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1.

APRESENTAÇÃO

1.1 INFORMAÇÕES GERAIS

Tabela 1 – Informações sobre o Empreendimento e o Proprietário.


EMPREENDIMENTO

CNPJ 03.050.130/0001-70

INSCRIÇÃO
130503200
ESTADUAL

NOME NEWMONT MINERAÇÃO E SERVIÇOS LTDA

NOME FANTASIA NEWMONT MINERAÇÃO

INÍCIO DE
03/02/2023
ATIVIDADE - DATA

NATUREZA
Sociedade Empresária Limitada
JURÍDICA

SITUAÇÃO
Ativa desde 03/02/2023
CADASTRAL

QUALIFICAÇÃO DO
Sócio-Administrador
RESPONSÁVEL

CAPITAL SOCIAL R$ 1.100.000,00

PORTE DA
Demais
EMPRESA

ENDEREÇO DO Rodovia BR-316, S/N, na Zona Rural, Santa Izabel do Pará -


LOCAL PA, 68745-00

HORÁRIO DE
De segunda-feira a sexta-feira de 08:00 às 18:00.
FUNCIONAMENTO

NÚMERO DE
30
FUNCIONÁRIOS

TELEFONE (91) 9.8763-9876 (91) 9.8245-8734

E-MAIL contatofiscal@newmont.br

EMPREENDEDOR / PROPRIETÁRIO

NOME Gabriela Carolina de Lima Araújo

1
CPF / CNPJ 227.662.830-76

DATA DE ENTRADA 17/02/2022

QUALIFICAÇÃO Sócio-Administrador

NOME Raiany de Oliveira Vilar

CPF / CNPJ 023.934.967.55

DATA DE ENTRADA 11/10/2022

QUALIFICAÇÃO Sócio

RESPONSÁVEL TÉCNICO

NOME Maria Carolina Albuquerque Dias

Travessa Cônego Luís Leitão, Nº 2456, Sala 4,


ENDEREÇO
Centro, CEP:68743-000, Castanhal-Pa.

TELEFONE (91) 98237-7029

E-MAIL contatocastanhal@grconsultoria.com

REGISTRO NO
1509745634
CREA-PA

ART PA20110782748

1.2 ATIVIDADES DE NEGÓCIO DA EMPRESA

08.10-0-99 - Extração e britamento de pedras e outros materiais para


construção e beneficiamento associado

Compreende a atividade de extração e de britamento de pedras e outros materiais


para construção e beneficiamento. Esses materiais são indispensáveis para diversos
trabalhos de construção civil. A extração deve ocorrer de forma que não prejudique o
meio ambiente. Alguns exemplos de materiais extraídos são cinza pozolânica, barro
cozido em pó, arenito e pedra britada.

08.10-0-06 - Extração de areia, argila, cascalho ou pedregulho e beneficiamento


associado.

A extração de areia, argila, cascalho ou pedregulho e beneficiamento associado,


presente no grupo de atividades industriais extrativas, refere-se à exploração de
areia lavada para construção, areias quartzosas, silicosas e cascalho natural, além
2
de cascalho e pedregulho. Esses materiais são basicamente utilizados in natura na
construção civil, além do uso na produção de argamassa e agregados. Portanto,
indústrias produtoras de argamassas representam parte da demanda, além de
distribuidoras de pedregulhos e cascalhos para uso na construção civil em obras e
similares.

23.30-3-02 - Fabricação de artefatos de cimento para uso na construção

A fabricação de artefatos de cimento para uso na construção, voltada para


atendimento a indústrias e comércio de artigos da área de construção civil, consiste
num ramo bastante extenso de produtos. Na lista de artefatos produzidos,
enquadram-se: tijolo, lajota, bloquete e guias; tubo, conexão, manilha e conexões;
ladrilhos e mosaicos. Também é fundamental incluir itens de granitina/granilite
(argamassa com pedaços de granito) e marmorite (similar à granitina, porém com
grânulos de mármore). Outros itens também podem ser destacados: fossas sépticas,
cumeeiras, caixas seccionadoras ou diluidoras, meio-fio, cantoneiras e tanques de
cimento.

47.44-0-04 - Comércio varejista de cal, areia, pedra britada, tijolos e telhas

O comércio varejista de cal, areia, pedra britada, tijolos e telhas está compreendido
na parte de materiais de construção, atendendo construtoras, prestadores de
terceiros, pedreiros, construtores e pessoas físicas - relacionados à alguma obra.
Analisando os produtos individualmente: a cal é usada no revestimento de
alvenarias e matéria-prima fundamental da argamassa; a pedra britada é
basicamente utilizada na mistura para preparo do concreto; os tijolos para construir
muros, paredes e demais estruturas de alvenaria; e as telhas para montagem e
revestimento de telhados.

