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Lei: É uma expressão que designa um objeto que pode ser entendido do ponto de vista
material caracterizada por ser ato normativo dotado de abstração, generalidade e
impessoalidade e Formal: ato normativo produzido pelo processo legislativo próprio das leis e
federal (Compete privativamente a UNIÃO FEDERAL legislar em matéria penal).
Civil Law: a lei deve ser escrita.
Normas penais em branco latu sensu ou homogênea: sendo a norma penal estabelecida por
lei, mas o seu complemento também se dá pela lei.
Norma penal em branco estrito sensu ou heterogênea: Norma que sendo penal abriga todas
as características da lei, mas tem um complemento que não provém da lei, mas sim de um
outro ato normativo (regulamento, portaria).Determinações podem vir de outras esferas do
poder, os atos normativos podem provir de outras autoridades (o prefeito não pode mandar
prender, mas as autoridades sanitárias,por exemplo, pode fazer uma lei complementar que
defina um ato como crime). O complemento da lei pode não ser federal, pode ser também
estadual ou municipal, isso significa que uma norma pode ser aplicável em uma região e não
em outra.
Em face do principio da taxa atividade Nós não admitimos em direito penal a analogia em
malaparta
Analogia em malapartem:
Analogia em bonapartem: Analogia em prol do réu.
A atividade de interpretar é extrair da norma o seu conteúdo (significado/sentido). Já integrar
a norma “a lei tem lacunas, o direito não”, a lei tem lacunas visto a incapacidade do legilador
se antecipar a tudo que acontece na sociedade, logo ele não prevê normas para tudo. A lei não
é capaz de prever tudo, mas o direito deve ser capaz de preencher essas lacunas. Esse
preenchimento se faz com a ANALOGIA. A ANALOGIA não tem nada a ver com interpretação e
sim com INTEGRAÇÃO. Em direito penal a analogia só pode ser usada em PROL DO RÉU.
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA é diferente de ANALOGIA de INTEGRAÇÃO.
CRIMES INSTANTÂNEOS E CRIMES PERMANENTES (Ele disse que vai continuar a aula daqui)
Crime comissivo exige uma atividade concreta do agente, uma ação, isto é, o
agente faz o que a norma proíbe (ex: matar alguém mediante disparos). O
crime omissivo distingue-se em próprio e impróprio (ou impuro). Crime
omissivo próprio é o que descreve a simples omissão de quem tinha o dever
de agir (o agente não faz o que a norma manda. Exemplo: omissão de socorro
– CP, art. 135). Crime omissivo impróprio (ou comissivo por omissão) é o
que exige do sujeito uma concreta atuação para impedir o resultado que ele
devia (e podia) evitar. Exemplo: guia de cego que no exercício de sua profissão
se descuida e não evita a morte da vítima que está diante de uma situação de
perigo. O agente responde pelo crime omissivo impróprio porque não evitou o
resultado que devia e podia ter evitado.
CRIMES INSTANTÂNEOS: Crime no instante em que se realiza o comportamento. Considera-se
praticado o crime no momento do comportamento omissivo. (Ex: indivíduo dispara a arma e
mata alguém). O RESULTADO É INSTANTÂNEO.
TIPOS PENAIS
FECHADO: Contém somente elementares descritivas. É muito preciso. (Ex: art 121 Matar
alguém). Preferencialmente deve ser assim.
ABERTO: Podem ser elementares descritivas, subjetivas ou normativas (não havendo um
conteúdo explicitamente previsto pelo legislador deve o julgador realizar uma reflexão para
determinar se aquele comportamento se adéqua ou não aquela elementar, ou seja, ele
precisará fazer um juízo de valor. Esse tipo penal deve ser evitado). (Ex: Punir alguém por que
fez algo obsceno. Mas o que é obsceno?/ essa pergunta deixa a possibilidade de várias
respostas e por isso depende da valoração do juiz).
Sempre que o legislador altera uma norma penal ele caminha em 5 distintos caminhos de
intervenção:
1° Novatio Legis incriminadora: Lei nova que passa a considerar criminoso um fato que até
então não era.O legislador vê que um comportamento que se repete é reprovável ao ponto
que a juízo do legislador merece a incriminação. Pegar um fato considerado reprovável e
eleger a categoria de crime. Lei Não retroage.
2° Novatio Legis revocatória ou abolitio crimes: Comportamento que em fato da aceitação
social o fato não deve ser considerado mais criminoso. No entanto, embora os efeitos penais
deixem de existir, os efeitos civis continuam.
