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Cara, então para gente começar nesse nosso primeiro mergulho,

agora um pouco mais profundo, dentro da filosofia, a gente vai analisar


como Platão pensava a sociedade.

Sem dúvida nenhuma, Platão é um dos nomes mais importantes da


filosofia. E ele se dedicava a diversos pensamentos. Ele se dedicava a
pensar a estética, se dedicava a pensar como os homens poderiam ser
felizes, se dedicava a pensar como a sociedade poderia ser melhor. E uma
parte que Platão se dedicou muito, colocou muito tempo pensando, foi,
exatamente, em descobrir sobre como os governos e as sociedades ideais
deveriam ser. Ele foi o primeiro pensador utópico do mundo. Né? Que
pensou num mundo que não existia aqui, dentro da Terra, do planeta
Terra, né? U topos - que está em lugar nenhum.

O mais engraçado é que na nossa cabeça, quando a gente começa a


pensar sobre Platão, já coloca ele direto lá em Atenas. Quando tu pensa
em Atenas, tu pensa nesse expoente da Grécia Antiga, essa grande cidade
principal, a gente acha (como a filosofia nasceu lá, né?) que era a cidade
mais importante da Era Clássica, mas não, cara. A cidade que inspirava
Atenas era a cidade –Estado de Esparta. Atenas queria ser Esparta. Olha
só, meu! E foi, exatamente, Esparta que inspirou Platão a pensar em como
melhorar a sociedade ateniense. Esparta, cara, era (a cidade—Estado)
praticamente uma máquina de criar grandes guerreiros. Tudo que os
espartanos faziam, como eles criavam seus filhos, como eles
administravam a sua economia, quem eles admiravam, até mesmo como
eles faziam sexo, o que eles comiam, tudo era feito com um único
objetivo: criar guerreiros mais fortes e melhores. E nisso, nesse ponto,
nesse trabalho, Esparta era extremamente bem-sucedida do ponto de
vista militar.

Só que essa, cara, não era a preocupação principal do Platão. O que


ele queria saber, realmente, era: como poderia uma sociedade melhorar a
sua produção, não de poder militar, mas de pessoas felizes. Platão é o
primeiro, de todos os filósofos, a falar em propósito. Mas ele não fala o
propósito do ponto de vista utópico, como todo mundo está na modinha
de falar de propósito. Ele fala, sim, da realização do propósito, do
cumprimento do propósito em alcançar seus objetivos. E ele chama isso

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de eudaimonia, esse verdadeiro demônio, esse espírito que toma conta de
nós ( que a gente vem falando nas nossas últimas aulas) que faz com que
nós nos sintamos cada vez mais criativos. Mais inteligentes! Mais
poderosos! Essa força que brota dentro de nós, que nos dá uma imensa
alegria, do pleno domínio do conhecimento, do pleno domínio do nosso
planeta, do pleno domínio das nossas circunstâncias. Platão já estudava
isso. Olha que coisa mais linda! Que coisa fenomenal! E Platão sonha com
uma cidade onde todas as pessoas são criadas para cumprir; são criadas
para completar; são criadas para alcançar, para satisfazer, exatamente, os
seus propósitos. Esse é o sonho do Platão nessa cidade ideal. No seu livro
A REPÚBLICA, o Platão cria essa própria cidade utópica, e o nome dela é
Calípolis (até é importante para vocês memorizarem, quando baterem um
papo com os amigos, né?). Calípolis é a cidade ideal do Platão. E lá, ele
identifica diversas mudanças que deveriam ser feitas na sociedade
ateniense. Porque a sociedade ateniense (olha só o que eu vou dizer para
vocês, presta atenção: como há dois mil e quinhentos anos, a gente tinha
a mesma realidade que a gente vive hoje), a sociedade ateniense era
muito mais focada nos ricos e nas celebridades. Mas Platão não se
impressionava com essas coisas. O que chamava a atenção do Platão, o
que chamava a real importância, era prestar atenção, exatamente, na
admiração que o povo dava àqueles ricos e àquelas celebridades. A
importância que o povo dava a uma elite vazia. Pois o grande problema,
segundo Platão, era que a elite, os então ricos e celebridades, eles
influenciam na nossa visão de mundo, eles influenciam nas nossas ideias;
eles influenciam nas nossas condutas.

Olha se não é, exatamente, o que existe até os dias de hoje. E pior


ainda, esses maus heróis, esses maus exemplos acabam glamoralizando as
falhas de caráter. As pessoas acabam batendo palma, para os
comportamentos desviantes. Dois mil e quatrocentos anos atrás, Platão já
falava disso, cara. Platão, portanto, ele queria apenas dar uma vida a
novas celebridades para serem colocadas no lugar das atuais. Olha a ideia
do Platão! Né? Porque aí é que está, meu.

