PRIMEIRO SEMESTRE 2020, EDIÇÃO 2

Informativo ABH
Nosso veículo de formação continuada

NESTA
EDIÇÃO
Primeiros seis meses da
Associação Brasileira de Hipnose
• P.2

Epigenética e Hipnose • P.3

Aspectos legais da utilização da

Hipnose no Brasil • P.4

Artigo do Associado
Nesta edição: Hipnoterapia no
serviço hospitalar • P.6

Compaixão na terapia • P.7

Neurônios e sinapses • P.8

Aconteceu na ABH
Tudo o que rolou nos ultimos
meses• P.8
Editorial

Os seis primeiros meses de ABH, um longo

caminho

Após a abertura oficial da Associação Brasileira de Hipnose – ABH,

entramos em 2020 aguardando um ano incrível e com grandes
expectativas para o desenvolvimento e aumento da visibilidade da
Hipnose no Brasil.
A ABH como em sua origem, sempre esteve em busca de envolvimento
dos associados, e vinha produzindo diversos eventos como o cine
debate, confraternizações, cursos presenciais e outros que infelizmente
acabaram sendo cancelados devido a pandemia do corona virus no
Brasil.
A Associação é uma instituição sem fins lucrativos, e conta em seu conselho com profissionais que atuam de
forma voluntária para que suas atividades tenham andamento, além de que diversas decisões acabam tendo que
passar por uma comissão de desenvolvimento e um processo de aprovação para a implementação dos projetos.
Tendo ocorrido a abertura da ABH, começamos 2020 no trabalho de fundamentação e sistematização dos
processos internos, fazendo com que eles ocorram de forma eficiente e funcional, onde tivemos uma grande
quantia de trabalho para implementar processos como a liberação de certificados para professores associados, e
diversas outras atividades que eram essenciais para essa etapa em que nos encontrávamos.
Nesse ciclo que se encerra finalizamos projetos como a implementação do novo site, o código de ética, liberação
dos selos e certificados, e outras atividades fundamentais para seu funcionamento, além disso, devido o
cancelamento de todas atividades presenciais que a situação nos impôs, passamos a migrar todos projetos para
a plataforma online, onde podemos oferecer benefícios e atividades, até mesmo para as pessoas que estão do
outro lado do nosso país.
Além dos atendimentos sociais promovidos pela ABH, nós já contamos com dois grupos de estudos que ocorrem
com reuniões semanais, onde tivemos também o surgimento do Núcleo de Desenvolvimento hipnótico que se
reúne semanalmente, e busca trazer exercícios e discussões para o desenvolvimento da habilidade de hipnotizar
livre de scripts, fazendo um trabalho sob medida com seus clientes.
Após todo esse trabalho feito, a ABH começa esse semestre entrando em um novo ciclo, mas agora de
expansão nacional, onde buscamos levar a hipnose como ferramenta multidisciplinar para diversos contextos em
que ela ainda não possui representatividade, além de nos permitir alcançar pessoas em diversos locais que
ainda não estavam representados. Nesse novo momento nosso, contamos com vocês associados, e com os
hipnólogos de todo Brasil, para que possamos cada vez produzir mais conteúdos sérios, assim como para
desenvolver projetos que possam criar uma representatividade ainda maior para essa ferramenta que gostamos
tanto.
A Pandemia vai passar, e sairemos dessa juntos mais fortes do que nunca, em busca de um bem comum e da
divulgação séria e ética da hipnose.
ROBERTO BOTELHO
Hipnoterapeuta
Presidente executivo da ABH

