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ISSN 2358-1905
Equipe Editorial
Editores
Central de Atendimento
científico.
SUMÁRIO
Francinete da S. Guilherme
Elziellen Hêmilie E. de Araújo
Nayara M. Dias da Silva
Adriana Brambilla
RESUMO
As inovações tecnológicas revolucionaram o mundo, e entre essas inovações, a internet tem
influenciado vários setores da sociedade, se tornando uma ferramenta estratégica para o
desenvolvimento turístico de determinadas destinações. Nesse contexto, o objetivo do presente
artigo é discutir como as agências de viagens fazem uso da internet. A internet tem beneficiado
as agências de turismo e os consumidores, dando a liberdade de maior conhecimento do
produto, mas em contrapartida a internet também pode ser vista como concorrente das agências
físicas, já que existem inúmeros sites com vendas de pacotes de viagens e preços acessíveis,
tornando-se mais uma opção para esses novos clientes.
ABSTRACT
Technological innovations have revolutionized the world, and among these innovations, the
Internet has influenced various sectors of society, becoming a strategic tool for the tourism
development of certain destinations. In this context, the aim of this article is to discuss how
travel agencies make use of the internet. The internet has benefited the tourism agencies and
consumers, giving the freedom of greater product knowledge, but in return the Internet can also
be seen as a competitor of physical branches, as there are numerous websites selling travel and
affordable packages , becoming an option for these new customers.
1. INTRODUÇÃO
A internet têm ocasionado profundas alterações nos mais diversos setores da sociedade
e, por isso, segundo Carlos (2002), a análise do mundo moderno está diante de uma série de
desafios em virtude das transformações resultantes desse processo. A internet, desde seu
surgimento, tem atuado como um mecanismo de desenvolvimento para as empresas de diversos
segmentos, incluindo o turismo, uma atividade que é vista como uma alternativa para o
crescimento econômico de muitas regiões (LUCHIARI, 1998).
Entre as diversas empresas do setor turístico, destacamos as agências de viagens, pois,
segundo o Ministério do Turismo (2007), essas organizações exercem um papel fundamental
de intermediação entre o produto turístico e o consumidor. Mas, temos de considerar que a
internet provocou uma série de mudanças na oferta dos serviços turísticos, que eram realizados,
quase exclusivamente, pelas agências de viagens. Com o maior acesso à internet, o turista
encontrou outras formas de buscar informações e organizar suas viagens, com mais opções de
preços, destinos e serviços diferenciados (MINISTÉRIO TURISMO, 2007). Esta autonomia
proporcionada pela internet exigiu da agência de viagens modificações na administração de
seus negócios, de forma a se adaptar a este novo contexto marcado pela presença da internet no
setor.
Neste sentido, o presente artigo através de uma pesquisa bibliográfica, documental e
de campo, teve como objetivo conhecer de que forma as agências de viagens da cidade de João
Pessoa utilizam os recursos da internet na oferta dos seus serviços.
2. O TURISMO E A INTERNET.
Para Rejowski et al (2002) o turismo que conhecemos hoje começou a se estabelecer
por volta do século XVIII, com as mudanças ocasionadas pela Revolução Industrial, mas só em
meados do século XIX foi que realmente aconteceu o desenvolvimento e a consolidação do
turismo. A atividade turística começou a ser comercializada com a criação da primeira agência
de turismo, a Agência Abreu, que foi fundada por Bernardo de Abreu em 1840 na cidade
portuguesa do Porto (REJOWSKI et al,2002), embora existam relatos que em 1822, Robert
Smart já organizava viagens de navio (GOELDNER, RITCHIE, MCINTOSH, 2002).
Barretto explica que “o surgimento do turismo na forma que o conhecemos hoje não
foi um fato isolado: o turismo sempre esteve ligado ao modo de produção e ao desenvolvimento
tecnológico. O modo de produção determina quem viaja, e o desenvolvimento tecnológico,
como fazê-lo” (2006, p. 51). Portanto, podemos perceber que com as mudanças tecnológicas,
as empresas tiveram de se adaptar, buscando melhorias no campo da tecnologia (MOLINA,
2003). Ou seja, a era da informação trouxe grandes mudanças e desafios às organizações, frente
a um consumidor mais consciente de seus direitos e de suas opções de escolha. Segundo Turchi
(2012), a internet trouxe para os consumidores muitas alternativas que aumentaram
consideravelmente o poder de escolha e de compra. A internet é a principal ferramenta utilizada
para analisar as opções de compras, encontrar melhores preços e vantagens ao adquirir
determinado produto, obter descontos, etc (TURCHI, 2012). O autor ressalta também que as
empresas devem entender como funcionam as redes e as mídias sociais e qual o seu poder de
influência sobre seus clientes, além disso, Turchi (2012) recomenda que não se esqueça o poder
do marketing viral, que através da internet aumentou de forma exponencial seu raio de alcance.
A internet pode representar para as organizações turísticas tanto uma oportunidade como
uma ameaça, dependendo da forma como administram seus recursos e se posicionam no
mercado frente à competitividade e à inovação tecnológica.
2.1 As agências de viagens.
A importância que as agências de viagens têm no processo turístico é o de exercerem
um papel fundamental de intermediação de serviços turísticos, constituindo um dos principais
elos da cadeia do turismo, entre os provedores de serviços e consumidores finais (MINISTÉRIO
DO TURISMO, 2007).
Entretanto, com o crescimento da internet e a facilidade de acesso aos serviços
turísticos disponíveis, as agências de viagens físicas têm se deparado com grandes concorrentes
online. Variedades de preços e praticidade na hora da compra tem impulsionado as agências
físicas a modificarem suas possibilidades de vendas (ABAV -Associação Brasileira de
Agências de Viagens):
[...]os sites que agregam vendas de passagens aéreas e hospedagem têm investido em
versões e aplicativos para smartphones ou tablets, treinamento e contratação de
pessoal especializado e em programas de vantagens para internautas. Com isso, as
agências e operadoras estão dando mais atenção às oportunidades que o mundo virtual
oferece[...]. (2013)
Oliveira (2013) destacou alguns prós e contras de se comprar em agência de viagens
e por conta própria:
AGÊNCIAS
Prós Contras
Quem nunca teve uma experiência no exterior ou Toda comodidade vem com um custo e isso não
não domina o idioma do país, pode preferir fechar muda nas férias organizadas por meio de uma
um pacote com agência. agência.
Ajuda com a documentação como passaporte e até
mesmo o visto, e o dinheiro. Outro alerta é que algumas empresas trabalham
Em caso de destinos menos tradicionais, também somente com hotéis a partir de um determinado
pode ser interessante – e seguro – deixar um número de estrelas. Isso naturalmente encarece a
profissional mais experiente planejar a viagem. estadia.
Evitando certos riscos.
CONTA PRÓPRIA
Prós Contras
Viajar por conta própria dá certa liberdade e Pegar as malas e sair por aí requer o mínimo de
permite que o turista conheça a cidade da maneira organização, pois a pessoa fica responsável por
que o agrada [...]. tudo, desde a compra da passagem e a reserva do
A flexibilidade de horário é outro atrativo. hotel até a verificação dos documentos e vacinas
Quando o assunto é bolso, as vantagens também necessárias. Se algum tipo de problema ocorrer no
são grandes. Melhor ainda é se o indivíduo dispõe
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de uma agenda maleável, podendo embarcar no aeroporto ou hotel, o turista terá que resolver a
meio da semana, quando os preços das passagens situação sozinho[...].
aéreas caem [...]. Um dos problemas pode ser hospedagem. Apesar
dos sites de aluguel de apartamento ou mesmo
hotéis mostrarem fotos, nem sempre o local é como
na fotografia [...].
Quadro 1: prós e contras das compras por agências e por conta própria.
Fonte: adaptado de Oliveira, 2013.
Segurança ou comodidade: agências físicas ou online? Qual a melhor opção? Não existe
“certo ou errado” em relação a decisão final de compra do consumidor segundo Oliveira (2013),
mas existem alguns fatores determinantes a ser analisados quando o assunto é viagem, tais
como: segurança, praticidade, comodidade, facilidade, economia, dentre outros. Neste caso, o
principal fator é a familiaridade do turista com a organizações de viagens pela internet, isto é,
a possibilidade do consumidor realizar sua viagem sem a orientação de organizações
intermediárias físicas.
Uma agente de viagens postou um depoimento no facebook quanto a sua percepção à
respeito das vendas realizadas pelos profissionais:
Comprar viagem não é como comprar celular no Mercado Livre. Viajar é
planejamento, informação, cultura, um produto extremamente delicado, um projeto
de vida. Para isso existem os agentes de viagens. É por isso que ainda existem lojas
físicas com profissionais capacitados a te dar pessoalmente, toda orientação e
fornecimento do produto não mais caro ou mais barato e sim que esteja de acordo com
seu perfil [...] A viagem por melhor ou pior que seja, ficará eternamente gravada na
sua memória [...] Assim como livros é a única coisa que você gasta dinheiro e te deixa
mais rico. (https://www.facebook.com/antonia.silva.7359447, 2014)
pessoa responsável
Importância numa
Quanto representa
escala de ( 0 a 10)
Reservas Online
pelo o website
vendas pela
da internet
Sistema de
Empresas
participa
Website
internet
sociais
Com base nas respostas, pudemos observar que todas as agências entrevistadas
possuem websites, uma vez que entendem o uso da internet como uma ferramenta indispensável
no mundo dos negócios, que pode ser utilizada como “um poderoso canal de informações e
vendas” (KOTLER e KELLER, 2012, p.12). Mas, podemos destacar que duas agências, Red e
Blue, não oferecem o recurso de reservas online, uma vez que, segundo os entrevistados, os
sites das respectivas empresas encontram-se em processo de reestruturação, com objetivos de
melhoria quanto à possibilidade de aquisição de serviços turísticos online. Entre as empresas
que responderam à questão sobre o percentual de vendas realizada pela internet, temos a
empresa Pink, com 40% de vendas pela internet e a Green com 20% de comercialização pelo
site.
Outro fator relevante é a divulgação feita pelas mídias sociais, pois todas as empresas
entrevistadas participam de redes sociais, sendo as mais citadas o facebook e o instagram. O
interesse em participar de uma rede social pode ser explicada pois esta
Trouxe um novo nível de marketing pessoal para o mundo dos negócios. O site de
rede social realiza desejo das pessoas de se comunicar e interagir umas com as outras
e usa esse poder para ajudar as empresas a abordar públicos-alvo muito específicos
com mensagens personalizadas. (Kotler e Keller 2012, p. 606).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
internet tem influenciado as decisões de compra do turista. Além disso, a internet tem
beneficiado também os profissionais do turismo, ao mesmo tempo, pode ser vista como
concorrente das agências físicas já que existem inúmeros sites com vendas de pacotes de
viagens e preços acessíveis. De acordo com nossa pesquisa, as agências de viagens da cidade
de João Pessoa estão conscientes das mudanças advindas com a internet e fazem uso de seus
benefícios, embora ainda seja necessária a realização de uma pesquisa mais aprofundada que
atualmente encontra-se em desenvolvimento.
Sendo assim a internet, juntamente com as agências de viagens exercem um papel de
distribuição muito importante para os serviços turísticos, em que a internet pode ser vista como
uma importante aliada na conquista e manutenção dos clientes das agências de viagens.
A Internet afetou o modo como uma organização se relaciona com seus clientes, e a
sobrevivência das empresas deste setor depende diretamente de sua adequação ao
desenvolvimento tecnológico que se mostra contínuo e acelerado. Neste contexto, as agências
de viagens não podem continuar exercendo o papel de meros intermediários dos serviços
turísticos, mas devem atuar como empresas que proporcionam o atendimento das necessidades
e desejos dos consumidores, de maneira cômoda, dinâmica e diferenciada.
5. REFERÊNCIAS
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RESUMO
O estudo desta pesquisa tem como objetivo identificar como seus servidores internos estão
atendendo seus usuários na prestação de serviço público dentro da Escola de Administração
Tributária da Secretaria de Estado da Receita da Paraíba. A pesquisa caracteriza-se como
exploratória e descritiva, com coleta de dados realizada por meio de aplicação de questionário.
Como resultado, foi possível detectar que a ESAT tem atendido aos padrões básicos de
atendimento previsto nas legislações vigentes, se destacando positivamente no atendimento de
seus servidores internos, pois o seu processo de atendimento vem sendo feito de forma eficiente
e eficaz, impactando positivamente na qualidade da prestação de serviço público. Novas
pesquisas precisam ser realizadas nesse sentido, buscando sempre o aprimoramento contínuo da
prestação de serviço público.
Palavras-Chave: Qualidade; Serviço Público; Administração Tributária.
