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AMBIENTAL – EIA
INDUSTRIAL Data 13.03.2012

N° Referência 20600.10-1000-M-1500
Página 1 (74)

RIMA – RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

BRAXCEL CELULOSE S.A


Peixe – TO

Conteúdo 1 INTRODUÇÃO

Anexos I Layout
II ART

Distribuição
BRAXCEL E
PÖYRY RHi

Orig. 13/03/12 cco 13/03/12 KHF/PEP 13/03/12 RHi 13/03/12 NRN Para informação
Rev. Data/Autor Data/Verificado Data/Aprovado Data/Autorizado Observações
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1 INTRODUÇÃO
O presente documento é um Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) referente à
Fábrica de Celulose Branqueada de eucalipto, da BRAXCEL, localizada em Peixe, no
Estado de Tocantins.

A unidade industrial da BRAXCEL prevê uma produção de 2.000.000 toneladas por


ano de celulose branqueada de eucalipto.

O Estudo de Impacto Ambiental tem o objetivo de instruir o processo de solicitação de


Licença Prévia (LP) do empreendimento, e, também, de orientar e fornecer subsídios
técnicos ao órgão ambiental, NATURATINS, para analisar o presente documento.

O desenvolvimento e conteúdo deste Estudo de Impacto Ambiental obedecem as bases


legais determinadas conforme a Constituição da República Federativa do Brasil de
1988, conforme seu artigo 225, §1º, inciso IV, que determina a realização de
EIA/RIMA para empreendimentos que possam causar significativos impactos
ambientais. Em complementação à determinação constitucional, também foram
analisados os dispositivos infraconstitucionais presentes nas diretrizes das Resoluções
CONAMA nº 01/86 e CONAMA no 237/97, bem como diretrizes específicas do
Termo de Referência emitido pelo NATURATINS no Ofício/DLIAM/no 19/2010 de
07/10/2010 e a Resolução COEMA nº 07/2005.

O objetivo central de um Estudo de Impacto Ambiental como este, portanto, é atestar


a viabilidade ambiental do empreendimento, por meio da caracterização do projeto,
conhecimento e análise da situação atual das áreas passíveis de sofrerem modificações
devido à sua implantação e operação – as denominadas áreas de influência, para o
posterior estudo comparativo entre a situação atual e a situação futura. Essa análise é
realizada por meio da identificação e avaliação dos impactos ambientais potenciais,
decorrentes das obras e funcionamento do empreendimento. Tal avaliação considera a
proposição de ações de gestão dos impactos, que visam minimizar e/ou eliminar as
alterações negativas, e incrementar os benefícios trazidos pela implantação do
empreendimento.

A equipe técnica responsável elaborou o presente trabalho no intuito de fornecer


subsídios para o órgão ambiental analisar o pedido de Licença Prévia e conduzir o
processo de licenciamento ambiental e definir as condicionantes necessárias para que
se possa implantar o empreendimento e, enfim, operá-lo de acordo com as premissas
de sustentabilidade.
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1.1 Dados gerais


A unidade industrial da BRAXCEL terá como atividade principal a fabricação de
celulose branqueada de eucalipto. Essa celulose será comercializada em fardos de 250
kg, formados por folhas secas. Para facilitar o manuseio e transporte, esses fardos
serão empilhados em dois grupos de quatro, formando uma carga de 2 toneladas.

A BRAXCEL escolheu o sul do estado do Tocantins para implantar sua unidade


industrial de fabricação de celulose branqueada de eucalipto, pois é onde já possui
base florestal em desenvolvimento.

Para o estudo de microlocalização, 4 premissas básicas foram estabelecidas, sendo que


os fatores ambientais foram determinantes para a definição do local de instalação da
nova indústria:
Existência de um espaço para o desenvolvimento do parque florestal capaz de
suprir as necessidades de madeira para a indústria de celulose;
Existência de características regionais adequadas para permitir o desenvolvimento
de um projeto economicamente viável;
Situação socioeconômica que possa ser melhorada e potencializada, a partir do
desenvolvimento do projeto;
Características ambientais favoráveis ao projeto e em conformidade com a
legislação ambiental.
Na região, além das premissas básicas estabelecidas, também foram considerados e
analisados alguns aspectos técnico-operacionais consagrados para implantação de uma
indústria de celulose, tais como, malha rodoferroviária, rede elétrica, recursos
hídricos, aspectos geológicos, restrições ambientais e direção de ventos.

Além dos aspectos técnico-operacionais consagrados, foram estabelecidos alguns


critérios para pré-seleção de sites que são, essencialmente, fatores ambientais
considerados como determinantes para a definição do local para a instalação da nova
indústria:
Ficar localizado fora da área de amortecimento de reservas indígenas e das
unidades de conservação;
De preferência, ficar localizado a uma distância mínima de 1.000 m em relação às
rodovias federais e estaduais de expressão, para minimizar o impacto visual aos
usuários dessas rodovias pela construção da unidade fabril, e também com o
objetivo de minimizar as interferências no tráfego nas mesmas evitando a entrada e
saída de veículos, eventuais formações de filas de caminhões, etc.
Ficar localizado, de preferência, em áreas antropizadas para facilitar a obtenção da
licença ambiental;
Ficar localizado a uma distância mínima em torno de 10 km de centros urbanos
expressivos;
Respeitar as Áreas de Preservação Permanente;
Preservar uma faixa de servidão em relação às ferrovias de 200 m;
Estar localizado em áreas de relevo plano, não movimentado, para minimizar as
obras de terraplenagens.
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A justificativa para implantação do empreendimento parte da premissa de constatação


da franca expansão do mercado atual de celulose e papel no Brasil e no exterior. Isto
pode ser observado através dos projetos de expansão de diversas indústrias do ramo,
com consequente expansão de suas bases florestais.

O Brasil tem sido um local privilegiado no mundo, em relação ao setor de


agronegócios, devido à sua vantagem competitiva para cultivar florestas renováveis e
autossustentáveis. Assim sendo, o Brasil é considerado como o futuro grande
fornecedor do mercado mundial de celulose de fibra curta, tendo a seu favor fatores
como clima e boa produtividade das florestas, o que resulta em um custo bastante
competitivo.

A implantação da unidade industrial promoverá um desenvolvimento econômico e um


aumento da infraestrutura da região. Os salários diretos e indiretos promoverão um
aumento na arrecadação de impostos, os quais permitirão a associação do governo e
demais órgãos a um investimento incremental no desenvolvimento de programas
sociais e econômicos. Este processo é denominado efeito multiplicador e está baseado
nas teorias econômicas.

O desenvolvimento deste projeto trará benefícios não somente para os negócios da


BRAXCEL, mas também para a região do município de Peixe-TO, para o estado do
Tocantins e para o Brasil.

1.2 Alternativas do projeto


Definida a região de interesse para implantação da unidade industrial, a BRAXCEL,
em 2010, contratou a Pöyry Tecnologia para realização de um estudo de
microlocalização.

Após as inspeções de campo, os sites pré-selecionados foram ainda avaliados por meio
de análises dos fatores qualitativos (não mensuráveis) e dos fatores quantitativos
(mensuráveis).

Estes fatores qualitativos (não mensuráveis) foram divididos em três grandes grupos
de avaliação: (i) Impactos Ambientais; (ii) Recursos Sociais; e (iii) Infraestrutura.

Para os Impactos Ambientais, foram considerados e avaliados qualitativamente os


seguintes itens específicos: cobertura de vegetação nativa; disponibilidade hídrica;
afastamento de áreas de proteção permanente (APP) e unidade de conservação (UC);
afastamento de reservas indígenas; inexistência de pequenas comunidades rurais;
afastamento dos núcleos habitacionais; rotas de ventos.

Para os fatores sociais, foram considerados e avaliados qualitativamente os seguintes


itens específicos: disponibilidade de infraestrutura social para comunidade;
disponibilidade de assistência médica e educação; e apoio da comunidade.

Para a análise dos sites quanto aos fatores de infraestrutura para fábrica, foram
considerados e avaliados qualitativamente os seguintes itens específicos:
disponibilidade de habitações; disponibilidade de energia elétrica; facilidade de
interligação ferroviária; e facilidade de acesso rodoviário.
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A avaliação dos fatores quantitativos (mensuráveis) foi feita computando-se os


investimentos dos itens “fora da cerca” mais relevantes (ramal ferroviário; acesso
rodoviário, desapropriação de faixa de terra; adutora de água bruta, emissário de
efluentes e linha de transmissão) e custos relativos à logística de transporte de madeira
e de celulose.

Assim, a avaliação das alternativas locacionais permitiu constatar que, tanto na análise
qualitativa como na análise quantitativa, recomenda-se a implantação da unidade
industrial da BRAXCEL no site GMR 6 – Morada do Boi, localizado no município de
Peixe-TO.

Localização do GMR 6 – Morada do Boi, recomendado para implantação da


unidade industrial da BRAXCEL.

1.3 Características do empreendimento


A unidade industrial de fabricação de celulose branqueada de eucalipto da BRAXCEL
será implantada no município de Peixe, no estado do Tocantins. Na Figura a seguir é
apresentada a localização do empreendimento.
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Localização da unidade industrial da BRAXCEL.

Essa unidade utilizará como matéria-prima básica, aproximadamente, 7,4 milhões de


metros cúbicos de eucalipto por ano. Além da madeira, serão utilizados outros
insumos, como exemplo: oxigênio, hidróxido de sódio, peróxido de hidrogênio, ácido
sulfúrico, metabissulfito de sódio, metanol, clorato de sódio, cal virgem, dentre outros.

Nessa fábrica serão utilizadas as Melhores Tecnologias Disponíveis – BAT (Best


Available Technologies) e as Melhores Práticas de Gerenciamento Ambiental – BPEM
(Best Practice Environmental Management).

Deve-se ressaltar que em relação aos sistemas de controle ambiental, esta unidade
industrial terá capacidade de absorver as emissões ambientais (efluentes líquidos,
emissões atmosféricas, resíduos sólidos) de uma produção de até 2.000.000 toneladas
por ano de celulose.

Para a operação da unidade industrial de celulose será necessária à implantação de


uma infraestrutura externa e interna de apoio que compreenderá estradas de acesso,
linha de transmissão de energia elétrica, recebimento de insumos, captação e
tratamento de água, tratamento e disposição adequada de efluentes e sistemas de
tratamento e disposição de resíduos sólidos industriais.

1.4 Layout
O layout do empreendimento com a localização das instalações da unidade industrial é
apresentado no Anexo I.

O fluxograma do simplificado processo produtivo com as etapas de produção da


celulose branqueada de eucalipto (preparo de madeira, cozimento, lavagem,
branqueamento e secagem, além da geração de energia através da recuperação de
químicos e biomassa e o sistema de controle ambiental) é apresentado a seguir:
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Uso de recurso Emissões


Efluentes Líquidos Resíduos Sólidos
natural Atmosféricas
Floresta
CONTROLE AMBIENTAL

Preparo de Madeira Cozimento Lavagem Branqueamento

LICOR

Caldeira de Biomassa Máquina de


Evaporação
Secagem

LICOR

Energia Caldeira Recuperação

GERAÇÃO DE ENERGIA (Matriz Energética Renovável)

CELULOSE

Fluxograma do simplificado processo produtivo.

1.5 Planos e Programas Governamentais


O mais importante programa federal atualmente desenvolvido no Brasil é o Plano de
Aceleração do Crescimento (PAC), atualmente em sua segunda fase (PAC 2).

Segundo informações obtidas nas homepages do governo federal, lançou-se em 29 de


março de 2010, a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2),
que incorpora ainda mais ações nas áreas social e urbana, além de mais recursos para
continuar construindo a infraestrutura logística e energética para sustentar o
crescimento do País. Os investimentos do PAC 2 estão organizados em seis grandes
eixos:

- Transportes

- Energia

- Cidade Melhor

- Comunidade Cidadã

- Minha Casa, Minha Vida

- Água e Luz para Todos

Como é sabido, durante a fase de implantação do empreendimento da BRAXCEL


haverá intensa circulação de mão de obra e de produtos e insumos para a construção
civil do empreendimento.
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Esse aumento da demanda poderá representar um impacto na malha viária existente,


mesmo que essa ainda esteja dentro da sua capacidade, ou poderá influenciar
sobremaneira a oferta de transporte público da população local de Peixe (TO), ou da
região do entorno.

Rodovias, ferrovias, aeroportos, portos, hidrovias e aquisição de equipamentos. Essas


são as ações predominantes do eixo Transporte do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), que devem proporcionar ao Brasil uma rede logística que atenda
à crescente demanda de viajantes e mercadorias.

Em termos de estratégica logística, os investimentos do PAC, para o Tocantins,


pretende ampliar infraestrutura logística existente para:

- escoar a produção regional para consumo interno e exportação: BR 242;

- ampliação da infraestrutura ferroviária existente, estruturando “um corredor”


exportador da produção regional, propiciando o aumento da competitividade regional:
Ferrovia Norte-Sul Ferrovia de Integração Leste-Oeste.

Mapa dos projetos de infraestrutura logística. Fonte: Relatório do 10º balanço de


atividades do PAC.

Tais investimentos potencializam dois outros enfoques para o Estado de Tocantins: o


de empreendimentos exclusivos, e outro de empreendimentos regionais, tal qual se
apresenta:

Além de estar ligado com a fase de implantação do empreendimento, este eixo


temático está intimamente ligado à fase de operação do empreendimento,
considerando o mercado internacional de consumo de celulose para produção de
papel, especialmente focado nos mercados europeu e asiático.

Ora, os investimentos na infraestrutura logística seja local, como regional,


potencializarão os possíveis investimentos não apenas da BRAXCEL, como também
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de futuros empreendimentos, pois estará disponível uma infraestrutura aparelhada e


moderna, apta a atender as necessidades de grandes investimentos e capaz de suportar
os impactos pelo sua intensiva utilização.

Em se tratando de investimentos da BRAXCEL, são extremamente importantes os


investimentos em infraestrutura rodoviária e ferroviária, especialmente essa última
que possui fortes investimentos da companhia de mineração VALE.

O segundo eixo temático, também intimamente ligado à infraestrutura do


empreendimento da BRAXCEL, é o significativo investimento em energia. Os
investimentos em infraestrutura energética são primordiais em países em
desenvolvimento, com suas economias fortemente dependentes de investimentos
crescentes de capital privado à procura de ganhos consideráveis, ou baixos custos para
início de suas atividades. A estratégia adotada é garantir a segurança energética e
modicidade tarifária para o Estado de Tocantins e para a Região Norte (PAC, 2011b).
Tal assertiva encontra-se na representação abaixo:

Mapa dos projetos de energia. Fonte: Relatório do 10º balanço de atividades do


PAC.

Em termos de desenvolvimento local e regional, é de suma importância ressaltar que o


empreendimento da BRAXCEL irá contribuir com o planejamento estratégico
regional.

O empreendimento da BRAXCEL, como se nota do item “Caracterização do


Empreendimento”, será responsável por geração de energia em seu processo
produtivo, gerando uma chamada “energia verde”.

Ou seja, o empreendimento da BRAXCEL será autossuficiente em energia, além de


disponibilizar energia limpa para o sistema, quando o seu excedente energético é
disponibilizado ao sistema. Ora, percebe-se que mais uma vez, o empreendimento da
BRAXCEL está em plena harmonia com os investimentos do Governo Federal para a
área de influência do empreendimento, para o Estado de Tocantins e para o Brasil.
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A estratégia ligada ainda à primeira fase do PAC quanto a Infraestrutura Social e


Urbana encontra-se aprimorada. As linhas de ação são as seguintes:

- continuidade do programa Luz para Todos;

- já foram realizadas 40.000 ligações de Meta Original entre 2004 e 2010

- já foram realizadas 40.000 ligações de Meta Adicional entre 2004 e 2010

Além disso, está prevista a melhoria das condições de vida da população, garantindo:

- drenagem para prevenção de enchentes e urbanização em Palmas e em outros


municípios da região de entorno;

- urbanização e reassentamento de famílias localizadas em áreas de risco, e áreas


ambientalmente sensíveis;

- produção de unidades habitacionais em Palmas, Araguaína, Araguatins, Colina, Irmã


Dulce, Setor Norte em Palmas, entre outros municípios.

