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Revisão: 03
Data: 25/09/17
Página: 2 / 9
01 OBJETIVO E APLICAÇÃO
Estabelecer as diretrizes para planejamento e execução do programa de auditorias internas e externas do Sistema
de Gestão. É aplicável a todas as empresas do Grupo e todas as áreas do Sistema de Gestão.
02 INTRODUÇÃO
As auditorias do Sistema de Gestão, sejam elas internas, realizadas nos diversos setores da empresa, ou
externas, realizadas nos fornecedores de produtos e serviços, são a mais tradicional e eficaz ferramenta de
garantia da qualidade. Por meio da verificação rigorosa de requisitos de alto nível, realizada por auditor
corretamente treinados e avaliados na metodologia empregada, experientes em suas áreas de conhecimento e
com perfil psicológico compatível com uma postura detalhista e isenta, é possível realizar um diagnóstico preciso
do grau de conformidade com que os processos atendem aos parâmetros estabelecidos pela Política de
Qualidade da Empresa. Na saída desse processo teremos uma lista precisa, ampla e detalhada de não-
conformidades que serão tratadas por um plano de ação específico, que buscará eliminá-las, levando o sistema a
um nível elevado de qualidade sustentada, a fim de alcançar os objetivos estratégicos da Empresa e satisfazer e
superar os requisitos reguladores e contratuais e as necessidades e expectativas dos Clientes.
03 PROCEDIMENTO
As Auditorias do Sistema de Gestão são realizadas com o propósito de verificar o grau de conformidade com que
os requisitos estabelecidos pela Política de Qualidade da Empresa são atendidos pelo sistema de gestão
auditado. O processo, de auditoria tem como produto um Relatório Final de Auditoria que contém uma lista de
não-conformidades identificadas. Essas não-conformidades serão encaminhadas a um processo subsequente que
conterá um conjunto de ações a serem implementadas com o propósito de eliminar tais não-conformidades,
aumentando o grau de conformidade do sistema.
As Auditorias do Sistema de Gestão são realizadas segundo um programa cíclico e continuado, elaborado pelo
Gestor da Qualidade e aprovado pelo Diretor Presidente da Empresa. Esse programa prevê auditorias anuais em
todos os setores da empresa. A fim de permitir alguma flexibilidade na elaboração do programa, o intervalo entre
os setores poderá ser ajustado, sem, todavia, ultrapassar dezoito meses. O programa poderá ser revisto
anualmente, no que diz respeito aos setores auditados e listas empregadas.
O Calendário Anual de Auditorias é o documento que apresenta a distribuição das diversas auditorias internas e
externas ao longo de um ano legal (Janeiro a Dezembro). Deverá ser confeccionado até 31 de outubro do ano
anterior ao que se refere. O Anexo A apresenta o modelo de formulário que deverá ser empregado para a
confecção do Calendário Anual de Auditorias. No modelo apresentado no Anexo A consta a distribuição ideal das
auditorias ao longo do ano e deverá ser empregado como referência, considerando não só o formato do
documento, mas também a distribuição ali apresentada. Alterações naquela distribuição deverão ser evitadas.
No Calendário Anual de Auditorias constará, para cada auditoria, o trigrama do Auditor Líder daquela auditoria.
Cada auditoria pode ser dividida em três fases, quais sejam preparação, condução e conclusão.
Convocação dos Auditores – o auditor líder da auditoria, definido pelo Gestor da Qualidade e constante do
Calendário Anual de Auditorias, convocará, por e-mail e com 30 dias de antecedência, dentre os auditores
qualificados disponíveis na empresa, os auditores auxiliares necessários à realização da auditoria por ele liderada
e definirá os setores sobre os quais cada um terá responsabilidade, incluindo ele. Os auditores indicados devem
ser independentes do setor que tem responsabilidade pela atividade a ser auditada.
Despesas logísticas (passagens, hospedagem, diárias), deverão ser solicitadas pelo próprio auditor junto aos
setores internos responsáveis, com a validação do Gestor da Qualidade.
Nota: Os auditores deverão se preparar correta e antecipadamente, de forma a assegurar o perfeito conhecimento
dos documentos que contêm os padrões estabelecidos como referência para a avaliação do grau de conformidade
do auditado.
Análise das Listas de Verificação – análise prévia das listas que serão empregadas pelos auditores quanto à
sua pertinência, atualização e completude, de forma a assegurar que todos os requisitos estabelecidos para o
Setor estejam atualizados e possam ter seu grau de conformidade adequadamente verificado.
