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Manual de Procedimentos
Temática Contábil e Balanços
Fascículo No 30/2014
Capa:
Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE
ISBN 978-85-379-2205-7
14-07256 CDD-658.15
Índices para catálogo sistemático:
1. Administração financeira : Empresas 658.15
2. Análise de balanços : Empresas :
Administração financeira 658.15
3. Balanços : Empresas : Administração
financeira 658.15
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Boletim j
Manual de Procedimentos
Temática Contábil e Balanços
a Auditoria
Comunicação das funções e A comunicação pela entidade das funções e res-
ponsabilidades sobre as demonstrações contábeis e
responsabilidades sobre as de assuntos significativos relacionados às informa-
demonstrações contábeis e atividades ções contábeis envolve fornecer entendimento das
de controle relevantes para a auditoria funções e responsabilidades individuais próprias
do controle interno sobre o processo de elaboração
SUMÁRIO
1. Introdução de demonstrações contábeis. A comunicação inclui
2. Comunicação das funções e responsabilidades sobre assuntos, como, por exemplo, a extensão em que as
as demonstrações contábeis pessoas entendem como as atividades no sistema de
3. Atividades de controle relevantes para a auditoria informação financeira se relacionam com o trabalho
de outros e os meios de reportar exceções a um nível
1. INTRODUÇÃO superior apropriado dentro da entidade. Essa comu-
Neste texto, discorremos sobre a comunicação nicação pode assumir formas como as de manuais de
das funções e responsabilidades sobre as demons- política e de relatório financeiro. Canais de comunica-
trações contábeis e as atividades de con- ção abertos ajudam a assegurar que exceções
trole relevantes para a auditoria. O tra- sejam reportadas e tratadas.
balho está fundamentado na Norma Quando múltiplas
Brasileira de Contabilidade - NBC atividades de controle Nota
TA 315, de 24.01.2014, que trata cumprem o mesmo objetivo, A comunicação pode ser menos estrutu-
da responsabilidade do auditor é desnecessário obter rada e mais fácil de ser obtida em entidade de
na identificação e avaliação dos entendimento de cada uma
pequeno porte do que em entidade maior em
decorrência de a comunicação ser mais direta
riscos de distorção relevante nas das atividades de controle pela existência de quantidade menor de níveis
demonstrações contábeis por meio relacionadas a tal objetivo
de responsabilidade e da maior proximidade da
administração.
do entendimento da entidade e do
seu ambiente, inclusive do controle
interno da entidade. 3. ATIVIDADES DE CONTROLE
RELEVANTES PARA A AUDITORIA
2. COMUNICAÇÃO DAS FUNÇÕES E
RESPONSABILIDADES SOBRE AS O auditor deve obter entendimento das atividades
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS de controle relevantes para a auditoria, que são aque-
las que ele julga necessário entender para avaliar os
O auditor deve obter entendimento de como a riscos de distorção relevante no nível da afirmação e
entidade comunica as funções e responsabilidades desenhar procedimentos adicionais de auditoria em
sobre as demonstrações contábeis e assuntos sig- resposta aos riscos avaliados.
nificativos relacionados com essas demonstrações,
incluindo:
A auditoria não requer entendimento de todas as
a) comunicações entre a administração e os res- atividades de controle relacionadas a cada classe sig-
ponsáveis pela governança; e nificativa de transações, saldo de conta e divulgação
b) comunicações externas, tais como as comuni- nas demonstrações contábeis ou a toda afirmação
cações com os órgãos reguladores. relevante nessas demonstrações.
3.1 Componentes do controle interno - Atividades adicional à obtenção de entendimento das atividades
de controle de controle.