Ora, a implantação e operação de um empreendimento do porte da BRAXCEL é


responsável pela migração de pessoas e famílias, que correm em busca de melhores
condições de vida, de trabalho, um nível de vida melhor como um todo. Ora, entre um
dos impactos sociais encontrados em empreendimentos deste porte está a
desmobilização de mão de obra quando encerrada a fase de construção civil, em que
grande parte do contingente é dispensada.

Estudos ambientais e socioeconômicos e experiências na implantação de


empreendimentos similares mostram que parcela da mão de obra desmobilizada
permanece na região criando laços sociais e profissionais, formando famílias e
fornecendo serviços (contratados diretos ou terceirizados) para o próprio
empreendimento.

Ou seja, a desmobilização de mão de obra gera uma variação da população local que
acaba se instalando no município do empreendimento e região. Ou seja, além das
medidas mitigadoras naturais do próprio empreendedor BRAXCEL, nota-se que os
investimentos do governo federal também se acoplam e complementam as ações do
empreendedor, atendendo aos anseios futuros.

Do ponto de vista da qualidade ambiental, visando às melhores condições de vida da


população do Tocantins, também se encontram as estratégias de aumento da oferta de
água para produção; e, prevenção de enchentes e de áreas alagadas, o que contribui
sobremaneira para melhores condições de vida e ambientais.

Em atenção aos assuntos mais voltados ao espectro ambiental, entende-se que o


empreendimento da BRAXCEL está em harmonia com os desdobramentos da segunda
fase do PAC, o PAC 2.

Complementarmente, passa-se a tratar das esferas mais sociais do PAC 2:

- Cidade Melhor.

- Comunidade Cidadã.
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- Minha Casa, Minha Vida.

- Água e Luz para Todos.

Como já dito, em empreendimentos similares ocorre uma migração entre


aglomerações urbanas, gerando uma alteração no uso da infraestrutura pública. Uma
das formas que auxiliará as ações do empreendedor em minimizar estas alterações é
investir em obras fundamentais para levar direitos sociais básicos à população urbana.

Com o projeto Cidade Melhor, o governo federal irá investir em ações de


infraestrutura como saneamento, prevenção em áreas de risco, mobilidade urbana e
pavimentação, segundo informações obtidas nos relatórios do PAC 2.

As obras serão realizadas em parceria entre estados e municípios. O governo federal


disponibiliza recursos, enquanto os demais entes federados apresentam projetos,
fazem licitações e executam as obras.

Em Saneamento, foram R$ 25,2 bilhões em obras contratadas, das quais 87% já estão
em fase de execução. Foram selecionados R$ 6 bilhões em projetos de 22 estados, que
beneficiarão 230 municípios. Esses empreendimentos estão em fase de contratação.

Além da preocupação com saneamento, o PAC Cidade Melhor também realiza ações
para Prevenção em Áreas de Risco, com objetivo de proteger a população de
problemas como deslizamentos, enchentes e inundações. Ao todo, R$ 5,2 bilhões de
obras foram contratadas, das quais 59% estão em andamento com 31% de execução
física (BRASIL, 2011b)

Há também investimentos de R$ 4 bilhões em obras de drenagem em 64 municípios


de cinco estados. Para obras de contenção de encostas foram alocados R$ 544
milhões, que serão investidos em 67 municípios de quatro estados. Pavimentação é
outro objetivo do PAC 2. Estão previstos R$ 6 bilhões para pavimentar bairros ou
localidades em áreas urbanas, priorizando as regiões que concentram população de
baixa renda.

Outra abordagem do PAC 2 é o Comunidade Cidadã, com investimentos em Unidades


de Pronto Atendimento, Unidades Básicas de Saúde, creches, escolas infantis, quadras
em escolas, praças esportivas e culturais.

Os investimentos em saúde são importantes pois irão auxiliar a desafogar o sistema de


saúde atual, prestando atendimentos de urgência e deixando leitos hospitalares livres
para casos mais graves, além de maior necessidade de estadia.

Com a chegada do empreendimento da BRAXCEL, é importante compensar o número


de leitos hospitalares existentes e balancear com a população flutuante na localidade
quando da implantação do empreendimento. Além disso, vale mencionar a
implantação de escolas para aumentar a oferta de educação e permitir a melhoria dos
índices socioeconômicos em termos de alfabetização e cultura, o que irá contribuir
para aprimoramento de uma espiral de benefícios e estímulos à melhoria de vida da
população local.

Em relação aos investimentos em habitação, os objetivos se desdobram em algumas


frentes, com vistas à reduzir a ausência de habitações, garantir o acesso à casa própria
e melhorar a qualidade de vida da população. O PAC denomina este programa como
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“Minha Casa, Minha Vida”. Nos próximos três anos (2012-14) estão previstos
investimentos da ordem de R$ 279 bilhões. Como afirmado, as frentes de trabalho são:

• R$ 30,5 bilhões para urbanização de assentamentos precários;

• R$ 72,5 bilhões para o programa Minha Casa, Minha Vida; e,

• R$ 176 bilhões para o financiamento habitacional realizados pelo Sistema


Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Os investimentos no programa Minha Casa, Minha Vida serão destinados


principalmente para a construção de casas para famílias de baixa renda. O subsídio
varia de acordo com a capacidade de pagamento das famílias e dos seus membros que
contribuem para a renda.

Os investimentos são aplicados para equipar as residências com aquecedor solar, para
economizar energia elétrica. Economia que também será vista com o barateamento de
seguros e processos cartoriais. Serão construídas 2 milhões de unidades, a maior parte
(60%) para famílias com renda mensal até R$ 1.395.

Quem pretender construir, comprar imóveis usados ou novos ou ainda reformar o


domicílio, poderá contar com o financiamento do SPBE. São R$ 176 bilhões
destinados para esta modalidade de empréstimo para que mais pessoas consigam
realizar o sonho da casa própria. Até junho do ano passado (em 2011), segundo
informações dos relatórios do PAC 2, mais de 227 mil contratos já haviam sido
firmados.

Outra frente do PAC Minha Casa, Minha Vida prevê transformar favelas em bairro
populares. Até agosto de 2011, 83% das obras já contratadas (no valor de R$ 19,1
bilhões) foram concluídas. Para o período 2011-14, R$ 9,4 bilhões já foram
selecionados para projetos em mais de 300 municípios, distribuídas por 14 estados
(BRASIL, 2011b).

A intenção da frente de urbanização de assentamentos precários é proporcionar


qualidade de vida para a população, com acesso a água, esgoto, iluminação, saúde,
educação, esporte, lazer e cultura.

Muito interessante observar que tais investimentos refletem positivamente em termos


de paradigmas de futuras instalações. O crescimento econômico de uma região, como
no caso em tela, com a chegada do empreendimento da BRAXCEL irá contar com
mais uma apoio do governo federal no sentido de se conferir exemplos positivos de
uso e ocupação do solo.

No mesmo sentido, o mesmo se aplica ao programa “Luz Para Todos”, que oferece.

Estudos já realizados comprovam que populações que habitam áreas urbanizadas, com
os equipamentos de infraestrutura e condições ambientais saudáveis, possuem uma
qualidade de vida refletida nos modos de vida e em baixos índices de violência, isto é,
a BRAXCEL poderá se instalar na região e participar deste programa no lado
educacional, quando prepara seus contratados e colaboradores a entender este
processo de melhoria nas condições de vida.
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Paralelamente aos planos e programas federais, com investimentos em diferentes eixos


temáticos, o governo de Tocantins também realiza uma série de investimentos de alta
relevância em todo o Estado.

Inicialmente, segundo pesquisas realizadas na base de dados da Secretaria Estadual de


Infraestrutura, existe um “Mapa de Obras” que abrange os investimentos em
diferentes áreas (educação, infraestrutura, fornecimento de energia, eletrificação,
rodoviário, etc.).

Além de tais investimentos já realizados e anunciados, existem uma série de outros


investimentos fundamentais para consolidar a presença de outros investimentos
privados, como o da BRAXCEL.

Segundo pesquisas realizadas na própria Secretaria de Infraestrutura, o ano de 2011


foi vantajoso em termos de aparelhamento estatal para recebimento de futuros
investimentos privados.

1.6 Legislação
A necessidade da realização do Estudo de Impacto Ambiental deriva de previsão legal
que a considera como instrumento de controle, planejamento e gestão ambiental.

O capítulo legislação deriva, portanto, da necessidade de cumprimento e atendimento


da legislação ambiental, onde são abordados os aspectos técnicos e legais atinentes ao
empreendimento da BRAXCEL.

Ademais, além de atender a legislação ambiental (federal, estadual e municipal), o


estudo analisado possui estrutura lógica, a fim de facilitar a abordagem e
entendimento do empreendimento, conforme descrito no tópico Caracterização do
Empreendimento.
- Informações técnicas, com a caracterização técnica e ambiental do empreendimento,
considerando a área de influência com as etapas de implantação e de operação da linha
de celulose;
- Diagnóstico dos meios físico, biótico e socioeconômico da área de influência;
- Identificação e avaliação dos impactos ambientais oriundos da implantação do
projeto no sudoeste de Tocantins
Após a avaliação dos impactos ambientais, são propostas medidas mitigadoras destes
impactos, assim como, realização de programas de monitoramento dos impactos
significativos.

A seguir, o empreendimento é analisado à luz da legislação ambiental federal, estadual


e municipal, no que tange à implantação e operação do empreendimento.

O presente trabalho em resumo trata dos instrumentos legais que regem a competência
legal para licenciamento ambiental no estado do Tocantins, quando em 1989, por meio
da Lei Estadual nº 29/89 foi criada a Fundação Natureza do Tocantins, sendo
posteriormente, substituído pela autarquia estadual Instituto Natureza do Tocantins
(NATURATINS) pela Lei Estadual nº 858, em 1996.
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Antes de aprofundar a análise dos aspectos legais atinentes ao projeto, foi cabível
fazer uma abordagem geral das questões iniciais sobre o licenciamento ambiental:

- Entidades e Instituições envolvidas no processo de licenciamento ambiental e as


competências para o licenciamento ambiental; e

- Atendimento aos dispositivos em vigência, referente aos usos e à proteção dos


recursos ambientais.

Quanto às normas de Licenciamento Ambiental foram analisadas:

Constituição Federal, de 1988. Artigo 225, §1º, inciso IV

Resolução CONAMA nº. 01/1986 – dispõe sobre elaboração de EIA/RIMA para


licenciamento ambiental e realização de audiência pública

Resolução CONAMA nº. 237/1997 – dispõe sobre licenciamento ambiental

Resolução CONAMA nº. 06/1986 – dispõe sobre os modelos para publicação de


pedidos de licenciamento

Resolução CONAMA nº. 09/1987 – Dispõe sobre a realização de audiência pública

Lei Estadual nº 261/1991 – Política Ambiental do Estado de Tocantins

Resolução COEMA nº 001/2003 - Estabelece as diretrizes e critérios de licenciamento


e gestão ambiental nas áreas de reservatórios artificiais e seu entorno.

Resolução COEMA nº 007/2005 – Dispõe sobre o Sistema Integrado de Controle


Ambiental do Estado do Tocantins.

Lei Complementar nº 140/2011 – Regulamenta o artigo 23 da Constituição Federal de


1988

Quanto às normas de Patrimônio Cultural - Arqueologia, História e


Manifestações Culturais foram analisadas:

Decreto-Lei Federal nº. 25/37 – Dispõe sobre o patrimônio histórico e artístico


nacional;

Lei Federal nº. 3.924/61 – Dispõe sobre monumentos arqueológicos e pré-históricos;

Decreto Federal nº. 3.551/00 – Institui o registro de bens culturais de natureza


imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro e cria o Programa Nacional do
Patrimônio Imaterial - PNPI.

Portaria SPHAN nº. 07/88 – preceitua o levantamento arqueológico de campo e de


dados secundários para a obtenção da licença ambiental prévia, e estabelece os
procedimentos necessários à comunicação prévia para pesquisas e escavações
arqueológicas em sítios arqueológicos.

Quanto às normas de Proteção à fauna foram analisadas:

Lei Federal nº. 5.197/67 – Dispõe sobre a proteção à fauna;


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Portaria IBAMA nº. 1.522/89 – Reconhece a lista de espécies da fauna ameaçadas de


extinção.

Quanto às normas de Proteção à Flora foram analisadas:

Código Florestal – Lei nº. 4.775/65

Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade – Portaria MMA nº. 9/2007

Quanto às normas de Unidades de Conservação foram analisadas:

Lei Federal nº. 9.985/00 (SNUC) – Institui de criação do Sistema Nacional de


Unidades de Conservação da Natureza

Decreto Federal nº. 4.340/02 – Regulamenta o SNUC (alterado pelo Decreto Federal
nº. 6848/2009).

Resolução CONAMA 371/2006 – Estabelece as diretrizes aos órgãos ambientais para


o cálculo, cobrança, aplicação, aprovação e controle de gastos de recursos advindos de
compensação ambiental, conforme o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
da Natureza (SNUC), e dá outras providências.

Decreto Estadual nº 1.444/2002 - Institui a unidade de conservação denominada APA


– Lago de Peixe Angical, e adota outras providências.

Quanto às normas de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Condições e Padrões


de Lançamento de Efluentes. Outorga de Captação de Água Bruta e Lançamento
de Efluentes Tratados foram analisadas:

Resolução CONAMA nº. 357/05 – Dispõe sobre a classificação dos corpos hídricos e
diretrizes para seu enquadramento, bem como estabelece condições e padrões de
lançamento de efluentes.

Resolução CONAMA nº 430/2011 – Dispõe sobre condições e padrões de lançamento


de efluentes, complementa e altera a Resolução CONAMA 357/2005

Lei Federal nº. 9433/97 - Política Nacional de Recursos Hídricos

Lei Estadual nº 1.307/2002 - Política Estadual de Recursos Hídricos

Lei Estadual Complementar nº. 0013/1997 - Regulamenta as atividades de pesca,


aquicultura, piscicultura, da proteção da fauna aquática.

Decreto Estadual nº 2.432/2005 - Regulamenta a outorga do direito de uso de recursos


hídricos

Quanto às normas de Proteção das Águas Subterrâneas e Solo foram analisadas:

Resolução CONAMA nº 420/2009 - dispõe sobre critérios e valores orientadores de


qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes
para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas.
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16

Portaria Ministério da Saúde nº 2.914/2011 - dispõe sobre os procedimentos de


controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade

Quanto às normas de Proteção do Recurso Atmosférico foram analisadas:

Resolução CONAMA nº 382/2006 – Dispõe sobre os padrões de emissão por fontes


fixas novas.

Resolução CONAMA nº 003/90 – dispõe sobre os padrões de qualidade do ar.

Política Nacional do Meio Ambiente e Política Ambiental Estadual do Tocantins.

Lei Estadual 1.917/2008 – Institui a Política Estadual de Mudanças Climáticas

Quanto aos Resíduos Sólidos:

O empreendedor BRAXCEL deverá estar atento às disposições legais vigentes, bem


como atentar para futuras eventuais normas que poderão surgir. Além disso, o PBA
específico sobre este tema deverá ser alvo de análise e revisões, quando essas foram
necessárias, como o intuito de manter o empreendedor em plena conformidade com as
exigências legais e premissas de sustentabilidade.

Quanto às normas de Poluição Sonora e Ruídos foram analisadas:

CLT - Consolidação das Leis do Trabalho: Lei nº 6.514/1977 (Seção IV - Do


Equipamento De Proteção Individual);

NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI;

NR-15 - Atividades e Operações Insalubres;

NBR 7731 - Guia para execução de serviços de medição de ruído aéreo e avaliação
dos seus efeitos sobre o homem;

NBR 10151 - Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da


comunidade;

NBR 10152 (NB-95) - Níveis de ruído para conforto acústico.

Resolução CONAMA nº. 01/90 – Dispõe sobre os critérios e padrões de emissão de


ruídos das atividades industriais.

LEGISLAÇÃO DE ÂMBITO MUNICIPAL

Apesar de atendidos os requisitos legais federais e estaduais, conforme se denota do


que fora tratado, é de suma importância que as questões de uso e ocupação do solo que
foram estabelecidas pela Municipalidade de Peixe sejam também atendidas.

