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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS
CAMPUS DE CAICÓ

ANDREANE MARIA VASCONCELO ALVES

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NA GESTÃO


EMPRESARIAL: Um estudo de caso numa empresa do ramo de
supermercado

CAICÓ – RN
2015
ANDREANE MARIA VASCONCELO ALVES

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NA GESTÃO


EMPRESARIAL: Um estudo de caso numa empresa do ramo de
supermercado

Monografia apresentada ao Departamento de


Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de Ensino
Superior do Seridó da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador(a): Profª Esp. Clara Monise Silva

CAICÓ – RN
2015
Catalogação da Publicação na Fonte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI

Alves, Andreane Maria Vasconcelo.


A importância do controle interno na gestão empresarial : Um
estudo de caso numa empresa do ramo de supermercado / Andreane
Maria Vasconcelo Alves. - Caicó: UFRN, 2015.
47f: il.

Orientador : Esp. Clara Monise Silva.

Monografia (Bacharel em Ciências Contábeis) Universidade


Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ensino Superior do
Seridó - Campus Caicó.

1. Gestão empresarial. 2. Controle interno. 3. Tomada de


decisão. I. Silva, Clara Monise. II. Título.

RN/UF/BSE07 CDU 657


ANDREANE MARIA VASCONCELO ALVES

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NA GESTÃO


EMPRESARIAL: Um estudo de caso numa empresa do ramo de
supermercado

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de


Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção
do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________
Profª Esp. Clara Monise Silva - UFRN/CERES
Orientador

___________________________________________________________________________
Prof. Esp. Sócrates Dantas Lopes - UFRN/CERES
Examinador 1

___________________________________________________________________________
Prof. Esp. Ney Fernandes de Araújo - UFRN/CERES
Examinador 2

CAICÓ – RN
2015
"As grandes obras são executadas, não pela força, mas pela perseverança".

Samuel Johnson
Dedico este trabalho aos meus pais que
sempre foram perseverantes e me
apoiaram em todos os momentos de
minha vida.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, Pai Eterno, por me conceber o dom da vida, zelando por minha
saúde e me dando forças para seguir em frente nos momentos mais difíceis.
Agradeço aos meus pais, meus irmãos e irmãs e a todos meus familiares pelo apoio e
motivação durante minha formação acadêmica.
Agradeço a Maria das Dores Silva, pessoa muito especial em minha vida a quem
recorro nas horas mais difíceis, que me dá todo apoio e sempre ora por mim.
Agradeço à minha orientadora, Professora Clara Monise Silva, por toda ajuda que
recebi na elaboração deste trabalho.
Agradeço aos colaboradores e ao gestor do Supermercado Lucena por toda
contribuição na elaboração desse estudo.
Agradeço a todo o corpo docente por terem dedicado parte de suas vidas na minha
educação, me auxiliando e orientando na busca pelo conhecimento, especialmente à minha
primeira professora Maria de Fátima Araújo e toda sua família.
A todos os colegas de faculdade das diferentes cidades que sempre colaboraram
comigo quando mais precisei de ajuda.
Agradeço a meu colega Fábio Cunha de Azevedo a quem eu posso chamar de irmão
por tudo que ele representa para mim.
A todos que trabalharam comigo no colégio Calpúrnia Caldas de Amorim.
A todas as minhas colegas de trabalho da biblioteca.
RESUMO

A busca pelo progresso e eficiência na aplicação dos recursos, leva os responsáveis pela
gestão empresarial tomar decisões embasadas em informações consistentes, a necessidade de
conseguir informações atualizadas, com projeções do futuro e ao mesmo tempo de fácil
entendimento. Este trabalho justifica-se devido às contribuições que o controle interno pode
oferecer à gestão empresarial, pois através de sua utilização os gestores poderão obter
informações fidedignas, inclusive dados contábeis mais precisos e confiáveis que os auxiliem
em suas tomadas de decisões. Desta forma, o objetivo geral deste estudo foi demonstrar as
contribuições que o controle interno oferece ao processo de gestão empresarial, através de um
estudo de caso no Supermercado Lucena, localizado no município de São José do Seridó/RN.
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, de forma a referenciar conceitos que foram
utilizados para auxiliar a análise da pesquisa. Para alcançar o objetivo, foi realizada uma
pesquisa descritiva, aplicando uma abordagem do problema de forma qualitativa. A coleta e
análise dos dados tiveram como fundamento a aplicação de um questionário com os
colaboradores da empresa estudada. Destacam-se através da pesquisa, que são várias as
contribuições que o controle interno pode oferecer à gestão empresarial, desde que seja
aplicado e monitorado de forma adequada, auxiliando os gestores a proteger seus ativos
através de informações exatas, confiáveis e oportunas, que ajudam a prevenir erros, fraudes e
atos ilícitos.

Palavras-Chave: Gestão Empresarial, Controle Interno, Tomada de Decisão


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Conhecimentos sobre o controle interno ............................................................... 31


Gráfico 2 – O gestor sozinho consegue ter um controle total sobre todos os departamentos
da empresa ................................................................................................................................ 32

Gráfico 3 – Sempre pesquisa antes de comprar qualquer produto ........................................... 33


Gráfico 4 – Armazenamento das compras ............................................................................... 34
Gráfico 5 – Há uma previsão de vendas na empresa ................................................................ 34
Gráfico 6 – A empresa tem organização de determinar o que, quando e quanto se deve
comprar de um determinado produto ....................................................................................... 35
Gráfico 7 – A empresa possui um sistema de conferência, aprovação e autorização de
mercadorias no ato da entrega .................................................................................................. 36
Gráfico 8 – A empresa utiliza relatórios financeiros para tomada de decisões ....................... 36
Gráfico 9 – A empresa possui um plano de organização ......................................................... 37
Gráfico 10 – Existe segregação de funções dentro da empresa ............................................... 38
Gráfico 11 – Com um bom sistema de controle interno, a empresa conseguiria um bom
desempenho e diminuiria determinadas perdas ........................................................................ 39
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Função da controladoria ........................................................................................ 15


Quadro 2 – Requisitos para bom desempenho do Controller ................................................... 16
Sumário

