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White Belt

Paulo Damiani
Bem vindos !
“O mistério gera curiosidade e a
curiosidade é a base do desejo
humano para compreender”.
Niel Armstrong (1930 – 2012)
1  Sumário
1. PDCA: Modelo Mental
2. Mudança = Melhoria?
3. Trilogia de Juran

4. Os fundamentos do Lean

5. 5Sensos

6. Gestão à Vista
7. Kanban
8. Setup Rápido (SMED)

9. Trabalho Padronizado
10. TPM
11. Kaizen
12. Relatório A3
13. Os Fundamentos do 6 Sigma
14. O roteiro DMAIC
15. Contrato de Projeto
16. Níveis Belt
Vamos em frente !
PDCA
1  PDCA: Sumário

1. Ferramenta, Técnicas e Filosofia

2. Método Científico de como Aprendemos

3. Inteligência Artificial

4. Controle Econômico da Qualidade

5. Dias de Terror

6. Capacitando os futuros Mestres

7. Método Científico de Aprendizagem


aplicado à Gestão
1 – Ferramentas
Técnicas
Filosofia

Fundamentos
1  Ferramentas

Apagador
Objeto usado para o professor apagar
o que escreveu na lousa com o giz.

Giz
Objeto usado pelo professor para
escrever na lousa.

Ferramentas tem
uma função
Lousa
Espaço usado para o professor escrever e
expondo seu conhecimento aos alunos.
específica.
1  Técnicas ou Métodos

Técnica de Ensino Tradicionais Técnicas de Ensino Contemporâneos

Conceito: comportamento mais “passivo” do aluno e mais Conceito: o aluno é um ser em desenvolvimento, que tem
“ativo” do professor. suas experiências e outros acessos à informação e ao
conhecimento, além do professor (ex.: internet, redes
As responsabilidades eram: sociais, identificação por estilos e tendências, etc) .
• Professor transmite o conhecimento;
• Aluno recebe o conhecimento. Nesse sentido, a dinâmica pode considerar:
• Centros de interesse;
Nesse sentido, a dinâmica era: • Método de solução de conflitos e problemas;
• Aula expositiva; • Trabalho em grupo;
• Perguntas e respostas. • Estudo dirigido;
• etc
1  Filosofia
Comida Viva
“Tudo o que somos é resultado do
que pensamos”.
Pensamento Budista.

“Quando submetemos um alimento a uma temperatura


“Todo lugar é aqui e todo momento é agora” – maior que 43°C perdemos grande parte dos nutrientes.
Costumamos pensar apenas no passado ou estar Segundo o Instituto Max Planck (organização alemã de
excessivamente preocupados com o futuro. Isso pesquisa científica), o cozinhar a comida perdemos 50%
nos impede de viver o momento e faz com que das proteínas presentes, 70 a 90% das vitaminas e sais
nossas vidas passem sem que tenhamos minerais e até 100% dos fito nutrientes, além de
consciência”. enzimas fundamentais para a boa digestão”.
1  Fundamentos
Modelo Mental

Filosofias
Execução Visão Sistêmica

Ferramentas Técnicas
1  O que é o que é?

1. O que é o que é ... Recurso eletrônico, usado para fazer o registro da produção hora-a-hora?
Resposta: Planilha de apontamento da produção.

( ) Técnica;
( ) Ferramenta.

2. O que é o que é ... “Primeiro que Entra”é o “primeiro que Sai”?


Resposta: PEPS (ou FIFO).

( ) Técnica;
( ) Ferramenta.
1  O que é o que é?

3. O que é o que é ... Usado para verificar se tudo que foi planejado está sendo executado?
Resposta: Check-List.

( ) Técnica;
( ) Ferramenta.

4. O que é o que é ... Gestão realizada de modo exposto, padronizado e que todos vejam?
Resposta: Gestão à Vista.

( ) Técnica;
( ) Ferramenta.
1  O que é o que é?

5. O que é o que é ... Base do modelo mental de melhoria contínua, é método que nos impulsiona sempre a
planejar, executar, verificar e agir?
Resposta: PDCA.

( ) Filosofia;
( ) Ferramenta.
2 – Método
Científico de como
Aprendemos

Fundamentos
2  Método Científico

• Maior expoente do chamado racionalismo clássico -


“Penso, logo existo” movimento que deu ao mundo filósofos tão brilhantes
como Francis Bacon, Blaise Pascal, Thomas Hobbes,
René Descartes (1596 – 1650)
Baruch Spinoza, John Locke e Isaac Newton.
• No "Discurso sobre o Método para Bem Conduzir a
Razão a Buscar a Verdade Através da Ciência",
publicado em 1637, rompeu com a tradição aristotélica e
com o pensamento escolástico, que dominou a filosofia
no período medieval.
• Os três apêndices desta obra foram:
 "A Dióptrica“, um trabalho sobre ótica;
 "Os Meteoros“, sobre meteorologia;
 "A Geometria“. onde introduz o sistema de
coordenadas que ficaria conhecido como
"cartesianas", em sua homenagem.
2  Método Científico

• Conscientizar-se de um problema;
1 – Propor e Definir o Problema • Torná-lo significativo e delimitá-lo;
• Formulá-lo, se possível, em forma de pergunta.

• Analisar os dados disponíveis;


2 – Elaborar uma Hipótese • Formular a hipótese, tendo consciência de sua natureza provisória;
• Prever suas implicações lógicas.

• Define as condições do experimento que devem estar sob controle;


3 – Executar o Experimento • Define os níveis dos fatores e elabora o padrão para executar o experimento;
• Treina os envolvidos e executa o experimento.

• Decidir sobre novos dados necessários;


4 – Verificar a Hipótese • Organizar a lógica da coleta dos dados em uma folha de verificação e coletá-los;
• Analisar e interpretar os dados em relação à hipótese.

• Invalidar, confirmar, modificar ou modificar a hipótese;


5 – Concluir • Traçar um esquema de explicação significativo;
• Quando possível, generalizar a conclusão.

