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Dois anos de desgoverno – sob o domínio do

capital

Bolsonaro está isolado e na defensiva e foi obrigado a ceder


para ainda ter serventia ao capital
5 de abril de 2021, 15:57 h Atualizado em 5 de abril de 2021, 16:38
   

 ...

(Foto: Reprodução)
 
Por Mauro Luis Iasi

(Publicado no site A Terra é Redonda)

É inegável que o presidente miliciano sempre teve como


intencionalidade a ruptura institucional, uma espécie de
saudosismo do golpe de 1964 e da ditadura que se seguiu.
Temos afirmado com certa insistência em nossas colunas que
o bufão na presidência contava com certos recursos para, pelo
menos, dar uma base aos seus arroubos, principalmente no
suposto apoio de segmentos das forças armadas, sua base
social apoiada nas milícias e nas organizações ditas religiosas,
além da base eleitoral que lhe auferiu os mais de 57 milhões de
votos.

No entanto, devemos lembrar que tais recursos de nada


serviriam se não houvesse uma certa condescendência do
grande capital monopolista para com as visíveis trapalhadas do
miliciano, uma vez que sua única função no cargo era dar
sequência às reformas e medidas exigidas pelo capital e o
deus mercado. Uma vez que tais medidas encontravam seu
caminho, o suposto presidente ia se equilibrando no cargo
apesar de tudo. Nesta direção foi realizado um pacto entre os
militares, STF e parlamento para evitar a instabilidade de um
possível impedimento do presidente, seja por qualquer motivo
entre os inúmeros à escolha (irregularidades eleitorais na
chapa Jair/Mourão, atentar contra as instituições com atos
antidemocráticos que o dito presidente conclamou e participou,
imiscuir-se na Polícia Federal para proteger sua família e
amigos criminosos, etc.).

No momento do pacto, o principal fator de instabilidade era a


clara intenção que partia de um executivo doentio em acirrar os
ânimos para justificar uma ruptura. No entanto, o
desenvolvimento da pandemia mudou este cenário. O
negacionista no maior cargo da República, ainda que tenha
recuado em nome do pacto com o Parlamento e o Supremo,
abençoado e tutelado pelos militares no governo, se
demonstrou uma fábrica de instabilidade para dar respostas à
sua base social e eleitoral ou por qualquer outro motivo.
Relativizando a gravidade da doença, defendendo ilusórios e
irracionais métodos de tratamento preventivo, recusando-se a
um plano ordenado de isolamento social e medidas de
proteção defendidas pela ciência, desdenhando a importância
da vacina e de medidas logísticas adequadas para a
imunização; acabou por jogar o país no caos pandêmico e suas
dramáticas consequências sociais e econômicas.
A troca de ministros da Saúde e, principalmente, os motivos de
tais alterações, somado à atitude do mandatário maior da
República, desmascaram a face grotesca do negacionismo, do
irracionalismo e do total desprezo pela vida humana. Mas, o
capital e seu amigo imaginário, o mercado, não ligam para isso.
Rodrigo Maia, fiel zelador do pacto, não viu nenhum motivo
para impedimento. O Supremo e suas inalcançáveis razões e
fundamentos jurídicos, contentou-se com a gaveta profunda
para onde enviou os processos em andamento que serviram de
munição para o suposto pacto que deveria manter o
ensandecido presidente no cercadinho.

O que ocorreu é que o desenvolvimento da pandemia,


esperado e previsto pelos especialistas, mudou este cenário. O
grande capital começa a traçar cenários menos idílicos para a
retomada econômica e a montanha de mortes diárias atinge
aquela marca que passa a gerar “preocupações” para os donos
da riqueza e do destino da nação. Não se tratava mais de sete
ou dez mil, que o desprezível dono da rede de lanchonetes
estava disposto a aceitar como um custo aceitável, ou mesmo
os cem mil que coexistiam com lucros aceitáveis e perspectivas
de retomada que a assustada economista saudava a cada
edição do telejornal para desmentir na próxima edição. É
interessante o que o capital pode encarar como aceitável, o
que há de diferente entre os cem mil e os trezentos mil mortos,
além da contabilidade macabra de pessoas enterradas a cada
dia?

