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GESTÃO ADMINISTRATIVA

TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA


PROFESSOR JOSÉ CARLOS

Oi amigos!

Estamos chegando perto da reta final.


Lembrem-se: Existe o ensinamento que decoramos, mas o verdadeiro
aprendizado é o que entra na nossa mente e no nosso coração, pois é
o entendimento que usaremos em nossas vidas.

Tem um velho provérbio que diz:

“Melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro”!

(o ouro é conseqüência)

Aula 05 – Noções de processos licitatórios e procedimentos


administrativos

1. Noções de processos licitatórios............................................................................1

Exceções Quanto à Obrigatoriedade de Licitação:...........................................11

Tipos de Licitação: ......................................................................................................12

2. Procedimentos Administrativos ............................................................................34

3. Questões de Concursos Anteriores......................................................................36

4. Gabarito ...................................................................................................................43

5. Bibliografia................................................................................................................48

1. Noções de processos licitatórios

A licitação é condição prévia para compras, contratação de serviços e


alienações na administração pública. É regulamentada pela Lei n.
8.666 de 1993 – Lei de Licitações e Contratos e alterações.

De acordo com o Parágrafo Único do art. 2º da referida lei:

Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta


Lei, além dos órgãos da administração direta, os

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fundos especiais, as autarquias, as fundações


públicas, as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e demais entidades controladas
direta ou indiretamente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.

Não obstante, com a Emenda Constitucional 19/98, nas


licitações e contratações, as empresas públicas e sociedades de
economia mista que explorem atividade econômica podem ter regra
própria, estabelecida em seu estatuto jurídico, observando-se os
princípios da Administração Pública.
Quanto ao objetivo da licitação, o art. 3º da Lei Federal nº
8.666/93 dispõe o seguinte:
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a
observância do princípio constitucional da isonomia
e a selecionar a proposta mais vantajosa para a
Administração e será processada e julgada em
estrita conformidade com os princípios básicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que
lhes são correlatos.

Depreende-se que a licitação visa à seleção da proposta


mais vantajosa para a Administração, considerando o princípio da
isonomia. Logo, o objetivo imediato de uma licitação é selecionar a
proposta mais vantajosa.

Dentre seus princípios, é possível destacar:


• Transparência: qualquer pessoa pode requisitar
informações sobre o certame e dele participá-lo, à exceção
de processos sigilosos;
• Impessoalidade: não deve ser dada preferência ao licitante
A ou B. Assim, o julgamento das propostas deve ser
conduzido de forma objetiva, sem favoritismos ou
perseguições;

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• Vinculação ao instrumento convocatório: o edital é a Lei do


certame, devendo a administração ater-se ao que nele
consta.
• Legalidade: Na Administração Pública só é permitido agir
quando expressamente autorizado por lei. Diferentemente
da iniciativa privada, onde é possível fazer tudo que a lei
não proíba. Portanto, a atuação da Administração Pública é
vinculada à legislação. O administrador público somente
pode fazer aquilo que a lei autoriza.

• Isonomia: Segundo Hely Lopes Meirelles, o tema da


isonomia é regido pelo princípio geral da igualdade,
previsto no art. 5º da Constituição Federal. Nela, é
assegurada a igualdade jurídica, ou seja, para os iguais
perante a lei, deve ser dado tratamento igualitário. Por
isso, a Administração Pública não pode agir com
arbitrariedade. Pelo contrário, em uma licitação, por
exemplo, deve ser assegurada a igualdade de condições
entre os concorrentes.

• Moralidade: Este princípio está relacionado à moralidade


administrativa. Ele constitui o pressuposto de validade de
todo ato da Administração Pública. Segundo a doutrina,
não basta ao agente da Administração Pública decidir pelo
legal e o ilegal, mas também pelo honesto e o desonesto. A
moral administrativa é imposta ao agente público para que
ele atue com a finalidade do bem comum.

• Julgamento objetivo: Em um procedimento licitatório deve


ser garantido o julgamento objetivo. Não pode haver em
um edital qualquer aspecto que leve o julgador a adotar
critério de subjetividade para o julgamento das propostas.
Por esse fato, quando da elaboração do edital, deve-se
atentar para que os termos nele contidos estejam claros e
distantes de qualquer análise subjetiva.

• Economicidade: Este princípio está relacionado,


principalmente ao princípio da eficiência. Ao se balizar pelo
princípio da economicidade, a Administração Pública deve
agir com vistas a atender ao interesse público, procurando,
contudo, a solução que acarretará menor dispêndio de
recursos. Dentre os possíveis caminhos a seguir no sentido

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do interesse da coletividade, deve o servidor público


escolher aquele que propiciará, dentro dos padrões
mínimos de qualidade, os menores gastos para a
Administração Pública.

• Publicidade: A publicidade é a divulgação oficial de um ato


administrativo para conhecimento público. Ela é um
requisito para as leis, atos e contratos administrativos que
produzem conseqüências externas à Administração. Nos
casos de licitações, a publicidade é fundamental para que o
maior número possível de concorrentes fique ciente do
certame e possa dele participar. Atualmente, com a
questão da transparência ou visibilidade, como alguns
preferem chamar, a publicidade tornou-se ainda mais
importante. A sociedade está cada vez mais exigente no
sentido de que as ações implementadas pela Administração
sejam levadas ao conhecimento público.

• Autotutela: Pelo princípio da autotutela, a Administração


Pública pode rever, de forma unilateral, os atos por ela
praticados. Logo, a Administração pode declarar a
nulidade de seus próprios atos ou revogá-los, dependendo
do caso. Esse princípio é a base para o tema Revogação e
Anulação, que será abordado neste curso, especificamente
para os casos de licitações.

Em função do que se pretende adquirir (objeto) e do valor


envolvido, deverá ser selecionada uma das modalidades de licitação
abaixo enumeradas:

Modalidade de Licitação é a forma de conduzir o procedimento


licitatório, a partir de critérios definidos por lei. O valor estimado para
a contratação e as características do objeto a contratar são os
principais fatores de influência na escolha da modalidade de licitação.

Dica: É de extrema importância que você entenda e grave o


significado das modalidades de licitação, pois são sempre cobradas
em provas. Muita atenção!

Concorrência

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Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados que, na


fase de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos
mínimos de qualificação exigidos no edital para execução do objeto
da licitação.

Na concorrência pública, o objeto e as condições do fornecimento são


divulgados por meio de órgãos da imprensa com penetração regional,
nacional ou internacional. A empresa licitante coloca à disposição dos
interessados o edital, em que são detalhados os pré-requisitos legais,
financeiros e técnicos a serem atendidos pelos proponentes. Em geral
os editais especificam que as propostas devem ser divididas em três
envelopes, sendo um com a demonstração do atendimento dos pré-
requisitos legais, o segundo com a proposta técnica e o terceiro, e
último, com a proposta financeira. Qualquer fornecedor pode
participar da concorrência, desde que atenda às exigências do edital.
Os valores dos contratos tendem a ser mais elevados do que nas
outras formas de licitação pública.

O processo de julgamento e adjudicação segue, em linhas gerais, um


roteiro. Primeiro, em sessão pública, em local e hora especificados no
edital, com a presença de todos os proponentes participantes, são
abertos os envelopes da documentação legal. Aqueles que não
atenderem aos pré-requisitos especificados já são eliminados da
etapa seguinte. Em seguida as propostas técnicas são abertas e
rubricadas por todos os participantes concorrentes. A comissão de
julgamento da empresa licitante terá um prazo para avaliar as
propostas técnicas. Nessa fase alguns outros proponentes poderão
ser desclassificados. Ao proponente que obtiver a melhor nota na
proposta técnica será dada a oportunidade de negociação do preço
podendo ser a ele adjudicando o fornecimento.

Tomada de Preços
Modalidade realizada entre interessados devidamente cadastrados ou
que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até
o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,
observada a necessária qualificação.
Para fins de registro cadastral, o interessado deverá apresentar
documentação relativa a: habilitação jurídica, qualificação técnica,
qualificação econômico-financeira e regularidade fiscal.

Há tomada de preço quando o objeto e dimensão do fornecimento


não comportam uma concorrência pública, nacional ou internacional.
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A tomada de preços tem basicamente as mesmas características de


uma concorrência pública. O processo de julgamento e adjudicação
também é o mesmo.

Convite
Modalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o
objeto da licitação, escolhidos e convidados em número mínimo de
três pela Administração, a qual afixará, em local apropriado, cópia do
instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com
antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das
propostas.

Torna-se obrigatório o convite, quando realizado para objeto idêntico


ou assemelhado, a no mínimo mais um interessado enquanto
existirem na praça mais de três possíveis interessados cadastrados,
não convidados nas últimas licitações. Na impossibilidade de se obter
o número mínimo de licitantes nesta modalidade, seja por limitações
do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, essas
circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob
pena de repetição do convite.