Fonte: Laville, Christian & Dionne, Jean. A construção do saber. Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas, Belo Horizonte, Artmed/UFMG, 1999, página 47. Inspirado em Barry
Beyer, Teaching in Social Studies, Ohio, Columbus: Charles E. Merrill, 1979, página 43.
2  1925: Entender como o Ser Humano aprende, através do Método Científico

Walter Shewhart (1891


– 1967)
2  Pai da Qualidade

• CEP – Controle Estatístico do Processo;


• PDCA (Plan – Do – Check – Act;

Publicado em 1931 Publicado em 1939

Walter Shewhart (1891


– 1967)
2  Método Científico

3 3’
Linha dos Fatos
Método Científico:
1: Cria Hipótese 2’
2: Experimenta 2 4 4’
3: Estuda Resultados
4: Aprende Linha da Hipóteses
5’ 1”
5 1’
1
2° Experiência
1° Experiência

Walter Shewhart (1891


– 1967)
2  Modelo de Aprendizagem Humano.

Uma Mãe pede ao seu filho Planejar


que experimente brócolis. O
que acontece dentro do cérebro Vamos comer?
Filho cria uma hipótese:
do menino? H0: Não vou gostar
H1: Vou gostar.
Inicia novo ciclo
com outro tema.
Executar
Aprende
Padroniza Estou
comendo
Não gostei Gostei!

Verificar
É gostoso?
2  O que está dentro da caixa?

1° Escolher um 2° Fechar a caixa. 3° Adivinhar o que


objeto e colocar está dentro da caixa
dentro da caixa. 21 tentativas em 5
minutos.
3 – Inteligência
Artificial

Modelo de Aprendizagem
num contexto atual
3  Método Cognitivo Avançado de Inteligência Artificial.

O conhecimento no Mundo dobra a cada ano. As informações estão desorganizadas em


fontes diversas, como literatura, pesquisas, artigos, posts em redes sociais. Portanto, é
preciso encontrar outras maneiras de processar esses dados e informações.
3  Inteligência Artificial.

Tecnologia avançada
Robôs poderosos
Máquinas que pensam sozinhas
Gadgets e Naves do futuro
3  Inteligência Artificial.

Tradicionalmente, os computadores funcionam com base em regras e são programados


para fornecerem respostas matematicamente corretas.

1+1=2
3  Inteligência Artificial.

Pois um desses avanços já está entre nós, e funcionando a pleno vapor.


O Watson, da IBM, é uma plataforma de computação cognitiva que, assim como
nós, humanos, tem a capacidade de aprender.
Fonte: https://www.uol/noticias/conteudo-publicitario/ibm-watson-como-funciona.htm#lista-2
3  Método Cognitivo Avançado de Inteligência Artificial.

Pensado para ser capaz de ingerir e apreender informações produzidas por humanos para
que outros humanos consumam, o Watson é uma plataforma que compreende a nossa
linguagem natural, carregada de contextos, referências ambíguas, noções implícitas e
outros aspectos de cultura.
3  Método Cognitivo Avançado de Inteligência Artificial.

Quando procuramos entender algo e resolver problemas, nós


humanos percorremos quatro passos básicos:
Primeiro passo:
Observar evidências e fenômenos visíveis.

Segundo passo:
Buscar em nosso repertório o que já conhecemos para interpretar o que estamos vendo naquele
momento. Com isso, geramos uma hipótese sobre o que aquilo significa.

Terceiro passo:
Depois, avaliamos sucessivamente as hipóteses que criamos. Estão
certas ou erradas?

Quarto passo:
Por fim, mesmo sem 100% de certeza, tomamos decisões. Escolhemos a resposta que
nos parece melhor, e agimos de acordo com ela.
3  É possível a formiga suspender um elefante?

Uma das soluções possíveis é ...

Muita força

Muita força

Muitíssima força

D d
1. Observa;
2. Gera uma hipótese;
3. Avaliamos (testamos) as hipóteses;
4. Agimos (aplicamos a melhor).
4 – Controle
Econômico da
Qualidade

Aplicando na produção o Método


Científico de Aprendizagem
4  Controle Econômico da Qualidade

“Falando de forma abrangente, o objetivo da indústria é


encontrar formas e meios econômicos para satisfazer as
necessidades humanas, e em fazendo isso, reduzir ao
máximo as rotinas, exigindo o mínimo esforço humano”.

Men
Ser Humano

Manage Methods
Gestão Métodos

6Ms
Metrics Machines
Indicadores Máquinas

Materials
Materiais

Walter Shewhart (1891


Fonte: Shewhart, Walter A., “Economic Quality Control”, New York, 250 Fourth Avenue, D.
Van Nostrand Company, Inc., 1931, página vii do Prefácio. – 1967)
4  Controle Econômico da Qualidade

“Através do uso do Método Científico e considerando-se os


conceitos da moderna estatística, verificou-se a possibilidade
de se estabelecer limites aos quais as rotinas devem atender,
se se desejar produzir de modo econômico”.

Variação devido a Causas Comuns.

Walter Shewhart (1891


Fonte: Shewhart, Walter A., “Economic Quality Control”, New York, 250 Fourth Avenue, D.
Van Nostrand Company, Inc., 1931, página vii do Prefácio. – 1967)
4  Controle Econômico da Qualidade

“Desvios nos resultados de um processo da rotina fora dos


limites estabelecidos indica que essa rotina teve uma ruptura,
e portanto, não é mais econômico, até que as causas do
problema sejam eliminadas”.

Walter Shewhart (1891


Fonte: Shewhart, Walter A., “Economic Quality Control”, New York, 250 Fourth Avenue, D.
Van Nostrand Company, Inc., 1931, página vii do Prefácio. – 1967)
4  Modelo Científico de Produção:

1 2 3
Método
Científico
Hipótese Experimento Testar Hipótese
Frederick W. Taylor (1856 –
1915), considerado pai da
Administração Científica.
Modelo 1 2 3 OBS.: Taylor também
Científico de recomendava esse
Produção Projetar Produzir Inspecionar modelo.

