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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

A EXPERIMENTAÇÃO EM QUÍMICA NO AUXÍLIO ÀS AULAS EM COLÉGIOS


ESTADUAIS DA REGIÃO DE PONTAL DO PARANÁ

PONTAL DO PARANÁ
2018
TALISSA NAOMI OKA

A EXPERIMENTAÇÃO EM QUÍMICA NO AUXÍLIO ÀS AULAS EM COLÉGIOS


ESTADUAIS DA REGIÃO DE PONTAL DO PARANÁ

Caderno que contêm planos de aula –


PTD e roteiros para as suas respectivas
aulas práticas, desenvolvido durante o Curso
de Licenciatura em Ciências Exatas,
habilitação em Química do Centro de
Estudos do Mar campus Mirassol da
Universidade Federal do Paraná, o projeto é
vinculado no programa LICENCIAR.

Orientador: Prof. Dr. Guilherme Sippel


Machado.
Co-orientadores: Profª. Dra. Eliane do
Rocio Alberti Comparin e Prof. Dr. Pedro
Toledo Netto.

Ex-bolsista: Camila Fabrício Kerkhoff.

PONTAL DO PARANÁ
2018
RESUMO

O presente trabalho está vinculado ao Programa Licenciar (Projeto aprovado


no Edital 2017). O Projeto abordou o uso da experimentação (realização de
experimentos que ajudam a ilustrar um conceito químico), que é um método
amplamente utilizado no ensino da ciência química. Todavia, nem sempre há uma
estrutura adequada de laboratório, com reagentes e vidrarias, disponível no colégio
para auxiliar o professor em sua prática pedagógica. Neste sentido, o Projeto buscou
propor experimentos simples, que utilizam materiais de baixo custo e de fácil
obtenção, e de baixa periculosidade, para ilustrar diferentes conceitos químicos. Os
conteúdos associados aos experimentos foram advindos da demanda apresentada
por professores atuantes na área de química em dois colégios da Rede Estadual de
Ensino de Pontal do Paraná. Os experimentos foram elaborados e previamente
testados pela estudante do curso de Licenciatura em Ciências Exatas do Centro de
Estudos do Mar envolvida no Projeto. Antes de serem aplicados aos alunos dos
Colégios os experimentos são propostos e discutidos com os professores das
instituições parceiras. Para cada experimento foi elaborado um Plano de Aula e
também um procedimento experimental para ser utilizado pelos alunos no
desenvolvimento da aula. Neste período de trabalho no Projeto foram realizadas
aulas experimentais investigativas em sala de aula e/ou laboratório (quando
disponível) com turmas do 1º ano do Ensino Médio com os seguintes conteúdos:
química inorgânica: ácidos, bases e indicadores; densidade de líquidos; separação
de misturas: cromatografia em papel. Para turmas do 2º ano o tema abordado nos
experimentos foi de eletroquímica. Exercícios são propostos após as aulas para
fixação dos conhecimentos. A avaliação das aulas práticas é bastante positiva por
parte dos alunos, onde, por meio de conversas é possível perceber o entusiasmo de
muitos ao realizar os experimentos, sendo uma metodologia de ensino que pode
facilitar a assimilação e apropriação dos conteúdos de forma significativa e
prazerosa, fugindo dos moldes tradicionais de ensino. Os professores dos colégios
também veem como muito positivo o uso de experimentos para complementação
das aulas.

Palavras-Chave: Experimentação; Química; Educação.


SUMÁRIO

1 – EXPERIMENTOS PARA O 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.................................. 5


PLANO DE AULA – CAPILARIDADE............................................................. 5
ROTEIRO – CAPILARIDADE.............................................................. 8

PLANO DE AULA – CROMATOGRAFIA EM PAPEL................................... 10


ROTEIRO – CROMATOGRAFIA EM PAPEL.................................... 13

PLANO DE AULA – DENSIDADE DOS LÍQUIDOS..................................... 15


ROTEIRO – DENSIDADE DOS LÍQUIDOS....................................... 18

PLANO DE AULA – INDICADOR DE pH...................................................... 20


ROTEIRO – INDICADOR DE pH....................................................... 23

PLANO DE AULA – TESTE DE CHAMA...................................................... 25


ROTEIRO – TESTE DE CHAMA....................................................... 29

2 – EXPERIMENTOS PARA O 2º ANO DO ENSINO MÉDIO................................ 31


PLANO DE AULA – CAMALEÃO QUÍMICO................................................. 31
ROTEIRO – CAMALEÃO QUÍMICO.................................................. 34

PLANO DE AULA – REAÇÕES EXOTÉRMICAS E ENDOTÉRMICAS....... 36


ROTEIRO – REAÇÕES EXOTÉRMICAS E ENDOTÉRMICAS......... 40

PLANO DE AULA – SOLUÇÕES................................................................. 42

3 – EXPERIMENTOS PARA O 3º ANO DO ENSINO MÉDIO................................ 45


PLANO DE AULA – SAPONIFICAÇÃO........................................................ 45
ROTEIRO – SAPONIFICAÇÃO......................................................... 49
5

1 – EXPERIMENTOS PARA O 1º ANO DO ENSINO MÉDIO

PLANO DE AULA - CAPILARIDADE


Área / Subárea: Química / Química Geral.
Nível da aula: Ensino Médio – 1º ano.
Período: 1 aula/50 minutos.

a) Identificação do tema: Capilaridade.

b) Desenvolvimento do tema: O tema será abordado em uma aula


experimental e dialogada.

b1) Materiais necessários:


• 7 copos descartáveis;
• Água;
• 3 corantes (azul, amarelo e vermelho);
• 6 folhas de papel toalha.

b2) Introdução ao Tema: A Capilaridade é a tendência que os líquidos


apresentam de subir em tubos capilares ou de fluir através de corpos porosos,
causada pela tensão superficial. Um exemplo clássico é capacidade das plantas
extrair água que está depositada no solo e através das suas raízes, conduzi-la até o
caule para ser transformada, junto ao gás carbônico e aos sais minerais, em seiva. A
lamparina segue o mesmo conceito, o recipiente está cheio de combustível, ocorre à
absorção pela capilaridade dos fios que compõe a corda, sendo possível acendê-la.
6

Ao colocar o papel entre os copos, será possível observar que, por


capilaridade, a água passa de um copo para o outro por meio do papel, enchendo os
copos pares (que inicialmente estava vazio). Como nos copos ímpares estão as
cores primárias, ao passarem para os copos pares, formarão nestes as cores
secundária (a cor formada no: copo 2 – violeta; copo 4 – verde; e no copo 6 –
laranja).

b3) Desenvolvimento da prática: A sala será separada em grupos com 4


integrantes. E terá o seguinte procedimento para realizar:
1. Alinhe os copos um ao lado do outro;
2. Encha os copos ímpares até a metade com água;
3. No primeiro e no sétimo copo colocar corante vermelho e misturar;
4. No terceiro copo colocar o corante azul e misturar;
5. No quinto copo colocar o corante amarelo e misturar;
6. Dobre os pedaços de papel de toalha, de forma que forme um ”V”;
7. E coloque um pedaço entre cada dois copos, unindo um copo com água e
outro sem água através do papel toalha.
8. Resolva as questões no verso da folha.

b3) Descarte dos resíduos: O descarte do líquido pode ser feito na pia, as
folhas de papel toalha jogar em lixo comum e os copos encaminharem para a
reciclagem.

c) Exercícios:

1) Como os copos estão inicialmente?

1º Copo 2º Copo 3º Copo 4º Copo 5º Copo 6º Copo 7º Copo

E como ficou no final?


7

1º Copo 2º Copo 3º Copo 4º Copo 5º Copo 6º Copo 7º Copo

2) O que é a capilaridade?
3) Com quais cores os copos que não tinham água ficaram? Por quê?
4) Além das plantas e da lamparina, quais outros exemplos que representa a
capilaridade?

d) Identificação dos pré-requisitos: Por se tratar de uma aula introdutória


sobre capilaridade, pode ser empregada para iniciar os conceitos acerca da
capilaridade.

e) Modo de avaliar o aprendizado: Interação na aula, resolução de


exercícios e principalmente o diálogo com os estudantes durante a realização do
experimento.

f) Objetivos instrucionais: Os alunos serão capazes de associar que houve


a mistura das cores por conta da capilaridade formando cores secundárias, e ter
autonomia de interpretar e resolver os exercícios propostos e relacionar o conteúdo
com o cotidiano.

g) Bibliografia:
• Imagens:
• http://www.qz400.com/goods.php?id=693
• https://vivaciencias.blogs.sapo.pt/7363.html
8

AULA PRÁTICA: CAPILARIDADE

Nomes:_______________________________________________ Nº ______ Turma:______

 INTRODUÇÃO

A Capilaridade é a tendência que os líquidos apresentam de subir em tubos capilares ou de


fluir através de corpos porosos, causada pela tensão superficial. Um exemplo clássico é
capacidade das plantas extrair água que está depositada no solo e através das suas raízes,
conduzi-la até o caule para ser transformada, junto ao gás carbônico e aos sais minerais, em
seiva. A lamparina segue o mesmo conceito, o recipiente está cheio de combustível, ocorre a
absorção pela capilaridade dos fios que compõe a corda, sendo possível acendê-la.

