 da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Mineração
– SEDEME do Governo do Estado do Pará.

OBJETIVO
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Qual é o objetivo
do projeto ?

Projeto Pedra Branca

Basicamente, o empreendimento
prevê a exploração mineral por meio
de lavra subterrânea dos minérios
de cobre, ouro e prata, incluindo a
8 9
instalação de uma planta de
beneficiamento, com capacidade de
1000.000 toneladas por ano.
 O Empreendimento

ALTERNATIVAS LOCACIONAIS

Por ser um empreendimento de mineração, a localização do projeto está diretamente
ligada à localização da jazida mineral. Três alternativas locacionais, conforme mapas
a seguir, foram avaliadas para definir uma planta que gere menos impactos na ADA,
JUSTIFICATIVAS bem como mínimas intervenções na ordem física (Topográfica e Localização das Dre-
nagens).

Justificativas Socioeconômicas Os principais aspectos para definir a localização da planta foram classificados em qua-
tro cores, de acordo com o nível de interferência, conforme a ilustração abaixo.

No contexto socioeconômico, o projeto se justifica em função da geração

ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS Alternativa Alternativa Alternativa
de empregos; elevação do capital social; promoção de um ambiente de
CONSIDERADOS 1 2 Final
inclusão; perspectivas favoráveis a economia local e regional, e
preferência por serviços no território paraense.
Intervenção na vegetação e fauna

Intervenção em áreas de preservação

Justificativas Ambientais permanente

Intervenção na qualidade do ar,

Do ponto de vista ambiental, o projeto se justifica, uma vez que a extração ruídos e vibrações
de minério para produção de concentrado de cobre será realizada com
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

avaliação técnica permanente e planejamento de mina focado na Intervenção na topografia e processos

geração de condições ambientais e riscos ecológicos aceitáveis, erosivos
abrangendo todas as etapas do projeto. Assim, o uso de recursos
ambientais, tais como solo e águas serão explorados de forma Intervenção nas águas superficiais e

Projeto Pedra Branca

responsável e ecologicamente corretos. Também serão adotadas subterrâneas
medidas para controle de impactos relacionados ao lixo gerado, aos
efluentes, e ruídos. Como exemplo de medidas de controle, tem-se Intervenção na comunidade aquática
cortina vegetal.

Intervenção em centros urbanos

10 11

Incômodo em propriedades rurais,

Justificativas Locacionais
vilas e assentamentos

Potencial de intervenção em áreas de

As justificativas locacionais são em função do potencial geológico; altos ocorrência de patrimônio arqueológico
teores de cobre observados na pesquisa mineral e pela legalização de
áreas previamente autorizadas pelo Departamento Nacional de Pesquisa
Mineral.
Baixa Média Alta Crítica
12
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

MAPA DA ALTERNATIVA LOCACIONAL 1

Projeto Pedra Branca

13
14
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

MAPA DA ALTERNATIVA LOCACIONAL 2

Projeto Pedra Branca

15
16
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Projeto Pedra Branca

17
 Áreas de influência ADA
Área Diretamente Afetada
Representa os terrenos dedicados à implantação física
das estruturas do empreendimento e onde ocorrerão os
As áreas de influência correspondem às porções territoriais suscetí- impactos diretos decorrentes da implantação, operação
e desativação do empreendimento.
veis, de forma direta ou indireta, às ações do empreendimento du-
rante suas etapas de planejamento, implantação, operação e desati-
vação. Essas áreas são divididas em três.

AID
Área de Influência Direta
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Área geográfica, contíguo e ampliado da ADA, cuja

incidência dos impactos advindos da implantação,
operação e desativação do empreendimento ocorrem de
forma direta sobre os recursos ambientais, modificando
a sua qualidade ou diminuindo seu potencial de
conservação ou aproveitamento e sobre o uso e
ocupação do solo.

Projeto Pedra Branca

18
AII 19

Área de Influência Indireta

Corresponde a porção do território onde os
componentes dos meios Físico, Biótico e Socioeconômico
estarão sujeitos, de forma real ou potencial, aos impactos
indiretos decorrentes das atividades e processos,
durante as etapas de implantação, operação e
desativação do empreendimento.
 Áreas de influência

Agora que já entendemos o que são as áreas de influência, iremos
apresentar os critérios que foram definidos para o Projeto Pedra
Branca. Devido às diferenças das possíveis transformações que po-
derão ocorrer nas águas, no relevo, no solo, nos animais, na vegeta-
ção e na população, foram definidas duas áreas de influência: uma
para entender a influência que o empreendimento irá causar nos ani-
mais, vegetação, clima, ar, relevo, rochas, terra, córregos e rios (Meio
Físico e Biótico) e outra para entender a influência no homem e seu
modo de vida (Meio Socioeconômico).
ADA para os meios físico, biótico e socioeconômico: A Área Diretamente Afe-
tada (ADA) representa os terrenos dedicados à implantação física das estruturas do
empreendimento e onde ocorrerão os impactos diretos decorrentes da implantação,
operação e desativação do empreendimento. Porém, para o Meio Socioeconômico,
na ADA não foram localizadas propriedades ou comunidades.
AID para os meios físico e biótico: A Área de Influência Direta para os meios físi-
co e biótico corresponde parte da microbacia hidrográfica do Igarapé Pedra Branca
(afluente do Rio Parauapebas), na qual a área do Projeto está inserida, e, no caso do
acesso (que liga a área de intervenção à PA-279), uma faixa de servidão de 500 m
(ficando 250 m para cada lado). Essas áreas serão as áreas que sofrerão maiores in-
terferências associadas ao projeto, capazes de alterar as características do ambiente
atual.

AID para o meio socioeconômico: Além das sedes dos municípios de Água Azul
do Norte e Canaã dos Carajás, foram consideradas as seguintes ocupações: Vila Fei-
Meio
Áreas de Influência tosa, Assentamento Brasília e as fazendas ao longo do trajeto até a área do empre-
para o clima, ar, relevo,
rochas, terra, córregos
FÍSICO endimento. O município de Água Azul do Norte em função da localização da reserva
mineral, e o de Canaã do Carajás em função da proximidade com a área de interesse
e rios.
e, por possuir melhor infraestrutura urbana (hospitais, hotéis, instituições financeiras,
comércios, delegacias, escolas, terminal rodoviário, entre outros). Essas áreas, por-
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

tanto, estarão suscetíveis aos impactos diretos com a execução da atividade de mina.

AII para os meios físico e biótico: A Área de Influência Indireta para os meios
físico e biótico foi definida como uma distância de 2 km a partir da AID, objetivando
manter uma área de segurança para potenciais impactos que possam ultrapassar os

Projeto Pedra Branca

Meio Áreas de Influência
limites da AID.
BIÓTICO para os animais
e a vegetação.
AII para o meio Socioeconômico: Considerou-se os municípios de Água Azul do
Norte e Canaã dos Carajás. É no município de Água Azul do Norte que está localizado
a área de interesse do Projeto Pedra Branca, sendo, portanto, o principal arrecadador
dos impostos oriundos da atividade de mina. No caso do município de Canaã dos
20 Carajás, dá-se pela busca por atendimento a serviços públicos e infraestrutura, e por 21
estar mais próximo ao empreendimento.

Áreas de Influência
para o homem
Meio
e seu modo de viver SOCIOECONÔMICO

Confira os mapas das áreas

de influência a seguir !
 MAPA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DOS MEIOS FÍSICO
E BIÓTICO

Vila
Feitosa
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Projeto Pedra Branca

22 23
 MAPA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO MEIO SOCIOE-
CONÔMICO (AII)

Sede municipal

Projeto Pedra Branca

RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Sede municipal

Projeto Pedra Branca

10 0 10 20 30 km

24 Legenda 25

Área Diretamente Afetada (ADA)

Área de Influência Direta (AID)
Sede municipal de Água Azul do Norte
Sede municipal de Canaã dos Carajás
Área de Influência Indireta (AII)
Canaã dos Carajás
Água Azul do Norte
 MAPA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO MEIO SOCIOE-
CONÔMICO (ADA E AID)
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Projeto Pedra Branca

26 27
 F
Meio

FÍSICO

Como é a região?
Agora serão apresentadas as características da área onde o Projeto
Pedra Branca será instalado.
Os animais, vegetação, clima, ar, relevo, rochas, terra, córregos e rios
das áreas de influência do Projeto, assim como as cidades, vilas, as-
sentamentos e comunidades são descritos neste capítulo, pois é im-
portante conhecer a região para poder dizer o que poderá mudar
com a chegada do empreendimento.
Para entender melhor, vamos apresentar essas características orga-
nizadas da seguinte forma:
CLIMA
Em Água Azul do Norte, município onde está situado o projeto, o clima é caracte-
rizado com variações baixas da temperatura do ar, apresentando uma média de
27,7ºC.
Na região podemos observar dois períodos em relação a chuva: o período menos
chuvoso (maio a outubro) e o mais chuvoso (novembro a abril). O mês de abril é o
que apresenta maior quantidade de chuva e o mês de julho é o qual registra menor
volume de chuva.

QUALIDADE DO AR
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

F
Meio Como podemos observar no esquema abaixo, destacam-se duas camadas na at-
mosfera: a troposfera, onde ocorre a maioria dos fenômenos relacionados com a
FÍSICO poluição do ar e a estratosfera, onde ocorrem também os fenômenos da diminui-
ção da camada de ozônio.

Projeto Pedra Branca

f e ra
o s

B
Meio Ex ra
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28 BIÓTICO Te
rm os 29

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Meio Tro
p

P
SOCIOECONÔMICO
 F
Como é a região?

part F
ases ic ul
g a

do
s
Para o desenvolvimento do
estudo de qualidade do ar SO2
realizado em Água Azul do
Norte, adotou-se três parâ-
PTS
metros, sendo eles: monó-
xido de carbono (CO), dió-
CO
xido de enxofre (SO2), que
são compreendidos como
gases, e partículas totais em
suspensão (PTS), caracteri-
zada como particulado.