Eu vou chamar uma outra ideia aqui, agora, de política brasileira.


Tem um cara chamado Raimundo Faoro e ele diz, exatamente, qual é a

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função da elite (cara, vou resumir aqui—porque eu sempre vou trazendo
outros conhecimentos juntos, né?); um deles é o seguinte: os políticos são
mandados pelas grandes corporações, pelos grandes empresários, pelos
donos do poder, pelos verdadeiros ricos. Então, qual é a função da elite?
Não é a elite que muda os políticos, os grandes votos estão na grande
população, na grande massa da nação, na grande massa da pátria. Mas
qual é a função da elite, então? A função da elite, cara, é servir como
exemplo para essa massa e é por isso que a elite deveria trabalhar com
retidão de caráter; trabalhar em proteger os valores; trabalhar e andar
abraçados na tradição. Essa é a função da elite.

E o que Platão queria (dois mil e quatrocentos anos atrás - não


canso de repetir para vocês) era fazer uma elite de pessoas sábias e boas.
Que ele chamava do quê? De guardiões, cara! Seriam os modelos para o
bom desenvolvimento de todos. E essas pessoas seriam reconhecidas,
exatamente, por suas contribuições ao serviço público; além disso, pela
sua modéstia, pelos seus hábitos simples, sua aversão aos holofotes e a
profunda e ampla experiência, a vivência . Lembra do que a gente estava
falando: do processo de conhecimento, né? A gente tem o aprendizado,
tem a experiência e depois o domínio. E o Platão queria essa profunda e
ampla experiência. E elas deveriam, até mesmo, ser as mais honradas e
mais admiradas pessoas na sociedade. É óbvio que a gente está falando de
uma sociedade ideal platônica, mas isso converge para o dia de hoje, ou
seja, o que ele queria é que a elite da sociedade fosse, realmente,
composta pelas melhores pessoas, por ótimos seres humanos e eles, sim,
deveriam decidir o melhor caminho para a sociedade, que o poder fosse
administrado pelos ótimos cidadãos.

Agora, adivinha como se fala melhores em grego? Aristói. E


adivinha como se fala poder em grego? Cratos. Aristói-Cratos, aristocracia,
o poder dos melhores. Isso quer dizer que Platão defendia o fim da
democracia em Atenas. Tu entende, cara? Olha o que o Platão está
querendo! Ele quer acabar com a democracia de Atenas. Porque aí é que
está, ele traz para nós (eu vou falar para vocês depois, ainda, da Alegoria
do Navio). O que ele nos diz? Não adianta a gente estar num barco, indo
para alguma distância, não adianta a gente colocar um filósofo para

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coordenar o barco, colocar um artesão para coordenar o barco. Quem
tem que coordenar o barco é o comandante, é o marinheiro. Alguém que
esteja com prática num comando de um navio, num comando de uma
embarcação. E esse mesmo pensamento deveria acontecer na sociedade.
A gente não pode deixar qualquer pessoa na grande administração. Ele só
percebia como poucas pessoas pensavam bem, antes de votar. Olha o
ponto principal dele, cara. Ele percebia que poucas pessoas pensavam
bem, antes de votar. E, portanto, esse seria o motivo de nós termos tantos
representantes ruins, tantos governantes ruins, tantos políticos ruins,
porque poucas pessoas se importam, poucas pessoas analisam os
candidatos.

Parece que a gente está falando das últimas eleições!! Mas, não...
Dois mil e quatrocentos anos atrás.

Cara, vamos deixar uma coisa clara: quando eu falo aqui para vocês
que o Platão não queria democracia, a gente tem que ter em mente que o
Platão não queria substituir a democracia por uma horrível ditadura. O
que ele queria, meu, na realidade, era prevenir as pessoas de votarem, até
elas começarem a pensar racionalmente, até que eles se tornassem
pessoas sábias, até que eles se tornassem verdadeiros filósofos. Porque,
do contrário, o governo seria apenas um tipo de mobilização popular. O
governo seria apenas um aglomerado de gente, sem um líder, sem alguém
que coordenasse essa caminhada. E o Platão se sentia sozinho nesse
mundo. E aí para ajudar nesse processo, o que Platão fez? Ele fundou uma
escola, chamada Academia (agente já conversou sobre isso), lá em Atenas.
E que durou, essa escola, uns bons trezentos anos. E lá, os alunos dele, os
discípulos dele, os pupilos dele aprendiam não apenas gramática,
matemática, mas também como serem bons, serem corretos, como serem
gentis. O seu objetivo principal, do próprio Platão, era que os políticos se
tornassem filósofos. O que ele dizia, cara, literalmente, é o seguinte:

“Que o mundo não vai dar certo até que os reis se tornem filósofos,
ou que os filósofos se tornem reis”.