EXPEDIENTE CONTATO
Presidente: Roberto Botelho E-mail: informativo@abhipnose.com.br
Edição: Cleverson Modesto Facebook: @abhipnose
Instagran: @abhipnose
02
Criação de Conteúdo: Thiago Souza/
Michael Douglas/ Fabrício de Assoni Watsapp: (41) 99709-3627
Revisão: Thania Greski Site: www.abhipnose.com.br
Epigenética e Hipnose
Você já parou para pensar que seu corpo é formado
por uma quantidade entre 10 e 30 Trilhões de
células? Essa quantidade é dividida em 130 tipos
diferentes! Agora vamos lembrar que tudo isso
surgiu da fecundação de um espermatozoide com
um óvulo, que formou a primeira célula denominada
de zigoto. Todas essas células possuem
exatamente o mesmo material genético, então como
ocorre essa diferenciação celular? A principal
resposta que temos hoje é a relação da epigenética.
Mas o que é essa epigenética? Trata-se do estudo
da ativação e inibição da expressão genética, sem a
Não podemos esquecer que pensamentos,
alteração do material genético, falando de forma
emoções e memórias, nada mais são que reações
mais simples, epigenética atua diretamente em
químicas específicas no nosso cérebro, e a
quais genes e proteínas a célula vão produzir,
hipnoterapia tem como foco, mudar essa resposta
relacionado diretamente com sua especiação ou
química quando a mesma prejudica o
mudança para um tipo especifico de célula. A
desenvolvimento e interação social de uma pessoa.
localização no ser vivo e o ambiente ao seu redor
A epigenética, até então estudada, atua de 3 formas
que ativa o processo de epigenética para essa
sobre o material genético, através da metilação das
transformação.
bases nitrogenadas citosinas, dos códigos de
Resumindo essa primeira parte, a posição e a
histonas que são proteínas relacionadas ao
composição do ambiente em que uma célula está
armazenamento do DNA e por fim com a produção
inserida interfere nos processos epigenéticos, esses
de RNA não codificantes, esses 3 fatores atuam
por sua vez desencadeia processos de ativação em
como inibidores e ativadores da expressão gênica.
certas regiões do DNA e também inibições, fazendo
Esses fatores mencionados tem seu controle, a
com que um novo grupo de proteínas atue nessa
princípio, coordenados pelo próprio DNA e pela
célula, podendo causar a especiação da mesma,
interação com o ambiente celular, esse último tendo
para um dos 130 tipos celular.
resposta direto com nossa interação com o mundo.
Outro relato semelhante que normalmente
Então qual a relação da hipnose clinica com tudo
escutamos é que um indivíduo é único devido a sua
isso? A terapia vinculada com a hipnose além de
sequência genética, que suas características físicas,
atuar diretamente nas redes neurais mudando
fisiológicas e psicológicas derivaram do seu material
comportamentos, hábitos e sensações, isso em um
genético, certo? Digamos que isso não está no todo
curto período de tempo, ela também pode alterar o
errado, mas você já conheceu gêmeos univitelinos,
meio celular pelos novos hormônios e
aqueles gêmeos idênticos? Eles são 100% a cópia
comportamentos, refletindo nos 3 fatores da
um do outro? Não. Não são, e a resposta está na
epigenética e na expressão gênica, garantindo um
epigenética, cada um teve uma experiência única,
resultado terapêutico mais eficiente e prolongado.
desde a vida intrauterina e isso influenciou
MICHAEL DOUGLAS
diretamente na expressão do seu material genético,
Biólogo e Hipnoterapeuta
produzindo resposta diferentes ao ambiente.