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA......................................................... 11
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................ 12
1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ......................................................................................................... 12
1.3.1 Geral ............................................................................................................................................ 12
1.3.2 Específicos ................................................................................................................................... 12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 13
2.1 CONTROLADORIA ...................................................................................................................... 13
2.1.1 Missão da área de controladoria ............................................................................................... 14
2.1.2 Função da Controladoria........................................................................................................... 14
2.1.3 Papel da controladoria no processo de gestão ......................................................................... 15
2.1.4 Controller .................................................................................................................................... 16
2.2 CONTROLE INTERNO ................................................................................................................. 17
2.2.1 Tipos de Controle Interno ......................................................................................................... 18
2.2.2 Controles Contábeis ................................................................................................................... 18
2.2.3 Controles Interno Administrativos ........................................................................................... 19
2.2.4 A Importância do Controle Interno.......................................................................................... 20
2.3 OS OBJETIVOS DO CONTROLE INTERNO E SUAS FINALIDADES .................................... 21
2.3.1 A salvaguarda dos interesses da empresa ................................................................................ 21
2.3.2 A precisão e confiabilidade dos informes e relatórios contábeis financeiros e operacionais 22
2.3.3 O estímulo à eficiência operacional .......................................................................................... 23
2.3.4 A aderência às políticas existentes ............................................................................................ 23
2.4 RESPONSABILIDADE PELA DETERMINAÇÃO DO CONTROLE INTERNO ...................... 24
2.5 SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES .................................................................................................... 25
2.6 CONTROLE INTERNO X FRAUDE ............................................................................................ 26
2.7 CONTROLE INTERNO NOS DEPARTAMENTOS .................................................................... 27
2.7.1 Departamento de Compras ....................................................................................................... 27
2.7.2 Departamento de Vendas........................................................................................................... 27
2.7.3 Departamento de Estoque ......................................................................................................... 28
2.7.4 Departamento Financeiro .......................................................................................................... 28
3 METODOLOGIA ............................................................................................................................ 30
3.1 A ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA ............................................. 30
3.2 O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO ....................... 31
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS ..................................................... 31
3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS .................................. 31
4 RESULTADOS DA PESQUISA ..................................................................................................... 32
4.1 ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO COM OS COLABORADORES ............... 32
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 41
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 43
11

INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA

A globalização e as mudanças que ocorrem no mundo dos negócios têm levado os


empresários a buscarem alternativas que verifiquem os resultados de suas ações. Torna-se
necessário, cada vez mais, informações que auxiliem os gestores em suas tomadas de
decisões. Para que possam ter informações fidedignas e controle do que ocorrem em todos os
setores da empresa é preciso que as organizações disponham de um sistema de controle
interno bastante eficaz a fim de salvaguardar os ativos e verificar a exatidão e fidelidades dos
dados contábeis.

De acordo com Franco e Marra (1992, p. 207) diz que controle interno é “todos os
instrumentos da organização destinados à vigilância administrativa que permitem prevê,
observar, dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que
produzem reflexos em seu patrimônio”.

A administração de uma empresa contempla as etapas de planejamento, execução e


controle, os gestores buscam alcançar os melhores resultados, a eficiência e eficácia dos
negócios, garantindo o sucesso e a continuidade da organização. A utilização de um sistema
de controle interno facilita a execução dessas etapas, sua implantação deve ser em
conformidade com os resultados pretendidos a partir dos objetivos, metas, planos, políticas,
organogramas e atividades planejadas.

A busca pelo progresso e eficiência na aplicação dos recursos, levam os responsáveis


pela gestão empresarial tomarem decisões embasadas em informações consistentes, a
necessidade de conseguirem informações atualizadas, com projeções do futuro e ao mesmo
tempo de fácil entendimento. Assim, observa-se que o controle interno tem uma grande
relevância para o sucesso de qualquer empreendimento, uma vez que ele contribui para a
redução de fatos indesejáveis que podem vir ocorrer na organização, o controle proporciona
segurança para a administração a fim de que seus objetivos e metas estabelecidos sejam
atingidos.

Neste contexto o presente trabalho se dispõe a responder ao seguinte questionamento:


Quais as contribuições que o controle interno pode oferecer à gestão empresarial?
12

1.2 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema se deu devido às contribuições que o controle interno pode
oferecer à gestão empresarial, pois através de sua utilização os gestores poderão obter
informações fidedignas, inclusive dados contábeis mais precisos e confiáveis que os auxiliem
em suas tomadas de decisões, proporcionando mais segurança aos negócios da empresa e
mais estímulo nos segmentos das políticas organizacionais.

O controle interno quando aplicado e monitorado de forma contínua proporciona um


efeito preventivo sobre os procedimentos adotados pela empresa, evitando problemas internos
que poderão ocasionar perdas para a entidade. Assim, os gestores conseguirão obter o controle
total sobre todos os departamentos da empresa em seus diversos segmentos.

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.3.1 Geral

Demonstrar as contribuições que o controle interno oferece ao processo de gestão


empresarial.

1.3.2 Específicos

 Conceituar controle interno


 Escrever sobre os objetivos do controle interno e suas finalidades
 Verificar a existência de controle interno na empresa;
 Analisar como a prática do controle interno pode contribuir em um melhor
desempenho da empresa.
13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 CONTROLADORIA

A controladoria busca auxiliar o gestor de maneira rápida e simples nas tomadas de


decisões, buscando sempre efeitos positivos referentes às suas áreas, seus aspectos financeiros
e econômicos, assim garantindo a eficácia empresarial.

No entendimento de Padoveze (2003, p. 3):

A controladoria é o órgão de apoio à administração, que dissemina a informação


prestando auxílio ao processo decisório, com foco na eficácia organizacional. Para
isso utiliza-se dos dados gerados pela contabilidade, que são processados e
traduzidos aos usuários de forma objetiva por meio de um processo coordenado.

A controladoria tem como principal função estabelecer a direção e implementação dos


sistemas de: informação, planejamento e acompanhamento.

Segundo Oliveira, Perez Jr e Silva (2009, p. 5):

A controladoria deve persuadir a coletar e organizar informações e dados


importantes para a tomada de decisão, ter controle e monitoramento sobre as
atividades executadas e desempenhadas por todos os departamentos da empresa e
principalmente ter capacidade de influenciar nas decisões dos gestores da empresa.

Nota se que o papel da controladoria nas organizações é de aperfeiçoar os resultados,


por meio de informações fidedignas baseadas no modelo de gestão. Almeida, Parisi e Pereira
(2001, p. 344) destacam que a controladoria deve ser vista por duas perspectivas distintas:

O primeiro como ramo do conhecimento responsável pelo estabelecimento de toda a


base conceitual, e o segundo como órgão administrativo respondendo pela
disseminação de conhecimento, modelagem e implementação de um sistema de
informações.

De acordo com os autores, a controladoria, enquanto ramo do conhecimento,


estabelece a base teórica necessária para modelar um sistema de informações que condiz com
14

as necessidades informacionais dos gestores. Já como unidade administrativa é responsável


pela coordenação e disseminação do conhecimento, por meio da implantação do sistema de
informações, que possibilite os administradores tomarem as decisões que traduzem na
otimização dos resultados da organização.

2.1.1 Missão da área de controladoria

Na atuação como órgão administrativo empresarial, a controladoria tem como missão,


conforme afirma Catelli (2001, p.346) “assegurar a otimização do resultado econômico da
organização na busca pela eficácia institucional, de forma a possibilitar o crescimento dos
ganhos corporativos, por meios de decisões assertivas”.