E aí, ele vem com uma ideia maravilhosa, que é o conceito que eu
vou trazer para vocês. A ideia utópica de Platão para os governantes é

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essa figura do Rei—filósofo. Esse filósofo que chegaria ao posto de rei, ou
esse rei que caminharia no posto de filósofo. E esses seriam os
governantes hipotéticos, utópicos da Calípolis, da República, de Platão. E
como é que esses Reis—filósofos seriam formados? Cara, o Platão propõe
um modelo de educação que possibilite a todos igual acesso à educação.

Olha só, meu: a resposta da sociedade, que Platão está dando (


dois mil e quatrocentos anos atrás!), é a mesma que a gente dá hoje, a
gente precisa do povo mais educado, mais educado!... Faz dois mil e
quinhentos anos, estão falando a mesma coisa.

Então, o que o Platão diz? Que as pessoas têm que ter acesso à
educação independentemente da sua classe social; independentemente
da classe, do núcleo, do grupo social a que ela pertença desde o seu
nascimento. Quando ele diz como ele vai ensinar essas pessoas, ele deixa
muito claro. Na sua formação, as crianças iriam passando por um
processo de seleção, ao longo do qual seriam destinadas a uma das três
classes que formam a cidade. Assim como Platão dizia que nós tínhamos
três almas dentro de nós, ou seja, a alma desejante – que busca os seus
objetivos, a alma irascível – que tem essa violência, essa ira dentro de ti e
a alma racional – que tem essa parte intelectual, pensante. Ele também
enxergava que as pessoas tinham essa própria existência, essa própria
linha de existir. Então, ele dizia que os produtores seriam essa alma
desejante, os defensores seriam a alma irascível e os governantes seriam a
alma racional. Mas isso aqui nós vamos ver numa outra hora aí, com mais
propriedade, com mais tempo - quando a gente falar de política
propriamente dita. O que interessa é o seguinte: que os mais aptos
continuariam seus estudos até o ponto mais alto desse processo. E qual
seria o ponto mais alto desse processo? A filosofia em si. A fim de eles se
tornarem sábios e assim se habilitarem a administrar a cidade. Meus
amigos, esse sistema de ensino existe até hoje, na Alemanha, por
exemplo. As pessoas podem escolher o quanto mais eles avançam; eles
podem ficar num nível mais básico, ou ir adiante conforme for suas
propensões , as suas notas e a sua efetividade enquanto estudante. Então,
cara, olha só o que eu quero que vocês prestem atenção: Platão descreve
a educação de Reis-filósofos como sendo desde a educação primária até

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os dezoito anos. É a vida toda do cara estudando. Entendeu para o cara
ser o Rei-filósofo? E dentro da educação primária até os dezoito anos, tem
dois anos de intenso treinamento físico. E aqueles que se destacassem
excepcionalmente bem receberiam mais dez anos de rigorosa educação
matemática, ou seja, o cara vai até os vinte e oito anos, né? Por quê?
Porque o Platão acredita que as formas não podem ser, totalmente,
compreendidas a menos que a Matemática Sagrada, essa matemática do
campo das ideias, seja compreendida. E depois desse longo período,
estudando a parte funcional, a parte física e a parte matemática, depois
de passar pela etapa, o aluno estaria aprendendo a dialética por mais
cinco anos. E aí, depois de tudo isso, há uma fase final de quinze anos de
aprendizado colaborando no governo da pólis ( pólis é cidade em grego,
né?). Somente após essa ampla educação (olha o que a gente está
falando, cara: aprendizado, prática e domínio), somente após todo esse
processo, cara, é que os reis, finalmente, entenderiam a ideia do bem. E
essa concepção política de Platão é aristocrática. Por quê? Porque ela
supõe que exista uma massa de pessoas incapazes de dirigir a sociedade e
apenas uma pequena parcela de sábios que estariam aptos a exercer o
poder político.

Estamos falando aqui de formas de governo. A aristocracia é uma


forma de governo. Quem primeiro pensou e organizou as formas de
governo foi Aristóteles. A gente vai voltar a falar isso de política, vou só
falar aqui para vocês, porque muita gente aí pode ter preconceito: “Ah,
por que poucos vão fazer o domínio, o controle, vão governar a
sociedade?” “E o resto da população?” Então, eu vou explicar para vocês
as diferenças que existem. O Aristóteles divide as formas de governo em
puras e impuras, ou seja, as boas e ruins. As formas puras de governo, as
boas de governo, que são um governo para o bem geral, seriam iguais? A
monarquia – quando o governo é de uma só pessoa; a aristocracia -
quando o governos é de poucos, ou é o governo dos melhores; e a
democracia – quando o governo é de todos, o governo do povo. Já por
outro lado, para cada uma dessas formas de governo, existem formas
impuras de governo, ou seja, é um governo só para o bem individual, ou o
bem de um grupo. Em oposição à monarquia, existe a tirania, que é o
governo de um só para o seu interesse, ou do seu grupo familiar. Em