Análise da Documentação do Auditado - leitura cuidadosa da documentação do setor a ser auditado, incluindo
os manuais, procedimentos e instruções de trabalho que descrevem e detalham as atividades conduzidas por
aquele setor bem como os registros produzidos nos últimos doze meses. O relatório da auditoria anterior e seu
plano de ação decorrente também deverá ser analisado de forma a permitir que os auditores possam verificar a
eficácia das ações adotadas e a solução definitiva e sustentada das não-conformidades do ano anterior. Também
deverão os analisados os eventos de segurança operacional (acidentes, incidentes, RELPREV) que ocorreram
nos últimos doze meses.
Programa da Auditoria – documento preparado pelo auditor líder e que será encaminhado por meio eletrônico às
empresas ou setores auditados, com antecedência mínima de cinco dias úteis ao início da auditoria, contendo:
Os objetivos da auditoria;
O escopo da auditoria (áreas, setores ou subsetores que serão ou não auditados);
Relação dos auditores que participação da auditoria e suas áreas de atuação, bem como eventuais
observadores ou acompanhantes;
Lista de documentos que serão empregados como fonte de referência (padrão) para os requisitos que serão
verificados e empregados para avaliar o grau de conformidade;
Metodologia empregada para relatar e classificar as não-conformidades eventualmente identificadas;
Datas, locais e duração estimada de cada uma das fases e atividades da auditoria, incluindo a reunião de
abertura, atividades de campo (verificação dos requisitos) e reunião de encerramento, além dos intervalos
previstos para almoço ou reunião dos auditores, quando necessário;
Os recursos que serão necessários para a realização das atividades da auditoria, incluindo uma sala
exclusiva para os auditores, com impressora, tomadas para computadores e acesso à Internet;
Alerta quando à previa disponibilização de eventuais autorizações para acesso a locais restritos para os
auditores que necessitarem atuar nesses espaços;
Alerta de que a auditoria é um registro momentâneo da situação do setor e, portanto, dependente das
evidências apresentadas naquele instante. Por esse motivo, evidências apresentadas posteriores não
poderão ser consideradas;
Informação sobre o sistema previsto para apelação durante a auditoria e após a sua conclusão; e
O idioma a ser utilizado na auditoria, caso os idiomas do auditado e da equipe auditora sejam diferentes.
Nota: Eventual substituição de auditores ou adiamento da auditoria, mediante razão de elevada importância,
poderá ser solicitada ao Gestor da Qualidade, desde que realizada com pelo menos cinco dias úteis de
antecedência ao início da auditoria. Neste último caso, novo agendamento poderá ser feito pelo Gestor da
Qualidade, desde que exista disponibilidade no Calendário Anual de Auditoras.
Reunião de Abertura - reunião conduzida pelo Auditor Líder, com a presença de todos os auditores e auditados,
onde serão apresentados os itens do Programa da Auditoria e os auditores e auditados serão mutuamente
apresentados. Nessa reunião deverá ser:
Enfatizada a conduta ética, onde estarão presentes a confiança, integridade, confidencialidade e discrição;
Ressaltado que será adotada uma postura justa, onde as observações, conclusões e relatórios refletirão
Verificação dos Requisitos - é a principal atividade de campo da auditoria, na qual os requisitos são verificados
pessoalmente pelos auditores, de forma coordenada e em uma sequência lógica, eficiente e eficaz.
Reunião Diária da Equipe auditora - reunião de duração curta (30 a 60min) e enfoque objetivo, conduzida pelo
Auditor Líder, normalmente ao final do dia, e local reservado com a presença apenas dos auditores na qual serão
trocadas informações cujo conhecimento por todos os auditores seja considerado importante. Também serão
discutidas eventuais dificuldades encontradas para a boa condução das atividades de auditoria.
Reunião de Encerramento - reunião conduzida pelo Auditor Líder, com a presença de todos os auditores e
auditados, onde será apresentado um resumo da situação encontrada. Serão comentadas, de forma sucinta e
objetiva, as principais não-conformidades encontradas, ressaltando-se que serão analisadas com maior
profundidade por ocasião da confecção do relatório final da auditoria, que poderá diferir levemente do que foi dito
na Reunião de Encerramento. Deverá ser buscada a compreensão e o reconhecimento das não-conformidades
pelos auditados, informando-o que terá um prazo para apresentar um plano de ação para a solução dessas NC.
Quaisquer opiniões divergentes às constatações da auditoria devem ser discutidas de forma pacífica e, se
possível, resolvidas. Se não o forem resolvidas, convém que sejam registradas todas as opiniões.
Revisão e Entrega da Lista de Verificação – ação em que os auditores revisam e redigem de forma mais
detalhada as observações complementares necessárias para sustentar o estado de conformidade de cada item.