Pregão
Em função ser uma modalidade recente, o pregão vem
sendo cobrado com alguma freqüência nos exames, motivo pelo qual
nos deteremos com um pouco mais de calma em relação a este
objeto. A modalidade de Pregão não está presente na Lei Federal nº
8.666/93; ela é regulada pela Lei Federal nº 10.520/2002. Essa
modalidade trouxe à Administração Pública algumas novidades na
realização do certame licitatório.
Como conseqüência dessa nova modalidade de licitação, na
prática, é possível observar que os procedimentos licitatórios
ganharam maior celeridade. Além desse fato, com a realização da
fase de lances, em geral, os preços das propostas vencedoras são
inferiores àqueles conseguidos nas outras modalidades de licitação.
De acordo com o art. 1º da lei que instituiu o Pregão:
Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns,
poderá ser adotada a licitação na modalidade de
pregão, que será regida por esta Lei.
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços
comuns, para os fins e efeitos deste artigo,

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aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade


possam ser objetivamente definidos pelo edital,
por meio de especificações usuais no mercado.

Logo, a lei estabelece que a modalidade de pregão somente


possa ser utilizada para a aquisição de bens e serviços comuns.
A própria lei já define como bens e serviços comuns aqueles
que podem ser objetivamente definidos no edital, utilizando-se
especificações usuais no mercado. São bens e serviços cujas
especificações completas podem ser detalhadas no edital sem deixar
margem de dúvida.
A modalidade pregão trouxe novidades interessantes aos
procedimentos licitatórios que aceleram sua consecução e reduzem
seus custos. Outro ponto a ser destacado é que o pregão não é
dirigido pela Comissão de Licitação. De acordo com o inciso IV do art.
3º da Lei do Pregão:
IV - a autoridade competente designará, dentre os
servidores do órgão ou entidade promotora da
licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio,
cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento
das propostas e lances, a análise de sua
aceitabilidade e sua classificação, bem como a
habilitação e a adjudicação do objeto do certame
ao licitante vencedor.

Portanto, cabe ao pregoeiro, auxiliado por equipe de apoio,


realizar as atividades inerentes ao procedimento do Pregão.
Ao edital de Pregão, deve ser dada publicidade no prazo
mínimo de oito dias úteis antes da data marcada para apresentação
das propostas. A publicidade deve ser obrigatoriamente feita na
imprensa oficial e, facultativamente, por meios eletrônicos como a
Internet.
Quanto à consecução do procedimento licitatório, cabe a
distinção entre o Pregão Presencial e o Pregão Eletrônico.

No que diz respeito ao pregão presencial, em dia, hora e


local marcado no instrumento convocatório, haverá a realização de
sessão pública na qual serão apresentadas as propostas de cada
licitante, além de declaração dando ciência de que cumprem
plenamente os requisitos de habilitação.

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Essa declaração é necessária, pois, no Pregão, a abertura


das propostas de preços é feita anteriormente à verificação da
habilitação. Esse procedimento proporciona maior celeridade à
licitação, já que somente será verificada a habilitação daquela
licitante que apresentou a proposta mais vantajosa.
Na continuação da sessão de pregão, a licitante que ofertou
o menor preço, assim como aquelas que apresentaram preços até
10% superiores àquele, poderão participar da fase de lances verbais.
No caso de existirem menos de três propostas nessa
situação, será permitida a participação, na fase de lances verbais, dos
autores das melhores propostas, até o máximo de três.
O critério de julgamento e classificação adotado é o menor
preço, sem desconsiderar que as propostas deverão atender a todos
os requisitos do edital. Após o julgamento, caberá ao pregoeiro abrir
o envelope contendo os documentos de habilitação daquela licitante
que se classificou em primeiro lugar.
Para habilitação no Pregão são exigidos apenas os
certificados de regularidade com a Fazenda Nacional, a Seguridade
Social, o FGTS e com as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for
o caso, além de comprovação da existência jurídica do licitante.
Facultativamente, a Administração pode exigir outros
documentos pertinentes ao objeto a ser licitado como, por exemplo,
certificado de capacidade técnica para execução do serviço a ser
contratado.
Se a licitante que apresentou a proposta vencedora for
considerada habilitada e nenhuma outra manifestar o interesse
imediato em entrar com recurso, aquela será declarada vencedora do
certame.
Caso exista manifestação imediata, e com a devida
motivação, da intenção de entrar com recurso, será concedido prazo
de três dias para a apresentação das razões do recurso, ficando os
demais licitantes intimados a apresentar contra-razões do recurso em
prazo máximo também de três dias, a contar do término do prazo do
recorrente.
Se a licitante que apresentou a proposta de menor valor não
atender às exigências do edital ou for desabilitada, será examinada a
proposta subseqüente, seguindo a ordem de classificação e, assim
sucessivamente, até que seja apurada a licitante vencedora.

Como na Lei Federal nº 10.520/02, pouco se fala sobre o


pregão eletrônico, é necessária a observância de legislação específica

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sobre o tema. No âmbito federal o tema é disciplinado pelos Decretos


nºs 3.697/00 e 5.450/05.
No Pregão Eletrônico não há presença física dos licitantes
em local determinado para apresentação das propostas e participação
na fase de lances. Tudo isso é realizado pelo intermédio de
ferramentas de tecnologia da informação e comunicação.
Dois sistemas bastante conhecidos e utilizados atualmente
são disponibilizados para acesso pela Internet. São eles o SIASG,
disponível no Portal Comprasnet (www.comprasnet.gov.br) e o
BBLicitações (www.licitacoes-e.com.br).
Para utilização dos sistemas, é necessário aos órgãos ou
entidades executantes, bem como aos licitantes, o cadastramento
prévio e a aquisição de senha eletrônica de acesso. Cada sistema
possui suas próprias exigências e peculiaridades.
No sistema do SIASG (Comprasnet), por exemplo, o
licitante que pretende participar de pregão eletrônico deve manter
seu cadastro atualizado no Sistema de Cadastramento Unificado de
Fornecedores (SICAF).
Quanto ao procedimento licitatório, os licitantes poderão
adquirir o edital pelo endereço eletrônico informado na publicação da
licitação. As propostas serão encaminhadas por intermédio do
sistema até a data limite.
Em data e horário marcados, será realizada a sessão pública
pela Internet, e todo o procedimento ocorre via web. O pregoeiro é
responsável por analisar as propostas apresentadas e aceitá-las ou
não. Todos os licitantes que tiverem suas propostas aceitas poderão
participar da fase de lances.
No pregão eletrônico não há ordem preestabelecida para
apresentação dos lances. Dentro do horário previsto, cada licitante
poderá apresentar o seu lance, desde que o preço seja inferior ao
anteriormente apresentado.
Apesar de saber o preço do menor lance registrado, os
licitantes não têm ciência do concorrente que ofereceu aquele valor.
Após o pregoeiro sinalizar, por meio do sistema, o término
da fase de lances, o sistema fica aberto por mais trinta minutos, nos
quais são aceitos outros lances.
Encerrada a fase de lances e verificada a aceitabilidade da
proposta do licitante classificado em primeiro lugar, será verificada a
sua habilitação. Caso seja necessária a apresentação de qualquer
documento de habilitação, em prazo definido no edital, o mesmo
deverá ser encaminhado ao órgão ou entidade executante.

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Os demais passos são similares àqueles do Pregão


Presencial, realizados, contudo, por intermédio do sistema.

Concurso
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha
de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de
prêmio ou remuneração aos vencedores (art. 22, § 4º da Lei
8.666/93).

Leilão
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para venda
de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para alienação de bens
imóveis a quem possa oferecer o maior lance, igual ou superior ao da
avaliação (art. 19 e 22, § 5º da Lei 8.666/93)

Registro de preço

Há divergências quanto ao fato do registro de preços configurar ou


não uma nova modalidade de licitação. Regulamentado por meio do
Decreto
n. º 2.743/98, é concretizado por meio de um certame realizado na
modalidade de concorrência, do tipo menor preço e será precedida de
ampla pesquisa de mercado. A partir daí, procede-se à inclusão no
Sistema de Registro de Preços. De acordo com o prof. Jacobi, o
Sistema de Registro de Preços constitui em importante instrumento
de gestão onde as demandas são incertas, freqüentes ou de difícil
mensuração. Assim, o sistema de aquisição por preços registrados
viabiliza ao gestor antecipar-se as dificuldades e conduzir o
procedimento licitatório com vários meses de antecedência, evitando
as sistemáticas urgências de atendimento. Não é, portanto, por acaso
que vem ocupando cada vez mais espaço como procedimento de
trabalho.

Dica: É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a


combinação de quaisquer delas.

Cumpre ressaltar, no que pertine às modalidades, que em alguns


casos faz-se necessária a comprovação, por parte do licitante, de que
este preenche os requisitos necessários à participação, situação em
que há a etapa da habilitação. Nesse caso, são juntados documentos
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fiscais, contábeis e societários com vistas à comprovação exigida no


edital. O Art. 27 da Lei, que trata da habilitação, explicita que será
exigida dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV - regularidade fiscal.
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da
Constituição Federal.

