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Etec Profª Anna de Oliveira Ferraz

Técnico em Informática

Gestão de Sistemas Operacionais I

Profª Luciane Thomazini Furtado


2007
Gestão de Sistemas Operacionais I

Introdução

Um sistema operacional é um software de controle total do computador.


Um computador NÃO funciona sem um sistema operacional. Sob esse aspecto ele
é um software privilegiado, ocupando posições privilegiadas de memória (sempre
parte do sistema operacional está residente na memória). Todas as operações
envolvendo o processador, memória e periféricos do sistema estão (ou deveriam estar)
sob seu controle total. Isso significa que qualquer programa que está rodando no
computador em princípio tem que pedir ao sistema operacional (ou aguardar aviso do
sistema operacional) para fazer determinadas operações. Um outro modo de enfatizar
esse aspecto é dizer que o sistema operacional, que é um programa, tem
prioridade sobre qualquer outro programa que está sendo executado.
Para que o hardware ou parte física de um computador possa funcionar faz-
se necessário um conjunto de regras e ordens que coordenem todos os processos
realizados. Tal conjunto é denominado software ou parte não material do sistema.
(Graças ao software integrado por uma enorme quantidade de programas que
interagem entre si) todos os recursos podem ser utilizados em qualquer sistema
informático.
Todo o conjunto de programas que compõem o software pode ser dividido
em dois grupos bem diferenciados:
Software básico: conjunto de programas imprescindíveis para o
funcionamento do sistema;
Software aplicativo: conjunto de programas a serem utilizados pelo usuário.
Estudaremos apenas o software básico ou de sistema, criado pela empresa
fabricante para os seus computadores. Vamos nos referir a esse software como
sistema operacional.

Entendendo o Sistema Operacional


O Sistema Operacional (SO) gerencia os recursos (hardware e software) do
computador, disponibilizando-os de maneira amigável ao usuário. O SO tem como
objetivo colocar uma camada de software sobre o hardware para gerenciar todas as
partes do sistema e apresentá-las ao usuário como uma interface, uma abstração, uma
máquina mais fácil de entender e programar. É o Sistema Operacional que controla
todos os recursos do computador, e fornece a base sobre a qual os programas
aplicativos são escritos.
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Gestão de Sistemas Operacionais I

Máquina de Níveis

Um computador, visto somente como um gabinete composto de circuitos


eletrônicos, cabos e fontes de alimentação (hardware), não tem nenhuma utilidade. É
através de programas (software) que o computador consegue armazenar dados em
discos, imprimir relatórios, gerar gráficos, realizar cálculos, entre outras funções. O
hardware é o responsável pela execução das instruções de um programa, com a
finalidade de se realizar alguma tarefa.
Uma operação efetuada pelo software pode ser implementada em hardware,
enquanto uma instrução executada pelo hardware pode ser simulada via software. Esta
decisão fica a cargo do projetista do computador em função de aspectos como custo,
confiabilidade e desempenho. Tanto hardware quanto o software são logicamente
equivalentes, interagindo de uma forma única para o usuário.
Nos primeiros computadores, a programação era realizada em painéis,
através de fios, exigindo um grande conhecimento do hardware e de sua linguagem de
máquina. Isso era uma grande dificuldade para os programadores da época.
A solução para esse problema foi o surgimento do SO, que tornou a
interação entre usuário e computador mais simples, confiável e eficiente. A partir desse
acontecimento, não existia mais a necessidade de o programador se envolver com a
complexidade do hardware para poder trabalhar; ou seja, a parte física do computador
tornou-se transparente para o usuário.
Partindo desse princípio, podemos considerar o computador como uma
máquina de níveis ou camadas, onde inicialmente existem dois níveis: o nível 0
(hardware) e o nível 1 (SO).

Sistema Operacional
Hardware

Desta forma, o usuário pode enxergar a máquina como sendo apenas o SO,
ou seja, como se o hardware não existisse. Esta visão modular e abstrata é chamada
máquina virtual.
Na realidade, um computador não possui apenas dois níveis, e sim tantos
níveis quantos forem necessários para adequar o usuário às suas diversas aplicações.
Quando o usuário está trabalhando em um desses níveis, não necessita saber da
existência das outras camadas, acima ou abaixo de sua máquina virtual.

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Atualmente, a maioria dos computadores possui a estrutura mostrada abaixo,


podendo conter mais ou menos camadas. A linguagem utilizada em cada um desses
níveis é diferente, variando da mais elementar (baixo nível) à mais sofisticada (alto
nível).

Aplicativos
Utilitários
Sistema Operacional
Linguagem de Máquina
Hardware
Microprogramação

Dispositivos Físicos

Segundo Sobell, o SO é um programa de controle do computador. O SO é


responsável por alocar recursos de hardware e escalonar tarefas. Ele também deve
prover uma interface para o usuário, ou seja, ele fornece ao usuário uma maneira de
acesso aos recursos do computador.
Segundo Stemmer, um SO pode ser definido como um gerenciador dos
recursos que compõem o computador (processador, memória, I/O, arquivos, etc.). Os
problemas centrais que o sistema operacional deve resolver são: o compartilhamento
ordenado é a proteção dos recursos a serem usados pelas aplicações do usuário e o
interfaceamento entre este e a máquina.
A função do Sistema Operacional é a de fornecer um esquema de alocação
dos recursos: processadores, memórias, dispositivos de entrada e saída entre os vários
processos que competem pela utilização de tais recursos:

Um processo é basicamente um programa em execução divididos em


etapas:
1. Código executável e dados referentes ao código;

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2. Pilha de execução;
3. Valor dos registradores do hardware;
4. O conjunto de informações necessárias à execução do programa.
Esses processos competem aos recursos, e o SO deve garantir o cada
processo:
1. Uma quantidade de memória;
2. O uso da CPU;
3. O acesso aos dispositivos;
4. O controle do fluxo de dados;
5. A localização dos arquivos necessários.
O SO não permite que um processo altere os dados de um outro arquivo. Um
SO deve ter:
• Consistência: tempo necessário para realizar as tarefas;
• Flexibilidade: permite a inclusão de novos periféricos;
• Portabilidade: pode ser executado em vários computadores.
• A seleção do SO a ser usado varia de acordo com o ambiente para
o qual foi projetado.
O Sistema Operacional deve ser adaptado às características do hardware
assim como as linguagens de programação e as ferramentas do usuário final devem
ser adaptados ao Sistema Operacional.
Conhecer o Sistema Operacional pode ajudar a resolver alguns problemas
que a princípio nos parecem complicados. Além disso, possui utilitários especiais para
a formatação de discos, listagens em vídeo/impressora, criação/cópia/exclusão e
alterações de arquivos.
Podemos dizer que o Sistema 0peracional é um conjunto de rotinas, ou seja,
uma lista de instruções passadas para o microprocessador com a finalidade promover
a comunicação do usuário com o hardware. Exemplos de SO:
• MS-DOS: Microsoft Corporation (monousuário e monotarefa);
• VAX/VMS: SO VAX da DEC (multiusuário e multitarefa);
• OS/2: Microsoft Corporation (Interface gráfica e Multitarefa);
• UNIX: (Multiusuário e multitarefa).

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Evolução Histórica dos S.O.


(Década de 40):
Sistemas de computação sem S.O.. Os usuários tinham completo acesso ao
hardware e as instruções eram introduzidas manualmente uma a uma em
linguagem de máquina (nas primeiras máquinas, a introdução das instruções era
por meio de chaveamento de circuitos através de cabos, como nas mesas
telefônicas mais antigas).
As primeiras máquinas que surgiram (1ª geração de hardware) foram:
- Z3 : construído por Zuze na Alemanha em 1941.
- MARK1 : construído por Aiken em Harvard em 1944.
- ENIAC : por Eckert, Mauchy e Presper, na Pensylvania em 1943/1946 -
empregava 18000 válvulas e reles.
- EDVAC : por John Von Neumam em 1945, empregava memórias de linhas de
atraso de 1K bits.
- IAS : por Whirlwind, no MIT em 1946/1950, empregava memória de tubos de
raios catódicos. Marcou a mudança para a segunda geração de hardware.

1ª GERAÇÃO (Década de 50):


Os sistemas operacionais dessa década eram projetados para permitir
transição mais fácil entre os jobs a serem executados. Antes de terem surgido,
muito tempo era gasto entre o término de um job e o início de outro. Era o início
dos sistemas de processamento de lotes.
Quando em execução, um job detinha todo o controle da máquina. Após seu
encerramento, o controle era retornado ao S.O. que procedia um "clear" total e
procedia a leitura do próximo job.
As funções de um S.O. de primeira geração evoluíram da necessidade de
liberar o programador dos aspectos físicos da máquina. Dentre as funções
incorporadas por esses sistemas podemos citar:
- Montador (assembler): cuja função era traduzir linguagem assembly para
linguagem de máquina em código absoluto.
- Execução Automática de um job: através de carregamento do endereço
absoluto da primeira instrução do contador de instruções e um comando de início.
- Controle de execução de lotes: através de um programa Monitor capaz, de
controlar a transição entre dois jobs, através da leitura e interpretação de cartões
de controle inseridos entre os jobs (cartões de JCL).
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- Rotinas de Entrada e Saída: para facilitar o processo de E/S do job de usuário


e permitir o conceito de unidades lógicas.
- Rotinas para tratamento de condições de erro.
Considerado que os processos de E/S são muito lentos em relação a UCP,
alternativas foram criadas visando separar essas funções uma vez que a que as
máquinas eram muito caras. Dessas alternativas surgiu o Monitor de Lotes:
Pequenos computadores satélites eram utilizados apenas com funções de
preparação de lotes e seu armazenamento em meios mais rápidos, para depois
serem transportados e executados nos sistemas centrais.
Os produtores de sistemas da época ofereciam a seus clientes as seguintes
inovações:
- Processamento em lotes de fluxo único.
- Rotinas de E/S padrão com referência lógica aos dispositivos.
- Capacidade de transição job-para-job, sem intervenção do operador.
- Técnicas de recuperação automática de erros com limpeza da memória antes
do início do próximo job, após um término anormal.
- JCL mais flexível.
As máquinas dessa geração (2ª geração de hardware) tinha circuitos
transistorizados e as mais conhecidas eram:
- IAS: já mencionado.
- ATLAS: pela universidade de Mancheste (Ingl.) introduziu memória de núcleo
de ferrite, memória virtual e registradores de dados de uso geral.
- IBM 701: pela IBM em 1956/1962, usava memória principal de tubos de raios
catodigos e memória secundária de tambor e fita magnética.

