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Fichamento Capítulos 1, 2, 3 e 14
Parte I
TEORIA GERAL DO ESTADO
1 Divisão Geral do Direito e Posição da Teoria Geral do Estado
1.1 Considerações Iniciais
O autor irá utilizar o primeiro capítulo para analisar as divisões do direito, levando o leitor a
compreender a relevância dessa divisão. Dessa forma, ele apresenta duas divisões: Direito
Natural e Positivo; e Direito Público e Privado, com este manifestando atualmente um novo
ramo conhecido como direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos.
Conforme a divisão dos antigos romanos, existem dois ramos do Direito Positivo: o Direito
Privado, que regula a relação entre indivíduos e trata de interesses particulares; e o Direito
Público, que atua nas relações dentro do corpo político e deste com os indivíduos, tratando, pois,
de assuntos do Estado. Atualmente, aparece um terceiro ramo nessa divisão, conhecido como
“interesses coletivos”, que originalmente eram considerados parte do Direito Público. Por não
tratarem de confrontos diretos entre Estado e indivíduo, e sim de garantias de qualidade de vida
aos cidadãos, não se enquadravam totalmente nessa classificação. Assim sendo, iniciou-se na
década de 70, na Itália, o estudo de um novo ramo do Direito. Já no Brasil, tal discussão entrou
em pauta a partir da conceituação de Direito do Trabalho e alcançou sua formatação atual no
artigo 81 do Direito do Consumidor, que define os Direitos Difusos, Coletivos e Individuais
Homogêneos.
A Teoria Geral do Estado se introduz no Direito Público Interno, categorizando-se como uma
introdução ao Direito Constitucional geral, além de servir também como base do Direito
Internacional. A Ciência Política não se enquadra como uma ciência jurídica, sendo esta uma
ciência auxiliar de grande importância na formação dos juristas.
O autor inicia a discussão com o conceito intuitivo de sociedade, sendo esse o agrupamento
organizado de vários homens com um objetivo em comum. A partir de então, o autor introduz
diversas ideias de variados pensadores sobre o conceito de sociedade. Para Talcott Parsons a
palavra define um emaranhado de relações entre homens e seus semelhantes e não uma junção de
indivíduos. Sanchez Agesta defende a ideia de várias sociedades, ou pluralidade de grupos e
Charles Maurras segue a mesma linha. O conceito de sociedade é discutido desde a Antiguidade,
quando Aristóteles diz não ser possível pensar a existência humana sem o contato entre
indivíduos, evidenciando o caráter social do homem. Já os contratualistas negam esse impulso
natural de associação, e afirmam que somente a vontade humana justifica a existência da
sociedade quando considera esta o resultado de um contrato hipotético realizado entre os
homens. Giorgio Del Vecchio descreve a sociedade como sendo um “complexo de relações pelo
qual vários indivíduos vivem e operam conjuntamente, de modo a formarem uma nova e superior
unidade”.
São três as teorias sobre os fundamentos da sociedade, sendo elas: a) teoria organicista: os
papéis sociais são bem definidos, formando um todo quando somados; b) teoria mecanicista:
com um viés individualista, todo indivíduo possui autonomia e sua própria liberdade; c) teoria
eclética: é uma junção das duas anteriores.
Considera a sociedade como um corpo que sobrevive por órgãos desempenhando sua função
específica para o bem de todos. Tal teoria nasce na filosofia de Platão, quando ele estrutura a
organização social definindo um papel específico a todos os indivíduos, excluindo assim o
individualismo, e fortalecendo a sociedade. Desse pensamento, surge a crítica de que levaria a
governos antidemocráticas e autoritários, pois, buscando apenas o bem comum, o interesse de
cada um torna-se irrelevante. Essa teoria se divide em duas categorias: materialismo, que explica
a dinâmica da sociedade a partir do funcionamento do corpo humano; e idealista, que acredita na
existência de um “espírito popular” gerador de valores sociais.
Nessa concepção, a sociedade se forma pela união de indivíduos, que agem com autonomia e
liberdade, sendo resultado de uma atitude voluntária dos homens e não algo inevitável da
natureza humana. Os contratualistas são considerados mecanicistas. Tal visão individualista nas
relações entre homem e Estado, quando ocorre conflito de interesses pessoais, prejudicam a ideia
de bem comum.
3 Estado e Direito
3.1 Considerações Iniciais
De acordo com essa teoria, Direito e Estado seriam conceitos sinônimos. Os pensadores
dessa linha não admitem outras fontes de direito que não sejam advindas do Estado, existindo
apenas o Direito Estatal.
Com o objetivo de equilibrar as duas teorias anteriores, essa terceira tem a melhor explicação
sobre as relações entre Direito e Estado. Em sua concepção, Direito e Estado são realidades
distintas e interdependentes. Nessa lógica, o Estado interfere na sociedade na medida em que
problemas sociais passam a afetar o bem comum. Seus pensadores reconhecem uma fonte de
direito não estatal, como a moral, mas crê que o Estado seja a principal fonte. Há dois tipos de
Estado, que varia conforme seu envolvimento no direito: estado minimalista é quando ocorre
poucas intervenções; estado intervencionista é o contrário, ocorre muitas intervenções.
O partido político, considerado pelo autor como a instituição mais importantes para a
manutenção da democracia, é uma associação de cidadãos reunidos com o intuito de conduzir
um governo com um mesmo ideal através de um plano de ação governamental e com o apoio da
população.
14.2 Histórico
Nesse tópico, o autor monta uma pequena linha do tempo apresentando diversos partidos
políticos que se dão desde a Antiguidade, com os patrícios e plebeus na Roma Antiga, até os dias
atuais com os liberais e social-democratas na Europa e Brasil.
14.3 Princípios