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Atividade do Módulo II
Belo Horizonte possui bairros com IDHs muito distintos entre si. Os bairros com
maiores índices e que se assemelham a de países desenvolvidos como Suíça
e Japão são os da região centro-sul da capital, como por exemplo Belvedere,
Mangabeiras e Savassi. Por outro lado, os bairros com piores índices são
aqueles que tem, em médica, padrões em torno de 0,665, como a Vila dos
Anjos e Vila Acaba Mundo e que são semelhantes aos países
subdesenvolvidos, como a Índia.
Analisando o material disponibilizado para a realização da atividade, é possível
notar que a distribuição de casos não está muito diferente entre as regiões da
capital. Segundo o boletim epidemiológico da Prefeitura de Belo Horizonte de
dezembro de 2020, a região centro-sul, norte e Pampulha possuem número de
casos e óbitos confirmados similares entre si. E essas regiões possuem bairros
com IDHs muito diferentes quando comparadas. Já a região do Barreiro, região
leste e nordeste são as que se concentram o maior número de casos
confirmados e também o maior número de óbitos.
Ao meu ver, existe correlação entre a condição socioeconômica e
vulnerabilidade social entre casos de coronavírus e local de residência
principalmente em relação ao número de óbitos. Em Belo Horizonte, por mais
que os números da região centro-sul (com melhores índices de IDH) sejam
semelhantes a outras regiões com índices mais precários, o poder aquisitivo
dessas pessoas é maior, o que possibilita maior acesso aos serviços de saúde,
por exemplo.
Uma das medidas para tentar conter o avanço do COVID-19 é o isolamento
social, e fatores como o tamanho físico da residência dessas pessoas implica
em até como esse isolamento poderá ser efetivo. Não é possível cobrar os
mesmos resultados decorrentes dessa ação das pessoas que moram em
regiões precárias, com alto número de integrantes familiares (aumento da
possibilidade de contágio direto) e sem recursos financeiros ou com serviços
médicos precários. Muitas dessas pessoas não se podem ‘’dar ao luxo’’ de
fazer home-office, por exemplo. Pessoas em áreas de pior nível
socioeconômico apresentam quase que invariavelmente piores condições de
saúde.
Já as regiões de melhores níveis socioeconômicos tendem a oferecer maiores
níveis de cobertura de serviços de saúde, saneamento e educação. O nível de
educação alto pode trazer às pessoas maior conhecimento e entendimento
sobre a gravidade da situação pela qual estamos passando, e,
consequentemente, as medidas recomendadas tendem a ser melhor aceitas
entre essa parte da população.
Antes de cada município propor medidas que visam diminuir o número de
casos, é necessário que se tenha em mente a realidade dos moradores da
cidade em que se vivem e entender que em um país tão desigual quanto o
nosso, é necessário que as medidas de prevenção sejam “reais” e levar em
consideração como é a realidade de cada família.