2ª GERAÇÃO (início da década de 60):


Caracterizou-se pelo desenvolvimento dos primeiros sistemas
multiprogramados e hardware com multiprocessamento. As máquinas dessa
época (2ª geração) usavam circuitos integrados em pequena e média escala e
memória de estado sólido.
Apareceram as primeiras propostas independentes de dispositivos de E/S e os
primeiros sistemas interativos ou conversacionais através de terminais de teletipo.
Também surgiram as primeiras propostas de sistemas de tempo real para fins
militares e industriais.
Sistemas da época:

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- MCP (Master Control Program) - 1963: implementava multiprogramação,


multiprocessamento, memória virtual, S.O. em linguagem de alto nível e debugger
em linguagem fonte. (Para o Burroughs 5000).
- DOS360 - 1964: suporte de usuário + emulação de sistemas anteriores.
Versões:
DOS/360 para computadores pequenos
OS/MFT para computadores médios
OS/MVT para computadores grandes
CP-67/CMS para os grandes 360/67.
- CTSS (Compatible Time Sharing System): para os IBM 7094, desenvolvido no
MIT.

3ª GERAÇÃO (meio de 1960 até meio de 1970):


Foi marcada pela introdução no mercado das máquinas IBM/360, em 1964.
Essa geração caracterizou-se pelo surgimento dos sistemas de propósito geral e
dos sistemas multimodo. Alguns suportando ao mesmo tempo o processamento
em lotes, multiprocessamento com atendimento de terminais interativos e
também, aplicações de tempo real.
Esses sistemas eram grandes e caros e alguns já rodando com
multiprocessamento. Uma das poucas exceções foi o sistema Unix dos
laboratórios Bell, derivado do sistema Multics.
Vários sistemas foram desenvolvidos nesse período, dentre eles podemos
citar:
- MULTICS - para os computadores GE.645 (hoje Honeywell).
- IBM TSS (Time Sharing System) - para o 360/67.
- IBM CP-67/CMS - para o 360/67.
- RCA VMOS - para máquinas RCA.
- CDC KRONOS - para o CDC 6000.
Nessa geração o hardware já era construído com tecnologia VLSI.

4ª GERAÇÃO (meio de 1970 até 1990):

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Caracterizou-se pelo desenvolvimento dos grandes sistemas para ambientes


de multiprocessamento, redes de computadores, supercomputadores, e dos
computadores pessoais ou microcomputadores. Também pela interligação de
microcomputadores ligados a um MAIN-FRAME, comportando-se como um
terminal inteligente com capacidade de processamento local, tal como nos
sistemas satélites da primeira geração.
Problemas ligados a proteção de informações forçaram o aprimoramento de
técnicas de criptografia (técnica de proteção da informação através do emprego
de um código diferente do normalmente utilizado para sua representação no
computador e de difícil interpretação).
Com as redes surgiram o processamento remoto e distribuído e os sistemas de
bancos de dados distribuídos.
As grandes máquinas foram equipadas com capacidade de emulação,
oferecendo aos usuários os sistemas de máquina virtual.
Muitas das funções foram embutidas no hardware através da
microprogramação (hardware atual é VLSI, ULSI, Firmware : suporte lógico de
microprogramação, ou programação de funções lógicas de hardware num nível
inferior ao da linguagem de máquina).
Dentre os sistemas dessa fase podemos citar:
- para os IBM 370: sistemas TSS, DOS, OS/VS/MVS, MTS, ETC.
- para os Burroughs B6700 e 7700: sistema MCP.
- para os Digital : PDP11/8, 35, 45, 70: sistemas RSTS, RT11, RSX11M e
UNIX.
: DECK 10: sistema TOPS 10.
: VAX11/750. 760, 780 e microvax: sistemas VMS e UNIX.

5ª GERAÇÃO (1990 em diante):


Nesta década têm se consolidado os S.O.’s baseados em interfaces gráficas,
para sistemas de desktop, acrescidos de características antes só encontradas em
S.O.’s de máquinas de grande porte. Dentre estes pode-se citar o Windows NT,
OS/2, e Unix.
Do meio para cá da década tem sido forte também a tendência de máquinas
multiplataforma apoiadas por linguagens que abstraiam o uso so S.O nativo,
como é o caso das máquinas JAVA.

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As características de interfaceamento desses sistemas vêm evoluindo e


apontam para novas tecnologias como, por exemplo, o reconhecimento
linguagem natural e a maior sofisticação de imagens gráficas.
A proposta do futuro próximo é a de sistemas baseados em máquinas de
infêrencia e bancos de conhecimentos, construídos sobre arquiteturas distribuídas
e com ênfase nos aspectos de comunicação visual, vozes e robótica.
As ferramentas que têm sido mais exploradas para esse projeto compreendem,
Inteligencia Artificial, programação lógica, bancos de dados, métodos heurísticos,
estatística, computação gráfica, etc.

Classificação dos Sistemas Operacionais:


Os tipos de sistemas operacionais e sua evolução estão intimamente
relacionados com a evolução do hardware e das aplicações por ele suportadas.
A evolução dos sistemas operacionais para computadores pessoais e
estações de trabalho popularizou vários conceitos e técnicas, antes só conhecidos em
ambientes de grande porte. A nomenclatura, no entanto, não se manteve a mesma.
Surgiram novos termos para conceitos já conhecidos, que foram apenas adaptados
para uma nova realidade.
Abordaremos os diversos tipos de sistemas operacionais, suas características,
vantagens e desvantagens.

Tipos de Sistemas
Operacionais

Sistemas Sistemas Sistemas com


Monoprogramáveis / Multiprogramáveis/ Múltiplos
Monotarefa Multitarefa Processadores

Sistemas Monoprogramáveis / Monotarefa


Os primeiros sistemas operacionais eram tipicamente voltados para a
execução de um único programa (job). Qualquer outro programa, para ser executado,
deveria aguardar o término do programa corrente. Os sistemas monoprogramáveis,

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como vieram a ser conhecidos, se caracterizam por permitir que o processador, a


memória e os periféricos permaneçam exclusivamente dedicados à execução de um
único programa.
Os sistemas monotarefa, como também são chamados, se caracterizam por
permitir que todos os recursos do sistema fiquem exclusivamente dedicados a uma
única tarefa.
Neste tipo de sistema, enquanto um programa aguarda por um evento, como a
digitação de um dado, o processador permanece ocioso, sem realizar qualquer tipo de
processamento. A memória é subutilizada caso o programa não a preencha
totalmente, e os periféricos, como discos e impressoras, estão dedicados a um único
usuário, nem sempre utilizados de forma integral.
Comparados a outros sistemas, os sistemas monoprogramáveis/monotarefa
são de simples implementação, não existindo muita preocupação com problemas de
proteção. O MSDOS, da Microsoft é o SO monousuário mais utilizado até hoje.

Sistemas Multiprogramáveis/ Multitarefa


Os sistemas multiprogramáveis, que vieram a substituir os monoprogramáveis,
são mais complexos e eficientes. Enquanto em sistemas monoprogramáveis existe
apenas um programa utilizando seus diversos recursos, nos multiprogramáveis vários
programas dividem esses mesmos recursos.
Por exemplo, enquanto um programa espera por uma operação de leitura ou
gravação em disco, outros programas podem estar sendo processados neste mesmo
intervalo de tempo. Nesse caso, podemos observar o compartilhamento da memória e
do processador. O sistema operacional se preocupa em gerenciar o acesso
concorrente aos seus diversos recursos, como memória, processador e periféricos, de
forma ordenada e protegida, entre os diversos programas.
As vantagens do uso de sistemas multiprogramáveis são o aumento da
produtividade dos seus usuários e a redução de custos, a partir do compartilhamento
dos diversos recursos do sistema.
Nos sistemas monoprogramáveis, apenas um único usuário pode interagir
com o sistema, enquanto nos multiprogramáveis é permitido que mais de um usuário o
utilize.
A partir do número de usuários que interagem com o sistema, podemos
classificar os sistemas multiprogramáveis como monousuário e multiusuário.

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O conceito de sistema multiprogramável está tipicamente associado à idéia do


sistema sendo utilizado por vários usuários (multiusuário). No mundo dos
computadores pessoais e estações de trabalho, apesar de existir apenas um único
usuário interagindo com o sistema (monousuário), é possível que ele execute diversas
tarefas concorrentemente ou mesmo simultaneamente. Os sistemas multitarefa, como
também são chamados, se caracterizam por permitir que o usuário edite um texto,
imprima um arquivo, copie um arquivo pela rede e calcule uma planilha.

Sistemas X Usuários
Um usuário Dois ou mais usuários
Monoprogramação/ Monousuário N/A
Monotarefa
Multiprogramação/ Monousuário Multiusuário
Multitarefa

Os sistemas multiprogramáveis / multitarefa podem ser classificados pela


forma com que suas aplicações são gerenciadas, podendo ser divididos em sistemas
batch, de tempo compartilhado ou de tempo real. Um sistema operacional pode
suportar um ou mais desses tipos de processamento.

Sistemas Multiprogramáveis/
Multitarefa

Sistemas Sistemas de Tempo Sistemas de


Batch Compartilhado Tempo Real

Sistemas Batch (lote)


Foram os primeiros sistemas multiprogramáveis a serem implementados e
caracterizam-se por terem seus programas executados de forma seqüencial. Neste
tipo de sistema, os programas não exigem interação do usuário, lendo e gravando
dados em discos.

