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DIA 01 – Falar de The Corporation

Uma organização, segundo Anthony Giddens, “é um grande agrupamento de pessoas,


estruturadas em linhas impessoais e estabelecidas a fim de atingir objetivos específicos”.
Muitas vezes elas têm o efeito de retirar as coisas das nossas mãos e colocá-las sob o controle
de funcionários ou especialistas.

Para o alemão Max Weber, desenvolvedor da primeira interpretação sistemática sobre


o avanço das organizações, elas são formas de coordenar as atividades dos seres humanos ou
os bens que produzem, de maneira estável, através do campo e do espaço. As organizações
precisam de regras escritas para o seu funcionamento e de arquivos nos quais tenham
armazenados sua “memória”. Para Weber todas as organizações tendem a ser burocráticas e a
expansão dessa burocracia é inevitável nas sociedades modernas. Apesar de achar que a
burocracia se fez necessário ante as exigências administrativas dos sistemas sociais Weber
também acreditava que ela exibia grandes deficiências. Desenvolveu o tipo ideal de burocracia
com características particulares, pois Weber acreditava que a burocracia demonstrava
“superioridade técnica” em relação a outras formas de organização.

Diferente de Weber, que colocou em primeiro lugar as relações formais, Peter Blau
analisou as relações informais, descobrindo que elas proporcionam maior flexibilidade na
realização de tarefas. Em vez de levar um problema ao seu superior, os funcionários
consultavam uns aos outros, isso ajudava a reduzir a ansiedade e, segundo Blau o problema
sendo tratado de uma forma mais eficaz. Porém essa proteção de colegas de trabalho podem
atrapalhar os interesses da organização.

Robert Merton, assim como Blau, analisou o tipo ideal de Weber, e concluiu que
burocratas são treinados para seguir regras mesmo quando há soluções melhores, são as
disfunções da burocracia, a rigidez pode tirar o foco do objetivo.

Tom Burns e G. M. Stalker, constataram que a burocracia tem eficácia limitada em


organizações onde a flexibilidade é uma das principais preocupações. Eles distinguem dois
tipos de organizações: as mecanicistas, que são mais burocráticas com hierarquia marcante
onde quem está “no topo” e quem está “na base” nunca se comunicam, onde as informações
fluem verticalmente. Modelo ideal para empresas mais tradicionais que sejam menos
suscetíveis a variações de mercado e as orgânicas, com uma estrutura mais livre, onde as
informações fluem em várias direções, não somente verticalmente, onde se prioridade a metas
gerais e onde todos têm poder de decisão. Modelo ideal para organizações que lidam com
demandas variáveis, como empresas de telecomunicações, pois consegue reação mais rápida e
adequada com as variações do mercado.

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