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oposição à aristocracia - que é o governo, o poder dos melhores --
agente tem a oligarquia, que é o governo de poucos para o seu interesse,
ou interesse do seu grupo social. E aí em oposição à democracia, a gente
teria a politeia, ou seja, o governo exercido pela maioria para oprimir a
minoria. Dentro da Ciência Política, muita gente pensa sobre isso, o
Pareto dizia: “A democracia é a ditadura da maioria”. Muita gente
questiona isso aí. Então, eu estou trazendo para vocês como o Platão
pensava para vocês verem visões de mundo. Já que esses caras, grandes
pensadores, que a gente admira tanto, a gente consegue ver o que tem na
sua capacidade cognitiva de chegar a uma conclusão dessas. Vamos deixar
sempre vários conhecimentos na nossa cabeça para que a gente possa
discernir qual é nosso melhor caminho, que a gente possa, assim,
construir cada vez com mais performance, com melhor resultado, com
mais discernimento, ou a própria construção do nosso próprio barco.

Então, assim sendo, cara, a aristocracia é uma forma de governo


em que o poder é exercido pelos melhores, e que na proposta do Platão o
que isso significa? É que seria uma elite que se distinguiria pelo saber.
Cara, veja bem, presta atenção comigo: Aristocracia de Platão não está
baseada no poder econômico, não está baseada no poder da fama, não
está baseada no tráfico de influência, né? Está baseada, sim, nessa
aristocracia do espírito. É isso que realmente interessa. Platão escreveu,
cara, trinta e seis diálogos. E um dos mais importantes, uma alegoria mais
importante é, exatamente, O Mito da Caverna: o que essa alegoria nos
conta?

Os homens estavam no profundo de uma caverna, né? Vendo


apenas as sombras passarem. Entrava luz pela boca da caverna e ali
passava o cavalinho, tinha uma árvore, passava um pássaro, passava os
humanos. E os homens, que estavam lá presos no fundo da caverna, não
viam a boca da caverna. Viam apenas as sombras que passavam na sua
frente. E eles tinham aquelas sombras por verdade. Até que um ser
humano, um deles que estava preso, consegue se libertar. Ele vai
escalando como a luz (nós já conversamos essa história, né?), e quando
ele sai lá fora, a luz do conhecimento ofusca ele, mas ele enxerga que
existe um cavalinho, que existe um pássaro, que tem uma arvorezinha,

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que tem pessoas na rua. E ele se contempla com tudo aquilo e fica
abismado, fica maravilhado, adora tudo. Tem esse profundo clarão do
conhecimento, uma clarividência, uma claridade, um entendimento
dominante total. E aí quando ele enxerga isso, ele desce lá para salvar
aquelas pessoas, que estão lá no fundo, para dizer para eles: “Vamos
voltar”. “É lá em cima que está a realidade”. “É lá que está o caminho”. “É
lá que está o saber”. E esses homens lá embaixo diziam: “Você está
errado”. “Você não sabe nada”. “A verdade é esse muro de sombras que a
gente enxerga”. (Que eles não sabiam que era um mundo de sombras).
Eles acabam matando esse cara que vai lá para fora.

Então, o que o Platão queria é que esses homens que têm a


capacidade de enxergar o conhecimento e têm dentro de si essa vontade
de ajudar os outros (porque nasce, está pronto dentro do homem,
segundo Platão) esses deveriam ser os governantes da sociedade. Isso
significa, cara, por essa história que eu conto para vocês, que Platão não
acreditava na democracia. E a justificativa para essa sua posição pode ser
encontrada, exatamente, na historinha que eu contei para vocês. Para o
Platão, o filósofo é aquele que saindo desse mundo das trevas, do mundo
da ilusão, ele alcança a verdade. E a verdade para Platão (nós vamos falar
depois, também, isso aí) está nesse mundo das ideias. Ele conhece o saber
e ele volta para falar para as pessoas que não têm esse conhecimento do
saber. No entanto, quando ele volta para dirigir os seus companheiros,
que não alcançaram esse ponto, ele sofre, ele morre. E foi por isso que
Platão criou a ideia do Rei-filósofo. Que é aquela pessoa, que pela
contemplação das ideias, conheceu a essência da justiça. E aí sim, quando
ele conhece a essência da justiça, a essência do bem, a essência do dever,
do porvir, aí ele deve governar a cidade. E aí eu te pergunto: Quem seria
esse Rei-filósofo? Cara, o Rei-filósofo, segundo Platão, é o governante
inteligente e confiável, que ama o conhecimento e aceita viver uma vida
simples. E Platão é muito claro e direto ao dizer que a sociedade perfeita,
né, como essa utópica Calípolis seria impossível enquanto não forem, ou
os filósofos reis nas cidades, ou os que agora se chamam reis soberanos,
filósofos genuínos e capazes. É o que ele diz: ou os filósofos têm que ser
rei, ou os reis têm que ser filósofos. Platão é ainda, cara, mais específico.
Para ele, ninguém é filósofo apenas por ter lido muitos livros ou estudado