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Esses sistemas, quando bem projetados, podem ser bastante eficientes,


devido à melhor utilização do processador. Entretanto, podem oferecer tempos de
respostas longos, em face do processamento puramente seqüencial.
Exemplos: backup, compilações, cálculos numéricos entre outros.

Sistemas de Tempo Compartilhado (Time-Sharing)


Permitem a interação do usuário com o sistema. O usuário pode interagir
diretamente com o sistema em cada fase do desenvolvimento de suas aplicações e, se
preciso, modificá-las imediatamente. Devido a esse tipo de interação, os sistemas de
tempo compartilhado também ficaram conhecidos como sistemas on-line.
Esses sistemas possuem uma linguagem de controle que permite ao usuário
comunicar-se diretamente com o sistema operacional para obter informações.
Para cada usuário o sistema operacional aloca uma fatia de tempo (time-
slice) do processador. Não somente o processador é compartilhado nesse sistema,
mas também a memória e os periféricos, como discos e impressoras. O sistema cria
para o usuário um ambiente de trabalho próprio, cando a impressão de que todo o
sistema está dedicado, exclusivamente a ele.

Sistemas de Tempo Real (Real-Time)


São bem semelhantes em implementação aos sistemas de tempo
compartilhado. A maior diferença é o tempo de resposta exigido no processamento
das aplicações.
Enquanto em sistemas de tempo compartilhado o tempo de resposta pode
variar sem comprometer as aplicações em execução, nesses sistemas os tempos de
respostas devem estar dentro de limites rígidos, que devem ser obedecidos, caso
contrário poderão ocorrer problemas irreparáveis.
Nos sistemas de tempo real, não existe a idéia de fatia de tempo. Um
programa detém o processador o tempo que for necessário ou até que apareça outro
usuário de maior prioridade para o sistema.

Sistemas com Múltiplos Processadores


Caracterizam-se por possuir duas ou mais UCPs iterligadas, trabalhando em
conjunto.
Um fator importante no desenvolvimento de sistemas operacionais com
múltiplos processadores é a forma de comunicação entre as UCPs e o grau de
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compartilhamento da memória e dos dispositivos de entrada e saída. Em função


desses fatores, podemos classificar os sistemas em fortemente acoplados ou
fracamente acoplados.

Sistemas com Múltiplos


Processadores

Sistemas Fortemente Sistemas Fracamente


Acoplados Acoplados

Em Sistemas Fortemente Acoplados existem dois ou mais processadores


compartilhando uma única memória e controlados por apenas um único sistema
operacional. Tais sistemas são geralmente utilizados no processamento de aplicações
que fazem uso intensivo da UCP, onde o processamento é voltado para a solução de
um único problema.
Os Sistemas Fracamente Acoplados caracterizam-se por possuir dois ou
mais sistemas de computação, conectados através de linhas de comunicação. Cada
sistema funciona de forma independente, possuindo seu(s) próprio(s) processador(es),
memória e dispositivos. A utilização de sistemas fracamente acoplados já é
caracterizada pelo processamento distribuído entre os diversos processadores.
A grande diferença entre os dois tipos de sistemas é que em sistemas
fortemente acoplados existe apenas um espaço de endereçamento (memória)
compartilhado por todos os processadores, enquanto nos fracamente acoplados cada
sistema tem sua própria memória individual.

Estrutura do Sistema Operacional


Podemos criar um sistema tão grande e complexo como um sistema
operacional somente dividindo-o em pequenas partes. Cada uma dessas partes deve
ser uma porção bem delineada do sistema, com entradas, saídas e funções,
cuidadosamente definidas.
Logicamente, nem todos os sistemas têm a mesma estrutura, ou seja, não
apresentam a mesma forma de ligação entre as partes. Contudo, os sistemas
operacionais modernos geralmente possuem as seguintes partes:
Gerenciamento de processos: Criar e eliminar, suspender e retomar,
sincronismo e comunicação entre processos;
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Gerenciamento da memória principal: Manter o controle das partes da


memória que estão sendo usadas e por quem, decidir que processos serão carregados
para memória quando houver espaço disponível, alocar e desalocar espaço de
memória quando necessário;
Gerenciamento de memória secundária: O SO é responsável pelas
atividades de alocação de espaço livre, scheduling de disco;
Gerenciamento de Entrada/Saída: Os device drivers para comunicação
com os deferentes dispositivos, um buffer-caching para o sistema;
Gerenciamento de arquivos: Criar e eliminar arquivos e diretórios, manter
mapeamento dos arquivos em disco;
Proteção do sistema: Se um sistema é multiusuário e permite múltiplos
processos concorrentes, estes processos devem ser protegidos de outras atividades;
Networking: Em um sistema distribuído (fracamente acoplado) cada
processador tem sua própria memória e seus processadores que se comunicam
através do SO. A comunicação entre eles deve considerar roteamento e estratégias de
conexão;
Interpretador de comandos: Um dos mais importantes programas do SO é
o interpretador de comandos, que serve de interface entre o usuário e o SO. Alguns
SO’s incluem este programa no próprio núcleo (kernel). Já outros sistemas, como o
DOS e o UNIX, tratam o interpretador de comandos como um programa especial que é
executado quando uma sessão é iniciada.
Com isso, um sistema operacional fornece um ambiente para execução,
melhor dizendo, fornece serviços para os programas e também para os usuários
desses programas.

Hardware
Um computador digital é constituído por um conjunto de componentes
interligados, composto por processadores, memória principal, registradores, terminais,
impressoras, discos magnéticos, além de outros dispositivos físicos (hardware). Esses
dispositivos manipulam dados na forma digital, o que proporciona uma maneira
confiável de representação.
Todos os componentes de um computador são agrupados em três
subsistemas básicos: unidade central de processamento, memória principal e
dispositivos de entrada e saída. Estes subsistemas, também chamados unidades

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funcionais estão presentes em todo computador digital, apesar de suas


implementações variarem em função da arquitetura da cada fabricante.

Unidade Central de Processamento


A unidade central de processamento (UCP), ou processador, tem como
função principal unificar todo o sistema, controlando as funções realizadas por cada
unidade funcional. A UCP também é responsável pela execução de todos as
programas do sistema, que obrigatoriamente deverão estar armazenados na memória
principal.
Um programa é composto por uma série de instruções que são executadas
seqüencialmente pela UCP, através de operações básicas como somar, subtrair,
comparar e movimentar dados. Desta forma, a UCP busca cada instrução na memória
principal e a interpreta para sua execução.
A UCP é composta por dois componentes básicos: unidade de controle e
unidade lógica e aritmética. A unidade de controle (UC) é responsável pelo controle
das atividades de todos os componentes do computador, através da emissão de pulsos
elétricos (sinais de controle). Este controle pode ser a gravação de um dado no disco
ou a busca de uma instrução da memória. A unidade lógica e aritmética (ULA), como o
nome indica, é responsável pela realização de operações lógicas (testes e
comparações) e aritméticas (somas e subtrações).
A especificação da velocidade de processamento de uma UCP é
determinada pelo número de instruções que o processador executa por unidade de
tempo, normalmente segundo. Alguns fabricantes utilizam unidades de processamento
próprias, já que não existe uma padronização, sendo as mais comuns o MIPS (milhões
de instruções por segundo) e o MFLOPS (milhões de instruções de ponto flutuante por
segundo).

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Gestão de Sistemas Operacionais I

Clock
É um dispositivo, localizado na UCP, que gera pulsos elétricos constantes
(síncronos) em um mesmo intervalo de tempo (sinal de clock). Este intervalo de tempo
determina qual a freqüência da geração dos pulsos, e, por conseguinte, qual o seu
período. A cada sinal de clock dá-se o nome de estado.
O sinal de clock é utilizado pela unidade de controle para a execução das
instruções. A execução de uma instrução demora vários estados, ou seja, em um
estado, parte da instrução é executada.

Registradores
São dispositivos de alta velocidade, localizados fisicamente na UCP, para
armazenamento temporário de dados. O número de registradores varia em função da
arquitetura de cada processador. Alguns registradores são de uso específico e têm
propósitos especiais, enquanto outros são ditos de uso geral.
Dentre os registradores de uso específico, alguns merecem destaque:
 O contador de instruções (CI) ou program counter (PC) é o registrador
responsável pelo armazenamento do endereço da próxima instrução que a UCP
deverá executar. Toda vez que a UCP executa uma instrução, o PC é atualizado com
um novo endereço;

 O apontador da pilha (AP) ou stack pointer (SP) é o registrador que


contém o endereço de memória do topo da pilha, que é a estrutura onde o sistema
mantém informações sobre tarefas que estavam sendo processadas, e tiveram que ser
interrompidas por algum motivo;
 O registrador de estado, também chamado em alguns equipamentos de
program status word (PSW), é o registrador responsável por armazenar informações
sobre a execução do programa, como a ocorrência de overflow. A cada instrução
executada, o registrador de estado é alterado conforme o resultado gerado pela
instrução.

Memória Principal
A memória principal, também conhecida como memória primária ou real, é a
parte do computador onde são armazenados instruções e dados. Ela é composta por
unidades de acesso chamadas células, sendo cada célula composta por um
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Gestão de Sistemas Operacionais I

determinado número de bits (binary digit). O bit é a unidade básica de memória,


podendo assumir o valor 0 e 1. Muitos computadores utilizam o byte (8 bits) como
tamanho de célula, porém encontramos computadores com células de 16, 32 e até 64
bits. Podemos concluir, então, que a memória é formada por um conjunto de células,
onde cada célula possui um determinado número de bits.