De acordo com Nascimento e Reginato (2009, p. 7) a área de controladoria possui


como missão criar as ligações do processo de gestão, além das informações necessárias
adquiridas pela utilização de um sistema de informações que possibilite praticar essa
atividade: levando-se em consideração, que para ser útil, a informação deve ser confiável.

No ponto de vista dos autores, a missão da controladoria está diretamente relacionada


com a perpetuação da empresa. Resumidamente, é a área que orienta a gestão, apresenta os
cenários, acompanha o desempenho e direciona os administradores nos caminhos a percorrer
para o sucesso empresarial.

2.1.2 Função da Controladoria

Conforme Perez Jr, Pestana e Franco (1997, p. 36) “a principal função da


controladoria é estabelecer a direção e a implementação do sistema de:
15

Quadro 1 – Função de Controladoria

Informação: entender os sistemas contábeis e financeiros da organização;


Motivação: está relacionada aos efeitos do sistema de controle sobre o comportamento das
pessoas diretamente envolvidas;
Coordenação: tem como objetivo concentrar informações vistas a aceitação de planos;
Avaliação: tendo em vista interpretar fatos, informações e relatório, avaliando os resultados
por áreas de responsabilidade, por processos, por atividades e entre outros;
Planejamento: busca estabelecer se os planos são consistentes ou viáveis, se são aceitos e
coordenados e se poderão dar informações para uma possível avaliação posterior;
Acompanhamento: refere-se a verificação da evolução dos planos traçados, buscando corrigir
falhas ou revisar o planejamento.
Quadro 1: Adaptado de Perez Jr, Pestana e Franco, 1997 p. 36

É notável que o processo decisório seja influenciado pela atuação da controladoria,


pelo intermédio das informações de planejamento e controle, assim, as funções fornecem
informações para realização e planejamento, com o papel efetivo de atingir o plano traçado.

2.1.3 Papel da controladoria no processo de gestão

Entendendo o conceito de controladoria e conhecendo a missão que a mesma reflete


nas organizações, é necessário também conhecer o papel da controladoria no processo de
gestão.

Quanto ao papel da controladoria; Oliveira, Perez Jr e Silva (2010, p.10); “é assegurar


as diversas gestões da empresa, fornecendo mensurações das alternativas econômicas e por
meio de visão sistêmica, integrar informações e reportá-las para facilitar o processo
decisório”.

Para Perez Jr, Pestana e Franco (1997, p.37) “a controladoria busca otimizar os
resultados econômicos da organização através da definição de um modelo de informações
baseado no modelo de gestão”. Pode-se afirmar que essa é a área que processa os dados,
interpreta e passa para os responsáveis, prestando auxílio na busca por decisões assertivas que
promovam a sustentabilidade do empreendimento.
16

2.1.4 Controller

É a pessoa responsável pelo departamento de controladoria dentro de uma empresa,


tem a responsabilidade de apurar e disseminar todos os aspectos econômicos, financeiros das
organizações, tendo papel de fundamental importância quanto à busca pelos melhores
resultados, e em muitos casos, exercendo influência na tomada de decisões pelos gestores.

Para Souza (2010, p.47) “o Controller é a pessoa responsável que tem a função de
planejar, informar, controlar e decidir sobre o seu desempenho, voltado para a missão e
objetivos da empresa”.

Ainda de acordo com Souza (2010, p.48) “através do Controller os gestores podem
superar deficiências gerenciais, pois terão alguém tecnicamente preparado para orientá-los no
processo de tomada de decisão”.

Segundo Figueiredo e Caggiano (1997, p.29) para que o Controller tenha um bom
desempenho, este deve atender a alguns requisitos, tais como:

Quadro 2 – Requisitos para bom desempenho do Controller

Um bom conhecimento do ramo de atividade do qual a empresa faz parte, assim como
dos problemas e das vantagens que afetam o setor;
Um conhecimento da história da empresa e uma identificação com seus objetivos, suas
metas e suas políticas, assim como seus problemas e estratégias;
Habilidade para analisar dados contábeis e estatísticos que são a base direcionadora de
sua ação e conhecimento de informática suficiente para propor modelos de aglutinação
e simulação das diversas combinações;
Habilidade de se expressar bem, oralmente e por escrito e ter profundo conhecimento
dos princípios contábeis e das implicações fiscais que afetam o resultado empresarial.
Fonte: Adaptado de Figueiredo e Caggiano, 1997 p. 29

Dessa forma considera-se que o Controller deve estar atento às adversidades que
surgem nas organizações e ser um profissional versátil, ou seja, deve estar preparado para
enfrentar as dificuldades e se dispor a buscar constantemente as atualizações e o
aperfeiçoamento profissional.
17

2.2 CONTROLE INTERNO

É formado pelo plano de organização e de todos os métodos e procedimentos


adotados internamente pela empresa para proteger seus ativos, controlar a validade dos dados
fornecidos pela contabilidade, ampliar a eficácia e assegurar a boa aplicação das instruções da
direção.

Para Almeida (2007, p. 63):

O controle Interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos,


métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis
confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa.

No entendimento de Crepaldi (2013, p. 472) o controle interno pode ser definido


como: ”o sistema de uma empresa, que compreende o plano de organização, os deveres e
responsabilidades e todos os métodos e medidas adotados na empresa para salvaguardar seus
ativos, verificar a exatidão e fidelidade dos dados contábeis, desenvolver a eficiência nas
operações e estimular o seguimento das políticas administrativas prescritas”.

Attie (2010, p.149-150) diz que: “pela análise da definição de controle interno
podemos observar a existência de vários fatores que necessitam ser clara e objetivamente
expostos” são eles:

a) Plano de organização é o modo pelo qual se organiza um sistema;


b) Métodos e medidas estabelecem os caminhos e os meios de comparação e
julgamento para se chegar a determinado fim;
c) Proteção do patrimônio compreende a forma pela qual são salvaguardados e
defendidos os bens e direitos da empresa;
d) Exatidão e fidedignidade dos dados contábeis correspondem à adequada precisão e
observância aos elementos dispostos na contabilidade;
e) Eficiência operacional compreende a ação ou força a ser posta em prática nas
transações realizadas pela empresa;
f) Políticas administrativas compreendem o sistema de regras relativas à direção dos
negócios e à prática dos princípios, normas e funções para a obtenção de
determinado resultado.
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Pela descrição dos fatores anteriormente dispostos, fácil é compreender que todos os
itens se interinfluenciam de forma acentuada. Esses elementos, pela importância de cada um,
são de tais formas essenciais para o controle interno adequado, que uma grave deficiência de
qualquer um deles compromete o funcionamento eficiente de todo o sistema.

Segundo Chiavenato (2003, p.613):

O controle exerce uma função restritiva e coercitiva, no sentido de coibir ou


restringir desvios indesejáveis, pode ser, também, “um sistema automático de
regulação no funcionamento de um sistema e, por fim, com função administrativa,
através do planejamento, organização e a direção”. A função administrativa é a mais
importante, por ser através dela que há o monitoramento das tarefas executadas e a
avaliação das atividades e resultados esperados, no intuito de fazer com que a
empresa tenha êxito no que foi elaborado através do planejamento.