Exceções Quanto à Obrigatoriedade de Licitação:

A contratação direta é cabível em determinadas hipóteses, seja


porque a competição é inviável (casos de inexigibilidade), seja por
alguma outra conveniência eventualmente considerada, pelo
legislador, como suficiente para justificar a flexibilização do princípio
(casos de dispensa) – por exemplo: uma emergência que requeira
solução em tempo curto, incompatível com o interregno necessário
aos procedimentos licitatórios, ou a ocorrência de licitações anteriores
desertas ou fracassadas, ou a contratação de associação de
portadores de deficiência física, sem fins lucrativos.
A diferença básica entre dispensa (dispensável e dispensada) e
inexigibilidade reside no fato de que, na dispensa, há
possibilidade de competição, mas a licitação não é obrigatória,
porque a Lei faculta à Administração contratar diretamente, tendo em
vista algum valor jurídico relevante.

Por outro lado, nos casos de inexigibilidade, não há possibilidade


de competição, ou porque só existe um objeto capaz de atender às
necessidades da Administração, ou porque tal objeto seja exclusivo
de um único fornecedor, ou, finalmente, porque, em vista das
características específicas do produto ou serviço necessário, não
existam condições objetivas de competição entre os possíveis
fornecedores. Nesses Casos, a competição é inviável, razão pela qual
a Lei declara a licitação inexigível (art. 25).

Dica: Grave bem a diferença entre dispensa e inexigibilidade. Parece


fácil, mas sempre confunde... não esqueça sobre a diferença básica
de competição...

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Ratificando: a diferença básica entre dispensa e inexigibilidade reside


no fato de que, na dispensa, há possibilidade de competição, mas a
licitação não é obrigatória, porque a Lei faculta à Administração
contratar diretamente, tendo em vista algum valor jurídico relevante.
Por outro lado, nos casos de inexigibilidade, não há possibilidade de
competição.

A modalidade de licitação é definida com base nas características do


objeto a ser contratado e no valor estimado para a contratação, em
função dos seguintes limites:

Tipos de Licitação:

Importante: O tipo de licitação não deve ser confundido com


modalidade de licitação.

Modalidade é o procedimento, ou seja, o rito específico que o certame


deverá observar. Já os tipos se relacionam com o critério de
julgamento para seleção da proposta mais vantajosa. Os mais
utilizados são os seguintes:

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Menor preço: Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa


para a Administração é a que apresente menor preço entre as que
atendam à especificação do objeto desejado pela Administração. É
utilizado para compras e serviços de modo geral.
Melhor Técnica: Critério de seleção em que a proposta mais
vantajosa para a Administração é escolhida com base em fatores de
ordem técnica. É usado exclusivamente para serviços de natureza
predominantemente intelectual, em especial na elaboração de
projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de
engenharia consultiva, em particular para a elaboração de estudos
técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.
Técnica e Preço: Critério de seleção em que a proposta mais
vantajosa para a Administração é escolhida com base na maior média
ponderada, considerando-se as notas obtidas nas propostas de preço
e técnica.
Maior Lance ou Oferta: É restrita aos casos de alienação de bens
ou concessões de direito real de uso.

Tendo sido considerados os princípios, a modalidade, o tipo e o


julgamento objetivo das propostas, o objeto do certame será
adjudicado ao vencedor. Em igualdade de condições, como critério de
desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e
serviços:
I - produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital
nacional;
II - produzidos no País;
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
Ressaltamos, a seguir, algumas definições julgadas importantes:
I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou
ampliação, realizada por execução direta ou indireta;
II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade
de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto,
instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação,
manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou
trabalhos técnico-profissionais;
III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento
de uma só vez ou parceladamente;
IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens a terceiros;

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V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor


estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite
estabelecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 da Lei;
VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cumprimento das
obrigações assumidas por empresas em licitações e contratos;
VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da
Administração, pelos próprios meios;
VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com
terceiros sob qualquer dos seguintes regimes:
a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da
obra ou do serviço por preço certo e total;
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da
obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;
c) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos
por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;
d) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em
sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras,
serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da
contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada
em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua
utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com
as características adequadas às finalidades para que foi contratada;
IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes,
com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço,
ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com
base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que
assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto
ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo
da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo
conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão
global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com
clareza;
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente
detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou
de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e
de realização das obras e montagem;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e
equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que
assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem
frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

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d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos


construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para
a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra,
compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as
normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em
quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados;
X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e
suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas
pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;
XI - Administração Pública - a administração direta e indireta da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo
inclusive as entidades com personalidade jurídica de direito privado
sob controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou
mantidas;
XII - Administração - órgão, entidade ou unidade administrativa pela
qual a Administração Pública opera e atua concretamente;
XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da
Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial da União,
e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o que for
definido nas respectivas leis;
XIV - Contratante - é o órgão ou entidade signatária do instrumento
contratual;
XV - Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária de contrato
com a Administração Pública;
XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, criada pela
Administração com a função de receber, examinar e julgar todos os
documentos e procedimentos relativos às licitações e ao
cadastramento de licitantes.

Cumpre destacar que as licitações para a execução de obras e para a


prestação de serviços obedecerão à seguinte seqüência:
I - projeto básico;
II - projeto executivo;
III - execução das obras e serviços.
No que pertine às obras e os serviços somente poderão ser licitados
quando:

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I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e


disponível para exame dos interessados em participar do processo
licitatório;
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a
composição de todos os seus custos unitários; isso permite a
avaliação da economicidade por parte dos órgãos de controle interno
e externo (Legislativo e Tribunal de Contas).
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o
pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem
executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o
respectivo cronograma; a idéia é que sejam feitos esforços por parte
da administração na realização do certame e do particular (para
participar) que efetivamente resultem no adimplemento do objeto.
Gastar forças para algo que não se concretizará é ineficiência.
Contudo, isso não impede a administração de cancelar/rescindir
unilateralmente o contrato caso julgue conveniente. É sempre bom
lembrar a existência das cláusulas exorbitantes presentes nos
contratos administrativos, que colocam a administração pública em
posição superior a do particular (o que é legítimo, uma vez que age
em nome do interesse público). Portanto, caso queira, o gestor
público pode rescindir determinado contrato antes de seu término,
indenizando o contratado pelo serviço prestado até então.
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas
estabelecidas no Plano Plurianual1 de que trata o art. 165 da
Constituição Federal, quando for o caso.

No que pertine à publicação, de acordo com o art. 21 da Lei


de Licitações, os avisos contendo os resumos dos editais das
concorrências, tomadas de preço, concursos e leilões deverão ser
publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez:
a) Em Diário Oficial, da União ou dos Estados, conforme
o caso, e:
b) Em jornal diário de grande circulação no Estado,
Município ou região em que for contratado o objeto.

1 O PPA é o plano de governo que reflete tudo que será feito nos próximos 4
anos. Conterá despesa de capital, as despesas delas decorrentes e os
programas de duração continuada.

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A publicação é obrigatória e necessária para que o maior


número possível de interessados tome ciência da licitação a ser
realizada. Desta forma, pode ser estabelecido um ambiente
competitivo que poderá ser benéfico à Administração no alcance da
proposta mais vantajosa.
O aviso publicado deverá indicar o local para retirada do
edital na íntegra, bem como as informações básicas sobre a licitação.
Na tabela a seguir são mostrados os prazos mínimos expressos na Lei
de Licitações:

Prazo Caso
mínimo
Concurso;
Concorrência, quando o contrato a ser
45 dias celebrado contemplar o regime de execução
de empreitada integral ou quando a licitação
for do tipo melhor técnica ou técnica e
preço.
Concorrência, nos demais casos;
30 dias Tomada de Preços, quando a licitação for do
tipo melhor técnica ou técnica e preço.
15 dias Tomada de Preços, nos demais casos;
Leilão.
5 dias úteis Convite.

Qualquer modificação no instrumento convocatório que


afete a formulação das propostas exige nova divulgação, pela mesma
forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente
previsto.
No que tange à habilitação, segundo BARROS (2001, p. 54):
É nesta fase que a Administração verifica aqueles
licitantes que estão aptos, credenciados a
participar da disputa. Procura-se, por um lado,
afastar os que não têm as mínimas condições de
contratar com a Administração o objeto pretendido
e, por outro, evitar que exigências descabidas
sejam feitas de forma a alijar da competição
aqueles que poderiam efetivamente dela
participar. Nesta fase não há qualquer

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preocupação com o conteúdo das propostas dos


licitantes.

Logo, percebe-se a importância da fase de habilitação. Não


pode a Administração adjudicar o objeto de uma licitação a um
licitante que não tenha condições mínimas de cumprir com as
obrigações contratadas.
De acordo com o art. 27 da Lei de Licitações:
Art. 27 - Para a habilitação nas licitações exigir-se-
á dos interessados, exclusivamente, documentação
relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV - regularidade fiscal.
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do
art. 7º da Constituição Federal

Os documentos de apresentação obrigatória para a fase de


habilitação estão relacionados nos artigos 28 a 31 da Lei de
Licitações. A lei dispõe um rol exaustivo de documentos que devem
ser apresentados para a habilitação da licitante em um procedimento
licitatório.
Em relação ao inciso V do art. 27, a Constituição refere-se à
“proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.”
Ainda que exista uma discussão doutrinária acerca da
inadequação deste dispositivo como critério de habilitação nas
licitações, na prática, está em vigor e os licitantes devem cumprir tal
exigência.
Importante destacar que os documentos necessários à
habilitação poderão ser substituídos por registro cadastral emitido por
órgão ou entidade pública, desde que previsto no edital.
No caso de licitações feitas no âmbito da Administração
Pública Federal, os documentos podem ser substituídos por registro
atualizado no SICAF. Já no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, esse
cadastro era gerenciado pela Secretaria de Administração e
Reestruturação (SARE), cuja estrutura foi absorvida pela Secretaria
de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG).