Atividades de controle são as políticas e os Nota
procedimentos que ajudam a assegurar que as É provável que os conceitos subjacentes às atividades de controle em
orientações da administração sejam executadas. As entidades de pequeno porte sejam similares aos de entidades maiores, mas
a formalidade com a qual operam pode variar. Além disso, entidades de pe-
atividades de controle, independentemente de serem queno porte podem julgar que certos tipos de atividades de controle não são
manuais ou automatizadas, têm vários objetivos e são relevantes devido aos controles exercidos pela própria gerência (ou pelo pro-
prietário). Por exemplo, a autoridade exclusiva da gerência para conceder
aplicadas em vários níveis organizacionais e funcio- crédito aos clientes e aprovar aquisições significativas pode fornecer forte
nais. Exemplos de atividades de controle específicas controle de importantes saldos de contas e transações, diminuindo ou remo-
vendo a necessidade de atividades de controle mais detalhadas.
incluem as relacionadas a seguir:
É provável que as atividades de controle relevantes para a auditoria da
a) autorização; entidade de pequeno porte se relacionem aos ciclos principais de transação,
como receitas, compras e folha de pagamento de empregados.
b) revisões de desempenho;
c) processamento de informações; 3.3 Esclarecimentos adicionais sobre as atividades
d) controles físicos; de controle
e) segregação de funções. Geralmente, as atividades de controle que podem
ser relevantes para a auditoria podem ser classifica-
3.2 Atividades de controle relevantes das como políticas e procedimentos que pertencem
ao seguinte:
Atividades de controle relevantes para a auditoria
são: a) revisões de desempenho - essas atividades
de controle incluem revisões e análises de de-
a) as que devem ser tratadas como importantes sempenho real versus orçamentos, previsões
por estarem relacionadas com riscos signifi- e desempenho de períodos anteriores; rela-
cativos e aquelas para as quais a aplicação cionar diferentes conjuntos de dados - ope-
de somente procedimentos substantivos não racionais ou contábeis/financeiros - entre si,
fornece evidência de auditoria apropriada e juntamente com análises das relações e ações
suficiente, como exigido pelos itens 29 e 30, investigativas e corretivas; comparar dados
respectivamente; ou internos com fontes externas de informação;
b) as que são consideradas relevantes no julga- revisão de desempenho funcional ou de ativi-
mento do auditor. dades;
b) processamento de informações - os dois gran-
O julgamento do auditor sobre se uma atividade des agrupamentos de atividades de controle
de controle é ou não relevante para a auditoria é dos sistemas de informação são os controles
influenciado pelo risco por ele identificado que pode de aplicativos, os quais estão relacionados
dar origem a uma distorção relevante, assim como ao processamento de aplicativos individuais,
pelo fato de o auditor considerar ser apropriado testar e os controles gerais de TI, que são políticas
a efetividade operacional do controle na determina- e procedimentos que se relacionam com mui-
ção da extensão de testes substantivos. tos aplicativos e sustentam o funcionamento
efetivo dos controles de aplicativos ao aju-
A ênfase do auditor pode estar na identificação dar a assegurar a operação adequada con-
e na obtenção de entendimento das atividades de tínua dos sistemas de informação. Exemplos
controle que tratam das áreas em que ele considera de controles de aplicativos incluem checar a
serem mais prováveis os riscos de distorção relevante. exatidão aritmética dos registros, manter e re-
Quando múltiplas atividades de controle cumprem o visar contas, balancetes e controles automati-
mesmo objetivo, é desnecessário obter entendimento zados como teste de verificação de dados de
de cada uma das atividades de controle relacionadas entrada e checagens de sequência numérica,
a tal objetivo. assim como acompanhamento manual de re-
latórios de exceções. Exemplos de controles
O conhecimento a respeito da presença ou gerais de TI são controles de mudança de pro-
ausência de atividades de controle obtido a partir gramas, controles da implementação de no-
dos outros componentes do controle interno auxilia o vos lançamentos de pacotes de aplicativos e
auditor a determinar se é necessário dedicar atenção controles sobre os aplicativos que restringem
a Contabilidade Geral
Benfeitorias em propriedade de valores gastos com essas benfeitorias é ressarcível