Para avaliação da adequação do empreendimento da BRAXCEL em relação à


legislação municipal, foi realizada consulta perante a Municipalidade de Peixe, a fim
de averiguar a existência de qualquer restrição ou disposição legal específica que
20600.10-1000-M-1500

17

possa comprometer a localização do empreendimento ou definir situações especiais


para sua implantação e operação futuras.

Assim, ao proceder a consulta, tomou-se conhecimento que a Municipalidade de Peixe


ainda não possui legislação própria sobre parcelamento e desmembramento do solo
urbano, loteamentos residenciais ou industriais/comerciais, nem limitações legais para
instalação de empreendimentos como este do porte da BRAXCEL.

Sobre o regramento urbano naquele Município, existe o Código de Postura Municipal


que estabelece normativas específicas sobre imóveis comerciais e residenciais na zona
urbana, o que não gera incidência no caso do empreendimento da BRAXCEL.

Outrossim, apesar da inexistência de dispositivos legais que eventualmente poderiam


gerar qualquer influência ou restrição para implantação e operação do
empreendimento, é importante e válido, inclusive, que o empreendedor realize
acompanhamento para verificação de normas supervenientes que possam afetar suas
atividades futuras.

Nesse sentido, não são encontrados dispositivos legais capazes de questionar a


viabilidade ambiental, locacional e socioeconômica do empreendimento proposto pela
BRAXCEL, devendo, outrossim, que este empreendedor atenda todas as normas
trabalhistas, tributárias, cíveis e de segurança do trabalho, mantendo contato com as
autoridades locais e estaduais.

Todavia, apesar de não haver a regulamentação do zoneamento municipal, Plano


Diretor, e outras normas (quando da elaboração deste EIA/RIMA – de 2011 a
fevereiro/2012) que possam trazer condições específicas para o empreendimento da
BRAXCEL, o empreendedor não poderá se eximir de futuras obrigações que possam
recair sobre si por diplomas legais supervenientes, pois em se tratando de Direitos
Difusos (3ª geração) e principalmente Direito Ambiental não existe a figura do direito
adquirido.

Por tal razão, faz-se a título de recomendação que o empreendedor mantenha íntimo
contato com a Municipalidade de Peixe para acompanhar a evolução do seu quadro
normativo, bem como, possa porventura colaborar com esta Municipalidade.

1.7 Análise, Avaliação e Gerenciamento de Risco


O Major Hazard Incidents Data Service – MHIDAS é um banco de dados
internacional de acidentes/incidentes ocorridos na produção industrial, transporte e
armazenagem de produtos químicos que resultem em potencial perigo para a
comunidade.

Foi realizada pesquisa no banco de dados MHIDAS sobre substâncias perigosas


utilizadas nas indústrias de papel e celulose. Desde 1974, foram encontrados 6
acidentes relacionados a esse setor, sendo 1 relacionado à explosão de poeira de
celulose recirculada, 1 relacionado a rompimento de lagoa de efluentes e descarga de
efluente parcialmente tratado, 4 relacionados à liberação de cloro (2 por rompimento
de tubulação e 2 por explosão na unidade de geração).
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18

Na tabela a seguir é apresentado o número de incidentes relatados no MHIDAS


ocorridos em diferentes tipos de indústrias.

Incidentes por tipo de substância.

Substância Estado Incidentes


Clorato de sódio Cristalizado ou em pó 19
GLP Líquido sob pressão 546
Metanol Líquido 197
Dióxido de cloro Gás 1
Peróxido de cloro Solução 30
Óleo combustível Líquido 356
Hidrogênio Gás 454
Fonte: MHIDAS
A pesquisa, junto ao MIDHAS, de acidentes envolvendo as substâncias perigosas
presentes na indústria de papel e celulose, conduziu às seguintes informações:

Quanto ao clorato de sódio: São identificados acidentes devido a impactos


envolvendo veículos de transporte, tambores com liberação e contato da substância
com outros produtos inflamáveis ocasionando explosões. Relatam-se, também,
explosões devido a incêndios em locais de armazenamento da substância. Nenhum
incidente relacionado com indústria de celulose e a substância em questão foi
relatado.

Quanto ao GLP: Foram encontrados acidentes devidos a fator humano (manuseio


errado) e impactos no transporte envolvendo esta substância em incêndio e
explosão (fireball) durante transporte e armazenagem.

Quanto ao metanol: Acidentes com liberação e formação de poça, incêndio e


explosão estão catalogados, ocasionados por inundação, raios, falhas humanas e
impactos durante o transporte.

Quanto ao dióxido de cloro: Foi relatado apenas um relato de acidente ocorrido em


laboratório com explosão devido à liberação da substância por manuseio errado.

Quanto ao peróxido de hidrogênio: Foram catalogados acidentes com peróxido


ocorridos na carga e descarga de recipientes ou vazamentos em armazéns de
distribuidores, exigindo isolamento da área e limpeza; nenhum destes incidentes
estava identificado em indústrias de celulose.

Quanto ao óleo combustível: Acidentes com explosões de tanques com esta


substância são relatados devidos a falhas humanas, incêndios externos,
temperaturas extremas. Durante transporte, os acidentes ocorreram devido a
impactos seguidos de fogo e/ou explosão.
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19

Quanto ao Hidrogênio: acidentes no transporte e no processamento, associado a


falha humana ou operacional, provocando incêndios, explosões confinadas e/ou
explosões não confinadas.

Quanto às caldeiras: acidentes com explosão, provocados por condição operacional


de nível baixo de água, erro do operador ou manutenção precária, bem como
supervisão humana falha e falta de conhecimento, são responsáveis por 69% dos
feridos e 60% das fatalidades relatadas, quanto a episódios de odor à comunidade.

Com base na Análise Preliminar de Perigo (APP), os perigos identificados podem ser
distribuídos na matriz de risco.

FREQÜÊNCIA DE OCORRÊNCIA

A B C D E
S
E IV
V
E III 1 2 4
R
I
D II 3 9 10 27
A
D
E I 1

Matriz de Classificação de Risco.

Como resultado dos 57 perigos avaliados tem-se:


00 perigos são classificados como CRÍTICO;
04 perigos como SÉRIO;
29 perigos como MODERADO;
12 perigos como MENOR; e
12 perigos como DESPREZÍVEL.

O Estudo de Análise de Riscos foi elaborado considerando as possíveis operações da


unidade industrial da BRAXCEL, a ser implantada no município de Peixe, no Estado
do Tocantins, que possível e eventualmente podem causar riscos de incêndios,
explosões, dispersões tóxicas, vazamentos de efluentes ou vazamentos de gases.

Com relação aos perigos foram identificados 4 perigos classificados como SÉRIO, 29
perigos como MODERADO, 12 perigos como MENOR e 12 perigos como
DESPREZÍVEL, porém, todos os efeitos provavelmente estarão restritos à área
interna da BRAXCEL.
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20

1.8 Síntese do diagnóstico


A delimitação das áreas de influência de um determinado projeto é um dos requisitos
legais (Resolução CONAMA 01/86) para a avaliação de impactos ambientais e se
constitui de grande importância para o direcionamento da coleta de dados, voltada
para o diagnóstico ambiental.

As áreas de influência direta e indireta foram definidas e delimitadas levando-se em


consideração os impactos resultantes das atividades do empreendimento sobre os
recursos naturais (vegetação, fauna, recursos hídricos) e sobre os aspectos
socioeconômicos (população atingida, vias de acesso, transporte, infraestrutura urbana
social, mão de obra etc.), conforme orienta a Resolução CONAMA nº 01/86. Neste
caso, a delimitação dessa área, leva em consideração o alcance e a intensidade dos
impactos inerentes das atividades de implantação e operação do empreendimento de
industrial da BRAXCEL localizada no município de Peixe, TO. A área de influência
do empreendimento foi dividida em Área Diretamente Afetada (ADA), Área de
Influência Direta (AID) e Área de Influência Indireta (AII), que representa os espaços
territoriais relativos, respectivamente, aos impactos diretos e indiretos do
empreendimento.

Como consequência, o conjunto dos estudos envolvidos neste trabalho estará limitado
à área diretamente afetada, à área de influência direta e área de influência indireta.

A área diretamente afetada pelo empreendimento corresponde à unidade industrial,


adutora e emissário. A Figura a seguir apresenta a ADA do empreendimento.

Área Diretamente Afetada (ADA) em azul.


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21

Área de Influência Direta (AID) e Indireta (AII) do meio Físico e Biótico

A área de influência direta foi determinada pelas concentrações obtidas no estudo de


dispersão das emissões atmosféricas, do estudo de dispersão hídrica, do traçado da
faixa de servidão da adutora e emissário.

Área de Influência Direta: foi delimitada num raio de 5 km com base na experiência
da Pöyry em empreendimentos similares e nas concentrações de emissão de material
particulado e TRS, que são os principais parâmetros de uma fábrica de celulose.

Área de Influência Indireta: foi considerada a bacia do Rio Tocantins delimitada entre
os rios Paranã e a foz do rio Santa Teresa.

A AID (contorno roxo) e AII (contorno preto) do meio físico e biótico é apresentada
na Figura a seguir.
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22

Área de Influência Direta e Indireta para os Meio Físico e Biótico.


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23

Área de Influência Direta (AID) e Indireta (AII) do meio Socioeconômico

Área de Influência Direta: Será considerado o município de Peixe.

Área de Influência Indireta: Serão considerados os municípios de Gurupi, Sucupira,


Peixe e São Valério da Natividade.

A AID (contorno roxo) e AII (contorno preto) do meio socioeconômico é apresentada


na Figura a seguir.
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24

Área de Influência Direta e Indireta para os Meio Socioeconômico.


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25

Nas áreas de influência do empreendimento foram avaliados no meio físico, a


geologia, geomorfologia e os solos da região.

Quanto à geologia, a gleba de terras da Fazenda Morada do Boi, situada na região da


Fazenda Berilo (constituída pelo “site” industrial) está inserida na planície aluvial do
rio Tocantins, sendo essencialmente plana e estando em parte coberta por solos
aluviais arenosos e em parte por solos aluviais argilosos, caracterizando-se por lençol
freático situado próximo à superfície.

Quanto à geomorfologia, pelo acesso à Fazenda Berilo/Fazenda Morada do Boi, entre


o patamar superior coroado por camada de cascalho e o patamar inferior constituído
por sedimentos finos (siltes e argilas) há um desnível de, aproximadamente 5,0m. Nos
demais acessos, à margem esquerda do rio Tocantins, não ocorrem níveis de cascalhos
e sim terrenos essencialmente arenosos, aplanados, mais elevados que os da planície
aluvial.

Foram realizadas coletas de amostras de solo na área de influência diretamente afetada


do empreendimento nos dias 12 e 13 de dezembro de 2011.

Optou-se pela coleta de 4 pontos na periferia e dentro do futuro empreendimento.


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26

Dos parâmetros avaliados, nenhuma amostra apresentou valor superior aos limites
aplicados. Alguns valores de metais (bário, cádmio, chumbo, cobre, cobalto e cromo
total) foram encontrados em baixas concentrações, não necessitando maiores
investigações.

Dos valores encontrados destacam-se o Alumínio e o Ferro em concentrações altas, o


que demonstra já ser natural na região.

Foi realizada a campanha de monitoramento do ar ambiente visando à avaliação da


qualidade do ar próximo do local onde se propõe a construção da planta industrial da
Braxcel - Companhia Brasileira de Celulose localizada no município de Peixe, Estado
do Tocantins.

No período das coletas de ar ambiente da campanha de amostragem, foram


considerados os poluentes de MP10, PTS, SO2 e NO2.
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27

Os resultados apresentados mostram atendimento aos padrões primários da Resolução


CONAMA nº 03/1990. Os poluentes que não possuem padrão de qualidade do ar
apresentaram concentração zero ou abaixo do limite de determinação dos respectivos
métodos.

O Estudo de Dispersão Atmosférica (EDA) considerou histogramas direcionais do


vento da área de estudo compreendendo o período de 2006 a 2010.

O estudo mostra a predominância dos ventos do quadrante NW a NE, o que, é


coerente com outras bases de dados e está de acordo com os sistemas sinóticos que
influenciam a circulação das massas de ar na região, especificamente os sistemas
vindos da Amazônia (ZCAS – Zona de Convergência do Atlântico Sul), associados a
ventos quentes e úmidos.

Histograma direcional de ventos na região de estudo

Fonte: LENTZ MEIO AMBIENTE (2011)

Contrastando com os dados obtidos da estação meteorológica de Porto Nacional que


apontam para uma calmaria com frequência de 63,5%, os dados da LENTZ MEIO
AMBIENTE indicam um índice de calmarias (ventos inferiores 1,0 m/s) de 4,44%, o
qual, segundo a mesma, é coerente com o esperado para essa região.
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28

Ainda no meio físico, foram avaliadas as principais atividades potencialmente


impactantes na qualidade das águas da RHTA (Região Hidrográfica do Tocantins–
Araguaia), que são: o lançamento de esgotos, a construção de hidrelétricas, o
assoreamento, o uso inadequado de fertilizantes e agrotóxicos, e de forma mais
pontual, a atividade industrial (frigoríficos, laticínios, curtumes, mineração e
siderurgia). Na Figura a seguir, é apresentada a distribuição das cargas orgânicas
geradas pela produção de esgoto e lixo, indicando as potenciais regiões impactantes
sobre os recursos hídricos.

A unidade industrial de produção de celulose branqueada de eucalipto da BRAXCEL,


localizada no município de Peixe-TO, próxima à margem esquerda do Rio Tocantins,
lançará seus efluentes tratados e captará água para abastecimento da fábrica neste
mesmo rio. Desta forma, o Rio Tocantins corresponderá aos estudos da Hidrologia e
Hidrografia Local.

O Rio Tocantins tem extensão total de aproximadamente 2.400 km e é formado a


partir da confluência dos rios das Almas e Maranhão, cujas cabeceiras localizam-se no
Planalto de Goiás, a cerca de 1.000 m de altitude, ao norte da cidade de Brasília.

Tem área de drenagem de 306.310 km², antes da confluência com o Araguaia, e


764.996 km² na foz, incluída a área de drenagem do Rio Araguaia. Apresenta, no seu
trecho superior a médio, características de rio de planalto, enquanto no trecho médio a
inferior, de planície. As grandes usinas hidrelétricas da RHTA estão no Rio Tocantins
e são, de montante para jusante, as seguintes: Serra da Mesa, Cana Brava, Peixe-
Angical, Luís Eduardo Magalhães (Lajeado) e Tucuruí.

Os principais rios tributários do Tocantins, até sua confluência com o Araguaia, estão
localizados em sua margem direita, sendo, de montante para jusante, os seguintes:
Paranã, Manoel Alves, do Sono e Manoel Alves Grande. Depois da confluência com o
Araguaia, recebe pela margem esquerda, o rio Itacaiúnas.

Vista geral do Rio Tocantins


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29

A qualidade da água do Rio Tocantins foi avaliada através de análises físicoquímicas e


microbiológicas realizadas em 2 campanhas, a primeira em 27 de setembro de 2011
(época sem chuvas) e a segunda em 13 de dezembro de 2011 (época com chuvas).

Nas 2 campanhas foram coletas amostras de águas em 3 pontos, conforme Figura a


seguir.

Localização dos pontos de coleta de água no Rio Tocantins.

Em todas as amostras coletadas os parâmetros analisados encontram-se de acordo com


padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/05 e Resolução CONAMA
430/11.

A carga orgânica (DBO) e a cor apresentam níveis muito baixos e o oxigênio


dissolvido apresenta níveis elevados, representando um rio sem aparente poluição e
compatível com os padrões de qualidade de um rio Classe II.

Pelo Estudo de Dispersão Hídrica, verificou-se que efluentes tratados da Braxcel não
irão alterar a classificação do Rio Tocantins. Os parâmetros de cor e carga orgânica
(medida em DBO), mesmo nas condições de mínima vazão (Q 7,10) do rio Tocantins, a
zona de mistura será de apenas alguns de metros, reestabelecendo os padrões de
qualidade estabelecidos pela Resolução CONAMA no 357/2005 para classe II em
cerca de 15 m.
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30

Rio Tocantins

Zona de Mistura De acordo com o estudo de


dispersão
hídrica, em poucos metros
o rio retorna
a condição anterior ao
lançamento.