3° Novatio Legis Impegius ou Lex gravior: Enxerga um fato que acontece na sociedade e já é
tratado como criminoso e a resposta penal para inibi-lo não é suficiente e por isso precisa de
uma sanção mais severa por aquele até então por ele previsto. Lei Não retroage.
4° Novatio Legis inmelius ou Lexi metior: O tratamento é severo demais e por isso passa a
tratar de forma mais branda.
5° Continuidade normativa típica: Continua a tratar um fato tal como tratava, porém em outra
disposição legal.
Obs:
Contravenção penal: crime de menor importância.
A Revolução Francesa promoveu um ideal mais democrático, aqui já se desfazia a ideia que o
poder do rei vinha de algo divino e sim de um contrato social.
Constituição de 1824: Queria que a gente elaborasse um código penal genuinamente nacional
Código criminal de 1830: elaborado por Bernado Vasconcelos e é considerado evoluído para a
época. Indeterminação relativa da pena (Não tem uma pena fixa ou única), princípio da reserva
legal ou anterioridade da lei
Preceito primário: conduta que não se quer praticada. É descrito o comportamento que não se
quer realizar
Preceito secundário: ou sanção, define a pena
Código de processo criminal de 1832: Elaborado por Álvares Branco, traduzia um conflito
ideológico entre o direito inglês e francês.
Antigamente o Estado exercia seu poder punitivo de modo ILIMITADO. Por isso era preciso
uma garantia adicional: Só pode castigar alguém depois do processo.
O código criminal (1830) é em que se define quais casos são criminosos,em que medida vamos
punir e como vamos punir. Já o código de PROCESSO criminal regula a atuação dos organismos
estatais persecutórios (função de perseguir o autor do crime) e não a função punitiva (a qual já
era regulada pelo código criminal), ou seja, determina COMO nós vamos processar, QUEM vai
processar.
A decisão da pena de morte deveria se sujeitar a uma decisão unânime dos jurados.
CRISE DO IMPÉRIO E INAUGURAÇÃO DA REPÚBLICA
Constituição de 1891: Inaugurou um país republicano e federal
Escolheu como exemplo a Argentina e os EUA.
Nós repartimos as competências de matéria legislativa entre a União e os estados.
Em matéria processual a União só poderia legislar para a Justiça federal. Isso significa dizer que
enquanto o direito penal é único (produzido pela União) o direito processual era múltiplo
(produzido pelos estados)
Para que as normas exerçam seu poder intimidativo precisamos de um bom código penal, e a
existência de múltiplos códigos penais dificulta a sua aplicativa, tendo um efeito
retroalimentador (se eu pela falta de uma norma penal eficiente, não sou punida, convido
outras pessoas a cometerem).
Esse período se chama ‘’sipoal legislativo’’, ou seja, ninguém sabe o que está ou não em vigor,
o que dificulta a aplicação da legislação penal. Essa confusão associada a efervescência
política, produziu alguns efeitos, como
Nos EUA as treze colônias eram independentes e se juntaram pra formar a União, no Brasil é
ao contrário, éramos várias províncias unidas que se separaram em estados.
Constituição de 1934: Definiu que teríamos apenas um código penal para o Brasil
Decreto lei de 1937 e o da década de 60. Confere ao executivo a competência para legislar
privativamente em processo penal.
Constituição de 1937: Sob sua égide tivemos a constituição do nosso atual direito penal.
Confere ao executivo a competência para legislar privativamente em processo penal.
O código penal de 1942 permanece até hoje. Esse código se divide em duas partes, parte geral
e parte especial. A primeira, trata de normas gerais e a segunda,normas penais incriminadoras
(descreve os comportamentos considerados criminosos)
A parte geral de 1942 foi inspirado em uma doutrina CAUSALISTA, ou seja, lógica em que as
premissas se assentam nas relações de causa e efeito provenientes das ciências naturais.
Década de 40: doutrina FINALISTA, ao qual considera que a ação e a omissão humana são
realizadas perseguindo-se normalmente um fim Com base nisso se concebeu a nova parte
geral do código penal que entrou em vigor em 1984.
1946: Restabelece a democracia, mas o código penal continua compatível com a constituição.
Década de 60: código penal não está mais ajustado há seu tempo . Permanece o código de
1942, porém com as suas devidas alterações. E permanece até hoje por que ele é compatível
com as constituições que sobrevieram, sofreu alterações para se adequar ao contexto atual e
porque a tentativa de revoga-lo fracassou.