IQA
Índice da Qualidade do Ar

O Índice de Qualidade do Ar (IQA) é uma forma prática de apresentar a qualidade do ar AGV PTS APV TRIGÁS
através de cores, que estão relacionadas com os limites máximos de concentração que a lei
permite para cada tipo de poluente.
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

As concentrações dos poluentes analisados ficaram abaixo do limite

A análise foi realizada em duas campanhas, sendo no período seco (outubro/2015) e período máximo estabelecido pela lei, variando de regular para boa, conforme
chuvoso (março/2016). Os equipamentos utilizados para a coleta dos gases e particulados ilustrado abaixo.
são: AGV PTS e APV TRIGÁS.
QUALIDADE NO QUALIDADE NO

Projeto Pedra Branca

POLUENTE
PERÍODO CHUVOSO PERÍODO SECO

REGULAR INADEQUADA

SO2 REGULAR BOA

30 31
BOA
IQA MÁ
PTS BOA BOA

CRÍTICA PÉSSIMA

CO BOA REGULAR
Classificação da qualidade
do ar segundo o IQA
 F
Como é a região?

RUÍDOS VIBRAÇÕES

O ruído é definido como um som ou um conjunto de sons (desarmônicos) que As fontes naturais de vibrações estão
causam no receptor uma sensação de desconforto e é resultante das diversas relacionadas a fenômenos como ter-
atividades desenvolvidas pelos seres humanos. remotos e aos efeitos de ventos for-
tes em grandes estruturas.
Em zonas urbanas, um dos maiores responsáveis pelo ruído são os veículos
automotivos (carros, caminhões, ônibus). Já as geradas pelo ser humano, estão
relacionadas com a operação de má-
No caso de ambientes rurais, os ruídos são mais intensamente percebidos em quinas industriais, tráfego rodoviário
atividades envolvendo tratores, motosserras, ferramentas manuais, silos e ar- e ferroviário e atividades ligadas à
mazéns. construção civil.

Para a medição de ruídos, utilizou-se o decibelímetro (medidor sonoro), con-

forme a imagem abaixo, em 14 pontos distribuídos na Área de Influência do
empreendimento, tanto pela manhã quanto pela noite.

Você Sabia ?

Você sabia que as fontes de vibração

podem ser naturais ou provocadas
pelo homem?
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Projeto Pedra Branca

Ao longo do estudo, mediu-se a vibração através de 14 pontos (os mesmos pontos utili-
zados para ruídos). As medições foram realizadas a partir de um aparelho denominado
sismógrafo.
Medição diurna Medição noturna
Os resultados mostraram que as vibrações atuais não são capazes de causar danos as
construções, estando em conformidade com a norma técnica.

32 Alguns resultados encontrados estavam 33

acima do valor estipulado pela norma.
Porém, observou-se que os registros
noturnos obtiveram um aumento con-
siderável, condicionados aos sons ge-
rados por animais (sapos, grilos, pássa-
ros e outros) que se tornam mais fortes
nesse período do dia.

Medições de vibrações utilizando o sismógrafo

 F
Como é a região?

RECURSOS HÍDRICOS F
Como é
HIDROLOGIA SUPERFICIAL classificada
a qualidade
O rio Parauapebas está configurado como a principal drenagem para o Projeto Pedra da água?
Branca. Apresenta comportamento de vazão condicionada apenas ao regime anual de
chuvas, para os seus afluentes o comportamento é o mesmo. A classificação da qualidade da
água pode ser medida a partir
As maiores vazões ocorrem no período chuvoso (novembro a abril) e as menores va- do Índice de Qualidade de Água
zões no período seco (julho a dezembro). (IQA). Este índice classifica a água
de um rio em ótima, boa, aceitá-
QUALIDADE DA ÁGUA DOS RIOS vel, ruim e péssima.

Para saber da qualidade das águas dos rios, foram selecionados cinco pontos de amos-
tragem. A água foi coletada no rio Itacaiúnas (pontos SUP01 e SUP02) e em igarapés
(pontos SUP03, SUP04 e SUP05), conforme o esquema abaixo.

As coletas de água foram feitas

RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

duas vezes: uma no período chu-

voso e uma no período seco.
Ponto SUP 1 Ponto SUP 2

Depois de coletadas, foram anali-

sadas e os resultados mostraram

Projeto Pedra Branca

que no período chuvoso, a qua-
lidade da água nos pontos SUP PONTO
QUALIDADE NO QUALIDADE NO
1, SUP 2 e SUP 4 estava BOA, no PERÍODO CHUVOSO PERÍODO SECO

ponto SUP 3 estava ACEITÁVEL

e no ponto SUP 5 a qualidade foi SUP 1
classificada como RUIM.
34 Ponto SUP 3 Ponto SUP 4 35
Durante o período seco, só houve SUP 2
coleta para os pontos SUP 1, SUP
2 e SUP 3, pois os pontos SUP 4 e SUP 3
SUP 5 estavam secos, impossibili-
tando sua coleta.
SUP 4
Os resultados mostraram que a
qualidade da água nos pontos SUP
1 e SUP 2 estava BOA e no ponto SUP 5
SUP 3 estava RUIM.
Ponto SUP 5
 F
Como é a região?

USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA F

Na região onde está inserido o Projeto Pedra Branca, a água é utilizada em diversas
atividades. Os principais usos são:

HIDROGEOLOGIA

As águas que estão armazenadas

abaixo da superfície do solo, as águas
subterrâneas, são estudadas pela hi-
drogeologia. Estas águas são captadas “ aQUÍFEROs SÃO FORMAÇÕES
através de poços. GEOLÓGICAS QUE ARMAZENAM
Em Água Azul do Norte, na área de ÁGUA SUBTERRÂNEA. ”
entorno do projeto, foram encontra-
dos dois tipos de aquíferos, que são
Abastecimento público
de grande importância por armazenar
Irrigação água doce e por abastecer a população
urbana e rural.

Geração de energia
SOLOS
Recreação, turismo e lazer
No município de Água Azul do Norte e nas regiões vizinhas, existem predominantemente 5
Navegação
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

tipos de solos, sendo eles: Argissolo Vermelho, Latossolo Vermelho Amarelo, Cambissolo,
Argissolo Vermelho Amarelo, Neossolos Litólicos.
Pesca
No entanto, na área de estudo prevalece um tipo de solo: Argissolo Vermelho Amarelo.
Atividade Industrial

Projeto Pedra Branca

NASCENTES
36
Nascente, olho-d’água ou fonte é o local onde se
origina um curso de água (rio, córrego, etc.).
Foram identificadas três nascentes na área de in-
fluência do Projeto. Elas compõem o conjunto de
nascentes do Igarapé Pedra Branca, afluente do
Rio Parauapebas.
Baseado no estado de conservação da cobertura
vegetal, as nascentes foram classificadas como
degradadas.
Problemas de erosão foram iden-
tificados, como podemos obser-
var na imagem ao lado. Entretanto
observou-se sua ocorrência restri-
ta, sem afetar diretamente a área
de estudo.
37
Esse fenômeno ocorre durante
chuvas, quando as camadas de
solos são removidas. Caso não
seja controlada, a erosão pode
provocar escavações profundas,
denominada de voçoroca. A terra
e areia levadas pela água da chu-
va, podem ir parar no fundo dos
Erosão do tipo voçoroca
córregos e rios, aterrando esses
cursos d’água.
 F
Como é a região?

F
Você Sabia ?
GEOLOGIA
Você sabia que os solos são
constituídos de materiais minerais O local onde está situado o depósito mi-
e orgânicos, organizados em neral, é dividido em dois domínios, sendo
camadas? denominado Pedra Branca Leste e Pedra Rochas ígneas,
Branca Oeste. Esses domínios apresen- metamórficas e
tam diferentes características. sedimentares:
São rochas que se
A partir das informações obtidas, a geo-
diferenciam pelo seu
logia apresentou para os dois domínios,
processo
GEOMORFOLOGIA rochas ígneas, metamórficas e sedimen-
tares. de formação.
Ao observar as paisagens, pode-
unidades Geomorfológicas: É a
-se compreender duas unidades ESPELEOLOGIA
geomorfológicas na área do pro- ciência que estuda a evolução das
jeto, que são: Planícies Fluviais e formas de relevo sobre Você sabe o que é espeleologia?
Depressão do Médio Xingu. a superfície da Terra.
Pois bem, a espeleologia é a ciência que
se dedica aos estudos das cavidades na-
turais, como grutas e cavernas.
Províncias
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Na área de estudo (Área de Influência espeleológicas:

Direta – AID/Área de Influência Indireta
– AII), realizou-se levantamentos devido
São regiões onde a
as proximidades com a província espe- superfície terrestre

Projeto Pedra Branca

leológica de Carajás. A partir do mesmo, possui a mesma
verificou-se que a cavidade mais próxima origem de
está situada a 12 km da AII.
formação geológica.
Dessa maneira, conclui-se que não foram
Planícies Fluviais - Blocos rolados de rochas as margens do rio Parauapebas
encontradas cavidades na AID e AII do
empreendimento.
38 39

Depressão do Médio Xingu – Relevos observados nas proximidades do projeto

 B

B
Meio

BIÓTICO
B
Você Sabia ?
Vista do perfil do fragmento com floresta Vista interna das áreas de floresta alterada
alterada com a presença de cipós finos e afloramentos
rochosos
Quando falamos do meio biótico,
nos referimos aos seres vivos e ao As áreas de pastagens ocupam grande parte das áreas do empreendimento (cerca de 65,3%
que está vinculado a eles. da área total) e, são na maior parte, ocupadas por fazendas, nas quais a cobertura do solo é
dominada por pasto limpo, que podem estar formados somente por capim Braquiária (Bra-
O meio biótico envolve tudo o que chiaria sp.) ou Colonião (Megathyrsus maximus) e, as vezes pasto sujo pela predominância de
pertence ou se refere ao conjunto plantas daninhas.
da vegetação e dos animais de uma
determinada região.
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Projeto Pedra Branca