1.3 DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO

A Newmont Mineração e Serviços LTDA explora areia, argila e calcário, em lavra a


céu aberto pelo método de bancadas sucessivas de alturas variáveis. As reservas
medidas na mina são de 186.798.425 T de calcário e 567.796 T de areia e a
produção anual prevista é de 1.560.000 T.

3
A área de extração mineral encontra-se registrada junto ao Departamento Nacional
de Produção Mineral – DNPM no Processo N° 851.510/2022, em uma área de 64,20
ha. O empreendimento já dispõe de Alvará de Pesquisa, número 1.477, publicado no
D.O.U. em 19/05/22 e Relatório de Pesquisa aprovado no D.O.U. em 20/07/22,
pertencente à Newmont Mineração.

O objetivo do projeto de EXTRAÇÃO DE CALCÁRIO, ARGILA E AREIA da Newmont


Mineração é produzir matéria-prima para abastecer a construtora Minerva, que irá
ser instalada em uma cidade nas proximidades da área da mina, em local definido e
já licenciado.

1.4 JUSTIFICATIVA

Justifica-se a implantação do projeto de Extração de Calcário, Argila e Areia para


atender a demanda da indústria cimenteira e de construção civil instalada e/ou em
instalação na região, destacando-se a Minerva Construtora.

1.5 COMPROMISSO

A empresa tem o compromisso de fornecer aos seus clientes produtos seguros e de


alta qualidade, atuando também com responsabilidade social e ambiental na
geração de valores para os seus clientes, colaboradores e acionistas.

A Newmont Mineração pretende ser referência no mercado nacional e internacional


através do alto padrão da sua produção com modernas tecnologias e elevada
qualificação da sua equipe, fornecendo aos seus consumidores produtos seguros e
de ótima qualidade.

A empresa tem o compromisso de atuar com responsabilidade social e ambiental na


geração de valores para os seus clientes, colaboradores e acionistas.
Fundamentando uma cultura corporativa voltada para a redução de impactos ao
meio ambiente e a proteção da biodiversidade e ecossistemas, a Newmont
Mineração compromete-se em atender as legislações ambientais vigentes e
aplicáveis as atividades da empresa.

4
1.6 VISÃO DA EMPRESA

Pode-se dizer que a Newmont Mineração tem como visão ser uma empresa
voltada não somente para uma produção de alta qualidade, como foi citado no
tópico anterior, mas também preza para que se tenha eficiência durante todas
as suas fases e processos na produção. Sendo assim, a empresa pretende
propor metas para cada setores da empresa e, principalmente, dentro do setor
ambiental, almejando a redução dos impactos ambientais e tornando-se uma
empresa referência dentro do mercado da mineração.

1.7 VALORES

● Sustentabilidade - A empresa valoriza a proteção do meio ambiente e


pretende adotar práticas sustentáveis de mineração, buscando minimizar
o impacto ambiental e promover a recuperação de áreas afetadas pela
mineração;
● Segurança - A segurança dos seus colaboradores será prioridade
máxima;
● Ética - Aderir altos padrões éticos, promovendo a transparência em todas
as suas operações e buscando relacionamentos justos e equitativos com
as comunidades locais;
● Inovação - Buscar constantemente soluções inovadoras e tecnológicas
para encontrar novas formas de extrair recursos minerais de maneira
mais eficiente e sustentável;
● Qualidade - Buscar a excelência em todas as suas atividades, desde a
extração até o processamento e a comercialização dos minerais;
● Responsabilidade Social - A importância de contribuir para o
desenvolvimento das comunidades locais com a implantação de projetos
sociais e programas voltados para a educação ambiental.

1.8 LOCALIZAÇÃO E ACESSO

O empreendimento está situado na Rodovia BR-316, S/N, na Zona Rural do


município de Santa Izabel do Pará, com as seguintes coordenadas de latitude e
longitude: 01° 17' 32.83" S e 48° 07' 50.52" O.

5
O acesso à área pode ser feito pela BR-316 (Pará-Maranhão) ou a partir do
logradouro do município (Figura 1).

Figura 1: Mapa de Localização do Empreendimento

Fonte: Autores (2023).