ou dedutível de aluguéis, arrendamentos, luvas, entre
terceiros outros. E, quando os gastos com essas benfeitorias
SUMÁRIO são ativados, devem ser elucidadas as questões
1. Introdução
relativas a prazo de amortização, critérios para essa
2. Conceito de benfeitoria
3. Benfeitoria como despesa transformação em despesas etc.
4. Benfeitoria como ativo
5. Ativo Imobilizado - Técnica e lei 2. CONCEITO DE BENFEITORIA
6. Depreciação ou amortização
7. Benfeitorias de valor irrelevante Entende-se por benfeitoria a obra útil realizada
8. Ressarcimentos em propriedade que aumente o seu valor ou, ainda,
9. Conclusão a obra realizada em bens móveis ou imóveis com a
1. INTRODUÇÃO finalidade de conservação, melhoramento ou embe-
lezamento.
Inúmeras dúvidas surgem quando benfeitorias
são realizadas em bens de propriedade de terceiros, De acordo com o art. 96 da Lei nº 10.406/2002
quer quanto a sua classificação e sua avaliação, quer (Código Civil), as benfeitorias podem ser:
quanto a sua transferência para o resultado do exer-
a) necessárias: quando têm por finalidade con-
cício (normalmente, na forma de amortização).
servar o bem ou evitar que se deteriore;
Quanto à classificação, costuma-se discutir se b) úteis: quando aumentam ou facilitam o uso do
devem ficar no Ativo Imobilizado ou se já não são bem; ou
despesas diretas do exercício em que são realizadas. c) voluptuárias: assim entendidas aquelas de
mero deleite ou recreio, que não aumentam o
No que diz respeito à avaliação, é comum aumen- uso habitual do bem, ainda que o tornem mais
tarem os problemas quando pelo menos parte dos agradável ou sejam de elevado valor.
Cabe salientar que, salvo expressa disposição Nesse caso, é necessário optar por uma das duas
contratual em contrário, as benfeitorias necessárias alternativas a seguir:
introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas
pelo locador, bem como as úteis, desde que autori- a) a primeira, quando existe a possibilidade de
zadas, são indenizáveis e permitem o exercício do serem feitas boas estimativas dos valores re-
direito de retenção. lativos a essas manutenções e conservações,
que leva à constituição de provisões para es-
ses gastos (observando-se que essa provisão
As benfeitorias voluptuárias não são indenizáveis e não é dedutível para efeitos tributários); e
podem ser levantadas pelo locatário, finda a locação,
desde que sua retirada não afete a estrutura e a subs- b) a segunda, quando inexiste essa chance de
tância do imóvel (Lei nº 8.245/1991, arts. 35 e 36). determinação segura dos valores a serem
gastos.
Costuma-se usar como argumento contrário a Atente-se para o que diz o § 2º do art. 183 da Lei
essa classificação o conceito de que a benfeitoria nº 6.404/1976:
passará a pertencer ao imóvel e este não é de quem
a realizou. A diminuição de valor dos elementos dos ativos imobi-
lizado e intangível será registrada periodicamente nas
contas de: [...] b) amortização, quando corresponder à
Além do mais, na dúvida sobre a predominância perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos
da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros
de aspectos econômicos ou jurídicos, em contabili- com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo
dade deve sempre preponderar a representação objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contra-
econômica (prevalência da essência sobre a forma). tualmente limitado.
Assim, aquela benfeitoria que poderá deixar de Ressalva-se, todavia, que, no caso de bem
ser utilizada após os 5 anos deve ser registrada no arrendado sob o regime de arrendamento mercantil
Ativo Imobilizado, pois se trata de um bem destinado (leasing), o Fisco não aceita a amortização, pela
ao uso, de vida útil econômica superior a 1 ano e, arrendatária, de benfeitorias no prazo contratual do
portanto, deve ser registrado dessa forma. arrendamento, só a admitindo pelo prazo de vida
útil do bem (Parecer Normativo CST nº 18/1987).