1 2 3
PDC
Plan Do Check

Walter Shewhart (1891


Fonte: Pyzdek, Thomas, “The Six Sigma Handbook – A complete guide for Green Belts, Black
Belts & Managers at all levels”, McGraw-Hill, 2001, chapter 1, pages 8 to 18. – 1967)
4 Modelo Científico de Produção:

Para C I Lewis, toda“boa lógica” é circular, pois


conhecimento é algo dinâmico.

Projetar Plan
> >
1 1

>

>
3 2 3 2
>

>
Inspecionar Produzir Check Do

Clarence Irving Lewis (1883 – 1964)


Filósofo acadêmico norte-americano e
fundador do  pragmatismo.

O New York Times homenageou-o como "uma


das maiores autoridades em lógica simbólica e
sobre os conceitos filosóficos de conhecimento
e valores éticos."
Fonte: https://plato.stanford.edu/entries/lewis-ci/
Walter Shewhart (1891
– 1967)
4  Revisão do Modelo Científico de Produção:

William Edwards Deming Walter Shewhart (1891


(1900 – 1993) – 1967)
4 Revisão do Modelo Científico de Produção:

Shewhart e Deming revisaram o modelo, para sua aplicação na


melhoria de produtos, processos e serviços.

Projetar
>
1
Pesquisar e

>
serviço pós- 4 2 Produzir

>
Venda
3 >
Vender

William Edwards Deming Walter Shewhart (1891


(1900 – 1993) – 1967)
4 Revisão do Modelo Científico de Produção:

Shewhart e Deming revisaram o modelo, para sua aplicação na


melhoria de produtos, processos e serviços.

Plan
>
1

>
Act 4 2 Do

>
3 >
Study

William Edwards Deming Walter Shewhart (1891


(1900 – 1993) – 1967)
5 – Dias de Terror

“Fatos Históricos”
5  2°Guerra Mundial: bomba atômica lançada sobre Hiroshima, em 06 de Agosto de 1945, às 8h:15min.

A bomba atômica batizada como “Little Boy” foi lançada a partir de Bomba atômica lançada sobre Hiroshima, 7ªmaior cidade japonesa,
um B-29 batizado como “Enola Gay”. decretou a morte de aproximadamente 150 mil japoneses.

Fonte: http://www.dailymail.co.uk/femail/article-3177649/The-flash-came-saw-bone-fingers-
just-like-looking-X-ray-Hiroshima-survivors-devastating-memories-70-years-atomic-bomb.html
5  2°Guerra Mundial: bomba atômica lançada sobre Hiroshima, em 06 de Agosto de 1945, às 8h:15min.

Fonte: https://guerramundial2.wordpress.com/ataques-ao-japao/
5  2°Guerra Mundial: bomba atômica lançada sobre Hiroshima, em 06 de Agosto de 1945, às 8h:15min.

A bomba atômica batizada como “Fat Man” foi lançada a partir de um Bamba atômica “Fat Man”lançada sobre Nagasaki e os seus 175
B-29 batizado como “Bocks Car”. mil habitantes, vitimando aproximadamente 70 mil seres
humanos.

Fonte: http://www.dailymail.co.uk/femail/article-3177649/The-flash-came-saw-bone-fingers-
just-like-looking-X-ray-Hiroshima-survivors-devastating-memories-70-years-atomic-bomb.html
5  2°Guerra Mundial: bomba atômica lançada sobre Nagasaki, em 09 de Agosto de 1945.

Fonte: https://guerramundial2.wordpress.com/ataques-ao-japao/
5  Final da 2°Guerra Mundial

No dia 15 de agosto de 1945, seis dias após o bombardeio de Nagasaki e depois de muita luta interna, o
Imperador Hirohito anunciou através da rádio ao povo japonês, que o Japão iria depor as armas.
A assinatura oficial do armistício ocorreu em 2 de setembro de 1945, a bordo do navio de guerra USS Missouri
na baía de Tóquio, quando o chanceler Mamoru Shigemitsu e o general Umezu Yoshijiro assina o documento
de rendição em nome das Forças Armadas do Japão.
Os dois foram mais tarde julgados e condenados à prisão por crimes de guerra. Shigemitsu passou à
liberdade condicional em 1950, servindo ao governo japonês até sua morte em 1957. Umezu morreu
na prisão.

Fonte: https://www.japaoemfoco.com/aniversario-da-rendicao-do-japao/
5 Japão: pós 2° Guerra Mundial
1. 2 milhões de mortos e 4 milhões de feridos; 5. A política de ‘reforma e castigo’ começou a se modificar com o
2. Hoje, 70 anos depois dos bombardeios atômicos em Hiroshima e
inicio da Guerra Fria, sobretudo a partir da vitória de Mao na China
Nagasaki, os hospitais da Cruz Vermelha ainda atendem milhares de (1949) e do início da Guerra da Coreia (1950), quando, de inimigo
sobreviventes para tratar os efeitos posteriores da radiação e quase dois vencido, o Japão torna-se aliado dos EUA. ‘Reduziram-se as
terços das mortes entre essas pessoas se dão em decorrência do câncer. reparações exigidas, atenuaram-se as leis antitrustes, que em 1950
foram revogadas, e concederam ajuda financeira para a reconstrução.
3. De acordo com dados do Ministério da Saúde Japonês, os atingidos pelos
ataques nucleares atualmente somam 274 mil pessoas. A idade média
(AQUINO, 2009, p. 483, grifos do autor).
deles ultrapassa os 72 anos, e cerca de 8 mil morrem todos os anos. 6. Outra razão do boom nipônico foi a importância maciça da
( MADE IN JAPAN, 2005).
tecnologia estrangeira, particularmente para as indústrias químicas,
4. A derrota na Segunda Guerra Mundial, além de deixar um enorme saldo elétricas e de fabricação de maquinas. Graças a isso o país pôde
ruim (perdeu a marinha mercante, o Império foi desfeito etc.), acarretou a compensar o atraso técnico verificado com a guerra, quando as
ocupação do país pelos norte-americanos. Sob a direção do general técnicas se voltaram para as indústrias bélicas: além do mais, na
MacArthur, empreenderam-se reformas radicais, sobressaindo-se: a reconstrução industrial aplicou-se a tecnologia mais avançada,
dissolução dos zaibatsu (grandes trustes); a reforma agrária de 1946, que
pôs fim às grandes propriedades e converteu 70% do campesinato em
possibilitando elevado ritmo de produção.
proprietários de pequenos lotes de terra; a extinção das indústrias bélicas; 7. A manutenção de um balanço comercial favorável também explica o
o desarmamento e a desmilitarização do país e a promulgação da
Constituição de 1947, estabelecendo um regime parlamentar com  poderes
desenvolvimento japonês. Embora carente de matéria- prima que
limitados para o imperador. precisa importar (carvão, petróleo, ferro, algodão etc.), o país
reduziu os gastos com a importação de gêneros alimentícios devido
à reforma agrária. Em contrapartida, a exportação de produtos
industrializados vem aumentando continuamente, para isso contando
inclusive com uma das maiores frotas mercantes do mundo.