03
Os aspectos legais da utilização da
Hipnose no Brasil
Para falarmos sobre a legalidade da utilização da
hipnose no Brasil precisamos antes levantar alguns
dados históricos importantes. Há registros
utilização de técnicas similares à hipnose desde o
Antigo Egito. Um documento encontrado entre restos
de uma múmia, conhecido como Papiro Ebers é
datado de aproximadamente 1.550 a.C. Nele foram
encontradas mais de 700 “fórmulas mágicas” e
remédios populares que eram usados nos chamados
Templos do Sono, local onde os egípcios
organizavam rituais dirigidos a uma espécie de sono
(que hoje conhecemos como transe hipnótico).
No entanto, apontamentos fidedignos do uso da
hipnose somente foram registrados no século XVIII,
pelo médico alemão Franz Mesmer, criador do
Magnetismo Animal ou Mesmerismo. Mas foi somente
no século XIX que o termo hipnose foi cunhado pelo
médico-cirurgião escocês James Braid.
Poucas décadas após a criação do termo por Braid, a
hipnose foi introduzida oficialmente no Brasil, ainda no
período regencial, pelo médico João Lopes Cardoso
Machado, que utiliza o Magnetismo Animal em suas
primeiras experiências com o chamado “fluido vital”.
Tais práticas despertaram o interesse da classe
médica brasileira, culminando na fundação
Sociedade de Propaganda do Magnetismo e Jury
Magnético em 28 de maio de 1861, no Rio de Janeiro.
Seu funcionamento foi autorizado em 03 de maio de
1862 pelo Governo Imperial.
Com o passar dos anos, trabalhos, congressos e
livros difundiram a hipnose pelo Brasil. Porém foi
somente em 1961 que o termo hipnose foi
utilizado para basilar uma norma brasileira, não no
sentido de regulamentar, mas sim de impedir sua
utilização.
O então presidente Jânio Quadros proibiu a utilização
da hipnose em shows através do Decreto 51.009 de
22 de julho de 1961. A justificativa para a proibição foi
que a hipnose estava sendo usada de forma
improvisada, expondo os espectadores
04
constrangimento moral e vexatórios, além de ser
praticada por leigos e profissionais não especializados
de (considerando que os profissionais especializados
seriam os médicos brasileiros), e ainda condenava a
prática, pelos inconvenientes e perigos a que os
hipnotizados supostamente seriam submetidos. Por
outro lado, o Decreto autorizava a utilização da
hipnose em caráter puramente científico, mas com
determinadas ressalvas de publicidade.
Somente trinta anos após tal proibição, o Decreto
51.009/1961 foi revogado pelo presidente Fernando
Collor através do Decreto 11/1991. Não houve
qualquer menção expressa sobre a liberação de uso
da hipnose no Brasil, porém o artigo 4º do novo
Decreto declarava revogados todos os Decretos
relacionados no Anexo IV, entre eles o famigerado
Decreto 51.009/1961.
A título de curiosidade, o Decreto 11/1991 foi
posteriormente revogado através do Decreto
761/1993 pelo então presidente Itamar Franco. Mas
isso não quer dizer que o Decreto anterior
(51.009/1961) tenha recobrado sua validade, o que
em termos jurídicos significaria repristinação. No
ordenamento jurídico brasileiro a repristinação não é
da cabível, salvo se ocorrer a recriação da norma
revogada, conforme determina a Lei de Introdução às
normas do Direito Brasileiro (Decreto Lei 4.657/1942).
Por esse histórico legislativo é possível concluir que
até o presente momento em que este artigo está
sendo escrito não há qualquer regulamentação ou
proibição do uso da hipnose no Brasil.
Dessa maneira a utilização da hipnose é livre,
podendo ser praticada por qualquer pessoa.
Nada obstante, alguns Conselhos reconhecem e
autorizam expressamente o uso da hipnose por seus
profissionais de classe.
O primeiro órgão brasileiro a reconhecer e autorizar a
utilização da hipnose por seus membros foi o CFO
(Conselho Federal de Odontologia) através da
a Resolução 185/1993. Alguns anos depois o CFM
(Conselho Federal de Medicina) reconheceu a hipnose como valiosa prática médica com a Resolução 42/1999.
Logo após, o CFP (Conselho Federal de Psicologia) aprovou e regulamentou o uso da hipnose como recurso
auxiliar do trabalho do psicólogo através da Resolução 13/2000. Mais recentemente, o COFFITO (Conselho
Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) autorizou o uso da hipnose através da Resolução 380/2010.
Importante ressaltar que os Conselhos de Classes somente podem regulamentar e/ou proibir práticas, dentro de
seus âmbitos de atuação. O CFP, por exemplo, em sua Resolução permissiva/proibitiva em relação à utilização
da hipnose vetou, em seu artigo 3º, a utilização da hipnose por psicólogos para demonstrações fúteis, de caráter
sensacionalista ou que criem situações constrangedoras.
Sendo assim, de uma forma geral a prática de hipnose como entretenimento em parques, ruas, teatros, circos e
outros locais públicos e privados é livre, ressalvadas as normais aplicáveis a quaisquer outras práticas e
condutas.
Eu sou hipnotista de entretenimento e adoro ir aos parques de Curitiba para praticar o famoso Street Hypnosis.
Já fui abordado por fiscais dos parques, alegando que não era permitido qualquer tipo de propaganda ou
comercialização sem autorização da Secretaria do Meio Ambiente. Porém a prática do Street Hypnosis não se
enquadra como propaganda ou como comercialização. A não ser que você esteja distribuindo aquele seu cartão
de hipnoterapeuta ou de show de hipnose! Da mesma forma, a prática da hipnose clínica não encontra qualquer
óbice legal, valendo também as ressalvas às normais gerais aplicáveis a outras práticas e condutas, como
por exemplo o charlatanismo e o curandeirismo, que são crimes tipificados nos artigos 283 e 284 do Código
Penal (Decreto-Lei 2.848/1940). Também a título de curiosidade, em 2011 o Deputado Giovani Cherini do
PDT/RS propôs o Projeto de Lei 1.297/2011 que dispunha sobre a regulamentação do exercício profissional de
Terapias Holísticas, entre elas a hipnose. No entanto, em 17 de outubro de 2012 o Deputado requereu a retirada
de tramitação do referido Projeto. No passado, outras propostas de regulamentação já foram rejeitadas pelo
Legislativo, como foi o caso do Projeto de Lei 2.783/1997. Mais recentemente, em 2017, o Senador Telmário
Mota (PROS-RR) propôs o Projeto de Lei 174/2017 para regulamentar o exercício da profissão de terapeuta
naturalista, estando a hipnoterapia inclusa entre as práticas. O Projeto de Lei continua em tramitação até o
presente momento. Ainda que não haja regulamentação legal, a hipnose de certa forma já é reconhecida pelo
Estado brasileiro, pois o Ministério da Saúde, através da Portaria 702 de 21 de Março de 2018, incluiu 29 novos
procedimentos como Práticas Integrativas e Complementares para atendimento dos pacientes do Sistema Único
de Saúde (SUS), entre eles a hipnoterapia.
Historicamente o estudo e a utilização da hipnose são ainda muito recentes. A meu ver não veremos uma
regulamentação geral do uso da hipnose tão cedo no Brasil, a não ser que ocorra algum caso grave relacionado
às práticas hipnóticas ou de terapias holísticas.
Independente das atuais e futuras regulamentações, nós da ABH pregamos a utilização prudente, ética e moral
da hipnose, seja para entretenimento ou como coadjuvante terapêutico.