Figura 2: Mapa de Detalhe das Áreas Explotadas

Fonte: Autores (2023). 6


O município de Santa Izabel do Pará, localizado no Estado do Pará, conta com uma
área territorial de aproximadamente 717,662 km2. Pertencente a região de
integração Guamá, Santa Izabel do Pará está inserida na mesorregião Metropolitana
de Belém e microrregião de Castanhal, estando a 57 km de distância da capital
paraense. Seus limites são ao norte com os municípios de Santo Antônio do Tauá e
Santa Bárbara do Pará, a leste com Castanhal e Inhangapi, ao sul com Bujaru e a
oeste com Benevides e Santa Bárbara do Pará.

1.9 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

1.9.1 INFRAESTRUTURA
O empreendimento conta com infraestrutura predial construída em
madeira/alvenaria, piso em cimento e cobertura em telha de fibrocimento, composta
por escritório, copa-cozinha com refeitório e galpão de manutenção de
máquinas/equipamentos. A energia elétrica é fornecida pela Equatorial Energia S.A.
(Equatorial Energia Pará).

1.9.2 MÃO DE OBRA


No empreendimento estão envolvidos cerca de 30 (trinta) trabalhadores diretos em
um único turno, com regime de trabalho de 8 h/dia, 5 dias/semana e 20 dias/mês,
com remuneração mensal, regido pela CLT. Estes profissionais contam com
infraestrutura de refeitório, bancos externos ao refeitório para descanso e sistema de
comunicação.

O empreendimento é dividido basicamente em seis setores: Setor de Operação,


Setor Administrativo (Financeiro, Comercial e Recursos Humanos), Gerência
(Sócios), Setor Ambiental e de Qualidade (Gestão Ambiental, Controle de Qualidade
de Matéria-Prima, Controle de Qualidade do Produto Acabado), Setor de
Manutenção e Serviços Gerais (Limpeza) e Ambulatório.

1.9.3 MINÉRIOS EXPLOTADOS


As substâncias minerais exploradas são AREIA, ARGILA E CALCÁRIO. A titular,
Gabriela Carolina de Lima Araújo, possui registro na ANM em Processo Nº

7
851.510/2021 e Registro de Licença de Operação, na Secretaria Municipal de Meio
Ambiente de Santa Izabel do Pará, N° 180/2022 ANM/PA.

O material beneficiado será estocado em pátios abertos de armazenamento, às


proximidades da planta de beneficiamento para posterior transporte e consumo final.
O material classificado como estéril, quando houver, também será utilizado na
recuperação das áreas degradadas, principalmente nas cavas abertas quando
exauridas.

1.10 ANÁLISES EXTERNAS E INTERNAS

Para ter um melhor desempenho na empresa e, dessa forma, alcançar seus


objetivos e metas, a equipe responsável pelo Planejamento Ambiental realizou
uma verificação externa e interna, ou seja, uma avaliação da comunidade local,
vantagens e desvantagens da área, características da região, possíveis
aspectos e impactos ambientais, reconhecendo também os pontos fortes e
fracos dentro da empresa.

2. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO

2.1 CLIMA

É constatado, de acordo com dados da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e


Pesquisas (FAPESPA), que o clima de Santa Izabel do Pará apresenta um clima
zonal equatorial dividido em equatorial úmido (um a dois meses seco) e super-úmido
(sem seca).

O município apresenta índice pluviométrico com uma média anual em torno de 2.350
mm, com alta umidade do ar em quase todo o ano. As temperaturas são elevadas e
com médias anuais em torno de 25°C, contando com uma amplitude térmica baixa.

2.2 VEGETAÇÃO

A tipologia predominante no município é a Floresta Ombrófila Densa com folhas


extensas e perenifólios, encontrada nas subformações aluviais e de terras baixas.
Este tipo de vegetação é caracterizado por fanerófitos que o diferenciam das outras

8
classes de formações, sua característica ecológica principal reside nos ambientes
ombrófilos que marcam muito a região florística florestal”.

2.3 SOLO

Os solos encontrados no município são latossolos amarelos distróficos com textura


média, gleissolo, plintossolo, concrecionários lateríticos e areias quartzosas
concrecionários lateríticos indiscriminados distróficos.

Todos os solos supracitados são constituídos por materiais minerais, porém, vale
ressaltar que os solos distróficos são solos de baixa fertilidade necessitando de
adubação caso sejam utilizados na agricultura.