Dessa forma o controle interno compreende todos os meios planejados numa empresa
para dirigir, restringir, governar e conferir suas várias atividades com o propósito de fazer
cumprir os objetivos.

Assim, pode notar o quanto o controle interno traz benefícios para a gestão e
desenvolvimento da empresa, uma empresa ao ser constituída tem a necessidade de ter um
instrumento de apoio para que seus objetivos sejam alcançados.

2.2.1 Tipos de Controle Interno

Os controles internos se dividem em dois: controles contábeis e controles


administrativos.

De acordo com Attie (2010, p. 152,153) o controle interno inclui, portanto, controles
que podem ser peculiares tanto à contabilidade como à administração.

2.2.2 Controles Contábeis

Os controles contábeis compreendem o plano de organização e todos os métodos e


procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a propriedade dos itens que o
compõem.
19

Para Crepaldi (2013, p.473) os controles contábeis são compreendidos por:

 Segregação de funções: cria independência entre as funções de execução


operacional, custódia dos bens patrimoniais e sua contabilização;
 Sistema de autorização: controla as operações através de métodos de aprovações,
de acordo com as responsabilidades e riscos envolvidos;
 Sistema de registro: compreende a classificação dos dados dentro de uma estrutura
formal de contas, existência de um plano de contas que facilita o registro e
preparação das demonstrações contábeis, e a utilização de um manual descritivo
para o uso das contas.

Conforme o pensamento do autor para que uma operação ou transação se concretize


eficazmente, é necessário que haja aprovação em cada uma das etapas necessárias ou nos
pontos vitais de controle para o cumprimento do programa de administração, segundo as
responsabilidades determinadas.

2.2.3 Controles Interno Administrativos

Compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos utilizados


para proporcionar eficiência às operações, dar ênfase à política de negócios da empresa, bem
como a seus registros financeiros.

Para Crepaldi (2013, p. 473) os controles internos administrativos são compreendidos


por:

 Normas salutares que observam as práticas saudáveis aos interesses da empresa no


cumprimento dos deveres e funções;
 Pessoal qualificado, que esteja apto a desenvolver suas atividades bem instruído e
supervisionado por seus responsáveis.

Um sistema de controle interno que funcione corretamente não depende apenas do


planejamento efetivo da empresa e da eficiência dos procedimentos e práticas instituídas, mas
também da competência de todo o pessoal envolvido, para levar adiante de forma eficiente e
econômica os procedimentos prescritos. Assim todas as pessoas que compõem a empresa
precisam receber informações adequadas para a realização de suas tarefas e treinamentos
apropriados no âmbito técnico, gerencial e operacional.
20

2.2.4 A Importância do Controle Interno

O controle interno tem uma contribuição a oferecer a cada segmento ou setor existente
dentro de uma organização de forma a agregar agilidade, eficiência e veracidade para as
informações contábeis e administrativas.

No entendimento de Attie (2010,p.151):

A importância do controle interno fica patente a partir do momento em que se torna


impossível conceder uma empresa que não disponha de controles que possam
garantir a continuidade do fluxo de operações e informações proposto.

Como o autor diz, torna evidente a importância de um sistema de controle interno


como meio de proteger a empresa, fazendo que todas as medidas tomadas tenham como
objetivo a melhoria dos procedimentos gerados pela organização, a inibição de fraudes e a
segurança das informações um maior grau de confiabilidade e exatidão dos registros
contábeis.

Crepaldi (2008, p. 65) define a importância do controle interno da seguinte forma:


“[...] é de fundamental importância a utilização de um controle adequado sobre cada sistema
operacional, pois dessa maneira atingem-se os resultados mais favoráveis com menores
desperdícios”.

A importância ou aprimoramento de um tipo de controle é tanto viável quanto positiva


for a sua relação custo/benefício. Grau máximo de avaliação do benefício deve ser atribuído à
sua importância e a qualidade da informação a ser gerada.

Torna-se evidente a importância de um sistema de controle interno como forma de


proteção da empresa. Todas as medidas tomadas dos procedimentos gerados pela empresa, a
inibição de fraudes e assegurar um maior grau de confiabilidade e exatidão dos registros
contábeis.
21

2.3 OS OBJETIVOS DO CONTROLE INTERNO E SUAS FINALIDADES

Os objetivos do controle interno visam à configuração da segurança adequada às


atividades praticadas ao longo de toda a empresa de forma vertical e horizontal, onde é de
grande importância a adoção dos objetivos por todos da empresa, para que possa alcançar os
objetivos propostos.

Oliveira e D’Ávila (2002, p. 84), afirma que o objetivo do controle é:

Verificar e assegurar os cumprimentos, às políticas e normas da companhia,


incluindo o código de éticas nas relações comerciais e profissionais; obter
informações adequadas, confiáveis, de qualidade e em tempo hábil, que sejam
realmente úteis para as tomadas de decisões; prevenir erros e fraudes. Em caso de
ocorrência dos mesmos. Possibilitar a descoberta o mais rápido possível. Determinar
sua extensão e atribuições de corretas responsabilidades; registrar adequadamente as
diversas operações, de modo a assegurar a eficiente utilização dos recursos da
empresa; assegurar o processamento correto das transações da empresa. Bem como a
efetiva autorização de todos os gastos incorridos no período.

De acordo com Attie (2010, p.155) os objetivos do controle interno são:

 A salvaguarda dos interesses da empresa;


 A precisão e confiabilidade dos informes e relatórios contábeis financeiros e
operacionais;
 O estímulo à eficiência operacional;
 A aderência às políticas existentes.

A seguir, serão apresentados detalhadamente os principais objetivos do controle


interno e suas respectivas finalidades.

2.3.1 A salvaguarda dos interesses da empresa

Este objetivo está relacionado à proteção do patrimônio para que evite quaisquer
perdas e risco devido a erros ou irregularidades. Conforme Attie (2010) a empresa dispõe de
enorme gama de atividades que requer especialização, conhecimento e entendimento de forma
que sejam conduzidos dentro de padrões adequados, minimizando a possibilidade de perdas e
riscos.
22

Citam-se exemplos de alguns meios que podem dar suporte necessário a este objetivo,
como:

 Segregação de funções;
 Sistema de autorização e aprovação;
 Determinação de funções e responsabilidades;
 Manutenção de contas de controle;
 Diminuição de erros e desperdícios;
 Contagens físicas independentes.
Fica visível a preocupação que tem o controle interno com relação à proteção de seu
patrimônio, munindo-se de várias práticas que contribuem ao sucesso deste objetivo.

2.3.2 A precisão e confiabilidade dos informes e relatórios contábeis financeiros e


operacionais

Com este objetivo a organização tem as informações que auxiliam na gestão dos
negócios e entendimento uniforme da informação. As projeções financeiras devem ser
baseadas em fatos reais e estímulo como, por exemplo, o departamento de cobrança precisa
saber os valores a receber dos clientes, já o de venda conhecer com muita rapidez os produtos
disponíveis em estoque.