 PROCEDIMENTO

1. Alinhe os copos um ao lado do outro;

2. Encha os copos ímpares até a metade com água;

3. No primeiro e no sétimo copo colocar corante vermelho e misturar;

4. No terceiro copo colocar o corante azul e misturar;

5. No quinto copo colocar o corante amarelo e misturar;

6. Dobre os pedaços de papel de toalha, de forma que forme um ”V”;

7. E coloque um pedaço entre cada dois copos, unindo um copo com água e outro sem água

através do papel toalha.

8. Resolva as questões no verso da folha.


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 EXERCÍCIOS

1) Como os copos estão inicialmente?

1º Copo 2º Copo 3º Copo 4º Copo 5º Copo 6º Copo 7º Copo

E como ficou no final?

1º Copo 2º Copo 3º Copo 4º Copo 5º Copo 6º Copo 7º Copo

2) O que é a capilaridade?

3) Com quais cores os copos que não tinham água ficaram? Por quê?

4) Além das plantas e da lamparina, quais outros exemplos que representa a capilaridade?
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PLANO DE AULA – CROMATOGRAFIA EM PAPEL


Área / Subárea: Química / Separação de Misturas.
Nível da aula: Ensino Médio - 1º ano.
Período: 01 aula / 50 minutos.

a) Identificação do tema: Separação de Misturas / Identificação de Compostos.

b) Desenvolvimento da aula: O tema será desenvolvido em uma aula


expositiva/dialogada.

b1) Materiais Necessários:


• Papel filtro;
• Canetas hidrográficas;
• Álcool;
• Copos plásticos;
• Palitos de churrasco.

b2) Introdução ao tema:


A cromatografia é um processo físico-químico de separação de misturas, no
qual, se distribuem em duas fases: fase estacionária e fase móvel. A fase
estacionária (fixa), e a fase móvel (liquido ou gás, que ajuda na separação da
mistura) que passa sobre a fase estacionária, arrastando consigo os diversos
componentes da mistura.
Cromatografia de tintas de caneta, utilizada para descobrir qual a mistura de
tintas usadas para a obtenção da cor especifica da caneta. O papel filtro sendo a
fase estacionária e o álcool como fase móvel, a substância (mistura) a ser separada
é a tinta de caneta.
Por meio de capilaridade (tendência que os líquidos apresentam de subir em
tubos capilares ou de fluir através de corpos porosos, causada pela tensão
superficial), a fase móvel passa pela fase estacionária e separa a mistura das cores.
Sendo assim, possível identificar as cores componentes na formação das canetas
hidrocor.

b3) Desenvolvimento da prática:


Preparando os materiais para o experimento:
11

Cortar o papel filtro em tiras de aproximadamente 2,5 cm x 10 cm, e envolver


ele com a ajuda de um grampeador ao redor de ½ palito de churrasco (o suficiente
para o palito ficar em cima de um copo plástico, e para o papel filtro ficar próximo ao
fundo da copo).

Parte 1 - Corrida de cores


Em um copo transparente adicione 5mL de álcool e em outro copo adicione
5mL de água. Pegue duas tiras de papel, e marque três pontos (a um dedo da
extremidade do papel) com as canetas hidrocor: amarelo, azul e rosa.
Mergulhe as tiras nos copos com álcool e água, com a extremidade com os
pontos voltados para baixo, aguarde e observe.

Parte 2 - Mistura de cores primárias


Separe uma tira de papel, e escolha entre as opções a seguir:
Opção 1. desenhe um risco (a mesma altura dos pontos da parte 1) com as canetas
amarela e azul;
Opção 2: um risco com as cores amarela e rosa;
Opção 3: um rico com azul e rosa.
Identifique e anote a cor formada na tira escolhida.
Coloque a tira no copo com álcool conforme a parte 1. Aguarde e observe. O
que aconteceu?

Parte 3 – Usando outras cores


Faça dois pontinhos (conforme a parte 1) utilizando as canetas de cor preta e
vermelha, coloque-as no copo com álcool. Aguarde e observe.

c) Lista de exercícios:
Parte 1
1) Qual a cor sobe mais rápido no álcool?
2) Qual a cor sobe mais rápido na água?
3) Você imagina porque uma cor sobe mais rápido que a outra?

Parte 2
1) Qual a cor resultante da mistura do amarelo com o azul claro?
12

2) E do amarelo com o rosa?


3) E do azul claro com o rosa?

Parte 3
1) Então, houve aparecimento de outras cores?

d) Identificação dos pré-requisitos:


Temas nas quais os estudantes já ouviram e/ou aprenderam (separação de
misturas/cromatografia). Para poderem compreender que quando a fase móvel
(álcool) sobe por capilaridade na fase estacionária (papel de filtro), leva consigo os
componentes da mistura (tinta das canetas hidrocor), demonstrando assim as cores
das quais são formadas.

e) Modo de avaliar o aprendizado:


Por meio do diálogo antes, durante e depois do experimento; resolução e
interpretação dos exercícios.

f) Objetivos instrucionais:
Identificar as cores utilizadas na formação das canetas hidrocor (amarelo,
azul, rosa, preto e vermelho) através da cromatografia, compreender o porquê
da separação das cores, e assim sendo possível identificá-las.
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AULA PRÁTICA – CROMATOGRAFIA EM PAPEL

Nomes:_______________________________________________ Nº ______ Turma:______

 INTRODUÇÃO

Cromatografia é um processo físico-químico de separação de misturas, no qual, se


distribuem em duas fases: fase estacionária (parte fixa) e fase móvel (parte móvel). Basicamente
funciona de modo que a parte móvel passa sobre a parte fixa, arrastando consigo os diversos
componentes da mistura, sendo possível separá-las.
A cromatografia de tintas de caneta é utilizada para descobrir qual a mistura de tintas
usadas para a obtenção da cor especifica da caneta. No caso, o papel filtro é a parte fixa e o
álcool/água é a parte móvel, os componentes da mistura a ser separada é a tinta de caneta. A
separação ocorre por meio da capilaridade (tendência do líquido de “subir” em tubos ou de fluir
através de corpos porosos, atração causada por interações intermoleculares).

 PROCEDIMENTO

• Parte 1 - Corrida de cores:


1.1 – Em um copo descartável adicione 5 mL de álcool e no outro copo adicione 5 mL de
água.

1.2 – Pegue duas tiras de papel, e marque três pontos (a um dedo da extremidade do papel)
com as canetas das seguintes cores: Amarelo, Azul Claro e Rosa.

1.3 – Mergulhe as tiras nos copos com álcool e água, com a extremidade com os pontos
voltados para baixo, aguarde e observe.

• Parte 2 - Mistura de cores primárias:

2.1 – Separe três tiras de papel e desenhe um risco (na mesma altura dos pontos da parte
1.2) com as canetas das seguintes cores:

1ª Tira 2ª Tira 3ª Tira


Amarelo e Azul Claro Amarelo e Rosa Azul Claro e Rosa

2.2 – Identifiquem e anotem as cores formadas em cada tira.


2.3 – Coloque a primeira tira apenas na água (sem encostar no líquido). Aguarde e observe.
2.4 – Repita o item 2.3 com as outras duas tiras, e observe cada uma.

• Parte 3 – Usando outras cores:

3.1 – Faça dois pontinhos (conforme a parte 1) utilizando as canetas de cor Preta e
Vermelha, coloque-as no copo com álcool. Aguarde e observe.
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 EXERCÍCIOS

1 – O que é a Cromatografia?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________.

2 – Como ocorre a separação?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________.

• Parte 1:

a) Qual cor sobe mais rápido no álcool?


_____________________________________________________________________________.

b) Qual cor sobe mais rápido na água?


_____________________________________________________________________________.

c) Porque uma cor sobe mais rápido que a outra?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
.

• Parte 2:

a) Qual a cor resultante da mistura do Amarelo com o Azul Claro?