THIAGO HENRIQUE ZANCHI DE SOUZA

Hipnotista e Advogado inscrito na
OAB/PR sob o número 39.271

05

HIPNOTERAPIA NO SERVIÇO HOSPITALAR
Olá eu sou Fabrício, e neste artigo vou contar um pouco
da minha vivência com a hipnoterapia no serviço
hospitalar. Sou hipnoterapeuta e membro da Associação
Brasileira de Hipnose. Sou formado em enfermagem, há
aproximadamente seis anos, e durante minha jornada
me deparei com essa ferramenta que passei a usar para
melhorar condições clinicas de alguns pacientes,
transformando suas experiência traumáticas em
situações mais toleráveis.
A hipnoterapia entrou em minha vida no momento em
que mais estava precisando, após realizar o tratamento
com a hipnoterapia resolvi estudar mais afundo seus
processos, então enquanto ainda trabalhava no serviço
pré-hospitalar, comecei a aplicar as técnicas em
pacientes obtendo enormes resultados. O efeito disso,
foi que me apaixonava cada vez mais pelas técnicas,
buscando sempre novos aprendizados. Então no final de
2018 tudo mudou, resolvi sair do serviço pré-hospitalar e
ingressar em um hospital da rede pública, logo notei que
era muito diferente o cenário, e pensei como poderia
ajudar as pessoas com a hipnoterapia neste novo setor,
de repente, o que parecia ser uma escassez de
possibilidades se tornou a melhor vivência e experiência
de todas.
A hipnose, como ferramenta na recuperação da saúde
tem várias funções: Controle da dor e anestesia,
melhora de sintomas de ansiedade e depressão em
paciente com longa permanência hospitalar, melhora na
parte gastrointestinal e nutricional, apoio ao familiar em
situação de fragilidade emocional, fora os ambulatórios
de dor, aonde podemos tratar desde fibromialgia, até
sintomas causados pela quimioterapia em pacientes
oncológicos.
Em minha vivência pude experimentar algumas dessas
funcionalidades, é inerente que há todo um processo e
uma equipe envolvida no tratamento, médicos,
enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros
tantos profissionais que atuam na recuperação do
paciente. A hipnoterapia vem auxiliar no serviço
hospitalar como ferramenta de apoio, onde consigo
muitas vezes mudanças na percepção do paciente,
melhora nos cheiros e sabores, melhora na qualidade do
sono, diminuição na ansiedade, redução na dor, além de
proporcionar experiências onde o paciente pode se
conhecer melhor, encontrar novas soluções e maneiras
de enfrentar seu problema.
06
Artigo do associado
A hipnoterapia na clínica além de proporcionar uma
melhora na evolução do paciente também pode
melhorar o ambiente hospitalar como um todo, visto
que reduz a tensão de familiares, sem falar dos
benefícios que podem ser aplicados a própria equipe
de enfermagem, ajudando na redução do estresse
causado pelo sofrimento constante e diário com os
pacientes e familiares.
Não poderíamos esquecer dos usos cirúrgicos,
podendo auxiliar na anestesia em pacientes que não
tem indicação ou possibilidade de passar por uma
anestesia química, (cada caso tem que ser estudado
com cirurgiões e anestesistas), mas, já há relatos de
cirurgias cardíacas realizadas com o uso da hipnose,
sem falar que estudos comprovam que a
hipnoterapia usado na preparação do paciente pré-
operatório, além de reduzir os riscos de
complicações, diminui a ansiedade do mesmo e
proporciona melhor recuperação.
Para encerarmos, não podemos esquecer das
gestantes, sabemos que técnicas de hipnose
aplicadas a gestante no pré-natal, tem efeito no
trabalho de parto reduzindo a dor e proporcionando
um parto mais humanizado e tranquilo.
Ainda há muito estudo para ser feito e muitos
benefícios podem ser proporcionados por essa
técnica, porém é importante ressaltar que deve ser
executada por profissionais treinados e
especializados, cada intervenção tem que ser
discutida com a equipe de saúde, para avaliar