https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia-geral/japao-reconstrucao-
pais-apos-ii-guerra-mundial-e-o-ataque-nuclear.htm
5 Japão: pós 2° Guerra Mundial

“O flah de luz veio, e eu vi os ossos da


minha mão, como se eu tivesse olhando
uma chapa de X-ray”.
Sobrevivente da explosão da bomba lançada sobre
Hiroshima

Shigeko Sasamori, hoje com 83, Tetsushi Yonezawa, é uma das 14


disse que ela ficou como um pessoas que sobreviveram num
monstro graças às queimaduras e raio de 750 metros do epicentro da
feridas que ela foi acometida explosão da atômica lançada em
durante o bombardeio em Hiroshima.
Hiroshima.

http://www.dailymail.co.uk/femail/article-3177649/The-flash-came-saw-bone-fingers-just-
like-looking-X-ray-Hiroshima-survivors-devastating-memories-70-years-atomic-bomb.html
5 Japão: 70 anos após a 2° Guerra Mundial

Hiroshima, 70 anos após o lançamento da bomba atômica sobre a Nagasaki, 70 anos após o lançamento da bomba atômica
cidade. sobre a cidade.

http://www.dailymail.co.uk/femail/article-3177649/The-flash-came-saw-bone-fingers-just-
like-looking-X-ray-Hiroshima-survivors-devastating-memories-70-years-atomic-bomb.html
6 – Capacitando os
futuros mestres

“Fatos Históricos 1” relevantes para os


fundamentos da Excelência Operacional
6 CCS – Civil Communication Section (Setor de Comunicação Civil)

General Douglas MacArthur Homer Sarasohn


(1880 – 1964) (1916 – 2001)

1. Supervisionando a ocupação e reconstrução do 1. Suprir com comunicadores “domésticos” a população


país até 1951; japonesa, de forma emergencial, para dar suporte às
atividades da SCAFs (Supreme Commander of the
2. Designou Homer Sarasohn para chefiar, no processo
Allied Powers) e da CI&E (Civil Information &
de ocupação e reconstrução do Japão, a frente de
Educational Section);
Reconstrução da Indústria Japonesa, uma das
frentes que compunha o CCS (Civil Communication 2. Atender às necessidades da Ocupação (e da ocupação
Section). doméstica) para uma nação confiável – estrutura de
telecomunicação implementada no país amplamente.
3. Aproximadamente 75% da infraestrutura de
telecomunicações Japonesa foram destruídas 3. Suportar a indústria de comunicações e de manufatura
durante os bombardeios. Além disso, a de equipamentos, tornando-a uma das principais
infraestrutura que não foi destruída não funciona protagonistas na reconstrução do país e da sua
conforme sua capacidade projetada. economia.
6 CCS – Civil Communication Section (Setor de Comunicação Civil)

Três anos após o fim da guerra, a linha telefônica entre Tokyo e Osaka
estava reestabelecidas e funcionando 24 horas por dia. Porém, eram
operadas apenas 9 horas por dia, que representava a duração de um turno
de trabalho.
Homer Sarasohn fez uma pesquisa com os engenheiros de 6 principais
companhias de telecomunicação, que reportaram o seguinte:
1) Eles possuíam recursos suficientes para operar durante as 24 horas,
porém, a gestão realizada pelos gestores dos recursos disponíveis era
ineficiente e fraca.

Homer Sarasohn 2) Não havia delegação de autoridade.


(1916 – 2001)
3) A gestão ineficaz e fraca estava causando a “regressão” da
recuperação industrial em curso, e se prosseguisse nessa direção, irá
culminar com um novo colapso da indústria.
6 Curso de Gestão Industrial da CCS para os gestores.

Diretrizes do curso:
1) Os executivos seniors seriam selecionados. Eles deveriam fazer
o cursos. Substitutos não seriam permitidos. Alguns oficiais do
governo e professores universitários também deveriam fazer o
curso.
2) As sessões teriam período de duração de 8 semanas
consecutivas, 4 horas por dias, com tarefas que deveriam ser
feitas todas as noite.
3) Era esperado que cada aluna aplicasse essas tarefas na empresa
onde trabalhava, o mais rápido possível.
4) Esse curso seria repetido na respectiva empresa onde trabalhava
cada aluno. Porém, quem conduziria o curso seria o próprio
Homer Sarasohn (à esquerda), Frank Polkinghorn (ao centro) e
Charles Protzman (à direita), engenheiro da AT&T). Eles foram aluno, que capacitaria o gestor do nível hierárquico seguinte.
estruturaram o curso de Gestão Industrial, elaboraram os
conteúdos e ministraram as aulas.
6 Sumário dos Tópicos do Curso de Gestão Industrial da CCS para os gestores.

Charles Protzman elaborou os seguintes tópicos:


1) Engenharia de Manufatura;
Homer
Sarasohn
2) Controle de custos
Frank Charles
Polkinghorn
3) Layout de fábrica;
Protzman
4) Gestão de Estoques.