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Esses cadastros são válidos por um ano. O registro cadastral


deve ser amplamente divulgado e ficar permanentemente aberto aos
interessados. Para requerer sua inscrição no cadastro, o interessado
deve apresentar os documentos de habilitação mencionados no art.
27 da Lei de Licitações.

Vale ressaltar que, nos termos do disposto no art. 48, serão


desclassificadas:
I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório
da licitação;
II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com
preços manifestamente inexeqüiveis, assim considerados aqueles que
não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de
documentação que comprove que os custos dos insumos são
coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade
são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições
estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação;
no caso de licitações de menor preço para obras e serviços de
engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a 70%
(setenta por cento) do menor dos seguintes valores:
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50%
(cinqüenta por cento) do valor orçado pela administração, ou
b) valor orçado pela administração.
Merece ser destacado, ainda, que dos licitantes classificados cujo
valor global da proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do
menor valor a que se referem as alíneas "a" e "b", será exigida, para
a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional, na forma
do art. 56, igual a diferença entre o valor resultante do parágrafo
anterior e o valor da correspondente proposta.

O julgamento de um procedimento licitatório ocorre em fase


subseqüente à habilitação. Importante ressaltar a distinção entre
desclassificação e julgamento. Segundo JUSTEN FILHO (2005, p.
422):
A Lei nº 8.6666 impôs a obrigatoriedade da
distinção formal entre o exame da regularidade
das propostas e o julgamento de sua
vantajosidade. As propostas desconformes com o
edital ou a lei serão desclassificadas. Passar-se-á
ao exame apenas das propostas cujo conteúdo se
encontrar dentro dos parâmetros exigidos.

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Portanto, assim que são abertas as propostas dos licitantes,


previamente ao julgamento, deve ser verificada a sua adequação às
condições mínimas exigidas no edital. Somente aquelas propostas
consideradas aptas passarão para a fase do julgamento.
O critério para julgamento de uma licitação deve conter
disposições claras e parâmetros objetivos. O julgamento, pela sua
importância, não pode ficar submetido a interpretações subjetivas da
Comissão de Licitação.
Quando do julgamento, a Comissão de Licitação deve
atentar para o tipo de licitação adotado e também para o critério de
julgamento estabelecido no edital.
No caso de licitação do tipo menor preço, julga-se apenas a
proposta de preço dos licitantes, observando sua adequação ao
critério de aceitabilidade estabelecido no edital e à sua
exeqüibilidade.
Nos tipos de licitação melhor técnica e técnica e preço, são
abertas primeiramente as propostas técnicas e, em seguida, as
propostas de preços, como já exemplificado nesta apostila em tópico
específico sobre os tipos de licitação.

A homologação é de competência da autoridade superior do


órgão ou entidade executante. Ela tem como objetivo principal
declarar a validade de todos os atos praticados na licitação. Ela
abrange não só os aspectos legais do procedimento licitatório, mas
também a sua conveniência.
Logo, o simples fato de ter sido declarado vencedor não
garante ao licitante o direito de assinatura do contrato. Entretanto, se
a licitação for homologada, em caso de adjudicação, esta deverá ser
feita, obrigatoriamente, ao licitante vencedor.
A adjudicação também é feita por autoridade superior e
caracteriza-se pela atribuição do objeto licitado ao licitante vencedor,
com vistas à celebração do instrumento contratual.
Quanto à revogação e anulação da licitação, o art. 49 da Lei
de Licitações trata do tema da seguinte forma:
Art. 49. A autoridade competente para a
aprovação do procedimento somente poderá
revogar a licitação por razões de interesse público
decorrente de fato superveniente devidamente
comprovado, pertinente e suficiente para justificar
tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de
ofício ou por provocação de terceiros, mediante
parecer escrito e devidamente fundamentado.
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Portanto, a revogação é decorrente de interesse público e,


por isso, demanda da Administração um juízo de conveniência. A
revogação deve ser baseada em fato superveniente, que seja
pertinente e suficiente para justificá-la. Assim, é possível concluir que
a revogação é ato discricionário do Administrador.
Já a anulação decorre de uma ilegalidade. Se for identificado
algum vício de aspecto legal no decorrer de uma licitação, esta
deverá ser anulada pela autoridade competente do órgão ou entidade
executante.
De forma sucinta, MEIRELLES (2000, p. 297) afirma que:
A anulação é a invalidação da licitação ou do
julgamento por motivo de ilegalidade; revogação é
a invalidação da licitação por interesse público.
Anula-se o que é ilegítimo; revoga-se o que é
legítimo mas inoportuno e inconveniente à
Administração.

Assim, parece bem clara a distinção entre as duas


instituições.
Diferentemente da revogação, a anulação opera efeito
retroativo. Logo, dela não cabe ao licitante direito de ressarcimento
algum. Já no caso de revogação, dependendo da situação, o licitante
possui direito a ressarcimento de custos decorrentes de sua
participação no procedimento licitatório.

O art. 109 da Lei de Licitações aborda as questões relativas


aos recursos administrativos nas licitações e contratos
administrativos.
Nos casos de licitação, cabe recurso, no prazo de cinco dias
úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos
de:
a) habilitação ou inabilitação de licitante;
b) julgamento das propostas;
c) anulação ou revogação da licitação; e
d) indeferimento do pedido de inscrição cadastral, sua
alteração ou cancelamento.
É bom ressalvar que, no caso de convite, esse prazo é de
dois dias úteis.

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Cabe representação, no prazo de cinco dias úteis da


intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação.
Os recursos relativos aos casos de habilitação ou inabilitação
de licitante e julgamento das propostas têm efeito suspensivo. Logo,
no decorrer de um procedimento licitatório, caso seja interposto
recurso relativo a um desses dois aspectos, será suspensa a licitação
até que seja analisado o recurso pela autoridade competente.
O recurso deve ser escrito e formalizado, no modelo de
petição, devidamente fundamentado e dirigido à autoridade superior,
por intermédio daquela que praticou o ato recorrido. O agente que
praticou o ato pode reconsiderar sua decisão ou enviar o recurso à
autoridade superior.
O recurso deverá ter sua decisão proferida dentro do prazo
de cinco dias úteis, contados do seu recebimento. Para isso, deve a
autoridade competente analisar o recurso e proferir sua decisão com
as devidas motivações e fundamentações, tendo apreciado de forma
integral as razões recursais.

No que diz respeito aos contratos administrativos, Meirelles


(2002, p. 205) destaca o seguinte:
Contrato Administrativo é o ajuste que a
Administração Pública, agindo nessa qualidade,
firma com particular ou outra entidade
administrativa para a consecução de objetivos de
interesse público, nas condições estabelecidas pela
própria Administração.

A Administração Pública, com o objetivo de atender ao


interesse da coletividade necessita de realizar aquisições e
contratações diversas. Essas devem ser formalizadas por meio de
contratos administrativos.
Assim, após a consecução de uma licitação ou a formalização
de um ato de dispensa ou inexigibilidade de licitação, deve a
Administração Pública celebrar contrato administrativo que regerá o
fornecimento do bem ou a prestação do serviço contratado.
De acordo com o §1º do art. 54 da Lei de Licitações:

§ 1o Os contratos devem estabelecer com clareza


e precisão as condições para sua execução,
expressas em cláusulas que definam os direitos,
obrigações e responsabilidades das partes, em

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conformidade com os termos da licitação e da


proposta a que se vinculam.

De imediato é possível observar que os contratos


administrativos devem seguir os termos do edital de licitação que o
originou. Ademais, ele é vinculado à proposta vencedora do certame.
Um contrato administrativo deve conter uma série de
cláusulas obrigatórias que estão descritas no art. 55, das quais
podem ser destacados: o objeto e suas características, o regime de
execução ou forma de fornecimento, o preço e as condições de
pagamento, data-base e periodicidade do reajustamento de preços,
os prazos das etapas de execução ou da entrega, os direitos e
responsabilidades das partes, os casos de rescisão, dentre outros.
No art. 58, são descritas as cláusulas contratuais que
conferem à Administração prerrogativas, reforçando que, nos
contratos administrativos, o interesse público está acima do privado.
São elas:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor
adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos
especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução
total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar
provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na
hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo
contratado, bem como na hipótese de rescisão do
contrato administrativo.

Assim, observa-se que cláusulas que nunca seriam


permitidas em um contrato comum, são autorizadas nos contratos
administrativos em prol do interesse público. Elas são denominadas
cláusulas exorbitantes, conforme mencionado anteriormente.
O tema sobre contratos administrativos é bastante amplo e
possui muitas questões a serem abordadas. O assunto merece um
curso somente para tratar das peculiaridades dos contratos
administrativos.