15 m na vazão mínima

Estudo de Dispersão Hídrica.

Foi avaliada também a qualidade da água subterrânea através de análises físico-


químicas e microbiológicas realizadas em 2 amostras coletadas (em 2 pontos distintos)
nos dias 12 e 13 de dezembro de 2011.

As medições foram realizadas na fazenda Morada do Boi e na estrada próxima ao


futuro empreendimento, sendo os pontos localizados:

Ponto 1: Localizado na Casa da Sede da Fazenda Morada do Boi;

Ponto 2: Localizado próximo à entrada da fazenda, na lanchonete da Baiana.

Localização dos pontos de coleta de água subterrânea

Dos parâmetros avaliados, somente alguns destacados a seguir apresentaram valores


que não atendem os limites aplicados e havendo ocorrência só no Ponto 1.
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31

Pode-se atribuir neste caso, a presença de Coliformes Totais no Ponto 1, pelos


seguintes fatores: o lençol freático é raso e que está sujeito a interferências externas,
tais como proteção precária do poço e a não utilização frequente do mesmo.

Quanto aos possíveis impactos de incômodo à população como ruído e aumento de


tráfego, concluiu-se que:

Considerando, que a comunidade mais próxima do empreendimento (Peixe) está


localizada cerca de 12.000 m. Nota-se que o ruído, após o cálculo realizado através da
curva de decaimento sonoro em função da distância, manteve-se inferior ao ruído de
fundo diurno e noturno de acordo com os Limites da Norma NBR 10.151 para as áreas
de sítios de fazendas, que é o mais restritivo. A comunidade de Peixe, não irá perceber
o ruído da fábrica.

Os estudos de tráfego realizados para a análise dos impactos da implantação do


empreendimento da empresa BRAXCEL CELULOSE S.A. no município de Peixe
(TO), foram realizados adotando rotas previamente definidas para o transporte de
matéria prima que utilizarão as rodovias BR 242 e TO 373. As principais conclusões e
recomendações associadas ao estudo são apresentadas a seguir:
No cenário atual, sem o empreendimento, as rodovias do entorno do local previsto
para empreendimento apresentam excelentes condições de circulação, volumes de
tráfego muito reduzidos e consequentemente, bons níveis de serviço de tráfego
(NS=A, tráfego com fluxo livre).
Os estudos indicaram que o tráfego gerado com a ampliação do empreendimento
para atendimento das demandas de suprimento de matéria prima não deverá alterar o
padrão de tráfego, mantendo níveis de serviço com a relação Volume/Capacidade
abaixo de 0,64 no período de pico de demanda, ou seja, mantendo boas condições de
tráfego. Nos períodos fora do pico o Nível de Serviço será o de fluxo livre (NS=A).

A ADA total do empreendimento possui uma área da ordem de 556 ha, a área é
utilizada como pastagem e a vegetação predominante no local é formada por espécies
herbáceas e gramíneas.

DEC 08 2011

Vista geral da ADA

Em relação à fauna local, pode-se fazer as seguintes considerações finais:


20600.10-1000-M-1500

32

A biodiversidade é o complexo resultante das variações das espécies e dos


ecossistemas existentes em determinada região, e seu estudo tem importância direta
para a preservação ou conservação das espécies, pois entendendo a vida como um
todo tem-se mais condições de preservá-la, bem como é de suma importância para o
nosso desenvolvimento, resultando o aproveitamento dos recursos biológicos para que
sejam explorados de maneira menos prejudicial à natureza, conservando-a o máximo
possível, permitindo a harmonia entre o desenvolvimento das atividades humanas e a
preservação.

Existe por diversas razões um grande interesse em medir a diversidade, sobretudo por
sua utilidade em biologia da conservação e avaliação ambiental. Medidas de
diversidade de espécies são geralmente úteis para comparar padrões em diferentes
locais ou em diferentes gradientes, ou, ainda, numa mesma área ao longo do tempo,
como, por exemplo, ao longo de uma sucessão, ou após um distúrbio. Além disso, a
avaliação de espécies raras é útil para direcionar esforços de conservação e programas
de monitoramento de fauna e flora.

Os levantamentos de campo resultaram em um total de 536 espécies representando a


fauna e flora, cuja distribuição para cada grupo está apresentada na Tabela a seguir,
representando um panorama geral da biodiversidade na área de influência do
empreendimento. Ressaltamos que apesar da antropização ocorrer em parte dos
remanescentes de vegetação nativa existentes, estes ainda apresentam suporte à
manutenção de espécies da fauna e flora nativa.

Tabela de Biodiversidade (Fauna e Flora) deste estudo.

Total de Valor
Grupo espécies Ameaçadas* Endêmicas** Exóticas Econômico
Flora 171 5
Avifauna 194 4 3 1
Mastofauna 23 – 31¹ 5 2 2
Herpetofauna 39 1 3
Ictiofauna 78 1 7 11
Total geral 536 11 15 3 16
Legenda: ¹ espécies de pequenos mamíferos voadores e não-voadores; * espécies ameaçadas se referem ao total de
espécies ameaçadas presentes na lista nacional. ** Endemismo foi considerado como espécies exclusivas dos
biomas/formações amostradas. *** Espécies de ocorrência na bacia e exploradas pelos pescadores locais

A AII do Projeto envolve um dos biomas brasileiros de extrema importância: o


Cerrado.

A riqueza de espécies da mastofauna variou pouco entre as campanhas no período


seco e no chuvoso, não indicando sazonalidade em sua atividade na região. A
principal diferença entre as campanhas foi à abundância relativa das espécies, sendo
observado maior equilíbrio entre as espécies durante a segunda campanha. Tal
diferença pode ter relação com a mudança na oferta de alimentos entre os períodos
seco e chuvoso, afetando as áreas de forrageamento, porém não é possível afirmar
tendo em vista uma possível variação casual.
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33

A mastofauna diagnosticada na área de estudo pode ser considerada significativa por


abranger as principais ordens e famílias, além de espécies ameaçadas de extinção e
características do Cerrado, como o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o
lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), classificados como vulneráveis pela lista do
Ministério do Meio Ambiente (2003). No entanto, foi notada a ausência de registro de
predadores de topo, como a onça-parda (Puma concolor) e a onça-pintada (Panthera
onca), em ambas as campanhas, o que pode ser devido à pressão de caça que estes
animais sofrem por causarem danos com predações eventuais a animais de criação
humana.

O local de estudo está dentro da área de ocorrência destas espécies e foi registrada a
presença de grande biodiversidade na área, incluindo espécies que fazem parte de sua
dieta natural (veados, catetos, capivara, entre outros), o que indica um ambiente de
qualidade. Sendo assim, enquanto houverem esforços para a conservação do ambiente,
existe a possibilidade de serem registradas estas espécies-chave para o equilíbrio do
ambiente em vistorias futuras.

Cateto

Os pequenos roedores e marsupiais são ótimas ferramentas para se testar questões


centrais da ecologia, como relações intra e interespecíficas, e até aspectos de genética
e hereditariedade. No geral, são espécies fáceis de ser capturadas e manipuladas, o que
permite que, em alguns meses ou poucos anos de amostragem, dependendo do foco da
pesquisa, sejam gerados resultados claros e consistentes. Além disso, eles têm ciclo de
vida curto, quando comparados a outros mamíferos, o que resulta em respostas mais
rápidas a alterações ambientais, tornando possível a sua utilização como indicadores
da qualidade dos habitats. Por utilizar áreas de vida pequenas, eles mostram uma
capacidade de discriminar entre variações pequenas nos habitats e na paisagem. E o
fato de grande número de espécies ocuparem nichos diferentes, possibilita aos
pesquisadores avaliar vários parâmetros no ecossistema.

As amostragens realizadas nas duas campanhas de campo abrangeram porções


representativas das fisionomias presentes na área de influencia do empreendimento,
desprendendo um esforço amostral satisfatório para cada época de estudo. Assim,
sendo apresentada uma lista satisfatória das espécies da avifauna que ocorrem nas
áreas.

O diagnóstico da avifauna é uma das medidas de maior valia para o conhecimento da


composição e dinâmica da biodiversidade local. Além disso, esse conhecimento será a
base para a proposição de ações específicas para a conservação do grupo a médio e
longo prazo.
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34

Nesse primeiro momento vale destacar que a área, mesmo sofrendo perturbações
antrópicas possui em sua composição, espécies altamente sensíveis à presença
humana, assim como espécies ameaçadas de extinção e endêmicas. A ocorrência
dessas espécies indica que, embora haja alterações na área de estudo, desencadeadas
por pressão antrópica, a mesma ainda possui grande capacidade de manutenção da
biodiversidade, caso sejam adotadas medidas que minimizem os impactos ambientais.

As análises realizadas através dos dados obtidos durante o esforço amostral na área de
influência direta do empreendimento evidenciaram que a avifauna presente na área de
estudo é além de diversa, detentora de espécies de alta importância conservacionista,
como é o caso do pica-pau-do-parnaíba (Celeus obrieni), espécie considerada extinta
que foi redescoberta após 80 anos no Estado do Tocantins, considerada endêmica
dessa região e criticamente ameaçada de extinção.

Como esperado, houve uma grande diferença no número de espécies da herpetofauna


registradas na área de estudo entre os períodos seco e chuvoso, principalmente no
grupo dos anfíbios. Esta diferença pode ser explicada ao se analisar a história natural
dos anuros, sendo grande parte deles dependentes parcial ou completamente de
ambientes aquáticos para sua reprodução. Em um bioma como o Cerrado, marcado
pela sazonalidade de chuvas e seca, a atividade da maior parte dos anfíbios também se
torna sazonal, se concentrando no período chuvoso, sendo esta a melhor época para
verificar sua diversidade.

Apesar da herpetofauna em geral não ser tão conhecida e estudada se comparada com
outros grupos de vertebrados, pode-se dizer que as amostragens representam
satisfatoriamente o grupo no local de estudos, tendo sido registradas espécies
relevantes no âmbito conservacional, como o tracajá (Podocnemis unifilis),
considerada vulnerável à extinção pela IUCN (2011), e a rã d’água (Pseudis
tocantins), espécie endêmica de uma área relativamente pequena, correspondente às
bacias dos rios Tocantins e Araguaia.

Rã d’água

Somando-se a presença de espécies sensíveis à antropização e a dependência que


grande parte da herpetofauna apresenta de condições específicas em seus habitats
naturais, a preservação destes ambientes se torna crucial para a manutenção de sua
diversidade, sendo assim, todas as ações humanas em tais áreas devem ser
estruturadas com este objetivo.
20600.10-1000-M-1500

35

A importância das florestas ripárias é fundamental para a sobrevivência da ictiofauna


de riachos, influenciando tanto a produção primária, quanto no fornecimento de
recursos alóctones, que são à base das cadeias alimentares, principalmente nas
cabeceiras. A ausência de florestas ripárias pode acarretar na maior transferência de
sedimentos para os corpos d’água, aumentando a turbidez e a perda de habitats através
dos processos de assoreamento (Ferreira e Casatti, 2006; Silva et al., 2007). Mas não
são apenas as alterações nas zonas ripárias que podem afetar a estrutura e a biota dos
riachos. Apesar da cobertura das zonas ripárias ser muito importante na estruturação
dos canais e, consequentemente na diversidade e riqueza das espécies, tanto a curto
quanto em longo prazo, a cobertura em toda bacia também pode influenciar nos
ecossistemas aquáticos.

O número de espécies registradas sofreu incremento significativo com a campanha do


período chuvoso, em função do aumento no esforço de coleta e da captura de espécies
de peixes anuais.

Pode-se dizer que este levantamento é representativo da ictiofauna local, visto que
espécies endêmicas e as guildas reprodutivas e alimentares estiveram representadas na
amostragem nas mesmas proporções descritas para a região. Merece destaque o
registro de seis espécies de peixes anuais que não constam da lista regional, indicando
que há ainda muitos ambientes a serem explorados.

Importante ressaltar que cerca de 20% das espécies registradas está identificada em
caráter “provisório”, pois ainda precisam ser descritas, este fato é mais notado nos
representantes da família Characidae. Neste estudo podemos destacar a espécie
Moenkhausia sp, que provavelmente seja uma espécie nova, sua presença foi
registrada na Praia, o que mostra o importante papel dos ambientes litorâneos para o
ecossistema, que apesar de contribuir pouco nas capturas, abriga espécies que só se
encontram naquele tipo de ambiente.

Assim como a Praia, as veredas também apresentam baixas capturas, mas abrigam
espécies extremamente adaptadas ao seu caráter dinâmico, os peixes anuais, só
capturados nesse tipo de ambiente, com destaque para uma espécie endêmica,
Maratecoara formosa, na lista de espécies ameaçadas.

Os dados mostram que a região de estudo abriga uma fauna rica, composta por
espécies endêmicas da bacia do rio Tocantins e também por espécies vulneráveis
devido à grande pressão a que os ambientes estão sendo expostos. Esta riqueza de
espécies é devida a grande diversidade de habitats encontrados na região, portanto, as
ações humanas devem ser norteadas de forma que a diversidade de habitats e espécies
sejam mantidas.

Referente aos vetores de doenças, em decorrência da persistência de quadro


epidemiológico favorável à dengue na cidade de Peixe; devido à presença de vetores
competentes para arbovírus no ambiente de instalação da Braxcel, inclusive para o
vírus da febre amarela; pela presença de anofelino competente para veicular
plasmódios humanos, agentes da malária, e pelo fato da existência de outros riscos
inerentes à fauna entomológica, justifica-se a avaliação dos impactos do
empreendimento.
20600.10-1000-M-1500

36

Haemagogus janthinomys / capricornii (fêmea) coletada com aspirador elétrico em


abrigo natural em mata de galeria, anexa ao rio Tocantins.

As avaliações ambientais realizadas nos trabalhos de campo abrangeram porções


representativas das fisionomias presentes na área de influência, desprendendo um
esforço amostral satisfatório. Assim, as listagens e dados apresentados para flora e
fauna refletem o panorama real das condições ambientais das áreas de influência do
empreendimento.

Algumas matas ciliares presentes na AID são importantes corredores ecológicos em


escala local e regional e devem ser monitorados, pois permite o fluxo de fauna em seu
interior, dispersando sementes recolhidas em outras áreas (florestas) ou de trechos
diferentes da mesma mata ciliar. Dentre estes corredores podemos destacar a Mata
Ciliar dos afluentes e do próprio Rio Tocantins.

Quanto à socioeconomia:

Peixe localiza-se ao sul do Tocantins, nas coordenadas 12° 01' 30" S e 48° 32' 20" O,
estando a uma altitude de 240 metros e ocupando uma área de 5.291,198 km². Seus
municípios limítrofes são Paranã, São Salvador do Tocantins, Jaú do Tocantins,
Talismã, Alvorada, Sucupira, Gurupi, Aliança do Tocantins, Brejinho de Nazaré e São
Valério.
20600.10-1000-M-1500

37

Localização do município de Peixe (em vermelho).

Praça com uma Igreja no município de Peixe.

Na divisão territorial de 31 de dezembro de 1936, Peixe aparece com o nome de


município de Santa Terezinha, sob a jurisdição da Comarca de Porto Nacional, porém
este nome não foi aceito pela comunidade. No quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual
nº 557 de 03 de março de 1938, o município aparece novamente com o nome de Peixe
(IBGE).

Os assentamentos existentes no município são: P.A. São José, P.A. Bananal e P.A.
Penha (IBGE).
20600.10-1000-M-1500

38

Os distritos existentes são os seguintes: Vila Quixaba, Entroncamento do Jaú, Povoado


Novo Nilo, Lagoa do Romão, Vila São Miguel e Salvação (IBGE).

Para o diagnóstico socioeconômico foi estabelecido que a Área de Influência Indireta


(AII) do empreendimento é composta pelos municípios de Gurupi - TO, Sucupira -
TO, Peixe - TO e São Valério - TO, que estão dentro do raio de influência do
empreendimento.

Os municípios presentes na AII desse estudo estão localizados na região centro-oeste


do estado do Tocantins. A população da AII de 93.264 habitantes (2010) corresponde
a 6,74% da população do estado do Tocantins.