Portugal não aportaram no Brasil em busca de novos territórios para explorar, mas sim por
acidente a procura de novos caminhos para as índias. A tomada de Constantinopla inibiu o
fluxo das especiarias entre ocidente e oriente, levou Portugal e outras nações a procura de
outros caminhos para as índias. Desse modo, nos primeiros anos Portugal não deu muita
atenção a ocupação e desenvolvimento do Brasil, assim não existia ordenações européias
atuando aqui. Após alguns anos criaram-se em 1534 as capitanias hereditárias para ocupar o
espaço brasileiro de modo que nas primeiras décadas imperavam de um lado o direito dos
nativos e de outro a vontade dos donatários que recebia o poder de aplicar a justiça segundo
seu próprio critério.
As normas penais das ordenações do reino de Portugal eram cruéis e severas, utilizavam a
pena capital (pena de morte), fazendo uma completa confusão entre crime e pecado (função
de expandir a fé católica e o poder dos reis).
Quando o direito penal vêm atuando como forma de fortalecer a religião ele está violando o
princípio da intervenção mínima, pois o Estado está chamando o direito penal para atuar onde
ele não devia. Além disso, viola o princípio da taxaatividade, pois não descrevem com precisão
as infrações legais, ou seja, o seu comportamento pode ser considerado ou não criminoso
dependendo da interpretação de quem julga. As penas eram fixas, por isso violava o princípio
da individualidade. As normas eram exemplificativas e não descritivas.
A crueldade da sua vigência possibilitou que essa ordenação vigorasse por muito tempo.
Ao longo do século XVIII surgiram movimentos que visavam limitar o poder dos reis
(iluminismo e contratualismo).
Com a Revolução Francesa, houve uma tendência de expandir as idéias pelo continente
europeu. A França estava em guerra com a Inglaterra e quis invadir Portugal para acabar com o
tratado de cooperação recíproca de comércio entre Inglaterra e Portugal. Portugal estava se
negando a cumprir o bloqueio continental imposto por Napoleão.
Quando a família real veio para o Brasil começou-se a estimular o desejo de independência.
Com a decretação da independência do Brasil, ele não revogou as ordenações do reino de
Portugal, houve um ato governamental para manter as leis portuguesas. Houve a convocação
de um Assembléia para estabelecer uma colisão entre normas constitucionais e legais.
Dissolução da Assembleia e outorga de outra constituição de 1824 que nos diz o seguinte
Código de defesa Criminal = Código de defesa Penal = Código de Defesa social
Em 1830 se cumpriu esse artigo
As ordenações de Portugal do campo civil permaneceram até o ano de 1916.
ANTES o Estado exercia seu DIREITO DE PUNIR de forma ILIMITADA, mas a medida que a
pessoa foi deixando de ser súdito para ser cidadão, começaram a domesticar o estado para
delimitar a sua função punitiva.
1832: Os códigos de processos criminais trata Regular a função persecutória (de perseguir o
autor do crime) estatal, ou seja, de como vai se dar os processos, porque só o código criminal
não bastava
Nos EUA tem-se diferentes códigos penais, por que ele nasceu de treze distintas colônias. No
Brasil, éramos um Estado unitário que depois distribui unidades de federação que permitiu
uma certa autonomia administrativa.
Política café com leite: eleições fraudadas
Ínicio do século XX: Na iminência da sucessção de Washinton Luis, tínhamos duas chapas
encabeçadas por Júlio Prestes x Getúlio Vargas. Júlio Prestes é eleito. João Pessoa (vice de
Vargas) morre. Inssureição no RS de Getúlio falando que seu vice tinha sido morto pelo poder
central. MG e PB apoiou o RS e promoveu a Revolução de 30 que levou Getúlio ao poder.
Confusão legislativa, para solucionar o problema Vargas faz uma compilação (consolidação) de
todas as normas penais em vigor. 1934: Um só código penal para o Brasil. Decreto 167 lei da
década de 30.
Movimento tenentista, Intentona comunista, Revolução de 30: Mostra que as tensões
ideológicas internacionais existiam também no Brasil.
Érculeo: difícil/ demorado
Egide
Direitos dos nativos
Governador geral e donatários
1830-32 código criminal do império
Teoria do circulo concêntrico: três orbitas de proibição- moral, direito e direito penal.
Furto: Subtração para si ou outrem de objeto móvel. Se há violência ou grave ameaça se torna
roubo.
Tipicidade: relação de coincidência entre um fato concreto e um modelo hipotético contido na
norma.
Para um fato ser criminoso é crucial, embora não suficiente, que o fato concreto tenha
tipicidade. É vital que ele tenha coinciência com o que diz a lei. Uma vez típico provavelmente
ele é criminoso.
Lesividade: um comportamento só é criminoso quando causa dano ou risco de lesão a alguém