Por vezes, as condições de campo (no local de verificação do item) não são as ideais para uma redação calma e
detalhada, necessitando serem revistas ou complementadas, após o encerramento das atividades de campo.
Ao final dessa aditividade, os auditores encaminharão suas listas preenchidas ao auditor-líder para que sejam
ratificadas por ele e possam subsidiar o Relatório Final.
Redação do Relatório Final – ação conduzida pelo Auditor Líder a partir das listas preenchidas pelos auditores
de cada setor. Cabe, ainda, ao Auditor Líder a responsabilidade final pela correção de todas as informações
constantes nas listas e relatório final. Por esse motivo, o Auditor Líder pode e deve questionar ou mesmo
descartar qualquer não-conformidade cuja redação não se encontre clara ou adequadamente justificada. O
Relatório Final segue assinado pelo Auditor Líder e verificado pelo Gestor da Qualidade, para a empresa ou setor
auditado em até 30 dias corridos após o encerramento das atividades de campo.
Caberá ao gestor do setor auditado a elaboração do Plano de Ação que conterá, para cada item considerado não-
conforme, todas as ações que serão adotadas para rápida eliminação da condição de não-conformidade (ações
de correção) e de suas causas raízes (ações corretivas).
Para cada ação descrita de forma detalhada deverá ser relacionado um responsável e um prazo para a sua
implementação. Após a sua implementação, as ações serão alvo de uma verificação de eficácia.
Nota: As orientações detalhadas para a correta elaboração do plano de Ação, para o registro e controle das não-
conformidades e para a verificação de eficácia constarão de documento específico do Setor da Qualidade.
As Listas de Verificação são documentos de referência que relacionam os requisitos que serão verificados na
forma de perguntas a serem respondidas. Os requisitos que serão verificados devem ser relacionados em uma
sequência e encadeamento tal que permita a redução do esforço e do tempo necessário para a verificação total
dos requisitos.
Serão produzidas Listas de Verificação específicas para cada um dos setores a serem auditados. As listas
existentes constam do item 12 Formulários, deste documento.
As listas de verificação devem ser continuamente aperfeiçoadas de forma a que nenhum requisito deixe de ser
verificado. Mesmo assim, os auditores estão livres para verificar outros itens, além dos especificados nas listas de
verificação, desde que não abandonem o escopo da auditoria.
Cada item da Lista de Verificação deverá ser preenchido com o código do estado de conformidade do requisito,
acompanhado por uma observação complementar, conforme abaixo:
Estado Conformidade Sigla Observação Complementar
Conforme C Duas evidências da plena conformidade com o requisito.
Não conforme NC Evidências da não conformidade observada, ainda que parcial.
Não aplicável NA Motivo pelo qual o requisito foi considerado como não aplicável.
Não observado NO Motivo pelo qual o requisito não foi observado, apesar de aplicável.
Nota: Eventualmente, o grau “NC” poderá ser substituído por um número inteiro, variando de 0 a 9, que
representará o percentual de conformidade verificado, entre 0% e 90% respectivamente.
Somente é possível conduzir uma boa auditoria com uma equipe de auditores corretamente selecionados,
treinados e avaliados na metodologia empregada, experientes em suas áreas de atuação e com perfil psicológico
compatível com uma postura perfeccionista, rigorosa e isenta. Por esse motivo, atenção especial deverá ser dada
à seleção e treinamento dos auditores da Empresa.
A equipe auditora é formada por no mínimo dois auditores, sendo um Auditor Líder e um Auditor Auxiliar.
Excepcionalmente, em auditorias com reduzida quantidade de requisitos a serem verificados ou realizadas em
bases ou empresas distantes, um número menor de auditores poderá ser autorizado pela Qualidade.
Auditores em treinamento podem participar de auditorias desde que supervisionados por um auditor formalmente
qualificado. Observadores podem participar das auditorias, mas não podem atuar como auditores e sua
participação só ocorrerá mediante necessidades especiais e autorizada pela Qualidade.
Nota: Quando dois auditores, classificados como Líderes pela sua experiência, fizerem auditoria no mesmo local,
um realiza a avaliação do outro.
04 RECURSOS
Para a perfeita execução das atividades deste procedimento é necessária a existência de auditores selecionados
e formalmente qualificados conforme previsto no item 3.6.2 deste documento.
Serão necessários meios para que os auditores possam registrar suas observações e as evidências coletadas,
além de preparar o conteúdo para o Relatório final. Um notebook por auditor, leve e de tamanho reduzido, servirá
para o registro das observações. Uma câmera fotográfica é necessária para o registro das evidências e poderá ser
compartilhada por todos os auditores da equipe auditora.