ABSTRACT
The study of this research aims to identify how your internal servers are meeting their users in
the public service within the School of Tax Administration of the Ministry of Revenue of
Paraíba. The research is characterized as exploratory and descriptive, with data collection
conducted through a questionnaire. As a result, it was possible to detect that the ESAT has met
the basic standards of care provided in the current legislation, positively highlighting the care
of their internal servers, for your service process is being done efficiently and effectively,
impacting positively on the quality the provision of public service. Further research needs to be
conducted in this direction, always seeking continuous improvement of public service.
Keywords: Quality; Public Service; Tax Administration.
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
10. acabe com slogans, exortações e metas que exijam nível zero de falhas;
11. não utilize quotas na linha de produção. Substitua-os pela liderança. Elimine o processo de
administração por cifras, por metas numéricas. Substitua-os pela administração por processos
por meio do exemplo de líderes;
12. remova as barreiras que privam os operários, as pessoas da administração e as da
engenharia do seu direito de se orgulharem do seu desempenho;
13. institua forte programa de educação e auto-aprimoramento;
14. engaje todos da empresa no processo de realizar a transformação.
da SER em todo o Estado. Analisando as capacitações realizadas desde 2009 até dezembro de
2014, mais de onze mil e duzentas capacitações, entre cursos técnicos e comportamentais,
presenciais e a distância, mesmo com efetivo limitado. A escola disponibiliza aos seus
servidores diversas turmas ao longo do mês, variando na sua quantidade entre quinze e vinte
normalmente para atender a demanda da SER.
A satisfação das necessidades de nossos servidores passa a ser condição sine qua non
para a busca da excelência na prestação de serviço público, por parte da Escola de
Administração Tributária.
As organizações precisam buscar atingir um alto nível de satisfação dos seus usuários,
buscando atingir também níveis aceitáveis de satisfação dos demais públicos que usufruem de
seus serviços, considerando as limitações de seus recursos.
Os servidores da ESAT acreditam em seu potencial e tem na qualidade de seu
atendimento a possibilidade de externar todo seu comprometimento, tempestividade,
suficiência e demais atributos para satisfazer as necessidades dos servidores públicos da SER.
O diferencial de uma organização pode ser a qualidade no atendimento. O atendimento
poderá fazer a diferença na comparação entre os mais diversos serviços prestados pelas
empresas como um todo. De acordo com Kotler (2000, p.48) “para ser bem sucedida, uma
empresa deve satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores melhor do que seus
concorrentes”.
A ESAT desde o ano de 2009 tem criado maneiras para se buscar melhor atender as
demandas de nossos servidores. O processo de atendimento se inicia de diversas formas:
pessoalmente, por telefone, por e-mail individual, e-mail em massa, pelo portal corporativo,
dentre outros meios. Observa-se de forma aleatória que alguns servidores elogiam nossa
prestação de serviço, lançam suas observações nas avaliações ao término dos cursos. No
entanto, ainda não foi aplicado na ESAT como um todo um modelo de avaliação que pudesse
nos fornecer um diagnóstico de como a ESAT está se comportando de fato, com relação ao
atendimento das necessidades de nossos servidores.
As capacitações da ESAT são acompanhadas por servidores específicos, coordenadores
de cursos, que prestam apoio, tanto aos facilitadores das turmas, quanto aos participantes, no
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preparo das apostilas do curso, pastas dos participantes, preparação das salas de aula, formação
das turmas, encaminhamento de e-mail aos participantes, aplicação e acompanhamento da
frequência da turma, aplicação de avaliação com os participantes do curso, preenchimento da
frequência consolidada e finalização do curso com a confecção do respectivo relatório e as
devidas inserções no sistema gerenciador de capacitação (SIGECAP).
A ESAT possui um software, o SIGECAP que tem recebido muitos elogios por todos
seus servidores, e no ano de 2014 foi objeto de estudo de uma dissertação de mestrado de um
servidor interno da ESAT. Observou-se a partir de uma metodologia específica que este sistema
é útil para os servidores da SER, é acima de tudo fácil de usar, contribuindo para a efetividade
da excelência na prestação de serviço da escola (BRITO, 2014).
Juntamente com a construção do software criou-se o Portal Corporativo da ESAT onde
no espaço chamado “FALE CONOSCO” o servidor tem mais um canal de comunicação direto
com a ESAT.
A criação e implantação de uma tecnologia da informação e comunicação (TIC) no
serviço público foi um desafio, mas contando com a colaboração de toda equipe da ESAT se
tem atualmente um software de gestão que nos dá a oportunidade de trabalhar de forma mais
adequada, alinhada às últimas tecnologias desenvolvidas no mercado de trabalho, que nos
proporciona maior facilidade no manuseio dos dados, como também maior agilidade nas
atividades do dia a dia através de consultas, impressão de relatórios, conferência de informações
diversas, gráficos, dentre outros serviços, otimizando a atividade administrativa dos
coordenadores de curso e impactando positivamente na prestação de serviço público da escola
com os servidores da SER.
Existem registros em nossa escola referente às avaliações de reação de nossos cursos,
criou-se o campo fale conosco em nosso portal corporativo para receber informações sobre
nossos serviços, como também, as próprias palavras de nossos servidores são registradas
quando remetem ao nosso padrão de atendimento. No entanto, se resolveu identificar de forma
mais palpável a qualidade na prestação de serviços da ESAT, para que se possa tomar
estratégias competitivas mais assertivas, no que tange a melhoria contínua de nossos serviços
buscando a excelência no atendimento e, consequentemente, buscando também a excelência na
gestão pública.
3 RESULTADOS
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da ESAT fazer alguns ajustes para melhor apoiar nossos servidores na execução das atividades
de capacitação.
Quando se busca a excelência na qualidade do atendimento, também se faz necessário
a criação de um padrão que possa ser replicado para todos os servidores que compõem a escola,
minimizando a discrepância da prestação de serviço dos seus servidores internos, onde se
percebeu a partir da aplicação do questionário de pesquisa uma divergência em relação ao
padrão de atendimento oferecido pela ESAT e a percepção de seus usuários, evidenciando assim
a necessidade de se compreender melhor as características distintivas dos serviços e se
estruturar capacitações que possam alinhar essas divergências entre seus colaboradores.
A ESAT tem atendido aos padrões básicos de atendimento previsto nas legislações
vigentes, se destacando positivamente no atendimento de seus servidores internos, pois o
processo de atendimento da ESAT vem sendo feito de forma eficiente e eficaz, impactando
positivamente na qualidade da prestação de serviço público.
Observa-se através da análise dos resultados obtidos que mesmo atendendo aos
requisitos básico de atendimento, é possível ainda criar estratégias no sentido de aperfeiçoar a
qualidade dos serviços oferecidos, buscando sempre satisfazer as aspirações e necessidades de
seus funcionários. Gerando com isso, satisfação para todas as partes envolvidas.
Este projeto só reforçou o pensamento da gerência da ESAT de estarmos no caminho
certo, atendendo a maior parte de nossos servidores de maneira adequada, conforme descrito
na análise dos dados, nos possibilitando articular ainda as melhorias necessárias a busca pela
excelência na prestação de serviço público, contribuindo assim para o aprofundamento de
experiências, pesquisas e processos educacionais desenvolvidos em nossa organização
aprendente.
Pesquisas como esta são muito importantes para as organizações de personalidade
jurídica pública e privada, para que se possa compreender melhor o padrão dos processos de
trabalho desenvolvidos e identificar as variáveis que realmente podem influenciar em seus
resultados, fazendo com que se tenha a possibilidade de aprimorá-los em busca da efetividade
do atendimento no serviço público.
REFERÊNCIAS
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Resumo
Os consumidores estão cada vez mais conscientes quanto à exigência da qualidade na prestação
dos serviços, e por isso, decidem o que, onde e quando realizar uma compra, possuindo assim
grande poder sobre as organizações. As empresas, por sua vez, buscam ferramentas para ajudar
os clientes no seu processo decisório, e influenciar seu comportamento de compra. Devido ao
grande volume de espectadores é fundamental que as empresas de cinemas se aproximem dos
seus clientes, busque conhecer suas expectativas, qualidade percebida, necessidades e saber
quais os principais fatores envolvidos no processo de satisfação desse cliente. Portanto, este
trabalho visou analisar a qualidade percebida pelos clientes na prestação dos serviços dos
cinemas dos shoppings centers da cidade de João Pessoa-PB. A pesquisa tem um caráter
descritivo e analisou de forma qualitativa as repostas dos respondentes. A amostra foi composta
de 355 consumidores. O instrumento de pesquisa utilizado foi a ferramenta “Google Forms” e
disponibilizado em redes sociais. Os resultados apontaram que apesar da insatisfação no
quantitativo de opções de alimentação e de filmes disponibilizados, muitos clientes preferem
cinema como forma de entretenimento.
ABSTRACT
Consumers are increasingly aware as the requirement of quality in service delivery, and so
decide what, where and when making a purchase , thus having great power over the
organizations. Companies, in turn, seek tools to help customers in their decision-making
process , and influence their buying behavior. Due to the large volume of spectators is essential
that cinema companies if the approach of its customers, seek to know their expectations ,
perceived quality, and needs to know what are the main factors involved in the process of that
customer satisfaction. Therefore , this study aimed to analyze the perceived quality of the
services provided cinemas of shopping malls in the city of João Pessoa –PB. The research has
a descriptive character and analyzed qualitatively the answers of the respondents . The sample
consisted of 355 consumers. The research instrument used was the "Google Forms " tool and
available on social networks. The results showed that despite the dissatisfaction in the quantity
of food options available and movies, many customers prefer movies as entertainment.
1. INTRODUÇÃO
2. BASE TEÓRICA
2.1 Qualidade: Conceito e Características
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Publicação Semestral da FAESNE/ENSINE Faculdades
Para obter lucros que paguem toda a produção de um filme, as produtoras devem
desenvolver películas que tenham grande apelo ao consumidor e que atendam às grandes
massas de clientes. As pesquisas de consumidor, grupos de foco, entrevistas profundas, podem
ser algumas das ferramentas usadas para ajudar na tomada de decisão na produção de um filme
(PORTELLA, 2008).
Porém existem alguns fatores que podem prejudicar o retorno desse investimento e
causar a evasão do público nas salas de cinema, entre elas podemos citar: o Home Entertainment
e a pirataria. Segundo Portella (2008) o setor de vídeos domésticos é crescente, os DVDs estão
com padrões de som e imagem cada vez melhor e com preços mais acessíveis aos consumidores.
Paralelamente a este evento, a autora cita ainda o crescimento da pirataria, que representa uma
grande ameaça para os cinemas. A comercialização ilegal de filmes que deveriam demorar pelo
menos quatro meses para serem lançados em DVD, chega aos camelôs e à internet antes mesmo
do que aos cinemas, afetando assim, toda uma cadeia de distribuição de mídia de
entretenimento.
o desempenho real desse serviço (SALOMI; MIGUEL; ABACKERLI, 2005). Segundo Prass,
Sant’Anna e Godoy (2010), o modelo de análise Gaps serve como instrumento para a análise
das fontes dos problemas da qualidade e para auxiliar as empresas a compreenderem como a
qualidade pode ser melhorada na prestação dos seus serviços.
O modelo gap está ilustrado na figura 1, que mostra a forma pela qual o cliente avalia a
qualidade do serviço e como a empresa pode avaliar a qualidade do seu serviço prestado.
Figura 1 – Modelo Gap da qualidade nos serviços
Serviço
Esperado
Cliente
Gap 5
Serviço
Percebido
Prestação Comunicações
do Serviço externas com
Gap 4 o cliente
Gap 1
Gap 3
Especificações
Empresa
do Serviço
de
Serviços Gap 2
Fonte: Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) apud Salomi, Miguel e Abackerli (2005).
Onde:
Gap 1: é a discrepância entre as expectativas dos usuários e percepções dos gerentes
sobre essas expectativas.
Gap 2: é a discrepância entre a percepção do gerente sobre as expectativas dos clientes
e as especificações de qualidade nos serviços.
Gap 3: é a discrepância entre especificações de qualidade nos serviços e serviços
realmente oferecidos.
Gap 4: é a discrepância entre serviços oferecidos e aquilo que comunicado ao cliente.
Gap 5: é a discrepância entre o que o usuário espera receber e a percepção que ele tem
dos serviços oferecidos.
O Gap 5 é a lacuna que mostra a expectativa do cliente x a percepção do serviços
oferecidos e depende da direção e magnitude das quatro lacunas anteriores, podendo ser
visualizada pela equação: Gap 5 = f(Gap 1, Gap 2, Gap 3, Gap4).