Attie (2010) destaca alguns meios que dá suporte necessário a este objetivo
exemplificando:

 Documentação confiável;
 Conciliação;
 Análise;
 Plano de contas;
 Tempo hábil;
 Equipamento mecânico.
Percebe-se que este objetivo demonstra que as informações deverão ser exatas,
confiáveis e oportunas, ou seja, os dados precisam ser verídicos e informados
tempestivamente.
23

2.3.3 O estímulo à eficiência operacional

A finalidade deste objetivo mostra que a administração determina os meios


necessários para conduzir as tarefas, de uma maneira que obtenha entendimento e garanta a
aplicação e haja tempestividade e uniformidade.

De acordo com Attie (2010) “as inúmeras tarefas praticadas pelos diversos setores de
uma empresa necessitam de uma linha de raciocínio e de conduta”. Pode-se deduzir pelas
palavras do autor que em cada um dos setores existem determinadas particularidades e que
cada um dos colaboradores precisa ter conhecimento de suas tarefas.

Exemplificando alguns dos meios para se alcançar o referido objetivo, destacou-se:

 Seleção;
 Treinamento;
 Plano de carreira;
 Relatórios de desempenho;
 Relatórios de horas trabalhadas;
 Tempos e métodos;
 Custo padrão;
 Manuais internos;
 Instruções formais.
Através da aplicação destes meios há mais possibilidade e eficiência no modo como
serão desenvolvidas as operações da empresa.

2.3.4 A aderência às políticas existentes

É através deste objetivo que se verifica a garantia que os desejos da administração


sejam cumpridos por todos os colaboradores, isso fica definido através de suas políticas e
demonstradas por meio de procedimentos que sejam seguidas adequadamente pelos
colaboradores.
24

Na percepção de Attie (2010, p. 159) “cada pessoa e cada segmento da organização


precisam funcionar harmonicamente, fazendo com que toda estrutura da empresa caminhe
para o mesmo objetivo”.

Alguns meios de embasar este objetivo são:

 Supervisão;
 Sistema de revisão e aprovação e;
 Auditoria interna.
De acordo com os objetivos do controle interno e suas finalidades torna-se notável que
o cumprimento de cada um deles auxilia na segurança adequada às atividades de toda a
empresa.

2.4 RESPONSABILIDADE PELA DETERMINAÇÃO DO CONTROLE INTERNO

A administração é responsável pelo planejamento, instalação e supervisão de um


sistema de controle interno adequado. Attie (2010, p.161) ressalta que “qualquer sistema,
independentemente de sua solidez fundamental, pode deteriorar se não for periodicamente
revisto. Mas todos os funcionários devem ter conhecimento dos conceitos, objetivos
propostos pela administração”.

Almeida (2007, p.64) diz:

Os funcionários da empresa devem estar totalmente cientes em relação às políticas


existentes na empresa, mas para tal, é de total responsabilidade da administração
estar passando claramente e por escrito aos mesmos a qual todos tenham plena
consciência da forma que a instituição pretende trabalhar.

O sistema de controle interno deve estar sujeito à contínua supervisão para determinar
se:

 A política interna presente está sendo corretamente interpretada;


 As mudanças em condições operativas tornam os procedimentos complicados,
obsoletos ou inadequados e;
 Quando surgem falhas no sistema, são tomadas prontamente medidas eficazes e
corretivas.
25

Crepaldi (2013, p. 465), relata que “as atribuições dos funcionários ou setores internos
da empresa devem ser claramente definidas e limitadas, de preferência por escrito, mediante o
estabelecimento de manuais de organização”.
Como o ambiente dos negócios é complexo e cheios de imprevistos, a função de
controle interno deve ser preocupação contínua dos responsáveis pelo destino das empresas,
visto que a administração sabe que nenhum planejamento ou coordenação, por melhores que
sejam, podem assegurar os objetivos pretendidos sem a presença de um controle interno
eficiente.

Oliveira, Perez Jr e Silva (2009, p .92) destaca que:

Como parte de sua natureza, as pessoas não gostam de controles e têm uma
tendência natural a reagir negativamente a quaisquer tentativas nesse sentido.
Portanto, mais do que nunca, o responsável pelo processo de implantação ou
reformulação deve ser hábil negociador e vendedor de suas ideias.

Mas de nada adianta ter um controle interno, formado por um excelente plano de
organização, normas e procedimentos, se as pessoas envolvidas na empresa não as
executarem. É de responsabilidade da administração da empresa verificar se as normas e
procedimentos do controle interno estão sendo seguidos pelos funcionários.

2.5 SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES

Uma das dimensões do controle interno é separar os deveres dos funcionários, de


modo que a pessoa que mantenha controle sobre um determinado ativo não seja a mesma
responsável pelo registro de transações.

Attie (2010, p.155) diz que:

Segregação de funções estabelece a independência para as funções de execução


operacional, custódia física e contabilização. Ninguém deve ter sob sua inteira
responsabilidade todas as fases inerentes a uma operação. Cada uma dessas fases
deve, preferencialmente, ser executada por pessoas e setores independentes entre si.
26

Para Almeida (2007, p. 67) “a segregação de funções consiste em estabelecer que uma
mesma pessoa não possa ter acesso aos ativos e aos registros contábeis, devido ao fato de
essas funções serem incompatíveis dentro do sistema de controle interno”.

De acordo com Silva (2005, p. 21) “os auditores orientam para que haja uma
separação de funções entre as pessoas que executam e as que controlam, mesmo que exista
um ambiente totalmente informatizado”. Devem-se evitar responsabilidades conflitantes e em
duplicidade, mas, onde o trabalho de duas ou mais divisões é complementar a
responsabilidade pode ser dividida por fases.

Para reduzir as possibilidades de fraudes e de erros, os procedimentos devem ser


distribuídos de maneira que o trabalho de uma pessoa é automaticamente checado por outra
inteiramente independente da primeira. Deste modo, as responsabilidades e funções devem ser
segregadas (separadas e definidas) a fim de que nenhuma pessoa possa controlar todas as
fases de uma mesma transação ou processo crítico.

2.6 CONTROLE INTERNO X FRAUDE

A eficiência do sistema de controle interno como um todo deve permitir detectar não
somente irregularidades de atos intencionais, como também erros de atos não intencionais.

De acordo com Attie (2010, p. 164,165) esses erros podem ser:

a) De interpretação como, por exemplo, a aplicação errônea dos princípios contábeis


geralmente aceitos na contabilização de transações;
b) De omissão por não aplicar um procedimento prescrito nas normas em vigor;
c) Decorrentes da má aplicação de uma norma ou procedimento.
Bons controles internos previnem contra a fraude e minimizam os riscos de erros e
irregularidades.