O acesso ao conteúdo de uma célula é realizado através da especificação de


um número chamado endereço. O endereço é uma referência única que podemos
fazer a uma célula. Quando um programa deseja ler ou escrever um dado em uma
célula, deve primeiro especificar qual o endereço de memória desejado, para depois
realizar a operação.
A especificação do endereço é realizada através de um registrador
denominado registrador de endereço de memória (memory register address – MAR).
Através do conteúdo deste registrador, a unidade de controle sabe qual a célula de
memória que será acessada. Outro registrador usado em operações com a memória é
o registrador de dados da memória (memory buffer register – MBR). Este registrador é
utilizado para guardar o conteúdo de uma célula de memória, após uma operação de
leitura, ou para guardar o dado que será transferido para uma célula em uma operação
de gravação.
As memórias chamadas voláteis se caracterizam por poderem ser lidas ou
gravadas, como o tipo RAM (random access memory), que constitui quase que a
totalidade da memória principal de um computador. O outro tipo, chamado de não
volátil, não permite alterrar ou apagar seu conteúdo. Este tipo de memória, conhecido
como read-only-memory (ROM), já vem pré-gravado do fabricante, geralmente com
algum programa, e seu conteúdo é preservado mesmo quando a alimentação é
desligada. Uma variação da ROM é a erasable programmable ROM (EPROM), onde

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Gestão de Sistemas Operacionais I

podemos gravar e regravar a memória através da exposição de luz ultravioleta por um


dispositivo especial.
Atualmente, uma série de memórias, com diferentes características, existe
para diversas aplicações como a EEPROM entre outras.

Memória Cache
É uma memória de alta velocidade. O tempo de acesso a um dado nela
contido é muito menor que se o mesmo estivesse na memória principal.
Toda vez que o processador faz referência a um dado armazenado na
memória principal, ele “olha” antes na memória cache. Se o processador encontrar o
dado na cache, não há necessidade do acesso à memória principal; do contrário, o
acesso é obrigatório. Neste último caso, o processador transfere um bloco de dados, a
partir do dado referenciado, para a cache. O tempo de transferência entre as memórias
é pequeno, se comparado com o aumento da performance obtido com a utilização
desse tipo de memória.
Apesar de ser uma memória de acesso rápido, seu uso é limitado em função
do seu alto custo.

Memória Secundária
É um meio permanente (não volátil) de armazenamento de programas e
dados. Enquanto a memória principal precisa estar sempre energizada para manter
suas informações, a memória secundária não precisa de alimentação. O acesso a
esse tipo de memória é lento, se comparado com o acesso à memória cache ou à
principal, porém, seu custo é baixo e sua capacidade de armazenamento é bem
superior à da memória principal.
Podemos citar, como exemplos de memórias secundárias, a fita magnética, o
disco magnético, o CD.

Dispositivos de Entrada e Saída


São dispositivos utilizados para permitir a comunicação entre o computador e
o mundo externo. Através desses dispositivos, a UCP e a memória principal podem se
comunicar, tanto com usuários quanto com memórias secundárias, a fim de realizar
qualquer tipo de processamento.

18
Gestão de Sistemas Operacionais I

Os dispositivos de entrada e saída (E/S) podem ser divididos em duas


categorias: dispositivos que são utilizados como memória secundária e dispositivos que
servem para a interface homem-máquina.
Os dispositivos utilizados como memória secundária, como discos e fitas
magnéticas, se caracterizam por ter uma capacidade de armazenamento de
informações bem superior a memória principal. Seu custo é relativamente baixo,
porém, o tempo de acesso à memória secundária é bem maior do que o da memória
principal.
Alguns dispositivos servem para a comunicação homem-máquina, como
teclados, monitores de vídeo, impressoras, plotters entre outros. Com o avanço no
desenvolvimento de aplicações de uso cada vez mais geral, procura-se aumentar a
facilidade de comunicação entre o usuário e o computador. A implementação de
interfaces mais amigáveis permite, cada vez mais, que pessoas sem conhecimento
específico sobre informática possam utilizar o computador. Scanners, canetas óticas,
mouses, dispositivos sensíveis à voz humana são alguns exemplos desses tipos de
dispositivos.
Barramento
A UCP, a memória principal e os dispositivos de E/S são interligados através
de linhas de comunicação denominadas barramentos. Um barramento (bus), também
chamado de vis, é um conjunto de fios paralelos (linhas de transmissão), onde
trafegam informações, como dados, endereços ou sinais de controle.
Os barramentos podem ser classificados como unidirecionais (transmissão
em um só sentido) ou bidirecionais (transmissão em ambos os sentidos). Na ligação
entre a UCP e a memória principal, podemos observar que três barramentos são
necessários para que a comunicação seja realizada. O barramento de dados, do tipo
bidirecional, transmite informações entre a memória principal e a UCP. O barramento
de endereços, do tipo unidirecional, é utilizado pela UCP para indicar o endereço da
célula de memória que será acessada. Finalmente, o barramento de controle, do tipo
unidirecional, é por onde a UCP envia os pulsos de controle relativos às operações de
leitura e gravação.

19
Gestão de Sistemas Operacionais I

Sistema DOS
Sistema Operacional desenvolvido pela Microsoft no início da década de 80,
a pedido da IBM, para atender aos equipamentos da linha IBM-PC por ela
desenvolvida.

Principais características
1. Sistema monousuário, permite que apenas um usuário utilize o
equipamento por vez;
2. Monoprogramável, por possuir uma arquitetura simples, não necessita de
rotinas de gerenciamento para compartilhamento de alguns recursos, tais como
processador, arquivos, etc;
3. Estrutura hierárquica dos dados, que possibilita a organização dos
arquivos em estrutura de diretórios e sub-diretórios permitindo uma melhor
performance na utilização do equipamento;
4. Redirecionamento de Entrada de Saída padrão, que permite a modificação
da entrada ou saída de periféricos padrão de alguns comandos para outros periféricos.

Estrutura interna
O sistema DOS ´e dividido internamente em 4 partes:
Registro de Boot: Responsável pela inicialização do sistema. Verifica as
condições internas do equipamento e gerencia a carga dos demais arquivos do sistema
operacional do disco para a memória, tornando-o disponível para utilização;
IBMBIOS.COM (IO.SYS): Contém, através da ROMBIOS, as rotinas de
interface com os periféricos, gerenciando as operações de leitura e gravação de dados
entre os programas e estes dispositivos;
IBMDOS.COM (MSDOS.SYS): Contém as rotinas que gerenciam as
interrupções necessárias aos programas;
COMMAND.COM: É responsável pelo gerenciamento dos recursos de
execução dos programas. É subdivido em:
• Programas Residentes, responsáveis pela carga e execução dos
programas;
• Programas de Inicialização, define o endereço inicial da memória em que o
programa será instalado para execução, anexando-o a PSP (Program Segment Pre-fix)
que armazena informações necessárias `a execução do programa (conteúdo de flags,
endereço de rotinas de tratamento, registradores, etc.);
20
Gestão de Sistemas Operacionais I

• Programas Transientes, que contém os comandos internos (utilitários) do


DOS.
Observação: O DOS possui 2 tipos de comandos utilitários:
Comandos internos: armazenados no COMMAND.COM. Ex.: Comandos
DIR, TYPE, COPY, etc;
Comandos externos armazenados no disco do sistema. Ex.: Comandos
FORMAT, BACKUP, RESTORE, etc.

Conceitos Básicos

A seguir, relacionam-se cinco conceitos muito importantes e fundamentais


para o aprendizado de DOS.

Arquivo

Um arquivo é na verdade um conjunto de informações gravadas em um


disco. Podemos dar nomes a arquivos, mas existe uma norma a seguir na hora de
nomear um arquivo. O nome de um arquivo deve ser escrito como está representado
abaixo:

NOME-ARQ.EX

onde NOME-ARQ é o nome do arquivo propriamente dito com no máximo 8 caracteres,


e EXT é a extensão do nome com no máximo 3 caracteres. Normalmente, usa-se a
extensão para identificar o tipo de arquivo com o qual estamos trabalhando, por
exemplo:

Extensão Significado
.BAK Arquivo de backup (cópia de segurança)
.BAS Programa fonte em BASIC
.BAT Arquivo de Lote (ou “batch”)
.BIN Programa no formato binário
.COM Arquivo de comandos (arquivo executável)
.DAT Arquivo de dados
.DOC Arquivo de texto
.EXE Programa executável
.HLP Arquivo de ajuda (Help)
.SYS Arquivo do sistema operacional

O uso da extensão não é obrigatório.


Podemos também tirar proveito de um recurso do DOS muito útil para nós: o
uso de coringas ou “wild cards”. Nós temos à nossa disposição dois coringas: o
caractere * e o caractere ?. O * substitui um grupo de caracteres enquanto o ? substitui
um único caractere. Por exemplo, se nós quisermos fazer uma cópia de todos os
arquivos de lote que nós possuímos em um determinado disco, podemos nos referir a
eles da seguinte maneira: *.BAT. Com isso, não precisaremos copiar um de cada vez,
mas sim todos de uma vez só (o que é muito mais prático).

21
Gestão de Sistemas Operacionais I

ATENÇÃO: Os caracteres relacionados a seguir não podem ser usados no


nome de um arquivo por serem caracteres reservados: . / \ [ ] : * | < > + = ; , ?
e o espaço.
Os arquivos possuem um determinado tipo de identificação a qual nós
chamamos de atributo. Existem quatro tipos de atributos:
R (“Read-only”): indica que os arquivos que os possuem ativados são
somente para leitura, não podendo ter os seus respectivos conteúdos alterados.
A (“Archive”): sua função é dizer se o arquivo sofreu uma cópia de
segurança (ativado) ou não (desativado).
S (“System”): indica que o arquivo contém informações especiais sobre o
sistema.
H (“Hidden”): literalmente esconde o arquivo do diretório Hidden em inglês
significa escondido.

Prompt

O prompt é um sinal do DOS dizendo a você que ele está pronto para
receber um comando seu e executá-lo. Logo que ligamos o computador, observamos
no canto esquerdo do monitor algo parecido com C:\> seguido de um tracinho piscante.
Esse C:\> é o prompt do DOS e o tracinho piscante nós chamamos de cursor.

Cursor

O cursor (caractere sublinhado) nos diz a nossa posição atual na tela, na


qual aparecerá um novo texto a ser digitado.

Boot
Chamamos de dar o boot ao processo usado para se ligar (ou inicializar) o
computador. Também chamado de partida à frio (ou ainda cold boot), acontece quando
ligamos o computador pela primeira vez, isto é, acionamos o interruptor que liga o
computador. Quando damos o boot, o computador faz alguns testes como verificação
de teclado e de memória, entre outros.

