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Definir a projeção da força no eixo X de um jato que incide numa placa

plana
Adrielle Marques Miranda, adriellemarques@acad.ifma.edu.br
Resumo: é uma grandeza física vetorial que é definida pelo produto entre a massa, em
quilogramas, e a velocidade, em metros por segundo. Trata-se de uma das mais
importantes grandezas da Dinâmica por relacionar-se com outras grandezas, tais
como força, impulso e energia cinética. A quantidade de movimento, que também é
conhecida como momento linear, é dimensionalmente igual à grandeza impulso, cuja
m
unidade de medida é o Kg . ou ainda N . s .
s
Tais grandezas são relacionadas entre si pela 2ª Lei de Newton, que estabelece que a
força resultante sobre um corpo causa uma variação na quantidade de movimento
durante certo intervalo de tempo. Além disso, de acordo com o princípio de conservação
da quantidade de movimento, dizemos que, em sistemas que não apresentem quaisquer
forças dissipativas, como a força de atrito, a quantidade de movimento total deve ser
mantida.
Palavra-chave: Quantidade de movimento, momento linear, 2ª Lei de Newton.

1. INTRODUÇÃO
Uma análise de qualquer problema em Mecânica dos Fluidos, necessariamente se inicia,
quer diretamente ou indiretamente, com a definição das leis básicas que governam o
movimento do fluido. Estas leis são independentes da natureza de um fluido particular:
 Conservação da massa;
 Segunda lei de Newton do movimento;
 Primeira lei da Termodinâmica;
 Segunda lei da Termodinâmica.
Logicamente que nem todas estas leis são requeridas ao mesmo tempo para a solução de
um problema.
Em alguns problemas é necessário utilizar na análise, algumas relações adicionais, na
forma de equações constitutivas, que descrevam o comportamento das propriedades
físicas dos fluidos sob dadas condições.
As leis básicas são as mesmas utilizadas na Termodinâmica e na Mecânica. Elas devem
ser formuladas de forma desejável para a solução dos problemas de escoamento.
Deve ser enfatizado que muitos problemas aparentemente simples em Mecânica dos
Fluidos, não podem ser resolvidos totalmente por meios analíticos. Nestes casos torna-
se necessário um certo número de experimentos e observações experimentais.
Neste presente artigo o enfoque será a Segunda Lei de Newton do Movimento, que é
expressa matematicamente pela Equação da Quantidade de Movimento. Tal equação é
amplamente usada no estudo da mecânica dos fluidos e na resolução de vários
problemas da engenharia como em sistema hidráulicos e em usinas hidrelétricas (força
de um jato em uma pá de turbina).
2. Equação da Quantidade de Movimento.
Por definição, quantidade de movimento de um corpo representa o produto da massa do
corpo m [kg] pela sua velocidade V [m/s]. Já a segunda lei do movimento de Newton
afirma que a força resultante F R [N] atuando sobre um corpo em movimento é igual ao
produto da sua massa m [kg] pela aceleração a [m/s 2] do corpo:
F R =m. a (1)

Considerando que a grandeza aceleração é igual à taxa temporal da variação da


velocidade do corpo em movimento entre dois pontos 1 e 2, pode-se escrever a seguinte
equação:

∆ V V 2−V 1
a= = (2)
∆t ∆t

Onde V 2 [m/s] e V 1 [m/s] são as velocidades de um corpo ou, em Mecânica dos


Fluidos, de um elemento da massa fluida em duas posições de uma linha de fluxo do
escoamento e ∆ t [s] é o tempo que esse elemento da massa fluida leva para percorrer o
trajeto entre essas duas posições.
Pode-se, assim, reescrever a Equação 1 da seguinte forma:

∆ V mV 2−mV 1
F R =m = (3)
∆t ∆t

A Equação 3 representa que a força resultante que atua sobre um elemento fluido é igual
à variação temporal da quantidade do movimento desse elemento.
Reagrupando os termos da direita da Equação 3 poderemos reescrevê-la em função da
vazão mássica m [Kg/s] de um fluido em escoamento em regime permanente e, assim,
obteremos a equação da quantidade de movimento para um volume de controle:

F R =m(V 2−V 1) (4)

m
Onde m= é a vazão mássica de fluido, ou seja, é a massa de fluido que passa por
∆t
uma área de referência na unidade de tempo.
A segunda Lei de Newton também pode ser expressa da seguinte forma:
dp
∑ FR= (5)
dt
Sabendo que:
p=m. V (6)

d (mV )
∑ FR= dt
(7)

dV
∑ F R =m dt (8)

Fórmula para um regime permanente:

F R =Q m ( V 2−V 1 )=Q m ∆V (9)

3. PROBLEMA
Definir a projeção da força no eixo X de um jato que incide numa placa plana.
4. MATERIAS
 Seringa de 20 ml;
 Anteparo;
 Água;
 Corante alimentar;
 Folha de papel branca.
Figura 1.

5. RESULTADOS
O jato ao ser liberado, atingi o anteparo e se espalha de forma uniforme em todas as
direções que estão ao seu alcance.
Figura 2.
Figura 3.

Para determinar a projeção da força neste caso devemos primeiro fazer a decomposição
das forças e das velocidades que estão atuando sobre a situação em análise. Com isso
podemos dizer que a velocidade a velocidade (V 2) não terá componente no eixo X.

Figura 4.
Como as pressões:
p1= p2=0 (10)

Temos que a projeção da força em X será:

F X = ρI V 1 (12)

6. CONCLUSÃO
A Equação da Quantidade de Movimento nada mais é que a Segunda Lei de Newton
modificada funcionalmente para o estudo da mecânica dos fluidos.
Neste experimento podemos perceber que a existência de uma aceleração implica na
existência de uma força resultante que a cada instante tem a mesma direção e o sentido
da aceleração. E que para acelerar uma massa é necessário aplicar uma força provocada
por algum agente externo, em geral este agente externo é uma superfície sólida em
contato com o escoamento.
Tais conclusões evidenciam a importância do uso da Equação da Quantidade de
Movimento em algumas áreas de estudo, principalmente no cenário de volumes de
controles que é um tema bastante empregado no estudo do comportamento de um
fluido.
7. REFERÊNCIAS
[1] BRUNETTI, FRANCO. Mecânica dos Fluidos. 2º Edição revisada - São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2008.
[2] BRUNETTI, FRANCO. Mecânica dos fluidos. São Paulo: Pearson, 2005. 410 p.
[3] BRUCE R. MUNSON, DONALD F. YOUNG, THEODORE H. OKIISHI. Funda-
mentos da Mecânica dos Fluidos. Editora Edgard Blucher LTDA, 4º Edição, 2004.
[4] ROBERT L. MOTT. Mecânica dos Fluidos. Person Educations, 6º Edição, 2006.
[5] FRANK M. WHITE. Mecânica do Fluidos. Bookman AMGH Editora LTDA, 6º
Edição, 2011.
[6] YOUNG, H. D. Física II: Termodinâmica e ondas. São Paulo: Addison Wesley.
2012.
[7] HEWITT, Paul. Fundamentos de Física Conceitual. Cap.: Mecânica dos Fluidos. 1ª
ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.
[8] SILVEIRA, F; MEDEIROS, A. O Paradoxo Hidrostático de Galileu e a Lei de
Arquimedes. Caderno Brasileiro de Ensino de Física. Volume 26. No 2. 2009. The
Editors of Encyclopaedia Britannica - Simon Stevin: Flemish Mathematician.
[9] ÇENGEL, Y.A.; CIMBALA, J.M. Mecânica dos Fluidos Fundamentos e
Aplicações, 1ª Edição, Editora McGrawHill, 2007.
[10] RESNICK, R., HALLIDAY, D., WALKER, J. Fundamentos de Física. Vol. 2. 8ª
Ed. Rio de Janeiro. LTC. 2009.

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