O modelo Gap mostra as influências que as discrepâncias causam na qualidade dos
serviços, Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) citado por Salomi, Miguel e Abackerli (2005)
dividem essas influências em dois segmentos distintos, o contexto gerencial e o contexto dos
clientes. No contexto dos clientes, mostra-se como estes avaliam a qualidade através da
satisfação de cada um dos eventos que compõem a qualidade. No contexto gerencial a análise
de cada Gap é direcionada para uma melhoria no fornecimento dos serviços. As percepções
capturadas pelo modelo são comparadas com o resultado de um modelo considerado excelente.
Parasuramanet al. (1985) apud Salomi, Miguel e Abackerli (2005) constataram que os
clientes utilizam os mesmos critérios para julgar a qualidade nos serviços prestados. Esses
critérios podem ser generalizados em dez dimensões, essas dimensões representam os fatores
críticos de um serviço, que podem causar a discrepância entre expectativa e desempenho
serviço.
Para Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) citado por Miguel e Salomi (2002), as dez
dimensões da qualidade estão dispostas a seguir:
1. Confiabilidade: a empresa honra os seus compromissos;
2. Presteza: desejo dos empregados em realizar o serviço rapidamente;
3. Competência: Possuir habilidades e conhecimentos necessários para realizar o trabalho;
4. Acessibilidade: Refere-se à proximidade e facilidade de contato com a empresa;
5. Cortesia: Abrange educação, consideração e amabilidade do pessoal de atendimento;
6. Comunicação: Manter os clientes informados, se comunicar em uma linguagem que os
clientes entendam;
7. Credibilidade: Honestidade e comprometimento em atender os desejos dos clientes;
8. Segurança: Ausência de riscos, dúvidas ou perigo na prestação do serviço;
9. Compreensão e conhecimento do cliente: Conhecer as preferências do cliente,
proporcionando atenção individualizada;
10. Aspectos Tangíveis: Inclusão e demonstração de evidências físicas ao serviço, tais com:
instalações, aparência do pessoal, cartão de crédito, etc.
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Tomando como base essas dez dimensões da qualidade Parasuraman, Zeithaml e Berry
(1985) apud Salomi, Miguel e Abackerli (2005) desenvolveram um questionário chamado de
instrumento ou escala SERVQUAL. Esse questionário consiste de declarações afirmativas,
fazendo referência à expectativa do cliente e à percepção da qualidade do serviço prestado.
Segundo Prass, Sant’Anna e Godoy (2010), para os respondentes do instrumento
SERVQUAL essas afirmações são avaliadas na forma de escala Likert de 5 a 7 pontos
(“discordo totalmente” a “concordo totalmente”). A avaliação da qualidade do serviço se dá
através da diferença entre o desempenho do serviço prestado e a expectativa do cliente em
relação ao serviço.
Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) citado por Salomi, Miguel e Abackerli (2005)
fizeram um refinamento do instrumento SERVQUAL e chegaram a um resultado com cinco
dimensões, a saber:
Confiabilidade: serviço prestado de forma segura e eficaz;
Presteza: habilidade de fornecer um serviço com atenção e disposição em auxiliar o
cliente;
Segurança: conhecimento e habilidade do funcionário em demonstrar confiança quanto
ao serviço;
Empatia: atenção pessoal e cuidados dispensados aos clientes;
Aspectos Tangíveis: aparência do pessoal, instalações, equipamentos e material de
comunicação envolvido na prestação do serviço.
3. METODOLOGIA
3.1 Tipo de pesquisa
Este trabalho foi elaborado por meio de uma pesquisa de natureza descritiva que,
segundo Gil (2002) citado por Heerdit (2004), a pesquisa descritiva caracteriza-se como um
estudo que procura determinar as opiniões ou projeções de uma determinada população, assume
a forma de levantamento, a sua valorização baseia-se na premissa de que os problemas podem
ser resolvidos através de observações objetivas e diretas.
Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa de campo por se tratar de uma investigação
direta com as pessoas cujo comportamento se almeja conhecer. (GIL, 2002 apud HEERDIT,
2004).
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, pois de acordo com Gil (2002) apud Heerdit
(2004) utiliza livros e artigos científicos como documentos para auxiliar na compreensão de um
problema.
Onde:
n= tamanho da amostra necessária para reduzir o erro de estimação;
N = tamanho da população;
1−𝛼 2
(𝑍 ) = nível de confiança da distribuição normal reduzida, quase sempre (95%);
2
4. ANÁLISE DE DADOS
A pesquisa foi realizada baseada no Modelo SERVQUAL para avaliar a qualidade dos
serviços prestados nos cinemas dos Shoppings Centers de João Pessoa PB, devido à política
dos shoppings de não permitirem a abordagem de seus clientes nas dependências dos shoppings,
a pesquisa foi realizada por meio da ferramenta Google Forms aplicada na rede social
Facebook, e questionários aplicados em transeuntes nas imediações dos shoppings. A pesquisa
foi realiza entre os meses de Agosto e Outubro de 2014, e contou com 335 respondentes, dentre
eles: 146 homens e 209 mulheres, com idades de 12-17 anos (3%), 18-29 anos (51%), 30-49
anos (41%) e mais de 50 anos (5%). Do total dos respondentes 248 (69,9%) afirmaram
frequentar o cinema do Manaíra Shopping; 29 (8,1%) o do Mag Shopping; e; 78 (22%) o do
Shopping Tambiá.
Foi questionado a frequência que costumam ir ao cinema, 7% respondeu Mais de 1 vez
por mês; 14% respondeu 1 vez por mês; 21,9% respondeu de 4 a 6 vezes por ano; 34,9%
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respondeu Até 3 vezes por ano; e; 22,2% respondeu 1 vez por ano. Os respondentes afirmaram
preferir ir ao cinema sozinhos (5,1%); com o(a) esposo(a) (36,9%); com o(a) namorado(a)
(16%); com os pais (0,29%); com amigos (33,8%); e; com os filhos (7,9%). O questionário teve
graduação de intensidade das respostas na forma de escala Likert de 5 pontos, (1) discordo
totalmente a (5) concordo totalmente, a importância avaliada pelas questões mostradas se
relacionam com as dimensões: confiança, presteza, segurança, empatia e aspectos tangíveis.
Gráfico 1 – Avaliação da confiança, educação e disponibilidade dos funcionários.
140
120
100
Confiança
80
60 Educação
40 Disponibilidade
20
0
Discordo Discordo Nem concordo Concordo Concordo
Totalmente Parcialmente Nem discordo Parcialmente Totalmente
Fonte: Pesquisa direta, 2014.
300
Localização
250
200 Horários de
150 exibição
100 Poltronas
50
Tela e Som
0
Discordo Discordo Nem concordo Concordo Concordo
Totalmente Parcialmente Nem discordo Parcialmente Totalmente
180
160 Opções de
140 fimes
120 Dublados
100
80
60 Legendados
40
20
0
Discordo Totalmente
Discordo Parcialmente
Nem concordo Nem
Concordo
discordo
Parcialmente
Concordo Totalmente
250
200 Opções de
alimentação
150
Filas na
bonbonniére
100
Preço dos
50 alimentos
0
Discordo Discordo Nem concordo Concordo Concordo
Totalmente Parcialmente Nem discordo Parcialmente Totalmente
0
Discordo Discordo Nem concordo Concordo Concordo
Totalmente Parcialmente Nem discordo Parcialmente Totalmente
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho buscou analisar a percepção da qualidade dos serviços prestados
pelos cinemas dos shoppings centers da cidade de João Pessoa – PB. Para a realização desse
estudo, tomou-se como base conceitos de autores da área sobre gestão da qualidade nos
serviços.
Com a aplicação do questionário foi possível captar como os clientes avaliam a
qualidade dos serviços prestados pelos cinemas dos shoppings centers pesquisados,
identificando falhas para cada dimensão da qualidade, sendo que a dimensão com maior índice
de insatisfação foi aspectos tangíveis, que demonstraram os maiores quantitativos de discordo
totalmente e discordo parcialmente. Apesar dos resultados negativos, pode-se perceber que
42,9% dos entrevistados costumam frequentar os cinemas pelo menos quatro vezes por ano,
demonstrando assim, ser o cinema uma escolha recorrente de entretenimento por parte da
população de João Pessoa. Diante da realidade apresentada propõem-se, como sugestões:
Realizar reuniões e treinamentos os funcionários para atender os clientes com presteza,
educação e cordialidade; e; Buscar mecanismos ou gestão de contratos para aumentar o
quantitativo de opções de alimentos e filmes a um preço mais acessível à população e a melhoria
contínua dos seus processos e procedimentos utilizados, pois de acordo com Neto (2004)
entender as necessidades dos clientes não é mais uma garantia de competitividade para a
empresa, por isso é preciso conhecer o impacto da qualidade nos serviços oferecidos a eles,
quantificar esse diferencial e investir em aspectos que sejam mais importantes para os clientes,
para assim alcançar o sucesso entre empresas concorrentes com produtos semelhantes.
Referências
ABRASCE, (2014) – Associação Brasileira de Shopping Center. Desempenho da indústria
de Shopping Centers no Brasil. Disponível em:
http://www.portaldoshopping.com.br/numeros-do-setor/desempenho-da-industria-de-
shopping-centers-no-brasil. Acesso em 01 de Agosto de 2014.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Qualidade Total em Serviços. 6a edição. São Paulo: Atlas,
2008.
PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da Qualidade: teoria e pratica. São Paulo: Atlas, 2010.
NETO, Leon Iotti. Percepção da Qualidade dos Serviços Prestados em uma Instituição de
Ensino Superior. Disponível em:
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/10169/000499600.pdf?sequence=1. Acesso
em: 11 de Dezembro de 2014.
PRASS, Raquel Marcele; SANT’ANNA, Luis Carlos; GODOY, Leoni Pentiado. Avaliação da
Qualidade de Serviços Prestados na Área Educacional através do Modelo Servqual.
Disponível em: http://revistas.utfpr.edu.br/pg/index.php/revistagi/ article/view/445/489.
Acesso em: 19 de Agosto de 2014.
SALOMI, Gilberto Gabriel Eid; MIGUEL, Paulo Augusto Cauchick; ABACKERLI, Alvaro
José. SERVQUALXSERVPERF: comparação entre instrumentos para avaliação da
qualidade de serviços internos. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0104-
530x2005000200011&script=sci_arttext. Acesso em: 19 de Agosto de 2014.
Petrônio Borges
Cleber Soares de Brito
Juliana Maia Tavares
Resumo
Abstract
The internet access is no longer limited to a personal computer and was extended also to mobile
technologies, among them the cell phone through various applications, provided a new
educational paradigm, mobile learning and mobile learning through mobile devices. This
survey, conducted through a Literature Review, mobile learning and mobile learning through
mobile devices. This electronic database pesextraída (SciELO, PubMed, Lilacs), between the
years 2008 and February 2013, and analyzed by meta-analysis aimed to demonstrate the process
of dissemination of scientific information and knowledge in education through mobile phone
applications. Resulting in the adequacy of educators using mobile phone applications, as an
educational resource to be used in school, entering it as part of the lesson plan planning.
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, puderam-se verificar enormes mudanças nas relações sociais e
grandes transformações nos sistemas de comunicação que tornaram mais rápidos os fluxos de
informação por meio dos recursos da Internet (OLIVEIRA, 2012).
No Brasil, é notória a difusão do uso do software livre, principalmente com o apoio de
instituições renomadas de pesquisa e iniciativas do Governo Federal. Como a utilização do
Portal do Software Público Brasileiro (SPB), que integra diversos desenvolvedores, usuários e
prestadores de serviços, em um ambiente de compartilhamento de soluções voltadas para
educação, gestão de tecnologia da informação e gestão pública (PEREIRA; OLIVEIRA, 2013).
Estudos indicam que as ferramentas mais utilizadas pelos estudantes são o uso das redes
sociais Facebook, Twitter e LinkedIn. Garantindo assim um grande potencial de troca de
informações e difusão de conhecimentos através das tecnologias Web tanto para funções
pessoais e de relacionamento quanto para interesses acadêmicos e profissionais (OLIVEIRA,
2012).
Contudo, os softwares na área de educação, que fazem parte do Portal do Software
Público Brasileiro, utilizados pelos educadores são: EducatuX, Amadeus, Linux educacional,
Pandorga, Eproinfo e I-educar. Estes possuem um ambiente de compartilhamento capaz de
contribuir para o desenvolvimento das soluções educacionais, oferecendo um espaço eficiente
no âmbito da difusão dos softwares e melhoria contínua através do relato de experiências dos
usuários (PEREIRA; OLIVEIRA, 2013).
Sendo assim, Educadores precisam se adequar a realidade desenhada pelo uso das
Tecnologias da Informação e Comunicação Móveis e sem Fio, como um novo paradigma
educacional, o mobile learning ou aprendizagem móvel, através de dispositivos móveis com
aplicativos que podem vir a ser utilizados em sala de aula como recurso pedagógico (BENTO;
CAVALCANTE, 2013).