FLORA

FITOFISIONOMIA

O Projeto Pedra Branca está situado no maior Bioma do Brasil, a Amazônia. O tipo de
vegetação local, segundo a classificação do IBGE, é de Floresta Ombrófila Aberta Sub-
Pasto sujo com palmeira Pasto limpo
40 montana. 41

VEGETAÇÃO DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO
O que se observa atualmente nas áreas de influência do empreendimento são grandes
extensões de pasto, áreas de pasto sujo com palmeiras, alguns fragmentos de floresta
ombrófila aberta submontana com presença de cipós e afloramentos rochosos, carac-
terística marcante da Região de Carajás, principalmente nas pequenas serras remanes-
centes.
Nas áreas de pasto sujo com palmeiras, observa-se a presença de árvores como: Ipê Amare-
lo (Handroanthus sp.), Mangueira (Mangifera indica) e Achichá (Apeiba albiflora), além de pal-
meiras, como o Inajá (Attalea maripa), que possui frutos com polpa suculenta, comestível e
amêndoa , da qual se extrai óleo amarelo; o Babaçu (Attalea speciosa), que possui sementes
oleaginosas e comestíveis das quais se extrai um óleo empregado, sobretudo na alimentação
e remédios, o Açaí (Euterpe oleracea), utilizado na alimentação humana e a Gueroba (Syagrus
oleracea). Poucos fragmentos de vegetação nativa bastante antropizados (floresta alterada)
também foram observados.
 B
Como é a região?

As áreas que compõem a Área Di-

retamente afetada (ADA), Área de
Influência Direta (AID) e Área de In-
fluência Indireta (AII) encontram-se
fortemente alteradas pela pressão
antrópica local, devido à extração
seletiva de madeira e principalmen-
te à conversão de florestas em pas-
tagens para pecuária extensiva.
Mangueira (Mangifera indica L.)
As áreas que compreendem a Flo-
resta Ombrófila Alterada (34,7%
das áreas de influência) tratam-se
de ambientes contendo vegetação
Ipê amarelo (Handroanthus sp.) nativa modificada pela retirada se-
letiva de madeira, contendo árvo-
res remanescentes e espécies de
estágio sucessional avançado, além
de manchas de clareiras, nas quais
predominam indivíduos de está-
gios iniciais de sucessão ecológica,
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

como: cipós e espécies pioneiras.

FLORÍSTICA

Projeto Pedra Branca

Babaçu (Attalea speciosa) Durante os estudos florísticos na ADA, AID e AII, foram registrados 566 indivíduos distribuídos
em 140 espécies e 44 famílias botânicas. Dado ao alto grau de alteração antrópica da paisa-
gem na ADA, foi impossível a classificação dos fragmentos florestais remanescentes perten-
centes a algum domínio da Floresta Ombrófila nas suas diferentes fasciações. Cerca de 80%
Gueroba (Syagrus oleraceae)
da área que compreende essa faixa corresponde a pasto limpo ou com palmeiras, enquanto
em 20,6% são encontradas áreas de pastagens abandonadas cobertas por vegetação com
característica de floresta secundária em estágio inicial de sucessão com predominância de
42 espécies pioneiras e secundárias iniciais. 43

Dentro desta diversidade florística, foram identificadas espécies nobres de valor madeireiro,
espécies tradicionalmente utilizadas como fitoterápicos, de uso ornamental, alimentícias, pai-
sagismo, recomposição de áreas degradadas, arborização urbana, lenha, carvão, entre outros.

Na área de estudo, foram encontrados 10 indivíduos distribuídas em quatro espécies da flora

ameaçada de extinção: castanheira-do-pará (Bertholletia excelsa), jutaí-mirim (Hymenaea par-
vifolia), Ucuuba (Virola surinamensis) e cedro (Cedrela odorata). Estas espécies encontram-se
Vista interna de floresta alterada
citadas na lista oficial da flora do Brasil de espécies ameaçadas de extinção (MMA, 2014) na
categoria Vulnerável (VU).
Vista interna de floresta alterada
 B
Como é a região?

ÁREAS ESPECIAIS

Áreas Especiais ou Protegidas são instrumentos eficazes para assegurar a proteção

da biodiversidade, por meio da conservação do solo, das bacias hidrográficas, da po-
linização, da ciclagem dos nutrientes e do equilíbrio do clima. Além disso, o estabele-
cimento dessas áreas ajuda a garantir o direito de permanência e a cultura de popu-
lações tradicionais e povos indígenas previamente existentes.

A região Sudeste do Pará, onde será implantado o Projeto Pedra Branca, é caracte-
rizada por diversas transformações em sua infraestrutura, atividades econômicas e
uso da terra. Essas transformações têm contribuído para a diminuição das áreas de
florestas, que podem ser encontradas em diferentes estados de regeneração.

De modo geral, a cobertura florestal na área de influência do projeto apresenta-se

bastante alterada, com predomínio de fragmentos reduzidos de floresta. A extensão
total das Áreas de Preservação Permanente (APP) nas áreas de influência é de 16,05
hectares. Enquanto que a área de Reserva Legal (RL) é de 43,06 hectares, represen-
Castanheira-do-pará (Bertholletia excelsa) Jutaí-mirim (Hymenaea parvifolia) tando em torno de 8,4% da área total.

As Áreas Especiais identificadas mais próximas do projeto Pedra Branca foram a Flo-
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

resta Nacional (FLONA) de Carajás e a Terra Indígena (TI) Xikrin do Rio Cateté. Sendo
o primeiro a 19,23 km de distância da ADA e o segundo com 47,58 km de distância.

Projeto Pedra Branca

Ucuuba (Virola surinamensis) Cedro (Cedrela odorata)
44 45
 B
Como é a região?

B
FAUNA TERRESTRE E BIOTA AQUÁTICA
INSETOS VETORES (MOSQUITOS) E
Chamamos de fauna ao conjunto de animais que habitam, se reproduzem ou buscam
BIOINDICADORES (FORMIGAS E MOSCAS-DO-VINAGRE)
alimentos em uma determinada localidade. Para registro da fauna na área de influência
do Projeto Pedra Branca, foram realizadas duas expedições de campo, sendo uma du-
Foram registradas 39 espécies de mosquitos, que são transmissores (ve-
rante a transição da época seca para a época chuvosa (novembro e dezembro de 2016)
tores) de doenças aos humanos e aos animais silvestres. As fêmeas de
e outra durante a época chuvosa (fevereiro/2017).
mosquitos de algumas espécies possuem o hábito de sugar o sangue
humano para alimentação, por meio de sua picada, levando vermes, ví-
FAUNA TERRESTRE
rus ou protozoários que causam sérias doenças, como dengue, malária,
filariose e leishmaniose. Foram encontradas durante o estudo, as se-
Dentre os animais terrestres, foram levantados os seguintes grupos: insetos vetores e
guintes espécies de interesse medicinal:
bioindicadores (mosquitos, formigas e moscas-do-vinagre); anfíbios e répteis (sapos,
serpentes, lagartos, jacarés e tartarugas); aves e mamíferos (rasteiros, arbóreos e voa-
• Carapanã, mosquito – Coquillettidia venezuelensis (Oropouche e fe-
dores - morcegos).
bre do Oeste do Nilo); Culex quinquefasciatus (filariose bancroftiana e
febre de Oropouche); Culex coronator (encefalites); Psorophora ferox
(encefalite Venezuelana);
Métodos de detecção da fauna terrestre e da biota aquática
• Mosquito-palha, tatuquira, asa-dura, birigui – Lutzomyia flaviscutellata
(uma das principais transmissoras da leishmaniose tegumentar no
Pará).

• Mosquito-pólvora, maruim – Culicoides paraensis (febre de Oropou-

RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

che e encefalites equinas).

Com relação às formigas, o maior número de espécies foi encontrado

durante o período chuvoso (57), em comparação ao período de transi-

Projeto Pedra Branca

Amostragem de fauna aquática
Amostragem de vetores (mosquitos)
ção (37 espécies). A presença de uma alta abundância de formigas co-
mumente encontradas em áreas degradadas é um indicador de baixa
integridade ambiental. Portanto, a principal explicação para a baixa di-
versidade de espécies está relacionada à intensa fragmentação florestal
no local, que diminuiu a quantidade de hábitats disponíveis para a fauna
de formigas.

46 47
De modo similar, a fauna de drosofilídeos (moscas-da-fruta) na área do
Projeto foi fortemente influenciada pelas alterações humanas no ecos-
sistema natural, com predominância de espécies introduzidas em detri-
mento das nativas. As variações qualitativas e quantitativas encontradas
parecem estar relacionadas com os diferentes níveis de alterações am-
bientais nos sítios de coleta, o que causa um desequilíbrio na disponibi-
lidade de recursos utilizados para alimentação, reprodução e desenvol-
vimento desses organismos.

Local de amostragem da fauna terrestre Armadilha fotográfica

 B
Como é a região?

ANFÍBIOS E RÉPTEIS

Foram identificadas 20 diferentes espécies de anfíbios (sapos, rãs

e pererecas) e 18 espécies de répteis (lagartos, serpentes, tarta-
rugas e jacarés) durante os levantamentos de campo, sendo en-
contradas em maior número a espécie Phyllomedusa tomopterna
(perereca-arborícola), dentre os anfíbios, e Ameiva ameiva (calan-
go-verde) entre os répteis. Durante as expedições, não foram en- Iguana (Iguana iguana)
contradas tartarugas nem serpentes peçonhentas (que injetam
veneno nas presas por meio da mordida).