Reboot
Entende-se por reboot reinicializar o computador. Também chamado de
partida à quente (ou ainda warm boot), acontece quando acionamos o botão de reset
do computador ou quando pressionamos simultaneamente as teclas CONTROL, ALT e
DEL. A diferença está na bateria de testes realizada pelo computador na ocasião do
reboot: quando usamos o botão de reset, provocamos um curto na máquina durante
um pequeno intervalo de tempo. Isto simula uma partida à frio e força o computador a
realizar toda a bateria de testes de novo. Porém, quando usamos a combinação
CONTROL+ALT+DEL, o computador não realiza todos os testes (o teste de memória,
por exemplo, não é realizado).

Tipos de Comandos
No DOS nós encontramos dois tipos diferentes de comando: os comandos
internos e os comandos externos.
Internos
São comandos que estão localizados na memória de acesso aleatório
(RAM). Eles estão embutidos no arquivo COMMAND.COM, que é carregado para a
memória assim que nós damos o boot no computador.

22
Gestão de Sistemas Operacionais I

Externos
São comandos que não estão embutidos no COMMAND.COM, portanto não
são carregados para a memória quando da ocasião do boot. Suas funções são lidas de
um disco para a memória, utilizadas e em seguida apagadas da memória.

Volume
Daremos o nome de volume a um disco para nos facilitar a sua identificação.
Sempre que o DOS estiver formatando um disco, ele pedirá a você um nome de
volume, o qual pode conter no máximo 11 caracteres.

Versão
A versão de um programa nos informa se ele é um programa atual ou não.
Como um exemplo, podemos comparar a versão 1.0 do DOS com a versão 6.20: a
primeira é muito antiga e hoje em dia já está obsoleta, não nos ajudando muito; já a
6.20 é mais atual e com muito mais recursos. À medida em que um programa vai
sendo atualizado, isto é, que vai sendo lançada no mercado uma versão nova do
mesmo programa, ele vai ganhando implementações e mais recursos para nos auxiliar.

Comandos do DOS
Cls
O comando CLS é uma abreviação do inglês “CLear Screen”, que significa
limpar a tela. Isto quer dizer que quando você digitar cls, automaticamente o DOS
limpará a tela do seu computador.

Dir
Podemos entender como diretório um conjunto de arquivos gravados em um
disco. Todo disco tem um diretório principal (também chamado de diretório raiz), e esse
diretório raiz pode conter outros diretórios dentro de si, os quais nós chamaremos de
subdiretórios.
O comando DIR (de DIRetório) nos dá a listagem dos arquivos contidos em
um diretório, nos informando também o tamanho do arquivo, a sua data e hora de
criação. Para isso, usaremos a seguinte sintaxe:

DIR [drive:][caminho][arquivo][/P][/W][/S][/B][/L][/O[:]ordem][/A[:]atrib]

• [drive:] - é a letra do drive onde se encontra o diretório desejado.


• [caminho] - é o caminho para se chegar a um subdiretório.
• [arquivo] - é o nome do arquivo e sua extensão (quando possuir
uma).
/P - ativa uma pausa quando a tela ficar cheia, esperando que uma tecla seja
pressionada para continuar.
/W - mostra somente o nome dos arquivos e subdiretórios horizontalmente.
/S - fornece a listagem do conteúdo dos subdiretórios sem precisarmos estar
dentro deles.
/B - mostra somente o nome dos arquivos sem tabulação.
/L - mostra os arquivos em letra minúscula. Não converte caracteres
expandidos para caixa baixa.
/O[:]ordem - define a ordem de apresentação dos arquivos. A ordem a ser
especificada é feita usando-se os parâmetros relacionados na tabela que segue,
podendo ser utilizadas combinações entre eles sem a necessidade de espaçamento
entre os mesmos.
23
Gestão de Sistemas Operacionais I

Parâmetro Ordem
N Ordem alfabética por nome
-N Ordem alfabética reversa por nome (de z para a)
E Ordem alfabética por extensão
-E Ordem alfabética reversa por extensão (de z para a)
D Por data e hora, mais antigos primeiro
-D Por data e hora, mais recentes primeiro
S Por tamanho, menor primeiro
-S Por tamanho, maior primeiro
G Com diretórios agrupados antes dos arquivos
-G Com diretórios agrupados depois dos arquivos

/A[:]atrib - define arquivos que serão apresentados de acordo com os seus


atributos. Se o parâmetro /A for omitido, o comando dir mostrará todos os arquivos
menos os arquivos escondidos (hidden - atributo H ativado). Se for especificado sem
nenhum parâmetro, apresentará todos os arquivos incluindo os escondidos e os de
sistema (system - atributo S ativado). Você poderá fazer combinações com os
parâmetros abaixo (não é preciso espaçamento entre os códigos) para definir quais os
arquivos serão apresentados. Segue a tabela:

Parâmetro Significado
H Somente arquivos escondidos (hidden)
-H Qualquer arquivo que não seja escondido
S Somente arquivos do sistema (system)
-S Qualquer arquivo que não seja do sistema
D Somente diretórios
-D Somente arquivos
A Somente arquivos que estão prontos para backup
(archive - atriubto A ativado)
-A Somente arquivos que sofreram alterações desde o último
backup
R Somente arquivos de leitura (read-only - atributo R
ativado)
-R Qualquer arquivo que não seja exclusivamente de leitura
Exemplo: DIR *.COM /P /O (Lista todos os arquivos com extensão .COM
pausadamente e em ordem alfabética)

Time
Mostra a hora do sistema ou ajusta o relógio interno do seu computador. Sua
sintaxe é:
Time [horas:[minutos:[segundos[.centésimos]]][A|P]]

[horas] - especifica a hora. Valores válidos: de 0 até 23.


[minutos] - especifica os minutos. Valores válidos: de 0 até 59.
[segundos] - especifica os segundos. Valores válidos: de 0 até 59.
[centésimos] - especifica os centésimos. Valores válidos: de 0 até 99.
[A|P] - especifica se é antes (A.M.) ou depois de meio-dia (P.M.) no formato
12 horas. Se você digitar uma hora válida no formato 12 horas, mas não usar nenhuma
dessas duas opções, o comando usará A (A.M.).
24
Gestão de Sistemas Operacionais I

Exemplo: TIME 15:20 (Muda hora do sistema para 3:20h da tarde).

Date
Mostra a data e permite que você a mude se necessário. Segue a sintaxe:

Date [dd-mm-aa]

[dd-mm-aa] - especifica o dia (dd), o mês (mm) e o ano (aa). Eles devem
estar separados por pontos (.), hífens (-) ou barras (/). Valores válidos para o dia: de 1
até 31; para o mês: de 1 até 12; para o ano: de 80 até 99 (ou de 1980 até 2099).

Exemplo: DATE 10-12-95 (Muda a data para o dia 10 de outubro de 1995).

Diskcopy
Copia todo o conteúdo de um disco para outro. O diskcopy escreverá por
cima do conteúdo do disco destino conforme for copiando. Só pode copiar discos de
mesma capacidade. Sua sintaxe é a seguinte:

Diskcopy drive1: drive2: [/V]

drive1: - drive origem (deve ser especificado).


drive2: - drive destino. Caso não seja especificado, será assumido como
drive destino o mesmo drive origem.
/V - copia verificando se os dados foram copiados corretamente. Isto torna o
processo de cópia mais lento.

Exemplo: DISKCOPY A: B: /V (Copia o conteúdo disco do drive A: para o


disco do drive B: verificando a cópia)

Nota: Se o disco destino não estiver formatado, o diskcopy irá formatá-lo


automaticamente.

Attrib
Comando cuja função é exibir, ativar ou desativar um ou mais atributos de
um arquivo (ou grupo de arquivos) ou de um diretório. Sintaxe:

Attrib [+R|-R] [+A|-A] [+S|-S] [+H|-H] [drive:][caminho][arquivo]

[drive:][caminho][arquivo] - corresponde ao drive onde está o arquivo (ou


grupo de arquivos), ao caminho do seu subdiretório e ao nome do arquivo.
[+R|-R] - ativa (+) ou desativa (-) o atributo R (Read-only).
[+A|-A] - ativa (+) ou desativa (-) o atributo A (Archive).
[+S|-S] - ativa (+) ou desativa (-) o atributo S (System).
[+H|-H] - ativa (+) ou desativa (-) o atributo H (Hidden).

Exemplo: ATTRIB +R COMMAND.COM (Ativa o atributo R do arquivo


COMMAND.COM)

Del
Apaga (deleta) um determinado arquivo (ou grupo de arquivos) especificado.
A sintaxe usada para o comando del é a seguinte:
25
Gestão de Sistemas Operacionais I

Del [drive:][caminho][arquivo] [/P]

[drive:] - drive no qual se encontra o arquivo (ou grupo de arquivos) a ser


deletado.
[caminho] - caminho para o subdiretório onde está o arquivo (ou grupo de
arquivos) a ser deletado.
[arquivo] - nome do arquivo (ou grupo de arquivos) a ser deletado.
/P - pedirá confirmação antes de apagar o arquivo.

Exemplo: DEL *.TXT (Apaga todos os arquivos com extensão .EXE)

Ver
Retorna a versão do sistema operacional. Basta digitarmos ver sem
parâmetro nenhum.

Vol
Este comando nos retorna o nome do volume e o número de série do disco
especificado. A sintaxe usada para este comando é a seguinte:

Vol [drive:]

[drive:] - drive do qual se deseja obter essas informações.

Exemplo: VOL C: (Diz qual o nome de volume do drive C:)

Label
O comando label cria, modifica ou apaga o nome de um volume especificado.
Sua sintaxe é:

Label [drive:] [nomevol]

[drive:] - drive no qual desejamos fazer as alterações.