Na tabela a seguir são apresentados os valores da população residente no estado de


Tocantins e nos municípios estudados.

Tabela da População Residente.

População total Crescimento entre


UF e Municípios 1991 e 2010
1991 2000 2010 (%)

Tocantins 919.863 1.157.098 1.383.445 50,40

Gurupi 56.752 65.034 76.755 35,25

Peixe 12.871 8.763 10.384 -19,32

São Valério 3.650 5.054 4.383 20,08

Sucupira* - 1.476 1.742 -

* Foi fundado posteriormente ao Censo de 1991. Fonte: IBGE.

No estado do Tocantins, entre 1991 e 2010 houve um aumento de 50,40% na


população residente.

Em Peixe a população reduziu 19,32%, de 12.871 habitantes, em 1991, para 10.384,


em 2010.

Porém, a tendência é que o crescimento populacional dos municípios da AII se


intensifique com a instalação da fábrica da BRAXCEL e com a chegada de novos
empreendimentos.

No período entre 1991 e 2010, no estado do Tocantins e nos municípios da AII houve
crescimento no grau de urbanização. No Estado o grau de urbanização em 2010 foi
superior a 75%.
20600.10-1000-M-1500

39

Figura do Grau de urbanização.

Dentre os municípios da AII, Gurupi apresenta grau de urbanização próximo a 100%,


diferentemente dos demais municípios em que a urbanização é inferior a 60%.

No município de Peixe-TO a distribuição da população rural e urbana é praticamente a


mesma, visto que o grau de urbanização é de 50,41%.

O IDH do Brasil, do estado do Tocantins e dos municípios da AII apresentaram


crescimento no período entre 1991 e 2000, assim como os IDH específicos de Renda,
Longevidade e Educação. Dentre os IDH específicos o IDH-Educação apresenta os
melhores índices, seguido pelo IDH-Longevidade e IDH-Renda.

O município de Gurupi apresentou, em 2000, IDH superior ao do Brasil e ao do


Estado com 0,793. No município de Sucupira o IDH também foi superior ao do
Estado, com IDH igual a 0,719.
20600.10-1000-M-1500

40

Dentre o período de 2005 a 2008, houve crescimento do PIB tanto no Brasil, na região
Norte, no estado do Tocantins e nos municípios da AII.

Figura do PIB dos municípios da AII.

Gurupi apresenta o maior PIB da AII, com R$ 851.170 mil (2008), correspondente a
6,5% do PIB estadual e 3 vezes superior ao PIB de Peixe.

Peixe apresenta o segundo maior PIB da AII com R$ 276.900 mil (2008), que
corresponde a cerca de 2% do PIB estadual.

O município de Peixe apresentou, no ano de 2008, o maior PIB per capita com relação
aos municípios em estudo, alcançando o valor de R$ 30.759.

No município de Gurupi, o setor de Serviço corresponde pela maior parcela do PIB


com 61,26%, seguido pela indústria e impostos, 21,38% e 14,06%, respectivamente. O
setor de agropecuária participa com apenas 3,30%.
20600.10-1000-M-1500

41

Peixe tem a Indústria como maior responsável pelo PIB com 68,29%, seguido pelo
setor de agropecuária e serviços, 16,67% e 13,40%, respectivamente. O setor de
impostos participa com apenas 1,64%.

Em São Valério, o Serviço é o principal componente do PIB, com participação de


45,82%. A agropecuária participa com um valor bem próximo dos serviços, com
43,27%. A indústria e os impostos participam com 7,29% e 3,62% respectivamente.

O município de Sucupira tem a Agropecuária como maior responsável pelo PIB local
com 63,67%, seguido pelos serviços e indústria, 29,67% e 4,81%, respectivamente. O
setor de impostos participa com apenas 1,85%.

Nos municípios da AII, os maiores rebanhos são bovinos e de aves. O município de


Peixe apresenta o maior rebanho bovino (184.000 cabeças), seguido por Gurupi
(101.100 cabeças), Sucupira (62.000 cabeças) e São Valério (53.200 cabeças). Já com
relação às aves, Peixe apresenta o maior rebanho (39.000 cabeças), seguido por
Gurupi (35.000 cabeças), São Valério (20.300 cabeças) e Sucupira (10.200 cabeças).

Em Gurupi, a maior produção agrícola está relacionada à cana-de-açúcar, assim como


no município de São Valério, com produção de 101.200 e 7.290 toneladas (2010),
respectivamente.

No município de Peixe, o sorgo corresponde à maior produção agrícola com 23.100


toneladas (2010).

Em Sucupira, a maior produção agrícola é de mandioca, com 8960 toneladas (2010).

O Brasil possui grande parcela da população incapaz de atender às suas necessidades


básicas. A concentração de renda permaneceu praticamente inalterada durante as
últimas quatro décadas, com seus índices oscilando dentre as 10 últimas posições do
mundo, dando os primeiros sinais de melhora somente a partir de 2001. Nos últimos
anos, o país tem conseguido aliar o crescimento econômico com a redução da
desigualdade.

O Índice de Gini mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos


segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há
desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a
desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda da sociedade e a
renda de todos os outros indivíduos é nula).

O índice de Gini nos municípios da AII apresentam índices inferiores ao valor


apresentado pelo estado do Tocantins (0,47).

Sucupira apresenta o melhor Índice de Gini (0,35), ou seja, menor desigualdade de


renda, enquanto Gurupi apresenta o pior Índice de Gini (0,46).

Em todos os municípios da AII, a maior parte das despesas municipais está


relacionada com custos de pessoal e encargos sociais. O município de São Valério
apresenta a maior representatividade com 60,3%.

Os gastos com investimentos e obras são similares, sendo que o município de Gurupi
destinou em 2009 maior proporção do seu orçamento para investimentos (19,10%) e
obras (18,60%).
20600.10-1000-M-1500

42

No estado do Tocantins existem 1.042 estabelecimentos de saúde dos quais 532 são do
poder público, 19 filantrópicos, 491 privados e nenhum de sindicato.

Gurupi possui 100 estabelecimentos de saúde, sendo 24 públicos, 2 filantrópicos e 74


privados.

O município de Peixe possui 7 estabelecimentos de saúde, sendo 6 públicos e um


privado.

São Valério e Sucupira possuem somente estabelecimentos de saúde do poder público,


sendo no total 2 e 1, respectivamente.

No Estado e nos municípios da AII os estabelecimentos de saúde públicos são


maioria, com exceção de Gurupi, em que o setor privado é predominante.

O município de Peixe possui 26 leitos sendo estes disponíveis no SUS. O índice de


leitos de internação existente é de 2,9 leitos por 1.000 habitantes e no SUS o índice é
de também 2,9 leitos por 1.000 habitantes. Os investimentos em saúde no município
de Peixe vêm crescendo ao longo dos anos. Em 2010 foram investidos R$
4.743.422,29, sendo R$ 456,80 por pessoa.

No estado do Tocantins, 26,1% dos domicílios possuem saneamento adequado, 57,9%


semiadequado e 16,0% inadequado.

Dentre os municípios da AII, Gurupi apresenta as melhores condições de saneamento,


com 38,6% considerado adequado, 58,0% semiadequado e 3,4% adequado.

Em Peixe, 16,6% dos domicílios possuem saneamento adequado, 46,90%


semiadequado e 36,50% inadequado.

Os municípios de São Valério e Sucupira apresentam as piores condições de


saneamento com apenas 2,40 e 0,50% dos domicílios considerados adequados, 66,20 e
60,40% semiadequados e 31,50 e 39,00% inadequados, respectivamente.

Nos municípios de Peixe e Sucupira o abastecimento de água é 100% realizado


através de poços subterrâneos. Em São Valério, 61% é realizado através da captação
do Córrego Montes Claros e 39% através de poços subterrâneos. Em Gurupi, o
abastecimento é 100% realizado através da captação do Córrego Bananal.

De acordo com a Prefeitura de Gurupi, a coleta de lixo é realizada por 6 caminhões,


sendo que os resíduos coletados são encaminhados para um aterro controlado
localizado a 8 km do município. A quantidade diária de lixo depositado no aterro
controlado é de 86 toneladas, e a vida útil do mesmo está estimada em 15 anos.

No município de Peixe, a coleta de lixo domiciliar é realizada com 2 caminhões por


dia. O lixo coletado é encaminhado para um lixão, sendo o total 8 ton/dia de resíduos
sólidos.

Os resíduos de saúde são coletados uma vez por semana.

Em São Valério, a coleta de lixo domiciliar é realizada 3 vezes por semana com 1
caminhão. O lixo coletado é encaminhado para um lixão.
20600.10-1000-M-1500

43

Na AII está localizado a Usina Hidrelétrica Peixe-Angical com capacidade 452.000


KW de potência.

UHE Enerpeixe.

No que tange à infraestrutura viária e de transportes a região em estudo dispõe de boas


condições de transporte rodoviário, ferroviário e hidroviário, os quais podem se
complementar de maneiras variadas.

Existem dois Aeródromos Públicos, um em Gurupi, outro em Peixe. No aeroporto de


Gurupi a empresa Sete Linhas Aéreas opera voos regulares para outros estados. E
existe ainda um Aeródromo Privado em São Valério.

No estado do Tocantins e nos municípios da AII, a rede da educação infantil é em sua


maioria formada por escolas da rede pública de ensino, com exceção do município de
Gurupi, que apresenta a maior proporção de escolas privadas com cerca de 53%.

Quanto à proporção de alunos por professor, as escolas privadas apresentam índices


piores que as públicas.

No ensino público, todos os municípios da AII apresentam proporção de aluno por


professor inferior à do Estado.

Nos municípios de Peixe, São Valério e Sucupira não existem escolas privadas.

Dentre os municípios da AII, apenas em Gurupi existem instituições de ensino


Técnico, Profissionalizante e Superior, são eles:

Centro Universitário UNIRG;

Fundação Universidade Federal do Tocantins - UFT;

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins - IFTO;

SENAI; e,

SENAC.
20600.10-1000-M-1500

44

1.9 Possíveis impactos


Abaixo está a Tabela do Check list de ações impactantes para fase de planejamento,
implantação e operação do empreendimento.

Atividade (Fator Âm-


Fases Componente Aspecto Impacto
Gerador) bito

Disseminação de
- Geração de
informações Geração de
empregos
Planejamento

sobre a Social expectativa na


- Melhoria da
implantação do população
Socio- qualidade de vida
empreendimento
econômico
Perda dos
Desistência da Hipótese de não
benefícios Soc. e
realização do realização do
socioambientais Amb.
empreendimento empreendimento
do projeto
Obra de
terraplenagem, Alteração da
Movimentação de
construção civil e topografia e
veículos e Amb.
pavimentação na movimentação de
máquinas
área do terra
empreendimento
Utilização e
Consumo e
geração de Alteração da
geração de Amb.
efluente durante qualidade do rio
efluentes
as obras
Movimentação de
Geração de Alteração da
veículos e Amb.
poeira e gases qualidade do ar
Físico máquinas
Implantação

Movimentação de
veículos e Incômodo à
Soc. e
máquinas para Geração de ruído vizinhança em
Amb.
instalação do relação ao ruído
empreendimento
Alteração na
qualidade do solo
Disposição
e/ou das águas
inadequada dos Risco de
Amb. devido à
resíduos sólidos e contaminação
disposição
líquidos gerados
inadequada de
resíduos

Utilização de Obra de
Supressão da
área para terraplenagem,
Biótico Amb. vegetação e
instalação do construção civil e
hábitat terrestre
empreendimento pavimentação
20600.10-1000-M-1500

45

Trânsito de
veículos para
transporte de Aumento dos
Aumento do
material e riscos de
trânsito de Amb.
pessoas, em atropelamento de
veículos
função da animais
instalação do
Biótico
empreendimento
Aumento da
Acréscimo da
proliferação de
Implantação da população para Amb.
vetores de
fábrica implantação do e Soc.
incômodo de
empreendimento
doenças
Contratação de
Necessidade de Geração de
mão de obra
mão de obra para empregos
temporária para Soc.
instalação do temporários
a implantação do
empreendimento diretos e indiretos
empreendimento
Trânsito de
veículos para
Implantação

transporte de
Aumento do
material e Aumento do risco
trânsito de Soc.
pessoas, em de acidentes
veículos
função da
instalação do
empreendimento
Pressão sobre a
infraestrutura
Socio- urbana devido ao
Acréscimo da
econômico acréscimo de Interferência na
população para
população Soc. infraestrutura
implantação do
representada pela urbana
empreendimento
mão de obra
durante a
implantação
Crescimento das
Obra de Aumento na
atividades
implantação do Soc. arrecadação
produtoras de
empreendimento tributária
bens e serviços
Demanda de
produtos e
Obra de serviços por parte
Dinamização da
implantação do do Soc.
economia local
empreendimento empreendimento
e da mão de obra
empregada
Alteração na
qualidade do solo
Operação

Disposição
e/ou das águas
inadequada dos Risco de
Físico Amb. devido à
resíduos sólidos contaminação
disposição
gerados
inadequada de
resíduos
20600.10-1000-M-1500

46

Alteração da
qualidade do ar,
solo e/ou das
Disposição Risco potencial de
águas
inadequada dos contaminação de
Amb. subterrâneas
resíduos sólidos solo e/ou das
devido à
perigosos gerados águas
vazamentos de
produtos
perigosos

Geração de Disposição
efluentes para inadequada dos Alteração da
Amb.
operação do efluentes líquidos qualidade do rio
empreendimento gerados

Físico Emissões
Operação das
atmosféricas Alteração da
caldeiras e forno Amb.
geradas pelo qualidade do ar
de cal
empreendimento
Operação

Incômodo à
Operação da Soc. e
Geração de ruído vizinhança em
fábrica Amb.
relação ao ruído

Emissões do
Operação do
empreendimento
forno de cal e
e contribuição
transporte de Emissão de gases
para Amb.
matéria prima, do efeito estufa
intensificação do
insumos e
fenômeno de
celulose
efeito estufa
Trânsito de
veículos para
transporte de Aumento dos
Aumento do
material e riscos de
trânsito de Amb.
pessoas, em atropelamento de
veículos
função da animais
operação do
empreendimento
Biótico

Modificação da
Lançamento de Alteração nos
estrutura das
efluentes tratados Amb. ecossistemas
comunidades
nas águas do rio aquáticos
aquáticas
20600.10-1000-M-1500

47

Necessidade de Contratação de
Geração de
mão de obra para mão de obra para
Soc. empregos diretos
operação do a operação do
e indiretos
empreendimento empreendimento
Trânsito de
veículos para
transporte de
Aumento do
material e Aumento do risco
trânsito de Soc.
pessoas, em de acidentes
veículos
função da
operação do
empreendimento
Pressão sobre a
infraestrutura
Operação

Acréscimo da urbana devido ao


Socio- Interferência na
população para acréscimo de
econômico Soc. infraestrutura
operação do população
urbana
empreendimento representada pelo
aumento da mão
de obra
Necessidade de
Crescimento das
serviços e mão de Aumento da
atividades
obra para Soc. arrecadação
produtoras de
operação do tributária
bens e serviços
empreendimento

Contratação de
Melhoria da Melhoria nas
mão de obra para
qualidade dos Soc. condições de vida
operação da
empregos da população
fábrica

Para a identificação dos impactos, foram considerados os fatores ambientais estudados


no diagnóstico ambiental, abaixo relacionados.

Fatores ambientais passíveis de impacto.

Ar
MEIO FÍSICO
Solo
Água
Flora terrestre
MEIO BIÓTICO Fauna terrestre
Fauna aquática
População
MEIO SÓCIO- Uso e ocupação do solo
ECONÔMICO
Qualidade de vida
Atividades econômicas
20600.10-1000-M-1500

48

Uma vez identificados e avaliados os impactos, um quadro síntese - organizado de


acordo com o meio ambiente afetado e a respectiva fase do empreendimento -
permitiu confrontá-los com os atributos acima descritos.

A avaliação dos impactos ambientais nas áreas envolvidas, e a consequente


proposição de medidas mitigadoras, ou potencializadoras, a serem aplicadas, foram
elaboradas com base no grau de alteração ocorrido nos fatores ambientais.