benefícios e ganhos, e evitar possíveis, prejuízo que
podem ser causados se aplicada a técnica sem saber
o quadro e o estado do paciente, podendo mascarar
sintomas que podem gerar complicações ao mesmo.
FABRÍCIO DE ASSONI
Enfermeiro e Hipnoterapeuta
Envie-nos seu artigo!
Quer publicar em nosso informativo?
Basta enviar um texto de até 1500
caracteres para o E-mail:
informativo@abhipnose.com.br
Compaixão na terapia compaixão, a primeira ferramenta que precisa ser
aplicada pelo terapeuta. Isso não quer dizer que o
terapeuta tenha que sofrer ou absorver a dor de seu
paciente de alguma forma. Mas sim aplicar um
A muito tempo venho participando de cursos de
processo de: Entender aquele sofrimento, acolher o
hipnose, PNL entre outras ferramentas terapêuticas,
paciente com uma escuta ativada e sem julgamento,
além de assistir vídeos e aulas de grandes nomes
se fazer presente como alguém que caminhará ao seu
da terapia e psicologia. Não posso negar o quanto
lado naquele momento, não para assumir a situação
de conhecimento tenho absorvido em todo este
no lugar do paciente carregando seu problema, mas
estudo, porém apenas o conhecimento técnico é
como alguém que está ali, simplesmente estar ali.
suficiente no atendimento clinico? Imaginemos que
Essa compaixão/acolhimento que eu defendo as
seja possível um terapeuta dominar todas as
vezes até são citadas em alguns cursos, porém, é
ferramentas, conhecer o passo a passo para
muito difícil ensinar, pois depende muito mais de um
qualquer situação clínica, além de possuir a melhor
exercício pessoal e humano. As vezes é aflorado com
estrutura material imaginável. Teria este terapeuta
o tempo, mas também já vi o efeito contrário, onde o
tudo necessário para atender qualquer paciente?.
tempo desconstruiu a compaixão do terapeuta o
Eu me arrisco a dizer que após o processo e
tornando mais técnico frio.
formação intelectual e estrutural de um terapeuta, é
Destaco que ser imparcial no atendimento não
necessário um processo de formação humana.
significa ser frio e sim, não tomar posição em um
Processo este onde precisa ser aprimorado o
problema que pertence ao paciente. O filosofo Voltaire
ACOLHIMENTO, ainda vou além, precisa ser
disse; “Posso não concordar com nenhuma
trabalhado a COMPAIXÃO. Veja bem, quando eu
das palavras que você disser, mas defenderei até a
uso o termo compaixão quero unifica-lo ao
morte o direito de você dizê-las.” Ouso plagiá-lo e
acolhimento, fugindo de qualquer fundamentação
dizer que o terapeuta pode não concordar com nada
religiosa e também da etimologia da palavra. Para
que seu paciente esteja sentindo mas deve defender
muitos, compaixão está ligado a piedade, como a
até o ultimo o direito de ele sentir.
própria etimologia da palavra diz com-paixão =
Por fim, vale destacar que a pratica da compaixão
sofrimento comum ou sofrer junto. Religiosamente o
como parte do processo terapêutico, proporciona uma
termo é usado de forma doutrinária como um
série de benefícios, entre eles, o aumento do rapport
objetivo a ser atingido.
entre o paciente e seu terapeuta, fortifica a confiança
Pois bem, mas o que isso tem a ver com o
no processo a ser aplicado na sequência do
atendimento terapêutico e onde eu desejo chegar
atendimento sem contar que é uma forma mais
com essa reflexão?
delicada e tátil de lidar com a fragilidade humana.
Quando um paciente chega para uma terapia ele
"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas,
traz em suas mãos um “dilema” pessoal uma dor
mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra
que muitas vezes é sua experiência mais profunda.
alma humana." (Carl Jung).
Mesmo que para o terapeuta aquele “dilema” seja só
um “problema” de fácil resolução, para aquele
CLEVERSON MODESTO
paciente é sua maior dor, ou a maior que ele sentiu
Hipnoterapeuta
até aquele momento. É neste ponto que entra a