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bastante. O Platão define um filósofo (isso é bom que vocês tenham em
mente – para saber o que é um filósofo), primeiramente, como um
amante da sabedoria. Então, ele distingue quem ama o verdadeiro
conhecimento em contraposição à mera experiência ou educação. Né? Ele
diz que o filósofo é a única pessoa que consegue ter acesso às ideias, ou
seja, para Platão, quem tem apenas conhecimento, seja ele angariado pela
Prudência, ou pela Sapiência – como dizia o Aristóteles, ou quem é
erudito, intelectual, mas não tem nenhuma ideia nova, não pensa nada
diferente, esse cara não consegue concatenar as ideias e muito menos
diferentes conceitos; sendo assim, ele não seria um filósofo. E aí, com o
objetivo de defender a ideia de que os filósofos são os melhores
governantes, ele apresenta a Alegoria do Navio. É aquilo que eu estava
falando para vocês lá, no ensino. O que diz o Platão para nós? O
verdadeiro piloto precisa se preocupar com o ano, com as estações do
ano, com o céu, com os astros, com os ventos e com tudo aquilo que diz
respeito a sua arte de navegar, se ele quer de fato ser o comandante do
navio.

E é por isso que eu trago para vocês – o quê? Os diversos


conhecimentos. Tudo que a gente esta falando aqui – pode ver que dessa
mesma conversa eu trago filosofia, trago arte, trago história, trago política
brasileira, tudo junto.

Porque isso aqui: é conhecer as estações do ano, é conhecer os


astros, é conhecer os ventos. Cada novo conhecimento faz tu ser um cara
hábil, a ser o comandante do teu navio. Tu não vai colocar um filósofo
para ser o comandante do navio, tu não vai colocar ,um artesão para ser o
comandante do navio, tu vai botar um comandante.

E tu tem que ser esse comandante.

E para ser esse comandante, tu tem que adquirir esses


conhecimentos e a prática da navegação. Que é o que tu está fazendo na
tua vida, aqui no Corações e Almas, né, cara?

E aí eu te pergunto, então: Já existiu um Rei-filósofo? Já existiu esse


homem sábio, culto? Com ideias próprias e que levava o bem comum
acima de tudo, acima da própria vida? Meu amigo, a resposta é já!

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E o nome dele era Marco Aurélio, imperador de Roma. Deixa eu
pegar aqui para vocês...Cara, eu tenho aqui, eu comentei para vocês nos
stories, aí, sobre as Meditações, do Marco Aurélio. Meu, eu não tenho ele
em livro, eu só tenho ele no meu kindle aqui no iPad, se vocês cruzarem
com esse livro diante de vocês, deixa ele para ser teu livro de cabeceira;
são diversos ensinamentos. Diversos ensinamentos! E agora, o que eu vou
fazer com vocês é contar, apresentar para vocês a vida do Marco Aurélio.
O porquê que esse cara se transformou nesse ideal do imperador, do Rei-
filósofo e o que levou ele na sua prática de vida. Cara, o Marco Aurélio
transformou a realidade em realidade o sonho que era do Platão. Marco
Aurélio nasceu em 121 d. C. e morreu em 180 d.C. Ele morreu com 59
anos. Morreu cedo pra caralho (desculpa os termos, aqui). Mas o que
interessa, cara, é que ele teve uma vida plena. Plena! E aí eu repito o que
Platão dizia para nós: “Se terá um bom governo quando os filósofos, ou
seja, aqueles que têm amor à verdade, chegarem a ser reis; ou os reis se
transformarem em bons filósofos”. E o Marco Aurélio, cara (como eu falei
para vocês na nossa última aula, né?), ele era um estoico, devotado à
simplicidade. O Marco Aurélio, meu, desde criança, ele foi ensinado,
educado a jejuar, a dispensar os luxos, alimentar-se apenas com o que era
estritamente necessário, a ler, estudar, a deitar-se sem colchão, a meditar,
a conter todos os baixos instintos. E uma coisa clara, meu, na vida do
Marco Aurélio, que vale a pena a gente comentar – cara quando o Marco
Aurélio morreu, em 27 de março de 180 d.C., ali é o declínio do Império
Romano. É o dia da morte dele.