As tabelas a seguir apresentam de forma resumida a avaliação dos impactos previstos


para as fases de planejamento, implantação e operação, respectivamente, da fábrica de
celulose no município de Peixe, Tocantins.
20600.10-1000-M-1500

49

Tabela de Impactos da Fase de Planejamento – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico.

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
O Programa de Comunicação
Social deverá iniciar na fase
de planejamento e
- Divulgar as reais permanecer durante toda a
necessidades do vida útil do empreendimento
projeto quanto ao para fornecer aos moradores
porte, número de próximos da área de
Disseminação de empregos, influência do
informações Geração de especializações empreendimento,
L, R AID,
sobre a expectativa na P/N D C CP T R M necessárias, A M A A A informações confiáveis e
eE AII
implantação do população informações sobre os pertinentes, tais como o
empreendimento impactos do porte, capacidade, número de
empreendimento, empregos a serem gerados,
entre outras, através impactos socioambientais
do Programa de resultantes do
Comunicação Social empreendimento, entre
outros relevantes aspectos de
Sócio- interesse da comunidade
econômico próxima.

A não realização do
empreendimento, por um
lado, não irá gerar os
impactos no ambiente.
- Estimular a
Todavia, de forma acentuada,
Desistência da Hipótese de não implantação do
De L, R AID e acarretará perda a médio e
realização do realização do P/N P LP P I G empreendimento. A M A A A
I eE AII longo prazos para a região do
empreendimento empreendimento - Implantar Programa
ponto de vista
de Gestão Ambiental.
socioeconômico, devido à
ausência de importante
componente para a economia
local e regional.
20600.10-1000-M-1500

50

Tabela de Impactos da Fase de Implantação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico.

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
- Estocar em local
adequado, a camada
orgânica superior do
solo, para reutilização
posterior (por As modificações no terreno
Obra de exemplo, em projeto serão irreversíveis, porém os
terraplenagem, Alteração da paisagístico); impactos causados durante as
construção civil topografia e - Adotar medidas para obras serão minimizados com
N D L C I T I M A M - - A ADA
e pavimentação movimentação de minimizar o as medidas implantadas, de
na área do terra carreamento de forma a evitar e não ocorrer
empreendimento material sólido para os alteração da topografia
cursos d’água; original.
- Minimizar o tempo
de exposição das áreas
sem cobertura vegetal
na fase de obras.
O acompanhamento do
Físico - Tratar o esgoto Programa de Monitoramento
sanitário gerado na de Águas Superficiais servirá
Utilização e
fase de implantação; como controle para
geração de Alteração da
N D L P CP T I P - Implantar o M M - - A ADA comprovação do não
efluente durante qualidade do rio
Programa de comprometimento da
as obras
Monitoramento de qualidade da água do rio
Águas Superficiais. Tocantins desde a fase de
implantação.

- Umectar as vias de
circulação e do pátio Alteração da qualidade do ar
Movimentação
de obras durante a devido à movimentação de
de veículos e
Alteração da Le execução dos serviços; ADA e veículos e máquinas com
máquinas com N D P CP T R P B M - - A
qualidade do ar R - Realizar manutenção AID geração de poeira e gases
geração de
de regulagem dos deverá normalizar assim que
poeira e gases
motores de máquinas, as obras forem concluídas.
caminhões e veículos.
20600.10-1000-M-1500

51

Tabela de Impactos da Fase de Implantação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico. (cont.)

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
- Obedecer à legislação
vigente relativa ruído;
- Implantar controle de
máquinas e equipamentos
Operações de próprios e de terceiros com
movimentação baixo nível de ruído; A geração de ruído devido às
de terra, - Se possível, enclausurar operações de movimentação
operações com acusticamente de terra, operações com
Incômodo à equipamentos com alto
veículos ADA e veículos pesados, com
vizinhança em relação N D L C CP T R P nível de pressão sonora; B M - - A
pesados, com - Instalar silenciadores, AID britadeiras, compressores e
ao ruído
britadeiras, atenuadores e absorvedores montagem de equipamentos
compressores e de energia sonora sempre deverá normalizar assim que
montagem de que necessário; as obras forem concluídas.
- Implantar o cinturão
equipamentos verde a fim de atenuar o
impacto de ruído;
- Monitorar os ruídos na
fase de implantação.
- Adotar medidas para
minimizar o carreamento
de material sólido para os
Físico cursos d’água;
- Desenvolver projeto de
drenagem provisória para
fase de implantação e
definitiva para a fase de O acompanhamento do
operação; Programa de Gerenciamento
- Implementar Programa de Gestão Ambiental,
Disposição de Gerenciamento de
Alteração na Resíduos Sólidos;
Resíduos Sólidos e
inadequada dos qualidade do solo e/ou - Realizar manutenção de Monitoramento de Águas
resíduos sólidos das águas devido à regulagem dos motores de Superficiais servirão como
N D L P CP T I M A M - - A ADA
e líquidos disposição máquinas, caminhões e controle, para que não haja
gerados inadequada de veículos utilizados no comprometimento na
empreendimento para
resíduos evitar vazamentos; qualidade ambiental e visual
- Implantar Programa de da área do empreendimento,
Monitoramento de Águas durante as fases de
Superficiais; implantação e operação.
- Implantar um aterro
dedicado para os resíduos
de obra e um Plano de
Gerenciamento de Resíduos
da Construção Civil;
- Implantar um Programa
de Gestão Ambiental.
20600.10-1000-M-1500

52

Tabela de Impactos da Fase de Implantação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico. (cont.)

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
- Estocar em local
adequado, a camada
orgânica superior do
solo, para posterior
reutilização; A supressão da vegetação e
- Compensar a habitat terrestre é inevitável
remoção de vegetação para a construção da fábrica,
natural com árvores adutora e emissário, assim
naturais, assim como a como inevitável em APP.
Utilização de
Supressão da vegetação típica local; Porém, a implementação do
área para
vegetação e hábitat N D L C CP P I M - Realizar supervisão e M PM - - A ADA Programa de Gestão de
instalação do
terrestre acompanhamento Canteiro de Obras, bem
empreendimento
ambiental da obra, como a compensação da
através de um remoção de vegetação natural
Programa de Gestão com árvores naturais, assim
Biótico
de Canteiro de Obras; como a vegetação típica local,
- Dispor minimizarão o impacto.
adequadamente os
resíduos orgânicos e
vegetação desta
atividade.
- Instalar placas
sinalizadoras nas
Trânsito de Na etapa de implantação da
principais vias de
veículos para unidade industrial haverá um
acesso à área de
transporte de aumento na circulação de
Aumento dos riscos de implantação da
material e veículos, ampliando os riscos
atropelamento de N D L P CP T I P fábrica; B M - - A AID
pessoas, em de atropelamentos de
animais - Informar e
função da animais. Porém ao implantar
conscientizar os
instalação do as medidas propostas, este
condutores de veículos
empreendimento impacto será minimizado.
quanto à direção
defensiva.
20600.10-1000-M-1500

53

Tabela de Impactos da Fase de Implantação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico. (cont.)

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
- Vacinar contra a febre
amarela obrigatoriamente a
todos que forem penetrar
na área do projeto.
- Usar vestimenta
protetora, repelentes
individuais, aplicar de
inseticidas ou repelentes,
contra as demais doenças
para as quais não há
vacina.
- Escolher a área e a
construção de alojamentos
segundo critérios sanitários,
para evitar que essas
instalações facilitem o Além de ter sua atenção
contato homem-vetor, como voltada aos trabalhadores do
estar afastadas o quanto
empreendimento, o
possível de lugares
florestados, brejos e lagoas; empreendedor deverá, junto
e como medida de ao poder local, na esfera de
segurança, portas e janelas saúde (Secretaria Municipal
Acréscimo da Aumento da devem ser teladas.
Biótico ADA, de Saúde); lutar para
população para proliferação de - Evitar desníveis do
N I L P CP P R P terreno que acumulam
A M - - A AID e preservar a saúde da
implantação do vetores de incômodo
água de chuva e dispor AII população humana inserida
empreendimento de doenças
adequadamente recipientes na área de influência do
produzidos pelo homem, os projeto e não envolvida na
quais acumulam água, que
indústria, que constitui o
podem contribuir para a
proliferação de várias núcleo urbano da cidade de
espécies de mosquito. Peixe e outras localidades
- O serviço médico do rurais, mitigando o impacto.
empreendimento deverá
estar alerta e em constante
contato com a Secretaria
Municipal de Saúde do
município para juntos
implantarem as medidas
preventivas.
- O Empreendimento, em
parceria com a prefeitura,
pode colaborar com ações
preventivas contra a
infestação do Aedes aegypti
na cidade, como por
exemplo, ajudando nas
campanhas educativas.
20600.10-1000-M-1500

54

Tabela de Impactos da Fase de Implantação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico. (cont.)

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
O objetivo do Programa de
- Promover campanha Formação de Mão de obra é
de divulgação para aproveitar mão de obra
contratação de mão de disponível na região na
obra para a fase de implantação e operação da
implantação da fábrica.
Contratação de fábrica, devendo dar O empreendimento será atrativo
mão de obra prioridade para a para a população, considerando
Geração de empregos a falta de oportunidades de
temporária para De L, R população local; AID e
temporários diretos e P C CP T R M M - A A A emprego disponíveis na região,
a implantação I eE - Implantar Programa AII porém o empreendimento
indiretos
do de Formação de mão deverá ser devidamente
empreendimento de obra para as fases divulgado junto à população.
de implantação e Este impacto pode se disseminar
operação do pela região pela inserção de
empreendimento, em outras empresas prestadoras de
convênio com serviços e pelos efeitos das
entidades de ensino. migrações pendulares gerando
postos de empregos indiretos.
Sócio- As rodovias TO-373 e BR-242
econômico possuem condições de suporte para
fase de implantação do
- Instalar placas empreendimento da Braxcel.
sinalizadoras nas Entretanto, deverão ser instaladas
principais vias de acesso sinalizações, nas proximidades da
à área de implantação da fábrica instruindo os motoristas e
fábrica, principalmente pedestres, proporcionando maior
Trânsito de em relação à travessia de segurança no trânsito local e a
veículos para gado; redução de riscos de acidentes.
transporte de - Realizar manutenção Após a conclusão das obras, o
volume de veículos deverá se
material e Aumento do risco de Le de regulagem dos AID e
N I P CP T R M motores de máquinas,
M M - - A normalizar, assim como, o nível de
pessoas, em acidentes R AII ruídos por estes gerados.
função da caminhões e veículos Os funcionários receberão
instalação do utilizados pelo informações sobre direção
empreendimento empreendimento; defensiva, legislação de trânsito e
- Informar e sobre a legislação local.
conscientizar os Os trabalhadores terceirizados,
condutores de veículos assim como funcionários de
quanto à direção empresas contratadas durante a
fase de implantação do
defensiva.
empreendimento receberão
instruções quanto a regras de
trânsito nas vias de acesso à fábrica.
20600.10-1000-M-1500

55

Tabela de Impactos da Fase de Implantação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico. (cont.)

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
- Implementar
alojamentos provisórios
e suficientes para todo o
período de obra;
- Implementar
mecanismos de
divulgação, por parte da
empresa, quanto às reais
condições das ofertas de
vagas de emprego na A interferência na
implantação do infraestrutura urbana se
Acréscimo da empreendimento e das dará principalmente na fase
respectivas
população para Interferência na L, R CP/ AID e de implantação do
N/P I P T R M especializações M M M M M
implantação do infraestrutura urbana eE MP requeridas; AII empreendimento, assim que
empreendimento - Implantar uma as obras forem concluídas o
estrutura ambulatorial e impacto na infraestrutura
serviços que independam deverá normalizar.
da infraestrutura da
região;
Sócio-
- Implementar
econômico mecanismos de
transporte de
trabalhadores entre os
municípios envolvidos e
localização do
empreendimento.
- Solicitar às empresas
prestadoras de serviços
que vão atuar na
construção do
empreendimento, as
certidões negativas de O empreendimento gerará
débitos municipais, um aumento na arrecadação
Obras de Aumento na
De L, R estaduais e federal. AID e de tributos nas esferas
implantação do arrecadação P C CP P R M A - A A A
I eE - Verificar junto às AII municipal, estadual e federal
empreendimento tributária empresas prestadoras de das demandas geradas pela
serviço, o pagamento dos instalação da fábrica.
impostos pertinentes.
- Garantir que terceiros
recolham tributos
preferencialmente em
Peixe.
20600.10-1000-M-1500

56

Tabela de Impactos da Fase de Implantação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico. (cont.)

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
- Estimular em
conjunto com o poder
público o
estabelecimento de
programas de apoio a Haverá dinamização da
micro e pequenos economia local desde a fase
Sócio- empresários da região de implantação da fábrica e
Obras de
econômico Dinamização da L, R CP/ do empreendimento; AID e permanecer até a fase de
implantação do P I P T R M M - M M M
economia local eE MP - Articular com órgãos AII operação, tendo o poder
empreendimento
públicos a fiscalização público a responsabilidade de
das atividades fiscalizar as atividades
econômicas informais informais.
na região do
empreendimento;
- Promover o emprego
da mão de obra local.
20600.10-1000-M-1500

57

Tabela de Impactos da Fase de Operação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico.

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
O Programa de Gerenciamento
Alteração na de Resíduos Sólidos constituirá
- Aplicar Programa de
Disposição qualidade do solo e/ou em um conjunto de
Gerenciamento de
recomendações e procedimentos
inadequada dos das águas devido à Resíduos Sólidos; ADA e
N D L P MP P I M M M - - A que visam traçar as diretrizes
resíduos sólidos disposição - Treinar funcionários AID para o manejo, a disposição final
gerados inadequada de para correta destinação
e redução da geração de
resíduos dos resíduos gerados.
resíduos, de forma a minimizar
os impactos ambientais.
- Implantar sistemas de
contenção e O Plano de Ação de
impermeabilização das Emergência visa prover uma
áreas no entorno dos sistemática voltada para o
tanques. estabelecimento de requisitos
- Implantar plano de
Alteração da contendo orientações gerais
Disposição manutenção e vistorias nos
qualidade do ar, solo tanques. de gestão, com vista à
inadequada dos
e/ou das águas - Capacitar os profissionais ADA e prevenção de acidentes.
resíduos sólidos N D L P MP P I M envolvidos nas atividades
A PM - - A
subterrâneas devido à AID Este plano servirá para
perigosos de manuseio, estocagem e
Físico vazamentos de minimizar a possibilidade de
gerados transporte de produtos
produtos perigosos perigosos. ocorrência do impacto da
- Implantar recomendações alteração da qualidade do ar,
do Estudo de Análise de solo e/ou água devido a
Risco. vazamento de produtos
- Implantar Plano de Ação
de Emergência.
perigosos.
- Tratar o efluente da fase
de operação para
lançamento no rio
Tocantins de acordo com a
legislação vigente; O acompanhamento do
- Realizar inspeção Programa de Monitoramento
periódica no sistema do da ETE e de Águas
Geração de emissário e seus difusores; Superficiais servirá como
efluentes para Alteração da - Implantar Programa de
N D L P MP P I P Monitoramento da Estação
M M - - A AID controle para que não
operação do qualidade do rio
de Tratamento de Efluentes comprometam a qualidade
empreendimento
(ETE); das águas do rio Tocantins
- Implantar Programa de que também será
Monitoramento de Águas
monitorada.
Superficiais;
- Acompanhar o
monitoramento de botos e
tartaruga.
20600.10-1000-M-1500

58

Tabela de Impactos da Fase de Operação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico. (cont.)