Esta pesquisa teve por objetivo demonstrar o processo de disseminação das informações
e conhecimentos científicos na educação através de aplicativos para celulares haja vista o uso
do mesmo não ser apenas um instrumento de entretenimento para os alunos.
DESENVOLVIMENTO
Em nossa atualidade, a tecnologia vem se desenvolvendo a um ritmo impressionante, os
equipamentos mais avançados tornam-se obsoletos com uma velocidade maior do que, quando
foram criados. Os aparelhos estão sendo desenvolvidos para tornarem-se cada vez mais rápidos,
com maior capacidade de memória e com maior mobilidade para seus usuários. Temos alguns
exemplos de equipamentos mais explorados: notebook’s, netbook’s, ultrabook’s, tablet’s e os
poderosos celulares smartphones.
Segundo a Anatel (2011), no final de 2011, o Brasil contava com 242,23 milhões de
acessos do Serviço Móvel Pessoal (SMP), com crescimento de 16,2% em relação ao ano
anterior. Em 2010, este crescimento foi semelhante: 16,7% em relação a 2009. Esse progresso
teve forte contribuição da disponibilidade cada vez maior de redes 3G no país, que expandiram
o acesso à banda larga móvel. Também, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações,
59.235 escolas públicas urbanas possuíam conexão à internet banda larga em dezembro de
2011.
A educação de línguas vem sendo mediado por diversas tecnologias que, de distintas
maneiras, auxiliam de melhor forma as quatro habilidades linguísticas: compreensão oral, fala,
leitura e escrita. Nesse sentido, ultimamente, é possível examinar o crescente uso de
dispositivos móveis (smartphones e tablets) para o ensino de línguas, despontando uma nova
área de estudo chamada de aprendizagem de línguas mediada por dispositivos móveis, em
inglês MALL, que aceita maior acessibilidade aos usuários, que é bem conhecida com a frase
“em qualquer lugar e a qualquer hora” (SÁ, PEREIRA, CARELLI, 2011).
Citamos acima alguns aplicativos que ajudam na educação através do uso do celular.
Mas podemos citar outras ferramentas que são de grande utilidade para que estão inseridos nos
atuais smartphones. Tais aplicativos interagem com o computador e vise e versa. Em nossa
atualidade, não conseguimos ver muitas diferenças entre notebooks, tabletes e smartphones.
Existe uma concorrência acirrada no mercado pelos melhores softwares para os aparelhos já
citados acima. A gigante Apple, lançou no ano passado o IOS 8 (2014), esse novo sistema
operacional faz uma sincronização entre seus aparelhos, podendo começar uma tarefa no
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computador, e por fim, termina-lo no celular. Neste ano, a sua maior concorrente a Microsoft,
anunciou o Windows 10, esse sistema operacional não fará diferença entre os computadores,
tabletes e smartphones com o mesmo sistema. Segundo a Microsoft, todos os aplicativos que
forem disponibilizados em um dos aparelhos, os demais também receberão os mesmos
programas. Com essas plataformas interativas quem só tem a ganhar é o setor educacional. Não
vamos citar aqui o Android para computadores por não ter uma grande participação do mercado
da informática. Mesmo assim, os aparelhos de celular com o sistema Android, podem
sincronizar muito bem com os SO (sistema operacional) citados acima.
O professor precisa estar bem atualizado e disposto a aprender com essas novas
tecnologias, pois os alunos as trazem para dentro da sala de aula. Alguns professores têm
reclamado quanto ao uso desses aparelhos dentro da sala, declarando que distrai a atenção dos
alunos e muitas vezes chegam até atrapalhar a aula. Os aparelhos eletrônicos em sala de aula
são um convite à distração, durante as aulas, utilizados em excesso por muitos alunos e muitas
vezes prejudicam o aprendizado. Na verdade os docentes precisam se adequar a essa nova
realidade e procurar meios para que os mesmos possam interagir com a aula por meio do celular
ou outros aparelhos eletrônicos.
Mediante a essa enorme invasão tecnológica facilitada pelos baixos preços, nos desafia
a encontrarmos um meio de conciliarmos tal situação. Segue algumas alternativas de interação
com o aluno por meio do celular.
Arquivos Em Nuvem
A computação em nuvem está sendo conhecida por muitos usuários de TI. A nuvem é
uma metáfora para a Internet ou infraestrutura de comunicação entre os componentes
arquiteturais, baseada em uma abstração que oculta a complexidade de infraestrutura.
Para utilização desses serviços, os usuários precisam apenas ter uma máquina e acesso
à Internet. Todos os recursos ou arquivos estão disponíveis na Internet. Não há necessita de ter
uma supermáquina para acessar tais recursos, facilitando a acessibilidade a todos por de um
celular um pouco mais moderno. Dependo da conta, é possível ter um volume de
armazenamento grátis conhecidos como arquivos em nuvem. Com esses tipos tecnologia, há
inúmeras possibilidade de transmissão de arquivos trabalhados em sala de aula como por
exemplo, as planilhas, os textos e apresentações ministradas dentro da sala de aula.
Office Em Nuvem
Esse é um outro recurso que pode ser muito utilizado no meio acadêmico, inicialmente
criado pela Google, conhecido como o Google Doc, trouxe muitas possibilidades de
compartilhamento e edição de documentos, chegando até a parecer com pendrive em nuvem. A
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única desvantagem, é que a compatibilidade não é 100%, devido a maioria dos computadores
possuírem aplicativos da Microsoft, que são os melhores para o meio acadêmicos. A Microsoft
também lançou seus aplicativos em nuvem, conhecido como o office online. Tudo isso podendo
ser compartilhado pelos dispositivos móveis.
Vídeo Chamada
Existem alguns softwares que possibilita comunicações de voz e vídeo via Internet,
permitindo a chamada gratuita entre usuários em qualquer parte do mundo.
As chamadas gratuitas (de softwares para os mesmos softwares) se realizam entre
usuários que possuem o software instalado nos dispositivos fixos ou móveis. Existe um serviço
de chamada em conferência, no qual múltiplos participantes podem dialogar em simultâneo. É
uma solução muito empregada por empresas.
O registro nesses softwares é feito através da criação de uma conta de usuário e uma
senha, que serão usados para ter acesso à aplicação. Completado esse processo, basta
acrescentar contatos através do nome de usuário para falar gratuitamente.
Atualmente, a maioria, dos celulares possuem câmara frontais, o que possibilitam
fazerem vídeos chamadas ou até mesmo vídeo conferência com alunos de qualquer lugar com
acesso à internet. O professor pode criar várias atividades com esses aplicativos, monitorar e
até orientar.
Redes Sociais
São comunidades virtuais que se interligam mundialmente por meio da internet, que
também possuem vários aplicativos para todos os dispositivos existentes no mercado. Hoje em
dia existem algumas comunidades bastante conhecidas, como por exemplo: Facebook e
WhatsApp. Percebe-se que essas comunidades são bastante ativas mesmo no meio acadêmico,
professores e alunos se comunicam entre si e trocam mensagens diariamente.
Vídeos
Facebook e entre outros, são um exemplo claro de sucesso de ambiente virtual onde podem ser
postados esses vídeos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Eduarda Bodaneze de. Ferramentas colaborativas da Web: um perfil de uso dos
estudantes da Ciência da Informação da Universidade Federal de Santa Catarina. 2012. 74 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biblioteconomia) – Centro de Ciências da
Educação, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, 2012.
JARVIS, H. Computers and Learner Autonomy: trends and issues. British Council, London,
2012. UK ELT Research Paper 12-02. Disponível em: http://www.teachingenglish.
org.uk/sites/teacheng/files/B208_ELTRP%20Jarvis%20Report_AW.pdf
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo investigar o uso da TIC na administração pública, mais
especificamente, na Secretaria de Estado da Receita (SER). Investiga-se se o uso das TIC pode
impactar positivamente numa maior produtividade dos servidores da SER. Para essa
investigação se realizou uma pesquisa bibliográfica. Esse estudo se baseou em Marx, Castells,
Assmann, Albano, Bazilli, dentre outros. Como resultado, observou-se que não há uma medição
certa sobre a eficiência e eficácia das TIC na produtividade do servidor público da SER, mas a
partir da aquisição de novos computadores, modernização de equipamentos, produção de
softwares e capacitação de nossos servidores, observa-se a crescente melhoria no desempenho
do FISCO ESTADUAL, tendo-se facilitado o trabalho de fiscalização de mercadorias em
trânsito e de estabelecimentos, pois as TIC tem proporcionado maior identificação por parte de
nossos servidores no trato dos dados eletrônicos das indústrias, comercio e serviços que atuam
em nosso Estado.
Palavras-chave: Sistemas Informatizados; Servidor Público; Capacitação
ABSTRACT
This research aims to investigate the use of ICT in public administration, more specifically,
the Ministry of Revenue (SER). Investigates the use of ICT can positively impact a larger
productivity BE servers. For this research was conducted a literature search. This study
was based on Marx, Castells, Assmann, Albano, Bazilli, among others. As a result, it was
observed that there is some measure of the efficiency and effectiveness of ICT on
productivity of the public SER server, but from the purchase of new computers, upgrading
equipment, software production and training of our servers, notes -If the increasing
improvement in the performance of FISCO STATE, having facilitated the goods inspection
work in transit and establishments, as ICT has provided greater identification by our
servers in dealing with electronic data of industries, commerce and services working in our
state.
1 INTRODUÇÃO
Com a evolução dos modelos de gestão das empresas públicas e também a constante
evolução das tecnologias da informação e comunicação (TIC), as organizações públicas têm
melhorado seus resultados apresentando formas mais estruturadas em seus processos
gerenciais, administrativos e operacionais.
As empresas públicas dispostas a se assemelharem cada vez mais das empresas privadas,
buscando desenvolver uma gestão também voltada para resultados, se submetendo a diversos
desafios gerenciais em suas organizações.
As empresas públicas e privadas estão cada vez mais competitivas para se adequarem
aos cenários prospectivos que se apresentam, exigindo equipamentos, servidores, sistemas de
informações ágeis que acompanhem esse ritmo e o aumento na transparência de suas ações. As
TIC promovem uma intima ligação entre os mais diversos processos existentes numa empresa,
que reduzem custos, aumentem ganhos de produtividade e proporcionam o desenvolvimento
competitivo da organização.
Diante do exposto, indaga-se: Qual é o impacto do uso das TIC numa maior
produtividade dos servidores da Secretaria de Estado da Receita da Paraíba?
A partir desse contexto, é necessário compreender melhor o uso dessas TIC por parte
dos servidores públicos da Secretaria de Estado da Receita (SER) da Paraíba, para que se possa
verificar se esta última está acompanhando as tendências de mercado, capacitando seus quadros
funcionais e ao mesmo tempo otimizando suas ações de controle e monitoramento das
empresas, a partir de novos equipamentos, novos softwares, novos processos, dentre outras
perspectivas, que possam resultar num monitoramento da fiscalização de mercadorias em
trânsito, como também, na fiscalização de estabelecimentos de forma mais eficiente e eficaz.
Na visão do autor Marx (1985) existe uma forte crítica ao capitalismo, pois para ele há uma
alienação permanente do trabalhador nas relações sociais e de trabalho na sociedade
capitalista pela sua própria identidade conflituosa de acumulação e de classes. Marx acredita
que no capitalismo os objetivos divergem. Enquanto o capitalismo foca exclusivamente o
lucro, acumulação de riquezas, o trabalhador menos abastado busca o consumo e os meios
de sobrevivência, assim se percebe que o trabalhador é exposto a uma condição de submissão
lhe tirando sua autonomia, dentro de um sistema dito democrático.
O Capitalismo comercial: estendeu-se do séc. XV até o séc. XVIII marcou o inicio das
grandes navegações em busca de novos territórios e recursos, durante esse período a economia
funcionou segundo a doutrina mercantilista.
Segundo Castells (1999) na sua obra “A sociedade em Rede”, o autor avalia a economia
informacional e o processo de globalização, com um critério de qualificação do trabalhador no
contexto da sociedade do trabalho.
anos do século XX. “Resultou da reestruturação das empresas e dos mercados financeiros
impulsionando a produtividade e o progresso econômico. A produtividade e a
competitividade de empresas, organizações e países, no capitalismo informacional,
dependendo agora da capacidade tecnológica e de geração de conhecimentos dos mesmos.
3 O SERVIDOR PÚBLICO
De acordo com o artigo 106 dessa mesma lei - São deveres do servidor:
Um fato que deve ser destacado trata do surgimento do termo servidor público, estando
diretamente ligado à ideia de soberania popular e resgata o valor do respeito que se deve ter aos
que prestam seus préstimos ao Estado. Há muito tempo atrás, tinha-se uma falsa ideia de que o
servidor público assemelhava-se a um escravo, onde as pessoas o associavam a um servo do
soberano que assumiu o poder. No entanto, a correta significação para o termo servidor estava
relacionado à correta execução de “serviços” endereçados ao público em geral, sem distinção
nem qualquer preferência (OLIVEIRA, 2008, p.06).