O capital e seus diferentes setores, refiro-me ao capital


monopolista e não a malta de supostos empreendedores
descartáveis que se julgam ideologicamente mais do que de
fato são para a cadeia produtiva, lucraram muito nesta época
tenebrosa. Não me refiro aqui à aparência enganosa dos
setores mais visíveis, como as televendas, os serviços de
entrega, cursos on-line (todo mundo descobriu que podia tocar
piano e era fácil, assim como praticar a marcenaria, pintura em
aquarela e aplicar no mercado financeiro), mas se tais setores
da distribuição e de serviços cresceram é porque mercadorias
seguiam sendo produzidas, bancos continuavam financiando e
cobrando dívidas. É inegável o impacto para pequenos
comerciantes e outros ramos que certamente sofreram com
restrições de seus pequenos e médios negócios, mas houve
crescimento de lucros e aumento da riqueza e da concentração
de forma significativa. Nesta fase a preocupação com o
distanciamento e as medidas de prevenção são seletivas.
Fique em casa, lave as mãos, use máscaras, lógico, se você
não é um operário, um entregador de aplicativo, uma faxineira,
um profissional da saúde ou da segurança pública, por que se
for o caso, você tem que sair de sua casa, pegar uma
condução lotada e fazer as coisas funcionarem.

Então, nesta faixa de mortandade, algo ali entre os cem e


trezentos mil mortos, tudo ia bem. Tal sensação que o capital
compartilhava com o negacionista com a faixa presidencial era
que um dia a pandemia ia passar e tudo voltaria ao normal,
quem morreu, morreu, quem lucrou lucrou. Como sempre,
como em todos os anos ditos normais em que a sanha do
capital mata milhares de trabalhadores. Em 2019 o número de
acidentes de trabalho cresceu 5,45%, passando de 341.700
para 360.320 mil. Entre 2012 e 2019 a cada 49 segundos um
trabalhador sofria um acidente de trabalho e a cada uma hora e
três minutos um trabalhador morria em decorrência de um
acidente.
por taboola
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consenso com a direita

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Sendo assim, por que da mudança de atitude do grande capital


e seus serviçais togados ou investidos de mandatos
parlamentares? Creio que o fato do negacionismo presidencial
passa a produzir uma instabilidade em duas frentes. A total
desorganização na logística das vacinas, acentua a gravidade
da pandemia e, principalmente, incide sobre a perspectiva de
saída da crise sanitária. A dimensão temporal aqui tem uma
importância grande. Tanto a população como os agentes
econômicos podem suportar catástrofes, desde que exista uma
perspectiva de retomada mais adiante. A falha grave na
produção, compra e logística de vacinação, torna nebulosa a
dimensão temporal e materializa as previsões de colapso. Isso
prejudica a almejada retomada da normalidade econômica e
gera perigosos riscos de instabilidade política e social.
Vejamos se está claro. Queimar florestas, matar índios,
assassinar opositores, entregar imensas áreas urbanas para o
controle de milícias, desmantelar universidades e centros de
pesquisa, impor cortes orçamentários que sufocam as políticas
públicas e sociais até a morte, desmontar a cultura nacional,
desemprego em massa, mortes por falta de oxigênio ou UTIs
lotadas, sucatear a capacidade produtiva do país e a
infraestrutura pública, jogar milhares de famílias de volta à
fome e à miserabilidade absoluta, pode ser aceitável, mas
colocar em risco a estabilidade que permite continuar a
acumulação de capitais é preocupante.

Por esta razão era necessário um ajuste no pacto. Agora deve-


se incluir nas normas pactuadas (que não sabemos quais são
pois o pacto é secreto) que não basta não atentar contra as
instituições visando uma ruptura institucional, mas deve-se
penar também no enfrentamento adequado da pandemia e de
uma política de vacinação eficiente.

O operador desta linha de ação no parlamento é o chamado


centrão. O executivo emplacou o presidente do Senado e da
Câmara, mas estes senhores são operadores do pacto e não
do presidente. Exigiram e conseguiram a troca do ministro da
saúde e agora do chancelar, impuseram uma mudança
ministerial e cobraram a fatura no orçamento desfigurado pelas
emendas parlamentares e o cala boca ao setor militar em
detrimento dos necessários investimentos e recursos para
saúde, ciência e tecnologia, educação e outras áreas
incômodas para os sanguessugas que nos governam.

Quanto aos militares é cedo para afirmar. É necessário separar


o jogo de cena da saída do Ministro da defesa e os chefes das
forças armadas em solidariedade ao ministro. O (des)governo
Bolsonaro não encontra apoio homogêneo nas forças armadas
e sempre apresentou contradições, agora se soma mais esta.
Mas a presença militar segue forte e expressiva no governo,
isto quer dizer que não creio, como alguns imaginaram esta
semana, em rompimento dos militares com o governo. Ficam e
continuam validando o pacto do qual são um dos principais
protagonistas. O que parece claro é que já buscam alternativas
para o futuro e querem se desvencilhar da responsabilidade
com um governo que parece estar destinado à lata de lixo
(tóxico) da história.