Considerando o status de conservação dos anfíbios e répteis en-

contrados, nenhuma espécie encontra-se vulnerável ou ameaçada Calango (Ameiva ameiva)
de extinção.
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Teiú-branco (Tupinambis teguixin)

Projeto Pedra Branca

Sapo (Leptodactylus macrosternum) Rã-assobiadora (Leptodactylus fuscus) Serpente (Norops ortonii)

48 49

Suaçubóia (Corallus hortulanus)

Sapo (Dendropsophus leucophyllatus) Sapo (Dendropsophus minusculus) Jacaré-tinga (Caiman crocodilos)

 B
Como é a região?

B
AVES

Encontrou-se relativamente baixa diversidade de aves na área do estudo, com registro de

107 espécies, distribuídas em 46 famílias, sendo 22 de Passeriformes (pássaros ou passari-
nhos) e 24 de outras aves, chamadas de Não-Passeriformes (araras, garças, gaviões, papa-
gaios, rolinhas, etc.). Nas áreas do Projeto e no entorno, foram observadas principalmente
espécies que normalmente estão associadas aos ambientes alterados e abertos.

Entre as espécies identificadas, apenas uma está listada como ameaçada de extinção (lista
estadual – COEMA/PA, 2007 e internacional – IUCN, 2016): Anodorhynchus hyacinthinus (ara-
ra-azul). A arara-azul está ameaçada principalmente devido à destruição de seus hábitats e
ao comércio ilegal, para servir como animal de estimação, principalmente no exterior.

Na área do Projeto, destacam-se algumas espécies de interesse conservacionista por vi-

verem sob forte pressão de caça e xerimbabo (animais de criação). São elas: o inhambu- Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) Gavião-carijó (Rupornis magnirostris)
-preto – (Crypturellus cinereus); o tururim (Crypturellus soui); o tucano-grande-de-papo-branco
– Ramphastus vitelinus). Além dessas, outras espécies, sobretudo da família dos papagaios e
araras, são regionalmente ameaçadas pelo comércio ilegal, principalmente para criação em
cativeiro.
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

MAMÍFEROS NÃO VOADORES

Mamíferos de médio e grande porte

Entre os mamíferos de médio e grande porte foram identificadas 18 espécies.

Projeto Pedra Branca

Listou-se um total de cinco espécies deste grupo, presentes nas listas de es-
pécies ameaçadas estadual (COEMA, 2007) e nacional (MMA, 2014): guariba
(Alouatta cf. belzebul), cuxiú-preto (Chiropotes satanas), ariranha (Pteronura bra-
siliensis), onça-parda (Puma concolor), gato-do-mato (Leopardus trigrinus). As
populações desses animais territorialistas são comumente ameaçadas pela
Araracanga (Ara macao) Tuiuiú (Jabiru mycteria) redução de hábitat e demais efeitos da fragmentação florestal.
50 51
Mamíferos de pequeno porte

Foram identificadas oito espécies de marsupiais e pequenos roedores, cuja

diversidade compreende mamíferos terrestres relativamente comuns e am-
plamente distribuídos na área do estudo. Deste grupo, não foram registradas
espécies ameaçadas. Foram encontradas mais espécies durante o período
transicional (08), em comparação ao chuvoso (04). As espécies Marmosa muri-
na (catita), Oecomys bicolor (rato-da-árvore), Hylaeamys megacephalus (rato-do-
-mato) e Proechimys roberti (rato-de-espinho) ocorreram em ambas as épocas
de coleta.

Anhuma (Anhima cornuta) Acauã (Herpetotheres cachinnans)

 B
Como é a região?

B
Registros da mastofauna na área do Projeto Pedra Branca

BIOTA AQUÁTICA

Para a biota aquática, foram considerados os peixes, os grupos

planctônicos (algas e animais microscópicos que vivem flutuantes
na coluna d’água) e bentônicos (animais invertebrados que vivem
no substrato do ambiente aquático), além das macrófitas (plan-
tas aquáticas). Para a coleta desses organismos, foram escolhidos
cinco pontos, distribuídos em córregos presentes no entorno da
área do Projeto e no Rio Parauapebas.

Grupos planctônicos
Marsupial (Marmosa demerarae) Roedor (Hylaeamys megacephalus)
O plâncton é formado por organismos que vivem dispersos na
coluna d’água e se locomovem aos serem arrastados pela pró-
pria corrente d’água. Os locais de estudo encontram-se com a
composição e abundância de espécies dentro do esperado para
fitoplâncton (algas) e zooplâncton (animais microscópicos) em
ambientes de água doce. As variações observadas entre as épo-
cas de coleta podem ser atribuídas à intensidade das chuvas,
que ocasiona o aumento do volume de água nos córregos e
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

rios e, consequentemente, a mudança no padrão de abundân-

cia dos grupos planctônicos.

Organismos bentônicos

Projeto Pedra Branca

Dentre os invertebrados bentônicos estudados, estima-se a
ocorrência de pelo menos 40 tipos distintos de organismos. Os
Rastro de mastofauna Rastro de mastofauna rios e córregos na área são hábitats para diversos animais que
usam os sedimentos do fundo para viverem (crustáceos, ver-
mes e insetos) ou como área de criadouros para suas larvas
(insetos). Os insetos imaturos e vermes anelídeos foram o gru-
52 MAMÍFEROS VOADORES po mais abundante dentre os organismos bentônicos. A fauna 53
bentônica encontrada se mostrou influenciada tanto espacial-
Os morcegos foram representados por cinco espécies na área
mente, quanto entre épocas distintas, que diretamente causam
de estudo, sendo que nenhuma destas encontra-se ameaçada
oscilações nas características da água, do sedimento no fundo
de extinção. Três espécies capturadas são endêmicas da região
e pela qualidade do habitat.
amazônica (isto é, distribuem-se apenas no bioma Amazônia). As
espécies encontradas são frugívoras (possuem o hábito alimen-
tar de consumir frutos) e insetívoras (se alimentam de insetos).
Entre as expedições de coleta, não foram encontrados morcegos
hematófagos, que se alimentam de sangue. Isso representa baixo
potencial de risco de transmissão da raiva às populações huma-
nas da área.
 B
Como é a região?

B
Ictiofauna (Peixes)

Foram encontradas 25 espécies de peixes de água doce, sendo que nenhuma des-
tas está ameaçada de extinção. Embora a diversidade encontrada esteja de acordo
com o padrão geral para a região, algumas medidas devem ser tomadas para se
evitarem alterações nos corpos d’água, dentre as quais pode-se citar: a repressão
da prática de desmatamento e ocupação irracional do solo em áreas de preser-
vação permanente (APP); a proibição do lançamento direto de efluentes indus-
triais e domésticos não-tratados e o despejo de lixo; e o controle do lançamento
voluntário ou acidental de poluentes químicos (como os defensivos agrícolas) no
ambiente aquático.
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental
Macrófitas
Durante o estudo, foram registradas 39 espécies de macrófitas
aquáticas para a área. Quanto à forma biológica, foram encontradas
espécies principalmente emergentes (espécies enraizadas no fundo,
parcialmente submersas) e anfíbias (semi-aquáticas, que vivem em
áreas aquáticas e terrestres). As espécies encontradas na área são
bem distribuídas nos demais biomas brasileiros, como o Cerrado, a
Caatinga e a Mata Atlântica. A flora foi composta de táxons com ca-
ráter oportunista, com capacidade ocupar ambientes sujeitos a perí-
odos de inundação e seca, assim como áreas cuja vegetação original
foi alterada.

Serrasalmus rhombeus Steindachnerina amazonica

Projeto Pedra Branca

54 55
Astyanax bimaculatus Jupiaba polylepis

Macrófitas

Moenkhausia gr lepidura Poptella compressa


Meio
SOCIOECONÔMICO
S Esta é uma região que começou a se desenvolver
Vamos ver agora como vivem
as pessoas na região onde vai
ser criado o Projeto Pedra Branca!
Precisamos saber onde as pessoas moram, onde trabalham,
se estudam e como se organizam. Isso é muito
importante para saber também quais vão ser
os impactos do empreendimento para a população.
CARACTERIZAÇÃO DA AII, AID E ADA
AII
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental
As áreas de influência do projeto Pedra Branca abrangem os territórios de 2
municípios, Água Azul do Norte e Canaã dos Carajás, onde se prevê impactos diretos e
indiretos nas seguintes localidades: Vila Feitosa, com aproximadamente 35 famílias;
Assentamento Brasília, com cerca de 39 famílias, além de fazendas ao longo dos
acessos.
E qual população vai sofrer
os impactos do empreendimento?
56
Estamos falando de uma população de quase 52.000 pessoas.
O município com maior número de habitantes é Canaã dos
Carajás com 26.716 pessoas, já a população de Água Azul do
Norte é de 25.057 pessoas, segundo o IBGE 2010. Mais da
metade das pessoas que vivem em Água Azul do Norte são
paraenses (66%). Em Canaã dos Carajás apenas 46% são
nascidos no Estado do Pará. O Maranhão é o Estado com o
segundo maior número de pessoas nos municípios da AII.
S
S
há cerca de 20 a 30 anos, quando o governo
construiu grandes estradas, como a rodovia
Belém-Brasília e a Transamazônica. O governo
passou a incentivar projetos ligados à
agropecuária e à mineração. As atividades
madeireiras também foram parte do processo
de desenvolvimento da região. Esse incentivo
trouxe desenvolvimento, mas também
conflitos. Índios e posseiros foram expulsos e
até hoje lutam por terras.
As cidades ainda estão crescendo, pois a AII tinha cerca de
30 mil habitantes há 10 anos e hoje tem cerca de 52 mil
pessoas, de acordo com o Censo do IBGE de 2010. Mas esse
crescimento não significou melhores condições de vida
para a população desses municípios. Atualmente, em Água
Azul do Norte, de cada 10 pessoas, 02 moram na área
urbana, já em Canaã dos Carajás, são 07 de cada 10 pessoas.
Projeto Pedra Branca
A população tem baixa escolaridade e é grande o número de pessoas adultas que não
sabem ler e escrever. No município de Canaã dos Carajás, a taxa de analfabetismo de 57
pessoas, com 15 anos ou mais é de 9,93% e no município de Água Azul do Norte é de
11,74%. Existem quase 69 escolas nos 02 municípios.
Em relação ao nível superior, no município de Canaã dos Carajás, o percentual de
pessoas com 25 anos ou mais que têm o nível superior completo é de 4,64% e no
município de Água Azul do Norte esse percentual é de 0,70%.
Existem 02 hospitais e 18 postos de saúde distribuídos nos municípios da AII. Não há
registro de pronto socorro na AII. Mas faltam médicos e leitos hospitalares. Muitas das
doenças que ocorrem na AII são causadas pela falta de saneamento básico e por
condições precárias de moradia.
 S
Como é a região?