07
Neurônios e sinapses
De forma simples e didática esse texto pretende
descrever as estruturas de um neurônio e o
processo da sinapse. O neurônio é um tipo de célula
e em sua maioria são divididos nas seguintes
regiões: dendritos, corpo celular, axônio e axônios
terminais. Os dendritos tem como função a captação
ou recepção de estímulos tanto externos quanto de
outros neurônios. O corpo celular representa o
centro metabólico da célula, onde encontramos o
núcleo e demais organelas importantes para
manutenção da vida celular. O axônio serve de via
de transporte para o impulso nervoso e por fim os
axônios terminais atuam na transmissão da
informação para o neurônio seguinte, processo
denominado de sinapse.
As sinapses são processos bioquímicos de
comunicação entre dois neurônios, a passagem da
informação dentro de uma rede neural só ocorre
através desse sistema de comunicação.
Não existe contato físico entre neurônios e para
compreender a sinapse necessitamos identificar 3
regiões, o neurônio pré-sináptico, que é aquele que
vai transmitir a informação, o neurônio pós-
sináptico, responsável por receber a informação, e
por fim a fenda sináptica, que é um espaço entre
esses 2 neurônios onde ocorre as principais
interações químicas.
A reação inicia com um impulso eletroquímico ou
impulso nervoso que chega no neurônio pré-
sináptico, esse impulso estimula o neurônio a
liberar suas vesículas com neurotransmissores na
fenda sináptica através de um processo de
exocitose. Os neurotransmissores atravessam a
fenda sináptica chegando na região do neurônio
pós-sináptico, onde ligam-se ao receptores desse
novo neurônio. Com os receptores de membrana
ativados pelos neurotransmissores esse novo
neurônio ativa seu próprio impulso nervoso e
iniciando o processo novamente com outros
neurônios.
Os principais retransmissores são Acetilcolina,
Adrenalina, Dopamina, Endorfina, GABA,
Glutamato, Histamina, Melatonina, Noradrenalina
e Serotonina. De acordo com o tipo de
neurotransmissor, a intensidade do estímulo e a
região do encéfalo ativada temos todas as
reações e efeitos que compreendemos do
sistema nervoso central.
MICHAEL DOUGLAS
Biólogo e Hipnoterapeuta

NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO
HIPNÓTICO ABH
O Núcleo de Desenvolvimento Hipnótico ABH é um
grupo de estudos e de práticas online da ABH com
foco em exercícios e treinos para o
desenvolvimento de habilidades que permitam o
hipnólogo fazer hipnose sob medida, livre de
scripts ou protocolos, além de melhorar nossa
comunicação verbal ou não verbal.
Durante os nossos encontro, seguiremos a leitura de um livro e desenvolveremos todas as
práticas em conjunto, discutindo seus resultados, buscando o crescimento profissional dos
participantes.
Faça parte em www.abhipnose.com.br