[nomevol] - é o nome que se quer colocar no volume.
Um nome de volume poderá conter no máximo 11 caracteres. Podemos usar
o caractere espaço no nome de volume.
Exemplo: LABEL C: AMPRO (Muda o nome de volume do drive C: para
AMPRO)

Format
Todo disco usado pelo MS-DOS tem um tipo de organização que ele utiliza
para gravar e recuperar dados com precisão. Essa organização faz com que o DOS
divida o disco em várias partes chamadas trilhas e estas, por sua vez, estão divididas
em setores. Porém, o disco quando é fabricado não é organizado desta maneira.
Então, como fazê-lo? Usamos um processo chamado formatação que é feito pelo
próprio DOS através do comando format. Podemos também usar este comando para
reformatar um disco já formatado. A sintaxe do comando format é a seguinte:

Format drive: [/V[:nomevol]] [/Q] [/U] [/F:tamanho] [/B|/S]

Format drive: [/V[:nomevol]] [/Q] [/U] [/1] [/4] [/B|/S]

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Gestão de Sistemas Operacionais I

Format drive: [/Q] [/U] [/1] [/4] [/8] [/B|/S]

/V:nomevol - especifica um nome para o volume. Se este parâmetro for


especificado sem um nome de volume ou não for especificado, ao final da formatação
o DOS pedirá um nome para o volume. Se você formatar mais de um disco em
seqüência usando um único comando format, o nome que foi fornecido com este
parâmetro será dado a todos os discos. Este parâmetro não é compatível com o
parâmetro /8.
/Q - executa uma formatação rápida (“quickformat”) do disco. Só pode ser
usado em discos que já tenham sido formatados pelo menos uma vez. Aconselha-se
usar este parâmetro em discos que você tenha certeza de estarem em boas condições.
/U - diz ao DOS para executar uma formatação incondicional, isto é, ele não
salva determinadas informações do disco antes de formatá-lo, não permitindo que você
o recupere caso venha a se arrepender de ter feito a formatação. Você deve usar este
parâmetro caso o computador acuse erro de escrita ou de leitura durante o uso do
disco.
/F:tamanho - especifica o tamanho em que se deseja que um disco seja
formatado. Podemos especificar como tamanho os valores que seguem na tabela
seguinte:

Valores Capacidade Face Densidade Disco


160 160 KB simples dupla 5¼
180 180 KB simples dupla 5¼
320 320 KB dupla dupla 5¼
360 360 KB dupla dupla 5¼
720 720 KB dupla dupla 3½
1200 ou 1.2 1.2 Mb dupla alta 5¼
1440 ou 1.44 1.44 Mb dupla alta 3½
2880 ou 2.88 2.88 Mb dupla extra 3½

Podemos acrescentar aos valores exatos as letras K ou KB, e aos valores


decimais as letras M ou MB.

/B - mantido somente por questões de compatibilidade, este parâmetro diz ao


DOS para reservar uma área do disco para os arquivos de sistema MSDOS.SYS e
IO.SYS como arquivos escondidos (nas versões mais antigas do DOS, era necessário
reservar um espaço em disco para esses arquivos antes de transferí-los com o
comando sys).
/S - ao final da formatação, o DOS transfere os arquivos de sistema
MSDOS.SYS, IO.SYS e COMMAND.COM do disco de inicialização do sistema para o
disco que foi formatado, se este parâmetro for especificado. Se o DOS não encontrar
esses arquivos de sistema, ele pedirá para você colocar um disco que os contenha. O
disco que receberá estes arquivos poderá ser usado como um novo disco de sistema
(também chamado de disco de boot).
/1 - formata um único lado de um disco flexível.
/4 - formata um disco de 5 ¼ dupla face/dupla densidade (360 KB), em um
drive de alta densidade (1.2 Mb). Alguns drives de dupla densidade (360 KB) não
conseguem ler discos formatados com o uso do parâmetro /4. Se for usado em
conjunto com o parâmetro /1, formatará um disco de 5 ¼ face simples 180KB.
/8 - formata um disco de 5 ¼ com 8 setores por trilha. Esse parâmetro
formata discos para uso com versões do MS-DOS anteriores a 2.0.
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Gestão de Sistemas Operacionais I

Exemplo: FORMAT B: /U /Q (Formata o disco que está no drive B:


incondicionalmente e rapidamente)

Unformat
Restaura discos apagados pelo uso do comando format. Sua sintaxe é:

Unformat drive: [/P]

/P - envia as mensagens para a impressora conectada na porta 1 (LPT1).

Exemplo: UNFORMAT A: (Restaura o disco que está no drive A:)

Chkdsk
Executa o Programa CHKDSK, que analisa o disco especificado e emite
relatório sobre o estado dele e da memória. Para mostrar o estado do disco que está
no drive atual, basta digitar: CHKDSK. Sua sintaxe é a seguinte:

Chkdsk [drive:] [[caminho] arquivo] [/F]

drive: - diz ao DOS qual o drive a ser analisado pelo Checkdisk.


[caminho] arquivo - se o caminho e o nome de um arquivo (os curingas são
válidos) for especificado, o Checkdisk verificará se este arquivo (ou grupo de arquivos)
está fragmentado ou não.
/F - corrige eventuais erros encontrados durante a análise.
Exemplo: CHKDSK A: (Analisa o disco que está no drive A:)

Ren
É usado para mudar o nome de um arquivo (ou grupo de arquivos). Usamos
o comando ren da seguinte maneira:

Ren [drive:][caminho] arq1 arq2

[drive][caminho] - corresponde ao drive onde está o arquivo e o caminho do


seu subdiretório.
arq1 - é o nome do arquivo que se quer renomear.
arq2 - é o novo nome do arquivo.
Exemplo: REN AMPRO.EXE CURSO.COM (Muda o nome do arquivo
AMPRO.EXE para CURSO.COM)

Erase
Idem ao del, com os mesmos parâmetros. A sintaxe é a seguinte:

Erase [drive:][caminho][arquivo] [/P]

Exemplo: ERASE A:*.EXE (Apaga todos os arquivos com extensão .EXE do


drive A:)

Undelete
Tem como objetivo recuperar arquivos previamente apagados pelo comando
del. Sua sintaxe é:

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Gestão de Sistemas Operacionais I

Undelete [drive:][caminho][arquivo] [/ALL][/LIST]

/ALL - recupera automaticamente os arquivos especificados.


/LIST - lista os arquivos disponíveis para recuperação no diretório
especificado.

Exemplo: UNDELETE /ALL (Recupera automaticamente todos os arquivos


apagados pelo comando del que forem encontrados em bom estado)

Doskey
O Doskey é um programa que vem com o DOS que reserva uma área da
memória para armazenar os comandos anteriormente digitados. Vamos supor que
você digite o comando cls e execute-o; em seguida você usa o comando dir a:. Se
depois de executar o comando dir a: você teclar a seta para cima, ele reaparecerá na
tela, e se você usar a seta para cima de novo aparecerá o cls. Podemos caminhar pela
lista de comandos não só usando a seta para cima como também a seta para baixo.
Basta selecionarmos um comando que o DOS remontará a linha de comando
correspondente àquele comando, bastando teclarmos ENTER ou modificarmos a linha
de acordo com as nossas necessidades. Você também pode utilizar as teclas PageUp
e PageDown para se locomover direto para o início ou para o fim da lista,
respectivamente.
O Doskey pode armazenar uma quantidade grande de comandos, tornando
cansativa a busca de determinado comando após a lista de comandos anteriores ficar
grande. Porém, o Doskey nos oferece outro recurso para localizar um comando: são as
teclas F7 e F9.
Utilizando a tecla F7, o Doskey nos apresenta os comandos anteriores em
uma lista numerada. No exemplo acima ele mostraria o seguinte:
1: cls
2: dir a:
Quando apertarmos a tecla F9, o DOS nos pedirá o número da linha.
Supondo que nós queiramos que ele execute o comando cls novamente, basta
entrarmos o número da linha que o DOS remontará a linha de comando para nós,
bastando apenas teclarmos ENTER.
Para carregarmos o Doskey para a memória do computador, basta
digitarmos DOSKEY.
ATENÇÃO: Mesmo que o Doskey não esteja na memória, dispomos de duas
teclas de auxílio no DOS: F1 (ou a seta para direita) e F3. A tecla F1 permite que nós
possamos remontar a última linha de comando caractere por caractere, e a tecla F3
permite que nós possamos reconstruir a última linha de comando de uma só vez. Elas
continuam disponíveis quando o Doskey está na memória.

Sys
Cria um disco de boot copiando para ele os arquivos que compõem o
sistema operacional (MSDOS.SYS, IO.SYS e COMMAND.COM). Sua sintaxe é:

Sys drive:

drive: - diz ao comando o drive para o qual o sistema será transferido. Os


arquivos de sistema só podem ser copiados para um diretório raiz, e não para um
subdiretório.

Exemplo: SYS A: (Transfere o sistema para o drive A:)


29
Gestão de Sistemas Operacionais I

Copy
Copia um arquivo (ou grupo de arquivos) de um disco para outro, ou ainda
de um subdiretório para outro. Sua sintaxe está logo abaixo:

Copy origem destino [/V]

origem - localização do arquivo (ou grupo de arquivos) a copiar.


destino - para onde o arquivo (ou grupo de arquivos) será(ão) copiados.
/V - verifica se a cópia foi feita corretamente.

Exemplo: COPY A:*.EXE C: (Copia todos os arquivos com extensão .EXE


do drive A: para o drive C:)

Move
Usamos o move para mover um arquivo de um diretório para outro, ou para
renomear um diretório. Sua sintaxe é:

Move [drive][caminho] arquivo1 [,[drive:] [caminho] arquivo2]

[drive:] [caminho] arquivo1 - descrição do arquivo que se deseja mover.


[,[drive:] [caminho] arquivo2 - nome do diretório destino (se desejarmos
mover um arquivo renomeando-o, basta especificarmos o novo nome onde lemos
arquivo2, caso contrário não precisamos especificar nenhum outro nome de arquivo).