O presidente, desculpem pelo eufemismo, está isolado e na


defensiva e foi obrigado a ceder. Ele não está em um pacto por
convencimento, mas por força da ameaça de retirá-lo do cargo
e sabemos que existem os meios e os motivos para tanto (só
Rodrigo Maia não os via). Cedeu na carne, desde a saída de
Weintraub até agora com a saída escorraçada de Araújo nas
relações exteriores. Nos parece que os pontos de resistência
de Bolsonaro são os pontos que são essenciais para ele, as
posições que podem proteger seus filhos dos processos que
fecham o cerco e que podem levá-los à prisão e a promessa de
não apeá-lo do poder via impeachment.

Nestas condições, como fica intenção miliciana de ruptura?


Esta não é uma questão fácil de ser respondida. Estamos em
uma disjuntiva que pode ser assim respondida. Quanto mais o
presidente se vê acuado e perde a gestão efetiva de seu
governo, maior é a tentação de golpe e menor as condições de
efetivá-lo. Isso quer dizer que a possibilidade de golpe está
longe de ser descartada, mas, caso ocorra, assumirá a forma
de uma aventura sem base material de sustentação ou
consolidação na ordem burguesa. Dito de outra forma, os
recursos que o suposto presidente da república em exercício
dispunha anteriormente se deterioraram (seja no apoio militar e
corpos policiais, seja nas milícias e igrejas S/As, seja na base
eleitoral), principalmente, a sua funcionalidade para os
interesses da burguesia monopolista, mas o que lhe sobra é
suficiente para uma reação desesperada. Isto lhe dá o cacife
suficiente para tentar se garantir no cargo e protelar a ofensiva
contra sua família criminosa, mas seus sonhos de ser a cópia
farsesca de Luís Bonaparte, que foi a farsa de Napoleão,
parecem distantes.

Suas esperanças migram para 2022 e a esperança que o


desgaste de sua imagem e o abandono de sua serventia para o
capital não seja capaz de corroer seu potencial eleitoral para
novamente ser a alternativa que resta à direita sem
alternativas.

A revolução desenvolvimentista de Botswana: recursos


naturais como combustível para o motor econômico

Os ganhos na área social apresentaram grande progresso no período,


embora ainda existam grandes problemas a se resolver
8 de abril de 2021, 17:24 h Atualizado em 8 de abril de 2021, 17:54
   

 ...
Gaborone, Botswana (Foto: Reuters)

Quando a independência de Botswana foi concedida sem luta pelos


colonizadores ingleses, não era difícil entender porque o poderoso
Império Britânico abria mão de uma colônia tão facilmente. A jovem
nação possuía 70% de seu território tomada pelo deserto do Kalahari,
uma população pequena, pobre e organizada em tribos. Estas viviam
da pecuária para subsistência. A infraestrutura se reduzia a 12
quilômetros de estrada e até mesmo a capital do país teve de ser
construída com apoio britânico. Haviam apenas duas escolas, 20
pessoas com educação superior e apenas 100 habitantes com ensino
médio completo. A saúde era restrita aos curandeiros tribais. Embora
o país parecesse destinado a se tornar apenas um bantustão controlado
pela vizinha África do Sul, a história botswanesa seria transformada a
partir da figura de seu grande líder, Seretse Khama;

Nascido em uma grande tribo do protetorado de Bechuanalândia,


então colônia britânica influenciada pela África do Sul, Seretse
Khama estava destinado a ser o chefe local e, portanto, foi enviado
para estudar em internatos sul-africanos e, posteriormente, na
Inglaterra, onde conheceu a estudante branca Ruth Williams, com
quem se casou em 1947.  Este casamento inter-racial sofreu
resistências em sua tribo e também na África do Sul, que iniciava duro
período em sua política do Apartheid e não podia tolerar um chefe
tribal se casando com uma mulher branca em sua área de influência.
Após pressões sul-africanas, o governo britânico elaborou um
inquérito alegando que Khama não tinha aptidão para seus deveres,
obrigando-o a se exilar e renunciar a seus direitos como chefe tribal. 