Observa-se que não é somente o setor privado vem sendo influenciado pelas TIC, o setor
público como um todo (em suas esferas federal, estadual e municipal), também vem sendo
influenciado pelas TIC buscando se adaptar a ela. Uma perspectiva que surgiu nesse sentido foi
o governo eletrônico que integrado com ferramentas e métodos de TI motivaram as atividades
a partir da internet. Os primeiros passos foram dados pelo setor privado, com o comércio
eletrônico (e-commerce), mas, atualmente, as aplicações governamentais (e-government) já não
são uma novidade (BAZILI, 2000).
capaz de gerar vantagens competitivas sustentáveis, logo, gerir esse conhecimento de forma
adequada poderá nos permitir alcançar melhores resultados.
Nesse sentido, precisa-se adequar o servidor público a esse novo modelo de gestão que
surge e enquadrá-lo numa cultura voltada para uma nova sociedade - a sociedade da informação.
Assim, desenvolver políticas públicas voltadas para esse novo modelo de sociedade, redesenhar
processos, implantar sistemas de informação, entre outras atividades, poderá tornar mais ágil
esse setor da sociedade e dar o devido suporte a essas novas necessidades impostas pelas
mudanças sociais, econômicas e tecnológicas.
Observa-se que desde o ano de 2009 a ESAT vem oferecendo capacitações diversas que
remete ao uso de equipamentos de informática com maior eficiência a partir dos cursos básicos
e avançados oferecidos por esta escola, para que estes servidores da SER possam lidar de forma
mais assertiva com equipamentos mais modernos e softwares desenvolvidos pela própria
secretaria, otimizando os modelos de fiscalização do passado. Dessa forma, se capacitar nos
temas diversos que envolvem sistemas eletrônicos se torna uma das premissas básicas da SER
para manutenção da melhoria do desempenho de arrecadação do Estado da Paraíba.
Diversos temas foram surgindo desde 2009 e aqueles que mais se destacaram por
estarem voltados às TIC e que demandaram capacitações diversas foram: nota fiscal eletrônica
(NF-e), simples nacional (SN), sistema de análise de dados fiscais (SANDAF), sistema público
de escrituração digital (SPED FISCAL), emissão de cupom fiscal (ECF), análise ponto de
função (APF), nota fiscal avulsa para agricultura familiar, banco de dados analítico (BDA),
Fundamentos do Audit Command Language (ACL) Básico – Conceitos e Práticas, ACL Scripts
Avançado, ACL - Treinamento Aplicado ao Negócio.
Observa-se que os sistemas informatizados são utilizados no apoio e
planejamento, execução, controle, conclusão e administração do trabalho do servidor público
estadual. O desenvolvimento desse tipo de sistema se justifica, pois auxilia a atividade de
auditoria no serviço público, apoiando seus governos nas atividades de arrecadação de impostos
como o imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS).
Esses sistemas são projetados para que, por exemplo, o setor público possa fiscalizar as
mercadorias em trânsito e de empresas, e aferir o grau de exatidão em relação as suas obrigações
fiscais.
Todas as melhorias conquistadas pela SER a partir das TIC deve-se reconhecer o
trabalho da GTI no desenvolvimento de soluções que pudesse proporcionar o suporte necessário
aos servidores da SER uma fiscalização mais eficiente e eficaz. Compete a GTI:
Observa-se que o uso das TIC nas últimas décadas tem impactado significativamente no
modelo de gestão das atividades tributárias de nosso país. A evolução das TIC tem estabelecido
cada vez mais processos inovadores que proporcione o acompanhamento desses avanços de
forma a manter a efetividade do serviço do FISCO estadual paraibano.
Sob a ótica fiscal tributária as TIC é uma tema que detém toda a atenção dos Estados da
Federação, pois o comércio eletrônico representa uma revolução nas relações de mercado,
provocando transformações profundas em nossa sociedade, pois agora as operações comerciais
podem ser realizadas sem a definição exata do local de origem e destino das pessoas.
Observa-se que o comércio eletrônico, por exemplo, pode ser dividido em vendas de
empresa ao consumidor (B2C, business-to-consumer) e negócios entre empresas (B2B,
business-to-business).
Nesse sentido como fazer a tributação dessas negociações pela internet? Essas
transações realizadas pela net trazem problemas novos para fiscalização tributária.
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Diante desse cenário surge a dificuldade de se realizar a fiscalização das empresas que
detém também sistemas informatizados e que prestam serviço, vendem produtos e produzem
seus próprios produtos. Somente o conhecimento em contabilidade pelo auditor fiscal não é
suficiente para a efetividade de sua prestação de serviço, sendo necessário buscar novas
habilidades e competências para lidar com as novas TIC, que estarão totalmente vinculadas a
atividade de fiscalização tributária.
Com a modernização da Receita Estadual, percebe-se uma íntima relação com os bons
resultados de arrecadação dos últimos anos, que coincidentemente, recebeu grandes
investimentos, inclusive, na área das TIC, que chegaram a R$ 4 milhões de reais, com a
finalidade de iniciar, na prática, a modernização da SER. Tais investimentos só foram possíveis
graças às linhas de crédito que o setor de projetos da SER conseguiu em parceria com o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) na gestão passada do atual governo do Estado da Paraíba. Foram
também adquiridos dois data center em parceria com a Receita Federal do Brasil, através
doação, otimizando os serviços que vem sendo realizados por apenas um data center bastante
antigo. Além dessas conquistas, teve-se ainda a aquisição no ano de 2013 de mais 450 novos
computadores, totalizando nos últimos três anos e meio, a aquisição de 920 máquinas
representando um investimento significativo na Secretaria da Receita do Estado da Paraíba.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse sentido, seus servidores têm buscado soluções tecnológicas para aperfeiçoar as
auditorias das empresas, como também para melhor atender as necessidades de arrecadação de
tributos do Estado, pois através das TIC pode-se aumentar a eficiência e eficácia de fiscalização
da secretaria da receita dos seus estados.
Pode-se concluir a partir do estudo em pauta que o uso das TIC é um assunto ainda em
processo, aonde vem mobilizando os profissionais e estudiosos da área numa melhor
compreensão de seu uso e seus impactos, com o objetivo de utilizá-la de forma a apoiar a
atividade de auditoria fiscal tributária a ser mais efetiva em suas ações.
De acordo com as pesquisas bibliográficas realizadas se observa que não há uma forma
exata para se medir o índice de aumento da arrecadação a partir das TIC, mas é notória a
percepção de que o seu uso tem facilitado a vida dos profissionais do fisco estadual. Deve-se
considerar também que as constantes capacitações tem exercido também um efeito positivo,
pois se desenvolvendo habilidades e competências que os permitam lidar de maneira mais
adequada com essas novas tecnologias pode-se obter melhores resultados. Assim, embora não
haja uma ferramenta que demonstre essa relação, é notório que o uso das TIC tem influenciado
nos resultados obtidos pela Secretaria da Receita, principalmente, a partir do ano de 2010, onde
se teve grande disseminação sobre a nota fiscal eletrônica.
REFERÊNCIAS
ALBANO, C. S. Problemas e ações na adoção de novas tecnologias de informação: um
estudo em cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul. 2001. 122f. Dissertação (Mestrado
em Gestão Agropecuária) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul,
2001.
ASSMANN, H. A metamorfose do aprender na sociedade da informação. Ciência da
Informação, Brasília, v. 29, n. 2, 2005.
BAZILI, R. R. Organizações da sociedade civil de interesse público: nova modalidade de
parceria. Revista dos Tribunais, n. 799, p. 79-92. Setembro, 2000.
O presente trabalho visa conduzir uma reflexão acerca o princípio da moralidade administrativa,
previsto na Constituição Federal, dentro gestão pública, e a obrigação do agente público em
desempenhar uma conduta honesta e proba em respeito a esse princípio. Pretende abordar os
princípios administrativos, trazendo a sua conceituação, além de esclarecer diferenças
entre a probidade e a moralidade. Ademais, visa demonstrar a configuração da
improbidade administrativa diante da violação dos princípios administrativos, bem
como as consequências trazidas pela Lei de Improbidade na Gestão Pública
Brasileira. Tem como objetivo avaliar o princípio da Moralidade e Probidade
Administrativa dentro da gestão pública, particularmente na gestão pública brasileira.
ABSTRACT
This paper aims to conduct a reflection on the principle of administrative morality provided for
in the Constitution, within public administration, and the obligation of the public official to
perform an honest and proba in respect of that principle. Aims to address the administrative
principles, bringing its conceptualization, and clarify differences between probity and morality.
Moreover, aims to demonstrate the configuration of improper conduct on the violation of
administrative principles, and the consequences brought about by the misconduct of law in the
Brazilian Public Management.
1 INTRODUÇÃO
Dentre as constituições brasileiras, poucas foram as que trouxeram em seu texto legal
referências a administração pública comparado a constituição federal de 1988, esta foi a carta
magna que trouxe maiores inovações para o ordenamento jurídico, trazendo consigo um
capítulo tratando exclusivamente da administração pública, definindo a estrutura
governamental e suas funções.
Não se deve confundir o termo moralidade com probidade administrativa, ainda que
estes estejam diretamente ligados entre si.
Di Pietro (2014, pg. 695), por exemplo, entende ser a moralidade e a probidade
“expressões que significam a mesma coisa, tendo em vista que ambas se relacionam com a ideia
de honestidade na Administração Pública”. Quando se exige probidade ou moralidade
administrativa, além da observância na legalidade formal, requer também a observância dos
princípios éticos, tais como boa fé, honestidade, lealdade, para que haja uma boa administração
e organização interna.
Todavia, existem alguns autores que entendem ser a probidade o gênero, do qual a
moralidade é espécie. Nessa seara, cite-se o posicionamento do Conselheiro do Tribunal de
Contas do Estado da Paraíba, Dr. Flávio Sátiro Fernandes apud Barbosa,(2005)1:
“a) moralidade e probidade administrativas são noções bem claramente distintas, que
se não podem confundir ante os textos legais que, a partir da Constituição Federal, a
elas se referem;
b) por esses mesmos textos, é forçoso reconhecer, como demonstraremos a seguir,
que a probidade é espécie, haja vista a maior amplitude e o maior alcance emprestados
à primeira, pela Constituição Federal e pela legislação ordinária.”
Motivando essa questão, percebe-se que a constituição federal, no seu artigo 37, caput,
consagra a moralidade como um dos seus princípios constitucionais na atividade do Estado,
sem qualquer referência a probidade. A inclusão desse princípio denota uma preocupação com
a ética na administração, a fim de combater a corrupção e a impunidade dos servidores.
A fim de complementar as disposições da constituição, a Lei nº 8.429/92, traz uma
classificação dos atos de improbidade em: atos que importam em enriquecimento ilícito, atos
que causam prejuízo ao erário, e atos que atentam contra os princípios da administração pública.
Nessa seara, é possível perceber que a probidade administrativa envolve a ideia de
moralidade administrativa, e que, por conseguinte, toda conduta que atente contra a moralidade
administrativa constitui-se em um ato de improbidade, no entanto, nem todo ato de improbidade
administrativa configura infração à moralidade administrativa.
O princípio da moralidade administrativa, bem como os demais princípios
previstos no artigo 37, caput da carta magna, constituem pressupostos de validade para todos
os atos da Administração Pública, uma vez que todos os atos devem ser baseados na boa fé e
honestidade. Não obedecendo tais princípios, o agente público será responsabilizado por
improbidade administrativa e sofrerá sanções elencadas no artigo 37, §4º da Constituição
Federal. Da mesma maneira, entende Meirelles (2012, pg. 79-80):
1
Esse parágrafo refere-se ao trabalho “Improbidade administrativa: O que vem a ser e como deve ser
feito o seu controle” realizado por Radamero Apolinário Barbosa. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7521> Acesso em: 04 de
fevereiro de 2015.
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2
Esse tópico foi baseado no artigo “O princípio da moralidade na administração pública e a improbidade
administrativa”, desenvolvido por - Claudia de Oliveira Fonseca. 2007. Disponível
em<http://www.ambito juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2900>
Acesso em: 04 de março de 2015
3Esse tópico refere-se ao artigo “Imoralidade administrativa x improbidade administrativa: exata
3. A MORALIDADE NO BRASIL
Nessa seara, devido ao alcance e abrangência dos princípios administrativos, por serem
alguns expressos e outros implícitos, qualquer ato que atente a algum deles constitui ato de
improbidade administrativa. Conforme Di Pietro (2014, pg. 841) leciona:
“Por sua abrangência, pode alcançar uma infinidade de atos de improbidade. Os
princípios da Administração Pública são inúmeros (...). A rigor, qualquer violação aos
princípios da legalidade, da razoabilidade, da moralidade, do interesse público, da
eficiência, da motivação, da publicidade, da impessoalidade e de qualquer outro
imposto à Administração Pública pode constituir ato de improbidade administrativa.”