_____________________________________________________________________________.

b) E do Amarelo com o Rosa?


_____________________________________________________________________________.

c) E do Azul Claro com o Rosa?


_____________________________________________________________________________.

• Parte 3:

a) Houve aparecimento de outras cores?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________.
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PLANO DE AULA – DENSIDADE DOS LÍQUIDOS


Área / Subárea: Química / Separação de Misturas.
Nível da aula: Ensino Médio – 1º ano.
Período: 1 aula/50 minutos.

a) Identificação do tema: Densidade dos Líquidos.

b) Desenvolvimento do tema: O tema será abordado em uma aula


experimental e dialogada.

b1) Materiais necessários:


• Garrafa PET de 500 mL;
• Água;
• Corante;
• Funil;
• Óleo de cozinha;
• Álcool.

b2) Introdução ao Tema: A Densidade é definida como a quantidade de


massa sobre um volume de uma substância, a uma pressão e temperatura
específica. Podendo ser expressa tanto para uma determinada substância quanto a
uma mistura. Por exemplo, a água em temperatura de 25 ºC possui a densidade de
aproximadamente 1,0 g/mL, o que significa que em um 1 mL existe 1,0 g de água.
Seguem mais exemplos:

Substâncias Densidade
Ar 0,001225 g/mL
Álcool 0,80 g/mL
Óleo de cozinha 0,90 g/mL
Água 1,00 g/mL
Detergente 1,02 g/mL
Mel 1,36 g/mL

Já a Solubilidade é uma propriedade que uma substância possui de se


misturarem. Quando duas substâncias se misturam apresentando somente uma fase
homogênea, chamamos de substâncias miscíveis. Caso contrário, a qual as
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substâncias não se misturam apresentando mais de uma fase, chamamos de


substâncias imiscíveis.

b3) Desenvolvimento da prática: A sala será separada em grupos, de


acordo com a quantidade de garrafa PET disponível (o ideal é ter no máximo 5
alunos por grupo). Cada grupo virá na bancada do professor para cumprir o
procedimento a seguir:
1. Na garrafa PET de 500 mL coloque a água até uma altura de três dedos;
2. Misture dentro da garrafa a água com uma cor de tinta/corante;
3. Coloque cuidadosamente, com ajuda do funil, o óleo de cozinha (altura de
três dedos);
4. Em sequência, cuidadosamente, coloque o álcool;
5. Tampe a garrafa sem balança-la;

Após esses cinco passos, o grupo voltará para a sua bancada para analisar a
garrafa com os líquidos e responder as perguntas propostas na folha do
procedimento.

b4) Descarte dos resíduos: Para o descarte do líquido, se deve separar o


óleo da mistura de água e álcool, e encaminhar a garrafa PET para a reciclagem.
Caso não seja possível, descartar tudo em lixo comum (Vale ressaltar que não
podemos jogar o líquido na pia ou no solo, por conta do óleo vegetal usado).

c) Exercícios:
1) Por que os líquidos ficaram separados de forma distinta?
2) Qual foi a ordem de adição dos líquidos? Isso afeta na separação?
3) No nosso cotidiano existem vários tipos de aplicação da densidade. Por
exemplo, uma embarcação “flutua” na água, pois o interior dos navios é oco
resultando em uma densidade menor que da água. Cite mais um exemplo.

d) Identificação dos pré-requisitos: Por se tratar de uma aula introdutória sobre


densidade, pode ser empregada para iniciar os conceitos acerca de densidade.
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e) Modo de avaliar o aprendizado: Interação na aula, resolução de exercícios e


principalmente o diálogo com os estudantes durante a realização do experimento.

f) Objetivos instrucionais: Os alunos serão capazes de: associar que a


separação ocorreu por conta da densidade dos líquidos; a ordem da inserção dos
líquidos influencia na separação, para que seja visível três fases distintas; a relação
da densidade e solubilidade; e por fim, ter autonomia de interpretar e resolver os
exercícios propostos e relacionar o conteúdo com o cotidiano.

g) Bibliografia:
• Mateus, Alfredo Luis. Química na cabeça, Experiências espetaculares para
você fazer e casa ou na escola. Belo Horizonte, MG: Editora UFMG, 2001.

• https://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/fundamental/ciencias-
experimento-sobre-densidade.htm
18

AULA PRÁTICA: DENSIDADE DOS LÍQUIDOS

Nomes:_______________________________________________ Nº ______ Turma:______

 INTRODUÇÃO

A Densidade é definida como a quantidade de massa sobre um volume de uma


substância, a uma pressão e temperatura específica. Podendo ser expressa tanto para uma
determinada substância quanto a uma mistura. Por exemplo, a água em temperatura de 25 ºC
possui a densidade de aproximadamente 1,0 g/mL, o que significa que em um 1 mL existe 1,0 g
de água. Seguem mais exemplos:

Substâncias Densidade
Ar 0,001225 g/mL
Álcool 0,80 g/mL
Óleo de cozinha 0,90 g/mL
Água 1,00 g/mL
Detergente 1,02 g/mL
Mel 1,36 g/mL

Já a Solubilidade é uma propriedade que uma substância possui de se misturarem.


Quando duas substâncias se misturam apresentando somente uma fase homogênea, chamamos
de substâncias miscíveis. Caso contrário, a qual as substâncias não se misturam apresentando
mais de uma fase, chamamos de substâncias imiscíveis.

 PROCEDIMENTO

1. Na garrafa PET de 500 mL coloque a água até uma altura de três dedos;

2. Misture dentro da garrafa a água com uma cor de tinta/corante;

3. Coloque cuidadosamente, com ajuda do funil, o óleo de cozinha (altura de três dedos);

4. Em sequência, cuidadosamente, coloque o álcool;

5. Tampe a garrafa sem balança-la;

6. Observem e respondam as perguntas propostas a seguir (verso da folha).


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 EXERCÍCIOS

1) Por que os líquidos ficaram separados de forma distinta?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________.

2) Qual foi a ordem de adição dos líquidos? Isso afeta na separação?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________.

3) No nosso cotidiano existem vários tipos de aplicação da densidade. Por exemplo,


uma embarcação “flutua” na água, pois o interior dos navios é oco resultando em uma densidade
menor que da água. Cite mais um exemplo.

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________.
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PLANO DE AULA – INDICADOR DE pH


Área / Subárea: Química / Química Inorgânica
Nível da aula: Ensino Médio. 1º ano.
Período: 1 aula / 50 minutos.

a) Identificação do tema: Ácidos e Bases. Indicadores ácido-base.

b) Desenvolvimento do tema: O tema será abordado em uma aula


experimental e dialogada.

b1) Materiais necessários:


• Indicador de pH natural (no caso, água do feijão preto).
• Recipientes para fazer a observação da mudança de pH
(preferencialmente Becker ou copos plásticos transparentes com
medidas).
• Vinagre.
• Água do mar.
• Solução de bicarbonato de sódio com água.
• Refrigerante incolor.
• Água da torneira.

b2) Desenvolvimento da prática:


A turma será dividida em grupos de 4 alunos com o intuito de facilitar a
participação de todos e também facilitar o desenvolvimento da aula experimental. O
experimento consiste em trabalhar com o indicador natural de ácido e base. Vamos
utilizar a água do feijão preto (que consiste em deixar o feijão preto de molho na
água por aproximadamente 4 horas ou até a água escurecer).
Cada grupo receberá cinco copos de plástico transparentes, mais o
indicador de ácido-base feito com a água de feijão (30 mL) e 30 mL das seguintes
substâncias: solução de bicarbonato de sódio com água, água do mar, vinagre,
refrigerante incolor, água da torneira.
O experimento consiste em misturar o indicador ácido-base com cada uma
das cinco substâncias citadas anteriormente. Haverá uma variação de cor de acordo
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com o pH da mistura: se ácido ficará avermelhado (pH < 7); se base ficará
esverdeado/azulado (pH > 7); e se neutro não haverá mudança significativa com
relação a cor do indicador ácido-base (pH = 7). Os alunos receberão a informação
da cor após terem inserido o indicador e anotado suas observações, indicando em
sequência a ordem da substância mais ácida para a mais básica.
No final, os alunos irão misturar as substâncias vinagre (solução 1) e água
com bicarbonato (solução 3), e observarão o que ocorre (reação de neutralização).
Caso sobre tempo, é possível introduzir o conceito de Arrhenius sobre
ácidos e bases: Um ácido libera H+ (H3O+) em contato com a água e uma base libera
OH- em contato com a água.

b3) Descarte dos resíduos:


Todos os resíduos envolvendo a mistura do indicador natural de pH e as
substâncias, podem ser descartados no lixo comum (especificamente na pia). Os
copos plásticos podem ser lavados e reutilizados, ou em caso de inutilização, devem
ser encaminhados para reciclagem.

c) Exercícios:
1) Utilizando seus conhecimentos, indique se as substâncias/produtos listados
abaixo são ácidos ou bases:
a) Leite de Magnésia; b) Líquido de bateria; c) Sabão; d) Suco de limão; e)
Limpador com amoníaco.
Cite pelo menos mais uma substância (ou produto) que seja um ácido e pelo
menos mais uma substância (ou produto) que seja uma base.
2) Como foi possível identificar se as soluções desconhecidas eram ácidas ou
básicas? Explique, descrevendo com suas palavras, o que é um indicador de pH.
3) O que ocorreu ao se misturar as soluções dos copos 1 e 3? Explique.
4) A água do mar possui características básicas, que são fundamentais para a
que conchas e corais (que são formado por carbonato de cálcio) possam crescer e
se desenvolver. Um dos grandes problemas ambientais atuais é a acidificação dos
oceanos, que ocorre devido a presença cada vez maior de CO2 (gás carbônico) na
atmosfera, este gás tem características ácidas, e quando se dissolve no mar, pode
modificar o pH das águas, levando para um pH ácido. Inclusive, muitos recifes de
corais e conchas de moluscos já sofrem a ação da acidificação, ou seja, estão se
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decompondo. A acidificação causa problemas para todo o ecossistema marinho.


Sabendo disto, cite pelo menos duas atitudes que você pode tomar no seu dia-a-dia
para evitar a liberação de mais CO2 para a atmosfera.

d) Identificação dos pré-requisitos: Por se tratar de uma aula introdutória


sobre ácidos e bases, pode ser empregada para iniciar os trabalhos acerca de
ácidos e bases.

e) Modo de avaliar o aprendizado: Interação na aula, resolução de


exercícios, e principalmente o diálogo com os alunos durante a realização do
experimento.

f) Objetivos instrucionais: Os alunos deverão ser capazes de: identificar


visualmente e teoricamente o caráter ácido-base das substâncias; ter autonomia de
interpretar e resolver os exercícios propostos e relacionar o conteúdo no cotidiano
(assim como as questões sociais e ambientais).

g) Bibliografia:
FELTRE, R. Química. Vol. 1. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2004.
23

AULA PRÁTICA: INDICADORES DE ÁCIDO E BASE

Nomes:_______________________________________________ Nº ______ Turma:______

 Parte Experimental:
1. A equipe recebeu cinco soluções distintas. Adicione algumas gotas do indicador ácido-base
indicado e anote suas observações na Tabela abaixo:
Solução Cor inicial Cor após adição do indicador
1
2
3
4
5

2. Após anotar as cores, misture lentamente o conteúdo do copo da Solução 1 com a Solução 3.
Observe e anote o que ocorreu com a solução 3.

 Exercícios:
1) Utilizando seus conhecimentos, indique se as substâncias/produtos listados abaixo são ácidos
ou bases:
a) Leite de Magnésia: ____________________
b) Líquido de bateria: ____________________
c) Sabão: ______________________
d) Suco de limão: ________________________
e) Limpador com amoníaco: ________________________

Cite pelo menos mais uma substância (ou produto) que seja um ácido e pelo menos mais
uma substância (ou produto) que seja uma base.
Ácido:________________________ Base:___________________________
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2) Como foi possível identificar se as soluções desconhecidas eram ácidas ou básicas?


Explique, descrevendo com suas palavras, o que é um indicador ácido-base.

3) O que ocorreu ao se misturar as soluções dos copos 1 e 3? Explique.

4) A água do mar possui características básicas, que são fundamentais para a que conchas
e corais (que são formado por carbonato de cálcio) possam crescer e se desenvolver. Um dos
grandes problemas ambientais atuais é a acidificação dos oceanos, que ocorre devido a presença
cada vez maior de CO2 (gás carbônico) na atmosfera, este gás tem características ácidas, e
quando se dissolve no mar, pode modificar o pH das águas, levando para um pH ácido. Inclusive,
muitos recifes de corais e conchas de moluscos já sofrem a ação da acidificação, ou seja, estão
se decompondo. A acidificação causa problemas para todo o ecossistema marinho. Sabendo
disto, cite pelo menos duas atitudes que você pode tomar no seu dia-a-dia para evitar a liberação
de mais CO2 para a atmosfera.
25

PLANO DE AULA – TESTE DE CHAMA


Área / Subárea: Química / Estrutura Atômica.
Nível da aula: Ensino Médio - 1º ano.
Período: 01 aula / 50 minutos.

a) Identificação do tema: Estrutura Atômica / Modelos Atômicos.

b) Desenvolvimento da aula: O tema será desenvolvido em uma aula


expositiva/dialogada experimental.

b1) Materiais Necessários – VERSÃO 1:


• 8 Base das latas de alumínio (refrigerante) com aproximadamente 2 cm
de altura;
• Solução dos seguintes sais: Lítio, Magnésio, Potássio, Estrôncio,
Cobre, Cálcio, Sódio e Bário;
• Álcool;
• Fósforo;
• Seringa;
• 8 Pipetas.

b2) Materiais Necessários – VERSÃO 2:


• Lata de alumínio (refrigerante) com aproximadamente 20 furos;
• Solução dos seguintes sais: Lítio, Magnésio, Potássio, Estrôncio,
Cobre, Cálcio e Sódio;
• Álcool;
• Fósforo;
• Pipeta.

b3) Introdução ao tema:


O Modelo Atômico de Rutherford-Bohr apresenta o átomo comum núcleo
central, e com a eletrosfera em camadas onde os elétrons orbitam, cada camada
apresenta um número máximo de elétrons. Quando os elétrons são excitados
para camadas superiores, eles retornam para o estado inicial liberando energia
em forma de luz (fótons).
26

Cada elemento químico libera energia, após o elétron ser excitado e


voltar ao estado original, em comprimentos de onda únicos, pois a energia
necessária para a excitação dos elétrons é diferente em cada elemento.
O teste de chama consiste na prova ao fogo de uma pequena
quantidade de um sal de metal, onde o elemento irá emitir uma cor
característica (Tabela 1), este é o mesmo princípio de funcionamento dos
fogos de artifício. Como cada elemento apresenta uma cor característica,
amostras desconhecidas podem ser identificadas pelo Teste de Chama.

Tabela 1: Alguns exemplos de cores emitidas por alguns elementos:

Elemento Cor da luz


Sódio Amarelo
Potássio Violeta
Cálcio Laranja (Vermelho-
Bário Verde
Ferro Laranja
Cobre Verde/Azul
Lítio Rosa
Magnésio Branco
Manganês Verde
Estrôncio Vermelho

b3) Desenvolvimento da prática:


VERSÃO 1: Cortar a base da lata de alumínio com aproximadamente 2 cm de
altura, no total será necessário 8 bases (uma para cada sal). Lembre-se de lavar
para não ter interferentes na hora da prática.

VERSÃO 2: Utilizando um prego, fure uma lata de alumínio com


aproximadamente 150 furos (lembrando deixar a partir da base da lata, 2 cm sem
nenhum furo), quando a lata estiver toda furada, inicia-se o experimento.
27

Coloca-se um pouco de álcool na lata, e com um palito de fósforo acenda o fogo.


Espere 10 segundos até a chama estabilizar. Após, com o auxilio de uma pipeta,
pingue uma gota de cada solução de sal de metal na base da lata e observe a
mudança na coloração da chama.

c) Lista de exercícios:
1) Identifique quais amostras de metais foram usadas neste experimento:
a) ____________________

b) ____________________

c) ____________________

d) ____________________

e) ____________________

f) ____________________

g) ____________________

h) ____________________

2) Explique com suas palavras porque a chama muda de cor em contato com as
amostras.
3) Se em uma amostra existem três elementos diferentes, poderemos identificá-los
apenas utilizando o Teste de Chama? Justifique sua resposta.
4) O modelo atômico de Rutherford-Bohr é mais elaborado do que os modelos
atômicos de Dalton (“Modelo da Bola de Bilhar”) e Thomson (“Modelo do Pudim de
Passas”). Faça um esboço (desenho) dos Modelos Atômicos de Dalton e Thomson e
escreva se seria possível explicar a Luz dos Fogos de Artifício por estes modelos.
Justifique.

d) Identificação dos pré-requisitos: Temas nas quais os estudantes já ouviram


e/ou aprenderam (modelos atômicos, solução). Para poderem compreender que
quando um objeto é aquecido, ele emite radiação, essa que pode ser observada
através da sua cor (interações que ocorrem através dos níveis e subníveis de
energia).

e) Modo de avaliar o aprendizado: Por meio do diálogo antes, durante e


depois do experimento; resolução e interpretação dos exercícios.
28

f) Objetivos instrucionais: Identificar elementos através do Teste de


Chama, compreender o porquê da mudança da coloração da chama.

g) Bibliografia:
29

AULA PRÁTICA – TESTE DE CHAMA

Nomes:_______________________________________________ Nº ______ Turma:______

 INTRODUÇÃO:

O Modelo Atômico de Rutherford-Bohr apresenta o átomo com um núcleo central, e com a


eletrosfera em camadas onde os elétrons orbitam, cada camada apresenta um número
máximo de elétrons. Quando os elétrons são excitados para camadas superiores, eles
retornam para o estado inicial liberando energia em forma de luz (fótons).