Retornando a sua terra natal vários anos depois, fundou o Partido


Democrático do Botswana (BDP) e graças a popularidade angariada
junto ao povo local devido a perseguição que sofreu por seu
casamento, se tornou o primeiro presidente de Botswana
independente, em 1966.
Ao chegar ao poder com amplo apoio do parlamento, Khama propôs
um sistema onde seriam mantidas as estruturas tribais, a fim de não
gerar conflitos internos, com um conselho de chefes que deveria servir
como órgão consultivo ao governo federal. Em seguida, buscou
utilizar os recursos nacionais como impulsionador para o
desenvolvimento nacional. Aproveitando a já existente produção
pecuária local, fundou a Comissão de Carnes de Botswana, uma
estatal que comprava e revendia carne tanto no interior do país como
para exportação, além de oferecer orientação técnica e subsídios para
melhora do rebanho, construção de fazendas e aumentar a
produtividade. Esta ação serviu não apenas para combater a fome e a
pobreza, mas como fonte de recursos para o Estado ainda incipiente.
Também convidou empresas mineradoras para explorar as minas
locais de cobre e descobrir novos recursos minerais. Em 1967, a
britânica De Beers descobriu a presença de diamantes e, dois anos
depois, o presidente Khama fechou um acordo com a empresa,
garantindo liberdade de exploração em troca de 50% dos lucros
obtidos na atividade, tornando Botswana a maior produtora de
diamantes do mundo. 

Com os recursos obtidos nestes setores, além da mineração de cobre e


carvão, o governo passou a investir em infraestrutura, educação e
saúde, visando desenvolver as bases para uma economia urbana e
industrial. Além disso, foram oferecidos subsídios e crédito em vários
setores, principalmente industrial e comercial.  

Este cenário de financiamentos, aliado a estabilidade interna garantida


pela cooperação dos chefes tribais, garantiu crescimentos do PIB
acima de 10% entre 1965 e 1990, além de taxas em média 6% entre
1990 e 2018, obtendo picos de 15% no período e garantindo a
multiplicação da riqueza nacional em 100 vezes desde a
independência até os dias atuais, se tornando um dos países que mais
cresce no mundo. 

Os ganhos na área social apresentaram grande progresso no período,


embora ainda existam grandes problemas a se resolver, como o
desemprego, que atinge 20% da população, devido a dependência da
atividade mineral, que consome pouca mão de obra. Mas são bastante
nítidos os excelentes resultados obtidos pelo povo botswanês, graças
principalmente a uma gestão eficiente dos recursos nacionais, recursos
públicos utilizados voltados para o desenvolvimento, estabilidade
política e inexistência de uma elite corrupta e predatória obstinada em
sangrar a economia do país em benefício próprio.

Empresários rechaçam tese de que apoiam Bolsonaro

Parte da elite empresarial do país estaria indignada com a percepção


passada pelo Palácio do Planalto de que Jair Bolsonaro conta com o
apoio da categoria quando, na realidade, teria ao seu lado apenas o
setor já tradicionalmente ligado ao bolsonarismo
8 de abril de 2021, 12:00 h Atualizado em 8 de abril de 2021, 12:51
   

 56
(Foto: ABR)
247 - O  encontro promovido pelo dono da empresa de segurança
Gocil, Washington Cinel, que reuniu banqueiros e empresários em um
jantar com Jair Bolsonaro na noite desta quarta-feira (7), causou
indignação em diversos grupos de Whatsapp da elite empresarial do
país. Segundo o jornal Valor Econômico, parte do empresariado avalia
que o Palácio do Planalto conseguiu passar a percepção de que
Bolsonaro tem o apoio da categoria quando, na realidade, teria juntado
apenas a parte do setor já tradicionalmente ligada ao bolsonarismo. 

De acordo com um interlocutor ouvido pela reportagem, o Planalto


tentou buscar apoio do empresariado para reavivar o antipetismo, mas
a posição da maioria e dos financistas estaria melhor representada
pelos signatários do manifesto por ações contra a pandemia, que
reuniu diretores de grupos empresariais como Itaú, Klabin, Gerdau,
Amaggi, Natura, Ambev, Gávea, Marfrig e Amaggi. No entanto,
estavam no jantar nomes importantes do empresariado brasileiro que
não são ligados ao bolsonarismo, como David Safra, presidente do
Banco Safra, Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do conselho de
administração do Bradesco, André Esteves, fundador do BTG Pactual
e Rubens Ometto Silveira Mello (Cosan).

