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Como a idade das árvores

POESIA ERÓTICA#3 a obscenidade da mulher


arts.montero@gmail.com lê-se nos anéis dos seus seios.
By Celino Deira  
*
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previously approved by the author Despudoradamente a mulher aproxima a mente
do falo
como mendigo remexe, revolve
e procura alimentos em lixeira
Será possível matarmo-nos  
  *
à força de tanto pensarmos em fazê-lo?  
  Como turistas da beleza e mulher
* fotografemos esse feminino panorama
  que se nos apresenta à mente.
Pela sua extrema e exemplar beleza  
a mulher deve ser saudada *
diretamente a falo  
  A mulher é a diva,
*  
  a estrela cinematográfica do lar.
Pratiquemos, quais Deuses, o sexo mental  
ou acorporal. *
   
* A mulher é feita de carne;
   
Existir é ser; A mulher é a falta de carne.
   
Viver é a contabilidade de tudo isso. *
   
* Como experiente caçador é nos lúgubres bairros
  suburbanos
Na feminina mente está registada Que a mulher procura os melhores falos
como nível de aluvião como armas ilícitas do amor.
a marca do falo mais profundo que amou.  
  *
*  
  Em amor diante da mulher
Em salão durante o baile semanal da existência ao macho depara-se um harém de decotes
o ser escolhe a mulher que então deseja e perversos orificios
para mentalmente revestir e abrigar o falo.  
  *
*  
  Frequentemente nos equivocamos
aprontemo-nos mentalmente para o sexo e tomamos por pega a mulher,
como quem prepara umaarriscada e perigosa tais são as amorosas semelhanças.
expedição amorosa  
  *
*  
  A pega é um amor público.
A mulher ainda conserva em beleza A pega é um amor púbico
vestígios obscenos de lascivos rios A pega é amor impudico
que outrora, amorosamente, a percorriam.  
  *
*  
  A foda compõem-se de várias estações
como guizos metálicos Teus seios balem  
enquanto caminhas como amorosa rês como a via sacra do amor.
na rural azinhaga da minha mente.  
 
Em aniversário do amor Sexo é arrombar a porta,
em oficial cerimónia de comemoração  
A mulher defumará o charuto do sexo. ainda que possuamos a chave.
   
* *
   
O sexo é a pena, A mulher é bela,
o tributo que a mulher pagará  
proporcionalmente à beleza que comete. o impala é veloz.
   
* *
   
  A mulher é a pega em reserva,
A mulher exibe profanas sombras  
  um soldado de beleza da Nação.
como as lúgubres vielas da cidade.  
  *
*  
  Será o sexo operado à força de falo
Uma condessa copula tão devassa e  
obscenamente ou mente?
quanto a sua aia.  
  *
*  
  O grande falo é o troféu,
Em amor  
a mulher é simultaneamente lojista o primeiro prémio da lotaria amorosa.
e mercadoria exposta.  
*
*  
  A mulher receia manipular tocar o falo
A mulher é a causa de uma excentricidade,  
  como uma arma carregada de amor.
um alto-relevo na mente masculina.  
  *
*  
  A mulher indigna-se perante a bofetada;
Mulher, Mas, estranhamente,
  permite e promove a brutal cópula.
tua carne pensa.  
  *
*  
  Cordialmente, declaremos à mulher
A mulher serpenteia perigosamente pela  
existência, A foda que sentimos por si.
   
como concubina à luz flava. *
   
* A bela mulher sobressai da plebe
   
A mulher conhece dois modos de existência: como uma jóia perdida no lodo.
   
o vestido e o despido. *
   
* Ao aportar em África
  a mulher sente um frémito percorrer-lhe a mente
Protejamos a mente da beleza feminina, por pisar, finalmente, o território original do falo.
   
como a criança de uma obscenidade. *
   
Frequentemente a pega é requisitada pelas  
autoridades Regularmente a pega é requisitada pelas
Para, através da fisionomia fálica, autoridades municipais
identificar os irreconhecíveis cadáveres da chamada à morgue da cidade para identificar
cidade. pelo falo
  os incógnitos cadáveres masculinos e
* abandonados.
 