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
- Instalar chaminé com
altura definida na
modelagem de dispersão Alteração da qualidade do ar
atmosférica; devido às emissões
- Implantar Programa de atmosféricas geradas pela
Monitoramento de unidade fabril será
Emissões Atmosféricas; minimizada pelo controle das
Operação das
Alteração da Le - Implantar ADA e
caldeiras e forno N D C CP P I G equipamentos de
M M - - A emissões atmosféricas
qualidade do ar R AID
de cal controle de emissões de baseando em política de
alta eficiência, tais como gestão ambiental que consiste
precipitadores na prevenção da poluição,
eletrostáticos; através da utilização de
- Monitorar as fontes melhor tecnologia disponível.
emissoras através de
medições on line.
- Obedecer a legislação
vigente relativa a ruído;
- Utilizar EPI, como
protetor auricular, ou
Físico
qualquer outra medida de
acordo com o PPRA
(Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais) nas
instalações da fábrica;
- Implantar controle de
máquinas e equipamentos A geração de ruído devido à
próprios e de terceiros operação da fábrica será
Incômodo à com baixo nível de ruído; minimizada com a adoção
Operação da ADA e
vizinhança em relação N D L C CP P R P - Adquirir máquinas e B M - - A das medidas mitigadoras,
fábrica equipamentos próprios e AID
ao ruído mesmo considerando que a
de terceiros visando baixo comunidade mais próxima
nível de ruído;
- Enclausurar
está distante da fábrica.
acusticamente
equipamentos próprios e
de terceiros visando baixo
nível ruído;
- Instalar de silenciadores,
atenuadores e
absorvedores de energia
sonora sempre que
necessário.
20600.10-1000-M-1500

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Tabela de Impactos da Fase de Operação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico. (cont.)

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
Não haverá significativa
Operação do - Utilizar melhores contribuição para
forno de cal e tecnologias disponíveis intensificação do fenômeno
Físico ADA,
transporte de Emissão de gases do De no controle e de efeito estufa devida a
N L, R C I P I A A M - - A AID e
matéria prima, efeito estufa I prevenção de emissão compensação realizada pelos
AII
insumos e de gases do efeito extensos plantios de eucalipto
celulose estufa. que a Braxcel possui na
região do empreendimento.
- Instalar placas
Na etapa de operação da
sinalizadoras nas
unidade industrial haverá um
principais vias de
aumento na circulação de
acesso à área da
Aumento do Aumento dos riscos de veículo, ampliando os riscos
fábrica; AID e
trânsito de atropelamento de N D L P I P I P B M - - M de atropelamentos de
- Informar e AII
veículos animais animais. Porém, ao implantar
conscientizar os
as medidas propostas, este
condutores de veículos
Biótico impacto será minimizado no
quanto à direção
entorno da fábrica.
defensiva.
A alteração na estrutura das
comunidades aquáticas
- Implementar
Lançamentos de devido ao lançamento de
Alteração nos Programa de
efluentes efluentes tratados nas águas
ecossistemas N D L P CP P I P Monitoramento das B M - - M AID
tratados nas do rio Tocantins, terá um
aquáticos Comunidades
águas do rio acompanhamento através do
Aquáticas.
Programa de Monitoramento
das Comunidades Aquáticas.
- Promover campanha de
divulgação para
contratação de mão de A Braxcel terá um programa
obra para a fase de de capacitação e treinamento
Necessidade de operação da fábrica, de funcionários, aliado aos
devendo dar prioridade
Sócio- mão de obra benefícios trabalhistas,
Geração de empregos De L, R para a população local; AID e
econômico para operação P C CP P I G - Articular com órgãos e
A - A A A conforme CLT, que
diretos e indiretos I eE AII
do instituições de ensino possibilitam uma qualidade
empreendimento profissionalizante para de emprego de alto nível a ser
celebração de acordos disponibilizado no município
e/ou convênios visando de Peixe-TO.
capacitação profissional
da população local.
20600.10-1000-M-1500

60

Tabela de Impactos da Fase de Operação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico. (cont.)

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
Os funcionários receberão
- Instalar placas informações sobre direção
sinalizadoras nas defensiva, legislação de trânsito
e sobre a legislação local.
principais vias de
Os trabalhadores terceirizados,
acesso à área da assim como funcionários de
Trânsito de fábrica; empresas contratadas durante a
veículos para - Realizar manutenção fase de implantação do
transporte de de regulagem dos empreendimento receberão
material e Aumento do risco de Le motores de máquinas, AID e instruções quanto a regras de
N I C CP P R P B M - - A trânsito nas vias de acesso à
pessoas, em acidentes R caminhões e veículos AII
função da utilizados pelo fábrica.
operação do empreendimento; Serão instaladas sinalizações
empreendimento - Informar e para cumprimento da legislação,
nas proximidades da fábrica
conscientizar os
instruindo os motoristas e
condutores de veículos pedestres, proporcionando
quanto à direção maior segurança no trânsito
defensiva. local e a redução de riscos de
acidentes.
Sócio-
- Implementar
econômico
mecanismos de
divulgação, por parte da
empresa, quanto às reais
condições das ofertas de
vagas de emprego na
operação do
empreendimento e das
respectivas
especializações A interferência na
Acréscimo da
requeridas; infraestrutura urbana será
população para Interferência na Le AID e
N/P I P MP P R M - Implantar estrutura M M M M M minimizada com a adoção
operação do infraestrutura urbana R ambulatorial e serviço AII
das medidas mitigadoras
empreendimento que sejam independentes propostas.
da infraestrutura da
região;
- Implementar
mecanismos de
transporte de
trabalhadores entre os
municípios envolvidos e
localização do
empreendimento.
20600.10-1000-M-1500

61

Tabela de Impactos da Fase de Operação – Meio Físico/Biótico e Socioeconômico. (cont.)

Caracterização dos Impactos

Medidas mitigadoras,
Área de abrangência
Forma de incidência

Prazo de ocorrência

Área de Influência
Grau de resolução
potencializadoras

potencializadoras
Componentes Prognóstico após a

Possibilidade de

Temporalidade/

Reversibilidade

Potencialização
Fator Gerador Impacto

Possibilidades
ambientais implementação das medidas

Possibilidade

das medidas
mitigadora
Magnitude

Relevância
ocorrência
Natureza

Grau de
duração
O empreendimento gerará
um aumento na arrecadação
- Verificar o de tributos nas esferas
cumprimento das municipal e federal, de
Necessidade de obrigações tributárias acordo com a legislação
serviços e mão Aumento da das empresas tributária vigente. Tais
De L, R AID e
de obra para arrecadação P C LP P I G prestadoras de A - A A M aumentos poderão reverter
I eE AII
operação do tributária serviço; em melhoria da
empreendimento - Continuar infraestrutura básica, seja no
cumprindo suas setor produtivo, seja na área
obrigações tributárias. de atendimento das
necessidades sociais do
município.
- Promover campanha
Sócio-
de divulgação para
econômico
contratação de mão de
obra para a fase de
operação.
A Braxcel terá um programa
- Promover
de capacitação e treinamento
mecanismos para
de funcionários, aliado aos
Contratação de contratação de mão de
Melhoria nas benefícios trabalhistas,
mão de obra L, R obra local. AID e
condições de vida da P D P I P R M A - A A A conforme CLT, que
para operação eE - Capacitar AII
população possibilitam uma qualidade
da fábrica profissionais da mão
de emprego de alto nível a ser
de obra residente nas
disponibilizado no município
cidades próximas à
de Peixe.
localização do
empreendimento, em
convênio com
instituições de ensino
profissionalizantes.
Natureza – positiva (P) ou negativa (N); Forma de Incidência – direta (D) ou indireta (I); Área de Abrangência – local (L), regional (R) ou estratégica (E); Possibilidade de ocorrência – certo (C) e provável (P); Prazo de ocorrência – imediato (I), curto prazo (CP), médio prazo (MP) ou longo prazo (LP);
Temporalidade/duração – temporário (T) e permanente (P), ou cíclico (C); Reversibilidade – reversível (R), parcialmente reversível (PR) ou irreversível (I); magnitude - pequena (P), média (M) ou grande (G); Relevância - alta (A), média (M) ou baixa (B); Possibilidade mitigadora – mitigável (M),
parcialmente mitigável (PM) ou não mitigável (NM); Possibilidade potencializadora – alta (A), média (M) ou baixa (B); Grau de resolução – alto (A), médio (M) ou baixo (B); Área de influência – Área Diretamente Afetada (ADA), Área de Influência Direta (AID) ou Área de Influência Indireta (AII).
20600.10-1000-M-1500

62

1.10 Não realização do empreendimento


A implantação na região da infraestrutura necessária para uma indústria de celulose
traz inúmeros benefícios socioeconômicos para a região. Entre estes benefícios estão:
geração de empregos diretos e indiretos, arrecadação tributária, entre outros.

A necessidade de mão de obra para construir e montar o setor fabril da BRAXCEL


será importante fator de geração de empregos diretos e indiretos. Assim, durante o
período da implantação, milhares de empregados estarão trabalhando na construção do
empreendimento.

Quanto à arrecadação de tributos, seria redundante acrescentar a influência da obra,


levando-se em conta que será dada prioridade aos municípios Peixe-TO, Gurupi-TO e
outros vizinhos, para a aquisição de materiais de construção e serviços demandados.
Haverá grande aumento na arrecadação de impostos como ISS, ICMS, IPTU, IPVA.

Ocorrerá um forte impacto na cultura local, impulsionando o setor da indústria e de


serviços.

Haverá forte acréscimo de mais centenas de acomodações fixas em novos hotéis e


pousadas na região de Peixe-TO.

Peixe poderá ser um dos maiores exportadores do estado do Tocantins, devido as


exportações da celulose da BRAXCEL.

O desenvolvimento econômico de Peixe-TO também se refletirá no seu PIB com


expectativa de ser o maior do Estado.

A hipótese da não realização do empreendimento terá reflexo sobre os aspectos


econômicos dos municípios. A sua instalação incluirá um novo vetor no processo
econômico da região do município de Peixe-TO.

Além disso, a não instalação do empreendimento criará a frustração da expectativa de


desenvolvimento que está sendo criada no município e região.

Em condições normais de operação a fábrica será autossuficiente em geração de


energia, que produzirá aproximadamente 320 MW, consumindo 130 MW e
exportando 190 MW. Isto significa que o empreendimento disponibilizará o
equivalente de energia para 190.000 residências. Este fator é importante para que
possa atrair outras empresas para o local devido à disponibilidade da mesma na região.

A implantação da fábrica da BRAXCEL, bem como a criação de empregos diretos e


indiretos, promoverá um aumento da arrecadação de tributos, os quais propiciarão à
associação dos executivos estaduais e municipais investimento nas áreas sociais e
econômicas. Este processo é chamado de efeito multiplicador, e está baseado nas
teorias econômicas para estimar o impacto econômico das principais iniciativas.

Haverá um significativo aumento de valores municipais per capita de saúde e


educação.

Portanto, a implantação de uma nova fábrica em Peixe-TO deverá alterar o IDH e PIB
do município, possivelmente refletindo positivamente na região e no estado.
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63

Quanto aos impactos ambientais sobre o meio físico e biótico, a não instalação do
empreendimento reflete na ausência dos impactos ambientais diretos decorrentes da
obra e operação.

A presença do empreendimento na região vem a incrementar o programa de


desenvolvimento do Tocantins, estabelecendo-se de forma ambientalmente
responsável e sustentável.

1.11 Medidas mitigadoras e compensatórias


Com base na avaliação dos impactos ambientais, são recomendadas medidas que
venham a minimizá-los, eliminá-los, compensá-los, no caso de impactos negativos e,
no caso de impactos positivos, maximizá-los, sempre com medidas que deverão ser
implantadas através de projetos ambientais.

Seguem as medidas mitigatórias e compensatórias propostas:

Fase de planejamento

Divulgar as reais necessidades do projeto quanto ao porte, número de empregos,


especializações necessárias, informações sobre os impactos do empreendimento, entre
outras, através do Programa de Comunicação Social; e

Implantar Programa de Gestão Ambiental.

Fase de implantação

Estocar em local adequado, a camada orgânica superior do solo, para reutilização


posterior (por exemplo, em projeto paisagístico);

Adotar medidas para minimizar o carreamento de material sólido para os cursos


d’água;

Minimizar o tempo de exposição das áreas sem cobertura vegetal na fase de obras;

Tratar o esgoto sanitário gerado na fase de implantação;

Implantar o Programa de Monitoramento de Águas Superficiais;

Umectar as vias de circulação e do pátio de obras durante a execução dos serviços;

Realizar manutenção de regulagem dos motores de máquinas, caminhões e veículos


utilizados pelo empreendimento;

Obedecer à legislação vigente relativa ruído;

Implantar controle de máquinas e equipamentos próprios e de terceiros com baixo


nível de ruído;

Se possível, enclausurar acusticamente equipamentos com alto nível de pressão


sonora;
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64

Instalar silenciadores, atenuadores e absorvedores de energia sonora sempre que


necessário;

Implantar o cinturão verde a fim de atenuar o impacto de ruído;

Monitorar os ruídos na fase de implantação.

Desenvolver projeto de drenagem provisória para fase de implantação e definitiva para


a fase de operação;

Implementar Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;

Implantar um aterro dedicado para os resíduos de obra e um Plano de Gerenciamento


de Resíduos da Construção Civil;

Compensar a remoção de vegetação natural com árvores naturais, assim como a


vegetação típica local;

Realizar supervisão e acompanhamento ambiental da obra, através de um Programa de


Gestão de Canteiro de Obras;

Dispor adequadamente os resíduos orgânicos e vegetação;

Instalar placas sinalizadoras nas principais vias de acesso à área de implantação da


fábrica;

Informar e conscientizar os condutores de veículos quanto à direção;

Vacinar contra a febre amarela obrigatoriamente a todos que forem penetrar na área do
projeto;

Usar vestimenta protetora, repelentes individuais, aplicar de inseticidas ou repelentes,


contra as demais doenças para as quais não há vacina;

Escolher a área e a construção de alojamentos segundo critérios sanitários, para evitar


que essas instalações facilitem o contato homem-vetor, como estar afastadas o quanto
possível de lugares florestados, brejos e lagoas; e como medida de segurança, portas e
janelas devem ser teladas;

Evitar desníveis do terreno que acumulam água de chuva e dispor adequadamente


recipientes produzidos pelo homem, os quais acumulam água, como: pneus, tambores,
baldes, garrafas, dentre muitos outros que podem contribuir para a proliferação de
várias espécies de mosquito;

O serviço médico do empreendimento deverá estar alerta e em constante contato com


a Secretaria Municipal de Saúde do município para juntos implantarem as medidas
preventivas;

O Empreendimento, em parceria com a prefeitura, pode colaborar com ações


preventivas contra a infestação do Aedes aegypti na cidade, como por exemplo,
ajudando nas campanhas educativas;

Implementar alojamentos provisórios e suficientes para todo o período de obra;


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Implementar mecanismos de divulgação, por parte da empresa, quanto às reais


condições das ofertas de vagas de emprego na implantação do empreendimento e das
respectivas especializações requeridas;

Implantar uma estrutura ambulatorial e serviços que independam da infraestrutura da


região; e

Implementar mecanismos de transporte de trabalhadores entre os municípios


envolvidos e localização do empreendimento.

Fase de operação

Aplicar Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;

Treinar funcionários para correta destinação dos resíduos gerados;

Implantar sistemas de contenção e impermeabilização das áreas no entorno dos


tanques;

Implantar plano de manutenção e vistorias nos tanques;

Capacitar os profissionais envolvidos nas atividades de manuseio, estocagem e


transporte de produtos perigosos;

Implantar recomendações do Estudo de Análise de Risco;

Implantar Plano de Ação Emergência;

Tratar o efluente da fase de operação para lançamento no rio Tocantins de acordo com
a legislação vigente;

Realizar inspeção periódica no sistema do emissário e seus difusores;

Implantar Programa de Monitoramento da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE);

Implantar Programa de Monitoramento de Águas Superficiais;

Acompanhar o monitoramento de botos e tartaruga;

Instalar chaminé com altura definida na modelagem de dispersão atmosférica;

Implantar Programa de Monitoramento de Emissões Atmosféricas;

Implantar equipamentos de controle de emissões de alta eficiência, tais como


precipitadores eletrostáticos;

Monitorar as fontes emissoras através de medições on line;

Obedecer a legislação vigente relativa a ruído;

Utilizar EPI, como protetor auricular, ou qualquer outra medida de acordo com o
PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) nas instalações da fábrica;
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66

Implantar controle de máquinas e equipamentos próprios e de terceiros com baixo


nível de ruído;

Adquirir máquinas e equipamentos próprios e de terceiros visando baixo nível de


ruído;

Enclausurar acusticamente equipamentos próprios e de terceiros visando baixo nível


ruído;

Instalar de silenciadores, atenuadores e absorvedores de energia sonora sempre que


necessário;

Utilizar melhores tecnologias disponíveis no controle e prevenção de emissão de gases


do efeito estufa;

Instalar placas sinalizadoras nas principais vias de acesso à área da fábrica;

Informar e conscientizar os condutores de veículos quanto à direção defensiva;

Implementar Programa de Monitoramento das Comunidades Aquáticas;

Realizar manutenção de regulagem dos motores de máquinas, caminhões e veículos


utilizados pelo empreendimento;

Implementar mecanismos de divulgação, por parte da empresa, quanto às reais


condições das ofertas de vagas de emprego na operação do empreendimento e das
respectivas especializações requeridas;

Implantar estrutura ambulatorial e serviço que sejam independentes da infraestrutura


da região; e

Implementar mecanismos de transporte de trabalhadores entre os municípios


envolvidos e localização do empreendimento.