2.4 GEOLOGIA

Santa Izabel do Pará encontra-se situada na bacia sedimentar do Marajó, composta


por sedimentos arenosos e argilosos.

O município possui níveis carbonosos datados do período Terciário e, na sua porção


noroeste, inclui-se sedimentos relativos a aluviões atuais e terraços mais antigos do
Holoceno datada da era Cenozóico.

2.5 TOPOGRAFIA

A topografia do município apresenta uma altitude média de 20 metros e conta com


áreas de tabuleiros, ou seja, relevo que se encontra em formato plano à suave
ondulado distribuído por todo o município. Santa Izabel do Pará também caracteriza-
se por ter uma topografia com áreas de planícies na sua porção sul.

2.6 HIDROGRAFIA

Na sua hidrografia, destaca-se o rio Caraparu que nasce no centro do município, no


qual recebe o igarapé Apeú e o rio Itá pela sua margem esquerda, e o rio Maguari
pela sua margem direita. De pequeno curso, o rio Caraparu deságua no Guamá,
servindo de limite natural entre Bujaru e o sul de Santa Izabel do Pará.

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De curso paralelo ao Caraparu existem outros rios menores, sendo eles os rios
Guajará e Jandiaí, limitando a cidade com os municípios de Benevides e Inhangapi.
Há também o rio Tauá, cujo seu afluente direito, o igarapé São Francisco, faz limite
natural com Santo Antônio do Tauá.

3. PROCESSO DE CRIAÇÃO DA EMPRESA

Tabela 2 – Processo de criação da empresa.

ANTES DA OPERAÇÃO PARA INICIAR A OPERAÇÃO

CAR – Cadastro Ambiental Rural LO – Licença de Operação

Verificação de disponibilidade na ANM – Renovação do Registro de Licença no


Agência Nacional de Mineração ANM – Agência Nacional de Mineração

Certidão de Uso e Ocupação do Solo Renovação da Licença Específica


Municipal

Autorização de Supressão Vegetal / CTF – Cadastro Técnico Federal (Ibama)


Limpeza de área

Licença Específica Municipal RIAA – Relatório de Informações


Ambientais Anual

Registro de Licença ANM – Agência Atendimento das condicionantes


Nacional de Mineração

CERM – Cadastro Estadual de Recursos


Minerais

Técnico Responsável

ART

4. PLANEJAMENTO AMBIENTAL

Com relação ao meio ambiente e a sociedade em volta do empreendimento, a


Newmont Mineração e Serviços LTDA buscará ações corretivas e preventivas
para possíveis danos ambientais que possam vir a ocorrer.
Com o auxílio de auditorias, treinamentos e certificações para os seus
colaboradores, a empresa possui sua meta ambiental com desempenho
detalhado e quantificado resultante dos objetivos ambientais colocados dentro
do seu Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Uma de suas metas é trabalhar
10
com prevenção, reutilização, trabalho em equipe e com toda segurança
necessária.
É realizando o Planejamento Ambiental de forma adequada que as ações de
uma empresa diminuem a geração de impactos adversos ao meio ambiente e
social, ou seja, fazendo-se necessário um planejamento de tal forma que as
estratégias utilizadas sejam as mais apropriadas.
O esquema elaborado relaciona a área de meio ambiente que irá direcionar as
ferramentas e os meios para existência do SGA com as demais áreas
funcionais (Setor de Operação, Setor Administrativo, Setor Ambiental e de
Qualidade , Setor de Manutenção e Serviços Gerais e Ambulatório).

4.1 Sistema de Gestão Ambiental (SGA)

A discussão sobre gestão ambiental, responsabilidade social e sustentabilidade não


é recente e tem ganhado espaço e força nos últimos anos, a partir das exigências de
uma sociedade contemporânea, atenta a novos padrões de produção e consumo.
(DALMUTT KRUGER, 2011)
11
O gerenciamento se baseia nas normas ISO 9000 e 14000 que se referem às
gestões ambientais, no processo de manejo ambiental, ou seja, o que a organização
pode fazer para minimizar os efeitos nocivos e/ou desperdícios dos recursos
causados ao ambiente pelas suas atividades. Com isto em mente, o Sistema de
Gerenciamento Ambiental (SGA) é denominado como uma estrutura de organização
a ser continuamente monitorada e renovada, visando fornecer orientação efetiva
para as atividades ambientais de uma organização, em resposta a fatores internos e
externos em alteração. É importante salientar a responsabilidade de todos os
membros de uma organização em prol da melhoria ambiental. (SOBRINHO et al.,
2011)

O Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que tem como base o ciclo PDCA (Plan, Do,
Check e Act) proposto por Deming (1990).