Quando tu chega em Roma, meu amigo, que tu está de frente para


o Mausoléu do Vitorio Emanuele, o cara fez a unificação do Estado
italiano, quando sobe à direita, cara, no Capitólio, tem uma escadaria
(meu, vai lá, quem já foi em Roma vai se lembrar disso aqui); quando tu
subiu o Capitólio, cara, e tu chega ali em cima... A coisa mais linda do
mundo! Até aconselho a vocês irem à noite, que não tem ninguém. De
manhã é aquele monte de turista, de noite não tem ninguém. Quando tu
sobe (e lá em cima) a estátua principal, que está ali sobre a Rosa dos
Ventos, o topo de Roma, é o Marco Aurélio, cara. Não é à toa que ele está
lá diante de nós. Depois, até aconselho vocês a darem uma saída pela
lateral esquerda, vai estar uma versão da loba, né? Do Rômulo e do Remo.

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E aí, meu, tu vai descer em direção ao Fórum Romano, até o final
Parthenon (coisa mais linda do mundo) na tua esquerdinha, quando tu
desce a primeira escada, é o Cártile Marmentinum, onde ficaram presos
Pedro e Paulo, os apóstolos. Depois tu vai caminhando por dentro de
Roma até chegar no Coliseu. Coisa mais linda do mundo, cara! Coloca esse
passeio noturno na tua vida, quando tu estiver por Roma, aí. Quem já
assistiu aos nossos stories, já viu a gente fazendo esse grande passeio por
lá.

Então, cara, o Marco Aurélio, ele é de uma estirpe de grandes


imperadores. A gente tem os cinco grandes imperadores, né? Começa
com Adriano, depois vai o Antonino Pio - que é o tio dele – vai o Marco
Aurélio e depois vem o filho dele, o Cômodo. Mas olha o problema que a
gente teve, cara. Quando o Marco Aurélio é nomeado Imperador, ele tem
dezessete anos. E aí, o tio dele, o Antonino faz o quê? Ele nomeia dois
caras: ele e o Lúcio Vero. Como Roma – imagina, cara, tu está falando do
maior Império da Humanidade. Imagina: um cara com dezessete anos ser
o chefe de todo Império da Humanidade, né? E Roma vinha sendo atacada
lá na Pérsia – na Ásia Menor, e Lúcio Vero foi mandado para lá. E Roma
vinha sendo atacada no Norte, e Marco Aurélio foi mandado para atacar
os povos germanos, as hordas germanas, as Invasões Bárbaras. E aí o
Marco Aurélio (umas coisas engraçadas da sua vida, né?). Ele casou, com
uma moça chamada Faustina, e teve treze filhos, cara. Treze filhos! E uma
das filhas dele (olha que cara inteligente), uma das filhas dele ele fez casar
com o Lúcio Vero, né? Por quê? Para o cara ficar lá e não brigar, e ter uma
aliança política. Olha que cara inteligente! Uma coisa era importante, que
a gente vê na história romana (como vocês sabem, o próprio Júlio César,
né?), os chefes militares eram tenentes. O que significa ser tenente? Eles
teniam, eles possuíam, o poder do imperador, aonde eles estivessem. E
como Júlio César já tinha dado um golpe na República, já tinha voltado e
tomado o poder para ele, esses imperadores tinham grande medo disso se
repetir. E é por isso que ele conseguiu, deixou a filha dele para casar com
o Lúcio Vero, e evitar que o Lúcio Vero tomasse e vencesse a guerra e
pudesse voltar com esse poder imperial para Roma. Então, olha a vida do
cara! Olha a vida do Marco Aurélio, com dezessete anos ele já era
imperador de Roma.

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E uma coisa que eu não falei para vocês, aqui, é o seguinte: Os
imperadores, até então, o que eles faziam? Quando eles queriam um
sucessor? Eles não pegavam os seus filhos. Eles adotavam essas pessoas
que eles enxergavam potencialidade de ser um bom gestor, ser um bom
imperador. Eles adotavam e aí passava o poder para eles, mas não por
consanguinidade.

E o Marco Aurélio estala lá no norte, lutando contra as Invasões


Bárbaras, que estavam invadindo a Gália, os germanos que estavam
invadindo a Gália, lutando contra o pessoal em Vindobona, que era a atual
Viena, na Áustria. Ele dentro dessa luta, cara, ele passava o dia
administrando esse exército, administrando a República e continuava
escrevendo. Chegava na sua tenda, à noite, escrevia seus principais
pensamentos, suas principais ideias, o que foi que ele aprendeu. Tudo no
ponto de vista como encontrar melhor saída, melhor resultado, para o
seu povo, para a sua pátria. E mesmo assim vencendo as batalhas. Olha
que símbolo máximo do Rei-filósofo! Esse cara viveu (seiscentos anos
depois do Platão escrever), mas ele viveu essa ideia desse conceito
próprio platônico.