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Vale ressaltar, ainda, que as cláusulas econômico-financeiras e


monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas
sem prévia concordância do contratado, devendo ser revistas para
que se mantenha o equilíbrio contratual.

Tendo em vista o disposto no art. 78, constitui motivo para rescisão


do contrato:
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações,
projetos ou prazos;
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações,
projetos e prazos;
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a
comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do
fornecimento, nos prazos estipulados;
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa
causa e prévia comunicação à Administração;
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do
contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial,
bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e
no contrato;
VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade
designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como
as de seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas
na forma do § 1o do art. 67 da Lei;
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura
da empresa, que prejudique a execução do contrato;
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo
conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade
da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e
exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou
compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além
do limite permitido no § 1o do art. 65 da Lei;

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XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da


Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo
em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna
ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo
prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações
pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e
mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses
casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das
obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos
pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento,
ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de
calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra,
assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do
cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a
situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou
objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos
contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas
no projeto;
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente
comprovada, impeditiva da execução do contrato.
Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente
motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a
ampla defesa.
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27 da Lei,
sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
Vale ressaltar que a rescisão do contrato poderá ser:
I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos
casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do item anterior;
II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no
processo da licitação, desde que haja conveniência para a
Administração;
III - judicial, nos termos da legislação.

Neste tópico, são apresentados a seguir alguns casos


práticos com o objetivo de fazê-lo refletir sobre os conceitos básicos
acerca de licitações e contratos administrativos.
Aquisição de bens de informática

1º Passo: Caracterização do objeto e suas especificações.


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Objeto: Aquisição de microcomputadores, impressoras,


scanners, cartuchos de tinta e toner conforme discriminado nas
Especificações Técnicas.
As especificações técnicas completas de cada
equipamento/suprimento devem estar bem detalhadas de forma a
fazerem parte do Edital para que todos os licitantes tenham acesso.
Outro ponto a ser destacado é que, neste caso, a
Administração optou em fazer o parcelamento dos itens em lotes,
como será mostrado na orçamentação.

2º Passo: Definição das quantidades.

Neste exemplo existem duas situações distintas. No caso


dos equipamentos, a técnica mais apropriada para a estimativa das
quantidades é a necessidade de instalação. É adequado que no
procedimento sejam relacionados os locais de instalação dos novos
equipamentos a serem adquiridos. Essa relação facilita o
planejamento e também o controle.

Quanto aos cartuchos e toners, considerados bens de


consumo, a técnica mais apropriada é a séria histórica de consumo
com estoque. A seguir é demonstrada a tabela de quantificação:

Consumo Estoque ao Acréscimo Quant


médio fim da de 5% no final
Consumo Estoque consumo
Item mensal licitação estimada
2005 (A) (C)
(B = (D = C - (E = (F = E -
A/12) 3*B) 1,05*A) D)
1 604 50,33 285 134 634,20 500
2 612 51,00 296 143 642,60 500
3 238 19,83 109 49,5 249,90 200
4 210 17,50 73 20,5 220,50 200

OBS:
1- Prazo estimado de três meses entre o início da fase interna da
licitação e a entrega do bem.
2 – Crescimento institucional estimado na ordem de 5%.

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3º Passo: Forma de entrega.

Os equipamentos, computadores, impressoras e scanner,


deverão ser todos entregues no prédio sede do órgão, em uma única
vez, no prazo de até 10 (dez) dias após a emissão da Nota de
Empenho.
Os cartuchos e toners serão entregues no Almoxarifado, de
forma fracionada, conforme mostrado no cronograma a seguir:

Prazo 10 dias após 120 dias após 240 dias


NE NE após NE
Quantidade 40% 30% 30%

4º Passo: Orçamentação.

Os preços dos itens a serem adquiridos foram pesquisados


em fontes de consulta de preços disponíveis na Internet, como
detalhado na planilha orçamentária mostrada a seguir:

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
Fontes: Fundação Getúlio Vargas – FGV (www.tce.rj.gov.br) e
Controladoria-Geral do Município do Rio de Janeiro – CGM
(www7.rio.rj.gov.br/cgm/tabelas/)
Data-base da pesquisa: Dezembro/2005
lote 1 FGV
item código descrição quant preço unit preço total
computador 2,4GHz, 256Mb, HD R$ R$
1 34628 40 Gb, monitor 15", cd-rom 80 2.709,49 216.759,20
computador 3,6GHz, 512Mb, HD R$ R$
2 34631 80 Gb, monitor 17", cd-rw/dvd 30 4.064,75 121.942,50
R$
TOTAL LOTE 1 338.701,70
lote 2 FGV
impressora jato tinta color,
1200X1200 dpi, 30ppm preto, R$ R$
1 41113 20ppm color 50 680,17 34.008,50

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R$ R$
scanner de mesa 1200X1200 dpi
2 12156 30 317,01 9.510,30
R$
TOTAL LOTE 2 43.518,80
lote 3 CGM
7445.02.080- cartucho tinta color HP 960C - R$ R$
1 30 C6578D 500 100,00 50.000,00
7445.02.014- cartucho tinta preto HP 960C - R$ R$
2 50 51645A 500 93,13 46.565,00
7445.03.031- toner preto imp laser HP 1100 - R$ R$
3 05 C4092A 200 220,45 44.090,00
7445.03.068- toner preto imp laser Kyocera R$ R$
4 05 9000 - TK30H 200 746,34 149.268,00
R$
TOTAL LOTE 3 289.923,00
R$
TOTAL ESTIMADO 672.143,50

Neste exemplo, devido às características dos


equipamentos/suprimentos, dividiu-se a licitação em grupos distintos
(parcelamento), chamados de lotes.
Assim, um fornecedor pode participar do procedimento
licitatório concorrendo em apenas um dos lotes, aumentando-se a
competitividade do certame.
Esta possibilidade está disposta na Lei Federal nº 8.666/93,
art. 15, inciso IV e art. 23, §1º.

OBS: É possível que uma empresa participe do


procedimento licitatório para fornecimento de um determinado item,
mas não tenha condições de fornecer a quantidade total necessária à
Administração.
Neste caso, um licitante pode cotar uma quantidade inferior
à demandada na licitação, nos termos do art. 23, §7º da Lei Federal
nº 8.666/93. Portanto, um item pode ter mais de um licitante
vencedor.

5º Passo: Estabelecimento dos critérios do edital

Modalidade: Pregão
Tipo de Licitação: Menor Preço

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Critério de Aceitabilidade de Preços: Preços Unitários.


Serão desclassificadas as propostas que não atenderem ao
Edital e que apresentarem preços unitários superiores àqueles
indicados na planilha orçamentária.

Critério de Julgamento: Preço Global por Lote.


Serão declaradas vencedoras as propostas que
apresentarem os menores preços globais por lote.

Fornecimento de combustível com gestão de consumo

1º Passo: Caracterização do objeto e suas especificações.

Objeto: Contratação de sociedade empresária para


fornecimento de gasolina comum com vistas ao abastecimento dos
veículos da frota do órgão, incluindo a gestão do consumo por meio
de cartões magnéticos de abastecimento, durante o período de
janeiro a dezembro de 2007.
Neste exemplo, é importante que, além do fornecimento de
combustível, a Administração pretende contratar, de forma agregada,
a prestação de serviços de gestão de consumo.
Logo, deve ser elaborado Projeto Básico no qual constem,
além do objeto, as características da frota, as quantidades de
veículos e de combustível a ser utilizado no período, o detalhamento
dos serviços de gestão de consumo e o orçamento.

2º Passo: Definição das quantidades.

Neste caso, a técnica de quantificação mais apropriada para


estimar a quantidade total de gasolina a ser consumida no exercício
de 2007 é o histórico de consumo.
Inicialmente, deve ser verificada a quantidade de
automóveis existentes na frota. Depois, identificam-se possíveis
acréscimos/supressões ou outras mudanças que possam afetar o
consumo de combustível de alguns automóveis.
Posteriormente, é necessário levantar o histórico de
consumo dos exercícios anteriores, calcular a variação anual de
consumo de combustível e projetar o consumo para 2007.

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A tabela a seguir demonstra como deve ser feita a


quantificação para encontrar o total estimado de litros de gasolina a
serem adquiridos.

