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Universidade Federal do Amazonas

Faculdade de Tecnologia
Engenharia de Petróleo e Gás – FT11
Laboratório de Física I E – IEF029

UNIDADE 05 : CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA

Laboratório de Mecânica, 13 de Dezembro de 2019, Manaus – AM.


Diana Carolina Vásquez Gómez - 21953099
Juliana Motta Sales - 21952959
Melisse da Silva Souza - 21954408

UNIDADE 05 : CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA

Relatório do Laboratório de
Física I E, solicitado pelo
professor Joziano Rony de
Miranda Monteiro, para obtenção
de nota relativo ao 2° período do
curso de Engenharia de Petróleo
e Gás.

Laboratório de Mecânica, 13 de Dezembro de 2019, Manaus – AM.


1. TÍTULO: CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

2. OBJETIVOS:

Usando o disco de Maxwell, determinar as funções espaço-tempo e


velocidade-tempo, e através destas obter o momento de inércia ao redor de seu eixo
de rotação. Verificar a conservação de energia mecânica do sistema [1].

3. INTRODUÇÃO

Na física, a conservação é algo que não muda. Isto é, uma equação que envolva
uma grandeza conservativa é constante ao longo do tempo [2].

Já o Disco de Maxwell, é um experimento que tem como objetivo demonstrar o


princípio da conservação de energia que transforma energia potencial gravitacional
em energia cinética de translação e rotação. Essa transformação acontece no
momento em que o disco desce [2].

A energia potencial utiliza a fórmula , onde m equivale a massa do


disco de Maxwell, e g a aceleração da gravidade [2].

A energia cinética de translação define-se como metade do produto da massa


pelo quadrado da velocidade no instante considerado, ou seja:

onde m corresponde a massa do disco de Maxwell e v a velocidade [2].

Já a energia cinética de rotação é expressa pela:

onde I representa o momento de inércia e W a velocidade angular [2].


4. EQUIPAMENTO EXPERIMENTAL

Durante o processo experimental foram utilizados os seguintes aparelhos do


laboratório de mecânica:

 1 disco de Maxwell  1 dispositivo de liberação


 1 barreira de luz com  2 haste quadrada
cronômetro digital  2 grampo duplo
 1 régua milimetrada da 1000mm  1 suporte de base
com 2 cursores  4 corda de conexão

A montagem do equipamento foi realizada de acordo com as instruções do


manual.

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

PRÁTICA 1

a) Usando o disco de Maxwell desenrolado, fixamos o centro do mesmo como o


ponto final.
b) Fixamos outro ponto (por exemplo 200 mm), anotamos esta distância e
obtivemos o tempo que o disco percorre a mesma. Repetimos esta medida 3
vezes e tiramos uma média.
c) Em seguida para o cálculo da velocidade instantânea, obtivemos o tempo de
passagem do cilindro vermelho do disco no ponto final. Repetimos esta medida 3
vezes e tiramos uma média.
d) Repetimos o procedimento B e C para as alturas de: 300, 400 e 500 mm.
Figura 1: Representação do equipamento
utilizado para a experiência de Conservação
de Energia.

6. DADOS EXPERIMENTAIS

Pratica 1:

Na tabela 1 a seguir, apresentam-se os resultados obtidos do experimento


sobre cada novo (tempo e altura) após as 4 medidas pré-determinadas.

Tabela 1. Intervalos de tempo para cada distância medida.

Altura
Tempo

1º 2º 3º

200 4,1213 4,0780 4,1043


300 5,0606 5,1208 5,1016
400 5,7633 5,8469 5,7177
500 6,4988 6,5892 6,5244
Na tabela 2 a seguir, apresentam-se os resultados obtidos do experimento
sobre cada novo (tempo e altura) instantânea das 4 medidas pré-determinadas.

Tabela 2. Intervalos de tempo instantâneo da passagem para cada altura medida.