Em geral, o sistema de controle interno deve permitir detectar todas as irregularidades.


Um bom sistema de controle interno oferece maiores possibilidades de pronta identificação de
fraudes em qualquer que seja a sua modalidade.
27

2.7 CONTROLE INTERNO NOS DEPARTAMENTOS

O controle interno desempenha relevância ao se analisar os departamentos de uma


organização, sendo os mais comuns, o de compras, o de vendas, o de estoque e o financeiro.

2.7.1 Departamento de Compras

Esse departamento é responsável pela aquisição de produtos e o controle pode ser


efetivado por meio de pedidos de compra ou ainda através de notas fiscais que deverão
constar características como fornecedor, quantidade, valor unitário e total, condições de
pagamento etc.

De acordo com Dias (2008, p. 236):

A necessidade de comprar cada vez melhor é enfatizada por todos os empresários


juntamente com as necessidades de estocar em níveis adequados e de racionalizar o
processo produtivo. Comprar bem é um dos meios que deve usar para reduzir custos.

A ideia do autor significa que efetuar uma boa compra e saber armazenar
adequadamente as mercadorias implica em mais rentabilidade, menos custos, menos perdas de
produtos entre outros benefícios para a organização.

2.7.2 Departamento de Vendas

Este departamento é responsável pela estratégia comercial de uma empresa e tem a


incumbência de checar ou ultrapassar as receitas projetadas, tendo também como um dos
objetivos colocar o produto no mercado em relação à concorrência.

Para Francischini, Gurgel (2004, p.195):

[...] as técnicas de previsão de vendas deverão ser aprimoradas e a determinação do


programa de produção deverá ter a participação da produção, da engenharia e
principalmente das finanças, tendo em vista os aspectos de investimentos dessas
decisões.
28

Um dos aspectos mais importantes no departamento de vendas é sua integração com


os demais departamentos, uma vez que as vendas geram receitas que são essenciais para
manter a operacionalização da atividade comercial.

2.7.3 Departamento de Estoque

A relevância deste departamento consiste no controle das compras e das vendas e, para
isso, é necessário que seja verificado a validade dos produtos, se os mesmos apresentam
alguma avaria ou ainda se são obsoletos.

Dia (2008, p. 25) enfatiza:

Para organizar um setor de controle de estoque, inicialmente deveremos descrever


seus objetivos principais que são:
Determinar “o que” - Deve permanecer em estoque: número de itens;
Determinar “quando” - Se deve reabastecer os estoques: periodicidade;
Determinar “quanto” - De estoque será necessário para um período predeterminado:
quantidade de compra;
Receber, armazenar e guardar - Os materiais estocados de acordo com as
necessidades; Identificar e retirar - Do estoque os itens obsoletos e danificados.

O controle nos estoques permite identificar a necessidade de mercadorias, reposição de


estoque, os produtos que possuem mais rotatividade, etc.

2.7.4 Departamento Financeiro

Este departamento envolve o controle de recursos da organização, os registros


financeiros e todas as operações efetuadas.

Conforme Segundo Filho (2005, p. 176) para um bom sistema de controle financeiro:

O ideal é que esse sistema de informações seja totalmente integrado, controlado, do


lado dos ingressos, a emissão do pedido do cliente, a venda, o faturamento da venda,
a saída da mercadoria do estoque, o recebimento da venda e a entrada de recursos
em caixa, e, do lado dos desembolsos, a requisição de compra, o pedido de compra,
a entrada de mercadoria no estoque, o pagamento ao fornecedor e saída dos recursos
de caixa.
29

Os principais controles internos financeiros de acordo com Segundo Filho (2005, p.


176) são: Controle de caixa e banco, controles de contas a receber e controle de contas a
pagar.

a) Controle caixa e banco é o controle das entradas e saídas do caixa e controlar o


saldo do banco através de extratos, é o setor mais provável de sofrer desvios e
desfalques, como fazer o registro da venda a menor, deixar de registrar vendas, etc;
b) Controle interno de contas a receber usado para que se possa acompanhar o
resultado das vendas a crédito evitar a inadimplência e;
c) Controle interno de contas a pagar controla os pagamentos que tenham a ver com as
atividades da empresa.
A importância do controle interno nesse departamento é observada ao se verificar as
entradas e saídas de recursos financeiros, devendo constar todos os registros que serão
informados à contabilidade.
30

3 METODOLOGIA

3.1 A ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA

A pesquisa em questão pode ser definida como bibliográfica, pois inclui pesquisa em
livros, artigos e outros trabalhos científicos, como também na internet para o desenvolvimento
da parte teórica do trabalho. Köche (2009, p.122) diz que: “o objetivo da pesquisa
bibliográfica, portanto é de conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes
sobre um tema determinado ou problema, tornando-se um instrumento indispensável para
qualquer tipo de pesquisa”.

Quanto ao estudo de caso dá-se por tratar de uma pesquisa para verificação dos fatos
causadores dos problemas. Gil (2008, p. 37) evidencia que é: “o estudo profundo e exaustivo
de um ou poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e detalhados do
mesmo”.

Do ponto de vista do objeto do estudo a pesquisa é exploratória, pois visa proporcionar


familiaridade com o problema.

São finalidades da pesquisa exploratória proporcionar maiores informações sobre o


assunto que se vai investigar, facilitar a delimitação do tema da pesquisa; orientar a
fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir um novo tipo de
enforque para o assunto. (ANDRADE, 2002, p. 119)

A pesquisa foi desenvolvida com base no caráter qualitativo que conforme afirma
Pereira (1999, p. 21) “Ocupa-se da investigação de eventos qualitativos, aqueles
representados por dados qualitativos com referenciais teóricos menos restritivos e com maior
oportunidade de manifestação para a subjetividade do pesquisador”. Ou seja, a pesquisa
qualitativa concede ao pesquisador uma maior liberdade de expressar sua opinião decorrente
de suas análises.

Outro método utilizado foi o da pesquisa descritiva. De acordo com Gil (2008), as
pesquisas descritivas possuem como objetivo a descrição das características de uma
população, fenômeno ou de uma experiência. Envolve o uso de técnicas padronizadas de
coleta de dados: questionário e observação sistemática.
31

A pesquisa básica objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência,
sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais (GIL, 2008). Assim,
o pesquisador busca satisfazer uma necessidade intelectual pelo conhecimento, e sua meta é o
saber. (CERVO; BERVIAN, 2002)

De acordo com a citação supracitada, o presente estudo utilizou a pesquisa de natureza


básica, pois a mesma pretende desenvolver novos conhecimentos práticos dirigidos à solução
dos questionamentos apresentados.

3.2 O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO

A pesquisa foi feita na cidade de São José do Seridó, mais especificamente no


Supermercado Lucena, a escolha se deu pela disponibilidade das informações. A loja tem uma
média de 200 m² e 10 colaboradores que representa a totalidade. No mercado a mais de 10
anos, o Supermercado Lucena é filiado à Rede Unicompre de Supermercados.