O ciclo PDCA pode ser brevemente descrito da seguinte forma:

● Planejar (Plan): estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir


as metas, em concordância com a política ambiental da organização.
● Agir (Act): implementar ações necessárias para melhorar continuamente o
desempenho do SGA.
● Executar (Do): implantar o que foi planejado.
● Verificar (Check): monitorar e medir os processos em conformidade com a
política ambiental, objetivos, metas, requisitos legais e relatar os resultados.

12
4.1.1 POLÍTICA AMBIENTAL
A Newmont Mineração definiu sua política ambiental, comprometida com a melhoria
contínua de seu desempenho ambiental e com a prevenção à poluição, adotando
procedimentos e práticas que visassem à prevenção de impactos ambientais
negativos, em conformidade naturalmente com os requisitos legais, mas
principalmente gerando alternativas que propiciem a sustentabilidade do meio em
que se situa, de modo a não somente abranger a comunidade local e aos seus
colaboradores, como também, desenvolver uma estratégia de mudança cultural.
Na área da Gestão Ambiental, pretende-se estabelecer um sistema de certificação
ambiental, estruturar o licenciamento ambiental, diagnosticar e monitorar os índices
de impacto ambiental, racionalizar o uso de material de consumo e otimizar o
sistema de gerenciamento de resíduos da Mineradora.

 DOCUMENTAÇÃO PROPOSTA
É necessário que dentro do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) tenha alguns
documentos específicos, cada qual com seu grau de importância. A Newmont
Mineração tem como sugestão para compor essa documentação necessária e
pleitear a certificação da empresa os seguintes documentos:

 MSGAV - Manual do Sistema de Gestão Ambiental;


 PO - Procedimentos Operacionais;
 IT - Instruções de Trabalho;
 RG – Registros.

Percebe-se que no SGA não basta apenas fazer e seguir as instruções corretamente
é imprescindível registrar as ações, é exatamente nisso que se tem como comprovar
o que foi feito e como foi feito, até mesmo para casos de questionamentos durante
uma auditoria.

4.1.2 ANÁLISE DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS


Segundo Moura (2004) a identificação dos aspectos e impactos ambientais é uma
fase muito importante para o processo de implantação de um SGA.

13
Tabela 3 – Relação dos aspectos e impactos ambientais.
O ASPECTO PODE
PROVOCAR
DANOS A

T
I
E
I A I
M
N A P S N
P R
C T P S H S
O R
I I R E H T
R E
ATIVIDA ASPECTO D V O R O MEIO A
IMPACTO AMBIENTAL A G
DES AMBIENTAL Ê I D V M AMBIENTE L
L I
N D U I E A
I M
C A T Ç M Ç
D E
I D O O Õ
A
A E E
D
S
E

Emissão de
Circulaçã gases e
Poluição do ar, contaminação P e D X X X
o de vazamento de X X
do solo e dos cursos d’água. F E D X X X
veículos combustíveis,
óleos e graxas.

D
P E X X X
D, X
Dano às instalações civis F E X X X
I

D
Perda/danos à integridade F E X X
D,
física F E X X
Abasteci I
Possibilidade
mento de
de explosão
veículos D
F E X A
Intoxicação em geral D,
F E X X
I

D
F A X X
Poluição do ar D, X
F A X X
I

Lubrificaç
ão, troca
Vazamento de D
de óleo e Contaminação do solo e dos F E X X
óleo e D, X
manutenç cursos d’água F E X X
lubrificantes I
ão de
veículos.

Decapea Erosão, D
mento, Esgotamento de recurso F A X X
movimentação D, X
envolvend natural F N X X
de terra e I

14
o assoreamento I
remoção de córregos, F N X
Afugento da fauna D, X
da alteração de F A X
I
cobertura paisagem, flora
superficial e fauna locais.
,
deterioraç
ão da
cobertura D
Modificação e destruição da F A X X
vegetal e D, X
vegetação nativa F A X X
a I
formação
de pilhas
de solo

F N D X X
Poluição sonora X
F N D X X

Perfuraçã
Geração de
o das
ruído e poeira
bancadas Perturbação das vizinhanças
F A D X X
e exposição ocupacional dos X
F A D X X
trabalhadores

Carrega
mento dos Possibilidade F E D X X X
Explosão e riscos de vida X
furos com de acidentes F E I X X X
explosivos