O único porém, cara, que aconteceu com a morte dele, ele morre
nessa batalha em Viena, e aí ele é cremado lá, e seus restos mortais
voltam para Roma, e ele está junto com o Adriano, os dois estão
enterrados no Castel Sant’Angelo, só para avisar para vocês. Mas tu sabe,
cara, qual foi o grande problema do Marco Aurélio, meu? É que ele passou
para ser imperador o seu próprio filho, né? Consanguíneo, filho real dele,
que era o Cômodo. E o Cômodo era um cara, extremamente, egocêntrico,
né? É que com a morte dele, o Cômodo não foi preparado para isso. E aí,
meu, ali começa o declínio do Império Romano. E é por isso que a gente
fala do cômodo, esse cara que é um poltrão, que está sempre embaixo das
cobertas, quentinho, né? O cômodo; está tudo muito cômodo, vem do
nome do filho do Marco Aurélio. Que é o cara, por não agir, por estar
recheado de positividade, deixa de tomar as funções que eram necessárias
ao imperador e assim ele perde todo o Império Romano. É muito
importante a gente atentar, prestar atenção que toda a vida do Marco
Aurélio, como governante, foi calcada por decisões que levassem em

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consideração as razões da Nação. E ele foi um líder que é lembrado até os
dias de hoje. Por quê? Pelo seu pulso firme, porém sempre tentando,
sempre tentando responder ao mal com o bem. E foi isso que ele nos
ensinou. Cara, são centenas de passagens. Eu selecionei algumas para
dizer para vocês. Algumas delas tu sabe de cabeça já, né? Por exemplo,
tem uma frase muito boa que ele diz o seguinte:

“A benevolência é a qualidade com que se deve tratar os


delinquentes”. “O melhor processo de nos vingarmos dos maus é não
sermos como eles”.

Olha que legal, cara! A melhor vingança contra os maus é nós não
sermos como eles. E aí ele nos ensina ainda: Por que ele pensava na
sociedade, né? Em querer ajudar? Ser esse bom imperador? Porque para
ele, cara, a humanidade toda é unida por um parentesco que não é de
sangue, nem de nascença, mas ela comunga da mesma fonte de
inteligência suprema. Da mesma essência! A gente vem da mesma raiz! O
respeito que ele emanava inspirava todos que com ele conviviam. E
quando ele era perguntado, o que as pessoas deveriam fazer para serem
iguais a ele; o que era necessário para ser igual ao Marco Aurélio? Sabe o
que ele dizia, meu? Ele dizia o seguinte:

“Acautela-te, não te distingas por luxos ou excessos. Conserva-te


simples, bom, puro, austero, inimigo do fausto, amigo da justiça, religioso,
humilde, benévolo, humano, firme na prática dos deveres e sempre vela
pela saúde e pela conservação dos homens”.

Bah!!... Bah!!... Que baita resumo da ópera, cara!

É no seu livro Meditações, esse que estou lendo para vocês – que eu
sempre aconselho vocês lerem, como eu já falei também até como livro
de cabeceira, já que tu quer aprender mais sobre o estoicismo, e essas
grandes práticas de um líder, desse Rei-filósofo, ali tem o resumo dos
pensamentos que giravam fecundamente na cabeça desse imperador.
Cara, eu digo para vocês o seguinte: cada leitura dele é uma pérola.
Pérola! Pérola! Porque tu imagina o seguinte, meu: o cara é o líder
supremo, o rei absoluto do maior império que já existiu. O homem mais
poderoso que a história tem notícia até hoje. Ele combatia nas frentes no

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norte da Europa, coordenava as legiões e todas as ações militares dentro
de Roma e definia o futuro da Pátria romana. E à noite, ele sentava, papel
e caneta e anotava tudo o que ele tinha aprendido de bom naquele dia.
Ficava refletindo e raciocinando como poderia ter uma vida maior, como
poderia governar melhor seu povo, como poderia ampliar o poder do seu
império. Olha as pérolas que ele escrevia, cara. Vou ler para vocês uma
outra que é genial:

“Sejas de igual modéstia em todas as situações. Teu rosto espelhe


santidade, serenidade, extrema doçura, desprezo pelas glórias vãs. Não
escute delatores, procura compreender o sentido profundo dos
acontecimentos, não trabalhes para o teu proveito, mas de toda raça
humana. Nela tu deverás pensar”.