Exemplo: MOVE AUTOEXEC.BAT A: (Move o arquivo AUTOEXEC.BAT


para o drive A:)

Type
Permite que você veja o conteúdo de um arquivo texto sem modificá-lo (não
permite o uso de coringas). Pode-se usar o comando “more” em conjutno com o type,
sendo normalmente usados juntos quando o arquivo texto é muito grande. A função do
comando more é ativar uma pausa quando o conteúdo do arquivo preencher uma tela,
permitindo que você possa ler o conteúdo apresentado e em seguida teclar algo para
prosseguir. Usamos o comando type da seguinte maneira:

Type [drive:][caminho][arquivo] [|more]

[drive:][caminho][arquivo] - descrição do arquivo a ser visualizado (similar aos


outros comandos).
[|more] - sintaxe a ser usada quando desejarmos o comando more associado
ao type.
Exemplo: TYPE LEIAME.TXT |MORE (Exibe o conteúdo do arquivo
LEIAME.TXT pausadamente)

More
Mostra uma tela de dados de cada vez, i.é., mostra dados com pausa
quando a tela ficar cheia. Sua sintaxe é:

More < [drive:][caminho]arquivo

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Gestão de Sistemas Operacionais I

[drive:] - drive onde está o arquivo a ser visualizado.


[camihno:] - localização do arquivo dentro do drive especificado.
arquivo - nome do arquivo a ser visualizado.

Exemplo: MORE < LEIAME.TXT (Exibe o conteúdo do arquivo LEIAME.TXT


pausadamente)

Md
Este comando é a forma abreviada do comando “mkdir” e serve para criar um
diretório. Veja o que ele faz:
Vamos supor que estamos no drive C: e que o diretório corrente é o diretório
C:\UTIL. Então nós usamos o comando md para criar o diretório VARIOS dentro do
diretório C:\UTIL. Mas como nós usamos este comando? Usamos da seguinte maneira:

Md [drive:] caminho

drive: - é o drive onde se deseja criar o novo diretório.


caminho - nome e localização do novo diretório. O tamanho máximo para o
nome e a localização de um subdiretório é de 63 caracteres, incluindo as barras
invertidas (\).
Exemplo: no caso acima, o comando digitado foi MD VARIOS (levando em
conta que o diretório atual é C:\UTIL).

Cd
É a forma abreviada do comando “chdir”, que tem como função mudar o
diretório corrente. Sua sintaxe é:

Cd [drive:] caminho
Cd [..] [caminho]
Cd [\] [caminho]

drive: caminho - diretório para o qual se deseja mudar.


- muda para o diretório imdeiatamente anterior ao atual.
\ - volta direto para a raiz do drive atual.

Exemplo: CD VARIOS (Entra em um diretório chamado VARIOS)

Rd
O comando rd (abreviação de “rmdir”) realiza o inverso do comando md. Ele
apaga um diretório. O diretório a ser apagado deve estar vazio e não pode ser o
diretório corrente. Sua sintaxe é:

Rd [drive:] caminho

drive: caminho - localização do diretório a ser deletado.

Exemplo: RD C:\UTIL\VARIOS (Apaga o diretório VARIOS que está dentro


do UTIL no drive C:)

Tree

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Gestão de Sistemas Operacionais I

Este comando (em inglês significa árvore) tem como objetivo apresentar ao
usuário a estrutura (árvore) de diretórios de um determinado disco. Sua sintaxe é:

Tree [drive:] [caminho] [/F] [/A] [|more]

drive: - é o drive que contém o disco do qual desejamos visualizar a


estrutura.
caminho - é o diretório do qual queremos ver a estrutura.
/F - mostra os arquivos contidos em cada diretório da estrutura a ser
mostrada.
/A - diz ao DOS para usar caracteres de texto ao invés de caracteres gráficos
para mostrar as linhas que ligam os subdiretórios entre si. Use este parâmetro quando
a árvore do diretório for ser impressa em uma impressora que não interprete
corretamente os caracteres gráficos (no caso da informação ser redirecionada para a
impressora ao invés do vídeo).
|more - podemos ainda usar este parâmetro, que produz um pausa quando a
tela ficar cheia, esperando o acionamento de uma tecla para prosseguir.

Exemplo: TREE |MORE (Exibe a árvore de diretórios pausadamente)

Prompt
Com esse comando, você pode mudar a aparência do prompt do DOS, isto
é, você pode personalizar o prompt do seu computador. A sintaxe do comando prompt
é:
Prompt [texto]

texto - descreve qualquer texto ou informação que você quiser colocar no seu
prompt.
Abaixo segue uma tabela com os parâmetros que você pode usar junto com
o texto que você quer ou no lugar dele.

Combinações Resultado
$Q = (sinal de igualdade)
$$ $ (sifrão)
$T Hora atual
$D Data atual
$P Drive e caminho atuais
$V Versão do DOS
$N Drive atual
$G > (maior que)
$L < (menor que)
$B | (barra vertical ou pipe)
$_ ENTER-LINEFEED
$E ESC (ASCII 27)
$H BS (backspace)

Exemplo: PROMPT $P$G (Faz com que o prompt passe a apresentar o


caminho seguido por um sinal de “maior que”)

Deltree

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Gestão de Sistemas Operacionais I

Este comando apaga um diretório e todos os arquivos e subdiretórios


contidos nele, bem como os arquivos contidos em seus subdiretórios. Sua sintaxe é:

Deltree [drive:] caminho [[drive:] caminho...]

drive: caminho - é o diretório a ser deletado. Podemos especificar mais de


um diretório.

Exemplo: DELTREE C:\LOTUS (Apaga o diretório LOTUS do drive C: e


todos os seus subdiretórios e arquivos)

Xcopy
Assim como o comando copy, o Xcopy copia arquivos, porém ele é mais
rápido e tem uma outra vantagem: ele pode copiar não só os arquivos do diretório atual
como também dos seus subdiretórios. Sua sintaxe é:

Xcopy origem [destino] [/S] [/E]

origem - é aonde estão os arquivos a serem copiados.


destino - é para onde os arquivos serão copiados.
/S - copia também os subdiretórios da origem especificada, menos os
subdiretórios vazios. Se for omitido, o Xcopy trabalhará somente no diretório
especificado como origem.
/E - copia também os subdiretórios da origem especificada, mesmo que
estejam vazios.

Exemplo: XCOPY A:*.* C:/E (Copia todos os arquivos e subdiretórios,


vazios ou não, do drive A: para o drive C:)

Arquivos de Configuração do Sistema

CONFIG.SYS
Esse é o arquivo pelo qual o DOS procura logo após o boot. Ele contém
instruções que o DOS necessita para trabalhar com o seu computador e sua memória,
bem como com seus dispositivos e seus programas de uma forma geral. Os comandos
que o seu CONFIG.SYS contém relacionam-se com o seu hardware, informando ao
seu computador como ele deve administrar o seu equipamento. Caso você instale um
novo programa ou um outro dispositivo ao seu computador, provavelmente
modificações se farão necessárias para que o bom funcionamento da máquina
continue ocorrendo.
Os comandos que nós usamos no CONFIG.SYS não podem ser usados no
AUTOEXEC.BAT ou no prompt do DOS, pois são específicos para uso neste arquivo.
Eles encontram-se relacionados na seção 5.

AUTOEXEC.BAT
O AUTOEXEC.BAT é um exemplo muito especial de arquivo batch, pois logo
após encontrar e executar o CONFIG.SYS o DOS procura este arquivo. Nele você
pode incluir linhas de comando do DOS (nunca do CONFIG.SYS!), além de um certo
tipo de programa denominados TSR ( do inglês Terminate and Stay Resident, isto é,
termina a execução e permanece na memória).
Os comandos usados no AUTOEXEC.BAT encontram-se na seção 5.

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Gestão de Sistemas Operacionais I

Comandos Para “Batch Files” e Configuração do Sistema


“Batch Files” são arquivos que agrupam comandos do DOS e/ou comandos
exclusivos para uso neste tipo de arquivo. Eles são muitos úteis na hora de
executarmos determinadas tarefas que exigem sempre uma mesma sequência de
comandos, por exemplo: desejamos ver o conteúdo de um determinado arquivo de
texto, ativando uma pausa cada vez que a tela ficar cheia e, em seguida, o copiaremos
para o drive B:. Normalmente, seríamos obrigados a digitar duas linhas de comando
cada vez que fôssemos fazer isso, mas com um “batch file” (ou arquivo de lote, ou
ainda arquivo .BAT) digitaremos somente o nome deste arquivo, o qual executará as
duas funções para nós. Seu nome será sempre da seguinte forma: nome.BAT, não
sendo necessária a inclusão da extensão ao digitarmos o nome do arquivo para
executá-lo.

Copy Con
Este parâmetro do comando copy diz ao DOS para copiar tudo o que você
digitar para um arquivo cujo o nome é escolhido na linha de comando. O parâmetro
CON (de CONsole, que para o computador é o teclado) redireciona a origem dos
dados para o teclado, e não para um disco, como de costume. Veja a sintaxe:

Copy con arquivo

arquivo - é o nome (com ou sem uma extensão) do arquivo no qual será


armazenado tudo o que você digitar.
Após o término da digitação, basta digitarmos CTRL+Z (ou F6) que
aparecerá na tela o símbolo “^Z”, que o DOS interpreta como uma marca de final de
arquivo. Em seguida, o DOS grava o arquivo em disco. Este comando nos permite não
só criar arquivos .BAT como também arquivos .TXT ou .DOC (arquivos de texto).

Exemplo: COPY CON LEIA-ME.TXT (Gravará em um arquivo chamado


LEIA-ME.TXT tudo que for digitado do teclado desde a execução desta linha de
comando até que seja pressionada a combinação de teclas CTRL+Z)

@
O caractere @ (arroba) tem a finalidade de omitir a apresentação de um
comando na tela quando estamos executando um arquivo “batch”. Observe o exemplo
a seguir:
Usando e não usando o @:
TESTE.BAT
ECHO AMPRO INFORMATICA
@ ECHO CURSO DE DOS
Na tela apareceria o seguinte quando executássemos o arquivo TESTE.BAT:
C:\>ECHO AMPRO INFORMATICA
AMPRO INFORMATICA
CURSO DE DOS

Note que como o primeiro comando não foi precedido por @, ele apareceu
na tela (como se nós tivéssemos digitado) e em seguida o resultado da sua execução.
Já o segundo (foi precedido por @) não apareceu na tela, somente o que ele faz.