Cada elemento químico libera energia, após o elétron ser excitado e voltar ao estado
original, em comprimentos de onda únicos, pois a energia necessária para a excitação dos
elétrons é diferente em cada elemento.
O teste de chama consiste na prova ao fogo de uma pequena quantidade de um sal de
metal, onde o elemento irá emitir uma cor característica (Tabela 1), este é o mesmo princípio
de funcionamento dos fogos de artifício. Como cada elemento apresenta uma cor
característica, amostras desconhecidas podem ser identificadas pelo Teste de Chama.

Tabela 1: Alguns exemplos de cores emitidas por alguns elementos:


Elemento Cor da luz emitida
Sódio Amarelo
Potássio Violeta
Cálcio Laranja (Vermelho-Tijolo)
Bário Verde
Ferro Laranja
Cobre Verde/Azul
Lítio Rosa
Magnésio Branco
Manganês Verde Amarelado
Estrôncio Vermelho Carmin

 OBJETIVO DA PRÁTICA: Identificar elementos através do Teste de Chama.

 EXPERIMENTAL: O Teste de Chama será realizado pelo professor em uma prática


demonstrativa.
30

 EXERCÍCIOS: No verso da folha.

1) Utilizando a tabela 1, identifique quais amostras de metais foram usadas neste


experimento:

a) _________________ b) _________________

c) _________________ d) _________________

e) _________________ f) _________________

g) _________________ h) _________________

2) Explique com suas palavras porque a chama muda de cor em contato com as amostras.

3) Se uma amostra existe três elementos diferentes, poderemos identifica-los apenas


utilizando teste de chama? Justifique.

4) O modelo atômico de Rutherford-Bohr é mais elaborado do que os modelos atômicos de


Dalton (“Modelo da Bola de Bilhar”) e Thomson (“Modelo do Pudim de Passas”). Faça um
esboço (desenho) dos Modelos Atômicos de Dalton e Thomson e escreva se seria possível
explicar a Luz dos Fogos de Artifício por estes modelos. Justifique.
31

2 – EXPERIMENTOS PARA O 2º ANO DO ENSINO MÉDIO

PLANO DE AULA – CAMALEÃO QUÍMICO


Área / Subárea: Química / Eletroquímica.
Nível da aula: Ensino Médio - 2º ano.
Período: 01 aula / 50 minutos.

a) Identificação do tema: Número de Oxidação, Eletroquímica.

b) Desenvolvimento da aula: O tema será abordado em uma aula experimental


dialogada.

b1) Materiais Necessários:


• Béqueres;
• Colher;
• Água;
• Hidróxido de sódio – NaOH;
• Açúcar – C12H22O11;
• Permanganato de potássio – KMnO4 .

b2) Desenvolvimento da prática: Um íon é uma espécie química carregada


eletricamente, ou seja, átomos que perderam ou ganharam elétrons. O cátion,
representado pelo símbolo positivo é quando o elemento tem um excesso de carga.
E o ânion, representado pelo símbolo negativo é quando o elemento tem falta de
carga.

O número de oxidação (nox), de um elemento é a carga elétrica que ele


adquire quando faz uma ligação iônica. Por exemplo, no cloreto de sódio (NaCl) o
nox de cada elemento é:

Nox +1 + (-1) → 0
Reação Na (aq) + Cl (aq) → NaCl (s)

Porém, tem alguns elementos que dependendo do composto formado, muda


de nox. Isso ocorre com os metais de transição. Essa mudança de nox pode ser
observada na mudança de coloração durante o experimento a seguir.

b3) Procedimento:
Solução I:
32

1. Coloque 200 mL de água no béquer;


2. Adicione uma pitada de hidróxido de sódio e 1 colher de açúcar;
3. Misture até dissolver;

Solução II:
1. Pegar uma pequena quantidade de permanganato de potássio (uma pitada) e
coloque no béquer;
2. Adicione aproximadamente 25 mL de água e misture até homogeneizar.

Solução III:
1. Agite a solução I com a colher em forma de círculos;
2. Coloque um pouco da solução II e continue agitando;
3. Observe e anote o que achar necessário.

Explicação: Ao adicionarmos o permanganato de potássio na água, teremos a


dissociação do sal, liberando íons permanganato no meio (MnO4-). Nessa etapa o
manganês terá o nox igual a +7, sem mudança de coloração. De forma análoga
ocorre o mesmo processo com o hidróxido de sódio e o açúcar, porém, como o
açúcar é um composto molecular este não irá se dissociar, e sim, irá liberar elétrons.
Como os íons permanganato estará em um ambiente cheio de elétrons livres,
logo este se transformará em íon manganato (MnO42-), o nox do manganês terá
mudado para +6, e a solução terá uma coloração esverdeada.
Por fim, o íon manganato não é tão estável logo ele irá se transformar em
dióxido de manganês (MnO2), o nox do manganês será + 4 e a reação tinjirá o seu
ponto final, com a coloração amarelada.

b4) Descarte de resíduos: As soluções podem ser descartadas na pia,


porém, é necessário cuidado por conta da soda cáustica.

c) Exercícios:
1) O que aconteceu ao misturar a solução I com a solução II? Descreva.

2) O que é o número de oxidação (nox)?

3) Todas as substâncias em sua forma estável possui um nox igual a zero, assim como
o permanganato de potássio que foi utilizado nesse experimento. Diante dessa
afirmativa, complete o nox do manganês nas seguintes moléculas:

Nox de cada elemento Molécula


+1 -2 x (4) =0

K Mn O4 KMnO4
33

Nox de cada elemento Molécula


-2 x (4) = -1

Mn O4 MnO4-

Nox de cada elemento Molécula


-2 x (4) = -2

Mn O4 MnO4-2

Nox de cada elemento Molécula


-2 x (2) =0

Mn O2 MnO2

4) Uma reação de oxi-redução conhecida também como reação redox, de forma geral,
é caracterizada pela transferência de elétrons. Isso pode ser observado com a
variação no valor do nox: se o nox aumenta, está ocorrendo uma reação de
Oxidação; se o nox diminui, está ocorrendo uma reação de Redução. No exercício
anterior, o Manganês - Mn está sofrendo uma oxidação ou redução? Justifique.

d) Identificação dos pré-requisitos:


e) Modo de avaliar o aprendizado: Interação na aula, resolução de exercícios
e principalmente o diálogo com os estudantes durante a realização do experimento.

f) Objetivos instrucionais: Os alunos serão capazes de associar que quando o


número de oxidação reduz está ocorrendo uma redução, caso contrário, quando o
número de oxidação aumenta está ocorrendo uma oxidação, visualmente através
dessa aula, tendo autonomia de interpretar e resolver os exercícios propostos, e
principalmente de relacionar o conteúdo com o cotidiano.

g) Bibliografia:
https://manualdaquimica.uol.com.br/experimentos-quimica/experimento-camaleao-
quimico.htm
https://www.youtube.com/watch?v=OKurcQt3ZOU
34

AULA PRÁTICA: CAMALEÃO QUÍMICO

Nomes:_______________________________________________ Nº ______ Turma:______

INTRODUÇÂO:

Um íon é uma espécie química carregada eletricamente, ou seja, átomos que perderam
ou ganharam elétrons. O cátion, representado pelo símbolo positivo é quando o elemento tem
um excesso de carga. E o ânion, representado pelo símbolo negativo é quando o elemento
tem falta de carga.
O número de oxidação (nox), de um elemento é a carga elétrica que ele adquire
quando faz uma ligação iônica. Por exemplo, no cloreto de sódio (NaCl) o nox de cada
elemento é:
Nox +1 + (-1) → 0
Reação Na (aq) + Cl (aq) → NaCl (s)

Porém, tem alguns elementos que dependendo do composto formado, muda de nox.
Isso ocorre com os metais de transição. Essa mudança de nox pode ser observada na
mudança de coloração durante o experimento a seguir.