Geração e
Riscos de danos a
propagação de
construções civis, desconforto F A D X X
ondas sísmicas X
à população vizinha, riscos de F A D X X
no terreno e no
incidentes e de vida. X
ar
X

Ultralançamen Riscos de danos a


F A I X X X
Desmont to de construções civis e riscos a X X
F A I X X X
e das fragmentos vida humana
bancadas
com F N D X X
Poluição sonora X
detonação F N I X X
Geração de
dos ruído, fumos e
explosivos Desconforto à população e
gases F E D X X
riscos de incidentes e
F E I X X
intoxicação

Escorregamen
tos de taludes F E I X X
Riscos de acidentes X
fora do setor de F E I X X
X
desmonte
X

15
Geração de F E D X
Contaminação das águas
efluentes, F E D X XX
superficiais
Drenage aporte de X
m da cava sedimentos
para os cursos Comprometimento dos F E D X XX
d’água recursos naturais superficiais F E D X X

Consumo de Utilização de recursos F N D X XX


energia elétrica naturais F N D X X

Consumo de Utilização de recursos F N D X XX


água naturais F N D X X
Administr
ação, Geração de F
Gerência, efluentes e F D
Contaminação das águas
esgoto D E X XX
Ambiental
sanitário E X X
,
Refeitório. X
Geração de
resíduos e
produtos Poluição ambiental F N D X X
descartáveis e F N D X
perecíveis

Consumo de Utilização de recursos F N D X XX


energia elétrica naturais F N D X X

Consumo de Utilização de recursos F N D X XX


água naturais F N D X X

Ambulató Geração de F A D X XX
Poluição ambiental
rio efluente F A D X X

Resíduo F A D X XX
Poluição ambiental
ambulatorial F A D X X

F N D X XX
Lixo comum Poluição ambiental
F N D X

Para fins de monitoramento, foi definido um critério de avaliação disposto abaixo.


Temporalidade: (A) atual, (P) passado e (F) futuro.
Regime: (N) normal, (A) anormal e (E) emergencial.
Incidência: (D) direta e (I) indireta.

4.1.3 MEDIDAS MITIGADORAS

Para que haja de fato um controle e/ou redução na significância dos impactos será
proposto medidas de controle ambiental para cada impacto citado no tópico anterior.

16
Para essa etapa será levado em consideração a magnitude do impacto, significância
e sua reversibilidade.

Tabela 4 – Relação dos aspectos e impactos ambientais com as medidas mitigadoras.


ASPECTO
ATIVIDADES IMPACTO AMBIENTAL MEDIDAS MITIGADORAS
AMBIENTAL

Emissão de
gases e Poluição do ar, Regulamentações e padrões mais
Circulação de
vazamento de contaminação do solo e rígidos, uso de tecnologias mais
veículos
combustíveis, dos cursos d’água. limpas e manutenção adequada.
óleos e graxas.

Dano às instalações civis

Perda/danos à integridade
física Inspeções regulares das instalações,
plano de resposta a emergências
atualizado e acessível, cultura de
Abastecimento Possibilidade de
segurança no local de trabalho,
de veículos explosão Intoxicação em geral equipamentos de proteção individual
(EPIs) e monitoramento regular da
qualidade do ar nas instalações.

Poluição do ar

Vazamento de
Contaminação do solo e Prevenção de efluentes,
óleo e
Lubrificação, dos cursos d’água gerenciamento dos resíduos,
lubrificantes
troca de óleo e reciclagem do óleo usado,
manutenção de recuperação manufaturada de
veículos. lubrificantes e regulagem periódica
Disposição dos Redução do risco de dos motores e veículos.
resíduos contaminação

Decapeamento,
Erosão,
envolvendo Esgotamento de recurso
movimentação de
remoção da natural Conservação de recursos naturais,
terra e
cobertura restauração da vegetação nativa,
assoreamento de
superficial, controle da movimentação de terra,
córregos,
deteoriação da gestão adequada dos córregos e
alteração de
cobertura vegetal educação e conscientização.
paisagem, flora e Afugento da fauna
e a formação de
fauna locais.
pilhas de solo.

17
Modificação e destruição
da vegetação nativa

Poluição sonora

Planejamento adequado, manutenção


de equipamentos, uso de barreiras
Perfuração das Geração de ruído
físicas, horários de trabalho restritos,
bancadas e poeira
Perturbação das uso de equipamentos silenciosos e
vizinhanças e exposição controle da poeira.
ocupacional dos
trabalhadores

Treinamento e conscientização,
análise de risco, controle de
Carregamento Possibilidade de substâncias perigosas, ventilação
Explosão e riscos de vida
dos furos com acidentes adequada, sistemas de detecção e
explosivos alarme, procedimentos de emergência
e supervisão e conformidade.

