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CEFET-RJ

TECNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO


ALUNO: JOSEMAR FERREIRA MESSIAS
MATRÍCULA: 1912727SEGN
TURMA: 3CSEGN
DISCIPLINA: INCIDENTES, ACIDENTES, PLANOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA 1
PROFESSOR: LUIZ ANTÔNIO VIÉGAS DA SILVA (luiz.viegas@cefet-rj.br)

O CONTROLE DE PERDAS (SÍNTESE)

As organizações podem sofrer perdas associadas ao seu patrimônio, uma vez que o referido
ambiente é permeado de riscos. Assim, faz-se necessário à identificação antecipada de todos os
fatores que geram ameaças ao patrimônio organizacional, considerando que esta ação permita que
sejam adotadas medidas preventivas visando evitar a ocorrência das possíveis perdas.
Em termos de evolução, podemos, observar que parte das ações relativas à prevenção de
perdas foi desenvolvida em virtude da grande incidência de acidentes do trabalho, pois a gravidade e
a frequência das lesões nos trabalhadores, os danos às máquinas e equipamentos, às instalações e
ao processo produtivo, necessitaram uma série de esforços que, tinham como objetivo prevenir e
controlar tais eventos.
Na verdade, o que se busca é manter as empresas dentro de um conceito de segurança, o
qual está relacionado exclusivamente à prevenção e à eliminação dos riscos que podem afetar os
trabalhadores. Do mesmo modo, todos os estudos e pesquisas realizados giravam em torno das
lesões que podem ser produzidas através dos acidentes de trabalho. Uma empresa segura, então,
seria aquela onde ocorresse o menor número de acidentes e estes eram focados segundo o custo que
produziam, sem haver a ponderação das diversas perdas patrimoniais que estão associadas à
ocorrência desses acidentes.
Os métodos centrados nos empregados solicitam que um ambiente seguro pode ser criado e
mantido pelos mesmos, desde que eles sejam motivados a desempenharem as suas funções com
segurança. Para isso, algumas técnicas devem ser usadas, como a supervisão geral e o incentivo à
classe trabalhista.
O incentivo pode ser obtido através de maior participação nas decisões relativas à segurança;
podem ser utilizados também os treinamentos em relações humanas, a associação da segurança com
emoções agradáveis ou recompensadoras, a melhoria da comunicação interna etc.
Essas ações visam motivar os empregados a reconhecerem o seu meio ambiente e as suas
reações, com o objetivo de se precaverem e de se conduzirem de forma segura.
A ênfase recai sobre a procura das causas dos acidentes e, com esse intuito, são percorridos
os atos inseguros, as condições inseguras, as falhas humanas etc., colhendo-se dados estatísticos
quanto à incidência, horário, local etc. Esse método sugere múltipla causalidade e age primariamente
como elemento de seleção.
Para esse modelo o acidente seria causado pela produção anormal do sistema homem-
máquina e tem as suas causas individuais estudadas dentro do conjunto do sistema trabalho, cujos
fatores se entrelaçam e se auto-regulam. O sistema completo de trabalho seria a execução da
operação: indivíduo x material x tarefa x ambiente.
Estudar os quase-acidentes, ou os incidentes considerados críticos, que poderiam conduzir a
um acidente, assim, os acidentes são investigados através de uma metodologia onde se realizam
entrevistas com os indivíduos para a formulação de um relatório a ser processado, analisado e
discutido nas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), afim de que sejam tomadas as
medidas preventivas necessárias.
A Análise Preliminar de Riscos (APR), por sua vez, consiste em um estudo, durante a
concepção ou desenvolvimento prematuro de um novo sistema, com a finalidade de determinar os
riscos que poderão estar presentes em sua fase operacional.
Esse procedimento é de suma importância, principalmente nos casos em que o sistema a ser
concebido não possui semelhança com outros existentes.
A devida proteção do patrimônio organizacional está condicionada ao conhecimento ou
identificação prévia de todos os elementos e fatores que tornam possível o acontecimento de perdas.
Sob esse enfoque, é necessário que o profissional encarregado da gestão dos riscos
organizacionais utilize os vários recursos disponíveis com o objetivo de evitar a materialização dos
riscos e, por extensão, a ocorrência das perdas.
O conhecimento das ações prevencionistas está alicerçado nas várias metodologias que possibilitam a
identificação de riscos. No entanto, não existe um método ótimo que permita uma total identificação.
Na prática, deve-se utilizar a combinação dos vários métodos existentes, para a abrangência
do maior número de informações possíveis sobre os riscos.
Assim sendo, é indispensável que o gestor conheça e operacionalize as várias técnicas
disponíveis visando a correta aplicação das mesmas no âmbito organizacional. Isto conforme as
características possuídas pela empresa e as variáveis que intervém sobre a mesma como: tamanho
das instalações físicas, sistema de produção utilizado, bens/ou serviços ofertados ao mercado,
número de funcionários, relação com o meio que a cerca (clientes, fornecedores, órgãos
governamentais etc.)
Portanto, entender a existência e a possibilidade de materialização dos riscos que ameaçam as
organizações é considerar sempre a possibilidade da ocorrência de perdas. Porém, esse
entendimento não deve levar o gestor ao “esquecimento” ou a negligência relativa às perdas, pois
mesmos que nem todas elas sejam igualmente sérias (no sentido do tamanho do prejuízo sobre o
patrimônio organizacional), é necessário que as organizações busquem entender como elas são
produzidas ou geradas com o intuito de evitar aquelas cuja repercussão possam acarretar prejuízos
maiores ou até mesmo comprometer a sobrevivência da organização.
Por isso investir na segurança do trabalho não é perda para a empresa e nem para o gestor e
sim investir em melhorias para a empresa.

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