Altura
Tempo Instantâneo

1º 2º 3º

200 0,232 0,225 0,229


300 0,187 0,187 0,187
400 0,164 0,164 0,164
500 0,143 0,143 0,143

 Massa do disco de Maxwell: m ± ∆m = (0,436 ± 0,0005) kg


 Raio do eixo: r ± ∆r = (0,0025 ± 0,00005) m
 Raio do cilindro vermelho: rv ± ∆rv = (0,01035 ± 0,00005) m

7. ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS

PARA O CÁLCULO DE CONVERSÃO DE mm PARA m ADOTOU-SE

X=

 Para a s = 200 mm:  Para a s = 400 mm:

X= X=

 Para a s = 300 mm:  Para a s = 500 mm:

X= X=
PARA O CÁLCULO DO TEMPO MÉDIO ADOTOU-SE

 Para s = 0,400 m:

 Para s = 0,200 m:

 Para s = 0,300 m:  Para s = 0,500 m:

PARA O CÁLCULO DA PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS ADOTOU-SE

∑ [ ]

∑| |

 Para a s = 0,200 m:

[ ]
|
| |
|

[ ]
 Para s = 0,300 m:

[ ]
|
| |
|

[ ]

 Para s = 0,400 m:

[ ]
|
| |
|

[ ]

 Para s = 0,500 m:

[ ]
|
| |
|

[ ]
PARA O CÁLCULO DA VELOCIDADE INSTANTÂNEA ADOTOU-SE

Equação:

 Para ∆s = 0,2 m:  Para ∆s = 0,4 m:

 Para ∆s = 0,3 m:  Para ∆s = 0,5 m:

PARA O CÁLCULO DA INCERTEZA VELOCIDADE INSTANTÂNEA


ADOTOU-SE

Equação 1: =

Equação 2: =

Equação 3:

 Para :

 Para :

 Para :

=
=

 Para :

Tabela 5. Intervalos de tempo e tempo médio para cada altura medida.

Altura Tempo Tempo Médio


(h ± 0,001) m
1º 2º 3º

0,200 4,1213 4,0780 4,1043


0,300 5,0606 5,1208 5,1016
0,400 5,7633 5,8469 5,7177
0,500 6,4988 6,5892 6,5244

Tabela 6. Intervalos de tempo instantâneo e tempo médio instantâneo para


cada altura medida.

Altura Tempo Instantâneo Tempo Médio


(h ± 0,001) m
1º 2º 3º

0,200 0,232 0,225 0,229


0,300 0,187 0,187 0,187
0,400 0,164 0,164 0,164
0,500 0,143 0,143 0,143
Tabela 7. Resultados (Altura, Tempo Médio Instantâneo e Velocidade
Instantânea).

Altura Tempo Médio Instantâneo Velocidade Instantânea


(s ± 0,001) m
0,200 0,0907
0,300 0,1106
0,400 0,1262
0,500 0,1447

PARA O CÁLCULO DA ACELERAÇÃO DO DISCO DE MAXWELL ADOTOU-


SE:

De acordo com os dados obtidos no gráfico da velocidade, obtém-se a


seguinte função:

Para obter a aceleração, calcula-se

Erro: ∆a = 0,0303 m/s2

 Momento de inércia

De acordo com a equação teórica:

Para obter a aceleração, basta calcular


A partir dessa equação, com raio do eixo e massa conhecidos, o momento
de inércia é dado por:

( ). Logo,

( )

 Energia Potencial, Energia Translacional e Energia Rotacional

Para se calcular a energia potencial utilizou-se a fórmula ,


onde m equivale a massa do disco de Maxwell, que corresponde a 0,436 Kg, e
g a aceleração da gravidade, na qual foi adotado o valor de 9,8 m/s2, e o S a
distância. Desta forma, obtêm-se:

 Para 0,200m:

0,8545 J

 Para 0,300m:

1,2818 J

 Para 0,400m:

1,7091 J

 Para 0,500m:

2,1364 J

PARA O CÁLCULO DA INCERTEZA DA ENERGIA POTENCIAL ADOTOU-


SE:

Equação 1:
Equação 2:

Equação 3:

 Para 0,200m:
 Para 0,300m:

 Para 0,400m:

 Para 0,500m:

A fórmula utilizada para calcular a energia de translação foi , onde

m corresponde a massa do disco de Maxwell e v a velocidade:

 Para 0,200m:

0,00208 J

 Para 0,300m:

0,00314 J

 Para 0,400m:

0,00400 J
 Para 0,500 m:

0,00508 J

PARA O CÁLCULO DA INCERTEZA DA ENERGIA TRANSLACIONAL


ADOTOU-SE:

Equação 1:

Equação 2:

Equação 3:

 Para 0,200m:

 Para 0,300m:

 Para 0,400m:

 Para 0,500m:
A energia rotacional foi obtida através da fórmula , onde I

corresponde ao momento de inércia e w é a velocidade angular. Com isso,


temos:

 Para 0,200m:

⁄ 2,82540 J

 Para 0,300 m:

⁄ 4,27661 J

 Para 0,400 m:

⁄ 5,44265 J

 Para 0,500m:

⁄ 6,91096 J

PARA O CÁLCULO DA INCERTEZA DA ENERGIA ROTACIONAL ADOTOU-


SE:

Equação 1:

Equação 2:

Equação 3:

 Para 0,200m:
 Para 0,300m:

 Para 0,400m:

 Para 0,500m:

Tabela 7. Resultados (Tempo, Energia Potencial, Energia Translacional e


Energia Rotacional).

Tempo (t ± Energia potencial Energia translacional Energia rotacional (Er ±


0,0001) s (ǀEpǀ ± ∆Ep) J (Et ± ∆Et) J ∆Er) J

4,1012
5,0943
5,7759
6,5374
8. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados obtidos foram organizados em um gráfico do altura em função


do tempo, e, por meio da regressão polinomial foi obtida uma função de
segundo grau, como pode ser visto no Gráfico 1:

Equação teórica:

Gráfico 1: Espaço percorrido x tempo ( s = f (t) * v = f (t) )


Além disso, utilizou-se a linearização logarítmica para tornar a função do
tempo em função do espaço em uma equação reduzida da reta:

Gráfico 2: Espaço Percorrido x Tempo (escala logarítmica na base 10)

Velocidade
Equação teórica:

Gráfico 3: Velocidade x tempo


Gráfico 4: Energia Potencial (Energia x Tempo)

Gráfico 5: Energia Potencial (Regressão Linear)


Gráfico 6: Energia Translacional (Energia T x Tempo)

Gráfico 7: Energia Translacional (Regressão Linear)


Gráfico 8: Energia Rotacional

Gráfico 9: Energia Rotacional (Regressão Linear)


O gráfico da velocidade sofre um aumento linear com o tempo, assim
como os gráficos de energia cinética. Isso decorre da velocidade ser
proporcional as energias cinéticas.

Comparando os gráficos de energia rotacional com os de energia


translacional, pode-se verificar que praticamente toda a energia potencial é
convertida em energia rotacional, devido ao momento de inércia causar o
aumento da energia rotacional.

A soma das energias (Ep, Et e Er) gera uma energia total constante em
qualquer instante de tempo, portanto o sistema deveria conservar energia
mecânica.

9. QUESTIONARIO

1) Analise esses gráficos e verifique como está ocorrendo a transferência


de energia neste sistema.

R: Inicialmente o sistema apresenta energia potencial igual a toda a energia


mecânica, quando o disco de Maxwell começa a rotacionar e translacionar a
energia potencial é convertida em energia rotacional e energia translacional.

2) A energia potencial se transforma mais em energia cinética de rotação


ou rotação?

R: De acordo com os dados obtidos e analisados, a energia potencial se


transforma na maior parte em energia cinética de rotação.

3) Um corpo em rotação tem o momento de inércia, o que você entendeu,


do que é esta grandeza?

R: O momento de inércia é uma grandeza que expressa a facilidade de um


determinado corpo atingir um nível de rotação. No experimento, devido o disco
de Maxwell possuir pouco momento de inércia, há maior facilidade para se
transferir energia rotacional para o disco.
10. CONCLUSÃO

No fim da prática experimental 5, os resultados alcançaram dentro dos


parâmetros do objetivo previsto, apresentando falhas nas comparações
teóricas, no entanto foi possível estudar sobre a energia total do disco de
Maxwell sendo o somatório da energia potencial e das energias cinéticas
envolvidas no sistema. Podemos perceber que os gráficos de espaço em
função do tempo e da velocidade em função do tempo relativamente não se
aproximaram com os obtidos teoricamente, mas pode ser justificado pelo
possível erro no processo de tratamento de dados e fatores externos no
processo de coleta de dados, podendo resultar em maior ou menor tempo de
leitura para os dados coletados. Além disso, nos valores das energias cinéticas
há uma pequena perda de energia devido o atrito em direção contrária ao
movimento.

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] “Instituto de Ciências Exatas Manual de Física I,” 2013.

[2] RESNICK, R., HALLIDAY, D. Fundamentos de Física, volume l:


mecânica. 9ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

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