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Você também pode demonstrar, nessas festividades, uma dança completa que já
tenha sido trabalhada em sala. O importante é que essas apresentações sejam sempre
muito prazerosas e sirvam para aumentar a auto-estima dos alunos.
Unidade V
Os acontecimentos eventuais
Algum dia, apesar de você ter planejado cuidadosamente a aula, pode ser
necessário modificar os planos na última hora. Aconteceu um evento tão importante para as
crianças que você se vê obrigado a incluí-lo nas atividades do dia. Por exemplo, se ocorreu
uma tempestade muito forte no dia anterior, se faltou luz, se um dos colegas vai embora, se
algum grupo de dança se apresentou para eles, você deve, com certeza, aproveitar essas
oportunidades. Esses eventos ajudam, pela importância que têm na vida das crianças, na
compreensão do relacionamento vida/dança. Relacionar as danças das crianças a eventos
significativos no cotidiano das suas vidas contribui para que elas mesmas teçam o fio
condutor das suas emoções.
A criança não deve se preparar, mas sim dar uma resposta física e imediata à música
que está ouvindo. Pura improvisação! O aluno não deve se preocupar em apresentar uma
Unidade V
dança para o professor assistir. O objetivo é soltar o corpo para que ele se sintonize com a
melodia através dos movimentos. O repertório musical deve ser variado no estilo, na textura
e na velocidade. As crianças gostam do fator surpresa.
Pergunte aos alunos sobre as variações que cada um foi capaz de fazer,
estimulando-os a experimentar outras diferentes. Você deve explicar que, quando estiverem
cansadas, as crianças devem procurar um nível mais baixo, em uma posição mais
confortável, movendo lentamente só uma parte do corpo e usando pouco espaço. O único
requisito é não parar de dançar, até que a música pare de tocar. O objetivo é fazer com que
as crianças dancem porque se sentem bem, se movendo da sua própria maneira.
Uma outra variação para a dança livre é o que se pode chamar de dança final. Na
dança final, as crianças, uma a uma, organizadas a partir de uma fila, escolhem uma música
tocada durante a aula e fazem as suas danças para o professor, finalizando com uma pose
e sentando-se ao lado dele.
A dança livre só deve ser proposta após cerca de quatro meses de aula.
Unidade V
Sem dúvida, a dança está relacionada com todas essas atividades, mas ela
transcende essa funcionalidade dos movimentos. A dança é o único campo em que a
atividade física e expressão artística envolvem simultaneamente o indivíduo, sendo,
portanto, indispensável para uma educação integral.
Nos anos 80 e 90, muitos educadores batalharam para que a Arte fosse incluída nos
currículos escolares. Através de ações políticas, conseguiram incluir na LDB nº 9.394/96,
Art. 26, § 2, a obrigatoriedade do ensino da Arte nos diversos níveis da educação básica.
Mas isso só não assegura a inclusão da Arte nos currículos escolares.
Querido aluno,
Foi muito prazeroso para mim acompanhá-lo nos estudos durante essas 21 aulas,
especialmente de um tema pelo qual sou apaixonada: a Dança Criativa.
Agora que estamos terminando o curso, gostaria muito de compartilhar com você o
que tenho vivenciado em grande parte da minha vida como professora de dança: ensinar
dança é muito difícil!
É difícil sim, mas é muito prazeroso! E esse prazer, que compensa qualquer
dificuldade, nós desfrutamos quando assumimos que o importante é levar cada aluno a
sentir o que significa dançar por inteiro, envolvendo corpo, mente e emoção. O ser humano
não é fragmentado. As emoções estão amarradas aos movimentos. Seja através da
dramatização de uma idéia, de um poema ou de uma música, é fundamental que as
crianças percebam que dança não é apenas um desafio às suas habilidades físicas.
Seja feliz !
FIM