S
AID e ADA

A população dos 02
municípios vai ser
afetadas diretamente
pelo empreendimento?
Não!
A população que mora na AID e
ADA, sim.
Mas existe muita gente morando
nessas áreas. Vamos ver quem Poço amazonas para captação de água para Residência de alvenaria no AID no
abastecimento doméstico no assentamento assentamento Brasília, em Água Azul do Norte
são?
Brasília em Agua Azul do Norte

AID

A AID é composta pelas sedes municipais, Assentamento Brasília, Vila Feitosa e algumas
fazendas. É uma população de baixa renda e baixa escolaridade. A maioria ganha a vida
como trabalhador rural. Quem tem a própria lavoura encontra dificuldades para vender a
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

produção. As mulheres normalmente não trabalham fora e são donas de casa.

Na AID, de uma maneira geral a população reside em casas simples. Existem casas feitas de
madeira e, alvenaria. Em termos de Abastecimento de água, com exceção da Vila Feitosa e
sedes municipais, que têm o abastecimento de água realizado pelo poder público, as Sistema de captação de água composto de

Projeto Pedra Branca

demais ocupações fazem sua própria captação e distribuição de água. poço de boca larga e reservatório em fazenda
em Agua Azul do Norte

58 59

Casa de madeira em fazenda em Canaã dos Casa de alvenaria do Programa Nacional de Casa de madeira no assentamento Brasília em
Residência de alvenaria no AID em fazenda,
Carajás Habitação Rural no assentamento Brasília em Água Azul do Norte
Canaã dos Carajás
Água Azul do Norte.
 S
Como é a região?
As fazendas encontradas na AID são em sua maioria pequenas propriedades e minifúndios e
tem como principal
As fazendas atividade
encontradas a pecuária.
na AID Dasmaioria
são em sua 27 fazendas, a maioria
pequenas é de pequeno
propriedades porte.SA
e minifúndios e
maior tem 1.938
tem como ha eatividade
principal a menor, 05 ha.
a pecuária. Das 27 fazendas, a maioria é de pequeno porte. A
maior tem 1.938 ha e a menor, 05 ha.
As fazendas encontradas na AID são em sua maioria pequenas propriedades e minifúndios e
tem como principal atividade a pecuária. Das 27 fazendas, a maioria é de pequeno porte. A
maior tem 1.938 ha e a menor, 05 ha.

Residência de alvenaria no AID em fazenda, Fossa séptica em residência no assentamento

Canaã dos Carajás Brasília em Agua Azul do Norte

Quanto ao esgotamento sanitário, o destino dos dejetos humanos é feito em fossas sépticas ou
rudimentares. A maioria das casas queima ou enterra o lixo, com exceção das sedes municipais
e Vila Feitosa que tem a coleta de lixo regular realizada pelo poder público. Todas as casas Sistema de captação de água subterrânea por
possuem energia elétrica, em decorrência da implantação do programa Luz para Todos, meio de poço artesiano do assentamento
Sistema de captação de água subterrânea por
realizado pelo governo federal. meio de poço artesiano do assentamento.
Pastagem com gado em propriedade no
assentamento Brasília em Água Azul do Norte
Pastagem com gado em propriedade no Sistema de captação de água subterrânea por
assentamento Brasília em Água Azul do Norte meio de poço artesiano do assentamento
Em relação a Educação, com exceção das sedes municipais, a escola de ensino infantil e
fundamental Magalhães Barata, que fica localizada na Vila Feitosa atende ao Pastagem com gado em propriedade no
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

assentamento e as fazendas. Os estudantes têm transporte escolar garantindo seu assentamento Brasília em Água Azul do Norte
deslocamento até as escolas públicas.

Um problema comum do assentamento, das fazendas e da vila na AID é a saúde. A escola

Projeto Pedra Branca

localizada na Vila Feitosa, cede uma sala para o funcionamento do Posto de Saúde. Para
atendimento médico especializado, as pessoas têm que se deslocar até a cidade mais próxima
(sede de Canaã dos Carajás).

Vista da sede do municipio de Canaã dos

Carajás do Centro da CidadeBrasília em Água
Vista da sede do municipio de Canaã dos
60 Carajás do Centro da Cidade. 61

Poço artesiano em fazenda em Canaã dos Vista da sede do municipio de Canaã dos
Carajás - Azul do Norte Carajás do Centro da CidadeBrasília em Água
Poço artesiano em fazenda em Canaã dos
Carajás - Azul do Norte

Poço artesiano em fazenda em Canaã dos

As comunidadesCarajás
se organizam por meio de associações de moradores ou de trabalhadores
- Azul do Norte
rurais. A exemplo se
As comunidades da Associação
organizam dospor Pequenos Produtores Rurais
meio de associações do PA Brasília,
de moradores ou deAssociação dos
trabalhadores
Moradores
rurais. de Vila
A exemplo da Feitosa,
AssociaçãoAssociação dos Pequenos
dos Pequenos ProdutoresProdutores Rurais
Rurais do PA daAssociação
Brasília, Vila Feitosa e
dos
Escola Municipal da Vila Feitosa em Canaã dos Posto de Atendimento de Saúde em Vila Feitosa
Associação
Moradores dos Pequenos
de Vila Feitosa,Produtores
AssociaçãoRurais de Água Azul
dos Pequenos do Norte.
Produtores Essasda
Rurais associações são
Vila Feitosa e
As comunidades
importantes se organizam
paraPequenos por
obtenção Produtores meio
de melhorias de associações
nas comunidades.de moradores ou de trabalhadores
Carajás. em Canaã dos Carajás, na escola da Vila Feitosa. Associação dos Rurais de Água Azul do Norte. Essas associações são
rurais. A exemplo da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do PA Brasília, Associação dos
importantes para obtenção de melhorias nas comunidades.
Moradores de Vila Feitosa, Associação dos Pequenos Produtores Rurais da Vila Feitosa e
Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Água Azul do Norte. Essas associações são
importantes para obtenção de melhorias nas comunidades.
 S
Como é a região?

S
PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO

Patrimônio
Arqueológico ?

Patrimônio arqueológico são as evidências

Igreja Evangélica em Vila Feitosa, em Canaã dos
Carajás
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental
de atividades culturais de grupos antigos.
Por exemplo: ossos, cerâmicas, restos de
habitações, ruínas históricas, entre outras
Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Vila
que muitas vezes podem estar enterrados
Feitosa, em Canaã dos Carajás ou não. Os locais onde esses objetos são
encontrados são chamados de sítios
arqueológicos.

São importantes para o conhecimento sobre o modo de vida de

pessoas que viveram há muito tempo naquele local.

Se houver ali algum patrimônio, esse deverá ser identificado e

resgatado para estudo e conservação.

Projeto Pedra Branca

Igreja Católica São João batista em Vila Feitosa, Sistema de arruamento da Vila Feitosa em
em Canaã dos Carajás Canaã dos Carajás. Vila Feitosa, em Canaã dos COMUNIDADES TRADICIONAIS

ÍNDIOS
62 63

Após consulta à Fundação Nacional do Índio (FUNAI) constatou-se que

não há interferências do empreendimento em Terras Indígenas
demarcadas, bem como comunidades em fase de demarcação, dentro
do limite de 10 km do empreendimento considerado na Portaria
Interministerial nº 0,60/2015.

Vista da sede do município de Água Azul do

Norte
 QUILOMBOLAS

O que vai mudar e o

O que são as
comunidades
QUILOMBOLAS quilombolas?

O que são as
que pode ser feito?
comunidades
quilombolas?

QUAIS ALTERAÇÕES NA REGIÃO COM

O EMPREENDIMENTO?
As comunidades
As comunidades quilombolas
quilombolas são são
grupos étnico-raciais,
grupos étnico-raciais, constituídos
constituídos por
por O Projeto Pedra Branca vai trazer algumas mudanças para a região, e como
umapopulação
uma populaçãonegra.
negra.São
Sãoformadas
formadasem em estudamos o meio ambiente na região, podemos prever os impactos que o em-
sua maioria
sua maioria porpor descendentes
descendentes de de preendimento vai causar.
africanos escravizados,
africanos escravizados, remanescentes
remanescentes
dosantigos
antigosquilombos.
quilombos.Geralmente
Geralmentesão
são Alguns desses impactos podem afetar uma área grande, enquanto outros, uma
dos
localizadasna
nazona
zonarural.
rural. área pequena. Alguns dos impactos podem durar por muito tempo, já outros
localizadas
podem desaparecer logo se forem tomadas medidas corretas. Há impactos que
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

não chegam a desaparecer, mas podem pelo menos ser diminuídos ou contro-
lados.