EXPERIMENTO:

 Reagentes e materiais utilizados:


• Béqueres;
• Colher;
• Água;
• Hidróxido de sódio – NaOH;
• Açúcar – C12H22O11;
• Permanganato de potássio – KMnO4 .

 Procedimento:
Solução I:
1. Coloque 250 mL de água no béquer;
2. Adicione 1 colher de hidróxido de sódio e 3 colheres de açúcar;
3. Misture até dissolver;

Solução II:
1. Pegar uma pequena quantidade de permanganato de potássio (uma pitada) e coloque no
béquer;
2. Adicione aproximadamente 25 mL de água e misture até homogeneizar.

Solução III:
1. Agite a solução I com a colher em forma de círculos;
2. Coloque um pouco da solução II e continue agitando;
3. Observe e anote o que achar necessário.
35

EXERCÍCIOS:
1) O que aconteceu ao misturar a solução I com a solução II? Descreva.

2) O que é o número de oxidação (nox)?

3) Todas as substâncias em sua forma estável possui um nox igual a zero, assim como o
permanganato de potássio que foi utilizado nesse experimento. Diante dessa afirmativa,
complete o nox do manganês nas seguintes moléculas:

Nox de cada elemento Molécula


+1 -2 x (4) =0

K Mn O4 KMnO4

Nox de cada elemento Molécula


-2 x (4) = -1

Mn O4 MnO4-

Nox de cada elemento Molécula


-2 x (4) = -2

Mn O4 MnO4-2

Nox de cada elemento Molécula


-2 x (2) =0

Mn O2 MnO2

4) Uma reação de oxi-redução conhecida também como reação redox, de forma geral, é
caracterizada pela transferência de elétrons. Isso pode ser observado com a variação no
valor do nox: se o nox aumenta, está ocorrendo uma reação de Oxidação; se o nox
diminui, está ocorrendo uma reação de Redução. No exercício anterior, o Manganês - Mn
está sofrendo uma oxidação ou redução? Justifique.
36

PLANO DE AULA – REAÇÕES ENDOTÉRMICAS E EXOTÉRMICAS


Área / Subárea: Química / Físico-Química
Nível da aula: 2º ano - Ensino Médio.
Período: 1 aula / 50 minutos.

a) Identificação do tema: Processos/Reações Endotérmicas e Exotérmicas.

b) Desenvolvimento do tema: O tema será abordado em uma aula


experimental e dialogada .
b1) Materiais necessários:
• Uréia;
• Bicarbonato de sódio;
• Vinagre;
• Hidróxido de sódio;
• Água;
• Béqueres ou copos descartáveis;
• Colheres;
• Iodeto de potássio – KI;
• Peróxido de hidrogênio – H2O2;
• Detergente.

b2) Desenvolvimento da prática:


Começar a discussão sobre as características das reações químicas: todas
elas liberam ou absorvem energia da vizinhança (ou ambiente) de alguma forma.
Quando a reação absorve a energia, é classificada como uma reação endotérmica.
E quando a reação libera a energia, é classificada como uma reação exotérmica.
Caso já tenha trabalhado com os conceitos previamente, somente revisar e
seguir para a prática. E alertar para não tocar diretamente nos produtos.

- Parte I – Processo Endotérmico

 Procedimento:

1. Colocar uma colher de ureia ou até forrar o fundo do béquer;


2. Adicionar água até a metade do béquer;
3. Misturar a solução com a colher até a ureia se dissolver.
37

 Explicação: Esse processo é endotérmico, pois para dissolver a ureia na água


o processo necessitou de energia, ou seja, absorveu a energia do ambiente. Por
isso que ao final da dissolução ficou gelada. Outro exemplo seria o cozimento da
batata, antes de cozinhar a batata está crua e dura, após o cozimento ela fica
“mole”, pois a batata absorveu a energia em forma de calor para se cozinhar.


( )  (
) ⎯⎯⎯⎯⎯ ( )  ()

- Parte II – Reação Endotérimica

• Reagentes e materiais utilizados: Vinagre, bicarbonato de sódio, água, béquer


de 250 mL e uma colher de chá.

• Procedimento:
1. Coloque 100 mL de água no béquer;
2. Adicionar 2 colheres de bicarbonato de sódio;
3. Misturar até dissolver o bicarbonato;
4. Aos poucos adicione o vinagre e observe o que acontece.

• Explicação: Ao adicionar o vinagre que é um ácido, na solução aquosa de


bicarbonato de sódio (que é básico), houve uma neutralização. A equação química é
a seguinte:

 (
) +   () →   () +   () +  ()

As bolhas são formadas pelo gás carbônico liberado pelo ácido carbônico
(que é muito instável).

- Parte III – Processo Exotérmico

• Reagentes e materiais utilizados: água, hidróxido de sódio (NaOH), béquer de


250 mL e uma colher de chá.

• Procedimento:
1. Coloque 125 mL (ou até a metade) de água no béquer;
2. Adicionar 1 colher de hidróxido de sódio (NaOH);
3. Misture até dissolver o NaOH.

• Explicação: Esse processo é exotérmico, pois ao dissolver o hidróxido de


sódio na água o processo liberou a energia, assim, a solução esquentou.
38

Parte IV – Reação Exotérmica

• Procedimento:
1. Coloque 25 mL de peróxido de hidrogênio no recipiente;
2. Adicionar 10 gotas de detergente;
3. Por fim colocar uma pitada de iodeto de potássio e afaste-se.

• Explicação: O peróxido de hidrogênio (conhecida também como água


oxigenada) é a molécula de água com um átomo a mais de oxigênio, sendo muito
instável, ela quer liberar esse átomo de oxigênio, se tornando em água. Ao
adicionarmos o iodeto de potássio aceleramos a reação, por isso que ocorre muito
rapidamente. Já a espuma se forma por conta do detergente junto com o oxigênio
liberado em forma de gás.


2   () ⎯⎯⎯⎯ 2   ( ) + 2  ()

b3) Descarte dos resíduos:


Ambas as soluções podem ser descartadas na pia. Porém ter cuidado
com a espuma, que pode conter resíduos de peróxido de hidrogênio.

c) Exercícios:
1) Classifique se ocorreu uma reação exotérmica ou endotérmica na prática

realizada:

Parte I

Parte II

Parte III

Parte IV

2) Descreva o que ocorreu em cada parte do experimento.

Parte I

Parte II
39

Parte III

Parte IV

3) Cite um exemplo de uma reação endotérmica e de uma reação exotérmica do


seu dia a dia.

d) Identificação dos pré-requisitos: Essa prática precisa saber sobre a


estrutura de uma reação (reagentes e produtos). E pode ser empregada como uma
introdução para reações endotérmicas e exotérmicas.

e) Modo de avaliar o aprendizado: Interação na aula, resolução de


exercícios e principalmente o diálogo com os estudantes durante a realização do
experimento.

f) Objetivos instrucionais: Os alunos serão capazes de associar o que é


uma reação endotérmica e exotérmica visualmente através dessa aula, tendo
autonomia de interpretar e resolver os exercícios propostos, e principalmente de
relacionar o conteúdo com o cotidiano.

g) Bibliografia:
LIMA, Ricardo. Reação Endotérmica e Exotérmica. Disponível em:
<http://projetoseeduc.cecierj.edu.br/eja/recurso-multimidia-
professor/quimica/novaeja/m3u2/21.REACAO_ENDOTERMICA_x_EXOTERMICA.p
df>

https://www.manualdomundo.com.br/2012/05/pasta-de-dente-de-elefante-
experiencia-de-quimica/
40

AULA PRÁTICA: REAÇÕES ENDOTÉRMICAS E EXOTÉRMICAS

Nomes:_______________________________________________ Nº ______ Turma:______

 INTRODUÇÃO:

As reações químicas são processos através dos quais substâncias são transformadas em
outras através do rearranjo dos seus átomos. Podendo ser evidenciado do ponto de vista
macroscópico quando ocorre: a formação de sólidos, liberação de gás/vapor, mudança de
cor/aspecto, mudança de temperatura, entre outros.
De forma geral, todas as reações químicas liberam ou absorvem a energia do ambiente.
Sendo que:
• Quando o processo libera energia, chamamos de REAÇÃO EXOTÉRMICA. Este tipo de
reação pode ser percebido quando ocorre o aumento da temperatura, ou seja, quando o
recipiente esquenta. Um exemplo é a combustão.
• Quando o processo absorve energia, chamamos de REAÇÃO ENDOTÉRMICA. Este tipo
de reação pode ser percebido quando ocorre a diminuição de temperatura, ou seja, quando o
recipiente esfria. Um exemplo é a sensação que temos ao segurarmos um gelo, que
consequentemente derrete.