Ainda segundo o interlocutor, que não teve o nome revelado, o


discurso contra o PT não deverá resultar em votos pela reeleição de
Bolsonaro, uma vez que parte do empresariado reconhece que se o
Partido dos Trabalhadores estivesse no poder a crise não seria tão
aprofundada. A reportagem destacam ainda, que a maioria recebeu o
discurso de Bolsonaro durante o jantar como um “estímulo” para
buscar uma terceira via. 
A lumpen burguesia segue com o genocida

"A lumpen burguesia segue com o genocida. Não importa quantos


morram diariamente, de fome e de falta de oxigênio, na fila do auxílio
e na fila dos hospitais. São empresários cuja pátria é sua fortuna seu
dinheiro, seu capital", escreve o sociólogo Emir Sader
8 de abril de 2021, 10:32 h Atualizado em 8 de abril de 2021, 11:48
   

 5
(Foto: ABr)
Por Emir Sader

Uma reunião no Jardim Europa, no centro mais rico de São Paulo, se


reuniu com Bolsonaro, no mesmo momento em que se dão quase 4
mil mortos diários pela criminosa postura do governo, para consagrar
seu apoio ao genocida. O tema central, segundo os relatos da mídia,
foi a necessidade de maior ação do governo diante da matança que a
Covid-19 provoca entre os brasileiros.

O genocida teria dito que faz tudo o que pode, que o governo age na
medida do possível, e se comprometeu a fazer um pouco mais. E tudo
ficou por isso. Um personagem da reunião filtrou para um meio de
imprensa, acredite se quiser e lhe convier, que o genocida teria sido
“ovacionado”.

Como quer que tenha sido, os empresários presentes reiteraram seu


apoio ao genocida. Estavam presentes na casa de Washington Cinel,
da empresa de segurança Cocil,  os empresários Rubens Ometto, da
Cosan, Claudio Lottemberg, presidente da Confederação Israelita do
Brasil, André Esteves, do BTG Pactual, Alberto Saraiva, do Habib’s,
João Camargo, do grupo Alpha, Luiz Carlos Trabucco Cappi, do
Bradesco, David Safra, do Banco Safra, Flavio Rocha, da Riachuelo e
Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

Como ninguém pode acreditar nas palavras do genocida, de que ele e


seu governo estão fazendo tudo o que podem diante da pandemia, é
preciso descobrir as razões verdadeiras do apoio de setores do
empresariado ao genocida. Todos esses empresários pertencem ao que
podemos chamar de lumpen burguesia, os que não tem nenhum
vínculo com o Brasil, menos ainda com seu povo. Os que não tem
nenhum compromisso com a democracia, nem com a defesa da vida
da população brasileira, que sofre com a  fome e o vírus. 

São empresários cuja pátria é o seu capital, em função da qual vivem,


de costas para o país, para o seu povo, para os sofrimentos dos
brasileiros. Se reuniram com o genocida em pleno auge das mortes
pela pandemia, supostamente para pressionar por mais providências
do governo. Mas sabem, em sã consciência, que o genocida não faz
nada, que não quer fazer nada, que está contra a vacinação, contra as
máscaras e o álcool gel, que ele promove aglomerações e sua
estratégia genocida promove o sofrimento e as desgraças do povo. 

 Mas promoveram a reunião numa mansão digna das suas fortunas, só


empresário selecionado, podres de ricos, alguns deles pilhados
publicamente em atitudes coniventes com o genocida – como os da
Riachuelo e do Habib’s, entre outros. Mas os une a fortuna e o
desespero de que o Lula volte a presidir o Brasil. Seu medo não é da
pandemia descontrolada, das mortes e dos sofrimentos das pessoas. É
o medo do Lula e dos riscos que, segundo eles, suas fortunas e seus
privilégios estariam correndo. 

Seu temor não está vinculado aos temores do país e dos brasileiros.
Que não temem o governo do Lula, porque o viveram, se beneficiaram
dos direitos que conquistaram e preferem que ele volte a ser
presidente do Brasil. 

Essa lumpen burguesia vive na esfera da especulação financeira e não


no mundo trabalho. Estão de olho na taxa de juros e não na taxa de
desemprego. Se preocupam com a livre circulação de capital e não
com a fome e a miséria.  
por taboola
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É lógico que estejam com o genocida e se desesperem com a


possibilidade de ele não seguir no governo. Aqueles que se perguntam
quem pode ainda estar com esse governo genocida, agora tem a
resposta, com nomes, sobrenomes e empresas. São a lumpen
burguesia – embora haja muita outra gente que também ainda esteja. 

 A lumpen burguesia segue com o genocida. Não importa quantos


morram diariamente, de fome e de falta de oxigênio, na fila do auxílio
e na fila dos hospitais. São empresários cuja pátria é sua fortuna seu
dinheiro, seu capital. 

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