Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
16121017281061500000049415605
Eng. Roberto Claro – Perito Judicial 1
Processo 0010875-48.2016.5.15.0059
ESCLARECIMENTOS SOBRE O
LAUDO TÉCNICO PERICIAL
PROCESSO Nº 0010875-48.2016.5.15.0059
RECLAMANTE: TEREZINHA DE JESUS SOUZA
RECLAMADA: ESTADO DE SÃO PAULO
Termos em que,
Pede Deferimento.
___________________________________________
Eng. Roberto Carlos Claro
CREA-SP-068.247.3230
02. O fato da Reclamada não ter fornecido EPI não significa que a Reclamante esteve
exposta ao risco. É importante esclarecer que o fornecimento de EPI se faz necessário
caso exista a exposição do trabalhador ao risco de agentes físicos, químicos e biológicos,
o que, durante a diligência, não se comprovou.
04. Constatou-se durante a diligência que a capacidade dos recipientes de metal contendo
inflamáveis líquidos armazenados e movimentados pelo Reclamante variava de 0,9 a 18,0
litros em uma única embalagem, com predominância para as embalagens contendo 3,6 e
5,0 litros. Embora a quantidade de produtos armazenados seja considerável
(aproximadamente 1.500 litros, dependendo do estoque), são embalagens fechadas,
lacradas na fabricação. Portanto, constatou-se que as atividades desenvolvidas pela
Reclamante com inflamáveis são as mencionadas pela NR 16 - Item 4, definindo que não
caracteriza periculosidade o manuseio, a armazenagem e o transporte em embalagens
certificadas, simples, compostas ou combinadas, dentro dos limites legais.
05. Este perito reforça que não se deve confundir risco de acidente com condição de
periculosidade. Em resumo, a Reclamante não realizava qualquer atividade ou operação
em instalações ou equipamentos energizados ou desenergizados em alta ou baixa tensão.
Da mesma forma, não realizava qualquer atividade ou operações em proximidade,
conforme estabelece a NR 10. O fato da Reclamante transitar sob as catenárias de alta
tensão (mais de 1.500 volts), no trajeto da portaria até o local de trabalho, não define uma
condição de periculosidade, visto que a distância do trabalhador até o ponto de
energização é suficiente para caracterizar uma zona livre de risco, conforme conceitos
definidos pela NR 10.
06. Por fim, reforço também que a Reclamada não é uma concessionária de energia
elétrica, como se apresenta no documento da Impugnação. Da mesma forma, a reclamante
não laborou na Oficina, como está descrito na Impugnação da Reclamante.
01. A Reclamante NÃO laborou exposta aos riscos de agentes físicos, químicos e/ou
biológicos durante todo o período do pacto laboral com a Reclamada. Portanto,
conforme o estabelecido nas Normas Regulamentadoras NR 01, NR 06, NR 09 e
NR 15 e seus Anexos da Portaria nº 3.214/78, este perito reitera pela
INEXISTÊNCIA DE INSALUBRIDADE.
Termos em que,
Pede Deferimento.
___________________________________________
Eng. Roberto Carlos Claro //
CREA-SP-068.247.3230