E, sabendo quais são essas alterações ou efeitos, podemos também propor me-

Projeto Pedra Branca

Assim, ao definir as Áreas de Influências do
referido projeto, prosseguiu-se a verificação da
existência de comunidades quilombolas. Não
foram encontradas comunidades quilombolas
na referida área de estudo.
64
didas para que essas alterações, quando forem negativas para o meio ambiente,
sejam minimizadas e, quando forem positivas, sejam potencializadas.
Essas medidas são agrupadas em Programas Ambientais, que têm por objetivo
reduzir os efeitos no meio ambiente e o incomodo à população, além de aumen-
tar o benefício econômico e social para a região.
65
 O que vai mudar e
o que pode ser feito?

QUAIS SERÃO AS AÇÕES PARA DIMINUIR

A identificação dos impactos considera as características do empreen-
dimento, as fases do Projeto e o diagnóstico ambiental apresentado no
item anterior deste RIMA. A análise dos impactos é realizada a partir de
uma matriz de classificações conhecida como “Matriz de Impactos”.
AS MUDANÇAS NO AR, RELEVO,
SOLOS E NAS ÁGUAS?
As medidas que serão tomadas para diminuir as mudanças negativas causadas duran-
te a implantação e a operação da mineradora estão listadas no quadro abaixo:

A principal função dessa matriz é auxiliar na tomada de decisão quanto à

viabilidade ou não do empreendimento, do ponto de vista socioambien-
tal, pois através desta podemos identificar os impactos que merecerão Água
maior atenção quando se formulam as medidas de redução ou potencia-
lização.
Os rios e igarapés, poços e
A descrição detalhada da metodologia de análise e a própria análise dos lagos serão acompanhados
impactos encontram-se no Estudo de Impacto Ambiental. durante todo o período de
obras e durante os anos de
funcionamento do Projeto
Pedra Branca, através de
O QUE PODE MUDAR NO AR, RELEVO, medidas de qualidade para
Ar
Ações de aspersão de água em
vias de terra associadas a
locais com grande
movimentação de solo e rocha,
estabelecimento de limite de
velocidade dos veículos;
manutenção preventiva e
Solos e Relevos
Evitar que os solos fiquem
sem vegetação; evitar as
atividades de retirada de
vegetação na época
chuvosa; correção de
drenagens superficiais,
reordenamento de saídas

SOLOS E NAS ÁGUAS?

detectar possíveis alterações corretiva de veículos, máquinas de águas pluviais, evitar o
em comparação às condições e demais equipamentos e uso de áreas de
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

atuais. controle periódico de emissão empréstimo.

Durante a construção do canteiro do Projeto Pedra Branca as ativida- de fumaça; medição da
des de perfuração do solo/rocha, o desmonte de rocha, a implantação qualidade do ar para
de pilha de rejeitos, a circulação de máquinas e equipamentos, retirada acompanhamento de possíveis
mudanças em relação às
da vegetação, impermeabilização dos solos, a captação de água do Rio

Projeto Pedra Branca

condições atuais.
Parauapebas para consumo e o bombeamento de água subterrânea, po-
derão causar alterações no relevo, solos, água e no ar.

Essas atividades, quando não são monitoradas, resultam em geração

de poeiras, gases, poluição das águas, aceleração de processos erosi-
vos, mudança de paisagem, entre outros impactos. Durante a operação
66 da mineradora as atividades de desmonte do minério com explosivos, 67
supressão vegetal, transporte do minério e do estéril, bombeamento
de água subterrânea, captação de água superficial, preenchimento das
áreas de lavra com paste fill, geração de lixo, beneficiamento do miné- VAI TER RUÍDO E VIBRAÇÃO?
rio e umectação das vias de acesso, essas atividades serão as principais
responsáveis pelas alterações no ar, solo e água. Durante a fase de de- Durante a implantação e operação do Projeto Pedra Branca, grande parte dos ruídos
sativação do Projeto Pedra Branca as principais atividades são a desmo- será causado pelo uso de equipamentos responsáveis pela perfuração da mina, os ex-
bilização das estruturas fixas e móveis, a reconstituição da vegetação e plosivos, para o desmonte de rocha e do minério, entre outros. Além disso os ruídos e
a parada da captação de água no Rio Parauapebas, tais atividades terão vibrações serão gerados pela movimentação intensa de veículos e máquinas de grande
efeito benéficos para a qualidade do meio ambiente. porte pela área.
 O que vai mudar e
o que pode ser feito?

QUAIS SERÃO AS AÇÕES PARA DIMINUIR

OS INCÔMODOS DO BARULHO E DA VIBRAÇÃO?
RUÍDO
São previstas ações de
controle ambiental que
envolverão a adequação
VIBRAÇÃO
Para controlar os níveis de
vibração no entorno do
empreendimento, são
Todas essas atividades e alterações da paisagem causarão afugentamento dos animais
terrestres para ambientes florestados ao redor da área do Projeto, e nesse sentido, os
animais de locomoção mais lenta terão maiores riscos de morte por atropelamentos.
Para os animais aquáticos, poderá haver deslocamento forçado ou morte devido às
possíveis alterações da qualidade da água nos córregos, igarapés e no rio, gerados
pelos eventos indiretos de erosão e diretos, como a captação de água, ou ainda po-
dem estar relacionadas a lançamento de efluentes líquidos (esgoto sanitário) tratados
e águas pluviais (chuva).

QUAIS SERÃO AS AÇÕES PARA DIMINUIR

do projeto e a
manutenção de
equipamentos, máquinas
e veículos. O nível de
ruído será acompanhado
para verificar a eficácia
das ações de controle
propostas.
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental
previstas ações de controle
ambiental e campanhas de
medição dos níveis de AS MODIFICAÇÕES NA VEGETAÇÃO E NOS ANIMAIS?
vibração, não estando
previsto desmonte de
rochas em áreas urbanas. As As medidas que serão tomadas para diminuir as mudanças negativas que serão causa-
principais aglomerações das durante a implantação e operação do Projeto Pedra Branca estão listadas abaixo:
humanas nas proximidades
da mina, serão monitoradas
como forma de verificar a
eficácia das ações de

controle propostas e o nível ANIMAIS TERRESTRES VEGETAÇÃO ANIMAIS AQUÁTICOS

de atenuação de vibração
nas áreas ocupadas.

Será executado o Programa Será evitado o Os peixes e demais

de Afugentamento e desmatamento excessivo, organismos presentes nos

Projeto Pedra Branca

Resgate de Fauna durante a não se permitindo que córregos, igarapés e no rio
O QUE PODE MUDAR NA VEGETAÇÃO fase de supressão ocorra a retirada da serão acompanhados

E NOS ANIMAIS?
vegetação, para que sejam
evitados acidentes e fuga
descontrolada dos animais
Durante a implantação do Projeto Pedra Branca estão previstos limpeza de área, locais;
supressão vegetal e terraplenagem para instalação de canteiros de obras, bem Serão realizadas campanhas
68 de monitoramento da fauna
como as estruturas fixas para a operação da lavra subterrânea. Essas atividades
para detectar possíveis
resultarão na diminuição da vegetação local.
alterações em comparação
às condições encontradas
Com a redução da vegetação, devem haver também impactos diretos sobre os durante o inventário
animais presentes na área de influência do Projeto, os quais poderão ser afetados realizado.
pelo alto fluxo de maquinários e veículos, geração de ruído, exposição do solo,
manutenção das vias de acesso e circulação de cargas e pessoas.
vegetação que não esteja durante todo o período de
prevista no Plano de obras e durante os anos de
Supressão apresentado; funcionamento da mina, por
Será garantida a meio de ações de
recuperação da monitoramento para
vegetação ao final da detectar possíveis alterações 69
operação da mina, como na biodiversidade, em
descrito no Programa de comparação às condições
Recuperação de Áreas atuais.
Degradadas.
 O que vai mudar e
o que pode ser feito?

Cabe ressaltar que o Plano de Controle Ambiental proposto para o Projeto

Pedra Branca e medidas de mitigação, controle ou compensação, estão deta-
O QUE PODE MUDAR PARA A lhados no EIA e é composto pelos programas listados abaixo.
POPULAÇÃO E SUAS CONSTRUÇÕES?

Durante a implantação do Projeto Pedra Branca as atividades de cortes em solo/rocha,

circulação de maquinas e equipamentos e retirada da vegetação, poderão causar al-
terações no cotidiano dos moradores em relação a circulação de pessoas, sobrecarga PROGRAMAS
nas principais vias de acesso das áreas de influência. Vejam os programas
· Programa de Gerenciamento de Recursos Hídricos: propostos!
Para a operação da mina subterrânea serão ofertados 443 postos de trabalho, resul- Monitoramento da Qualidade da Água Superficial
tando em aumento da renda para as famílias dos contratados e consequentemente Monitoramento da Qualidade da Água Subterrânea
dinamizando a economia local. Por outro lado, parte desses trabalhadores poderão Monitoramento Hidrométrico
ser trazidos de outras regiões do estado, aumentando a procura por moradia, saúde e Programa de Monitoramento de Efluentes Líquidos
educação. Porém, é importante saber que a dinamização da economia e a arrecadação
Programa de Monitoramento Hidrogeológico
de impostos nesta etapa contribuirão de forma positiva para a melhoria dos serviços
públicos nos municípios da área de influência. Programa de Monitoramento da Instalação de Processos Erosivos
Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar
Conforme foi detalhado no EIA, algumas dessas alterações serão sentidas por um perí- Programa de Monitoramento de Ruídos
odo de tempo pequeno e outras mudanças podem ser de caráter permanente.
Programa de Monitoramento e Controle de Vibração
Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Programa de Controle de Supressão Vegetal
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Programa de Resgate do Germoplasma

Serão criados meios de
comunicação para facilitar o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)
diálogo entre a população e o Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna
empreendedor;
Programa de Monitoramento da Fauna Terrestre e Semiaquática
Será priorizada a contratação do