Bah!... Bah!...Bah!... Vamos para outra:

“Fiques atento. Não te precipites. Examines, compreendas e, então,


age”.

Olha o que ele diz para nós, cara: Observa, aprende, entende o
processo – age!

“Contente-te com pouco na habitação, na cama, no vestuário, na


mesa e nos serviços de criadagem. Sejas laborioso, paciente, sóbrio para
enfrentar as tarefas que te cabem, tanto as mais singelas, como as mais
grandiosas”.

Enfrenta teus medos, enfrenta a negatividade. Cara! Isso é ser o Rei-


filósofo, fiel à verdade, duro consigo mesmo, condescendente com os
outros. Olha o que ele diz: Pensa na humanidade, não pensa em ti. Eu vou
ler mais uma dele:

“O único fruto da vida terrestre é conservar a alma com disposição e


praticar ações úteis à sociedade”.

Até hoje, na história da humanidade, não existiu um outro Rei-


filósofo.

Baita aula, né, cara? Baita assunto, cara. Olha essa vida; olha a
existência desse cara. A gente está passando lá do Platão, expliquei para

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vocês o conceito de Rei-filósofo, agora a gente chega na vida do Marco
Aurélio. Vou trazer para vocês aqui, para fechamento, uma última citação
do Marco Aurélio. Olha que coisa linda! Olha se não serve para cada um
de nós, olha se não é uma verdadeira pílula vermelha:

“Ao amanhecer, quando de má vontade e de forma preguiçosa te


despertas, recorra a este pensamento: Desperto para cumprir uma tarefa
própria de um homem. Irei, pois, continuar insatisfeito, se me encaminho
para fazer aquela tarefa que justifica a minha existência e para o qual
nasci? Ou, por acaso, nasci para me esquentar, reclinado entre pequenos
cobertores?”

Bah!... Eu nasci para a passividade, ou eu nasci para a atividade?


Marco Aurélio tem umas passagens fenomenais, cara. Uma outra delas:

“Não perca tempo discutindo sobre o que um homem bom deve


fazer. Seja esse homem bom”.

Seja esse homem bom, toma para ti a prática da vida. Não fiquem
só nesse mundo da conversa, vá para o teu dia a dia. Essa são as
aplicações do estoicismo. Aceita que tu vai morrer. Lembre-se que vai
morrer – Memento mori. Amor fati – encare o destino. Tenha em cada
vicissitude uma oportunidade de crescimento. Se nós nos inspirássemos
em Marco Aurélio, esse mundo todo seria diferente. Se nós nos
inspirássemos em Marco Aurélio, o mundo seria cada vez melhor, com
vidas mais pujantes, com respeito.

Olha a importância de nós termos verdadeiros líderes. Olha a


importância de nós termos verdadeiros representantes. Olha a
importância dessa aula de hoje. O que a gente viu? Platão nos ensina
sobre a formação da sociedade, como se dá essa ideia, como ela deveria
ser formada, como ela deveria ser governada. Quem devem ser essas
pessoas? Como elas devem ser construídas? Qual é o processo
educacional? Aprendizado e muita prática anos e anos. Até chegar na
Alegoria do Navio. Essa pessoa que tem dentro de si todos os
conhecimentos. Que ao construir o seu navio, sabe para onde quer rumar,
entende das estações do ano, entende dos ventos, do tempo, das estrelas,
das ondas, das marés. É isso que eu quero que tenha dentro de ti.

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Na aula de hoje, a gente viu o quê? Como é importante tu construir
o teu barco, mas começar a enxergar aonde tu quer ir. Qual é o teu
destino. A gente viu hoje, então, o conceito de Rei-filósofo; a gente
começou a mergulhar mais profundo na filosofia, nessa visão de Platão do
mundo. Como essa ideia dele de fato já foi alcançada. E quiçá a gente
consiga repeti-la, no futuro.

Na nossa próxima aula, nós vamos pular dois mil anos e vamos
chegar até o século XIX, para ver que o próprio Nietzsche tinha uma visão
quase igual a do Platão. Um pouco mais polêmica, mas quase igual a do
Platão, pensando quem seria esse super-humano, esse ubermensch. E se
existe alguém que seria capaz de chegar perto dessa ideia do humano
capaz de alcançar a exposição, alcançar o máximo, alcançar a glória. A
existência plena. É isso que a gente quer procurar, cada vez mais nos
enchermos de alegria, de saber, de poesia e de virtude. É por isso que a
gente está fazendo aqui esse Corações e Almas.

Muito obrigado, para vocês que assistiram à aula de hoje! E a


próxima se preparem, vamos falar sobre o conceito filosófico ubermensch
e saber quem é esse pensador que o Nietzsche enxergava como sendo o
ideal do ser humano.

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