Tecnicamente, está correto esse posicionamento fis-
Além disso, esse tratamento está previsto expres-
cal, já que, na prática, as evidências são quase sem-
samente no item 12 do Pronunciamento Técnico CPC
pre de que o bem ficará, de fato, com a arrendatária.
27 - Ativo Imobilizado, segundo o qual o custo de
Aliás, seria quase inexistente o número de benfeitorias
um item de ativo imobilizado deverá ser reconhecido
realizadas em bens arrendados se não houvesse, de
como tal quando forem atendidos os seguintes requi-
fato, a intenção de fazer uso do direito de compra no
sitos:
final do contrato de leasing.
a) for provável que futuros benefícios econômi-
cos associados ao item fluirão para a entida- 6.1 Restrições fiscais
de; e
Por força do disposto na Lei nº 9.249/1995, art.
b) o custo do item puder ser mensurado confia- 13, inciso III (consolidado no RIR/1999, art. 324, §
velmente. 4º), desde 1º.01.1996, na apuração do lucro real e
da base de cálculo da Contribuição Social sobre o
6. DEPRECIAÇÃO OU AMORTIZAÇÃO Lucro Líquido (CSLL), a dedutibilidade das despesas
de depreciação, amortização, manutenção, reparo,
Há uma característica diferente no que diz res- conservação, impostos, taxas, seguros e quaisquer
peito a essas benfeitorias imobilizadas. Se o prazo outros gastos com bens móveis e imóveis passou a
contratual de utilização dos bens nos quais foram ser condicionada a que estes sejam intrinsecamente
incorporadas as benfeitorias for superior ao prazo relacionados com a produção ou a comercialização
de vida útil econômica delas, a apropriação como de bens e serviços.
despesa do valor despendido levará o nome de
depreciação.
7. BENFEITORIAS DE VALOR IRRELEVANTE
Todavia, se a vida útil econômica das benfei- Eventualmente, podem ser realizadas benfeitorias
torias for superior ao prazo de sua utilização, então que representem acréscimos e se agreguem à pro-
sua transformação em despesa será feita mediante priedade de terceiros, mas que provoquem desem-
amortização, que terá agora de ser feita dentro desse bolsos de valores irrelevantes.
tempo.
Pela sua imaterialidade, tais gastos podem e
devem receber um tratamento mais simplificado, sendo
O galpão que citamos em nosso exemplo tem vida tratadas, então, diretamente como despesa ou despesa
útil estimada em várias décadas, mas, como há um operacional (instalações e cortinas, por exemplo).
arrendamento que limita seu uso ao final do contrato,
deve ter seu custo de construção amortizado (contábil Assim, o custo correspondente à realização de
e fiscalmente até essa data-limite contratual). Se, por pequenas benfeitorias pode ser deduzido diretamente
outro lado, sua vida útil econômica fosse dada como como despesa operacional quando o bem satisfizer uma
de apenas 3 anos, procederíamos a sua depreciação das seguintes condições (Decreto-lei nº 1.598/1977,
nesse período menor. art. 15, caput; Lei nº 12.973/2014, arts. 2º e 119):
a) valor unitário não superior a: valor se daria ao término do contrato, por valor a ser
a.1) R$ 326,61, relativamente às benfeitorias determinado.
realizadas até 31.12.2014; e
Importa observar que a preocupação do Fisco era
a.2) R$ 1.200,00, em relação às benfeitorias
com a correção monetária do valor das benfeitorias,
realizadas a partir de 1º.01.2015; ou
que influenciava na apuração do resultado. Portanto,
b) seu prazo de vida útil não ultrapasse 1 ano com a extinção da correção monetária, desde 1996,
(qualquer que seja o custo do bem). não há mais motivo para essa preocupação.