05 TREINAMENTO
O Treinamento sobre o conteúdo do documento será realizado em até 30 dias após a aprovação final deste
documento, por meio de palestra conduzida pelo gerente de Qualidade para todos os colaboradores da empresa,
abordando o conteúdo completo deste procedimento.
Após o treinamento, deverá ser aplicada uma avaliação do aprendizado, realizada por meio de exame escrito,
constituído de um mínimo de dez questões abordando os principais tópicos deste documento, 80% delas
discursivas, no qual deverá ser alcançado um aproveitamento mínimo de 80%.
Os colaboradores eventualmente não aprovados deverão conduzir estudo individual do conteúdo deste
documento, supervisionado pelo gerente de Qualidade, e submetido a nova avaliação de aprendizado, similar à
anterior, porém com conteúdo distinto.
Para a perfeita execução das atividades deste procedimento é necessária que os auditores selecionados sejam
treinados e formalmente qualificados conforme previsto no item 3.6.2 deste documento.
06 DIAGRAMA DO PROCESSO
07 IMPLEMENTAÇÃO
Este documento entrará em vigor a partir da data de sua assinatura. Todavia, o Cronograma Anual de Auditorias
para o ano de 2017 continuará sendo conduzido conforme planejado. O Cronograma Anual de Auditorias para o
ano de 2018 já deverá ser elaborado conforme o conteúdo deste documento.
O programa de formação de auditores internos deverá estar totalmente implementado até 30/06/2018.
08 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
09 ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES
conformidade com os requisitos estabelecidos como padrão são atendidos, a fim de garantir a qualidade
dos produtos e serviços realizados internamente.
Competência - conjunto de atributos pessoais, envolvendo habilidades, atitude e conhecimento,
necessários para agir de modo pertinente em determinada situação.
Conformidade - atendimento a um requisito específico e pré-definido;
Processo - conjunto de atividades inter-relacionadas e mensuráveis que transformam insumos em
produtos, satisfazendo as necessidades dos clientes e atendendo a política da organização.
Equipe auditora - conjunto de auditores que realizam uma auditoria apoiados, quando necessário, por
especialistas ou observadores.
Escopo de auditoria - abrangência da auditoria em termos de localização física, unidades ou setores,
atividades ou processos ou mesmo período de tempo coberto pela auditoria.
Especialista - pessoa com conhecimento e experiência que fornece consultoria sobre assunto específico
para a equipe auditora.
Evidência objetiva - informação baseada em fatos que demonstra ou prova que algo existe ou é
verdadeiro, obtida por meio de observação, medição ou ensaio ou outro método pertinente.
Evidência de auditoria - inclui registros, declarações factuais e outras informações comprováveis
relacionadas aos critérios empregados na auditoria.
IGQ - índice Geral da Qualidade.
Inspeção ou vistoria - avaliação interna da conformidade por meio da observação e julgamento,
acompanhada, se necessário, de medições, ensaios, ou comparações com padrões. Poderá ter escopo
menor do que a auditoria e ser realizada pelo próprio pessoal do setor.
Não-conformidade (NC) - não cumprimento a um requisito específico e pré-definido.
Observação - situação ou fato constatado em um processo de auditoria, baseado em evidência objetiva.
Programa de auditoria - conjunto de auditorias planejadas para um período de tempo determinado e
dirigidas com um propósito específico.
Relatório final - documento redigido ao final da auditoria que apresenta as observações dos auditores, as
não-conformidades identificadas e as evidências que as sustentam.
RNC - relatório de não-conformidades.
Sistema de Gestão Integrado (SGI) - conjunto de elementos interligados empregados para formular a
política e objetivos da qualidade e estabelecer os processos que assegurem que essa política seja seguida
e os objetivos alcançados. Incluem estruturas, relacionamentos, responsabilidades, planos, procedimentos,
regras, práticas, programas, contratos, documentos, registros, métodos, ferramentas, técnicas e recursos.
10 CONTROLE DE REVISÕES
Revisão Data Alterações / Descrição Responsável
00 04/11/13 Original Paloma
01 03/04/14 Revisão Geral Paloma
02 17/07/15 Revisão Geral Paloma
03 25/09/17 Revisão Geral Renan
11 CONTROLE DE DISTRIBUIÇÃO
Cópia Controlada Detentor Nº de Cópias
01 Biblioteca Técnica 01
12 FORMULÁRIOS
Identificação Título Revisão
GRP-FOR-QLD-012 Programa Anual de Auditorias do Sistema de Gestão – PAASG 00
GRP-FOR-QLD-007 Relatório de Auditoria Interna da Qualidade 00
GRU-FOR-QLD-008 Relatório Final de Auditoria Externa 00
13 ANEXOS
Não aplicável.