A pega é reconhecida pelas exíguas vestes que *
traja  
  Os amantes descobriram e escavaram um atalho
- o uniforme oficial do amor mental,
  uma estreita passagem em si.
*  
  *
Entre as mulheres comuns há pegas infiltradas  
como agentes secretos Na preparação do amor
do amor. a mulher prova várias medidas de falo
  até encontrar aquela que lhe assenta
* mentalmente bem
   
A mente sofre amoroso atentado *
sempre que na sua proximidade  
se detona a feminina nudez. findo o sexo
  a mulher não demonstra remorso, nojo ou
* arrependimento
  pelo crime amoroso de foi vitima
Que, à sombra dos frescos recantos de teu ser,  
  *
belos piqueniques amorosos se dariam!  
  durante a amorosa transação
* sou mentalmente corrompido e subornado
  pela valiosa beleza da mulher
Exclamemos: "-Que belo ser!"  
  *
ao deparar-se-nos o belo corpo feminino.  
  existimos e, entretanto, vamos raparigando
*  
  e mulhereando.
No circo do sexo  
qual acrobata da beleza *
a mulher arrisca amoroso número.  
  Maior a beleza,
* mais poderosas radiações amorosas emitirá a
  mulher.
amor é convidarmos a mulher
para uma noite de devassidão e lascivia *
nos aposentos de seu corpo e beleza.  
  Deus é feitor
*  
  capataz espiritual do mundo pagão.
Professamos a mulher como religião  
sua amor como dogma *
sua beleza como doutrina
  No amor há as pegas mestras
*  
  e as laboriosaspegas obreiras.
submerso, Ofegante de beleza feminina  
respiro mentalmente formas e seios, *
como bolsas de ar impuro do amor.  
pelo fim do amoroso ano Premiemos por medalhas e troféus os melhores
a mulher regista em pérfido anuário as melhores seres e viventes
cópulas, como ágeis atletas da existência.
isto é, aquelas que considera especialmente  
infames e perversas *
   
* invoquemos por poesia as mulheres
   
A morte é um grave problema que temos como os Deuses.
   
a não resolver. *
   
* de Todas as mulheres belas que por nós passam
  a beleza prende-se como veste
A vida é uma questão de vida na fina rede pesqueira de nossos perversos
  pensamentos
ou morte.  
  *
*  
  Minha enxó em sua beleza o corpo lavra e
Que prazer nos dê a tristeza e amargura! fecunda
  ou será a mente?
Façamos da angústia uma festa mental.  
  *
*
  o falo é a chave que destranca o segredo das
Cada ser é uma frequência de vida, femininas curvas
  e beleza
uma nuance colorida do espectro existencial.
  *
*
  Relembro o grande sulco da mulher Como Essa
Existamos rua
  O canal onde machos se despejam e lançam os
como mais uma tarefa que temos a viver. dejetos
  da sua amorosa perfídia
*
  *
Antes do amor, à cabeceira do leito
o macho ora, reza, benze-se os orifícios da beleza feminina são sensuais
e agradece a Deus a dádiva da próxima refeição armadilhas
feminina. estrategicamente dispostas para capturar
  machos
Qual rara e exótica ave nos trilhos de passagem desse infame predador
Exclamemos: que bela mulher! amoroso
sempre que avistemos esse belo exemplar da *
beleza
  As pernas da mulher são membros tenazes
* que se cerram instintivamente e aprisionam o
 
O corpo é carcaça, macho
como corola que sente a presença de insecto
a concha do ser. voador.
  *
*
Em certas sociedades como reparação e pena
Como amoroso Selo ou timbre o ofendido tem o direito de escolher para copular.
a mulher extrai ou recebe do amante uma dama ou donzela da família inimiga.
a oficial chancela do sémen Comprovativo
 
A revolta saia é o pano
a vela que impulsiona a beleza da mulher
contra a costa da nossa mente.

A revolta saia é o pano


a vela que impulsiona a beleza da mulher
no mar perverso e luxurioso da existência

A mulher vigia e protege atentamente sua beleza


como um mercador a bolsa e a banca
onde expõem e valiosa mercadoria.

A mulher explica que a filha sempre se revelou


amorosa
desde criança exibiu interesse em chuchar
e abocanhar objectos penetrantes

Em todas as cidades capitais da pátria


ergamos um monumento estátua lápide à mulher
bela e anónima
esse humilde e valoroso soldado desconhecido
do amor
*

Sinto-me humano e vivo


como um insecto cativo
de um futuro apodrecer

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