 EXPERIMENTO:

OBSERVAÇÃO: NÃO TOCAR EM NENHUM PRODUTO FORMADO, PODE CAUSAR IRRITAÇÃO NA


PELE!

- Parte I

 Reagentes e materiais utilizados: Ureia, água, béquer de 250 mL e uma colher de chá.

 Procedimento:

1. Colocar uma colher de ureia ou até forrar o fundo do béquer;


2. Adicionar água até a metade do béquer;
3. Misturar a solução com a colher até a ureia se dissolver.

- Parte II

• Reagentes e materiais utilizados: Vinagre, bicarbonato de sódio, água, béquer de 250 mL e


uma colher de chá.

• Procedimento:
1. Coloque 100 mL de água no béquer;
2. Adicionar 2 colheres de bicarbonato de sódio;
3. Misturar até dissolver o bicarbonato;
4. Aos poucos adicione o vinagre e observe o que acontece.
41

- Parte III

• Reagentes e materiais utilizados: água, hidróxido de sódio (NaOH), béquer de 250 mL e


uma colher de chá.

• Procedimento:
1. Coloque 125 mL (ou até a metade) de água no béquer;
2. Adicionar 1 colher de hidróxido de sódio (NaOH);
3. Misture até dissolver o NaOH.

- Parte IV

• Reagentes e materiais utilizados: Iodeto de potássio (KI), peróxido de hidrogênio (H2O2),


detergente, recipiente para a reação (béquer) e uma colher de chá.

• Procedimento:
1. Coloque 25 mL de peróxido de hidrogênio no recipiente;
2. Adicionar 10 gotas de detergente;
3. Por fim colocar uma pitada de iodeto de potássio e afaste-se.

 EXERCÍCIOS:
1) Classifique se ocorreu uma reação exotérmica ou endotérmica na prática realizada:
Parte I

Parte II

Parte III

Parte IV

2) Descreva o que ocorreu em cada parte do experimento.

Parte I

Parte II

Parte III

Parte IV

3) Cite um exemplo de uma reação endotérmica e de uma reação exotérmica do seu dia a dia.
42

PLANO DE AULA – SOLUÇÕES


Área / Subárea: Química / Química Analítica.
Nível da aula: Ensino Médio. 2º ano.
Período: 1 aula / 50 minutos.

a) Identificação do tema: Soluções / diluição.

b) Desenvolvimento do tema: O tema será abordado em uma aula


expositiva/experimental.

b1) Materiais necessários:


- Água
- Pó para preparo de suco (de preferência colorido)
- Pacotes plásticos pequenos
- Copos plásticos transparentes
- Copo previamente marcado com a quantidade indicada de água (por
exemplo, 10 mL)

b2) Desenvolvimento da prática:


A turma pode ser dividida em grupos de 3 ou 4 alunos com o intuito de
facilitar a participação de todos e também facilitar o desenvolvimento da aula
experimental. O experimento consiste em trabalhar concentração e diluição do soluto.
As amostras dos solutos (suco em pó) devem estar separadas em quantidades em
massa (1, 2, 3 e 4 g), pesadas previamente em uma balança, e armazenadas em
pacotes plásticos pequenos ou outro recipiente. A informação da quantidade em
grama ainda não será passada aos alunos neste momento.
Cada grupo receberá uma amostra de cada massa de suco e deverá colocar
em recipientes separados. Para os recipientes, podem ser utilizados copos plásticos
transparentes, ou caso tenha disponível no colégio, béqueres. Com o auxílio de um
copo plástico que contém a marcação para a quantidade de água, por exemplo, 10
mL, os alunos deverão medir a quantidade e inserir o solvente em cada recipiente
que já contém a quantidade de suco.
Após solubilizar as amostras de suco, cada equipe deve indicar a ordem das
soluções, da mais concentrada para a mais diluída, utilizando apenas o fator visual.
43

Depois dessa etapa, receberão a informação da quantidade em massa de cada


amostra. A informação que será fornecida aos alunos é a seguinte: Sabendo que as
massas colocadas são de 1, 2, 3 e 4 g, qual volume de H2O deverá ser adicionado à
solução mais concentrada para que ela tenha a mesma concentração da solução
menos concentrada?
Em seguida, serão desafiados a calcular a quantidade de água que deve ser
inserida na solução mais concentrada para que a concentração fique igual a da
solução mais diluída. E após o cálculo, devem inserir o solvente na solução mais
concentrada.
Ao final do experimento serão revisados os temas a seguir: soluto, solvente,
solução saturada e insaturada, concentração e seus cálculos.

b3) Descarte dos resíduos:


Todos os resíduos envolvendo soluções de suco podem ser descartados no
lixo comum. Os copos plásticos podem ser lavados e reutilizados, ou em caso de
inutilização, devem ser encaminhados para reciclagem.

c) Lista de exercícios:
1) Identifique no experimento realizado sobre soluções:
a) O soluto:_______________________.
b) O solvente: ________________________.
c) Existe alguma solução saturada? Se sim, qual delas?
_______________________
2) Um estudante preparou uma solução de NaCl dissolvendo 50 g do sal em
250 mL de água. Qual é a concentração em g/L desta solução?
3) Considere a solução preparada no exercício anterior, qual é a sua
concentração em mol/L. (Dados (mm): Na = 23; Cl = 35,5)

d) Identificação dos pré-requisitos: Para melhor aproveitamento da aula, o


aluno já deverá ter passado pelos temas e ter conhecimentos/noções sobre soluto,
solvente, solução saturada e insaturada, concentração e seus cálculos,
familiarizados com unidades.
44

e) Modo de avaliar o aprendizado: Resolução dos exercícios e diálogo com


os alunos durante a realização dos experimentos.

f) Objetivos instrucionais: Os alunos deverão ser capazes de: compreender


os conceitos que foram demonstrados, ter autonomia de calcular (concentração e
transformação de unidades relacionadas ao conteúdo) com facilidade e relacionar o
conteúdo com o cotidiano.

g) Bibliografia:
FELTRE, R. Química. Vol. 2. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2004.
45

3 – EXPERIMENTOS PARA O 3º ANO DO ENSINO MÉDIO

PLANO DE AULA – SAPONIFICAÇÃO


Área / Subárea: Química / Química Orgânica.
Nível da aula: Ensino Médio. 3ºano.
Período: 01 aula / 50 minutos.

a) Identificação do tema: Reações orgânicas / Reação de Saponificação.

b) Desenvolvimento da aula: O tema será desenvolvido em uma aula


expositiva/dialogada.

b1) Materiais Necessários:


• Água;
• Soda cáustica;
• Óleo vegetal usado;
• Recipientes para o experimento;
• E ferramentas para conduzir o experimento.
b2) Introdução ao tema:
Óleos vegetais e gorduras animais pertencem a classe de substâncias
denominada como lipídios (do grego lipos, “gordura”), são solúveis em solventes
orgânicos e insolúveis em água. O principal constituinte de óleos e gorduras são
os glicerídeos, que são ésteres de glicerina (ou também conhecido como glicerol
- um tri-álcool) com ácidos graxos (Figura 1).

Ácidos graxos são ácidos carboxílicos de cadeia carbônica longa, saturada


ou insaturada, com número par de átomos de carbonos.

Figura 1: Reação de formação de um glicerídeo (constituinte básico de muitos óleos e gorduras).

A reação de saponificação é a reação de hidrólise dos glicerídeos na


presença de bases fortes (Figura 2), como o hidróxido de sódio (NaOH). O nome
saponificação é derivado da “fabricação de sabão”, que será o produto da
reação. O sabão, após formado, apresentará uma molécula que possui caráter
46

anfipático, ou seja, possui uma parte apolar e outra polar (Figura 3). Nos sabões,
a parte apolar interage com as sujeiras, e a porte polar, com a água, justificando
assim a ação de limpeza destas substâncias.

Figura 2: Reação de saponificação utilizando hidróxido de sódio.