1.12 Programas Ambientais


Em atendimento às Recomendações do Termo de Referência emitido pelo órgão
ambiental do Tocantins - NATURATINS, visando à obtenção da Licença Prévia (LP),
são apresentados os documentos e projetos pertinentes ao Programa Básico
Ambiental. A Braxcel deverá implementar nas fases de instalação e operação os
Planos e Programas (PBA), conforme consta do Estudo Ambiental.

O PBA compõe-se dos seguintes programas:


Programa de Gestão Ambiental;
Programa de Gestão de Canteiro de Obras;
Programa de Formação de Mão-de-Obra;
Programa de Saúde e Segurança do Trabalhador;
Programa de Comunicação Social;
Programa de Educação Ambiental;
Programa de Monitoramento de Ruído;
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Programa de Monitoramento de Emissões Atmosféricas;


Programa de Monitoramento de Águas Superficiais;
Programa de Monitoramento da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE);
Programa de Monitoramento das Comunidades Aquáticas;
Programa de Monitoramento da Fauna Terrestre;
Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos; e,
Plano de Ação de Emergência.

1.13 Conclusão
A nova indústria de celulose branqueada da Braxcel será instalada na região sul do
Estado do Tocantins. Este projeto prevê uma produção de 2.000.000 (dois milhões) de
toneladas por ano de celulose branqueada de eucalipto.

Para a operação da unidade industrial de celulose, será necessária a implantação de


infraestrutura de apoio que compreenderá: estradas de acesso, linha de transmissão de
energia elétrica, recebimento de insumos, captação e tratamento de água, tratamento e
disposição adequada de efluentes e sistemas de tratamento e disposição de resíduos
sólidos industriais.

Neste estudo, foram avaliadas as possíveis alternativas de localização do


empreendimento, que, após a avaliação de premissas de ordem ambiental, social e
econômica, permitiu concluir que o imóvel rural denominado Fazenda Morada do
Boi, no município de Peixe, é a melhor alternativa sob tais aspectos..

Para analisar a viabilidade locacional e ambiental deste empreendimento, foi


desenvolvido um Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental
(EIA/RIMA). Esse estudo fez uma abordagem sistêmica do empreendimento, suas
características principais, o cenário dos meios físico, biótico e socioeconômico.
Posteriormente, em capítulo denominado Avaliação de Impactos Ambientais, foram
identificados e avaliados os possíveis impactos socioambientais decorrentes da
interação entre a futura operação da unidade industrial e os elementos físicos, bióticos
e socioeconômicos (antrópicos) identificados no diagnóstico ambiental.

Para o diagnóstico ambiental foram realizados estudos específicos dos meios físico,
biótico e antrópico, definindo-se as atuais sensibilidades e vulnerabilidades
ambientais.

Para o meio físico foram contemplados aspectos tais como: clima e condições
meteorológicas, geologia, geomorfologia e pedologia, recursos hídricos, qualidade do
ar e níveis de ruído. Dentre os estudos realizados, destacam-se as simulações para
dispersão de efluentes líquidos no rio Tocantins, o estudo de análise de riscos e
dispersão de emissões atmosféricas.

Os estudos do meio biótico abrangeram a fauna e flora presentes nas áreas de


influência do projeto, tendo sido identificados poucos elementos de destaque no meio
ambiente local. Em termos de cobertura vegetal, esta encontra-se em parte afetada
pelas ocupações antrópicas e atividades econômicas já consolidadas na região, sendo
constituída, em sua maior parte, de pastagem. Quanto aos elementos da fauna, nos
levantamentos efetuados não foi identificada qualquer espécie sob perigo de extinção,
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sendo, todas razoavelmente comuns e de ampla distribuição na parte terrestre e


aquática.

Quanto aos estudos do meio socioeconômico, foram caracterizadas a dinâmica


demográfica, as atividades econômicas presentes, a estrutura urbana, condições de
saneamento básico nas cidades e comunidades sob a influência do empreendimento,
entre outros elementos, de modo a constituir-se uma imagem consistente do contexto
em que se insere o empreendimento.

Com base nas teorias econômicas, estima-se que a presença do empreendimento da


BRAXCEL na região gerará um efeito positivo no PIB em todos os níveis da
economia da área de influência, bem como para o Tocantins.

Na avaliação dos impactos, tendo por base a caracterização do empreendimento e o


diagnóstico ambiental, a equipe técnica responsável pelo estudo constatou, que:

- Na fase de planejamento foram constatados 2 impactos, sendo os 2 tanto positivo


como negativo;

- Na fase de implantação foram identificados 13 impactos, sendo 3 positivos, 9


negativos e 1 tanto positivo como negativo;

- Na fase de operação foram identificados 13 impactos, sendo 3 positivos, 9 negativos


e 1 tanto positivo como negativo.

Pôde-se observar que a maior parte dos impactos negativos identificados concentra-se
no meio físico para os quais foram propostas medidas mitigadoras.

Os impactos positivos das etapas de implantação e operação aparecem no meio


socioeconômico e estão ligadas, fundamentalmente, ao aumento de empregos diretos e
indiretos, aumento da arrecadação de tributos e aumento de oferta de infraestrutura,
durante a fase de implantação, e, a dinamização da economia local e difusa durante a
fase de operação.

Para minimizar os efeitos negativos dos impactos, foram propostos programas de


mitigação de impactos nas três fases previstas para o empreendimento (planejamento,
instalação e operação), que apresentarão graus de resolução variáveis.

A necessidade de mão de obra para construir e montar a unidade da Braxcel será


importante fator de geração de empregos diretos e indiretos. Durante o período da
implantação, cerca de 7.000 empregados estarão trabalhando na construção do
empreendimento, caracterizando um significativo impacto socioeconômico na região.

Uma obra do porte da Braxcel em Peixe implica também grande impacto no meio
antrópico, tendo em vista os processos de contratação e de desmobilização de mão de
obra.

Durante o período da construção, ocorrerá aumento na arrecadação de tributos


estaduais e municipais e potencialização do setor terciário, na área de influência direta
do empreendimento. São impactos positivos, à exceção da desmobilização de mão de
obra, os quais poderão ser minimizados em decorrência da adoção das medidas
recomendadas.
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Para a fase de operação da indústria, os impactos negativos identificados (ambientais,


sociais e econômicos) são, em sua maioria, de pequena magnitude e mitigáveis,
destacando-se, entre eles, o impacto sobre a qualidade do ar. A dinâmica da atmosfera,
no local proposto para implantação da indústria, apresenta condições favoráveis à
dispersão das emissões atmosféricas, o que foi comprovado a partir de estudos
específicos das condições atmosféricas locais, evidenciando que a topografia local
favorece a dispersão.

De acordo com o estudo de dispersão atmosférica, as emissões de óxidos de enxofre,


de material particulado e óxidos de nitrogênio são insignificantes e não apresentam
qualquer problema para a região. Os valores encontrados apresentaram-se abaixo dos
padrões primários estabelecidos pelo CONAMA e daqueles recomendados pela
Organização Mundial da Saúde – OMS, mesmo quando adicionadas às concentrações
de fundo medida. A qualidade do ar na região é boa, tendo em vista a ausência de
outras fontes de poluição na área e de acordo com as medições das concentrações de
background feitas pela Braxcel na região.

Em relação aos impactos decorrentes do consumo de água, os estudos efetuados


confirmam a disponibilidade hídrica do rio Tocantins apresentando uma vazão média
de 1.648 m3/s e vazão mínima (Q 7,10) de 480 m3/s. O consumo da água da indústria,
estimado em 8.500 m3/h, sendo que 90% retorna ao rio Tocantins, portanto um
consumo de 2,4 m3/s, correspondendo a 0,15% da vazão média do rio ou 0,5% na
vazão mínima, portanto, um consumo insignificante.

Vazão média do rio Vazão mínima (Q7,10) = 480 m3/s Vazão Captação = 2,36 m3 /s Vazão consumo = 0,24 m3 /s
Tocantins = 1.650 m3 /s

Em relação aos impactos sobre a qualidade hídrica, o emissário subaquático será um


aspecto importante para o descarte dos efluentes líquidos, pois o estudo de dispersão
hídrica mostrou que não haverá alteração da qualidade das águas no rio Tocantins,
sendo a zona de mistura, para os parâmetros de cor e carga orgânica (DBO), de no
máximo 15 metros do local de descarte, não afetando as atividades da fauna aquática,
nem a qualidade do rio Tocantins.

Em relação aos impactos socioeconômicos, os benefícios são vários, podendo-se


relacionar aqui a possibilidade de geração de empregos durante a construção e
operação do empreendimento, aumento da arrecadação de tributos municipais e
estaduais, com reflexos positivos para o desenvolvimento dos setores secundário e
terciário do Tocantins, notadamente em Peixe e nos demais municípios na área de
influência do projeto.
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Os benefícios do desenvolvimento da região serão sentidos pelo setor terciário


refletindo-se diretamente na diversificação e sofisticação da economia urbana e na
maior alavancagem do setor de prestação de serviços (bens imobiliários, saúde,
educação, transporte, telecomunicações, dentre outros), já que Peixe já vem
desenvolvendo boa evolução destes serviços nos últimos anos.

O setor público registrará aumento de arrecadação de tributos, nas esferas municipal


(ISSQN) e estadual (ICMS) os quais reverterão em melhorias de infraestrutura urbana
e na implantação de equipamentos sociais.

O conjunto dos aspectos estudados na avaliação de impactos ambientais aponta a


existência de condições favoráveis para a instalação de uma planta industrial de
celulose, nesta região sul do estado do Tocantins, o que foi comprovado tanto para
implantação quanto para a operação do empreendimento.

De acordo com as análises efetuadas no decorrer deste Estudo de Impacto Ambiental,


o empreendimento apresenta-se adequado quanto aos aspectos da qualidade do meio
ambiente. Os aspectos identificados como de maior vulnerabilidade são passíveis de
mitigação, necessitando para tanto, que as medidas de controle ambiental sejam
previstas no projeto executivo e corretamente implementadas.

Com base no estudo apresentado, não foi identificado nenhum impacto que, na opinião
da equipe que elaborou este EIA, questione a viabilidade ambiental do
empreendimento, em condições normais de operação, considerando a implantação das
medidas mitigadoras propostas. Os impactos positivos permanecem durante todo o
período de operação do empreendimento.

1.14 Equipe técnica


O Estudo de Impacto Ambiental da unidade industrial de celulose branqueada da
BRAXCEL, no município de Peixe-TO, foi desenvolvido pela empresa Pöyry
Tecnologia Ltda. e contou com uma equipe multidisciplinar, sendo assim distribuídos:

Equipe da Pöyry Tecnologia – EIA Geral


Engenheiro Químico Romualdo Hirata - Coordenador Geral - CREA 0600332092
SP / IBAMA 1590635;
Engenheiro Civil Kleib Henrique Fadel - Coordenador Técnico - CREA
0601478673 SP / IBAMA 436168;
Advogado MSc Pedro Toledo Piza - OAB/SP 221.092 / IBAMA 1590877;
Engenheira Química Cristina Maria Colella - CREA 5061787977 SP / IBAMA
5012415;
Engenheiro Ambiental Rafael Lourenço Thomaz Favery - CREA 5062655712 SP /
IBAMA 2765347;
Engenheira Ambiental Juliana Lellis Salles - CREA 5062478436 SP / IBAMA
5173807;
Engenharia Química Karen Harumy Freitas - CREA SP / IBAMA 5185593.

Coordenação Geral Diagnóstico Ambiental


Biólogo Eduardo Martins – CRBio 26063/01-D.
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Equipe Meio Físico


Geóloga Geani Araújo Lima – CREA 5060640400;
Geógrafo Rogério Peter de Camargo –– CREA 5061888558;
Geógrafo Alexandre Degan Perussi –– CREA 5061899873.

Equipe Meio Biológico


Biólogo Sênior Eduardo Martins – CRBio 26063/01-D;
Bióloga Gilce França Silva – CRBio 54274/01-D;
Biólogo Maurício Tassoni Filho – CRBio 74855/01-D;
Biólogo Raphael Branco Teixeira – CRBio 79947/01-D;
Biólogo José Wagner Ribeiro Junior – CRBio 79130/01-D;
Biólogo Délcio Natal – CRBio 589/01-D;
Biólogo Paulo Roberto Urbinatti – CRBio 1343/01-D;
Andrey Canjani Mendes – estagiário de Biologia;
Juliana Macedo Teixeira – estagiária de Biologia.

Equipe Meio Socioeconômico


Geógrafo Rogério Peter de Camargo –– CREA 5061888558;
Economista Mauricio Costa Porto – CORECOM-SP 25.545;
Marcos Aurélio Camara Zimmermann.

Avaliação de Impactos
Biólogo Eduardo Martins – CRBio 26063/01-D;
Engenheiro Civil Kleib Henrique Fadel – Coordenador Técnico – CREA
0601478673 SP / IBAMA 436168;
Engenheira Química Cristina Maria Colella – CREA 5061787977 SP / IBAMA
5012415;
Advogado MSc Pedro Toledo Piza – OAB/SP 221.092 / IBAMA 1590877;
Engenheiro Ambiental Rafael Lourenço Thomaz Favery – CREA 5062655712 SP /
IBAMA 2765347.

Estudo de Análise de Risco


Engenheiro Químico e de Segurança do Trabalho Angelo Baucia - CREA
0601238013 / IBAMA 333041;
Engenheira Ambiental Marília Tupy de Godoy - CREA 087348-5 SC / IBAMA
4252885.

Estudo de Dispersão Atmosférica


Engenheiro Ambiental Dr. George Lentz Cesar Fruehauf - CREA 5062008073/SP /
IBAMA 573856;
Meteorologista MSc. Daniel Zacharias Constantino - CREA 5063075757-SP /
IBAMA 638533;
Analista Ambiental Giulia de Salve - IBAMA 5239358.

Estudo de Dispersão Hídrica


Engenheira Ambiental Marília Tupy de Godoy - CREA 087348-5 SC / IBAMA
4252885.
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Estudo de Tráfego

Engenheiro Luiz Fernando Di Pierro - CREA 0601406759 / IBAMA 434968.

Laudo de Ruído
Engenheiro Químico e de Segurança do Trabalho Angelo Baucia - CREA
0601238013 / IBAMA 333041;
Engenheira Ambiental Marília Tupy de Godoy - CREA 087348-5 SC / IBAMA
4252885.

Laudo de Água Superficial


Químico José Dimas Rizzato Coelho - CRQ 04418240.
Engenheiro Químico e de Segurança do Trabalho Angelo Baucia - CREA
0601238013 / IBAMA 333041;
Engenheira Ambiental Marília Tupy de Godoy - CREA 087348-5 SC / IBAMA
4252885.
Laudo de Solo e Água Subterrânea
Químico José Dimas Rizzato Coelho - CRQ 04418240.
Laudo de Batimetria
Químico José Dimas Rizzato Coelho - CRQ 04418240.

Laudo de Qualidade do Ar
Engenheiro Ambiental Dr. George Lentz Cesar Fruehauf - CREA 5062008073/SP /
IBAMA 573856;
Meteorologista MSc. Daniel Zacharias Constantino - CREA 5063075757-SP /
IBAMA 638533;
Analista Ambiental Giulia de Salve - IBAMA 5239358.

As ARTs dos responsáveis por este EIA/RIMA encontram-se no anexo II.


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ANEXO I

LAYOUT
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ANEXO II

ART

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