08
Aconteceu na ABH!
FESTA DE LANÇAMENTO DA ABH
No dia 17 de Dezembro de 2019 a Associação Brasileira de Hipnose teve
seu lançamento oficial. Em uma festa onde reuniram~se hipnotistas e
hipnoterapeutas interessados em dar novos passos em prol da hipnose no
Brasil.
Na ocasião o presidente da Associação Brasileira de Hipnose Roberto
Botelho falou da importância de um grupo fortalecido e uma associação que
apoie efetivamente os Hipnotistas do Brasil. O desafio é grande mas a ABH
seguirá passo a passo para ser uma referencia de suporte aos hipnotistas e
hipnólogos.

PRIMEIRO ENCONTRO DE HIPNOTISTAS 2020

Um dos eventos que já ficou consagrado na Associação Brasileira de
Hipnose, é o "Encontro de Hipnotistas". Idealizado para que pessoas
interessadas em hipnose possam confraternizar, trocando experiencias e
ampliar seus conhecimentos.
No ano de 2020 o primeiro encontro aconteceu no mês de fevereiro onde os
presentes puderam receber suas carteirinhas de associados ABH.
Por conta da pandemia de Covid 19 a agenda dos próximos encontros foi
cancelada, retornando assim que encerrar o isolamento social.

STREET HIPNOSE 2020

Uma das atividades que a ABH gosta de incentivar e a realização de
Street Hipnose. Sempre com o intuído de divulgar essa ferramenta
promovendo experiencias divertidas aos participantes.
Neste ano a agenda da associação contava com um evento por mês,
porém essa foi mais uma atividade comprometida pelo isolamento social.
No entanto nos primeiros meses do ano, conseguimos reunir alguns de
nossos associados para uma street em Curitiba - PR. O evento
proporcionou uma tarde muito divertida as pessoas que passaram pelo
local.

CURSO DE HIPNOSE NÃO VERBAL

Nos dias 15 e 16 de fevereiro aconteceu na cidade de Curitiba o primeiro
curso organizado pela ABH em 2020, abrindo assim um calendário extenso
de atividades formativas.
O Hipnoterapeuta Gogo Cristo Neto trouxe aos associados e demais
participantes do curso valiosas técnicas de Hipnose Não Verbal, com uma
estrutura formativa desenvolvida pelo Italiano Giancarlo Russo, Gogo é um
dos poucos habilitados para este curso no Brasil.

CURSOS ABH
Nestes primeiros seis meses de associação foram vários os cursos de
formação realizados pela ABH, entre eles os cursos de "Hipnose Clinica" e
"PNL Aplicado a Terapia", realizados pelo presidente da Associação,
Roberto Botelho. Formando mais de 30 terapeutas e interessados no tema.
Estiveram presentes pessoas de diversas regiões do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
09
 Venha fazer parte da
Associação Brasileira
de Hipnose

Fazer parte da ABH é muito fácil, aponte a

câmera de seu celular para o QR code ao

Agenda ABH! lado e faça agora mesmo seu cadastro.

Ao associar-se você passa a fazer parte
efetiva da ABH, tendo acesso a todo o nosso
conteúdo e participando das nossas
CINE DEBATE ONLINE atividades, além de obter apoio para seu
DIA 01/08/2020 aprimoramento profissional. Tudo isso por
18H menos de um real ao dia.

SEMANA DA HIPNOSE
DE 19 A 27 DE SETEMBRO DE
2020
ASSEMBLÉIA GERAL ABH
DIA 12/12/2020
19H
ACOMPANHE NOSSA AGENDA
COMPLETA EM
WWW.ABHIPNOSE.COM.BR
VANTAGENS EM ASSOCIAR-SE
01
Aconselhamento Jurídico e
Administrativo
02
Descontos em cursos, palestras e
convenções
03
Grupos de estudos focados em
hipnose e terapia
04
Eventos exclusivos para associados

05
Eventos e atividades sociais

@abhipnose

informativo@abhipnose.com.br

(41) 99709-3627

Associação brasileira de hipnose

@abhipnose
www.abhipnose.com.br