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS

A coleta dos dados foi feita por meio de um questionário aplicado a todos os
colaboradores do supermercado Lucena.

3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Os dados foram analisados de forma clara e objetiva, por meio de técnicas qualitativas
e descritivas das informações colhidas do questionário aplicado aos colaboradores. Seguindo
o embasamento teórico do trabalho e descrição de algumas respostas dos entrevistados. Neste
momento será usado o contato com a realidade, objeto dessa pesquisa, associada à teoria que
sustenta esse trabalho.
32

4 RESULTADOS DA PESQUISA

4.1 ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO COM OS COLABORADORES

A análise iniciou-se através da aplicação de um questionário composto por 12 (doze)


perguntas com opções de respostas “Sim” ou “Não”, com possibilidade de justificativa para
cada opção. O mesmo questionário foi aplicado aos 10 (dez) colaboradores que representam a
totalidade dos funcionários da referida empresa.

De acordo com a aplicação do questionário aos funcionários, buscou-se desenvolver a


análise com o intuito de identificar quais as contribuições que o controle interno pode oferecer
à gestão empresarial conforme as respostas obtidas pelos colaboradores.

Para questionar se a empresa tem algum tipo de controle interno foi apresentado o
seguinte conceito: Controles internos podem ser entendidos como toda ação tomada pela
administração para aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidos sejam
atingidos. A administração e a gerência planejam, organizam, dirigem e controlam o
desempenho de maneira a possibilitar uma razoável certeza de realização. Com base nesse
conceito foi questionado se os colaboradores consideram que o supermercado possui algum
tipo de controle interno.

Gráfico 1: Conhecimento sobre o Controle Interno

Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa


33

A grande maioria (90%) dos respondentes disseram que a empresa tinha algum tipo de
controle interno. Pode-se observar que os colaboradores desta empresa compreendem o que é
um controle interno.

Depois se questionou quantos departamentos existiam na empresa e foram destacados:


compras, vendas, financeiro e estoque. Com base nessa informação procurou-se saber como
era o controle sobre esses departamentos, se o gestor consegue fazê-lo.

Gráfico 2 – O gestor sozinho consegue ter um controle total sobre todos os


departamentos da empresa

Fonte: Elaboração própria conforme dos dados da pesquisa

As respostas foram unânimes, todos responderam “Não”, ou seja, o gestor sozinho não
consegue controlar de forma satisfatória todos os departamentos. Com isso, fica demonstrado
o que foi apresentado no decorrer desta pesquisa sobre controle interno, pois os autores dizem
que é impossível, que quando uma empresa cresce, o gestor sozinho consiga controlar todos
os departamentos.
34

Por isso é importante a delegação de funções, pois caso uma empresa tenha um bom
sistema de controle interno ela terá mais segurança quando precisar tomar algumas decisões e
poderá ter mais confiança nas informações. Para isso, o controle interno precisa ser eficaz e
deverá haver um acompanhamento contínuo, assim tudo o que foi determinado poderá ser
alcançado.

Gráfico 3 – Sempre pesquisa antes de comprar qualquer produto

Fonte: Elaboração própria conforme dos dados da pesquisa

De acordo com o gráfico 03 percebe-se que a empresa pesquisa antes de comprar


qualquer produto. Para existir o controle interno nas negociações, é indicado que a empresa
envie formulários de cotação de preços aos fornecedores, permitindo que a pessoa responsável
pelas compras possa compará-los com os de outros fornecedores, evitando assim, a ocorrência
de prejuízos para o supermercado.

No entanto, vale lembrar que, além do preço acessível, deve-se verificar se vale a pena
comprar determinado produto e se ele tem uma grande procura pelos clientes.
35

Gráfico 4 – Armazenamento das compras

Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa

Em relação ao armazenamento 70% disse que as compras da empresa são bem


armazenadas, no entanto, 30% dos respondentes disseram o contrário, mostrando que há
falhas no controle do armazenamento das compras e isso pode acarretar problemas para a
empresa, pois além de se fazer uma boa compra é preciso estocar adequadamente, evitando
desperdícios tanto da mercadoria como de tempo dos colaboradores.

Gráfico 5 – Há uma previsão de vendas na empresa

Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa


36

Ao serem questionados se a empresa faz previsões de vendas, todos os funcionários


disseram que “Sim”, isso equivale a 100% dos respondentes. Este foi um ponto positivo sobre
o controle interno sobre as vendas, já que é de suma importância fazer a projeção de vendas,
pois assim a empresa terá um controle sobre o que se deve comprar, levando-se em conta os
períodos nos quais ocorrem maior procura de determinados produtos, como nos períodos
sazonais.

É importante que o departamento de vendas tenha integração com os demais


departamentos, uma vez que as vendas geram receitas essenciais para manter a
operacionalização da atividade comercial da empresa.

Gráfico 6– A empresa tem organização de determinar o que, quando e quanto se deve


comprar de um determinado produto

Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa

De acordo com o gráfico 6, a maioria dos que responderam disseram que a empresa
controla o que, quando e quanto se deve comprar determinado produto. É importante que os
responsáveis pelo departamento de estoque verifiquem as quantidades e os produtos de maior
rotatividade. Desse modo, terá sempre como saber o que se deve comprar, evitando
desperdícios, prejuízos e custos desnecessários para a empresa.
37

Gráfico 7 – A empresa possui um sistema de conferência, aprovação e autorização de


mercadorias no ato da entrega.

Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa

Quando questionados se a empresa possui um sistema de conferência, aprovação e


autorização de mercadoria no ato da entrega, observou que 80% disse “Sim”, porém foram
constatadas falhas, como: observar a validade de todos os produtos; o estado de conservação
das embalagens; a separação de unidades dos produtos para o cadastramento que muitas vezes
não é feita na hora do recebimento, prejudicando essa etapa do processo.

Gráfico 8 – A empresa utiliza relatórios financeiros para tomada de decisões

Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa


38

Quando questionados se a empresa utiliza relatórios financeiros para a tomada de


decisões 70% disse que “Sim”. As empresas necessitam de informações tanto no que se refere
a situações gerenciais, fiscais e financeiras para poderem tomar decisões bem fundamentadas
nos relatórios financeiros, desse modo, a entidade terá um mapa da sua situação e verá se
pode tomar determinada decisão.