ÓRGÃO:
ESTUDO DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS - ANO 2006
COMBUSTÍVEL: GASOLINA UNIDADE: LITROS
CARRO A CARRO B CARRO C CONSUMO MÉDIA DO VARIAÇÃO
MÊS
XYZ 1111 ZWY 2222 FGH 3333 MÉDIO ANO DE 2005 %
JANEIRO 975 1350 870 1065 750 42,00
FEVEREIRO 1140 1680 1140 1320 810 62,60
MARÇO 720 1290 1050 1020 870 17,24
ABRIL 960 1230 900 1030 720 43,06
MAIO 930 960 1260 1050 789 33,08
JUNHO 870 1500 975 1115 750 48,67
JULHO 1050 1290 990 1110 867 28,03
AGOSTO 990 1260 960 1070 1140 (6,14)
SETEMBRO 900 1170 1140 1070 1320 (18,94)
OUTUBRO 915 1530 1140 1195 1230 (2,85)
NOVEMBRO 1140 1440 930 1170 1170 0,00
DEZEMBRO 1260 1500 720 1160 1188 (2,36)
SUBTOTAL 11850 16200 12075 13375 11604 15,26

TOTAL NO ANO: 40125


HOUVE ALTERAÇÃO DA FROTA? ( ) SIM ( X ) NÃO

ESTIMATIVA PARA 2007: 46249

De acordo com o histórico de consumo, considerando que


não há alterações previstas na frota, foi estimada a quantidade de
46.249 litros de gasolina para abastecimento dos três veículos,
durante o exercício de 2007.

3º Passo: Forma de entrega e prestação de serviços.

Os veículos da frota, por meio de cartão magnético


disponibilizado pela contratada, poderão abastecer nos postos
conveniados distribuídos em todo o Estado do Rio de Janeiro. A
relação dos postos deve ser fornecida quando da realização do
procedimento licitatório.
A contratada disponibilizará, pela internet, sistema de
gestão de consumo de combustíveis que, por meio de senha de
acesso, permitirá a consulta a uma série de relatórios de consumo, de
preços praticados nos postos e de faturamento.

4º Passo: Orçamentação.

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No caso de fornecimento de combustível, o órgão


executante procedeu à pesquisa de preços dos combustíveis no
endereço eletrônico da Agência Nacional de Petróleo – ANP
(www.anp.gov.br).
Para efeito de estimativa de preços, foi utilizado o preço
médio correspondente a R$ 2,562 por litro de gasolina. Assim, o valor
total relativo ao fornecimento de combustível para o exercício de
2007 foi R$ 118.489,60 (46.249 litros X R$ 2,562 .
Após o cálculo do valor relativo ao fornecimento de
combustível, o orçamento ainda carece dos custos inerentes à
prestação do serviço de gestão de consumo.
Neste caso, as sociedades empresárias que prestam esse
tipo de serviço, usualmente, cobram uma taxa de administração.
Logo, foi realizada cotação de preços para encontrar o valor médio da
taxa de administração praticado no mercado.
Quando da cotação, o Projeto Básico deve ser encaminhado
às sociedades empresárias consultadas. A seguir é demonstrada a
planilha de cotação:

A B C Média
R$ R$
Combustível R$ 118.489,60 118.489,60 118.489,60 R$ 118.489,60
Tx Adm (%) 1,50 2,00 2,50 2,00
R$ R$
Total R$ 120.266,94 120.859,39 121.451,84 R$ 120.859,39

Assim, já é possível confeccionar a planilha orçamentária, conforme


mostrado a seguir:

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
Fonte: ANP – Agência Nacional de Petróleo (www.anp.gov.br)
Data-base da pesquisa: período de 04/12 a 10/12/2006
ITEM DESCRIÇÃO UNID QUANT PREÇO PREÇO
UNIT TOTAL
(R$) (R$)

01 Gasolina Comum Litro (L) 46.249 2,562 118.489,60


02 Taxa de Administração 2,00 2.369,79
TOTAL ESTIMADO 120.859,39
OBS: Foi utilizado como preço unitário da gasolina comum o valor médio acrescido
do desvio padrão encontrado na pesquisa feita pela ANP no município do Rio de
Janeiro.
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5º Passo: Estabelecimento dos critérios do Edital.

Modalidade: Pregão
Tipo de Licitação: Menor Preço
Critério de Aceitabilidade de Preços: Preço Unitário
Serão desclassificadas as propostas que não atenderem ao
Edital e que apresentarem taxa de administração superior a 2,00%
(dois por cento), conforme indicado na planilha orçamentária.

Critério de Julgamento: Preço Unitário


Será declarada vencedora a proposta que apresentar a
menor taxa de administração.

Serviços de vigilância/segurança

1º Passo: Caracterização do objeto e suas especificações.

Objeto: Prestação de serviços de vigilância/segurança


pessoal necessários à segurança patrimonial e integridade física das
pessoas nas unidades do órgão durante o exercício de 2006,
conforme detalhado no Projeto Básico.

2º Passo: Definição das quantidades.

A técnica mais adequada para a quantificação do número de


postos de vigilância a serem contratados é a necessidade de
instalação.
Neste exemplo, o serviço deverá ser prestado em cinco
unidades, durante o período de 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Os vigias trabalharão em escala de 12 X 36h.
Em cada turno, existe a necessidade de um posto localizado
na entrada principal da unidade, um posto no estacionamento de
servidores e dois postos no estacionamento de carga e descarga.
Cada unidade possui uma entrada principal, um
estacionamento de servidores e um estacionamento de carga e
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descarga. Logo, são quatro postos por unidade. A seguir, é mostrada


a tabela de quantificação:

Vigilância Vigilância
Unidades 12 12
h/diurno h/noturno

A 4 4
B 4 4
C 4 4
D 4 4
E 4 4
Total de postos 20 20

3º Passo: Forma de prestação do serviço.

O serviço será prestado nas cinco unidades designadas pela


Administração, conforme relação de endereços constante no Projeto
Básico.
Ele ocorrerá no período ininterrupto de 24 horas por dia, 7
dias por semana. Os seguranças trabalharão em escala de 12 X 36h,
devidamente uniformizados, como detalhado no Projeto Básico.

4º Passo: Orçamentação.

Após pesquisa de preços realizada em fonte de referência


(Tabela de Preços da FGV), é apresentada a planilha orçamentária:

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV (www.tce.rj.gov.br)
Data-base da pesquisa: janeiro/2006
ITE CÓDIG DESCRIÇÃO UNID QUANT PREÇO PREÇO
M O UNIT (R$) MENSAL
(FGV) (R$)

01 018917 Normal, armado, Un 20 3.739,29 74.785,80


diurno 12 horas,
Esc. 12 x 36
02 018919 Normal, armado, Un 20 4.245,29 84.905,80
noturno 12 horas,
Esc. 12 x 36
SUBTOTAL (PREÇO MENSAL) 159.691,
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60

TOTAL ESTIMADO (PREÇO MENSAL X 12 MESES) 1.916.29


9,20

5º Passo: Estabelecimento dos critérios do edital.

Modalidade: Pregão
Tipo de Licitação: Menor Preço
Regime de Execução: Empreitada por Preço Global
Critério de Aceitabilidade de Preços:
Serão desclassificadas as propostas que não atenderem ao
Edital e que apresentarem valor global superior a R$ 1.916.299,20,
conforme indicado na planilha orçamentária.

Critério de Julgamento:
Será declarada vencedora a proposta que apresentar o
menor preço global.

2. Procedimentos Administrativos

Os procedimentos administrativos referem-se às rotinas que deverão


ser observadas pelo servidor no desempenho de suas funções,
observado o disposto na Carta Magna no art. 37, nas leis de pessoal
que regem a conduta dos servidores e códigos de ética aplicáveis.
Materializados sob a forma de manuais de procedimentos, tratam,
portanto, de documentos, fluxos, check-lists e informações.
Apresentamos, a seguir, um exemplo de procedimentos
administrativos a serem observados pelos servidores lotados no
Estado do Ceará:

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS PARA CADA TIPO DE


SOLICITAÇÃO DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA

1. CERTIDÃO

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(Requerimento Padronizado Nº. 01 – Preenchido e assinado pelo


interessado)
- Comprovante de pagamento de taxa (DAM – Documentação Única
de Arrecadação Municipal), quando da necessidade de vistoria em
campo.

2. SOLICITAÇÃO EM GERAL
(Requerimento Padronizado Nº. 01 – Preenchido e assinado pelo
interessado)
- Croquis de localização do terreno em relação às vias oficiais mais
próximas (indicação do norte);
- Cópia atualizada do Registro de Imóvel;
- Comprovante de regularização junto ao IPTU (cópia autenticada)

3. DESARQUIVAMENTO DE PROCESSOS
(Requerimento Padronizado Nº. 01 – Preenchido e assinado pelo
interessado)
- Comprovante de pagamento da taxa (DAM – Documentação Única
de Arrecadação Municipal).

4. CANCELAMENTO DE NOTIFICAÇÃO/AUTO DE INFRAÇÃO


(Requerimento Padronizado Nº. 01 – Preenchido e assinado pelo
interessado)
- Originais dos autos de infração/notificação de posturas.

5. AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE UTILIZAÇÃO SONORA


(Requerimento Padronizado Nº. 01 – Preenchido e assinado pelo
interessado)
- Comprovante de pagamento da taxa taxa (DAM – Documentação
Única de Arrecadação Municipal);
- Certidão de quitação do IPTU(original) onde será instalado o
equipamento;
- CNPJ.

Na Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina, as rotinas


compreendem o seguinte:

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Identificação funcional
• Crachá, de uso obrigatório, que identifica o servidor
assegurando-lhe acesso e a circulação nas dependências da
SES/SC.