Parte polar
Parte apolar O

ONa

Figura 3: Estrutura representativa de uma molécula presente em sabões.

b3) Desenvolvimento da prática:


VERSÃO 1 - Prática demonstrativa
Ter uma conversa breve (uma introdução, sobre o descarte correto de
resíduos (óleo vegetal usado)) com os estudantes antes do experimento para
contextualizar e ter melhor aproveitamento do experimento proposto.
O experimento de saponificação (previamente testado), envolve o uso de
soda cáustica (NaOH, hidróxido de sódio), água e óleo vegetal usado, sendo que
todo o experimento é realizado em temperatura e pressão ambiente.
Para o experimento, vamos utilizar 500g de NaOH dissolvida em 500mL de
água, esta solução é adicionada à 3,0L de óleo vegetal usado, a mistura é então
agitada por aproximadamente 20 minutos e depois o material é deixado para secar
(em aproximadamente 1 dia o sabão já está formado e seco).
Este experimento encontra-se embasado nos Princípios 6 (Métodos de
síntese devem ser conduzidos a temperatura e pressão ambientes quando possível)
e 7 (O uso de matérias primas renováveis deve ser priorizado) da Química Verde.

VERSÃO 2 - Prática investigativa


47

Como esse experimento requer materiais de grau médio periculosidade, o


professor vai intervir na prática, executando a parte mais perigosa, no caso, a
diluição da soda cáustica (NaOH) em água e depois transferindo para o recipiente
que contém o óleo vegetal usado.
Para a prática investigativa, iremos utilizar 20% da receita da prática
demonstrativa, ou seja, para 600mL de óleo vegetal usado, adicionaremos 100g de
NaOH dissolvida em 100mL de água.
Depois de dissolvida o hidróxido de sódio (NaOH) em água, o professor irá
transferir a solução para o recipiente que contém o óleo vegetal usado, e então, com
o auxilio de uma colher de madeira os alunos irão agitar o sabão até que comece a
endurecer. Após, deixar secar por 1 dia para finalizar a formação do sabão, e assim,
poder cortá-lo e utilizá-lo.

b4) Descarte dos resíduos:


O objetivo é reutilização do óleo vegetal, por isso, queremos minimizar o
resíduo em si. Caso contrário seguir orientação do professor.

c) Lista de exercícios:
1) (UFPR-2013 - adaptado) Ralos de pias de cozinhas e próximas a churrasqueiras
entopem com frequência. Ao solicitar o serviço de desentupimento, o profissional
sugeriu uma prática que é bastante comum: dissolver meio quilograma de soda
cáustica em um balde de água fervente e em seguida jogar a solução resultante
ainda quente na pia ou ralo entupido. Segundo o profissional, a solução quente é
capaz de dissolver a gordura que causa o entupimento.
a) Que reação química ocorreu que foi capaz de dissolver a gordura que causou o
entupimento?
b) Por que utilizar água quente? Justifique sua resposta.
2) O óleo de cozinha usado é um resíduo bastante perigoso se descartado de forma
inadequada. Cite alguns problemas (pode ser ambiental, social ou econômico) que
você imagina que possa ocorrer se o óleo for descartado inadequadamente nos
seguintes locais:
a) Pias, ralos e esgoto
b) Enterrar o resíduo (solo
c) Descarte no lixo comum
3) O óleo de cozinha usado precisa ser descartado (ou reutilizado) de forma correta
para não contaminar o meio ambiente. Uma destas formas é a produção de sabão.
Outra maneira de descartar o resíduo é armazenar em garrafas PET e destinar para
pontos de coleta do óleo. Este óleo pode ser utilizado como matéria-prima para a
produção de muitos produtos além de sabão, como biodiesel, massa de vidraceiro,
48

outros produtos de limpeza e automotivos, etc. O biodiesel, por sua vez, é um


combustível bastante interessante, pois apresenta algumas vantagens (do ponto de
vista ambiental) para o diesel de petróleo. Você conseguiria apontar estas
vantagens? (Cite pelo menos duas).
_______________________________________________________________

1) A reação entre o óleo vegetal usado e hidróxido de sódio origina, glicerol e


sabão:

   () + 3 (
) ⎯    () + 3    (
)
Determine o rendimento teórico do sabão, a partir de 6L de óleo e 1kg de hidróxido
de sódio. Sabendo se que 1L de óleo equivale a aproximadamente 900g. (Dados: C
= 12g/mol; H = 1g/mol; O = 16g/mol; Na = 23g/mol;).
2) O sabão caseiro feito a partir do óleo vegetal usado é ambientalmente mais
correto? Justifique.
3) Assinale a alternativa INCORRETA:
a) Não se pode descartar o óleo de fritura em terrenos “baldios”.
b) O sabão caseiro é menos nocivo ao meio ambiente que o detergente.
c) O óleo e água são imiscíveis somente pela densidade.
d) O óleo vegetal usado pode ser transformado em biodiesel.
e) A emulsão é formada a partir da mistura de óleo, água e um agente surfactante.

d) Identificação dos pré-requisitos:


Temas nas quais os estudantes já ouviram e/ou aprenderam (rendimento
teórico, estequiometria, entre outros). Para podermos introduzir o que é a Química
Verde. E principalmente do que se trata um composto orgânico.

e) Modo de avaliar o aprendizado:


Através do diálogo durante o momento pré experimento e durante, resolução
e interpretação dos exercícios.

f) Objetivos instrucionais:
Ter autonomia em: relacionar o experimento proposto com os impactos que
são causados no meio em que vivemos (aspectos sociais e econômicos); em se
conscientizar e todos ao redor; e ter compreensão básica da Química Verde.

g) Bibliografia:
49

AULA PRÁTICA – SAPONIFICAÇÃO

Nomes:_______________________________________________ Nº ______ Turma:______

Introdução
Óleos vegetais e gorduras animais pertencem a classe de substâncias denominada como
lipídios (do grego lipos, “gordura”), são solúveis em solventes orgânicos e insolúveis em água. O
principal constituinte de óleos e gorduras são os glicerídeos, que são ésteres de glicerina (ou também
conhecido como glicerol - um tri-álcool) com ácidos graxos (Figura 1). Ácidos graxos são ácidos
carboxílicos de cadeia carbônica longa, saturada ou insaturada, com número par de átomos de
carbonos.

Figura 1: Reação de formação de um glicerídeo (constituinte básico de muitos óleos e gorduras).

A reação de saponificação é a reação de hidrólise dos glicerídeos na presença de bases fortes


(Figura 2), como o hidróxido de sódio (NaOH). O nome saponificação é derivado da “fabricação de
sabão”, que será o produto da reação. O sabão, após formado, apresentará uma molécula que possui
caráter anfipático, ou seja, possui uma parte apolar e outra polar (Figura 3). Nos sabões, a parte
apolar interage com as sujeiras, e a porte polar, com a água, justificando assim a ação de limpeza
destas substâncias.

Figura 2: Reação de saponificação utilizando hidróxido de sódio.

Parte polar
Parte apolar O

ONa

Figura 3: Estrutura representativa de uma molécula presente em sabões.


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Exercícios:

1) (UFPR-2013 - adaptado) Ralos de pias de cozinhas e próximas a churrasqueiras entopem com


frequência. Ao solicitar o serviço de desentupimento, o profissional sugeriu uma prática que é bastante
comum: dissolver meio quilograma de soda cáustica em um balde de água fervente e em seguida jogar a
solução resultante ainda quente na pia ou ralo entupido. Segundo o profissional, a solução quente é capaz
de dissolver a gordura que causa o entupimento.

a) Que reação química ocorreu que foi capaz de dissolver a gordura que causou o entupimento?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________.

b) Por que utilizar água quente? Justifique sua resposta.

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________.

2) O óleo de cozinha usado é um resíduo bastante perigoso se descartado de forma inadequada. Cite
alguns problemas (pode ser ambiental, social ou econômico) que você imagina que possa ocorrer se o
óleo for descartado inadequadamente nos seguintes locais:

a) Pias, ralos e esgoto:___________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________.

b) Enterrar o resíduo (solo):_______________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________.

c) Descarte no lixo comum:_______________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________.

3) O óleo de cozinha usado precisa ser descartado (ou reutilizado) de forma correta para não contaminar o
meio ambiente. Uma destas formas é a produção de sabão. Outra maneira de descartar o resíduo é
armazenar em garrafas PET e destinar para pontos de coleta do óleo. Este óleo pode ser utilizado como
matéria-prima para a produção de muitos produtos além de sabão, como biodiesel, massa de vidraceiro,
outros produtos de limpeza e automotivos, etc. O biodiesel, por sua vez, é um combustível bastante
interessante, pois apresenta algumas vantagens (do ponto de vista ambiental) para o diesel de petróleo.
Você conseguiria apontar estas vantagens? (Cite pelo menos duas).

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________.

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