O agente público que vier a praticar qualquer ato atentatório aos princípios
administrativos está sujeito a sanções, são elas: a perda da função pública, multa de até cem
vezes a remuneração do servidor, a suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, bem
como a impossibilidade de contratar com o poder público e de receber benefícios por até três
anos e o ressarcimento do dano, se houver.
É sabido também, que o artigo 11 da Lei nº 8.429/92 funciona como regra de reserva,
assim, dentro desse contexto, caso o réu venha a retardar ou deixar de praticar indevidamente
ato de ofício, ou seja, ato de improbidade previsto no art. 11, II, da lei n° 8.429/92, ainda que
não tenha trazido lesão ou prejuízo, irrelevante seria, uma vez que, o art. 11 vem como repressão
dos fatos que violem os princípios impostos à administração pública, ainda que não gerem
enriquecimento ilícito ou danos ao erário. Dessa maneira, não haverá ato de improbidade
administrativa decorrente de violação do princípio da moralidade previsto no caput do artigo
11, se do ato também advier enriquecimento ilícito para o agente infrator ou causar prejuízo ao
erário, nesses casos a conduta será enquadrada nos artigos 9º e 10 da mesma lei.
Diante de todo exposto, compreende-se que o princípio da moralidade administrativa
traz em seu bojo o desejo do cumprimento da lei de modo honesto e probo, para que haja uma
maior confiabilidade e que o interesse público, bem como a sociedade estejam protegidos. De
tal modo, a Lei de Improbidade veio de forma repressiva, para desencorajar aqueles que
ingressam na carreira pública a fim de desempenhar condutas desarmônicas com o interesse
público.
Durante os últimos anos, percebe-se que a política, bem como o processo orçamentário
do Brasil toleraram muitas mutações, uma vez que os procedimentos adotados tanto na esfera
administrativa quanto na esfera política, consolidados com a constituição federal de 1988, junto
com a solidificação da democracia, obrigaram os agentes públicos a uma maior transparência
com a coisa pública e ética no seu comportamento, baseado no princípio da moralidade,
trazendo consigo um comportamento probo, honesto e fundamentado na boa-fé, buscando um
controle máximo dos gastos públicos e uma cristalina aplicação dos recursos públicos.
A constituição federal trouxe minuciosamente em seu bojo as ferramentas de
planejamento e orçamento. Nesse contexto, no artigo 165 da carta magna está elencado três
principais instrumentos no processo de planejamento e orçamento, são eles: a Lei do Plano
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Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
Observando, portanto uma preocupação em vincular os processos de planejamento e orçamento,
bem como buscar um acompanhamento dos gastos públicos.
Segundo Pereira (2012, p.302) apud Santana e Cavalcanti (2014) 4 ,o orçamento é
instrumento indispensável para os planejadores, tendo em vista que necessitam de recursos
financeiros para que os planos sejam colocados em prática.
A lei complementar 101, popularmente conhecida por lei de responsabilidade fiscal tem
a função de estabelecer limitações quanto as despesas dos Estados e Municípios, com a
finalidade de melhor administrar as contas públicas do Brasil e também que os agentes públicos
ajam de forma transparente quanto aos gastos públicos, atuando como o verdadeiro código de
conduta para os administradores.5
A constituição federal de 1988 traz em seu artigo 165, os três instrumentos que compõe
o modelo orçamentário brasileiro, são eles o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA.
Nesse sentido, a lei de responsabilidade fiscal contribui para uma maior eficácia do
Plano Plurianual, da LOA - Lei Orçamentária Anual e da LDO - Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Assim, percebe-se que a finalidade da lei é o controle de gastos e uma atuação
transparente, dessa forma a transparência é demonstrada através da atuação da sociedade, bem
como na publicidade dada aos atos.
Antes que a lei de responsabilidade fiscal fosse criada, no Brasil havia grandes
desequilíbrios das contas públicas, diante de administrações irresponsáveis frente aos entes
públicos. Por esse motivo, foi necessário que houvesse um maior enrijecimento com relação às
Diante desses desequilíbrios e com a intenção de mudar essa situação, surgiu a Lei
Complementar nº 101/2000, a conhecida lei de responsabilidade fiscal, e através dela, o gestor
público é praticamente obrigado juridicamente a trabalhar com planejamento estratégico em
um modo de gestão caracterizado pela gestão pública gerencial, como forma de justificar a lei.
Dentro deste contexto, teoricamente a execução das metas estabelecidas pelo planejamento do
gestor poderão traduzir em uma maior eficiência dos recursos financeiros investidos,
contribuindo relativamente para o crescimento econômico e desenvolvimento socioeconômico.
Diante do exposto, notou-se a preocupação do legislador em controlar os gastos
públicos, sempre priorizando uma atividade proba e honesta. Uma vez que, durante bastante
tempo, na administração pública brasileira, predominou um desequilíbrio entre os gastos com
6Esse parágrafo refere-se ao trabalho realizado por WILLSON GERIGK, referente a dissertação de
mestrado para a Universidade Federal do Paraná - Setor de Ciências Sociais aplicadas - Mestrado Em
Contabilidade - Área De Concentração: Contabilidade Gerencial. Curitiba 2008. Disponível em:
<http://www.ppgcontabilidade.ufpr.br/system/files/documentos/Dissertacoes/D040.pdf> Acesso em: 22
de março de 2015.
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aquilo que se recolhia, trazendo, portanto consequências negativas para a economia, colocando
em risco o futuro. Por isso, o legislador veio a editar a lei complementar 101/2000, com a
finalidade de corrigir todos os erros que se verificava na administração.
A sociedade sempre buscou e esperou uma legislação que fosse eficiente, que viesse a
substituir aquelas práticas desonestas e corruptas que macularam a imagem dos setores
públicos. Dessa forma, com a vinda da lei de responsabilidade fiscal houve a possibilidade de
uma mudança eficaz na administração pública brasileira, tendo em vista que essa lei trouxe
consigo normas que buscam, além do planejamento e controle das ações públicas,
transparência.
Nessa seara, a transparência fornece aos cidadãos possibilidade de ter acesso às
informações da atuação dos governantes, através de meios eletrônicos, bem como audiências
públicas e prestação de contas. Completando o entendimento, Chaves (2007, pg. 18), no seu
trabalho expõe:
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A constituição de 1988 foi o marco para o país com relação aos direitos fundamentais,
foi a partir dela que houve grandes iniciativas a fim de transformar a vida da sociedade. Apesar
de ainda ser muito constante os desvios de caráter dos agentes públicos, demonstradas através
de suas fraudes.
Infelizmente no Brasil, agir de forma proba tem sido escasso em todos os âmbitos da
sociedade. Esse problema de conduta não decorre de tempos modernos, emana de tempos
passados, iniciando-se na época colonização a que foi submetido o país. Nesse momento
histórico do país, os colonizadores tinham como objetivo o enriquecimento, sem que qualquer
outra circunstância fosse importante.
Uma conduta desonesta por parte da administração pública nada mais é que uma ação
que fere o princípio da moralidade administrativa. Essa moralidade deve ser sempre o alvo de
um bom administrador, devendo atuar dentro dos princípios éticos, agindo com honestidade,
lealdade e boa-fé, e assim buscará o interesse público através do bem comum.
Entretanto, a constituição federal de 1988 ainda é bastante inexperiente quanto à luta
contra a corrupção e a má administração do dinheiro público. Apesar disso, a constituição
cidadã estabeleceu a moralidade administrativa como um princípio administrativo, obrigando
os agentes a agirem de forma moral.
Percebe-se claramente a preocupação do legislador em combater esse tipo de conduta
corruptível, ademais a inclusão do princípio da moralidade administrativa na constituição foi
um reflexo da preocupação com a ética na administração pública e com o combate à corrupção
e à impunidade no setor público.
Sabendo da importância de agir de forma proba, o legislador elencou o princípio da
moralidade como um princípio administrativo, obrigando os agentes públicos a atuarem de
forma honesta. Além disso, a partir do momento em que a constituição destaca que todo o poder
emana do povo, este tem legitimidade para exercer o controle daqueles que atuam frente à
administração pública exigindo a observância aos princípios constitucionais que a vinculam
(art. 37, caput). Para que os cidadãos pudessem exercer o seu direito de controle, foi possível a
anulação de qualquer ato lesivo à moralidade administrativa por meio da ação popular.
Já a lei de improbidade administrativa, garantiu que, caso o agente público praticasse
atos de enriquecimento ilícito, que causem lesão ao patrimônio público e que atentem contra os
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princípios da administração pública, receba punições, tanto de natureza civil, política quanto
administrativa, sem prejuízo das sanções penais.
Percebe-se nos dias hodiernos que cada dia mais os administradores esquecem esse
princípio basilar previsto na constituição federal, conforme escândalos noticiados pela mídia.
Apesar de expresso na lei e punível, a não observação desse princípio encontra-se mais
arraigada ao dia a dia.
É possível perceber a preocupação do legislador em punir os atos de improbidade
praticados pelos agentes públicos, todavia numa sociedade onde a corrupção prevalece, a
sanção não dura ou não é aplicada como se deve, restará a impunidade e, junto dela, a
continuidade da corrupção.
Apesar disso, os princípios da moralidade e probidade são essenciais na administração
pública, não existindo, seria um verdadeiro caos, repleto de corrupção, marcada pela
experiência do mando e do favor, da exclusão e do privilégio. Diante disso, apesar de ainda se
ter muito que fazer para se consolidar uma gestão pública proba e baseada na boa-fé, as sanções
legais visam à diminuição da corrupção, da improbidade e da falta da moralidade, aplicando
penalidades para aqueles que desobedecem a lei e ferem os princípios elencados pela
constituição federal.
Diante do exposto, percebe-se que o princípio da moralidade administrativa veio impor
ao administrador o cumprimento da lei de forma correta, moral, honesta e leal, para que o
interesse público seja alcançado e que satisfaça a sede de justiça da sociedade. Além disso,
nota-se que a Lei de Improbidade busca desestimular aqueles agentes públicos que desejam
ingressar na administração com o intuito de desenvolver condutas que divergem do interesse
público, devendo ser resguardada para casos em que verifica uma ofensa à moralidade
administrativa. Assim, o princípio da moralidade demonstra grande importância para a gestão
pública, uma vez que a administração pública visa o bem estar e satisfação da coletividade.
Nesse sentido, não haveria satisfação e bem estar da sociedade, agindo a administração pública
com deslealdade.
Ademais, a moralidade torna-se uma obrigação, devido a sua inserção dentro da
constituição como um princípio administrativo, mostrando que o legislador preocupa-se com a
conduta dos seus agentes, desejando uma atitude proba para que haja maior confiabilidade da
sociedade, e assim o seu bem-estar.
REFERÊNCIAS
RESUMO
Uma das grandes dificuldades encontradas na Gestão Pública contemporânea é fazer com que
seus servidores exerçam suas funções de forma plena e eficaz satisfazendo os anseios da
coletividade. Radicado neste viés, o presente estudo se preocupou em apresentar de forma
pontual, aspectos referentes à importância da conscientização do dever inerente a função do
gestor, através da primazia dos preceitos éticos apriorísticos, bem como os profissionais, para
a consecução da finalidade do Estado – que é o bem comum –. Por esta ótica, o estudo em
comento se propôs a estabelecer a fundamentação da Gestão da Ética Pública desde os seus
princípios gerais até as Legislações específicas que compõem este Sistema e, por fim, elencar
elementos que tornem o gestor um profissional consciente do seu imprescindível dever ético
perante a sociedade por meio de uma análise sobre a metafísica dos costumes de Immanuel
Kant. Trata-se, deste modo, de um estudo introdutório sobre a essência da ética no
profissionalismo público e apresentação dos normativos que abarcam e regem o princípio da
moralidade previsto no art. 37 da CF/88 tendo, portanto, juridicizado a ética.
Palavras-chave: Metafísica dos Costumes; Ética; Sistema da Ética Pública.
ABSTRACT
One of the great difficulties encountered in contemporary public management is to make your
servers perform their functions fully and effectively satisfying the desires of the community.
Settled this bias, this study bothered to submit in a timely manner, aspects related to the
importance of awareness of duty inherent function of the manager through the primacy of a
priori ethical principles, as well as professionals, to achieve the state's purpose - which is the
common good -. In this light, the study under discussion aimed to establish the reasons for the
Management of Public Ethics since its general principles to specific legislations that make up
this system and, finally, to list elements that make a conscious professional manager of your
essential duty ethical to society through an analysis of the metaphysics of Immanuel Kant
customs. It is thus an introductory study of the essence of ethics in public professionalism and
presentation of normative covering and governing principle of morality laid down in art. 37 of
CF / 88 therefore have juridicizado ethics.