Alterações de dados cadastrais :


• encaminhar solicitação do servidor;
• anexar documento comprobatório ( RG, , CPF, endereço);
• Para inclusão ou alteração de dependente faz-se necessário
preencher o formulário MCP-100;
• anexar certidão de nascimento ou casamento.

Demissão/Exoneração:
• servidor preenche pedido próprio para o regime a que pertence
(disponível nas seccionais);
• preencher Formulário de Declaração de Bens, Direitos, Valores
e Renda ( MCP 038);
• para os contratados em regime de CLT, deverá acompanhar a
CTPS para atualização;
• encaminhar à DIRH com o ciente da Direção da Unidade.

Muito embora sejam coisas distintas ("procedimentos


administrativos" - item do edital e "processos
administrativos"), julgamos pertinente destacar que, na
esfera federal, há uma lei que regulamenta o direito dos
administrados perante a administração pública, de número LEI
Nº 9.784 DE 29 DE JANEIRO DE 1999. Esta lei, que trata dos
processos, definindo a iniciativa, competência, instrução e
extinção dos atos vale a pena ser lida, por descargo de
consciência (não se sabe o que se passa na cabeça do
integrante da banca; em função do risco de algum examinador
"confundir" os termos, é bom estar preparado).

3. Questões de Concursos Anteriores

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01. (UnB / CESPE – Senado Federal– Consultor Legislativo -


2002) A propósito da gestão de aquisições no serviço público,
julgue os itens subseqüentes.

a) O pregão eletrônico prescinde de edital convocatório.

b) A licitação na modalidade de registro de preço aplica-se quando a


cotação do bem ou serviço a ser adquirido revelar valor abaixo
daquele constante no cadastro de registro de preços do sistema
integrado de administração de serviços gerais (SIASG).

c) O Comprasnet permite a realização de convites on-line.

d) Entre as medidas de flexibilização da Lei n.º 8.666, de 1993, figura


a possibilidade de empresas estatais, autarquias especiais e
organizações sociais adotarem regulamentos próprios para aquisições
de bens e serviços.

e) A concessão de serviços públicos, realizada na modalidade de


tomada de preços, requer um mínimo de quatro licitantes.
QUESTÃO 71
02. (UnB / CESPE – STM – Analista Judiciário -2004) Julgue os
itens a seguir, referentes a compras no âmbito da
administração pública e à Lei n.º 8.666/1993.

a) Subordinam-se aos preceitos da Lei n.º 8.666/1993, além dos


órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as
fundações públicas, as empresas públicas e demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela União, pelos estados, pelo
Distrito Federal (DF) e pelos municípios, excetuando-se apenas as
sociedades de economia mista.

b) São modalidades de licitação: concorrência, tomada de preços,


convite, concurso e leilão.

c) A inexigibilidade de licitação é o instrumento de contratação


utilizado entre o poder público e as organizações da sociedade civil de
interesse público (OSCIPs).

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d) Para efeito de habilitação em um processo licitatório, somente


serão aceitos documentos originais, que deverão ser encaminhados
em envelopes fechados e lacrados, os quais são devolvidos ao
licitante ao final da sessão de habilitação.

e) O instrumento convocatório, edital ou convite, cristaliza a


competência discricionária da administração, que se vincula a seus
termos.

f) Independentemente da modalidade, em processos licitatórios


públicos é sempre vedada a participação de consórcios de empresas,
devendo cada licitante ser representado apenas por um procurador
legal.

g) Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados


para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores.

03. (UnB / CESPE – STM – Analista Judiciário -2004) A


respeito dos contratos administrativos de que trata a Lei n.º
8.666/1993, julgue os itens que seguem.

a) Aos contratos administrativos de que trata a referida lei não se


aplicam, supletivamente, as disposições de direito privado.

b) No caso de dispensa de licitação cujos preços estejam


compreendidos nos limites dessa modalidade, o contrato deve ser
substituído pelo termo de dispensa de licitação devidamente
fundamentado.

c) A administração pública, contrariamente ao que se verifica nos


contratos privados, tem o poder de impor e executar sanções pelo
inadimplemento contratual, assegurado o recurso do interessado ao
Poder Judiciário.

d) Na hipótese de nulidade do contrato, fica a administração eximida


do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado
até a data em que a nulidade foi declarada, visto que o instrumento
de ajuste não é mais válido.

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e) A execução de qualquer contrato no âmbito da administração


pública deve ser acompanhada e fiscalizada por um representante
desta, especialmente designado, permitida a contratação de terceiros
para assisti-lo e subsidiá-lo.

f) Somente o descumprimento de cláusulas contratuais,


especificações, projetos ou prazos constitui motivo suficiente para a
rescisão de um contrato no âmbito da administração pública.

g) Existem apenas três modalidades de rescisão contratual:


determinada por ato unilateral; amigável, por acordo entre as partes;
e judicial, nos termos da legislação.

04. (UnB / CESPE – TJ/RR – Administrador -2006) A


afirmação de que “o edital é a lei do contrato” é decorrência
direta do princípio do(a)
A) eficiência.
B) moralidade e legalidade administrativa.
C) vinculação ao instrumento convocatório.
D) julgamento objetivo.
QUESTÃO 81
05. (UnB / CESPE – TJ/RR – Administrador -2006) No que se
refere à licitação na modalidade pregão, assinale a opção
correta.
A) A modalidade pregão somente pode ser utilizada no âmbito da
União.
B) A administração não pode exigir garantia de proposta dos
participantes do certame.
C) A modalidade pregão é utilizada tanto em procedimentos de
grande complexidade como em serviços comuns, a critério
discricionário da administração.
D) O pregoeiro analisa, em primeiro lugar, os documentos
necessários à habilitação técnica e jurídica e, depois, julga as
propostas apresentadas pelos participantes do certame.

06. (UnB / CESPE – MPE/TO – Analista Ministerial


(Contabilidade)-2006) Para garantir o princípio constitucional
da isonomia, a administração pública, na compra de bens e
serviços, utiliza-se de um conjunto de procedimentos,

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39
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legalmente estabelecidos, para verificar, entre os interessados


habilitados, quem oferece melhores condições, de forma que
se possa selecionar a proposta mais vantajosa para a
administração. A respeito da licitação, julgue os itens que se
seguem.

a) Quando a modalidade de licitação é de concorrência com


contratação por regime de empreitada integral, os avisos contendo os
resumos dos editais referentes à licitação devem ser publicados, por
pelo menos uma vez, com antecedência de, no mínimo, trinta dias,
da data estabelecida para o recebimento das propostas ou da
realização do evento.

b) O servidor, ou dirigente de órgão, não pode participar, direta ou


indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do
fornecimento de bens necessários ao órgão ao qual ele pertence.

c) É inexigível a licitação quando houver necessidade de adquirir


componentes ou peças de origem nacional para manutenção de
equipamentos durante período de garantia técnica, junto ao
fornecedor original desses equipamentos, e quando houver condição
de exclusividade para a vigência da garantia.

d) No que se refere à documentação relativa à qualificação


econômico-financeira para a habilitação nas licitações, deve ser
exigido dos interessados o balanço patrimonial e as demonstrações
contábeis, já exigíveis e apresentados na forma da lei, dos dois
últimos exercícios sociais.

07. (UnB / CESPE – STJ – Analista Judiciário - 2004) Com


relação ao disposto acerca de licitação, contratos
administrativos e bens públicos, julgue os itens a seguir.

a) A pessoa física ou jurídica autora de projeto básico ou executivo


submetido a licitação pode participar direta ou indiretamente da
licitação como consultora.

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08. (UnB / CESPE TRT – 16 Região – Analista Judiciário –


2005) Para a aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser
adotada a licitação na modalidade de pregão. Com relação a
esse tema, julgue os itens que se seguem.

a) A definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara,


vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou
desnecessárias, limitem a competição.

b) Os atos essenciais do pregão, inclusive os decorrentes de meios


eletrônicos, devem ser documentados no processo respectivo,
visando a aferição de sua regularidade pelos agentes de controle.

c) Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de recursos


de tecnologia da informação, nos termos de regulamentação
específica.

d) Os licitantes poderão deixar de apresentar os documentos de


habilitação que já constem do Sistema de Cadastramento Unificado
de Fornecedores (SICAF) e sistemas semelhantes mantidos por
estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios, assegurado aos
demais licitantes o direito de acesso aos dados nele constantes.

e) Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar,


imediata e motivadamente, a intenção de recorrer, quando lhe será
concedido o prazo de três dias para apresentação das razões do
recurso, ficando os demais licitantes, desde logo, intimados a
apresentar contra-razões em igual número de dias, que começarão a
correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada
vista imediata dos autos.

09. (UPENET – Prefeitura Recife – Assist. de Desenvolv. Mat e


Patr – 2007) As compras no serviço público, em função de
seus limites de valor, são realizadas por modalidades,
conforme especifica a Lei nº 8.666/93 e suas
complementações. Sobre as compras, assinale a alternativa
correta.
A) Dispensa de licitação, carta-convite, tomada de preços,
concorrência, inexigibilidade, leilão, pregão presencial e pregão
virtual.