Homer Sarasohn elaborou os seguintes tópicos:


5) Politicas de Gestão;
6) Estratégias e Planejamento de Longo prazo;
Homer Sarasohn, Frank Polkinghorn e Charles Protzman, durante 7) Estrutura Organizacional;
uma sessão do curso de Gestão Industrial da CCS.
8) Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos;
9) Controle Estatístico da Qualidade.
Estatística para o Controle da Qualidade e Controle de
Processo ocuparam mais espacço nas sessões e nas apostilas do
que qualquer outro tema.
6 CCS: 1° Seminário
Podemos destacar, dentro os alunos:
• Takeo Kato da empresa Mitsubishi Electric;
• Hanzou Omi da Fujitsu;
• Executivos seniors da Furukawa, Hitachi, NEC e da
Toshiba e seus predecessores na empresa.

Participantes do 1°Seminário da CCS, fotografada na


Universidade Waseda, em Tokyo, em Setembro de 1949.
No verso da foto, foram registrados os nomes dos
participantes.
6 CCS: 1° Seminário

Podemos destacar, dentro os alunos do 2°Seminário:


• Bunzaemon Inoue da Sumitomo Electric;
• Masaharu Matsushita da Matsushita Electric;
• Executivos seniors da Sanyo Sharp (ou seus
predecessores na empresa);
• Akio Morita e Masaru Ibuka, os fundadores da Sony
Corporation, foram treinados separadamente por
Sarasohn.

Participantes do 2°Seminário da CCS, fotografada em


Osaka, em Janeiro de 1950.
6 JUSE –Japanese Union of Scientists and Engineers (fundada em Maio de 1946)

Fundação
A União Japonesa de Cientistas e Engenheiros (JUSE) foi estabelecida em Maio de 1946,e foi
consolidada em 1962 sob a jurisdição da Agência de Ciência e Tecnologia (atualmente, Ministério da
Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia) do Governo Japonês, para acompanhar o avanço
rápido da sociedade.

Objetivos
JUSE foi estabelecida com os objetivos de promover sistematicamente estudos necessários para
avanços na Ciência e Tecnologia, assim como, contribuir para o desenvolvimento da Cultura e da
Indústria.

Foco das Atividades


1. Gestão da Qualidade e CCQs (Círculos de Controle da Qualidade);
2. Engenharia de Confiabilidade;
3. Análise Multivariada, DOE (Design of Experiment);
4. Análise de MArketing, Sensory Evaluation, Confiabilidade de Produto;
5. Sistema de Gestão ISO (QMS, EMS), OHSMS, ISMS e outros. Ichiro Ishikawa
(1885 – 1970)
Fonte: http://www.juse.or.jp/english/profile/ Pai de Kaoru Ishikawa
6 William Edwards Deming

• Trabalhou com Walter Andrew Shewhart nos Laboratórios da empresa Bells, onde dentre
outras realizações, contribuiu para o desenvolvimento do PDCA.
• Em 1946, Dr. Deming liderou a formação da ASQC (American Society for Quality Control),
atualmente ASQ (American Society for Quality) e tornou-se professor de estatística na
Graduate School of Business Administration (Escola de Administração de Negócios) na
Universidade de New York.
Fontes: https://www8.gsb.columbia.edu/deming/about/history Fonte: https://asq.org/about-asq

William Edwards Deming


(1900 – 1993)
6 Missões de Deming pós-2°Guerra Mundial (1946, 1947 e 1948)
1946 1947
• Fez um tour ao redor do mundo, patrocinado pela Sessão • Atuou dando suporte à Comissão estatística do SCAP (Supreme
Econômica e Científica do Departamento de Guerra dos Estados Commander of the Allied Powers) na estruturação do Senso
Unidos. Japonês a ser realizado em 1951.
• Deming se encontrava na Índia, quando o governo americano • Também, nessa ocasião, realizou um semanário sobre o tema
solicitou que seguisse viagem ao Japão, lá ficando por dois “Amostragem”no Instituto de Estatística e Matemática em Tokyo,
meses, dando suporte às Forças de Ocupação, realizando estudos em Março de 1947.
a respeito de: Nutrição; Produção Agrícola; Estocagem, etc...
1948
• Retornou ao Japão, por solicitação do general Douglas
MacArthur para atividades relacionadas ao Senso Japonês.
Porém, não declarações do general confirmando essa missão.

Há pouca conexão entre as atividades de Deming e Sarasohn.


Enquanto esse estava atuando em atividades para desenvolver a
capacidade manufatureira das empresas fabricantes de componentes e
equipamentos de comunicação, Deming estava realizando atividades
relacionadas ao Senso Japonês e outra atividades de estudo para
William Edwards Deming restaurar a economia Japonesa.
(1900 – 1993)
6 Seminários realizados por Deming no Japão (de 1950 à 1960)

• Em 15 de Julho de 1950, Dr. Deming foi convidado para realizar palestras na JUSE. Na
sequência, deu início a sessões de treinamento nas Técnicas Estatísticas aplicadas à Indústria,
para executivos, engenheiros e técnicos das indústrias Japonesas.
• Em 1951, por reconhecimento à sua contribuição para a aplicação das teorias Estatísticas nas
empresas Japonesas, foi criado o “Prêmio Deming”.
• Ao longo de uma década realizando suas palestras e sessões de treinamento no Japão, Deming
treinou mais de 20.000 executivos e engenheiros nas Teorias Estatísticas.

Fontes: https://www8.gsb.columbia.edu/deming/about/history
http://ctcalidad.blogspot.com.br/2016/06/postales-de-deming-en-japon.html

William Edwards Deming


(1900 – 1993)
6 Palestra na JUSE (1950)

Pensamento de dar importância para


Expansão dos Canais de Venda. > a Qualidade.
8 1 >

>
Melhoria. Responsabilidade pela Qualidade.
7 2

>
>
Inspeção dos Produtos.
6 3 Pesquisa.

>
> 5 > 4
Padrões para projetar e melhorar os produtos, e
Economia da Manufatura. também, padrões para a Qualidade.