Portanto, se forem efetuadas benfeitorias não Vamos admitir, por exemplo, um contrato de
indenizáveis em propriedade de terceiros que aten- arrendamento, pelo prazo de 5 anos, que estipula que
dam a uma dessas condições, o respectivo valor apenas 45% do valor das benfeitorias será ressarcido
poderá ser deduzido diretamente como custo ou pelo proprietário do bem arrendado e que esse ressar-
despesa operacional. cimento se dará mediante compensação parcelada
do valor das 36 últimas prestações do arrendamento.
8. RESSARCIMENTOS
Nesse caso, estando perfeitamente estipuladas
Cabe, agora, uma discussão sobre o caso em
as condições para quantificar o valor a ser ressarcido,
que as benfeitorias realizadas em propriedades de
a importância despendida pelo arrendatário na reali-
terceiros são ressarcíveis.
zação das benfeitorias deve, para fins de contabiliza-
ção, ser decomposta em 2 parcelas:
8.1 Ressarcimento imediato
a) uma parcela de 55%, que será contabilizada
Logicamente, se existe o imediato ressarcimento, em conta do Ativo Imobilizado;
pelo proprietário, de parte ou da totalidade do
b) outra parcela correspondente aos 45% restan-
gasto, já, também de imediato, se contabiliza como
tes, que será contabilizada em conta do Rea-
Imobilizado apenas a parte não ressarcida e que
lizável a Longo Prazo (no grupo do Ativo Não
representa o sacrifício para a empresa que a realizou.
Circulante).
3) Pela amortização, a partir do 7º mês, quando o Sua transformação em despesas dá-se pelo prazo
galpão já estiver sendo utilizando do contrato de utilização ou pelo de vida útil econômica,
dos dois o mais curto (salvo no caso de bem arrendado
D - Despesas com Amortiza-
ção de Benfeitorias - Galpão sob o regime de leasing, em que deve prevalecer o
(Conta de Resultado) prazo de vida útil do bem), no primeiro caso, mediante
C - Amortização Acumulada de amortização e, no segundo, por depreciação.
Benfeitorias em Propriedade
de Terceiros - Galpão (Ativo Se houver parcelas ressarcíveis, esses valores
Imobilizado) R$ 1.018,52
não devem, então, ficar no Imobilizado, mas, sim, no
Ativo Circulante ou no Realizável a Longo Prazo.
Os R$ 1.250,00 representam R$ 45.000,00 dividi-
dos por 36 meses, e os R$ 1.018,52 são a parte não N
a Contabilidade Gerencial
Terceirização (outsourcing) Entretanto, os resultados obtidos pelas mega-
SUMÁRIO
empresas altamente verticalizadas não tardaram a
1. Introdução demonstrar que a extrema complexidade das suas
2. Evolução da Terceirização estruturas sobrecarregadas limitava a sua competiti-
3. Problemas da Terceirização vidade e dificultava o seu gerenciamento.
4. Conclusão
A partir de então, desenvolveu-se o Outsourcing ou
1. INTRODUÇÃO
Terceirização como meio de aliviar a carga estrutural
Nas primeiras décadas do século passado, a das empresas altamente diversificadas, transferindo
tendência à verticalização parecia predominar no a outras empresas ou a profissionais independentes
cenário dos negócios. uma parte significativa das suas atividades.
O presente artigo comenta a terceirização, Assim, essa técnica consiste em transferir, a ter-
enfatizando as dificuldades que a sua adoção pode ceiros, atividades e responsabilidades anteriormente
oferecer caso sejam negligenciados os pré-requisitos, assumidas pela própria organização, em obediência
de ordem interna ou legal, reclamados por qualquer ao princípio de que só se tem a ganhar transferindo-
reorganização estrutural ou funcional, notadamente -se a especialistas tudo o que não se enquadre “na
quando essa reorganização inclua possibilidades de vocação da empresa”, em conformidade com o que
vir a fragilizar as relações de trabalho, como (segundo recomendam Leiria, Souto e Saratt em seu trabalho
muitos) ocorre com a terceirização. “Terceirização Passo a Passo”.