Keywords: Metaphysics of Morals; Ethics; System Public Ethics.
1. INTRODUÇÃO
A presente pesquisa trata-se de uma análise sobre fatores que afastam a regularidade e
eficácia da Gestão Pública contemporânea, ao delimitar o desafio maior da ética profissional,
com o fim de retomar os valores imprescindíveis para efetivação e eficácia da manutenção dos
fins estatais, por meio da ação coerente dos agentes públicos, especificamente, dos Gestores.
Neste diapasão, serão analisados aspectos que envolvem a juridicização da ética no
funcionalismo público, desde o entendimento do homem como um ser social até a promulgação
da Carta Magna de 1988, completamente enraizada nos princípios morais.
Por fim, em consequência deste estudo, serão estabelecidas medidas que alicercem
possibilidades plausíveis para melhorar a qualidade do serviço público, sob uma análise
filosófica em face da Metafísica dos Costumes de Imannuel Kant.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Cultura, palavra derivada do latim colere, segundo Edward B. Tylor significa: “todo
aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e
todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”
(1891, p. 17).
É através da cultura que determinamos a forma de pensar e agir de um povo e,
consequentemente, os padrões éticos e morais pelos quais suas condutas se norteiam, bem como
as normas positivadas para viger em determinado ordenamento jurídico. Mas em razão da
infinita capacidade humana de transformar símbolos em linguagem, são diversas as impressões
culturais existentes pelo mundo.
Neste sentido, a cultura é passada hereditariamente, pois se trata de um sistema de
significados estabelecidos, gradativamente e cronologicamente apreendidos. Assim, os seres
humanos herdam suas linguagens, hábitos alimentares, modo de se apresentar em público, boas
condutas à mesa, o que se pode falar, ou que não se pode falar e como não agir.
Diante a manifestação cultural, o homem estabelece valores e regras de conduta no meio
social, profissional, religioso e familiar. É através da cultura que se constitui a Ética de um
povo, as diretrizes comportamentais, os costumes e demais manifestações da vontade humana
em sociedade.
Por isso o homem, segundo Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) um animal social, em
qualquer setor que se apresente, necessita agir em convergência com as normas pré-
estabelecidas pela sociedade, sejam elas jurídicas ou puramente morais e determinadas pela
cultura, que se herda histórica e cronologicamente em determinando território.
Outro aspecto de suma importância para a compreensão do tema é a necessidade do
homem interiorizar e compreender a sua natureza e essência, para que manifeste o seu papel
fundamental no corpo social. De acordo com Marculino Camargo (2009), tudo que existe só
existe em razão de sua natureza. Logo, se o que esperamos do giz é que ele risque; e do sol, que
ele brilhe; cabe ao Homem ser humano e, para ser humano, é preciso ser ético, pois o
fundamento e natureza da ética é o próprio homem. Percebe-se, então, a cíclica concatenação
entre homem, linguagem, cultura e ética.
2.2. Ética geral e profissional e o papel da Avaliação Moral nas relações sociais
É lúcido observar que sem o emprego dos preceitos éticos em nossas ações, seja no
âmbito social, seja nas relações profissionais e todas as demais interações inerentes aos seres
humanos, certamente haverá o comprometimento do equilíbrio da finalidade estatal.
Pensando nisso, para que possamos implantar em nossas ações – juízo de valor moral –
, é preciso que avaliemos nossas condutas antes mesmo de praticá-las. De acordo com os
ensinamentos de Vázquez (2013, p.153):
Por esta ótica, podemos dizer que o processo responsável pela ponderação do mérito da
ação, chama-se avaliação moral, ao estimar valor a atos ou produtos humanos. No entanto,
apenas os atos que se revestem de potencial capacidade de alcançar o próximo passarão por esta
mensuração, com o intuito de estabelecer valor moral ou imoral compatível com aprovação ou
reprovação no seio social. Frisa-se aqui, que a conduta revestida de amoralidade, também não
pode ser suscetível de avaliação moral, pois carece de senso ético.
A título de esclarecimento etimológico dos termos imoral e amoral, ilustra-se que, o
prefixo “i” derivado do Latim, indica a ideia de contrariedade sendo, portanto, a palavra imoral
o antônimo de moral. Por sua vez, o prefixo “a”, também derivado do Latim, denota a ausência
de moral, logo se refere a uma pessoa moralmente neutra, sem senso moral, pois está alheio,
afastado ou privado dos preceitos que balizam a essência da moralidade.
Ademais, interessante se faz observar o seguinte posicionamento de Vázquez (2013,
p.154) sobre a avaliação moral no âmbito do trabalho.
Observa-se neste ponto, que os atos humanos são avaliados dentro de um contexto
histórico-social para dar-lhes sentido atribuindo-lhes certo valor moral ou não.
Na sociedade pós-moderna, busca-se cada vez mais embutir na consciência do
trabalhador o valor e a função social de seu trabalho, haja vista sua importância para o
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Por meio do Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, fora aprovado o Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, com o intuito de
produzir na pessoa destes servidores a consciência ética e moral visando a concretização eficaz
dos atos administrativos e todas as demais ações relacionadas à sua conduta, visando o
cumprimento dos deveres legais e, por derradeiro, o resgate dos valores éticos para reimprimir
no serviço público a seriedade e respeito necessários, conforme pode ser avaliado abaixo.
Nesta Conjuntura, o Código de ética Profissional acima citado tem por objetivo regular
a ética no funcionalismo público civil do Poder Executivo Federal, para o qual foi elaborado,
em que se inclui tanto a Administra direta, quanto a Administração indireta, logo as autarquias,
fundações, empresas públicas, e sociedade de economia mista da União. Vejamos o que encerra
o inciso XXIV deste Decreto:
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor
público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste
serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem
retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão
do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em
qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. (Grifo nosso).
É preciso enfatizar que, o sentido filosófico da ética não pode ser confundido com os
fins do Código de Ética Profissional supramencionado, este último que reside em restituir a
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É preciso enfatizar, por oportuno, que o Direito não é a Ética e vice-versa, mas ambos
devem caminhar concatenados para transmitir valores em seus preceitos normativos, sejam eles
puramente morais ou legais, cuja essência deva ser pautada nos valores Éticos.
7
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1989.
É perceptível que não apenas o Estado é responsável pela promoção da ética nas
organizações públicas, sendo imprescindível que o cidadão exerça sua cidadania, desde as
manifestações em defesa dos seus direitos em face da sua titularidade; como também em razão
Sob uma perspectiva filosófica, podemos dizer que, este processo de conscientização
está muito mais próximo da metafísica dos costumes de Immanuel Kant, na compreensão da
razão pura aprioristicamente existente em cada indivíduo.
Observa-se que Kant, em sua Fundamentação, buscou fixar o princípio supremo da
moralidade, na razão constituída por si só, investigando a ideia e princípio inerente à vontade
pura. Para tanto, utilizou o método analítico a fim de conhecer este princípio e logo em seguida,
por meio do método sintético, examiná-lo.
Immanuel Kant, um dos principais e mais importantes filósofos modernos, inaugurou
no universo da Filosofia, a Metafísica dos Costumes, esquivando-se do empirismo reinante de
David Hume (1711 a 1776). E, com tal mudança, embasada na razão, Kant engendrou,
conforme seus fundamentos “a busca do princípio supremo da moralidade” (traduzido por
QUINTELA, 1986, p. 19).
Conforme os ensinamentos kantianos, a filosofia moral deve ser considerada como pura,
uma vez que foge o campo empírico que explica muitas coisas através das experiências. No seu
entendimento, tal filosofia fornece aos homens leis estabelecidas aprioristicamente na razão,
uma vez que a perversão humana pode corromper a moral, devendo seu cumprimento ser feito
por amor, sob pena de incerteza e inconsistência.
Observa-se que em sua obra, a Metafísica dos Costumes, Kant purificou a filosofia
determinando a moralidade como ínsita ao ser humano. Desta feita, buscou um princípio de
moralidade para fundamentar os costumes e todas as condutas em razão de um agir moral puro
do qual se distancia a perversão do homem.
De acordo com a doutrina de Flamarion Tavares Leite (2006, p.111) sob uma
perspectiva kantiana “[...] o plano ético requer a moralidade, sendo a simples conformidade
com a lei insuficiente, haja vista a exigência de que o móbil da ação seja o respeito pela Lei.”.
Por este mesmo viés, se pudermos enxergar em nosso âmago, a essência de nossa
natureza, conforme ensinamentos de Marculino Camargo e, ponderar as consequências que
nossos atos poderão gerar, antes mesmo de agir, através do processo de avaliação moral, estes
serão mais puros e convergentes com os primados éticos e morais que, conforme corrobora este
estudo, resultaria numa Gestão Pública contemporânea mais próxima da finalidade do Estado,
isto é – do bem comum.
Neste sentido é preciso que a Administração Pública promova medidas como cursos de
capacitação de cunho comportamental, em caráter obrigatório, para todos os servidores públicos
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante esta humilde explanação, fica a sensação de que nos falta apenas encarar os fatos
e colocar os planos em prática. Agir, reivindicar, e utilizar todas as ferramentas que estão ao
nosso alcance, bem como estudar outros meios que tornem o serviço público, público, e não
devastado pelos interesses pessoais dos gestores que, impreterivelmente devem nos representar.
REFERÊNCIAS
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo analisar a aquisição da leitura e escrita no mundo
contemporâneo. E as implicações benéficas ao alunado tanto do ponto de vista técnico quanto
prático, objetivando assim, a melhoria da qualidade de vida das pessoas e manutenção da sua
cidadania. Desse modo a educação funcionaria como processo emancipatório de um povo,
saindo da ingenuidade para transitividade crítica, de modo que o homem brasileiro tenha
condições de resistir aos poderes de um sistema neoliberal vigente na democracia da sua pátria.
Fazendo-se necessário uma verificação criteriosa dos elementos teóricos utilizados para apoiar
o estudo sobre processo de alfabetização no cotidiano escolar.
Palavras-Chave: Leitura; Escrita; Cidadania.
ABSTRACT
This article aims to examine the acquisition of reading and writing in the contemporary world.
And the implications beneficial to the student body both from a technical point of view as
practical, aiming thus improving the quality of life and maintain their citizenship. Thus
education work as an emancipatory process of a people, leaving the ingenuity to critical
transitivity, so that the Brazilian man had able to resist the powers of a current neoliberal system
of democracy in his country. A careful check of the theoretical elements used to support the
study of literacy process in everyday school life making it necessary.
Keywords: Reading; Writing; Citizenship.
INTRODUÇÃO
Na atualidade o mundo contemporâneo tem passado por mudanças substanciais. No
contexto da globalização, tem-se observado a utilização cada vez mais frequente de novas
tecnologias em todos os campos do conhecimento. Através da cibercultura, se conseguiu o
efeito da globalização, possibilitando em alguns casos a troca de experiências e informações
nos mais longínquos pontos do mundo. Em contrapartida, esta evolução não foi suficientemente
utilizada no âmbito da educação formal no primeiro ano do ensino fundamental com fins
pedagógicos, para alavancar o processo de alfabetização nas escolas públicas, salvo exceções.
Martin-Barbero (2005), ao elucidar a questão das mediações, seu foco principal de
estudo na área da Comunicação, destaca a influência das novas tenências tecnológicas
na questão cultural. Afirma ele: o mundo atravessa hoje uma situação cultural bem
peculiar, com crescente consciência do valor da diferença, do pluralismo e da no plano
das civilizações e das culturas étnicas, das culturas locais e de gênero, enfrentando um
poderoso movimento de uniformatização dos imaginários cotidianos nos modos de
vestir e nos gostos musicais, nos modelos de corpo e nas expectativas de êxito social,
nas narrativas com maior público no cinema e na televisão, como nos vídeo-jogos
(MARTIN-BARBERO, 2005, p.5).
utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica
do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano
Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma
medida geral e sintética que, apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano,
não abrange nem esgota todos os aspectos de desenvolvimento (Programa das Nações Unidas
Para o Desenvolvimento - PNUD).
Neste sentido, observamos mudanças drásticas no contexto social, onde o IDH tem em
suas mensurações os parâmetros educacionais como indicador de desenvolvimento de um povo.
No início da década de 1990, foi lançado pela ONU o índice de desenvolvimento
humano (IDH), que se propõe a verificar o grau de desenvolvimento de um país utilizando
alguns indicadores de desempenho. O IDH logo passou a ser a mais conhecida medida de
desenvolvimento humano (Torres, Ferreira e Dini, 2003).