Riscos de danos a
Geração e
construções civis,
propagação de
desconforto à população
ondas sísmicas
vizinha, riscos de
no terreno e no ar
incidentes e de vida
Riscos de danos a
Desmonte das Ultralançamento Avaliação de riscos, planejamento
construções civis e riscos a
bancadas com de fragmentos adequado, monitoramento de ruídos,
vida humana
detonação dos controle de explosivos, comunicação
Poluição sonora
explosivos efetiva e medidas de segurança.
Geração de ruído, Desconforto à população e
fumos e gases. riscos de incidentes e
intoxicação
Escorregamentos
de taludes fora do
Riscos de acidentes
setor de
desmonte

Contaminação das águas Gestão adequada da água, controle


Geração de superficiais da pressão e sedimentação,
efluentes aporte
Drenagem da recuperação de áreas degradadas,
de sedimentos
cava monitoramento ambiental,
para os cursos Comprometimento dos engajamento das comunidades locais
d’água recursos naturais e uso de tecnologias mais limpas.
superficiais

18
Consumo de Utilização de recursos
energia naturais

Consumo de Utilização de recursos


energia elétrica naturais
Consumo de Utilização de recursos
água naturais Eficiência energética, conservação de
Administração, Geração de água, tratamento de efluentes e
Gerência, Setor efluentes e Contaminação das águas esgoto sanitário, gerenciamento de
Ambiental e esgoto sanitário
resíduos e produtos descartáveis e
Refeitório. Geração de
resíduos e gestão de produtos perecíveis.
produtos Poluição ambiental
descartáveis e
perecíveis
Consumo de Utilização de recursos
energia elétrica naturais
Consumo de Utilização de recursos
água naturais Gerenciamento de resíduos, uso
Geração de consciente de materiais, redução do
Ambulatório Poluição ambiental
efluente consumo de água e eficiência
Resíduo energética.
Poluição ambiental
ambulatorial
Lixo comum Poluição ambiental

4.1.4 SISTEMA 5S
Além das avaliações de aspectos e impactos ambientais, o empreendimento
também trabalhará com um sistema largamente utilizado e desenvolvido no Japão.
O sistema escolhido parte do pressuposto de que os colaboradores de uma
organização devem desenvolver cinco diferentes sensos, por meio dos quais se
torna possível harmonizar o ambiente de trabalho e diminuir as probabilidades de
incidentes, acidentes e até mesmo de impactos ambientais adversos.

Tabela 5 – Sistema 5S.


SISTEMA 5S

1 SEIRI SENSO DE UTILIZAÇÃO Necessidade de manter no ambiente de


trabalho somente o necessário, portanto, cada
setor tem suas obrigações.

2 SEITON SENSO DE ORGANIZAÇÃO Defende a necessidade de manter a


organização dentro do espaço de trabalho, sem
permitir que ferramentas, materiais ou
equipamentos fiquem fora dos seus lugares
apropriados.

3 SEISOU SENSO DE LIMPEZA É a necessidade de manter o ambiente de


trabalho limpo, sendo parte do trabalho diário e

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não uma atividade sazonal.

4 SEIKETSU SENSO DE SAÚDE Trata-se do senso que reconhece a


necessidade de manter a higiene e uma postura
apropriada dentro do empreendimento,
diminuindo as probabilidades de seus
colaboradores adquirirem doenças no exercício
de suas funções.

5 SHITSUKE SENSO DE AUTODISCIPLINA Enfoca na necessidade da manutenção e


revisão dos padrões constantes, sem permitir
retornar às práticas antigas.

4.1.5 TREINAMENTO
Os objetivos ambientais traduzem-se em programas, sendo desta forma, planos de
ação para o alcance de metas. A realização desses passos esta ligada ao
estabelecimento de papéis e de responsabilidades, os quais estão ligadas a
programas de treinamento apropriados (PETRONI, 2001).

Será aplicado pela Engenheira Ambiental através de palestras, dinâmicas de grupos,


no auditório da empresa. A eficiência dos treinamentos será avaliada através de um
questionário (Anexo 1) no final de todo treinamento.

Tabela 6 – Matriz de treinamento.