Em 1950, durante sua palestra na JUSE, com duração deum dia,


Deming apresentou “Roda do Controle da Qualidade”.
6 Seminários realizados por Deming no Japão (de 1950 à 1960)

Pesquisar e Projetar
serviço pós-venda 4 1

>
>
3 2
Vender Produzir
>

Dr. W. E. Deming realizando curso de 8 dias no tema Deming apresentou uma versão mais simplificada da sua
“Controle da Qualidade“, realizado no Auditório da “Roda do Controle da Qualidade”.
Associação Médica Japonesa, em Kanda-Surugadai,
Tokyo, em Julho de 1950.
Fonte: https://www.juse.or.jp/deming_en/award/
6 Seminários realizados por Deming no Japão (de 1950 à 1960)

>
4 1

>
>
3 2
>

Deming reforçou que esse método permite que os cliente


adquiram produtos de melhor qualidade, pois atendem
melhor as suas especificações à um custo menor.
Na sequência desse, realizou outro curso, com duração de
um dia, em Hakone para Altos Executivos de empresas Deming comentou que a ideia de ciclo deveria ser
Japonesas (Deming, sentado ao centro). substituída pela ideia de uma espiral de melhoria
contínua.

Fonte: https://www.juse.or.jp/deming_en/award/
6 Kaoru Ishikawa (1915 – 1989)
Dentre várias contribuições para a ciência da Gestão e Qualidade,
podemos citar:
1. Um dos fundadores do TQM (Total Quality Management)
2. Disseminou os Ciclo PDCA para toda a empresa, através dos CCQs
(Círculos de Controle da Qualidade);
3. Estabeleceu as 7 Ferramentas do Controle da Qualidade:
6 Aplicando as lições aprendidas

Aplicações da “Roda de Controle da Qualidade”em todos os níveis (técnicos


e de gestão) nos CCQs (Circulo de Controle da Qualidade).
6  Em 1951 foi instituído pela JUSE o “Prêmio Deming da Qualidade”

“A qualidade correta e a “Reconhecimento para


uniformidade são as bases do (nome da empresa)
comércio, prosperidade e paz”.
Por superior mérito no Controle
W. Edwards Deming Estatístico da Qualidade”.
6 Entrea do Prêmio Deming para a Toyota

Cerimônia do Prêmio Deming, Osaka, em 1965. Professor Deming entregando o Prêmio Deming ao
presidente da Toyota Fukio Nakagawa na cerimônia
de premiação do Prêmio Deming, em 1965.

https://blog.deming.org/2016/10/toyotas-management-history/
6 O maior reconhecimento dado pelo Japão à contribuição de um indivíduo

Em 1960, Nobusuke Kishi, Primeiro Ministro do


Japão, (representando o Imperador Hirohito)
entregou a Deming o maior reconhecimento dado
pelo país à um estrangeiro:
“A Medalha do Tesouro Sagrado de Segundo
Ordem”.

Fontes: http://ctcalidad.blogspot.com.br/2016/06/postales-de-deming-en-japon.html
6 Evolução do modelo de Deming (1954 a 1956)

No período de 1954 a 1956, muitas discussões em torno das “Etapas da Gestão”,


estabeleceu-se, que a gestão deveria:
1. Determinar os pontos de Controle;
2. Definir a unidade de medida;
3. Generalizar os métodos e as práticas sistemáticas para a medição;
4. Selecionar os padrões para execução dos controles;
5. Verificar as diferenças entre a medição prática e a estabelecida nos
padrões;
6. Definir ações adequadas a serem executadas;
7. Implementar as ações adequadas.

Fontes: http://ctcalidad.blogspot.com.br/2016/06/postales-de-deming-en-japon.html
6 Simplificação da “Roda do Controle da Qualidade”

Sr. Inoue, Diretor da Sumitomo Denko, escreveu um artigo intitulado “Como a Gestão deveria ser”,
em que ele determina 3 etapas no processo de Gestão ou Controle, acrescentando ao final uma 4°
etapa: “Ação.

Então, o sr. Arai Shibusa, estabelece 4 etapas:

1. Padrões (Standards);

2. Executar (Doing work);

3. Verificar (Examining results);

4. Corrigir (Correcting).

Além disso, expôs um diagrama de feedback, sobre a qual o Controle da Qualidade deve estar
baseado, primeira vez que esse conceito de feedback foi exposto.

Fontes: http://ctcalidad.blogspot.com.br/2016/06/postales-de-deming-en-japon.html
6 De “Ciclo de Deming” para “Ciclo de Gestão”para “Ciclo PDCA”
Ciclo de Deming Ciclo de Gestão
> >
Pesquisar e Projetar Agir Planejar
serviço pós-venda
4 1 4 1

>

>
>
>

3 2 3 2
Vender > Produzir Refletir > Executar

Um artigo publicado em Janeiro de 1959, na revista “Quality Control” apresentava o Ciclos de Deming e da Gestão. Esse
artigo pode ser considerado como o “nascimento” do Ciclo de Gestão. Esse artigo explicava as atividades de gestão como
sendo as de planejar, executar, refletir e agir, iniciando novamente o ciclo.

O ponto de destaque no Ciclo de Gestão é que esse começa com “Planejar”, que é um conceito mais amplo se comparado
ao conceito de “Projetar”(definir um padrão), proposto pelo Ciclo de Deming.

Com a disseminação do TQC (Total Quality Control), o Ciclo de Gestão foi implementado em todos os níveis das
organizações. Algumas vezes, o Ciclo de Deming era citado. Mas, a simplicidade dos conceitos e das palavras utilizadas no
Ciclo de Gestão, fez com que ficasse mais conhecido pelos funcionários que participavam nos CCQs (Círculos de Controle
da Qualidade) como “Ciclo PDCA”.
1  Evolução do Ciclo PDCA

Na década de 80, Deming criou o modelo plan, do, study, action – PDSA – e defende pela primeira vez a idéia de que o ciclo de Shewhart
pode ser utilizado por qualquer pessoa na organização, não apenas em ambiente industrial, para buscar melhorias. Deming preferia o ciclo
PDSA pois ele incorporaria melhor a idéia original de Shewhart.

Na década de 80, Kaoru Ishikawa desdobra o PDCA em seis etapas, subdividindo o P – Plan e o D – Do em duas novas etapas cada uma.

A etapa de Planejamento – P – é decomposta nas atividades:

• Definir objetivos e metas;

• Estabelecer os meios que possibilitarão o cumprimento da meta.