Edit
Este comando do DOS executa um processador de textos bem simples que
vem com o DOS, onde você pode digitar o seu arquivo texto ou .BAT com alguns
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Gestão de Sistemas Operacionais I

recursos a mais do que o comando “copy con” lhe proporciona. Nele você pode voltar
para as linhas anteriores do arquivo, coisa que você não pode fazer se usar o copy
con. Caso o arquivo já exista, o MS-DOS Editor mostrará para você o conteúdo dele. A
sintaxe é a seguinte:

Edit [arquivo] [/H]

arquivo - drive, caminho e nome do arquivo a ser editado.


/H - executa o MS-DOS Editor apresentando o número máximo de linhas no
vídeo que o seu equipamento pode suportar.

Quando você acabar de digitar o seu texto (ou a sequência de comandos


que você deseja no seu arquivo .BAT), basta você teclar ALT+F para entrar no menu
de operações com arquivos e em seguida teclar S para salvar seu arquivo com o nome
que você deu ou, caso você não tenha dado um nome para o arquivo (você apenas
digitou edit no DOS), entre com o nome quando ele pedir. Para sair do MS-DOS Editor
basta teclar ALT+F e em seguida X.

Exemplo: EDIT LEIA-ME.TXT (Permite a digitação do arquivo LEIA-


ME.TXT)

Path
Este comando diz ao DOS onde ele deve procurar por arquivos executáveis.
Quando você entrar com o nome de um arquivo para executá-lo o DOS o procurará no
diretório corrente e, se forem especificados outros diretórios com o comando path, em
seguida nos outros diretórios especificados. Sua sintaxe é:

Path [[drive:] caminho [;...]]

drive: - drive onde está o diretório a ser especificado.


caminho - diretório a ser especificado.

Exemplo: PATH C:\DOS;C:\WINDOWS;C:\WINWORD (Especifica como


caminho de procura os diretórios DOS, WINDOWS e WINWORD, todos do drive C:)

Nota1: Repare que um diretório será sempre separado do outro por um “;”.
Nota2: Se digitarmos somente PATH no prompt do DOS, ele nos retorna
todos os diretórios nos quais ele irá buscar arquivos executáveis (caso sejam
especificados).
Nota3: No caso de existirem arquivos com o mesmo nome, divergindo
somente na extensão (por exemplo AMPRO.COM e AMPRO.BAT), o DOS seguirá a
seguinte ordem de prioridade: 1º - .COM, 2º - .EXE e 3º - .BAT. Portanto, se existirem
os dois arquivos do exemplo e você estiver interessado somente no .BAT, você deverá
digitá-lo com a extensão, caso contrário o DOS executará o AMPRO.COM.

Device
Carrega para a memória o driver (controlador de dispositivo) que você
especificar, podendo ser somente usado no CONFIG.SYS. Sua sintaxe é:

Device=[drive:] [caminho] arquivo [parâmetros]

[drive:] [caminho] - localização do driver.


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Gestão de Sistemas Operacionais I

arquivo - nome do driver.


parâmetros - qualquer informação requisitada pelo driver em sua linha de
comando.

Exemplo: DEVICE=C:\DOS\HIMEM.SYS (Carrega para a memória o


controlador HIMEM.SYS)

Echo

Este comando liga ou desliga o eco do DOS. Quando o DOS está


executando um arquivo .BAT ele ecoa (apresenta) no vídeo a linha de comando que
está sendo executada. Para impedir o DOS de ecoar as linhas de comando, basta
usarmos o comando echo para desligarmos o eco usando a seguinte sintaxe:

Echo [ON|OFF]

ON|OFF - liga (ON) ou desliga (OFF) o eco.

Exemplo: ECHO OFF (Desliga o eco)

Nota: Para sabermos se o eco está ligado ou desligado, basta digitarmos o


comando echo se nenhum parâmetro e ele nos retorna o estado do eco.
Podemos usar este comando também para apresentar uma mensagem
qualquer no vídeo, usando a sintaxe a seguir:

Echo mensagem
mensagem - é a mensagem a ser ecoada no vídeo.

Exemplo: ECHO AMPRÓ INFORMÁTICA (Apresenta no vídeo a mensagem


AMPRÓ INFORMÁTICA)

Nota1: Para ecoarmos um linha em branco no vídeo, digitamos ECHO. (sem


espaços entre o ponto e o comando).
Nota2: Caso queiramos que o DOS não ecoe apenas uma (ou algumas)
linha(s) de comando, não precisamos desligar o eco. Basta colocarmos o caractere
arroba (“@”) antes da dita linha.

EMM386
Esse programa é um gerenciador de memória expandida para computadores
386 ou de maior capacidade. Ele permite o acesso à área de memória alta e usa a
memória estendida para simular memória expandida. O EMM386.EXE deve ser
carregado utilizando-se o comando device no arquivo CONFIG.SYS.

Buffers
Reserva memória para um número especificado de buffers de disco no
momento da inicialização do sistema. Somente pode ser usado no CONFIG.SYS. Sua
sintaxe é a seguinte:

Buffers=x[,y]
x - especifica o número de buffers de disco. X deve estar entre 1 e 99.
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Gestão de Sistemas Operacionais I

y - especifica o número de buffers no cache de buffers secundário. Seu valor


deve ser no mínimo 0 e no máximo 8.

Exemplo: BUFFERS=20 (Cria 20 buffers de disco)

Files
Este comando especifica o número de arquivos que o DOS pode acessar ao
mesmo tempo. Só pode ser usado no CONFIG.SYS. Sua sintaxe é:

Files=n
n - número de arquivos que o DOS pode acessar ao mesmo tempo. Seu
valor pode variar de 8 a 255. Se não for especificado, o DOS assume n=8.

Exemplo: FILES=12 (Especifica 12 arquivos como número máximo de


arquivos que podem ser abertos simultaneamente)

Devicehigh
Carrega para a memória alta o driver (controlador de dispositivo) que você
especificar, podendo ser somente usado no CONFIG.SYS. Carregando um driver para
a memória alta, ficamos com mais memória convencional disponível, podendo executar
programas maiores. Caso não tenha mais espaço na memória alta, o devicehigh
funcionará exatamente como o device. Sua sintaxe é:

Devicehigh=[drive:] [caminho] arquivo [parâmetros]

[drive:] [caminho] - localização do driver.


arquivo - nome do driver.
parâmetros - qualquer informação requisitada pelo driver em sua linha de
comando.

Exemplo: DEVICEHIGH=C:\DOS\EMM386.EXE (Carrega para a memória


alta o controlador EMM386.EXE)

DOS
Este é outro comando do DOS que só funcionará se estiver no seu arquivo
CONFIG.SYS. Sua função é especificar se o DOS deve manter uma ligação com a
área de memória alta, carregar parte de si mesmo nela ou ambos. Sua sintaxe é:

Dos= HIGH|LOW [,UMB|,NOUMB]


Dos= [HIGH|LOW,] UMB|NOUMB

HIGH|LOW - indicam se o DOS deve ou não se transferir para a memória


alta. Caso você omita a opção ou especifique LOW, o DOS será carregado na memória
convencional.
UMB|NOUMB - especificam se o DOS deve manter ou não uma ligação com
a região de memória alta, permitindo que controladores de dispositivos sejam
colocados na área de memória superior.

Exemplo: DOS=HIGH (Carrega boa parte do DOS para a memória alta)

Pause

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Gestão de Sistemas Operacionais I

Suspende o processamento de um arquivo de lote (arquivo “batch”) até que o


usuário pressione uma tecla qualquer para continuar. Sua Sintaxe é:

Pause

Outros Comandos

DOSShell
O DOSShell é um programa que vem com o DOS que faz as mesmas coisas
que o DOS faz, porém em um ambiente gráfico. Não nos convém entrar em detalhes
sobre o DOSShell, pois o curso é voltado para o aprendizado de MS-DOS, mas fica o
comentário sobre ele. Falar sobre o DOSShell agora só dificultaria o aprendizado ao
invés de facilitá-lo.
Para entrar no DOSShell basta digitarmos:

Dosshell [/T|/G] [/B]

/T - inicializa o DOS Shell em modo texto.


/G - inicializa o DOS Shell em modo gráfico.
/B - inicializa o DOS Shell em preto e branco.

Exemplo: DOSSHELL /B

Help
Mostra um help do comando especificado. Se for especificado sem nenhum
comando, apresenta uma lista dos comandos disponíveis. Sintaxe:

Help comando

Comando - qualquer comando do DOS.

Exemplo: HELP ATTRIB (Mostra um texto explicativo sobre o comando


ATTRIB)

Scandisk
Este comando inicia a execução do programa Microsoft Scandisk, uma
ferramenta cuja função é muito parecida com a do CHKDSK, porém muito mais
confiável. Ele detecta vários tipos de problemas diferentes que podem ocorrer no disco
e tenta corrigi-los. Para utilizarmos o Scandisk, basta usarmos a seguinte sintaxe:

Scandisk [drive:] [/AUTOFIX]

drive: - diz ao Scandisk qual o drive a ser analisado.


/AUTOFIX - checa o disco e conserta os defeitos que encontrar
automaticamente, sem perguntar se deve ou não consertar.

Exemplo: SCANDISK /AUTOFIX (Executa o Scandisk no drive atual,


permitindo que ele tente corrigir automaticamente todos os erros que encontrar)

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Gestão de Sistemas Operacionais I

Bibliografia

Machado, F.B. , Maia L.P. Arquitetura de Sistemas Operacionais (3ª edição)


Editora LTC.

Sites:

www.cefetleo.com.br/jrtecnet/soparte1.pdf acessado em 24/01/07


www.inf.unisul.br/~osmarjr/ acessado em 20/01/07
www.ppgia.pucpr.br/~maziero/ensino/fso acessado em 14/01/07

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