ASPECTO PESSOAL
TREINAMENTO RECICLAGEM
AMBIENTAL ENVOLVIDO

Emissão de gases e Conscientização sobre os riscos,


vazamento de inspeção e manutenção,
Manuseio de veículos Semestral
combustíveis, óleos conscientização sobre regulamentações
e graxas. e práticas ambientais:

Abastecimento de
veículos, Conscientização dos riscos,
carregamento dos procedimentos de segurança no
Possibilidade de furos com explosivos e abastecimento de veículos, manuseio
Semestral
explosão desmonte das seguro de explosivos, procedimentos
bancadas com em caso de emergência e conformidade
detonação dos com regulamentações.
explosivos.
Conscientização sobre a importância da
reciclagem, identificação de materiais
Reciclagem dos recicláveis, classificação e separação
Todos os funcionários Semestral
materiais de resíduos, procedimentos de coleta
seletiva e comunicação e
conscientização interna.

20
Erosão,
Compreensão dos processos de seguro
movimentação de
Decapeamento, da e assoreamento, identificação dos sinais
terra e assoreamento
cobertura superficial e de direção e assoreamento, boas
de córregos, Semestral
deteoriação da práticas de conservação do solo e da
alteração de
cobertura vegetal água, implementação de políticas e
paisagem, flora e
práticas e monitoramento e avaliação.
fauna locais.
Conscientização dos riscos,
Geração de ruído e Perfuração das
regulamentos e normas de segurança e Semestral
poeira bancadas
medidas de controle de ruído.
Conscientização dos riscos,
regulamentos e normas de segurança,
identificação de perigos e avaliação de
riscos, uso adequado de equipamentos
Possibilidade de Todos os funcionários Semestral
de proteção individual (EPI),
acidentes
procedimentos de segurança de
trabalho e treinamento em primeiros
socorros e resposta a emergências.

Classificação dos resíduos, segregação


Resíduo adequada, manuseio seguro,
Ambulatório Semestral
ambulatorial armazenamento adequado, coleta e
transporte e legislação e regulamentos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No que concerne à mineração, a área deverá ser desativada caso haja o
esgotamento do solo. Ao final do prazo da licença ambiental o proprietário da área
deverá fazer a recuperação da área utilizando técnicas de recuperação. A
desativação da área deve ser realizada de forma que o terreno alterado volte a ser
útil para um determinado uso.

Portanto, as atividades de lavra devem apenas seguir o plano de lavra proposto no


laudo de controle ambiental sendo aprovado pela Secretaria Municipal de Meio
Ambiente, e tomar todos os cuidados especificados nos documentos acima
mencionados.

A exploração dos recursos minerais é de extrema importância para a humanidade e


pode ser conduzida de maneira sustentável sendo capaz de atender as demandas
sem risco de comprometer as necessidades futuras.

Conclui-se de forma sintetizada como serão realizadas as atividades dentro do


empreendimento, assumindo os devidos cuidados para com os possíveis danos que
venham a ser causados ao ambiente e/ou aos seus colaboradores, havendo sempre
estratégias dentro de seu Sistema de Gerenciamento Ambiental para prevenir,
solucionar e controlar.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALMEIDA, Ivo Torres. A poluição atmosférica por material particulado na


mineração a céu aberto. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Minas. São Paulo,
1999. 194 p.

DALMUTT KRUGER, Silvana; DAHMER, Elisete Pfitscher; FREITAS, Claudio Luiz,


PETRI, Sergio Murilo. Gestão ambiental em Instituição de Ensino Superior –
Uma análise da aderência de uma Instituição de Ensino Superior comunitária
aos objetivos da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). Revista
Gestão Universitária na América Latina-GUAL, v. 4, n. 3, 2011.

MESQUITA, Pedro Paulo Dias; CARVALHO, Pedro Sérgio Landim; OGANDO, Laura
Duarte. Desenvolvimento e Inovação em Mineração e Metais. BNDES Setorial 43,
p. 325-361, 2016.

PETRONl, Alberto. Developing a methodology for analysis of benefits and


shortcomings of ISSO 14001 registration: lessons from experience of a large
machinery manufacturer. Journal of Cleaner Production, n. 9, p. 351-364, 2001.

SOBRINHO, Ivan Santos; NETO, Antônio Iderval Sodré; FERREIRA, Cleiton Peña.
Plano de Gerenciamento Ambiental. Universidade Federal da Bahia – Campus
Anísio Teixeira. Vitória da Conquista – BA, maio de 2018.

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ANEXO 1

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