Projeto Pedra Branca

maior número ,possível de mão de obra
local.;
Programa de Monitoramento da Biota Aquática
Serão realizados treinamentos e
capacitação para os trabalhadores da Programa de Vigilância Entomológica
região; Programa de Controle de Pragas e Vetores
Em relação a movimentação de
Programa de Comunicação Social
pessoas e veículos, haverá a
70 implantação de sinalização, Programa de Apoio à População Migrante 71
garantindo a segurança da população Programa de Capacitação, Formação e Aproveitamento da
Estabelecimento de parcerias com o
que circula nas vias de acesso;
poder público para desenvolver ações Força de Trabalho Local
conjuntas nas áreas de saúde, educação,
transporte, segurança dentre outras; Programa de Educação Ambiental
Programa de Desenvolvimento a Economia Local
Programa de Minimização de Impactos na Saúde Pública
Programa de Desenvolvimento de Fornecedores Locais
· Programa de Incentivo à Cultura e Lazer
· Programa de Prospecção e Resgate Arqueológico
· Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Gestão Pública

Resumindo
O presente Estudo de Impacto Ambiental conclui pela viabilidade técnica e
econômica do empreendimento, conforme projeto apresentado no capítulo
inicial, justificando-o sob estes dois aspectos.
A concepção técnica do projeto considera tecnologias já dominadas pelo setor
minerário no país e pela Vale Dourado Mineração Ltda. Quanto à viabilidade
ambiental, diversos fatores foram devidamente avaliados e inclusive conside-
rados no desenvolvimento do Projeto Pedra Branca.
Conclui-se que os impactos ambientais negativos do empreendimento não
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental
são impeditivos ao seu desenvolvimento e que devem ser devidamente mo-
nitorados e acompanhados, inclusive ao longo do desenvolvimento do em-
preendimento e podem ser ambientalmente compensados do ponto de vista
técnico-ambiental, por outras medidas e ações. Os impactos socioambientais
positivos do empreendimento trarão benefícios tanto local (comunidades lo-
cais) e como regional (crescimento da atividade econômica, melhora do nível
de emprego etc.).
À luz destas avaliações, considera-se o Projeto Pedra Branca um empreendi-
mento técnico, econômica e ambientalmente viável. A implantação do Plano
de Ação Ambiental é parte integrante e obrigatória.
72
Glossário
A
Forma com que os indivíduos encontram-se distribuídos entre as
Abundância
diferentes espécies presentes na comunidade estudada.
ADA Área Diretamente Afetada - É a área de intervenção direta das obras.
Nome dado aos rios menores que deságuam em rios principais. Ainda
Afluente podem ser observados os subafluentes, que são rios menores que
deságuam nos afluentes.
Água cuja qualidade a torna adequada ao consumo humano (Portaria N.º
Água potável
56/Bsb, de 14.03.77).
Área de Influência Direta - Área definida como passível de sofrer
AID
impactos diretos do empreendimento.
Área de Influência Indireta - Área definida como passível de sofrer efeitos
AII
indiretos do empreendimento em análise.
Distância vertical de um ponto da superfície da Terra, em relação ao nível
Altitude
zero ou nível dos oceanos.
Relativo à humanidade, à sociedade humana, a ação do homem. Termo
de criação recente, empregado por alguns autores para qualificar: um dos
Antrópico setores do meio ambiente, o meio antrópico, compreendendo os fatores
sociais, econômicos e culturais; um dos subsistemas do sistema
ambiental, o meio antrópico.
Área de Preservação Permanente - Áreas delimitadas pela Lei Federal
APP No. 4.771/65 (Código Florestal) para proteger cursos d’água, topos de
morro, encostas íngremes e outras áreas de restrição.
Rochas sedimentares lapidificadas constituídas por areias aglutinadas por
um cimento natural, que geralmente caracteriza a rocha. São rochas
Arenitos também designadas por grés e muitas vezes são classificadas pela
natureza do cimento. Os arenitos argilosos têm um cimento constituído
Projeto Pedra Branca
por argilas.
Diz-se dos processos geomorfológicos de deposição de sedimentos, ex.:
Assoreamento
fluvial, eólico, marinho.
Massa prismóide de terra que se coloca sobre o terreno natural visando
Aterro alcançar determinada altura com a face superior da massa. Na ferrovia ou
rodovia, essa face superior constitui a plataforma ou leito da estrada.
Instrumento de política ambiental, formado por um conjunto de
73
procedimentos capazes de assegurar, desde o início do processo, que se
Avaliação de Impacto faça um exame sistemático dos impactos ambientais de uma ação
Ambiental proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas, e
que os resultados sejam apresentados de forma adequada ao público e
aos responsáveis pela tomada de decisão, e por aqueles considerados.
B
Organismos vegetais microscópicos, geralmente sem clorofila,
Bactérias
essencialmente unicelulares e universalmente distribuídos.
C
Conjunto de fatores físicos (temperatura, pressão, insolação,
Clima
nebulosidade, radiação solar, umidade, etc.) que caracterizam o estado

global da atmosfera.
Compreende todas as espécies, sem distinção de tamanho, que ocupam
Cobertura vegetal
determinada área.
Bactéria encontrada no trato intestinal do homem e utiliza como
Coliforme fecal indicadora da qualidade sanitária de um corpo de água ou de poluição por
bactéria orgânica de origem animal.
Comunidade Conjunto de populações que vivem em determinada área ou localidade.
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Utilização racional de qualquer recurso natural de modo a se obter um
Conservação rendimento máximo com um mínimo de desperdício, garantindo em
alguns casos, sua renovação ou auto sustentação.
Contexto Modo pelo qual as ideias estão encadeadas no escrito ou no discurso.
Escavação feita no terreno natural para preparo do leito da ferrovia,
rodovia ou arruamentos e sua colocação em nível preestabelecido. Nas
Corte
ferrovias ou rodovias, em geral, o corte antecede ou sucede ao aterro que
se constrói com as retiradas dos cortes adjacentes.
Diferença entre os nascimentos e as mortes, ou seja, entre a taxa de
Crescimento
natalidade e a taxa de mortalidade, geralmente ele é expresso em
vegetativo
porcentagem.
D Fauna
Medida expressa pela relação entre a população e a superfície do
Densidade território, geralmente aplicada a seres humanos, mas também em outros
populacional seres vivos (comumente, animais). É geralmente expressa em habitantes
por quilômetro quadrado.
Destruição, corte e abate indiscriminado de matas e florestas para
comercialização de madeira, utilização dos terrenos para agricultura,
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental
Desmatamento
pecuária, urbanização, qualquer outra atividade econômica ou obra de
engenharia.
Diagnóstico Conhecimento de todos os componentes ambientais de uma determinada
Ambiental área para caracterização de sua qualidade ambiental.
Medida do número de espécies e de sua abundância relativa em
Diversidade
determinada comunidade.
E mais próximas.
Comunidade total de organismo, junto com o meio físico e químico no
Ecossistema
qual vivem; é a unidade funcional de ecologia.
Processo de aprendizagem e comunicação de problemas relacionados à
Educação Ambiental
interação dos homens com seu ambiente natural.
74
Derivação de uma corrente principal. Águas servidas que escoam dos
Efluente
sistemas de drenagem doméstica e industrial.
Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental –
Procedimentos de análise e avaliação criados pela Resolução CONAMA
EIA/RIMA No. 01/86 para avaliar a viabilidade ambiental de empreendimentos de
grande porte. O RIMA deve trazer um resumo das conclusões do EIA em
linguagem acessível.
Desgaste e/ou arrastamento da superfície da terra pela água corrente,
Erosão
vento, gelo ou outros agentes geológicos.
Esgotos Refugo líquido que deve ser conduzido a um destino final.
Espécie Populações de organismos capazes de se entrecruzar com prole fértil.
Glossário
Mesmo reprodutivamente isolada, partilham o mesmo patrimônio gênico.
Taxonomicamente é a unidade da classificação biológica.
É a ciência que estuda as cavidades naturais e outros fenômenos
Espeleologia cársticos, nas vertentes da sua formação, constituição, características
físicas, formas de vida, e sua evolução ao longo do tempo.
É a ciência que estuda as cavidades naturais e outros fenômenos
Estéril cársticos, nas vertentes da sua formação, constituição, características
físicas, formas de vida, e sua evolução ao longo do tempo.
Estudo de Impacto
Um dos processos de avaliação de impacto ambiental.
Ambiental
Processo pelo qual a água de um rio, lago, igarapé ou reservatório se
Eutrofização tornam mais ricas em nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, por
efeito natural ou através da poluição.
Evidência
Assinatura arqueológica direta, concreta e evidente.
arqueológica
F
Categoria taxonômica em que se reúnem gêneros evolutivamente mais
Família
próximos.
Animais que ocorrem em certa área ou região ou todos ou animais que
pertencem a uma certa categoria (exemplos: fauna amazônica de aves ou
ornitofauna).
Referência genérica ao movimento de entrada (imigração) e saída de
pessoas (emigração). Migrante é todo aquele que deslocou o seu lugar
de moradia por um período mais ou menos longo de tempo. Para o lugar
Fluxo migratório de onde ele saiu o migrante é um emigrante. No lugar para onde ele vai,
ele será um imigrante. E isso vale para os fluxos entre países ou entre os
estados e regiões de um país como é o caso dos nordestinos que saem
em busca de uma vida melhor para o sudeste.
Ponto do solo ou de uma rocha onde a água flui naturalmente para a
Fonte
superfície do terreno.
Frugívoro Aquele que se alimenta de frutos ou vegetais.
Projeto Pedra Branca
G
Categoria taxonômica na qual se reúnem as espécies evolutivamente
Gênero
H
Conceito usado em ecologia que inclui o espaço físico e os fatores
Habitat abióticos que condicionam um ecossistema e por essa via determinam a
distribuição das populações de determinada comunidade.
I 75
Ictiofauna Fauna de peixes.
Qualquer alteração significativa no meio ambiente – em um ou mais de
Impacto Ambiental
seus componentes – provocada por uma ação humana.
Assinatura arqueológica indireta, fugaz e latente que autoriza, por
Indício arqueológico indução, conclusão acerca da existência de algum interesse
arqueológico.
L
 Glossário