Nenhuma sociedade conseguirá apresentar um bom desenvolvimento no âmbito social,
econômico e humanístico se não conseguir principalmente a redução das diferenças entre
classes sociais, para tanto é necessário haver um aprofundamento qualitativo de suas estruturas
básicas dos serviços ofertados a população, no que se refere à educação de qualidade, nesse
caso o avanço será muito discreto e difícil de trazer melhoria para sociedade como um todo.
A problemática enfatizada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais -PCN’s (2001)
evidencia que a capacidade de ler, escrever e principalmente interpretar, não está sendo bem
sucedida, haja vista, problemas encontrados na maioria das escolas públicas.
“Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar,
dentre os trechos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma
necessidade sua. Que consegue utilizar estratégias de leitura adequada para abordá-
los de formas a atender a essa necessidade”. (PCN de Língua Portuguesa de 5ª a 8ª
Série, 1998; p. 15).
A escolha por este estudo foi estimulada pela necessidade de conhecer as implicações
no decorrer do processo de aquisição da leitura e escrita nas salas de alfabetização das escolas
públicas, tendo em vista a leitura e a escrita como processo emancipatório de um povo.
Em virtude dos aspectos destacados anteriormente, realizamos um levantamento
bibliográfico com objetivo de conhecer os desafios de alfabetizar crianças do primeiro ano do
ensino fundamental.
DESENVOLVIMENTO
A Leitura e a Escrita como Ferramenta de Transformação de um Povo
Há uma questão que temos obrigação de explicar, que é o desafio à leitura e a escrita. A
leitura aliada ao conhecimento, bem como a escrita não é um saber, porém uma prática. Então
ler pode ser entendido como decifrar o escrito, isto é, compreender o que as letras e outros sinais
gráficos representam.
Em Educação como prática da liberdade, Freire apud Torres Novoa (2014), demostra sua
preocupação com o passado histórico brasileiro em encontrar uma resposta no campo da
pedagogia às condições da fase da transição brasileira. Que levasse resposta em consideração
ao problema do desenvolvimento econômico, o da participação popular nesse mesmo
desenvolvimento, o da inserção critica do homem brasileiro no processo de democratização
fundamental, que nos caracterizava. Que não transparecesse as marcas da nossa inexperiência
democrática, de raízes histórico-culturais, em antinomia com a nova posição que o processo
vinha exigindo do homem brasileiro.
Com a preocupação de descrever a contribuição do educador brasileiro, no processo da
formação do sujeito crítico,
“... De uma educação que tentasse a passagem da transitividade ingênua à
transitividade crítica, ampliando e alargando a capacidade de captar os desafios do
tempo, colocando o homem brasileiro em condições de resistir aos poderes da
emocionalidade da própria transição. Armá-lo contra a força dos irracionalismos, de
que era presa fácil, na posição transitividade ingênua” (TORRES NOVOA, 2014,
p.25).
alunos além de ler as palavras possam ler o mundo em seu sentido mais amplo, melhorando sua
atuação como cidadãos.
A Leitura
Para Davidov (1988, p.27) crianças e jovens vão à escola para aprender cultura e internalizar
os meios cognitivos de compreender o mundo e transformá-lo. Para isso, é necessário pensar –
estimular a capacidade de raciocínio e julgamento, melhorar a capacidade reflexiva. Nessa
direção Libâneo (Acesso em 03/03/15, p.01) aponta que a didática, hoje, precisa comprometer-
se com a qualidade cognitiva das aprendizagens e esta, por sua vez, está associada à
aprendizagem do pensar.
A leitura em sentido amplo é, o mesmo que concepção, conceito, ideia. Já num sentido
restrito, significa a construção de um aparato teórico e metodológico de aproximação de um
texto. A leitura também é conceituada como uma atribuição de significado às imagens gráficas,
ou seja, envolve a decodificação dos símbolos gráficos (grafemas-letras) e a associação
interiorizada dos componentes auditivos (fonemas-sons), que se lhes sobrepõem e lhes
conferem um significado.
A leitura é uma conexão entre a linguagem falada e as formas escritas da linguagem,
isto é, uma tradução das letras impressas em equivalentes sonoros e em significados. “Trata-se
de um processo cognitivo, em que ao mesmo tempo em que se lê e se dá um duplo
reconhecimento, um auditivo e outro significativo ou semântico” (FONSECA, 1995, p.13).
Para a criança aprender a ler, necessita decodificar as letras impressas, utilizando um
processo cognitivo que permite traduzi-las em termos de significações linguísticas.
A leitura é uma interpretação significativa dos símbolos verbais. Para compreendermos
a multiplicidade das aptidões é necessário que se tenha uma correta resposta aos sinais da
linguagem, que são representados por símbolos gráficos. Salienta-se que, apenas os símbolos
gráficos sem interpretação não têm sentido.
Uma observação cuidadosa do processo de leitura nos leva a perceber que são
necessárias várias fases de aprendizagem. As primeiras põem em destaque a assimilação de um
código auditivo, já à segunda refere-se a uma transferência de aptidões, entre as auditivas e as
visuais, através da decodificação de símbolos gráficos.
Desta forma, o estímulo visual deve ser considerado como uma unidade gráfica em
sequência, isto é, como uma palavra que, ao mesmo tempo, em nível de cérebro se dá uma
associação significativa entre o estímulo visual e o componente auditivo complementar.
Portanto, a relação entre o fonema (aspecto auditivo) e o grafema (aspecto visual), além de uma
sequência espacial específica, apresenta-se também numa sequência temporal que dá sentido e
significado a palavra.
Aprender a ler é formar uma comunicação mais eficaz, mais ampla e de mais penetração.
A leitura ajuda a se por em contato com o mundo. Pela leitura o ser humano cresce individual
e socialmente.
“Aprender a ler é antes de mais nada aprender a ler o mundo, compreender o seu
contexto, não numa manipulação mecânica de palavras mas numa relação dinâmica que vincula
linguagem e realidade”, (FREIRE – 1990,p.48).
A Escrita
A escrita é um instrumento essencial para a expressão do pensamento e do sentimento.
Em sua aprendizagem a criança precisa da orientação do educador, para desde o princípio
adquirir bons hábitos, formando habilidades e atitudes básicas favoráveis.
A escrita é uma maneira convencional e universal de se representar a fala. Contudo, se
faz necessário aprendermos a grafá-la, graças à necessidade de utilização das letras associadas
aos seus sons específicos.
A alfabetização pertence, assim, ao âmbito do individual. O letramento, por sua vez,
focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição da escrita. Entre outros casos, procura estudar
e descrever o que ocorre nas sociedades quando adotam um sistema de escritura de maneira
restrita ou generalizada, procura ainda saber quais práticas psicossociais substituem as práticas
“letradas” em sociedades ágrafas. (TFOUNI, 1995, p. 9-10).
Em casos específicos, as crianças podem ser ensinadas individualmente e/ou
coletivamente de acordo com suas necessidades, a fim de receber assistência diferenciada do
educador. O educador deverá analisar cuidadosamente a produção escrita dos educandos,
sobretudo no seu processo inicial, dessa forma favorecendo novos investimentos no que diz
respeito interatividade durante o processo de aquisição da leitura e escrita.
Todo o ensino deve ser bem planejado e todas as atividades avaliadas, principalmente
pela complexidade das tarefas, o que, induz a objetividade. É comum observarmos na rede
pública de ensino as crianças ingressarem na escola diretamente no primeiro ano do ensino
fundamental, quando o contato com a leitura e a escrita ainda não foi realizado de maneira
convencional, podendo ocorrer também o estimulo gráfico, nas propagandas, rótulos,
embalagens, nos meios de comunicação das formas mais variadas, entre outros, favorecendo o
conhecimento de letras e sons por parte dos educandos.
observando que existe uma correspondência entre ambos pensadores, pois, a aquisição do
conhecimento se dá de duas formas, onde a primeira denominada real, diz respeito aos
conhecimentos já adquiridos, ou seja, é o conhecimento que a pessoa já traz consigo. A segunda
zona é por ele determinada como zona proximal, e esta só é atingida através do auxílio de outras
pessoas.
Vygotsky (1989) na sua visão sócio histórico nos revela que, a brincadeira e o jogo, é
uma atividade específica da infância, em que a criança recria a realidade usando sistemas
simbólicos. Esta é uma atividade social no contexto cultural e social.
“As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que
no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade”, (VYGOTSKY, 1998, p.81).
Santos (1997), afirma que o lúdico é uma necessidade do ser humano em qualquer idade,
portanto, não deve ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico
favorece a aprendizagem, além de favorecer no desenvolvimento dos aspectos pessoais, sociais
e culturais. Ao lúdico, ainda pode ser atribuída a colaboração para se obter uma boa saúde
mental, preparando para um estado interior fértil e facilitando nos processos de socialização,
comunicação, expressão e acima de tudo da construção do conhecimento.
Geralmente o lúdico é motivador e criativo, sendo, portanto, apontado como um objeto
facilitador no desenvolvimento das atividades, além de flexível e coerente quando da
necessidade de mudanças e/ou adaptações de acordo com as necessidades educacionais
estabelecidas em um momento oportuno. Dentro deste contexto observa-se que o lúdico é um
instrumento motivador no processo ensino aprendizagem devendo ser inserido no cotidiano
escolar, viabilizando assim as atividades e tornando-as mais prazerosas.
A possibilidade de utilizar oficinas de construção com materiais pedagógicos, jogos,
música, brincadeiras diversas, pesquisas em suas diversas amplitudes, estudo do meio em que
vivemos e/ou observamos, faz do lúdico uma forma de resgate da autoestima, principalmente
pelo prazer de aprender.
Para se trabalhar bem com atividades lúdicas, se faz necessário um bom planejamento,
de modo que as vivências estejam vinculadas à realidade do público alvo. Neste sentido, não é
inoportuno afirmarmos que durante a execução das atividades deve-se provocar desafios,
estimular as participações coletivas, e consequentemente buscar encaminhamentos e soluções
para as mais variadas situações existentes.
No entanto, existem educadores que se preocupam em ensinar as regras do jogo (visão
metodológica), delimitando assim o papel de cada participante e tendo como consequência a
obediência total das regras deste. O educador agindo desta forma está contribuindo para
transformar o educando em um mero componente do jogo, consequentemente não contribuindo
para que ocorra a ampliação do desenvolvimento das suas capacidades.
Santos (1998) nos revela a importância de fazer com que ocorra a interação do jogador
com o jogo, onde este indivíduo deverá participar de forma plena das discussões, das regras,
das possibilidades do jogo e da sua própria participação enquanto conjunto. Desta forma,
acredita-se que com está interação Jogo x Jogador, teremos um grande avanço no processo
educacional da criança, pois este deixará de ser apenas um mero jogador e passará a expressar
suas críticas e sugestões, condição básica, para que este passe a ser um indivíduo determinado.
A criança que não brinca, não se aventura em algo novo, desconhecido. Se, ao
contrário, é capaz de brincar, de fantasiar, de sonhar, está revelando ter aceito o
desafio do crescimento, a possibilidade de errar, de tentar e arriscar para progredir e
evoluir (LEBOVICI e DIATKINE, 1985,p.54).
Contudo, o educador é quem precisa rever o seu papel no processo, não esquecendo que,
a expressão do educando deve ser respeitada em sua totalidade. Com esta condição implantada,
o educador assumirá o papel de agente sistematizador dos conhecimentos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Assim como surgiu um novo conceito de sociedade contemporânea, nasce também uma
nova demanda do ponto de vista prático nas escolas, principalmente no fazer pedagógico. Que
inspiram novas pesquisas no campo da educação e adjacências com foco na teoria sem perder
de vista as raízes do meio empírico, que geram a temática como suporte teórico.
A existência de muitos estudos específicos sobre o objeto de pesquisa a aquisição da
leitura e da escrita, acrescentou de forma satisfatória na construção do artigo em questão.
Sendo o ser humano um ser social e político, e vivendo em uma sociedade excludente,
onde o saber ler e escrever é fundamental para a sua inserção, este modo de aprimoramento do
conhecimento por meio da aquisição da leitura e escrita é de fundamental importância para a
vida mais plena do cidadão, contudo os novos processos de formação como um todo, têm
logrado êxito de forma satisfatória, mesmo com todos os contratempos que a educação
brasileira vem passando.
Observamos que para ocorrer o proposto pelo trabalho, é necessário um conjunto de
ações, que favoreçam o envolvimento de todos os componentes da comunidade escolar, para
que só assim consiga-se de fato, ampliar o crescimento pessoal, social e intelectual dos
educandos, com foco na qualidade de vida a partir das novas aquisições de saberes.
ISSN 2358-1905 REF João Pessoa Vol. I nº 2 maio 2015 107
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