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B) Compras diretas, carta-convite, tomada de preços, inexigibilidade,


improbidade administrativa.
C) Dispensa de licitação, igualdade, tomada de preços, concorrência,
inexigibilidade, leilão, business-to-business.
D) Compras livres, carta-convite, tomada de preços, concorrência,
multicultural, leilão, pregão presencial e pregão virtual.
E) tomada de preços, cotas para excluídos, leilão.

10. (FCC – TRT 24ª Região – Técnico Judiciário – 2006) Para


fins de licitação, o órgão ou entidade signatária do
instrumento contratual denomina-se
a) Contratado
b) Contratante
c) Outorgante
d) Outorgado
e) Licitante

11. (FCC – TRT 20ª Região – Analista Judiciário – 2006) É


dispensável a licitação quando
a) Houver viabilidade de competição, mas a autoridade decide não
realizar o certame por entender inconveniente ao interesse
público, independente de previsão legal específica.
b) Houver inviabilidade jurídica ou material de competição, a
critério da Administração e nos casos taxativamente previstos
em lei.
c) Impositivamente estabelecido em lei, não existindo qualquer
margem de liberdade de atuação ao agente público.
d) For objetivamente inoportuna ao interesse público, segundo
enumeração exemplificativa estabelecida em lei.
e) Houver possibilidade de competição, mas a Administração,
discricionariamente, decide não realizá-la por constatar uma
das hipóteses de dispensa, taxativamente previstas em lei.

12. (FCC – TCM/CE – Auditor – 2006) Configura hipótese de


inexigibilidade de licitação, prevista na Lei Federal nº
8.666/93,
a) compra, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens
produzidos por entidades integrantes da administração pública
criadas para este fim específico.
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b) guerra ou grave perturbação da ordem pública.


c) compra de material que só pode ser adquirido de empresa que
detém exclusividade na comercialização.
d) contratação de instituições brasileiras de pesquisa, sem fins
lucrativos.
e) pequenas compras, para necessidades imediatas, com valores
inferiores a R$ 8 mil.

13. (FCC – TCM/CE – Auditor – 2006) Segundo a Lei Federal nº


8.666/93, para a realização de obras e serviços de engenharia
estimados em R$ 700 mil, a Administração Pública deverá
selecionar a proposta mais vantajosa por meio de
a) concorrência, apenas.
b) tomada de preços, apenas.
c) convite, apenas.
d) concorrência, tomada de preços ou convite.
e) concorrência ou tomada de preços, apenas.

4. Gabarito

01)
a) Errado. O pregão não dispensa o edital.
b) Errado. Aplica-se quando a cotação revelar valor superior.
c) Errado. Não permite.
d) Errado. Inicialmente, cumpre destacar que a Lei de Licitações é
pouco flexível, definindo prazos, tipos, modalidades, situações e
outros aspectos de forma bastante clara. Em segundo plano, a Lei
não poderá deixar de ser observada, de acordo com o Art. 119, que
prevê o seguinte: “As sociedades de economia mista, empresas e
fundações públicas e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União e pelas entidades referidas no artigo
anterior editarão regulamentos próprios devidamente publicados,
ficando sujeitas às disposições desta Lei”.
e) Errado. A definição constante no art. 22, § 2o, não define o
número mínimo de participantes, senão vejamos: “Tomada de preços
é a modalidade de licitação entre interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das
propostas, observada a necessária qualificação”.
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02.
a) Errado. De acordo com o Art. 1o, parágrafo único, subordinam-se
ao regime da Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos
especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas
públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios.
b) Anulada. A opção está incompleta (faltou o pregão), mas não está
errada.
C) Errado. De acordo com a Lei n. º 9.790/99, o Termo de Parceria é
o instrumento de contratação referente ao ajuste celebrado entre o
Poder Público e a entidade portadora desta qualificação. O Art. 9º
dispõe o seguinte: Fica instituído o Termo de Parceria, assim
considerado o instrumento passível de ser firmado entre o Poder
Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de
cooperação entre as partes, para o fomento e a execução das
atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.
d) Errado. O Art. 32 prevê o seguinte: “Os documentos necessários à
habilitação poderão ser apresentados em original, por qualquer
processo de cópia autenticada por cartório competente ou por
servidor da administração ou publicação em órgão da imprensa
oficial”.
e) Certo.
f) Errado. A participação de consórcios é permitida nos termos do art.
33.
g) Certo.

03.
a) Errado. De acordo com o Art. 54, “Os contratos administrativos de
que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos
de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado”.

b) Errado. Nos termos do Art. 54, § 2o, “Os contratos decorrentes de


dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos
do ato que os autorizou e da respectiva proposta”. De acordo com o
Art. 62, “O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de
concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e
inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites
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destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em


que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos
hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou ordem de execução de serviço”. Dessa
forma, o termo de dispensa não substitui o contrato.
c) Certo.
d) Errado. Como regra geral, o particular deve ser indenizado pelo
que houver executado até a data da nulidade.

e) Certo.
f) Errado. Os motivos para rescisão são vários, constantes no art. 58
da Lei, conforme explicitado abaixo:
“Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações,
projetos ou prazos;
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações,
projetos e prazos;
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a
comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do
fornecimento, nos prazos estipulados;
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa
causa e prévia comunicação à Administração;
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do
contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial,
bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e
no contrato;
VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade
designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como
as de seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas
na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura
da empresa, que prejudique a execução do contrato;
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo
conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade

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da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e


exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou
compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além
do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei;
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da
Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo
em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna
ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo
prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações
pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e
mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses
casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das
obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos
pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento,
ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de
calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra,
assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do
cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a
situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou
objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos
contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas
no projeto;
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente
comprovada, impeditiva da execução do contrato.
Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente
motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a
ampla defesa.
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem
prejuízo das sanções penais cabíveis. (Incluído pela Lei nº 9.854, de
27.10.99)”

g) Certo.

04. Resp: C

A – O princípio da eficiência é afeto às relações custo-benefício e


insumos previstos X insumos consumidos.
B – A moralidade vincula-se à retidão, à honestidade.
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D – O julgamento objetivo relaciona-se à impessoalidade.

05. Resp: B

A – A Lei n. º 10.520/02 Instituiu, no âmbito da União, Estados,


Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal a modalidade de licitação denominada pregão,
para aquisição de bens e serviços comuns.
B – Esta modalidade destina-se a bens e serviços comuns (aqueles
cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado).
D – Houve inversão das etapas. Primeiro ocorre a análise das
propostas.

06.
a) Errado. A antecedência deve ser de pelo menos 45 dias, de acordo
com o parágrafo 2º do art. 21.
b) Certo.
c) Errado. É dispensável, nos termo do art. 24, XVII.
d) Errado. A exigência do art. 31 refere-se ao último exercício social.

07.
a) Certo.

08.
a) Certo.
b) Certo
c) Certo
d) Certo
e) Certo

9. Resposta: A
A opção A é a “menos errada”... Parte da doutrina não entende
dispensa e inexigibilidade como modalidades, mas de qualquer forma
há erros crassos nas demais opções. Na B, improbidade
administrativa; na C, igualdade e business-to-business; na D,
multicultural; na E, cotas para excluídos.
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10. Resposta: B As definições constam no art. 6º.

11. Resposta: E
• Quanto à opção A, há necessidade de previsão legal;
• No que diz respeito à B, havendo inviabilidade de competição,
trata-se de inexigibilidade;
• Em relação à C, existe margem de liberdade nos casos de
licitação dispensável;
• Quanto à D, há dispensa quando é oportuno ao interesse
público.

12. A letra “c” demonstra um caso de competição inviável. Trata-se


de um objeto exclusivo de um único fornecedor. As demais tratam de
dispensa.

13. Resposta: E
Em função do valor, o certame comporta essas duas modalidades.

5. Bibliografia

PISCITELLI, Roberto Bocaccio. Contabilidade Pública: Uma abordagem da


Administração Financeira Pública – São Paulo: 2004 – Editora Atlas– 8ª
Edição – Revista e ampliada

CARVALHO, José Carlos de Oliveira, Orçamento Público. Rio de Janeiro:


Elsevier - 2006

Renato Jorge Brown Ribeiro - VIII Congreso Internacional del CLAD sobre la
Reforma del Estado y de la Administración Pública, Panamá, 28-31 Oct.
2003

O orçamento público a seu alcance / Instituto de Estudos Socioeconômicos


– Brasília : INESC, 2006. Manual elaborado com base em estudo do
consultor Weder de Oliveira.

Ilustração Studio Ricardo Soares

Administração Financeira e Orçamentária. Associação Brasileira de


Orçamentos Públicos – ABOP. Organização: Paulo Henrique Feijó
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Lei de Licitações e Contratos – Lei nº 8.666/93.

MARTINS, Petrônio Garcia & ALT, Paulo Renato Campos. Administração de


Materiais e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2006

PISCITELLI, Roberto Bocaccio, TIMBÓ, Maria Zuleide Farias & ROSA, Maria
Berenice. Contabilidade Pública. São Paulo: Editora Atlas, 2004 – 8ª Edição.

DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais – Uma abordagem


logística. Editora Atlas: 1993 – 4ª Edição.

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