São solos minerais, não hidromórficos, sempre com argila de atividade
baixa, com horizonte do B tipo latossólico. São considerados solos em
avançado estágio de evolução, suficiente para transformar os minerais
Latossolo primários oriundos do material de origem em caulinita ou óxidos de ferro e
alumínio. Apresentam baixa reserva de nutrientes para as plantas, mas
em contrapartida, possuem ótimas condições físicas para o
desenvolvimento radicular.
Linhas de Instabilidade - Linha mais ou menos interrompida de nuvens
LI cumulonimbus, com tempestades e trovoadas com um deslocamento algo
retilíneo.
M S
Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física,
Meio Ambiente química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas.
Estudo dos métodos; etapas a seguir num determinado processo. Tem
como objetivo captar e analisar as características dos vários métodos
Metodologia
disponíveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou
distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização.
P Solo
Área heterogênea formada por um conjunto de ecossistemas interagentes
Paisagem
que se repete em determinada região
Método de preenchimento das aberturas subterrâneas (realces e pilares),
Paste fill com a finalidade de reduzir a diluição e aumentar a recuperação,
ajudando na estabilidade.
Conjunto de expressões materiais da cultura dos povos indígenas pré-
coloniais e dos diversos segmentos da sociedade nacional, incluindo as
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental
arqueológico produzidas pelas sociedades do passado, inseridas em determinado
contexto.
Relatório de Impacto Documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e
Ambiental (RIMA) científicos de avaliação de impacto ambiental
Medida do número de espécies em determinada unidade de amostragem.
Riqueza
É um dos componentes da diversidade.
Riquezas de espécie Quantifica o número de espécie por unidade de área.
Rochas constituídas por minerais obviamente cristalinos, sendo um termo
Rochas cristalinas geral e inexato aplicado a rochas ígneas e metamórficas em oposição às
rochas sedimentares.
O controle de todos os fatores do meio físico do homem que exerce efeito
Saneamento
deletério sobre o seu bem estar físico, mental ou social.
Menor unidade do espaço passível de investigação, fundamental na
classificação dos registros arqueológicos, dotada de objetos (e outras
Sítio arqueológico
assinaturas) intencionalmente produzidos ou rearranjados que
testemunham os comportamentos das sociedades do passado.
A camada da superfície da crosta terrestre capaz de abrigar raízes de
plantas, representando, pois, o substrato para a vegetação terrestre.
T
Processo artificial de depuração e remoção das impurezas, substâncias e
compostos químicos de águas captadas dos cursos naturais, de modo a
Tratamento
torná-la própria ao consumo humano, ou de qualquer tipo de efluente
líquido, de modo a adequar sua qualidade para disposição final.
U
Termo utilizado para descrever a quantidade de vapor d’água contido na

Patrimônio situações de contato inter-étnico. Na perspectiva da arqueologia da

arqueológico paisagem, o patrimônio arqueológico inclui alguns segmentos da natureza
onde se percebe uma “artificialização” progressiva do meio, gerando
paisagens notáveis, de relevante interesse arqueológico.
É a área urbanizada do território de um município; somente em terrenos
localizados dentro deste perímetro pode o poder público determinar o
Umidade atmosfera. Não abrange outras formas nas quais a água pode estar
presente na atmosfera, como na forma líqüida e na forma sólida (gelo).
V
Planos ou declives variados que divergem das cristas ou dos interflúvios,
Vertente enquadrando o vale. Nas zonas de planície, muitas vezes, as vertentes

Projeto Pedra Branca

parcelamento do solo a fim de atender os interesses de seus moradores. podem ser abruptas e formarem gargantas.
Perímetro Urbano Dentro deste perímetro a administração municipal é responsável pelos Animais transmissores de vírus, bactérias, protozoários ou helmintos
Vetores
serviços urbanos (por exemplo, coleta de resíduos), sendo lícito cobrar as patogênicos para outros seres vivos.
taxas correspondentes e arrecadar impostos sobre a propriedade (por
exemplo, IPTU no Brasil).
Conjunto de organismos de uma mesma espécie isolado
População
reprodutivamente dos demais.
76 77
No tema Geologia, trata-se de uma análise minuciosa que, feita através
de técnicas especializadas, busca avaliar um terreno para determinar se
nele podem ser encontradas jazidas minerais, petrolíferas ou de gás. No
Prospecção
caso da Arqueologia, são as técnicas aplicadas na localização de uma
jazida arqueológica de valor histórico, no caso de não existirem vestígios
da existência de uma civilização antiga na superfície.
A pilha de rejeito é uma estrutura construída para armazenar resíduos de
Pilha de rejeitos
mineração.
R
Recursos hídricos A quantidade de águas superficiais e de uma determinada região.
Registro Referência genérica aos objetos, artefatos, estruturas e construções
 Equipe

Equipe PROFISSIONAL FORMAÇÃO

REGISTRO PROFISSIONAL

CONSELHO IBAMA SEMAS

EXECUÇÃO/ELABORAÇÃO

Meio Físico
REGISTRO
PROFISSIONAL FORMAÇÃO Meteorologista
CONSELHO IBAMA SEMAS Daniel Meninea Santos 16.254 D/PA 5157150 3039
MSc. Ciências Ambientais
COORDENAÇÃO GERAL Engenheira Ambiental e de
Carolina Shizue Hoshino Neta 19988 D/PA 5210054 3497
Geólogo Segurança do Trabalho
Tony Carlos Dias da
Msc. Geologia de Engenharia 10.643 D/PA 220304 360 Cristiane Costa Raiol Engenheira Ambiental 20381 D/PA 5488754 3429
Costa
Dr. Geociências
Daniel Fernandes Rodrigues Engenheiro Ambiental
COORDENAÇÃO GERAL OPERACIONAL 19952 D/PA 6509571 4897
Barroso MSc. Ciências Ambientais
Meteorologista
Daniel Meninea Santos 16.254 D/PA 5157150 3039 Engenheiro Ambiental e de
Msc. Ciências Ambientais Ricardo Marino Kühl Energias Renováveis 1515046354 6533620 7242
COORDENAÇÃO TÉCNICA MSc. Planejamento Energético

Meio físico Leandro Silva Quaresma Engenheiro Ambiental 151631699-1 6852535 8022

Meteorologista Meio Biótico

Daniel Meninea Santos 16.254 D/PA 5157150 3039
Msc. Ciências Ambientais
Alexandro Herbert dos Santos Biólogo
90095/06-D 2476549 3900
Paulo Mayo Koury de Bastos MSc. Zoologia
Eng. Agrônomo 2575 D/PA 279427 4122
Figueredo
Engenheiro Agrônomo 28313-D
Meio Biótico Ernando da Silva Monteiro 6622179 7744
Biólogo 103439/06-D
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

Alexandro Herbert dos Biólogo Técnico Florestal

90095/06-D 2476549 3900
Santos Bastos MSc. Zoologia Roberto Carlos Machado Maia 8098 TD/PA 5065023 705
Técnico em Segurança do
Meio Socioeconômico Trabalho

Engenheira Florestal
Kátia Glória Leão Lopes Socióloga - 583957 3890

Projeto Pedra Branca

Gracialda Costa Ferreira Msc. Ciências Florestais 12365-D 252978 211
GEOPROCESSAMENTO Dra. Botânica

Administrador Daiane Evangelista Aviz da Silva Bióloga 73438/06-D 2741104 3727

Técnico em Geodésia, Cartografia e
Robson Raposo Macedo Agrimensura 7364TD/PA 5444345 3760 Kleiton Rodolfo Alves da Silva Biólogo 73253/06-D 2231497 6986
Esp. em Desenvolvimento Urbano
Rosangela Barreto Amador Bióloga 90802/06-D 1906249 5640
e Meio Ambiente
78 Rogério Rosa da Silva Biólogo 40284/01-D 624184 79
Tatiane Matos do
Técnica Geodésia e Cartografia 21638TDPA 6698683 4651
Nascimento
Lincoln S. Carneiro Biólogo 52778/06-D 2257917 1556
EXECUÇÃO/ELABORAÇÃO
Paulo Henrique Santos Trindade Biólogo 103085/06-D 5181115 7707
Meio Físico
Sheila Cristina de Souza Miranda Engenheira de Pesca 157446/D-PA 5038623 7067
Geólogo
Tony Carlos Dias da Márcia Francineli da Cunha
MSc. Geologia de Engenharia 10.643 D/PA 220304 360 Bióloga 73080/06-D 2087876 3503
Costa Bezerra
Dr. Geociências
Meio Socioeconômico
Paulo Mayo Koury de
Engenheiro Agrônomo 2575 D/PA 279427 4122
Figueiredo Kátia Glória Leão Lopes Socióloga - 583957 3890
 REGISTRO PROFISSIONAL
PROFISSIONAL FORMAÇÃO
CONSELHO IBAMA SEMAS

Meio Socioeconômico

Maycon Yuri Nascimento Costa Sociólogo - 6484010 7589

Liane Silva Canavarro Sociólogo - 6415377 7033

Apoio nas Atividades de Escritório

Denis Pinheiro da Silva Estudante de Agronomia - - -

Estudante do curso Engenharia

Eduardo Rocha Cardoso de
Ambiental e Energias - - -
Oliveira
Renováveis

Estudante do curso Engenharia

Rayane Pereira Sodré Ambiental e Energias - - -
Renováveis

RIMA

Carolina Shizue Hoshino Neta

PROJETO E DIAGRAMAÇÃO Engenheira Ambiental e de Segurança do Trabalho
CREA 19988 D/PA

PRODUÇÃO GRÁFICA Terra Meio Ambiente

RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

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