Gráfico 9–A empresa possui um plano de organização

Fonte: Elaboração própria conforme dos dados da pesquisa

Foi perguntado se a empresa possuía um plano de organização. Todos responderam


que “Sim”. É necessário que toda empresa tenha um plano de organização, pois através dele
ficam determinadas as funções de cada um dos colaboradores, também estabelecidas as
relações de autoridade, quem vai ficar responsável pela custódia dos bens patrimoniais e sua
contabilização.
39

Gráfico 10– Existe segregação de funções dentro da empresa

Fonte: Elaboração própria conforme dos dados da pesquisa

Ao questionar se existia segregação de funções dentro da empresa, a maioria


respondeu que “Sim” o que representa 80% dos respondentes. A segregação de funções é um
dos princípios mais importantes do controle interno uma vez que fica determinado a separação
de funções, pois uma pessoa não pode custodiar um ativo e ao mesmo tempo fazer os registros
contábeis deste. Com a segregação de funções a empresa poderá evitar fraudes e desfalques.
40

Gráfico 11 – Com um bom sistema de controle interno, a empresa conseguiria um


melhor desempenho e diminuiria determinadas perdas?

Fonte: Elaboração própria conforme dos dados da pesquisa

Todos os colaboradores são cientes da importância de um bom sistema de controle


interno para o bom funcionamento da empresa e acreditam que isso possibilitaria a redução de
algumas perdas, pois a falta desse gerenciamento executado de maneira adequada prejudicaria
a todos.
41

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O controle interno para toda empresa é de grande relevância pelo fato desta ferramenta
prevenir irregularidades no desempenho das atividades de qualquer organização. É importante
que esses sistemas possam agregar confiabilidade aos resultados das operações para que os
planos traçados pelo administrador sejam alcançados.

Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de saber quais as contribuições que o
controle interno pode oferecer à gestão empresarial, pois quando uma empresa aplica os
procedimentos de controle interno e faz um monitoramento contínuo, ela tem mais capacidade
de proteger seus ativos, obtendo um maior desempenho no alcance das atividades planejadas e
evitando a ocorrência de problemas como: fraudes, desfalques, erros, etc.

Para atingir esse objetivo principal foi realizado um estudo de caso aplicando-se um
questionário aos colaboradores do supermercado Lucena a fim de obter informações para
serem analisadas.

Apesar de serem identificadas algumas falhas no sistema de controle interno do


supermercado, foram constatados pontos positivos que merecem destaque como a existência
de previsão de vendas, de um plano de organização e da conscientização da importância de
um bom sistema de controle interno dentro da empresa.

No decorrer das análises percebeu-se várias contribuições do controle interno dentro


da organização em todos os departamentos verificados.

No que se refere à pesquisa de compras, constatou-se que o supermercado realiza uma


pesquisa antes de efetuar suas compras, contribuindo para a redução de custos de seus
produtos e melhores ofertas para os consumidores. Desse modo, a empresa tem a
possibilidade de atrair mais clientes, e com isso, aumentar seus lucros.

O supermercado mantém um controle parcial sobre o armazenamento de suas


mercadorias considerado de grande relevância, pois através da estocagem adequada a empresa
evitará perdas e poderá oferecer produtos com mais qualidade aos seus clientes. Também foi
observado que a empresa controla o que, quando e quanto deverá comprar de acordo com a
demanda, contribuindo para satisfazer seus clientes e, ao mesmo tempo, manter a rotatividade
de seus produtos.
42

A empresa confere as condições, quantidades e qualidade de suas mercadorias no ato


do recebimento, no entanto, foram identificadas falhas que apontam um controle interno
insuficiente quando colocados em pauta, a validade, a conservação das embalagens e a
separação de produtos para cadastramento.

Observou-se que o supermercado utiliza eventualmente relatórios financeiros para


tomada de decisões, no entanto, o ideal seria que utilizasse com mais freqüência, pois com
isso, a empresa poderia ter um mapa da sua situação, evitando tomar decisões precipitadas
que comprometessem o andamento de seus negócios.

Outro aspecto analisado e verificado foi a segregação de funções onde uma mesma
pessoa não pode ter acesso aos ativos e seus registros. O supermercado analisado possui
segregação de funções de modo limitado devido o número de funcionários ser insuficiente
para essa finalidade.

Todos os colaboradores são cientes da importância de um bom sistema de controle


interno para um bom funcionamento da empresa e acreditam que isso possibilitaria a redução
de algumas perdas, pois a falta desse gerenciamento executado de maneira adequada
prejudicaria a todos.

Assim, conclui-se a pesquisa, mostrando que são várias as contribuições que o


controle interno pode oferecer à gestão empresarial desde que seja aplicado e monitorado de
forma adequada, auxiliando os gestores a proteger seus ativos através de informações exatas,
confiáveis e oportunas, que ajudam a prevenir erros, fraudes e atos ilícitos.

Por fim, recomenda-se a realização de novos trabalhos acadêmicos que estendam esta
pesquisa a outros supermercados com o intuito de fortalecer a gestão empresarial, destacando
os pontos de maior relevância para um bom sistema de controle interno.
43

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44

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SOUZA, Luiz Carlos de: Controladoria aplicada aos pequenos negócios. 1ª ed. 2008; 2ª
Reimpr. Curitiba: Juruá, 2010.
45

APÊNDICE A – Questionário aplicado no Supermercado Lucena

Questionário

1 - Controles internos podem ser entendidos como toda ação tomada pela administração para
aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidas sejam atingidos. A
administração e a gerência planejam, organizam, dirigem e controlam o desempenho de
maneira a possibilitar uma razoável certeza de realização.

Com base nesse conceito você considera que o supermercado possui algum tipo de controle
interno?

( ) SIM ( ) NÃO

Justifique a resposta:

2 - Quais os departamentos existentes na empresa?

( ) Departamento de compras ( ) Departamento financeiro

( ) Departamento de vendas ( ) Departamento de estoque

3 - O gestor sozinho consegue ter um controle total sobre todos os departamentos da empresa?

( ) SIM ( ) NÃO

Justifique a resposta:

4 - A empresa pesquisa sempre antes de comprar qualquer produto?

( ) SIM ( ) NÃO

Justifique a resposta:

5 - As compras da empresa são bem armazenadas, evitando custos e economizando tempo dos
colaboradores?

( ) SIM ( ) NÃO

Justifique a resposta:

6 - Há uma previsão de vendas na empresa?

( ) SIM ( ) NÃO
46

Justifique a resposta:

7 - A empresa tem organização de determinar o que, quando e quanto se deve comprar de


determinado produto para não gerar custos não necessários?

( ) SIM ( ) NÃO

Justifique a resposta:

8 - A empresa possui um sistema de conferência, aprovação e autorização de mercadorias no


ato da entrega?

( ) SIM ( ) NÃO

Justifique a resposta:

9 - A empresa utiliza relatórios financeiros para a tomada de decisões?

( ) SIM ( ) NÃO

Justifique a resposta:

10 - A empresa possui um plano de organização que estabelece a estrutura dos níveis


hierárquicos e suas responsabilidades?

( ) SIM ( ) NÃO

Justifique a resposta:

11 - Existe segregação de funções dentro da empresa?

( ) SIM ( ) NÃO

Justifique a resposta:

12 - Você acredita que com um bom sistema de controle interno, a empresa conseguiria um
melhor desempenho e diminuiria determinadas perdas?

( ) SIM ( ) NÃO

Justifique a resposta:

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