Já a etapa de Execução – D – é decomposta nas atividades:

• Efetuar educação e treinamento;

• Realizar as tarefas.

Mais recentemente no Brasil, a Fundação Nacional da Qualidade – FNQ –, vem utilizando o ciclo PDCL, que substitui a expressão A –
Action, por L – Learn, que representaria melhor o conceito de aprendizado organizacional.
1  Modelo de Excelência da Gestão (MEG)

O novo Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) foi lançado em


outubro de 2016, em sua 21ª edição.
Na figura ao lado, temos a nova representação gráfica do MEG,
baseada no Tangram (quebra-cabeça de sete peças de origem
chinesa), criada com inspiração nas cores da bandeira do Brasil e no
Ciclo PDCL (Plan – Do – Check – Learn).
Os Fundamentos da Excelência foram sincopados em oito,
desdobrando-se diretamente em Temas que, por sua vez, abrem-se em
processos para os quais são indicados o ferramental mais adequado.
1. Geração de Valor;
2. Adaptabilidade;
3. Pensamento Sistêmico;
4. Liderança Transformadora;
5. Orientação por Processos;
6. Desenvolvimento Sustentável;
7. Compromisso com as partes interessadas;
8. Aprendizado.
1  PDCA para resolver problemas

Na Toyota, que ser reconhece como uma empresa baseada na


“aprendizagem”, o PDCA tem um entendimento diferente.
A empresa o aplica como PDSA:
Plan = Planejar
Do = Executar
Study = Estudar
Act = Agir
7 – Método Científico
de Aprendizagem
aplicado à Gestão

Nascimento do PDCA como o


conhecemos
7 Do Método Científico ao Ciclo do PDCA

Planejar
(1)
A P
René Descartes
(1596 – 1650)
Executar
(1)
C D
Walter A. Shewhart (1)
(1891 – 1967) (3) (2) Estudar

William E. Deming
(1900 – 1993)
Aprender

Clarence I. Lewis
(1883 – 1964)

Homer Sarasohn
(1916 – 2001)

Kaoru Ishikawa
(1915 – 1989)
... e muitos outros.
7  Melhoria Contínua
7  PDCA como um Modelo Mental

Essas etapas nos lembra algum método que conhecemos?

A P
C D
7  PDCA sincrônica os níveis da empresa

A P
C D ESTRATÉGICO

TÁTICO

OPERACIONAL
7  PDCA aplicado aos Padrões
Engrenagem XXX – 1234
Plan Frequência de Controle Check Limites de Especificação
Frequência de Controle: Especificação:
• 5 peças a cada lote de 25 peças
min= 10[cm] 
máx= 12[cm]
Do Padrão de Execução Act Ação de Disposição
Instrumento de Controle: Se: 10[cm]    12[cm]→ Aceitar
• Paquímetro: PQ - 000111 Se: 10[cm]    12[cm]→ Rejeitar
7  PDCA aplicado aos Padrões

Quadro de Gestão à Vista


Plan Do Check Act
PARETO DOS MOTIVOS DIÁRIO DE BORDO INDICADOR DO PROCESSO ANTES DA MELHORIA

PARETO DOS MOTIVOS

DEPOIS DA MELHORIA
PROJETOS DE MELHORIA

CONTRAMEDIDAS ATA DE REUNIÃO

Aumentar em 35% a
produtividade da linha 1,
em 2018.
1  O Sistema

As peças de um sistema devem se encaixarem como um


grande quebra-cabeças, para que o conjunto todo fique
integrado, cada peça com os seus limites plenamente
definidos.
1  Planejar

SIPOC

Fluxograma

Mapa de Processo
1  Planejar

SIPOC

Fluxograma

Mapa de Processo
1  Tangram

É uma arte Chinesa muito antiga.

O nome significa “Tábua das 7 sabedorias”.

Ele é composto de sete peças (chamadas de tans) que


podem ser posicionadas de maneira a formar um
quadrado:
• 5 triângulos de vários tamanhos;
• 1 quadrado;
• 1 paralelogramo.
1  O Sistema

As peças de um sistema devem se encaixarem como um


grande quebra-cabeças, para que o conjunto todo fique
integrado, cada peça com os seus limites plenamente
definidos.
8 – Trilogia de Juran

Nascimento do PDCA como o


conhecemos
5 Joseph Moses Juran

• Ele inicia sua carreira como gestor de qualidade na Western Electrical Company e, em 1926, é convidado a
participar do Departamento de Inspeção Estatística da empresa no qual ficou responsável pela aplicação e
disseminação das novas técnicas de controle estatístico de qualidade, possibilitando uma rápida ascensão na
organização.
• Como chefe do departamento, publicou seu primeiro artigo sobre qualidade relacionada à engenharia
mecânica em 1935.
• Transferido para a sede da empresa em Nova Iorque sob o cargo de chefe de Engenharia Industrial, Juran, em
visitas a outras companhias, ampliou sua visão a respeito de métodos de gestão de qualidade.
• Após a Segunda Guerra Mundial, Juran decide deixar a empresa e iniciar sua carreira como consultor, além de
dedicar-se ao estudo da gestão da qualidade. Atuou também como professor na Universidade de Nova
Iorque onde lecionava cursos de controle de qualidade e promovia seminários para executivos. Também
desenvolveu projetos de consultoria para Gilette, Hamilton Watch Company e Borg-Warner.

Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Moses_Juran

Joseph Moses Juran


(1904 – 2008)
5 Joseph Moses Juran

• Sua obra mais clássica, ”Quality Control Handbook”, publicada


pela primeira vez em 1951 e ainda considerada como referência
para todo gestor de qualidade, despertou o interesse dos
japoneses que, no período pós-guerra, preocupados com a
reconstrução de sua economia, convidaram-no para ensiná-los
os princípios de gestão de qualidade.

Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Moses_Juran

Joseph Moses Juran


(1904 – 2008)
5 Trologia de Juran

1 Planejar a 2 Controlar a Qualidade (durante a operação)


Qualidade

3 Melhoria da Qualidade
1. Planejar a Qualidade Esporádico
40
2. Controlar a Qualidade
3. Melhorar a Qualidade

Custo da Qualidade
Região Original de
Controle da Qualidade

20

Nova Região de
Controle da Qualidade
0

Joseph Moses Juran


(1904 – 2008)
5 Trologia de Juran

• Identificar as necessidades dos Clientes;


Planejar a
• Projetar produtos que atendas às necessidades dos Clientes;
Qualidade
• Planejar processos adequados aos produtos.
• Atender ao Planos de Controle;
Controlar a • Estabelecer meios de rastrear os produtos;
Qualidade • Medir a eficiência dos processos e eficácia em atender metas e
especificações.
• Melhoria continua de produtos e processos;
Melhorar a
• Desenvolver e implementar Inovações (breakthrough);
Qualidade
• Superar as expectativas dos Clientes.

Joseph Moses Juran


(1904 – 2008)
Mudança = Melhoria ?

Fundamentos
2  Mudança = Melhoria?: Sumário

1. Ferramenta, Técnicas e Filosofia


2. Método Científico de como Aprendemos
3. Inteligência Artificial
4. Controle Econômico da Qualidade
5. Capacitando os futuros Mestres
6. Método Científico de Aprendizagem
aplicado à Gestão
6  Mudança = Melhoria ?

nem sempre
resulta em

Mudança = Melhoria

requer
6  Como sabemos que uma Mudança = Melhoria?
6  Exemplo:

Produção das peças


10
9
8
Peças por hora 7
6
5
4 9
3
2
1 3
0 ; Depois

A mudança foi implementada entre a 7° e 8° semana.


6  Exemplo:

A pizzaria Mama-Mia está perdendo mercado para a concorrência, devido a elevada quantidade de
“Reclamações dos Clientes”.

Para sobrevivência do negócio, o proprietário decidiu implantar um processo estruturado de melhoria


contínua na empresa.

Primeiramente, foi contratada uma consultoria para estruturar a mudança necessária na cultura da empresa. A
consultoria realizou um diagnóstico e apresentou um cronograma para implementar o Lean Six Sigma.

Também, a partir do diagnóstico, foi definido um tema relevante para projeto piloto, com meta, prazo de
conclusão e responsáveis (funcionários com perfil de multiplicadores – agentes de mudança).

Em seguida, realizou-se a capacitação técnica desses funcionários, e complementando a formação, foram


definidos para o projeto o (a):
• Patrocinador;
• Líder;
• Equipe;
• Suporte técnico.
6  Exemplo:

Inicialmente, o Líder e a Equipe do projeto deveriam responder três perguntas:

1. On-Co-tô? Traduzindo: “Onde que eu estou?”

Elevada quantidade de Reclamações de Clientes. A primeira medição realizada evidenciou 9 reclamações


na semana n° 4.
Obs.: Tenha sempre em mente: a) Uma descrição geral do contexto do problema; b) Os resultados históricos e
principais causas (teoria de Pareto do 80 – 20); c) O escopo do problema (inclui/ exclui).

2. On-Co-Vô? Traduzindo: “Para onde que eu vou?”

Eliminar as reclamações de clientes, ou reduzir significativamente, até a semana n°11.


Obs.: Tenha sempre em mente: a) Diretriz da empresa (medida + meta); b) A análise da Lacuna; c) Os requisitos do
Cliente e a contribuição para o negócio.

3. Como identificaremos as mudanças que devemos fazer para resultar em melhoria?

Devemos mapear o processo, desde o recebimento dos pedidos até a entrega do produto ao cliente,
identificar as oportunidades de melhoria (desperdícios) e propor soluções adequadas.
6  Exemplo: Girando o PDCA (ou DMAIC)
6  Exemplo: Dados dos Cenários

Ref Semana Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4 Cenário 5 Cenário 6


Antes 1 6 6 9 8 6 3
Antes 2 9 2 9 9 9 4
Antes 3 7 3 6 7 7 2
1° Medição Antes 4 9 9 9 9 9 9
Antes 5 6 4 7 6 3 3
Antes 6 7 2 6 7 2 2
Mudança Antes 7 9 9 6 9 4 4
Depois 8 2 7 4 2 3 2
Depois 9 3 3 4 1 2 3
Depois 10 4 7 3 3 4 4
2° Medição Depois 11 3 3 3 3 3 3
Depois 12 3 6 2 5 2 3
Depois 13 4 9 3 8 4 4
Depois 14 2 4 2 9 3 3
6  Exemplo: Representação Gráfica dos Cenários

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3


9 9 9 9 9 9 9 9 9
9 9 9

8 8 8
Reclamações dos Clientes

Reclamações dos Clientes

Reclamações dos Clientes


7 7 7 7 7
7 7 7

6 6 6 6 6 6 6
6 6 6

5 5 5

4 4 4 4 4 4
4 4 4

3 3 3 3 3 3 3 3 3
3 3 3

2 2 2 2 2 2
2 2 2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Semanas Semanas Semanas

Cenário 4 Cenário 5 Cenário 6


9 9 9 9 9 9 9
9 9 9
8 8
8
8 8
7 7
Reclamações dos Clientes

Reclamações dos Clientes

Reclamações dos Clientes


7 7
6 7 7
6
6
5 6 6
5

4 5 5
3 3
4 4 4 4 4 4 4
3
4 4
2
2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
1
3 3
1
2 2 2 2 2 2
2 2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Semanas Semanas Semanas
6  Exemplo: Definição operacional de Melhoria

1 – Melhoria é ...
Cenário 1
9 9 9
9

7 7
7

Produção 6 6 2 – Impacto positivo,


4 – Em indicadores 6
relevante... [↓]
de projeto ... 5
(ou relevantes para o negócio)
4 4
4

3 3 3
3

2 2
2 3 – E sustentável...
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Semanas

5 – Produzidos por mudanças realizadas intencionalmente.


Trilogia de Juran

Fundamentos
3  Trilogia de Juran: Sumário

1. Ferramenta, Técnicas e Filosofia

2. Método Científico de como Aprendemos

3. Inteligência Artificial

4. Controle Econômico da Qualidade

5. Capacitando os futuros Mestres

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